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Resumo feito dos primeiros 6 capítulos da obra "Princípios de Economia Política e Tributação" de David Ricardo. Matéria de História do pensamento econômico da UFMG do curso de Ciências Econômicas. Feito pela aluna Natália Lenza.
Resumo feito dos primeiros 6 capítulos da obra "Princípios de Economia Política e Tributação" de David Ricardo. Matéria de História do pensamento econômico da UFMG do curso de Ciências Econômicas. Feito pela aluna Natália Lenza.
Resumo feito dos primeiros 6 capítulos da obra "Princípios de Economia Política e Tributação" de David Ricardo. Matéria de História do pensamento econômico da UFMG do curso de Ciências Econômicas. Feito pela aluna Natália Lenza.
Seo 1: O valor de uma mercadoria ou a quantidade de qualquer
outra pela qual pode ser trocada depende da quantidade relativa de trabalho necessrio para a sua produo, e no da maior ou menor remunerao que paga por esse trabalho. - A utilidade no nada sem o valor de troca. A utilidade no a medida do valor de troca. A gua pode ser til, mas no possuir valor de troca. As coisas precisam ter valor de troca e alguma utilidade. Possuindo utilidade, o valor de troca vem de duas fontes: da escassez e da quantidade de trabalho necessria para obt-las. - Os produtos escassos so somente uma parcela muito pequena dos produtos em geral. A maior parte deles pode ser reproduzida pelo trabalho humano. - A proporo entre as quantidades de trabalho necessrias para adquirir diferentes objetos parece ser a nica circunstncia capaz de oferecer alguma regra para troc-los uns pelos outros. Ou seja, a quantidade comparativa de mercadorias que o trabalho produzir que determina o valor relativo delas e no as quantidades comparativas de mercadorias que so entregues ao trabalhador em troca do seu trabalho. - Introduz o conceito de salario real, indo na contramo de Adam Smith e Malthus. Ricardo difere de Adam Smith, pois acredita que o valor de uma coisa depende do poder de compra de outros bens que a posse desse objeto confere.
Seo 2: Trabalhos de diferentes qualidades so remunerados de
forma diferente, portanto isso no define a variao no valor relativo das mercadorias (o ttulo j resume o captulo).
Seo 3: No s o trabalho aplicado diretamente s mercadorias
afeta o seu valor, mas tambm o trabalho gasto em implementos, ferramentas e edifcios que contribuem para a sua execuo. - A quantidade de trabalho empregada em cada uma das ferramentas necessrias para o produto final tambm entra no clculo do valor desse produto. - A reduo na utilizao de trabalho sempre reduz o valor relativo de uma mercadoria, assim como o trabalho necessrio para a formao de capital que contribui para a sua produo.
- Se com a mesma quantidade de trabalho, se obtm menor
quantidade de um produto em relao ao outro, esse passar a custar mais do que o de maior produo. - Um aumento nos salrios no acarreta em uma alterao nos preos relativos dos produtos. Seo 4: O princpio de que a quantidade de trabalho empregada na produo de mercadorias regula seu valor relativo consideravelmente modificado pelo emprego de maquinaria e de outros capitais fixos e durveis. - A diferena entre o grau de durabilidade do capital fixo e as variaes nas propores em que se podem combinar os dois tipos de capital (circulante e fixo), alm do trabalho em si, so a causa do aumento ou reduo do valor do trabalho. - Dependendo da rapidez com que perea e a frequncia com que precise ser reproduzido, o capital classificado como circulante ou fixo. Mquinas e edificaes podem ser consideradas como capital fixo, ao passo que os salrios podem ser circulantes. - Dependendo da atividade, com a mesma quantidade de capital, podem ocorrer diferentes formas de uso. - Investindo-se em capital fixo temos o seguinte fato: a mesma quantidade de trabalho ser usada na atividade com e sem maquinrio, porm a que utilizar o maquinrio conseguir produzir mais do que a atividade sem. - No pode haver um aumento no valor do trabalho sem uma diminuio de lucros. - O salrio do trabalhador costuma ser invarivel. - O grau de variao no valor relativo dos produtos, como resultado de um encarecimento ou barateamento do trabalho depender da proporo em que o capital fixo participa do capital total. - Todo melhoramento tcnico que ajude a se produzir mais facilmente, altera o valor da mercadoria. Quanto maior a quantidade de capital fixo empregado, maior a reduo no valor de troca do produto. Mas Ricardo no da muita ateno a esse fato em sua obra.
Seo 5: O princpio de que o valor no varia com o aumento ou a
queda dos salrios modificado tambm pela desigual durabilidade do capital e pela desigual rapidez de seu retorno ao aplicador.
