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ANÁLISE CINESIOLÓGICA

DE UMA SÉRIE BÁSICA DE MUSCULAÇÃO

Ricardo Franklin de Freitas Mussi

Larissa Karla Gomes Lima

Marcius de Almeida Gomes

RESUMO

Este estudo teve como objetivo auxiliar estudantes, professores e outros interessados
a compreender a importância da cinesiologia no estudo da musculação, para obtenção
de um melhor resultado em seu treinamento físico cotidiano. Dentre os pontos a serem
observados na cinesiologia decidiu-se enfatizar a descrição do movimento, o plano de
execução do movimento, os músculos que participam da execução, o tipo de alavanca
presente na execução do exercício e observações gerais. Os exercícios foram
ordenados de acordo com a articulação principal envolvida e, as observações
anotadas buscam apresentar pontos importantes sobre o exercício em questão, com
um comparativo entre autores e conclusões dos pesquisadores.

APRESENTAÇÃO

É natural ao homem movimentar-se. A ação corporal faz parte de seu


cotidiano, na realização de atividades corriqueiras da vida, isso é o que afirma Saba
(2001). O certo é que a atividade física é tão natural que provavelmente tenha surgido
junto com a vida.

Ainda segundo o este autor, esta pode ser divida em dois grupos: as que visão
a melhoria da aptidão física, da estética e da saúde e a que pretende apenas a
realização das atividades diárias. O que pode demonstrar com certa clareza a grande
dimensão da temática a dificuldade de se produzir texto para atender as mais diversas
classes, como professores, estudantes e comunidade de praticante, com qualidade e
simplicidade.

Este estudo foi realizado dentro da área de saúde, ligada a Educação Física
que se dedica a analisar e criticar o treinamento físico para desenvolvimento, obtenção
e manutenção da força física. E dentre todas as modalidades possíveis para a
aquisição deste objetivo a escolhida foi a musculação. Caracterizada segundo
Guimarães Neto (2000), como a atividade de prática atlética composta por exercícios
localizados, com a utilização de equipamentos diversos, como pesos livres e
aparelhos específicos.

O autor ainda acrescenta que os exercícios de aquecimento também são


utilizados nos treinos, ainda afirma que o treinamento pode ser ajustado de acordo
com a especificidade de cada indivíduo.

O se pode apontar aqui são atividades iniciais predominantemente aeróbicas,


dessa maneira, de baixa a moderada intensidade, sejam continuas ou localizadas.
Sempre respeitando os princípios científicos do Treinamento Desportivo, modalidade
esta que privilegia a visualização do Princípio da Individualidade Biológica.

Finalmente, como parte integrante do treinamento de musculação deve-se


fazer uso dos alongamentos e flexionamentos visando com isso se evitar a formação
de nodosidades musculares e a diminuição dos arcos de movimento. (DANTAS, 1989)

Entendendo as relações estabelecidas continuamente entre as valências


físicas, o apontamento anterior sugere que a força, nas suas mais diversas
modalidades e intensidades, necessita de um trabalho conjunto da flexibilidade e
descontração na busca do desenvolvimento atlético dos praticantes de musculação,
independentemente se o objetivo for qualidade de vida, reabilitação ou até mesmo
desempenho competitivo. Assim, o objetivo deste trabalho foi produzir um texto
simples, claro, direto informativo e cientifico tratando dos fundamentos cinesiológicos
para entendimento e análise de uma proposta de estrutura básica de série de
musculação.

INTRODUÇÃO

Por se tratar de um estudo cinesiológico da proposta de um programa básico


de musculação, parece necessário a apresentação de alguns fundamentos desta
antes de partir para a análise propriamente dita.

Dando início aos seus fundamentos, Rodrigues e Carnaval (1999), apresentam


a seguinte sugestão quanto a estruturação do treino individualizado de musculação:
avaliação morfofuncional inicial do praticante, organização da proposta de treino e o
acompanhamento contínuo do mesmo, seguido de reavaliação do programa, sempre
que necessário.

Tratando da avaliação inicial, o ideal seria que esta fosse composta de exame
clínico, tomada das medidas biométricas, exame postural, avaliação dos resultados
para daí então a realização da confecção de ficha de cotidiana a ser seguida nos
treinos.

Tão importante quanto as duas primeiras etapas é a organização do programa,


onde deve ser priorizado o respeitado aos seguintes critérios: tempo disponível para o
treinamento (horas por dia, dias da semana), o material disponível (equipamentos e
cargas o suficiente), a idade (jovem, adulto ou idoso), o gênero (feminino, masculino),
atual condição física do aluno (lesionado, enfermo, descondicionado), além do número
de exercícios por sessão (recomendado entre oito e quinze) e finalmente ordem
anatômica de execução dos exercícios (partindo dos maiores e mais fortes
grupamentos musculares, dependendo da individualidade ou objetivo do aluno, cliente
ou praticante).

Também de grande relevância é a fase de acompanhamento e a escolha do


momento de reavaliação do programa, consistindo o primeiro caso em estar o mais
presente possível durante a realização dos exercícios, motivando e modificando,
sempre que julgar necessário, alguma parte do programa e ao final do período
determinado, característica essa que consiste na avaliação do processo de
desenvolvimento físico o aluno, utilizando como critério de validação final a
comparação da avaliação anterior.
Outro fator de grande relevância para a estruturação do programa de
musculação é a aplicação e interpretação da entrevista anamnese, ação que
Rodrigues (1998) cita e apresenta alguns modelos de ficha. No entanto, Pitanga
(2000) justifica sua importância ao afirmar que esta é importante para que o professor
obtenha informações e conheça diversos fatores e detalhes do cotidiano e dos hábitos
de vida do aluno, que ofereceram subsídios para o entendimento de futuras
interferências na prática da atividade física, comentando inclusive que esses detalhes
não podem ser percebidos nos procedimento de avaliação anteriormente citados.

A partir desse momento se inicia o debate especifico do foco de estudo, a


análise cinesiológica de uma proposta para estruturação de programa básico de
treinamento em musculação.

Para justificar a opção dos exercícios, a literatura especializada foi consultada


e seus argumentos quanto a seleção e desenvolvimento de um programa básico deve
seguir algumas intencionalidades.

Por exemplo, Tesch (2000) aponta que básicos seriam aqueles exercícios que
“deveriam, preferivelmente, envolver grupos musculares inteiros”, acrescentando ainda
que a série básica deveria ser estruturada seguindo os seguintes critérios: cada treino
buscar envolver os principais grupamentos musculares corporais, além de priorizar a
escolha, dentro de um programa padrão para iniciantes, por um único exercício para
cada musculatura, com três séries de dez a doze repetições.

