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Expansões de
hardware
As expansões mais comuns
Neste capítulo vamos apresentar algumas das mais comuns expansões de
hardware de um PC. Expandir o hardware consiste em instalar um novo
dispositivo, que pode ser uma placa ou um periférico, ou mesmo chips. Um
PC pode ser suficientemente veloz, ter bastante memória e um disco rígido
de capacidade generosa, e ainda assim necessitar de algumas instalações
adicionais. Por exemplo, podemos querer instalar um modem melhor, uma
nova placa de som, um gravador de CDs. Abordaremos então neste capítulo
os seguintes dispositivos:
Modems
Placas de som
Drives de CD-ROM
Gravadores de CDs
DVDs
Câmeras digitais
Scanners
Zip Drives
Modems
Modems são aparelhos que permitem a um computador, transmitir e receber
dados a longas distâncias. A maioria dos modems utilizam uma linha
telefônica comum para realizar esta tarefa. Existem entretanto modems
especiais capazes de operar com outro tipo de meio, como por exemplo,
aquele utilizado pela TV a cabo (são chamados “cable modems”). A
principal razão que leva um usuário a querer que seu computador realize
transmissões e recepções de dados a longas distâncias é o acesso à Internet.
Durante muitos anos, a linha telefônica foi o meio mais usado para esta
comunicação, mas com o passar dos anos, há uma tendência de uso de
outros meios de comunicação mais avançados. A mesma antena parabólica e
o mesmo cabo usados para recepção de estações de TV por assinatura serão
cada vez mais utilizados para comunicação de dados, principalmente acesso
à Internet. Entretanto, pelo menos por enquanto, na linha telefônica ainda é
o meio mais usado para comunicação de dados. Restringiremos por
enquanto nossa discussão sobre modems a aqueles usados com linhas
telefônicas.
Figura 16.1
Modem interno PCI.
Figura 16.3
Modem externo.
A necessidade dos modems deve-se ao fato da linha telefônica não ter sido
originalmente projetada para transportar sinais digitais, mas sim os sinais
analógicos (voz). Um modem executa duas funções básicas: modulação e
demodulação. As primeiras letras dessas duas palavras foram aproveitadas
para dar nome a este dispositivo: modem = MOdulador/DEModulador. A
modulação consiste em converter os sinais digitais do computador para o
formato analógico (similar a um sinal de voz) para que possa trafegar pela
linha telefônica. A demodulação consiste em receber um sinal analógico e
convertê-lo para o formato digital.
Figura 16.4
Seqüência binária e o sinal digital que a
representa.
Figura 16.5
Sinal analógico.
16-6 Hardware Total
Nem todos os tipos de sinais analógicos podem ser transmitidos por linhas
telefônicas. Por exemplo, os sinais de vídeo gerados por uma câmera ou
videocassete são analógicos, mas suas freqüências são muito altas, e por isso
também não conseguem trafegar por linhas telefônicas. Essas linhas foram
feitas para transmitir sinais de voz, que assumem freqüências relativamente
baixas, inferiores a 10 kHz (10.000 ciclos por segundo). Já os sinais de vídeo
assumem freqüências de alguns megahertz (milhões de ciclos por segundo).
Pior ainda é a situação dos sinais digitais. Se tentarmos ligar em uma linha
telefônica, o sinal digital proveniente de uma interface serial, ocorrerá uma
grande distorção. Até algumas dezenas de metros, este sinal pode trafegar
sem distorções, mas com distâncias maiores, o sinal fica cada vez mais
degradado, perdendo suas características.
A solução para transmitir um sinal digital por uma linha telefônica, sem
apresentar distorções, é usando um processo conhecido como modulação e
demodulação. Na modulação, o sinal digital é transformado em analógico, e
assim pode trafegar na linha telefônica sem apresentar distorção. Ao ser
recebido no seu destino, o sinal é demodulado, voltando a assumir a forma
digital.
Atualmente todos os modems são capazes de operar com dados e fax. São
entretanto bastante comuns os modelos que além de dados e fax, operam
também com sinais de voz.
Taxas de transmissão
Uma das mais importantes caraterísticas de um modem é a sua taxa de
transmissão. Normalmente é medida em bps (bits por segundo), e está
diretamente relacionada com a rapidez com a qual os dados são transmitidos
ou recebidos.
Seria intuitivo pensar que, para saber o número de bytes que um modem
pode transmitir por segundo, bastaria dividir por 8 o número de bits
transmitidos a cada segundo. Por exemplo, um modem de 14.400 bps
transmitiria 14.400/8 = 1800 bytes por segundo. Está errado, pois na verdade,
cada byte requer bits adicionais chamados start bit e stop bit, que servem
para efeitos de sincronização, permitindo que o receptor saiba exatamente
onde começa e onde termina cada byte. Adicione a isto, o fato dos modems
atuais realizarem compressão de dados, o que permite obter ganhos na taxa
de transmissão. Dependendo dos dados que estão sendo transmitidos,
podem ser obtidas elevadas taxas de transmissão. Por exemplo, arquivos de
texto podem ser bastante compactados, o que resulta em taxas de
transmissão mais elevadas. Já o mesmo não pode ser dito sobre arquivos
EXE, arquivos ZIP, e arquivos gráficos, como os do tipo GIF e JPG, muito
comuns na Internet.