- Quanto menos durvel for o capital fixo, mais ele se aproximar do
capital circulante. - Um aumento de salrios tem o poder de transferir a queda nos lucros para o preo final dos produtos, ao passo que com as mquinas esse fato no ocorre. Difere do pensamento de Adam Smith que considera que em qualquer situao, o aumento no preo do trabalho acompanhado de um aumento no preo de todos os produtos. - O fabricante que possusse mquinas num perodo de aumento de salrios gozaria de grande vantagem, visto que o preo de seus produtos no encareceria.
Seo 6: Sobre uma medida invarivel do valor.
- Nenhum produto, ouro, por exemplo, consegue ser uma medida exata do valor, pois o seu valor tambm varivel. Mas Ricardo toma seu valor como invarivel para facilitar a compreenso.
Seo 7: Diferentes efeitos da alterao no valor do dinheiro, meio
permanente da expresso do PREO, ou da alterao no valor das mercadorias que o dinheiro compra. - de acordo com a distribuio da produo total de uma fazenda entre as trs classes-proprietrios de terra, capitalistas e trabalhadores- que devemos julgar se houve um aumento ou diminuio da renda, do lucro e dos salrios. - Se com um capital de determinado valor, ele pode, pela economia de trabalho, duplicar a quantidade de produto, e se o preo deste cai metade do anterior, o capital participar no produto na mesma proporo de antes e, consequentemente, a taxa de lucro permanecer a mesma.
CAPTULO 2: SOBRE A RENDA DA TERRA:
- Remunerao da terra: renda da terra a remunerao paga ao proprietrio da terra pelo seu uso. Direito de cultiv-la. Compensao paga ao seu proprietrio pela utilizao das foras originais e indestrutveis da terra. - Em um pas dotado de terras frteis em que somente uma parte delas esteja sendo usada, ningum pagaria para se cultivar, visto que no est em quantidade limitada. - A cada avano do crescimento da populao, que obrigar o pas a recorrer terra de pior qualidade para aumentar a oferta de alimentos,
aumentar a renda de todas as terras mais frteis. Retornos decrescentes.
O valor de troca dos produtos agrcolas passa a ser daqueles de terras menos frteis ( necessrio mais trabalho para se cultivar nelas). - A razo pela qual h um aumento no valor comparativo dos produtos agrcolas o emprego de mais trabalho para produzir a ultima poro obtida e no o pagamento de renda ao proprietrio da terra. - Quando a terra muito frtil, ela no gera renda. Somente quando se comeam a usar terras menos frteis que surge a renda da terra. - Entretanto, a riqueza maior nos lugares em que o progresso da renda ocorre de forma mais lenta. - Ricardo diz que Adam Smith erra ao falar que o valor de troca das mercadorias no pode ser alterado pela produo da terra e pelo pagamento da renda. - Se por algum motivo as pessoas deixassem de demandar o tanto que estavam demandando antes, obviamente o preo dos produtos agrcolas diminuiriam, pois as terras menos frteis poderiam deixar de ser cultivadas. - Os melhoramentos na agricultura podem ocorrer de duas formas diferentes: podem aumentar a capacidade produtiva da terra, ou melhorar a maquinaria para que se produza com menos trabalho. Ambos diminuem os preos das mercadorias e ambos afetam a renda, porm de formas diferentes. O primeiro caso pode proporcionar uma mesma produo em um pedao menor de terra graas sua melhor rotao, melhores fertilizantes... (com o aumento da produo sem um aumento na demanda, posso usar menos terras, reduzindo a renda da terra). J o segundo modo no altera a eficcia da terra, mas a rapidez da produo das pessoas. De qualquer forma, os dois casos mostram que a diferena entre o capital produtivo e o capital menos produtivo seria menor, portanto a renda da terra tambm seria menor. Ou seja, qualquer fato que diminua as desigualdades dos processos produtivos, diminui a renda da terra.
CAPTULO 3: SOBRE A RENDA DAS MINAS:
- Ocorre o mesmo que caso da terra: as minas menos frteis precisam de mais trabalho e, consequentemente, a renda das minas ser determinada justamente por elas.
CAPTULO 4: SOBRE O PREO NATURAL E O DE MERCADO:
- O preo de mercado aquele realmente pago pela interao do natural com a oferta e demanda.