Considerando essas últimas afirmações foram selecionados os seguintes


exercícios, por seguimento corporal, para a estruturação da proposta do programa
básico de musculação: flexão plantar em pé, para as pernas; extensão do joelho na
cadeira extensora e flexão do joelho na mesa flexora, para as porções antero­
posteriores das coxas; rosca direta e tríceps no puxador, para os braços.

Como esta referencia não apresentava alternativas de exercícios para todos os


principais grupamentos ou grandes musculaturas do corpo, foi necessária a consulta
de Rodrigues e Carnaval (1999) e Delavier (2000) para completar a indicação do
programa com os seguintes exercícios: voador peitoral e puxada por trás no puxador,
para o tórax; elevação lateral dos braços, para os ombros; e abdução da coxa na
cadeira abdutora e adução da coxa na cadeira adutora, para as porções externa e
interna das coxas respectivamente.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa possui uma linha de abordagem qualitativa, pretendendo


descrever, analisar e interpretar as informações recolhidas.

Quanto ao instrumento de coleta de dados, fez-se uma pesquisa bibliográfica,


voluntária e seletiva, onde o confrontamento desenvolveu-se a partir de materiais
escritos elaborados anteriormente a sua redação, constituindo-se principalmente de
livros. (GIL, 1991)

As fontes bibliográficas básicas foram escolhidas dentro dos seguintes critérios:


recomendação do orientador e escolha própria após leitura. Assim, ocorreu um
predomínio de livros de leitura corrente, ligada à área de educação física, centrados
principalmente na Cinesiologia, Biomecânica e Anatomia.
O Plano de trabalho seguiu a seguinte ordem: Elaboração do projeto de
pesquisa; Identificação das fontes, em seguida foi realizada inicialmente uma leitura
exploratória, leitura seletiva, seguida de leitura analítica, concluindo a etapa de leituras
iniciais chegou-se a interpretativa, buscando relacionar todo o material com o
problema de estudo, juntamente com essa última atividade é realizada a tomada de
apontamentos, sem perder de vista o problema e caminhando à sua resolução.
Sequencialmente se inicia a redação do texto e por fim é realizado um comentário
final.

A organização da análise segue a seguinte organização: inicialmente é feita


uma pequena introdução da articulação e musculatura que será estudada, seguida da
caracterização articular (seus componentes). Então é descrito o movimento (posição
inicial, execução e final), é apresentado o plano de apoio e o seu eixo, o envolvimento
dos músculos (principal e secundário), seguidos da analise do sistema de alavancas
(considerando a musculatura principal como o ponto de referencia da força) e para
finalizar foi organizado uma lista de curiosidades do exercício discutido.

EXERCÍCIOS QUE ENVOLVEM

A ARTICULAÇÃO E MUSCULATURA DO TORNOZELO

Segundo Campos (2000), articulação do tornozelo e os seus músculos


correspondentes são fundamentais para o equilíbrio e manutenção da postura do
corpo, sendo inclusive importantes bombeadores no retorno venoso dos membros
inferiores. Devido a essas características essa região assume importante função nas
questões referentes a manutenção da saúde dos membro inferiores, além de forte
relação com a estética corporal.

Por esses motivos com bastante freqüência são indicados exercícios para essa
articulação e consequentemente os músculos diretamente ligados a ela como de
fundamental importância para o ser humano.

O movimento que será analisado cinesiologicamente para este tópico a flexão


plantar em pé.

- Aspectos da articulação do tornozelo

Quanto a essa articulação Thompson e Floyd (1997) afirmam que ela seja
constituída pelos seguintes ossos: Tálus, Tíbia Distal e Fíbula Distal. Esta é também
conhecida como articulação Tibiotársica ou Talocrural. Quanto a sua classificação,
Miranda (2000) aponta como sendo uma Diartrose Sinovial do tipo Trocleartrose ou
Gínglimo (em forma de dobradiça). Sendo na verdade constituída pelas seguintes
superfícies articulares: superior do Tálus ou Tróclea, que se articula com a face inferior
da Tíbia; a face lateral do Tálus, que se articula com o Maléolo Fibular; e a face medial
do Tálus que se articula com o Maléolo Tibial. O mesmo texto afirma ainda que esta
articulação seja Biaxial (apresentando dois graus de movimento), sendo capaz de
realizar os movimentos de Dorsiflexão (elevação da região dos dedos), Flexão Plantar
(elevação da região do calcanhar), Eversão (girar a planta do pé par fora) e Inversão
(girar a planta do pé para dentro). E finalmente são apresentados como elementos de
reforço e estabilização articular: a Cápsula Articular e os Ligamentos Medial (com
quatro feixes: Tibionavicular, Tibiotalar Anterior, Tibiotalar Posterior e Tibiocalcâneo) e
Lateral (com três feixes: Talofibular Anterior, Talofibular Posterior e Calcâneo-fibular).
- Descrição do movimento

Posição inicial: o indivíduo se coloca na posição de pé, costas e joelhos


estendidos, com a parte anterior do pé (região dos dedos) apoiada sobre um degrau,
step ou calço, deixando os pés em posição neutra (voltados para frente) e o tornozelo
fazendo uma leve Dorsiflexão (calcanhar pouco abaixo da linha do apoio dos dedos).

Execução: eleva-se o calcanhar até a extensão máxima do tornozelo,


realizando uma vigorosa Flexão Plantar. Onde a pessoa ficará na ponta dos pés.

Posição final: posteriormente deixa-se o calcanhar descer até que atinja a


posição inicial.

- Plano de execução do exercício

Segundo Campos (2000) este apóia-se sobre o plano Sagital ou Ântero­


posterior, sobre um eixo frontal.

- Músculos que participam da execução do exercício

Segundo Tesch (2000) os músculos principais deste exercício são os Tríceps


Crural (Gastrocnêmio Medial, Gastrocnêmio Lateral, Sóleo) e o Fibular Longo. Miranda
(2000) ainda acrescenta o Fibular Curto e o Tibial Posterior como principais, além do
Flexor Longo do Hálux e Flexor Longo dos Dedos como auxiliares.

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício

O tipo de alavanca presente na execução deste exercício é de Terceira Classe


ou Interpotente, onde a resistência esta representada pelo peso corporal, a força
principalmente pela musculatura do gastrocnêmio e o fulcro pela parte do pé apoiada
no degrau ou similar.

