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DO ADOLESCENTE ARAXÁ-MG
GESTÃO 2004/2007
Ofício 206CT/2006
Em resposta ao Ofício 068/2006
Ref. Observação contida em relatório
Prezada Senhora,
Ignomínia imaginar o Conselho Tutelar exercendo suas funções além do que determina
o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 136, I à XI, abaixo transcrito:
Rua Rio Branco n.º 835 – Centro - Tel. (34) 3661 – 1795 CEP: 38.184-024 Araxá-MG.
CONSELHO TUTELAR DOS DIREITOS DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE ARAXÁ-MG
GESTÃO 2004/2007
Ademais, as ações do Conselho Tutelar só poderão ser revistas por autoridade judicial,
como prevê o artigo 137 do ECA, in verbis:
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela
autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.
Assim, o Conselho Tutelar tem a obrigação legal de DEFENDER (do Lat. Defendere. v.
tr., proteger; socorrer; patrocinar; falar em abono de, advogar; prestar auxílio a; abrigar; impedir;
proibir; vedar;) e RESTITUIR (do Lat. Restituere. v. tr., repor; entregar; devolver; reabilitar;
reintegrar;) DIREITOS de crianças e adolescentes, quando estes forem violados, por qualquer sujeito,
inclusive pela própria criança/adolescente, vide artigo 98 do ECA, também transcrito:
Um destes direitos, o qual tem sido freqüentemente violado pelas escolas da rede
pública de ensino, especialmente nas escolas da rede estadual, é o direito a EDUCAÇÃO, conforme
dispõe artigo 53, transcrito abaixo, com destaque para inciso V:
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O Conselho não “vai dar jeito” ou “vai dar prensa” em ninguém. Ledo engano de pais e
professores que ameaçam filhos e alunos de “levá-los ao Conselho se não se comportarem
“adequadamente” e essa ameaça é também uma violência, e quando ocorre também é passível de
punição.
Não concordamos que as ações do Conselho Tutelar sejam limitadas. Há várias medidas
que adotamos em prol da criança e do adolescente. Esperamos que V. Sas. ampliem seus conceitos de
Conselho Tutelar e revisem a pedagogia excludente que impera atualmente, a qual contribui
proporcional e, conseqüentemente, com o crescimento da marginalidade e da criminalidade.
No tocante às visitas periódicas às escolas, nunca nos furtamos de fazê-lo, contudo com
dia e hora marcada, tendo em vista a grande demanda que se observa no Conselho Tutelar. Tanto é
verdade que solicitamos no fim do ano de 2005, à Sra. Inspetora Wania Montandon, calendário para
realização destas visitas, mas não recebemos resposta formal até o momento. (cópia da solicitação em
anexo)
Todas as escolas que nos solicitaram comparecimento foram atendidas, isso é inegável.
Falácia afirmarem que a escola é somente responsável pelo ensino sistemático, ou seja,
pelo ensino das matérias curriculares, vez que a própria Constituição Federal dispõe acerca do papel
proeminente da escola na construção da cidadania. É na escola que a criança inicia sua caminhada para
outras relações pessoais com outros seres humanos fora do lar, descobrindo-se enquanto ser social.
Momento de descoberta e crescimento mas, segundo vocês, não nesta Escola.
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Afirmaram os nobres professores que “É um crime de obrigar a pessoa a fazer algo para
o qual não tem vocação” (sic), alegando que seria equivocado manter obrigatoriamente crianças e
adolescentes na escola, idéia contrária aos princípios da educação universal e de toda legislação
brasileira.
Por fim, acordamos pelo menos em uma coisa: “Escola é para completar a educação
dada pela família”, e é pensando assim que buscamos nas escolas a parceria necessária para formação
de cidadãos e construção de uma sociedade melhor.
Atenciosamente,
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