da mente no Brasil. Bacharel em filosofia pela USP e mestre em filosofia da cincia pela UNICAMP, tambm PhD pela University of Essex, na Inglaterra. Fez ps-doutorado em filosofia da mente nos Estados Unidos, sob orientao de Daniel Dennett. pesquisador do CNPq e professor titular da Universidade Federal de So Carlos. Publicou treze livros na rea de filosofia da mente e cincia cognitiva, sendo trs pela Editora Paulus: Como ler a Filosofia da Mente, Inteligncia Artificial e Filosofia do Crebro.
Nos ltimos dois sculos, o crescimento econmico, aliado
ao progresso tecnolgico, foi considerado um caminho indiscutvel para o bem-estar, a sade e a conquista de mais tempo para o lazer. Muitas pessoas acreditaram que a cincia e a tecnologia nos tornariam livres e felizes, e que isso se reverteria no aperfeioamento social e tico dos povos. No comeo do sculo XXI, essa perspectiva mudou. A inteligncia artificial, a nanotecnologia e a biotecnologia podero produzir mudanas to radicais que podero pr em risco a prpria sobrevivncia da humanidade. Testar essas hipertecnologias pode comprometer, de modo irreversvel, o meio ambiente e a economia das sociedades nas prximas dcadas. A inteligncia artificial pode tornar o ser humano descartvel, a biotecnologia pode intervir de forma desastrosa no curso da evoluo, e a nanotecnologia pode levar destruio da atmosfera. Novos dilemas ticos surgiro com essas hipertecnologias, e no estamos preparados para enfrent-los. A tecnologia um fenmeno planetrio irreversvel que tem sua histria prpria. Precisamos reconstruir nossa relao com ela e perceber que, embora j no possamos control-la, podemos pelo menos influenciar seu desenvolvimento para que ela no se volte contra ns.