- Observações e curiosidades

• O exercício pode ser realizado com uma perna de cada vez, assim se torna
mais intenso, ou simultaneamente com as duas, neste caso preferencialmente
por iniciantes. (TESCH, 2000)
• A Dorsiflexão no início do movimento é indicada para aumentar a relação
estabelecida entre força e comprimento. (CAMPOS, 2000)
• Quando o ângulo entre a tíbia e o pé esta exatamente aos 90º ocorre a maior
exigência de força no gastrocnêmio e no sóleo. (CAMPOS, 2000)
• Podem ocorrer variações na sua realização quanto ao posicionamento dos pés,
realizando rotação interna ou externa. Podendo assim, aumentar o trabalho
sobre a porção lateral ou medial do gastrocnêmio respectivamente.
(DELAVIER, 2000)
• É possível observar que, com a finalidade elevar sua intensidade, esse
exercício pode ser realizado com pesos extras. Tais como barras anilhadas
colocadas sobre os trapézios na altura da cervical, caneleiras nos tornozelos,
cintura ou punhos e por parelhos específicos.
• Este exercício deve ser evitado por pessoas que apresentem encurtamento da
panturrilha, joelhos Genu-recurvato ou qualquer trauma articular mais severo.
(COSSENZA, 1995)
• O simples fato ligado a realização da caminhada já representa uma forma de
exercício para esse grupo muscular, ajudando a manter e a desenvolver sua
força. (THOMPSON e FLOYD, 1997)
• A maior dificuldade encontrada na execução deste movimento é quanto ao seu
retorno à posição inicial, onde o iniciante diversas vezes permite que seu corpo
desça muito rapidamente forçando uma Hiper-extensão posterior dos tendões,
ligamentos e musculatura posterior da perna e tornozelo, podendo predispor o
surgimento e desenvolvimento de futuras lesões tendíneas, ligamentares e
musculares, juntas ou de maneira isolada.

EXERCÍCIOS QUE ENVOLVEM

A ARTICULAÇÃO E MUSCULATURA DO JOELHO

É de conhecimento e domínio público a importância do fortalecimento da


musculatura das coxas para o ser humano, pois estas são possivelmente as principais
responsáveis pelo desenvolvimento de atividades simples do cotidiano como, por
exemplo, alguns dos atos mais comuns entre a humanidade como sentar e caminhar.

Não se pode esquecer de observar que a falta de estabilidade articular no


joelho, segundo Campos (2000), representa apenas mais um motivo para o
fortalecimento desses grupamentos musculares que, conseqüentemente
desencadeara a diminuição dos riscos de lesões ligamentares, ósseas, tendíneas e
musculares da região.

Ainda é possível perceber em Campos (2000) menção quanto a importante


função da articulação e dos seus músculos quanto a absorção de impactos durante
em caminhadas, saltos e tantos outros movimentos de moderada à grande exigência.

Desta articulação serão realizadas análises cinesiológicas de dois exercícios,


que são os seguintes: a) extensão do joelho na cadeira extensora; e b) flexão do
joelho na mesa flexora.

- Aspectos da articulação do joelho

Esta articulação, segundo Miranda(2000), é constituída por três outras


articulações pequenas, ou superfícies articulares menores, sendo estas: duas
superfícies Tibiofemurais Medial, Tibiofemurais Lateral e a Patelofemural, logo os
ossos que a constituem são o fêmur, a tíbia e a patela. Ainda é afirmado que as
superfícies femorais são Sinoviais, sendo as Tibiofemurais do tipo Condilartrose, em
forma de dobradiças, ou tipo Gínglimo e a Patelofemural do tipo Artrodial ou
Planartrose, com superfícies planas.

A articulação do joelho possui os seguintes elementos de reforço e


estabilização: Ligamentos Patelar ou Rotuliano, Colaterais Medial, ou Tibial, e Lateral,
ou Fibular, Cruzados Anterior e Posterior, além dos Meniscos Lateral e Medial.
(MIRANDA, 2000)

Esta articulação é capaz de desenvolver quatro movimentos, que são: a


Extensão, a Flexão, Rotação Interna (com o joelho a 30º de flexão) e Rotação Externa
(com o joelho em 45º de flexão). (MIRANDA, 2000)
a) Extensão do joelho na cadeira extensora

- Descrição do movimento

Posição inicial: o indivíduo se coloca sentado como em uma cadeira,


segurando o assento ou barrinha (para estabilizar o tronco), flexiona os joelhos e
coloca os pés em posição neutra, colocando o ponto de apoio da máquina sobre o
ponto imediatamente superior a articulação do tornozelo.

Execução: inicia a elevação os pés, executando uma extensão próxima da


máxima da articulação do joelho, o mais próximo possível da posição horizontal e com
ângulo articular de aproximadamente 180º.

Posição final: bata que se permita às pernas e os pés retornarem a posição


inicial, executando uma flexão do joelho.

- Plano de execução do exercício

Em Campos (2000) é possível verificar que este exercício ocorre apoiado no


plano Sagital ou Ântero-posterior, sobre um eixo frontal.

- Músculos que participam da execução do exercício

Segundo Tesch (2000) e Delavier (2000) os músculos principais envolvido são


os Quadríceps (composto pelo Vasto Medial, Vasto Lateral, Vasto Intermédio e Reto
Femoral). Já como grupamentos auxiliares não foram observados consensos, onde
Miranda (2000) cita o Tensor da Fáscia Lata e o Glúteo Máximo, já Rodrigues e
Carnaval (1999) acrescentam o Sartório.

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício

O tipo de alavanca presente na execução deste exercício é de Primeira Classe


ou Interfixa, onde a resistência esta representada pelos pés e pernas, o fulcro pela
articulação do joelho e a força principalmente pela musculatura Quadríceps.

- Observações e curiosidades

• Possivelmente este seja o movimento que mais isole o trabalho do quadríceps.


(DELAVIER, 2000)
• Geralmente este exercício é indicado unilateralmente para indivíduos que
possuam grande diferença entre os perímetros das coxas e consequentemente
de força (RODRIGUES e CARNAVAL, 1999), assim como no caso dos
iniciantes.
• Quando os pés são girados para fora é possível intensificar o trabalho sobre os
músculos Vasto Medial, Retofemoral e Vasto Intermédio, quanto giramos os
pés para dentro o trabalho muscular é mais intenso sobre o Vasto Intermédio e
o Vasto Lateral. (TESCH, 2000)
• A patela possui a função de distribuir a força pelos Quadríceps, afastando a
força do centro de rotação do joelho, aumentado dessa maneira a capacidade
de produzir força e torque por esse músculo. (CAMPOS, 2000)
• O momento de maior resistência, conseqüentemente maior força muscular,
ocorre quando o grau de flexão esta entre 45º e 50º. (CAMPOS, 2000)
b) Flexão do joelho na mesa flexora

Os músculos, ossos e articulações que atuam na flexão do joelho possuem


algumas obrigações similares as da extensão, como por exemplo, a estabilização da
articulação pelo aumento da força muscular, a melhoria na execução de movimentos
cotidianos e melhoria na absorção de impactos, além da relação citada por Campos
(2000) de que quanto mais forte forem os flexores mais podemos fortalecer os
extensores da coxa.