Modems antigos
É possível que você encontre alguns modelos de modem bem antigos e
obsoletos, apesar de poderem funcionar até mesmo com o Windows 95.
Entretanto, não é nada vantajoso utilizar esses modelos antigos. Por exemplo,
um obsoleto modem de 2.400 bps demora 20 vezes mais para fazer o mesmo
trabalho que um modem de 56k bps. Para fazer, por exemplo, a recepção de
um arquivo de 600 kB usando um modem de 56k bps, são necessários, na
melhor das hipóteses, cerca de 2 minutos. Usando um modem de 2.400 bps,
são necessários 40 minutos, no mínimo. Levando em conta os gastos na
conta telefônica, concluímos que a economia de tempo acaba por pagar o
custo do modem mais veloz.
Nesta época, muitos usuários compravam gato por lebre. Apesar dos dados
serem transmitidos a apenas 2.400 bps, esses modems transmitiam e
recebiam fax na velocidade padrão de 9.600 bps. Alguns fabricantes
anunciavam esses modems como sendo de 9.600 bps, mas na verdade esta
velocidade era válida apenas para fax, continuando os dados a trafegar na
velocidade de 2.400 bps.
16-10 Hardware Total
Modems de 14.400 bps
Por volta de 1994 tornaram-se populares os modems de 14.400 bps.
Praticamente todos os modelos eram capazes de transmitir e receber dados a
14.400 bps, e transmitir e receber fax a 9.600 bps. Entretanto, para os que
não estavam interessados em fax, continuaram sendo oferecidos modelos um
pouco mais baratos, capazes apenas de transmitir e receber dados. Modems
de 14.400 foram muito usados até 1997, mesmo depois do surgimento dos
modems de 28.800 bps. Esses modems são considerados obsoletos devido à
lentidão nos seus acessos à Internet. Entretanto ainda é aceitável utilizá-los
para transmitir e receber fax.
A transmissão e recepção de fax nesses modems é mais rápida que nos seus
antecessores, chegando a 14.400 bps. Apenas os dados são transmitidos a
28.800 bps.
Figura 16.8
Conexão a 56k.
Linhas digitais são caras, e não se justifica o seu uso por usuários comuns.
Para um provedor de acesso à Internet, o alto custo dessas linhas é
justificável. O usuário continua a utilizar uma linha comum, ligada à central
do seu bairro. Seu modem de 56k recebe e transmite sinais analógicos por
esta linha. Note que para dados que trafegam do provedor ao usuário, não
existe conversor A/D (ADC), portanto não existe ruído de quantização.
Taxas de transferência mais elevadas podem ser obtidas, chegando mais
próximas do limite teórico de 64.000 bps. Devido à qualidade da conexão
analógica existente entre o modem do usuário e a sua central, velocidades de
64.000 bps não podem ser obtidas. Por conta dessas imperfeições, o limite
máximo a ser utilizado é 56.000 bps. Na prática as velocidades obtidas são
um pouco menores, em torno de 52.000 bps.
Observe que os sinais que trafegam do usuário até o provedor passam pelo
conversor A/D existente na central do usuário. Este conversor gera ruído de
quantização, portanto a operação a 56k bps não é permitida neste sentido. A
transferência de dados do usuário para o provedor ocorre a no máximo
33.600 bps.
Modems ISDN
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-13
Esses modems são utilizados em linhas digitais. Não confunda linha digital
com linha de central digital. Todas as linhas telefônicas modernas têm central
digital, mas praticamente todas são analógicas. Quando é usado um modem
ISDN, não existe conversão de dados entre os formatos analógico e digital.
Os dados saem do computador na forma digital, trafegam pela linha em
formato digital, passam pelo sistema telefônico e finalmente chegam ao
provedor totalmente digitais. O caminho inverso também é totalmente
digital. Sendo assim a taxa de transferência obtida é a mesma usada pelo
sistema telefônico digital, ou seja, 64.000 bps.
Voice modem
Praticamente todos os fabricantes de modems oferecem certos modelos com
capacidade de transmissão e recepção de voz. Esses modems podem ser
usados como telefones, além de operar como uma secretária eletrônica
sofisticada (answer machine). Essas placas, mediante um software de
comunicação fornecido em conjunto, podem responder chamadas, ditar
mensagens sonoras e até mesmo armazenar recados na forma de voz, ou
seja, digitalizam o som recebido, armazenando-o em arquivos WAV. Certos
modelos são speakerphone capable. Isso significa que podem usar o recurso
de “viva voz”, ou seja, utilizar o seu microfone e os alto falantes para
conversação telefônica.
