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RESUMO
Este estudo teve como objetivo auxiliar estudantes, professores e outros interessados
a compreender a importância da cinesiologia no estudo da musculação, para obtenção
de um melhor resultado em seu treinamento físico cotidiano. Dentre os pontos a serem
observados na cinesiologia decidiu-se enfatizar a descrição do movimento, o plano de
execução do movimento, os músculos que participam da execução, o tipo de alavanca
presente na execução do exercício e observações gerais. Os exercícios foram
ordenados de acordo com a articulação principal envolvida e, as observações
anotadas buscam apresentar pontos importantes sobre o exercício em questão, com
um comparativo entre autores e conclusões dos pesquisadores.
APRESENTAÇÃO
Ainda segundo o este autor, esta pode ser divida em dois grupos: as que visão
a melhoria da aptidão física, da estética e da saúde e a que pretende apenas a
realização das atividades diárias. O que pode demonstrar com certa clareza a grande
dimensão da temática a dificuldade de se produzir texto para atender as mais diversas
classes, como professores, estudantes e comunidade de praticante, com qualidade e
simplicidade.
Este estudo foi realizado dentro da área de saúde, ligada a Educação Física
que se dedica a analisar e criticar o treinamento físico para desenvolvimento, obtenção
e manutenção da força física. E dentre todas as modalidades possíveis para a
aquisição deste objetivo a escolhida foi a musculação. Caracterizada segundo
Guimarães Neto (2000), como a atividade de prática atlética composta por exercícios
localizados, com a utilização de equipamentos diversos, como pesos livres e
aparelhos específicos.
INTRODUÇÃO
Tratando da avaliação inicial, o ideal seria que esta fosse composta de exame
clínico, tomada das medidas biométricas, exame postural, avaliação dos resultados
para daí então a realização da confecção de ficha de cotidiana a ser seguida nos
treinos.
Por exemplo, Tesch (2000) aponta que básicos seriam aqueles exercícios que
“deveriam, preferivelmente, envolver grupos musculares inteiros”, acrescentando ainda
que a série básica deveria ser estruturada seguindo os seguintes critérios: cada treino
buscar envolver os principais grupamentos musculares corporais, além de priorizar a
escolha, dentro de um programa padrão para iniciantes, por um único exercício para
cada musculatura, com três séries de dez a doze repetições.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Por esses motivos com bastante freqüência são indicados exercícios para essa
articulação e consequentemente os músculos diretamente ligados a ela como de
fundamental importância para o ser humano.
Quanto a essa articulação Thompson e Floyd (1997) afirmam que ela seja
constituída pelos seguintes ossos: Tálus, Tíbia Distal e Fíbula Distal. Esta é também
conhecida como articulação Tibiotársica ou Talocrural. Quanto a sua classificação,
Miranda (2000) aponta como sendo uma Diartrose Sinovial do tipo Trocleartrose ou
Gínglimo (em forma de dobradiça). Sendo na verdade constituída pelas seguintes
superfícies articulares: superior do Tálus ou Tróclea, que se articula com a face inferior
da Tíbia; a face lateral do Tálus, que se articula com o Maléolo Fibular; e a face medial
do Tálus que se articula com o Maléolo Tibial. O mesmo texto afirma ainda que esta
articulação seja Biaxial (apresentando dois graus de movimento), sendo capaz de
realizar os movimentos de Dorsiflexão (elevação da região dos dedos), Flexão Plantar
(elevação da região do calcanhar), Eversão (girar a planta do pé par fora) e Inversão
(girar a planta do pé para dentro). E finalmente são apresentados como elementos de
reforço e estabilização articular: a Cápsula Articular e os Ligamentos Medial (com
quatro feixes: Tibionavicular, Tibiotalar Anterior, Tibiotalar Posterior e Tibiocalcâneo) e
Lateral (com três feixes: Talofibular Anterior, Talofibular Posterior e Calcâneo-fibular).
- Descrição do movimento
- Observações e curiosidades
• O exercício pode ser realizado com uma perna de cada vez, assim se torna
mais intenso, ou simultaneamente com as duas, neste caso preferencialmente
por iniciantes. (TESCH, 2000)
• A Dorsiflexão no início do movimento é indicada para aumentar a relação
estabelecida entre força e comprimento. (CAMPOS, 2000)
• Quando o ângulo entre a tíbia e o pé esta exatamente aos 90º ocorre a maior
exigência de força no gastrocnêmio e no sóleo. (CAMPOS, 2000)
• Podem ocorrer variações na sua realização quanto ao posicionamento dos pés,
realizando rotação interna ou externa. Podendo assim, aumentar o trabalho
sobre a porção lateral ou medial do gastrocnêmio respectivamente.
(DELAVIER, 2000)
• É possível observar que, com a finalidade elevar sua intensidade, esse
exercício pode ser realizado com pesos extras. Tais como barras anilhadas
colocadas sobre os trapézios na altura da cervical, caneleiras nos tornozelos,
cintura ou punhos e por parelhos específicos.