- Descrição do movimento

Posição inicial: o praticante deita em decúbito ventral sobre o aparelho, mesa


flexora ou romana, com os joelhos estendidos e o ponto imediatamente superior a
articulação do tornozelos sob o apoio ou envolvido por caneleira, que, neste último
caso, deveram estar na altura do tornozelo.

Execução: com as coxas e abdômen fixados no aparelho, deve ser realizada


flexão dos joelhos a partir da elevação dos calcanhares ao máximo possível, ficando o
mais próximo possível das nádegas.

Posição final: deixamos que as pernas se estiquem, fazendo a extensão do


joelho e o afastamento dos pés em relação aos glúteos, até voltarem a posição inicial.

- Plano de execução do exercício

Em Campos (2000) é possível verificar que este exercício ocorre apoiado no


plano Sagital ou Ântero-posterior, sobre um eixo frontal.

- Músculos que participam da execução do exercício

Apesar da análise de Tesch (2000) apresentar os músculos Semitendinoso,


Bíceps Femoral, Sartório e Grácil como principais na execução do movimento, mesmo
assim, moderadamente, Delavier (2000) e campus (2000) acreditam que esse
exercício seja responsável por grande e intenso envolvimento muscular dos
Isquiotibiais (constituído pelos Semitendinoso, Semimembranoso e Bíceps Femoral). E
são citados como acessórios os seguintes grupamentos: Sartório, Grácil,
Gastrocnêmio, Poplíteo e o Plantar Delgado.

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício

O tipo de alavanca presente na execução deste exercício é de Primeira Classe


ou Interfixa, onde a resistência esta representada pela perna, o fulcro pela articulação
do joelho e a força principalmente pelas musculaturas Isquiotibiais.

- Observações e curiosidades

• Este exercício pode ser executado com apenas uma ou com as duas pernas,
respectivamente para iniciantes ou lesionados e praticantes avançados ou
condicionados. (RODRIGUES & CARNAVAL, 1999)
• Segundo Delavier (2000), teoricamente seria possível intensificar o trabalho
muscular sobre o Semitendinoso e o Semimembranoso, bastando que se faça
a rotação interna dos pés, ou sobre os Bíceps Femorais com a rotação externa
dos pés. Mas, o autor acrescenta que na prática é difícil de confirmar esse
apontamento.
• O mesmo Delavier (2000), afirma ainda que com os tornozelos estendidos, em
Flexão Plantar, durante toda execução do exercício, é viável que se obtenha
maior predominância de trabalho sobre os músculos posteriores da coxa,
enquanto que com a Dorsiflexão dos tornozelos o trabalho também é
intensificado no Gastrocnêmio.
• Este exercício atinge o maior grau de trabalho isolado sobre os Isquiotibiais.
(CAMPOS, 2000)
• O momento de maior resistência, com maior força executada pela musculatura,
ocorre quando o fêmur e a tíbia formam um ângulo de 90º. (CAMPOS, 2000)
• Quando no momento da Flexão do Joelho ou elevação da perna no sentido dos
glúteos, o praticante deve ficar atento para a não realização de uma postura
Hiperlordótica, sendo essa prejudicial para a coluna lombar, podendo gerar
dores, como lombalgias agudas ou crônicas, e lesões, além de herniações.

EXERCÍCIOS QUE ENVOLVEM

A ARTICULAÇÃO E MUSCULATURA DA PELVE

Essa articulação possui como função principal suportar o Esqueleto Axial e


Apendicular Superior que proporciona o equilíbrio do homem durante a posição
anatômica e em diversas posições durante a movimentação.

Assim como as articulações do tornozelo e joelho é fundamental o


fortalecimento da sua musculatura, tanto para a estabilização da articulação como
para a realização de atividades cotidianas, tais como a caminhada e a corrida. Além
de que o equilíbrio entre a musculatura da pelve e do quadril é fundamental para o
alinhamento do corpo humano. (CAMPOS, 2000)

Neste tópico do trabalho serão desenvolvidas análises cinesiológicas referente


a articulação do quadril de dois exercícios, que são: a) abdução da coxa na cadeira
específica; e b) adução da coxa na cadeira específica.

- Aspectos da articulação da pelve

É formada pelo encaixamento da cabeça do Fêmur no Acetábulo do osso do


quadril, composto pela união dos ossos Ílio, Ísquio e Púbis (RASCH, 1991). Além de
ser caracterizada como Enartrodial, ou de bola e soquete. (THOMPSON e FLOYD,
1997)

Miranda (2000) afirma que a articulação também conhecida como Coxofemoral


é classificada como uma Diartrose Sinovial, do tipo esferóide com três graus de
liberdade de movimento, ou seja, Triaxial. Podendo realizar Flexão, Extensão,
Abdução, Adução, Rotação Interna e Externa, assim como Abdução e Adução
Horizontal e Circundação. Além disso, ele cita os seguintes elementos de estabilização
e reforço articular: Cápsula Articular e os Ligamentos Iliofemoral, Pubofemoral,
Isquiofemoral, da Cabeça do Fêmur e Transverso do Acetábulo.

a) Abdução da coxa na cadeira específica


- Descrição do movimento

Posição inicial: o individuo senta-se na cadeira com os joelhos flexionados a


aproximadamente 90º, coluna estendida e totalmente apoiada no encosto do assento,
colocando os pés sobre o calço específico para tal função. As pernas e coxas se
localizam próximas a linha medial com o peso apoiado na altura dos joelhos,
realizando tensão para aproximar os joelhos da Linha Mediana.

Execução: com o peso resistindo contra o afastamento das coxas é


desenvolvido o afastamento dos joelhos até o máximo possível, distanciando os
membros inferiores da linha mediana.

Posição final: em seguida permita que o peso fique maior que a força muscular
e aproxime as coxas, até que atinja a posição inicial.

- Plano de execução do exercício

As coxas e pernas se aproximam e afastam realizando um movimento


horizontal, devido a flexão do quadril, o que representa um movimento no plano
Transverso ou Horizontal, apoiado no eixo longitudinal ou vertical. (CAMPOS, 2000)

- Músculos que participam da execução do exercício

Segundo Rodrigues e Carnaval (1999), os músculos mais atuantes neste


exercício são o Glúteo Médio e Tensor da Fáscia Lata. No entanto, Miranda (2000),
ainda cita o Glúteo Máximo, representado pelas Fibras Superiores e Laterais, e o
Glúteo Mínimo, Pisiforme, Sartório, além dos Obturadores Interno e Externo como
auxiliares.

