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Rosas Cor-de-Rosa

Deus quer, o homem sonha e a obra nasce.


J dizia Fernando Pessoa e no podia estar mais correto. Deus quis,
os meus pais sonharam e eu, apesar de no ser uma obra, nasci.
Fui uma criana dcil e simptica, alegre e sorridente, no dei
grandes trabalhos. Convivia com as outras crianas facilmente e
gostava de uma em particular: o meu vizinho Pedro.
Passvamos juntos quer na escola, quer nos tempos livres. Os
trabalhos de casa, as escondidas, horas infinitas de convvio.
Relembro com particular carinho o dia dos namorados da 2 classe.
O Pedro esperou-me, como sempre, porta de minha casa para
juntos seguirmos para a escola mas, atrs das costas escondia
qualquer coisa. Com um Bom dia alegre, cumprimentei-o e ele,
corado, ajoelhou-se num pice e revelou finalmente o que
escondia: uma rosa cor-de-rosa, a minha flor preferida. Ele abriu a
boca e balbucinou qualquer coisa como...Queres ser a minha
namorada ? Eu muito assustada e sem saber o que fazer ou dizer,
corri de volta para casa e contei o sucedido minha me que,
conteve uma gargalhada ao aperceber-se que a sua pequena filha
estava prestes a viver o seu primeiro amor.
Hoje, volvidos trinta anos, recordo com muito carrinho o bonito
gesto do Pedrinho, que ficou desolado quando, no dia seguinte
sua declarao de todo o seu amor por mim, lhe contei que no
queria ser a sua namorada, mas apenas uma amiga. Mal eu sabia
que aquele amor no correspondido podia durar tanto tempo, isto

porque o j no Pedrinho, mas sim Pedro, ainda me oferece rosas


cor-de-rosa no dia de So Valentim. Fazemos quinze anos de
casamento.

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