• Este exercício deve ser evitado por pessoas que apresentem encurtamento da
panturrilha, joelhos Genu-recurvato ou qualquer trauma articular mais severo.
(COSSENZA, 1995)
• O simples fato ligado a realização da caminhada já representa uma forma de
exercício para esse grupo muscular, ajudando a manter e a desenvolver sua
força. (THOMPSON e FLOYD, 1997)
• A maior dificuldade encontrada na execução deste movimento é quanto ao seu
retorno à posição inicial, onde o iniciante diversas vezes permite que seu corpo
desça muito rapidamente forçando uma Hiper-extensão posterior dos tendões,
ligamentos e musculatura posterior da perna e tornozelo, podendo predispor o
surgimento e desenvolvimento de futuras lesões tendíneas, ligamentares e
musculares, juntas ou de maneira isolada.
- Descrição do movimento
- Observações e curiosidades
- Descrição do movimento
- Observações e curiosidades
• Este exercício pode ser executado com apenas uma ou com as duas pernas,
respectivamente para iniciantes ou lesionados e praticantes avançados ou
condicionados. (RODRIGUES & CARNAVAL, 1999)
• Segundo Delavier (2000), teoricamente seria possível intensificar o trabalho
muscular sobre o Semitendinoso e o Semimembranoso, bastando que se faça
a rotação interna dos pés, ou sobre os Bíceps Femorais com a rotação externa
dos pés. Mas, o autor acrescenta que na prática é difícil de confirmar esse
apontamento.
• O mesmo Delavier (2000), afirma ainda que com os tornozelos estendidos, em
Flexão Plantar, durante toda execução do exercício, é viável que se obtenha
maior predominância de trabalho sobre os músculos posteriores da coxa,
enquanto que com a Dorsiflexão dos tornozelos o trabalho também é
intensificado no Gastrocnêmio.
• Este exercício atinge o maior grau de trabalho isolado sobre os Isquiotibiais.
(CAMPOS, 2000)
• O momento de maior resistência, com maior força executada pela musculatura,
ocorre quando o fêmur e a tíbia formam um ângulo de 90º. (CAMPOS, 2000)
• Quando no momento da Flexão do Joelho ou elevação da perna no sentido dos
glúteos, o praticante deve ficar atento para a não realização de uma postura
Hiperlordótica, sendo essa prejudicial para a coluna lombar, podendo gerar
dores, como lombalgias agudas ou crônicas, e lesões, além de herniações.
Posição final: em seguida permita que o peso fique maior que a força muscular
e aproxime as coxas, até que atinja a posição inicial.
- Observações e curiosidades
- Descrição do movimento
Execução: o peso resiste contra a aproximação das coxas, que deve ser
realizada até o máximo possível.
Posição final: posteriormente permita que o peso empurre as coxas, até que
atinja a posição inicial.
- Observações e curiosidades
- Aspectos da articulação
- Descrição do movimento
Posição final: agora basta que se permita que os braços desçam até que seja
atingida a posição inicial.
- Observações e curiosidades
Esta é a articulação que tem a função de servir para a mobilidade da mão, seja
sozinha ou em conjunto com articulação do ombro. (CAMPOS, 2000)
- Aspectos da articulação
É uma articulação formada pela união dos ossos úmero, rádio e ulna, sendo na
verdade a união de três superfícies articulares, que são: a Radioulnar Proximal,
Umeroulnar e Umerorradial. (MIRANDA, 2000)
Agora será definida cada uma dessas três: 1- a radioulnar proximal é do tipo
Trocóide ou Pivô, possui apenas um grau de movimento (Monoaxial), e esses são a
Pronação e a Supinação; 2- a Umeroulnar é do tipo Trocleartrose ou Gínglimo ou em
dobradiça, apresentando um grau de movimento (Monoaxial), realizando Flexão e
Extensão; e 3- Umerorradial, que é do tipo Condilartrose ou Condilar ou em esfera e
soquete, sendo Biaxial (com dois graus de movimento), sendo capaz de realizar
Flexão, Extensão, Pronação e Supinação. (MIRANDA, 2000)
a) Rosca direta
- Descrição do movimento
Posição inicial: o praticante deve ficar na posição ortostática com a barra sendo
segurada próxima a coxa, com a pegada normal e palmas das mãos voltadas para a
frente.
Execução: iniciar uma flexão do cotovelo, elevando as mãos para próximo dos
ombros, o máximo possível, sem movimentar os braços que devem permanecer
lateralmente ao tronco.
- Observações e curiosidades
b) Tríceps no puxador
- Descrição do movimento
Apenas Tesch (2000) não cita o Ancôneo, talvez por não apresentar a análise
do antebraço em seu livro.
- Observações e curiosidades
Estes exercícios são assim classificados devido ao fato de que apesar dos
músculos principais serem os anteriores, principalmente os peitorais, e os posteriores,
primordialmente os Dorsais, do tronco em recrutamento, o movimento ocorre
mobilizando as articulações do Ombro e do Cotovelo.