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício

Na execução deste exercício a alavanca presente é de Primeira Classe ou


Interfixa, onde o joelho representa a resistência, o encaixe do fêmur é o fulcro e a
musculatura glútea é a executora responsável pela força.

- Observações e curiosidades

• Esse exercício pode ser realizado em pé com uma Caneleira ou Tornozeleiras


do Puxador, fixadas no joelho ou tornozelo, ou ainda em decúbito lateral, com
ou sem caneleira. (RODRIGUES e CARNAVAL, 1999)
• A resistência do exercício é maior no início da abdução e vai diminuindo
quando se aproxima do final. (CAMPOS, 2000)
• O fortalecimento desta musculatura leva a maior proteção da parte externa da
articulação do joelho, que no caso do indivíduo com Joelho Geno Varo, é de
fundamental importância devido à diminuição da sobrecarga das forças sobre o
ligamento colateral lateral.

b) Adução da coxa na cadeira específica

- Descrição do movimento

Posição inicial: o indivíduo sentado na cadeira específica com os joelhos


flexionados a 90º, com a coluna e assento apoiados no encosto e pés colocados sobre
o calço específico deste. As pernas e coxas colocadas afastadas ao máximo possível
da linha medial, com o peso que força o afastamento dos membros inferiores apoiado
na altura dos joelhos.

Execução: o peso resiste contra a aproximação das coxas, que deve ser
realizada até o máximo possível.

Posição final: posteriormente permita que o peso empurre as coxas, até que
atinja a posição inicial.

- Plano de execução do exercício

Assim como justificado no exercício anterior, este também ocorre sobreposto


no plano Transverso ou Horizontal, apoiado no eixo Longitudinal ou Vertical.

- Músculos que participam da execução do exercício

Segundo Rodrigues e Carnaval (1999) e Delavier (2000) os músculos mais


atuantes neste exercício são: o Pectíneo, o Glúteo Máximo, em suas Fibras Inferiores
e Mediais. Além do Semitendinoso e Semimembranoso como auxiliares.

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício

Na execução deste exercício a alavanca presente é de Terceira Classe ou


Interpotente. Onde, o joelho representa a resistência, a musculatura interna da coxa
(adutores) os executores da força e o encaixe do Fêmur o fulcro.

- Observações e curiosidades

• O momento de resistência aumenta conforme as coxas se aproximam, no


sentido da Linha Medial. (CAMPOS, 2000)
• Esse exercício também pode ser realizado em pé, apenas com o peso da
perna, com o uso de Caneleiras ou Tornozeleiras fixadas nos joelhos. Ou ainda
em decúbito lateral com as mesmas sobrecargas. (RODRIGUES e
CARNAVAL, 1999)
• O fortalecimento dessa musculatura auxilia na proteção articular, onde o
tendão passa a auxiliar o ligamento colateral medial, o que é fundamental para
se evitar lesões em indivíduos Geno Valgos, isso devido a possíveis
sobrecargas sobre o ligamento já mencionado.

EXERCÍCIOS QUE ENVOLVEM

A ARTICULAÇÃO E MUSCULATURA DO OMBRO

A articulação a ser estudada é capaz de realizar os mesmos movimentos da


articulação do quadril, sendo que estes acontecem entre a Cabeça do Úmero e a
Cavidade Glenóide da Escapula e, em alguns casos, ainda utilizam a articulação
Acromiclavicular. (CAMPOS, 2000)
As características mais importantes da articulação Escápulo-umeral são,
segundo Campos (2000), as seguintes: ligar o Esqueleto Apendicular Superior ao
Esqueleto Axial e aumentar o campo de atuação das mãos.

O fortalecimento dessa musculatura auxilia, facilitando, na execução de


atividades cotidianas, especificamente em momentos que requeiram a sustentação
dos braços afastados do tronco. Como por exemplo, no momento da troca de uma
lâmpada no teto.

- Aspectos da articulação

Tratando do complexo do ombro é possível apontar o Cíngulo do Membro


Superior que é constituído, segundo Grabiner In Rasch (1991), por duas Clavículas,
duas Escapulas e o Esterno. Ele ainda afirma que o conjunto Glenoumeral é
constituído pela cabeça do Úmero, hemisférica, e cavidade glenóide, relativamente
rasa na lateral escapular.

Agora sobre a Articulação do Ombro ou Escápulo-umeral, é possível afirmar


que esta se classifica como uma Diartrose Sinovial, do tipo esferóide ou Condiloidal,
com três graus de liberdade de movimento ou Triaxial. Possuindo os seguintes
movimentos: Flexão, Extensão, Abdução, Adução, Rotação Interna, Rotação Externa,
Adução Horizontal, Abdução Horizontal e Circundação. Além de possuir os seguintes
elementos de reforço ou estabilização articular: Cápsula Articular Fibrosa, Orla
Glenoidal, os Ligamentos Glenoumerais (Superior, Médio e Inferior), o Ligamento
Coracoumeral e Ligamento Transverso do Úmero. (MIRANDA, 2000)

- Descrição do movimento

Posição inicial: o aluno se coloca em pé, com os pés afastados


aproximadamente na largura dos ombros, joelhos com um pequeno grau de flexão, as
costas eretas, os braços lateralmente ao corpo e com pequena flexão dos cotovelos.

Execução: com a elevação dos braços até a altura do pescoço (alunos


iniciantes) ou faz-se uma elevação completa (alunos avançados), ocorre o
afastamento da linha mediana.

Posição final: agora basta que se permita que os braços desçam até que seja
atingida a posição inicial.

- Plano de execução do exercício

Campos (2000) afirma que a abdução de ombro é um movimento realizado no


plano Coronal ou Frontal ou Lateral, sobre um eixo sagital.

- Músculos que participam da execução do exercício

Segundo Miranda (2000) o envolvimento muscular na execução deste exercício


ocorre da seguinte maneira: até os 90º há um grande envolvimento dos músculos
Supra-espinhoso e Deltóide, dos 90º aos 150º ocorre também o recrutamento do
Trapézio e do Serrátil Anterior, após os 150º até os 180º devem ser incluídos os
Paravertebrais do lado oposto. Além, de em todos os casos ocorrer recrutamento
moderado do Peitoral Maior, no Feixe Clavicular, e do Bíceps Braquial, em sua Porção
Longa.
- Tipo de alavanca presente na execução do exercício

Esta alavanca é Terceira Classe ou Interpotente, onde a resistência é


representada pelo Antebraço, a força é executada pela musculatura da parte superior
do Úmero e o fulcro esta na Cavidade Glenóide.