- Quando se fala de trabalho sendo o fundamento dos preos das
mercadorias e da quantidade comparativa de trabalho sendo as propores em que os produtos so trocados, no se deve supor que no existam variaes nos preos dos produtos de mercado em relao aos seus preos naturais. - As variaes de capital determinam os lucros, o que estimula o capital a sair ou entrar na atividade que se verificou. As pessoas no ficariam satisfeitas enquanto na estivessem aplicando seu capital na atividade mais lucrativa. Os banqueiros tambm empregam seu capital pensando dessa forma. Entra a ideia de capital circulante. - Ao buscar um emprego lucrativo para seus recursos, um capitalista considerar naturalmente todas as vantagens que uma atividade oferece em relao outra, sendo que ele pode sacrificar parte do seu lucro para ter mais segurana. - Portanto, desejo de todo capitalista transferir seus fundos de uma atividade menos lucrativa para uma mais lucrativa, o que impede o preo das mercadorias de permanecer por algum tempo muito acima ou muito abaixo do preo natural. O preo de mercado pode ser afetado por alguma moda ou necessidade momentnea, mas sempre acaba retornando ao preo natural.
CAPTULO 5: SOBRE OS SALRIOS:
- O trabalho tambm possui seu valor natural e seu valor de mercado. O valor natural seria o necessrio subsistncia do trabalhador e perpetue sua descendncia. - O preo natural depende do preo das mercadorias, de forma que se os alimentos aumentem de preo, o valor natural do trabalho tambm deve aumentar. Em sociedades mais desenvolvidas, o preo natural do trabalho tende a crescer ao passo em que os aperfeioamentos tecnolgicos tendem a diminuir esse preo natural do trabalho. - O preo natural das mercadorias (tirando o trabalho e produtos agrcolas) tende a diminuir com o aumento da riqueza da sociedade. - Quando o preo do trabalho de mercado excede o preo natural, o trabalhador prspero e feliz. Do contrrio, os trabalhadores se tornam miserveis. Num pas em desenvolvimento normal que o preo do trabalho de mercado se mantenha acima do natural at um prximo perodo. - O capital a parte da riqueza de um pas aplicada na produo, sendo que ele pode aumentar em quantidade ao mesmo tempo em que aumenta em valor. Ele tambm pode aumentar, mesmo que seu valor esteja
diminuindo. No primeiro caso, o preo natural do trabalho depende do valor
dos bens de primeira necessidade, no segundo, permanecer estacionrio ou cair, mas em ambos os casos, a taxa de mercado do salrio aumentar, pois a demanda de trabalho aumentar na mesma proporo em que aumentar o capital. - Assim, pois, na medida em que a sociedade progride e que aumenta o seu capital, os salrios de mercado do trabalho subiro, mas a permanncia dessa elevao depender de que o preo natural do trabalho tambm aumente. E isso depender de uma elevao do preo natural dos bens de primeira necessidade em que se gastam os salrios. - Os salrios dos trabalhadores variam por dois motivos: oferta e demanda de trabalho; valor dos bens de primeira necessidade. Em diferentes fases da sociedade, a acumulao de capital ou dos meios de empregar trabalho mais ou menos rpida, dependendo em todos os casos da capacidade produtiva do trabalho. Essa capacidade produtiva geralmente maior quando a terra frtil abundante. - Se num pas h terras muito frteis, mas a populao miservel, a culpa do governo e o remdio seria elevar o padro de vida de todas as classes sociais. J no caso da populao crescer mais do que os recursos, qualquer esforo produtivo agrava o mal, sendo assim os nicos remdios so a diminuio da populao ou a acumulao de capital mais rpida (teoria malthusiana). - Em sociedades onde ocorre o crescimento da populao, o valor do trabalho tende a diminuir, visto que a oferta de trabalho ser muito maior. Alm disso, os preos dos produtos de primeira ordem iriam subir, fazendo com que o salrio aumentasse, mas no a ponto de manter a mesma qualidade de vida anterior. - Observa-se, pois, que a mesma causa que eleva a renda afeta os salrios: a crescente dificuldade de prover uma quantidade adicional de alimentos com a mesma quantidade proporcional de trabalho, tambm elevar os salrios. Contudo, h uma diferena entre salrio e renda: o aumento da renda e acompanhado por uma parcela maior de produto. J o trabalhador, mesmo recebendo um salrio nominal maior, no ser capaz de adquirir a mesma quantidade de produtos que antes. Portanto a situao do trabalhador piora, enquanto a do proprietrio tende sempre a melhorar. - Dizer que as mercadorias aumentam de preo equivale a dizer que o dinheiro perde valor relativo, pois por intermdio das mercadorias que se estima o valor relativo do ouro. - Vemos que o aumento de salrios no elevar os preos das mercadorias, seja o metal com o qual se faz o dinheiro produzido no pas, seja fora dele. O preo de todas as mercadorias no pode subir ao mesmo tempo sem que haja um acrscimo na quantidade de dinheiro dentro do pas.
