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AULA 1
ESTUDO DA LÓGICA
O estudo da lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do
incorreto.
A lógica tem sido freqüentemente definida como a ciência das leis do pensamento. Uma outra definição
comum da lógica é que a caracteriza como a ciência do raciocínio. O raciocínio é um gênero especial de
pensamento no qual se realizam inferências ou se derivam conclusões a partir de premissas.
A LÓGICA MATEMÁTICA
O CÁLCULO PROPOSICIONAL
Note que proposições devem exprimir um sentido completo, por isso, expressões do tipo:
As proposições podem conectar-se com outras e formar novas proposições. Por exemplo, a partir das duas
proposições “2 é menor que 3” e “Pelé é jogador de futebol “, podemos formar as seguintes proposições:
Nas frases acima formamos novas proposiç5es usando as palavras “e” “ou”,
“se...então... “ “...se e somente se...’ e na quarta e quinta frases negamos a proposição original.
Essas palavras servem como acabamos de ver para formar novas proposições. Vamos agora
representar cada uma dessas palavras por um símbolo apropriado.
Existem muitas maneiras de se operar com proposições para formar novas proposições. Vamos nos limitar
apenas aquelas operações com proposições que são mais relevantes para a matemática e a ciência, ou seja,
operações com funções de verdade. Diz-se que uma operação é com função de verdade se o valor-verdade
(verdadeiro ou falso) da proposição resultante é determinado pelos valores-verdade das proposições a partir das
quais foi construído. A investigação sobre as operações com funç~5es de verdade é chamada cálculo
proposicional.
NEGAÇÃO(~)
Este é o exemplo mais simples de uma operação com função de verdade. Se p é uma
proposição indicaremos a negação de p por ~p. Assim se p representa a proposição “a neve é
branca”, ~p representará a proposição “a neve não é branca”. Note que se p uma proposição
verdadeira entro ~p será uma proposição falsa, ~p será verdadeira quando p for falsa.
Com o que foi dito acima .podemos descrever uma tabela que descreva como se
comporta a operação com função de verdade chamada NEGAÇÃO.
P ~p
V F
F V
CONJUNÇÃO ( ∧ )
Essa operação som função de verdade evidencia o uso da palavra “e” na linguagem
natural. Usaremos aqui o símbolo para denotar a conjunção de duas proposições. Assim se p e
q se proposições. diremos que “ p ∧ q ” representa a conjunção de p e q.
Diremos também que p e q são os conjuntivos da conjunção p ∧ q .
Como foi dito acima para a operação NEGAÇÃO, analisaremos o valor veritativo de p ∧ q de
acordo com valores verdade ( V ou F) que são atribuídos a p e q.
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F
DISJUNÇÃO ( ∨ )
O uso da palavra “ou”. Na linguagem natural o uso da palavra “ou” é ambíguo. Podemos
usar a palavra “ou” para conectar proposições e obter resultados distintos. Isso se deve ao fato
da palavra “ou” poder ser usada em dois sentidos, a saber, inclusivo e exclusivo.
Vamos exemplificar primeiramente o uso de “ou” no sentido inclusivo. Seja entro p
representando a proposição “João é muito esperto” e q representando a proposição João é
muito sortudo”. A utilização de “p ou q” resultaria na seguinte proposição: “João é esperto ou
Jogo é muito sortudo ”. Vemos claramente que não se exclui a possibilidade de João ser tanto
esperto como sortudo, isto é, o uso de "ou” no sentido inclusivo faz com que a situação se
prevaleça para p, para q, ou para ambos p e q. O uso inclusivo de “ou” é freqüentemente usado
em documentos legais. pela expressão “e/ou” ( por exemplo, em talão de cheques). Essa
situação não acontece com o uso do “ou” exclusivo. Seja p1 representando a proposição “João
vai nadar no clube esta tarde” e q1 representando a proposição “João vai estudar em casa a
tarde toda” . A proposição resultante pelo uso do “ou” exclusivo ficaria: “João vai nadar no clube
esta tarde ou Jogo vai estudar em casa a tarde toda”. É evidente que não se tem o caso em que
João vai, nadar e .João vai estudar ao mesmo tempo, isso é o que caracteriza o uso exclusivo
de “ou”, isto é, vale para p1 vale para p2 mas não é válido para ambos. De qualquer modo a
ambigüidade da palavra “ou” é algo que não pode ser permitido em uma linguagem voltada para
aplicações científicas. É necessário que se empreguem símbolos distintos para os diferentes
significados de “ou”. Doravante usaremos apenas a palavra “ou” no sentido inclusivo, já que é
este o uso mais freqüente em matemática. Logo para representá-lo
usaremos o símbolo “v”.
Portanto “p v q” representará “p ou q ou ambos”, e sua tabela será dada por:
p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F
CONDICIONAL (→)
É muito comum em matemática usarmos a expressão “Se ... então...“, vamos entro
analisar o que acontece com a operação com função de verdade correspondente. Sendo p e q
proposições, analisaremos o que acontece com “se p então q”. Usaremos para isso o símbolo
→ , daí “se p então q” será representado simbolicamente por “ p → q ”. Para facilitar a
compreensão faremos a análise através de um exemplo. Seja p representando a proposição
“João pula de pára-quedas” e seja q representando a proposição “O pára-quedas aberto
garantirá sua vida”. À proposição resultante será “Se João pular de pára-quedas entro o pára-
quedas aberto garantirá sua vida”.
É evidente que se o antecedente da condicional (p) for verdadeiro e o conseqüente da
condicional (q ) for falso, a proposição toda será falsa, pois daí teríamos a seguinte situação:
“Se João pular de pára-quedas então o pára-quedas fechado garante sua vida”, e está frase é
falsa. Fica a cargo do leitor fazer uma análise dos casos restantes, assim como das seguintes
frases:
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Nota-se que o único caso em que uma condicional é falsa, é o caso em que p = V e q =
F. As proposições descritas acima mantém uma relação entre o antecedente e o conseqüente,
mas isso E nem sempre acontece. Por exemplo, “Se 2 é menor que 3, então Roma é a capital
da Itália”. Doravante o símbolo “ → ” será usado para representar a implicação material~i5tO é,
se preocupará unicamente com os valores verdades atribuídos às variáveis e com a possível
conexão que exista’ entre o antecedente e o conseqüente. Em outras palavras na implicação
material tudo que e afirma é o fato de que, nunca se dá o caso de o antecedente ser verdadeiro
e o conseqüente ser falso. É importante notar que a implicação material é uma operação com
função de verdade, ou seja. o valor verdade resultante depende unicamente dos valores
verdades das variáveis nas quais foi construído.
BICONDICIONAL (⇔ )
p q p⇔q
V V V
V F F
F V F
F F V
CONECTIVOS
TAUTOLOGIAS E CONTRADIÇÕES
Diz-se que uma fórmula é uma tautologia se ela assume o valor lógico V para todas as atribuições de
valores verdade dados.
Importante observar que para uma fórmula ser tautologia, a coluna final de sua tabela de verdade deve
ter somente V.
Chama-se Contradição àquelas que aparecem só F’s .
As fórmulas que não são nem tautologias e nem contradição é chamada de contigente.