- Observações e curiosidades

• O maior braço de resistência ocorre no momento em que o braço fica paralelo


ao solo. (CAMPOS, 2000)
• A elevação lateral dos braços deve ser realizada por iniciantes, porque
fortalece o músculo Supra-espinhal, que faz parte do Manguito Rotador,
aumentando a estabilidade articular. (CAMPOS, 2000)
• Os fatores influenciadores na segurança do exercício além dos 90º são: a
eficiência do ritmo Escápulo-umeral, a integridade do espaço articular e a
deficiência do Manguito Rotador, e como estas três situações não podem ser
avaliadas subjetivamente, o ideal é que o movimento pare na altura do ombro.
(THOMPSON e FLOYD, 1997)
• Os exercícios para a musculatura do ombro são contra-indicados ou devem ser
evitados nos seguintes casos: quando existe Síndrome Dolorosa do Ombro,
contratura muscular do Trapézio ou dos Escalenos, e Mega-apófise da região
cervical. (CONSSENZA, 1998)
• O Manguito Rotador é composto pelos seguintes músculos: Subescapular,
Supra-espinhoso, Infra-espinhoso e Redondo menor. (GRABINER in RASCH,
1991; THOMPSON e FLOYD, 1997)
• A pouca profundidade da Fossa Glenóide, a frouxidão das estruturas
ligamentares e a pouca força e resistência muscular são alguns fatores que
contribuem para as freqüentes lesões da articulação do ombro. (THOMPSON e
FLOYD, 1997)
• Os pontos de inserção dos músculos do Manguito Rotador (frente, topo, atrás
da cabeça do Úmero) é que possibilitam o giro do úmero. (THOMPSON e
FLOYD, 1997)
• A experiência mostra que a maior incidência de lesões nesta articulação ocorre
em nadadores e jogadores de vôlei, isso devido à grande quantidade de gestos
repetidos e intensos realizados, daí a importância que esses profissionais
realizem exercícios específicos de prevenção e fortalecimento da musculatura
em questão.

EXERCÍCIOS QUE ENVOLVEM

A ARTICULAÇÃO E MUSCULATURA DO COTOVELO

Esta é a articulação que tem a função de servir para a mobilidade da mão, seja
sozinha ou em conjunto com articulação do ombro. (CAMPOS, 2000)

Seus movimentos são: flexão e extensão, onde o comprimento dos membros


superiores são diminuídos e aumentados relativamente (CAMPOS, 2000). Sendo
dessa maneira Monoaxial.

No dia a dia das pessoas a musculatura anterior do braço possui uma


importância singular, pois, geralmente quando se carrega algo o indivíduo apresenta
os cotovelos flexionados e a musculatura trabalhando isometricamente,
desenvolvendo sustentação.

Existem diversos exercícios que envolvem esta articulação, no entanto, como


já foi citado na introdução existe a opção pela análise cinesiológica dos seguintes: a)
rosca direta, e b) tríceps no puxador.

- Aspectos da articulação

É uma articulação formada pela união dos ossos úmero, rádio e ulna, sendo na
verdade a união de três superfícies articulares, que são: a Radioulnar Proximal,
Umeroulnar e Umerorradial. (MIRANDA, 2000)

Agora será definida cada uma dessas três: 1- a radioulnar proximal é do tipo
Trocóide ou Pivô, possui apenas um grau de movimento (Monoaxial), e esses são a
Pronação e a Supinação; 2- a Umeroulnar é do tipo Trocleartrose ou Gínglimo ou em
dobradiça, apresentando um grau de movimento (Monoaxial), realizando Flexão e
Extensão; e 3- Umerorradial, que é do tipo Condilartrose ou Condilar ou em esfera e
soquete, sendo Biaxial (com dois graus de movimento), sendo capaz de realizar
Flexão, Extensão, Pronação e Supinação. (MIRANDA, 2000)

Estas articulações também possuem elementos de reforço e estabilização, que


são: a Cápsula Articular (comum as três superfícies) e os Ligamentos Colaterais Ulnar,
Colateral Radial e o Anular da Cabeça do Rádio. (MIRANDA, 2000)

a) Rosca direta

- Descrição do movimento

Posição inicial: o praticante deve ficar na posição ortostática com a barra sendo
segurada próxima a coxa, com a pegada normal e palmas das mãos voltadas para a
frente.

Execução: iniciar uma flexão do cotovelo, elevando as mãos para próximo dos
ombros, o máximo possível, sem movimentar os braços que devem permanecer
lateralmente ao tronco.

Posição final: o antebraço começa a fazer um movimento de extensão, onde a


força muscular é menor que resistência, até que se retorne a posição inicial.

- Plano de execução do exercício

Este é totalmente realizado no plano Sagital ou Antero-posterior, apoiado no


eixo frontal. (CAMPOS, 2000)

- Músculos que participam da execução do exercício

Todos os autores consultados apontaram grande atuação do Bíceps Braquial,


tanto a Porção Longa como a Porção Curta, e do Braquial. Mas, quanto aos músculos
acessórios não há o mesmo consenso, sendo citado aqui o Braquioradial, Pronador
Redondo e Flexores do Punho e dos Dedos.

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício


Durante a execução deste movimento o tipo de alavanca presente é de
Primeira Classe ou Interfixa, onde a resistência esta representada pelo antebraço, o
fulcro pela articulação do cotovelo e a força principalmente pela musculatura Bíceps
Braquial.

- Observações e curiosidades

• O Bíceps Braquial e o Tríceps Braquial são antagonistas naturais, tanto por


situação como por função. (MIRANDA, 2000)
• A amplitude média da flexão do cotovelo é de 145º. (CAMPOS, 2000)
• O Rádio e a Ulna encontram-se a um certo grau de abdução em relação ao
úmero, cerca de 5º para homens e de 10º à 15º para mulheres. (CAMPOS,
2000)
• Este exercício exige um bom equilíbrio, devido ao deslocamento do centro de
gravidade do corpo para frente durante sua execução. (CAMPOS, 2000)
• A Rosca Direta em pé deve ser evitada por indivíduos que apresentam
contratura de Ecom e encurtamento de Bíceps. (COSSENZA, 1995)
• As tendinites na região do cotovelo ocorrem devido a movimentos forçados do
Punho, Epicondilite Medial e Lateral, também chamados de “Cotovelo de
Tenista” e “Cotovelo de Golfista”, respectivamente. (MIRANDA, 2000)

b) Tríceps no puxador

- Descrição do movimento

Posição inicial: o desportista se coloca em pé de frente para o aparelho


Puxador (ou Pulley) então, segura a barra e a puxa até que seus braços estejam
fixados na lateral do tronco, os cotovelos fiam flexionados e a ocorre uma pegada em
pronação.