- Ricardo fala da lei dos pobres (lei assistencialista e de bem estar
social) que teoricamente est em desacordo com tudo que ele e Malthus falam, visto que elas no melhoram as condies de vida dos pobres, mas pioram tanto a qualidade de vida dos ricos quanto dos pobres. Ricardo afirma que necessrio ensinar aos pobres a no viver de caridade, mas leva-los a aprender a ganhar dinheiro por conta prpria, mas, para isso, deve haver interesse do poder legislativo, o que no ocorre. (Paralelo: como se fosse contra o bolsa famlia e fosse a favor de ensinar o pobre a pescar).
CAPTULO 6: SOBRE OS LUCROS:
- Tendo mostrado que os lucros do capital, em diferentes atividades, so proporcionais entre si e tendem a variar no mesmo grau e no mesmo sentido, resta considerar qual a causa das permanentes variaes na taxa de lucro e as resultantes variaes permanentes na taxa de juros. - Se os salrios no variassem, no haveria variao no lucro dos fabricantes. - O valor total das mercadorias dividido entre lucros do capital e salrios dos empregados. - A quantidade remanescente do produto da terra, aps o pagamento ao proprietrio e ao trabalhador, pertence necessariamente ao arrendatrio, constituindo os lucros de seu capital. - Um aumento no preo do trigo, eleva os salrios dos trabalhadores e diminui o lucro dos arrendatrios. - Em qualquer caso, pois, tanto os lucros dos arrendatrios como os dos industriais sero reduzidos por uma elevao no preo dos produtos agrcolas, se esta for seguida de um aumento de salrios. - Portanto, embora o arrendatrio no pague nenhuma parte da renda do proprietrio, que sempre regulada pelo preo do produto e sempre recai sobre os consumidores, ele tem sempre grande interesse em manter baixa a renda, ou melhor, em manter baixo o preo natural do produto. Como consumidor de produtos agrcolas e consumidor dos produtos nos quais estes entram como matria-prima, ele estar interessado, assim como todos os demais consumidores, em manter baixos os preos. - So poucos os produtos que no tem seus preos afetados por uma variao no valor dos produtos agrcolas. E necessariamente os salrios variam no mesmo sentido da variao do preo dos produtos. - Os salrios dos trabalhadores variam na direo oposta variao do lucro. Sendo que apenas uma variao nos produtos que so de fato consumidos pelo trabalhador que alteram seu salrio.
- pela desigualdade de lucros que o capital se movimenta de uma
atividade para outra. - O preo de mercado pode ser maior ou menor que o preo natural, mas isso faz parte de um estado temporrio. - Os preos sempre variam no mercado devido situao relativa da oferta e demanda. - No caso do trigo, se for realmente necessrio que se ocupem cada vez mais terras infrteis, seu preo de mercado nunca voltar para um estgio anterior, pois o preo natural est ficando mais alto. - A tendncia seria que os lucros sempre diminussem, principalmente com um aumento da populao, mas o desenvolvimento tecnolgico acaba contendo essa tendncia. - Assim como o trabalhador no pode viver sem salrio, o arrendatrio e o industrial no podem viver sem lucro, pois a motivao para a acumulao diminuiria a cada reduo no lucro, e cessaria quando os lucros fossem to baixos que no compensassem os esforos do arrendatrio e do industrial, nem o risco que devessem enfrentar no emprego produtivo de seu capital. - No pode haver acumulao de capital se este no proporcionar nenhum lucro. - Os nicos reais ganhadores de um aumento de preo dos produtos agrcolas so os proprietrios de terra, pois eles receberiam maior renda e ainda uma parte maior da produo. - Portanto, chegamos novamente mesma concluso que j havamos antes tentado estabelecer: que em todos os pases e em todas as pocas, os lucros dependem da quantidade de trabalho exigida para prover os trabalhadores com gneros de primeira necessidade, naquela terra ou com aquele capital que no proporciona renda. Os efeitos da acumulao, portanto, sero diferentes em pases diferentes, e dependero basicamente da fertilidade da terra. Por mais extenso que seja um pas, se suas terras forem de baixa fertilidade e se a importao de alimentos for proibida, a menor acumulao de capital ser acompanhada de grandes redues na taxa de lucros e de um rpido aumento da renda. Inversamente, num pas pequeno, porm frtil, especialmente se a importao de alimentos for livre, poder ser acumulado um grande estoque de capital sem nenhuma reduo elevada da taxa de lucros nem grande aumento da renda da terra. - Assim, pois, tentei demonstrar, inicialmente, que um aumento salarial no elevaria os preos das mercadorias, mas invariavelmente reduziria os lucros; e, em seguida, que, se os preos de todas as mercadorias pudessem aumentar, o efeito sobre os lucros ainda seria o
mesmo, e, de fato, somente teria seu valor reduzido o meio pelo qual preos e lucros so avaliados.