- Aspectos da articulação
a) Voador Peitoral
- Descrição do movimento
Posição inicial: sentado com o dorso apoiado sobre o encosto do banco, com
os Cotovelos flexionados a 90º, Ombros abduzidos do tronco, também a
aproximadamente 90º, os Glúteos, a Cabeça e a Coluna devem estar apoiados. Os
Joelhos também devem estar flexionados a 90º, assim como o Quadril e com os pés
totalmente apoiados no chão ou em um apoio específico para estes.
Execução: faz-se uma Adução Horizontal dos ombros até que eles se
aproximem o máximo possível da Linha Mediana.
Posição final: na mesma velocidade em que foi executada a Adução, deve ser
permitido que seja efetuada uma Abdução até que se atinja a posição inicial.
- Observações e curiosidades
• Ele permite nas repetições longas a obtenção de uma congestão intensa dos
músculos. (DELAVIER, 2000)
• É recomendado para iniciantes, pois permite a aquisição de força o suficiente
para passar, em seguida, aos movimentos mais complexos. (DELAVIER, 2000)
• Este exercício deve ser evitado por pessoas que apresentem Luxações no
Ombro, Hipercifose Torácica, Protração de Ombros e Quadro Doloroso das
partes moles do corpo. (COSSENZA, 1995)
• O grande problema prático é quanto à fabricação da aparelhagem que deveria
ser regulável em todos os seus pontos, o que geralmente só ocorre quanto ao
banco, esquecendo-se do apoio para os cotovelos. Dessa maneira, aquelas
pessoas de braços mais curtos podem ser privadas da pratica desse exercício,
e as de braços mais longos não atingem o máximo do recrutamento muscular,
devido ao pequeno braço de resistência formado entre o Ombro e o apoio que
acaba ficando no meio do braço e não no cotovelo.
Execução: deve ser realizada uma flexão dos Cotovelos e adução dos ombros
até que a barra atinja a altura da coluna cervical.
Apesar de ocorrer uma flexão e uma extensão do cotovelo elas não ocorrem no
plano Sagital, isso devido ao deslocamento do Ombro que se encontra em uma
Adução Horizontal de 180º em relação ao plano anatômico.
Delavier (2000) afirma que os músculos atuantes neste exercício são: o Grande
Dorsal (tanto as Fibras Externas como as Inferiores), o Redondo Maior, o Bíceps
Braquial, o Braquial, o Braquioradial, o Rombóide e o Trapézio.
- Observações e curiosidades
• Rodrigues e Carnaval (1999) dizem que esse exercício pode também ser
realizado de joelhos, recomendando que o indivíduo o realize sentado,
evitando assim que se faça uma curvatura com o quadril, criando uma
concentração de força na região da coluna lombar, o que contra-indica esse
movimento para indivíduos Hiperlordóticos.
• Delavier (2000) afirma que este seja um ótimo exercício para desenvolver as
Costas em largura, e que são importantes para prepararem os alunos para
posteriormente poderem realizar exercícios na barra fixa.
• O maior braço de resistência acontece quando os Braços estão paralelos ao
solo. (CAMPOS, 2000)
• Campos (2000) afirma que os movimentos da escapula que acompanham o
Ombro, na fase concêntrica do exercício são: a Rotação Inferior e a Adução.
• Este movimento deve ser evitado por pessoas que apresentem Luxações e
dores no Ombro e Cotovelo. (COSSENZA, 1995)
• Tratando agora da aparelhagem disponível no mercado, o maior problema
incorre no posicionamento da polia, que geralmente lança o cabo sobre as
cabeças dos praticantes, o que os obriga a praticar uma postura de leve flexão
do quadril. Ou seja, a pessoa acaba por curvar a Coluna para a frente, ou
ainda é possível identificar casos em que os indivíduos forçam uma Cifose
Torácica. E finalmente há também certa incidência de casos que apresentam
uma hiperlordose. Todos os casos são gerados apenas por que o cabo deveria
se localizar em tal posição que a pessoa se sentaria e este, durante a prática
do movimento, deveria descer logo atrás de sua nuca, sem que tivessem de
executar nenhuma adaptação em sua postura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensando em todos esses aspectos é que esta pesquisa foi desenvolvida, para
o auxiliar o estudante e profissional de Educação Física e demais áreas de saúde.
Onde foram apresentados em cada exercício os aspectos da articulação, a descrição
do movimento, os músculos envolvidos, o plano de execução, o tipo de alavanca
presente e finalmente observações e curiosidades sobre cada exercício. Sendo este
último aspecto também útil inclusive para esclarecimento de dúvidas entre seus
praticantes.
Assim parece que o objetivo principal da pesquisa foi alcançado, visto que a
proposta foi a de realizar uma revisão bibliográfica das temáticas, para então produzir
um texto simples, claro e científico que possa auxiliar iniciantes na prática ou no
estudo da cinesiologia da musculação.
BIBLIOGRAFIA