Execução: se inicia uma extensão dos cotovelos, levando os antebraços o mais


próximo da lateral do Abdômen e que a barra chegue bem próximo das coxas.

Posição final: ao diminuir a força muscular imposta à barra do aparelho, este


começa a puxar o antebraço para uma flexão, sem permitir que os cotovelos se
afastem do tronco, até que se atinja a posição inicial.

- Plano de execução do exercício

Assim como o exercício de flexão do cotovelo, Campos (2000) demonstra que


a extensão é efetuada no plano Sagital ou Ântero-posterior, apoiado sobre um eixo
Frontal.

. - Músculos que participam da execução do exercício

Os autores consultados afirmam que o Tríceps Braquial é o músculo principal e


o Ancôneo o auxiliar na execução deste exercício.

Apenas Tesch (2000) não cita o Ancôneo, talvez por não apresentar a análise
do antebraço em seu livro.

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício


O tipo de alavanca presente na execução deste exercício é de Primeira Classe
ou Interfixa, representando a resistência pelo antebraço, o fulcro pela articulação do
cotovelo e a força principalmente pela musculatura do Tríceps Braquial.

- Observações e curiosidades

• Quando se realiza exercícios para a parte anterior do braço (Bíceps Braquial) é


de fundamental importância que também se faça para a parte posterior
(Tríceps Braquial), visando com isso a integridade da articulação devido a
promoção do equilíbrio das forças. (CAMPOS, 2000)
• O maior momento de força se dá quando o antebraço encontra-se paralelo ao
solo. (CAMPOS, 2000)
• Os músculos flexores do cotovelo são em média 1,5 vezes mais fortes que os
extensores da mesma articulação. (MIRANDA, 2000)
• O Tríceps Braquial é mais forte quando o ombro está em flexão (braço junto ao
corpo). (MIRANDA, 2000)
• A maior dificuldade quando se começa a praticar esse exercício acontece no
momento de deixar o peso retornar à posição inicial, durante a flexão dos
cotovelos. Isso por que a pressão contra a gravidade realizada pelo cabo
puxando o antebraço geralmente o faz muito velozmente, provocando um
choque na articulação do cotovelo e um deslocamento anterior, como elevação
frontal dos ombros. Além da dificuldade de posicionamento sem Protração
(deslocamento para a frente) dos Ombros e Cifose Torácica, duas
características muito freqüentes em iniciantes ou aqueles que incrementam a
carga superiormente ao que conseguiria carregar com sucesso, conforto e
postura adequada.

EXERCÍCIOS QUE ENVOLVEM AS ARTICULAÇÕES E MUSCULATURAS DO


COTOVELO E COMPLEXO DO OMBRO

Estes exercícios são assim classificados devido ao fato de que apesar dos
músculos principais serem os anteriores, principalmente os peitorais, e os posteriores,
primordialmente os Dorsais, do tronco em recrutamento, o movimento ocorre
mobilizando as articulações do Ombro e do Cotovelo.

Dentre os inúmeros exercícios que envolvem o conjunto de articulações desta


seção ocorreu a opção pela análise dos seguintes: a) Voador Peitoral, e b) Puxad por
trás no aparelho.

- Aspectos da articulação

Estes pontos já foram detalhados anteriormente, no momento dos exercícios


para o Ombro e para o Cotovelo, isoladamente. Por esse motivo não serão citados
novamente.

Os exercícios que serão descritos e analisados para esse agrupamento


articular são os seguintes: a) Voador Peitoral; e b) Puxada por Trás no Aparelho.

a) Voador Peitoral
- Descrição do movimento

Posição inicial: sentado com o dorso apoiado sobre o encosto do banco, com
os Cotovelos flexionados a 90º, Ombros abduzidos do tronco, também a
aproximadamente 90º, os Glúteos, a Cabeça e a Coluna devem estar apoiados. Os
Joelhos também devem estar flexionados a 90º, assim como o Quadril e com os pés
totalmente apoiados no chão ou em um apoio específico para estes.

Execução: faz-se uma Adução Horizontal dos ombros até que eles se
aproximem o máximo possível da Linha Mediana.

Posição final: na mesma velocidade em que foi executada a Adução, deve ser
permitido que seja efetuada uma Abdução até que se atinja a posição inicial.

- Plano de execução do exercício

Campos (2000) afirma que este exercício é realizado no Plano Transverso ou


Horizontal e sobre o eixo Longitudinal ou Vertical, por que a articulação realiza uma
Adução Transversa na fase concêntrica e uma Abdução Transversal na fase
excêntrica.

- Músculos que participam da execução do exercício

Segundo Delavier (2000) este exercício trabalha todo o Peitoral Maior,


desenvolvendo também o Coracobraquial, e a Cabeça Curta do Bíceps Braquial,
podendo perceber inclusive o recrutamento auxiliar do Deltóide Anterior.

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício

Em sua execução é possível visualizar uma alavanca de Primeira Classe ou


Interfixa, representando a resistência pela região do Cotovelo e Antebraço, o fulcro
pela articulação do Ombro e a força principalmente pela musculatura do Peitoral
Maior.

- Observações e curiosidades

• Ele permite nas repetições longas a obtenção de uma congestão intensa dos
músculos. (DELAVIER, 2000)
• É recomendado para iniciantes, pois permite a aquisição de força o suficiente
para passar, em seguida, aos movimentos mais complexos. (DELAVIER, 2000)
• Este exercício deve ser evitado por pessoas que apresentem Luxações no
Ombro, Hipercifose Torácica, Protração de Ombros e Quadro Doloroso das
partes moles do corpo. (COSSENZA, 1995)
• O grande problema prático é quanto à fabricação da aparelhagem que deveria
ser regulável em todos os seus pontos, o que geralmente só ocorre quanto ao
banco, esquecendo-se do apoio para os cotovelos. Dessa maneira, aquelas
pessoas de braços mais curtos podem ser privadas da pratica desse exercício,
e as de braços mais longos não atingem o máximo do recrutamento muscular,
devido ao pequeno braço de resistência formado entre o Ombro e o apoio que
acaba ficando no meio do braço e não no cotovelo.

b) Puxada por Trás no Aparelho


- Descrição do movimento

Posição inicial: o praticante irá se posicionar sentado, com os Joelhos e Quadril


flexionados a 90º em relação a posição anatômica, com as Nádegas apoiadas sobre o
banco,. Então devera segurar a barra com os Antebraços Pronados, de tal maneira
que os Cotovelos fiquem estendidos e os Ombros abduzidos a mais de 150º.

Execução: deve ser realizada uma flexão dos Cotovelos e adução dos ombros
até que a barra atinja a altura da coluna cervical.

Posição final: finalmente é realizada a extensão dos Cotovelos e quanto aos


Ombros ocorre uma abdução até que atinjam a posição inicial.

- Plano de execução do exercício

Apesar de ocorrer uma flexão e uma extensão do cotovelo elas não ocorrem no
plano Sagital, isso devido ao deslocamento do Ombro que se encontra em uma
Adução Horizontal de 180º em relação ao plano anatômico.

Dessa maneira, o plano de execução da Puxada por Trás no Puxador é o da


Abdução do Ombro, ou seja, no plano Frontal ou Coronal ou Lateral, apoiado no eixo
Sagital.

- Músculos que participam da execução do exercício

Assim como no exercício anterior as literaturas atuais não dividem as atuações


dos grupos musculares em principais e auxiliares, com profundidade e clareza. Dessa
maneira, serão relatados aqui os grupos que atuam na execução do exercício.

Delavier (2000) afirma que os músculos atuantes neste exercício são: o Grande
Dorsal (tanto as Fibras Externas como as Inferiores), o Redondo Maior, o Bíceps
Braquial, o Braquial, o Braquioradial, o Rombóide e o Trapézio.

No entanto, Rodrigues e Carnaval (1999) ainda fazem alusão a musculatura


Peitoral Maior (nas suas Porções Esternal, Subclávio e Peitoral Menor).

- Tipo de alavanca presente na execução do exercício

Neste exercício estão presentes duas alavancas, ambas de Primeira Classe,


uma com fulcro no Cotovelo e outra com fulcro na Cavidade Glenóide.

Em na primeira, a resistência esta presente no Antebraço, o fulcro na


articulação do Cotovelo e a execução da força esta principalmente no músculo Bíceps
Braquial. Na outra, a resistência esta presente no braço, o fulcro esta na Cavidade
Glenóide e a força esta sendo executada principalmente pelo músculo Grande Dorsal.

- Observações e curiosidades

• Rodrigues e Carnaval (1999) dizem que esse exercício pode também ser
realizado de joelhos, recomendando que o indivíduo o realize sentado,
evitando assim que se faça uma curvatura com o quadril, criando uma
concentração de força na região da coluna lombar, o que contra-indica esse
movimento para indivíduos Hiperlordóticos.
• Delavier (2000) afirma que este seja um ótimo exercício para desenvolver as
Costas em largura, e que são importantes para prepararem os alunos para
posteriormente poderem realizar exercícios na barra fixa.
• O maior braço de resistência acontece quando os Braços estão paralelos ao
solo. (CAMPOS, 2000)
• Campos (2000) afirma que os movimentos da escapula que acompanham o
Ombro, na fase concêntrica do exercício são: a Rotação Inferior e a Adução.
• Este movimento deve ser evitado por pessoas que apresentem Luxações e
dores no Ombro e Cotovelo. (COSSENZA, 1995)
• Tratando agora da aparelhagem disponível no mercado, o maior problema
incorre no posicionamento da polia, que geralmente lança o cabo sobre as
cabeças dos praticantes, o que os obriga a praticar uma postura de leve flexão
do quadril. Ou seja, a pessoa acaba por curvar a Coluna para a frente, ou
ainda é possível identificar casos em que os indivíduos forçam uma Cifose
Torácica. E finalmente há também certa incidência de casos que apresentam
uma hiperlordose. Todos os casos são gerados apenas por que o cabo deveria
se localizar em tal posição que a pessoa se sentaria e este, durante a prática
do movimento, deveria descer logo atrás de sua nuca, sem que tivessem de
executar nenhuma adaptação em sua postura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nas bibliografias consultadas é possível concluir que a musculação é


capaz de proporcionar ganho não só de massa muscular e força, como trazer efeitos
benéfico para pessoas com problemas de saúde, como a falta de resistência e
estabilidade articular (principalmente nos Joelhos e Ombros) e muscular. Além de
proporcionar melhorias na estética corporal, sua possível aplicação desportiva e no
tratamento de pacientes em reabilitação.

No entanto, tem-se a necessidade de ser feita sob orientação de um


profissional altamente capacitado para que sejam evitados todos os possíveis
problemas, tanto a nível articular, como tendíneo e muscular. Que de maneira
localizada pode representar apenas uma lesão, mas, não deixa de ser um problema
de saúde, que pode se tornar crônico, de difícil tratamento e possibilitar diversas
limitações na realização de atividades cotidianas simples.

Pensando em todos esses aspectos é que esta pesquisa foi desenvolvida, para
o auxiliar o estudante e profissional de Educação Física e demais áreas de saúde.
Onde foram apresentados em cada exercício os aspectos da articulação, a descrição
do movimento, os músculos envolvidos, o plano de execução, o tipo de alavanca
presente e finalmente observações e curiosidades sobre cada exercício. Sendo este
último aspecto também útil inclusive para esclarecimento de dúvidas entre seus
praticantes.

Assim parece que o objetivo principal da pesquisa foi alcançado, visto que a
proposta foi a de realizar uma revisão bibliográfica das temáticas, para então produzir
um texto simples, claro e científico que possa auxiliar iniciantes na prática ou no
estudo da cinesiologia da musculação.
BIBLIOGRAFIA

CAMPOS, Maurício de A. Biomecânica da musculação. 2ª ed. Rio de


Janeiro: Sprint, 2000.

COSSENZA, Carlos Eduardo. Musculação: Métodos e sistemas. 2.ed. Rio de


Janeiro: Sprint, 1995.

DANTAS, E. H. M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 3ª ed. Rio de


Janeiro: Shape, 1989.

DELAVIER, Frédéric. Guia dos Movimentos de Musculação: abordagem


anatômica. 1º ed. São Paulo: Manole, 2000.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª edição. São


Paulo: Atlas, 1991.

GUIMARÃES NETO, Walter M. www.musculation.hpj.net. Acesso em Maio


de 2000.

MIRANDA, Edalton. Bases de Anatomia e Cinesiologia. Rio de Janeiro:


Sprint, 2000.

PITANGA, Francisco J. G. Testes, Medidas e Avaliação em Educação Física


e Esporte. Salvador: UFBA, 2000.

RASCH, Philip J. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 7ª ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1991.

RODRIGUES, Carlos E. C. & CARNAVAL, Paulo E. Musculação: teoría e


prática. 23ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

RODRIGUES, Carlos E. C. Musculação na Academia. 3ª ed. Rio de Janeiro:


Sprint, 1998.

TESCH, Per A. Musculação: estética, preventiva, corretiva e terapêutica.


Rio de Janeiro: Revinter, 2000.

THOMPSON, Clem W. & FLOYD, R. T. Manual de Cinesiologia Estrutural.


12ª ed. São Paulo: Manole, 1997.

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