Voice modems possuem na sua parte traseira, além dos conectores para a
linha telefônica e para um telefone, uma conexão para um microfone e outra
para uma caixa de som (figura 9).
Figura 16.9
Conexões na parte traseira de um voice
modem.
Figura 16.10
Modem ISA de 8 bits.
Dispositivos de multimídia
Praticamente não existem mais computadores “mudos”. Todos os PCs
modernos devem ser capazes de reproduzir sons. Música, voz, efeitos
sonoros em geral, são conseguidos com o uso de uma placa de som. O drive
de CD-ROM é o companheiro inseparável da placa de som. Quando um PC
é equipado com esses dois dispositivos, dizemos que se trata de um “PC
Multimídia”. Na verdade todos os PCs modernos são multimídia. As placas
de som e os drives de CD-ROM tornaram-se tão baratos que não se justifica
mais produzir PCs sem esses componentes.
a) Drive de CD-ROM
Lê CDs de áudio, CD-ROM, CD-R e CD-RW.
b) Drive de CD-RW
Lê CDs de áudio, CD-ROM, CD-R e CD-RW.
Grava CD-R e CD-RW
16-18 Hardware Total
c) Drive de DVD-ROM
Lê CDs de áudio, CD-ROM, CD-R e CD-RW, DVD-ROM e DVD-
Vídeo.
Este último tipo é o mais versátil (e também mais caro). É capaz de ler
praticamente qualquer tipo de CD, além de ser capaz de gravar e mídias
CD-R e CD-RW. Existem ainda drives que gravam DVDs, mas ainda são
bastante caros.
Velocidades
Uma característica importante de qualquer leitor de CDs é a velocidade de
leitura de CD-ROMs. Encontramos no mercado drives de CD-ROM com
velocidades 32x, 36x, 40x, 44x, 48x, 52x, e assim por diante. Os primeiros
drives de CD-ROM eram 1x (single speed). Eles liam dados com a mesma
velocidade dos CDs de áudio digitalizado: 150 kB por segundo. Logo
surgiram modelos de velocidade dupla (2x, 300 kB/s), tripla (3x, 450 kB/s),
quadrupla (4x, 600 kB/s) e assim por diante. A cada ano são lançados
modelos mais velozes. Os drives vendidos entre os anos 2000 e 2001 tinham
velocidades de leitura na faixa de 50x. A tabela abaixo mostra as
velocidades dos drives de CD-ROM produzidos nos últimos anos e sua taxa
de transferência.
Drives de CD-ROM
Podemos ver um típico drive de CD-ROM na figura 12.
Figura 16.12
Drive de CD-ROM.
Figura 16.13
Parte traseira de um drive de CD-ROM.
16-20 Hardware Total
Figura 16.14
Parte frontal de um drive de CD-ROM.
CAV e CLV
Os primeiros drives de CD-ROM operavam em um modo de rotação
chamado CLV (Constant Linear Velocity, ou Velocidade Linear Constante).
Sua velocidade de rotação variava, com o objetivo de manter uma taxa de
transferência constante, o que era exigido para a reprodução de CDs de
áudio.
Mais tarde foi lançada a placa Sound Blaster 16 MCD (Multi-CD), equipada
com três interfaces proprietárias para drives de CD-ROM da Sony, Mitsumi e
Panasonic. A placa possuía três conectores diferentes para a ligação do
modelo de drive apropriado, como vemos na figura 17.
16-24 Hardware Total
Figura 16.17
Conectores para drives de CD-ROM na
placa Sound Blaster 16 MCD.
*** 75%
***
Figura
16.18
Ligação entre o
drive de CD-
ROM e a placa
de som.
Os atuais drives de CD-ROM usam o padrão IDE, e não são mais fornecidos
junto com interface proprietária. São ligados diretamente na placa de som,
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-25
ou então em uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU. As placas
de som modernas também não são mais fornecidas com interfaces IDE, já
que todas as placas de CPU possuem duas dessas interfaces.
Placas de som
Existem placas de som de todos os tipos e todos os preços. As mais baratas
são as que chamamos de “som onboard”, embutido na placa de CPU. Seu
preço é praticamente zero, já que as placas de CPU com este recurso
normalmente não são mais caras por possuí-lo. Existem placas de som
simples e de baixo custo, mas com som bastante satisfatório. Os sons gerados
por essas placas possuem características semelhantes à dos sons gerados por
CDs musicais.
A primeira placa popular a utilizar síntese por wave table foi a Sound Blaster
AWE32 (AWE = Advanced Wave Effects). Ela possuía 32 canais polifônicos
(ou seja, podia reproduzir até 32 notas musicais simultâneas), sendo que cada
um desses canais é gerado por wave table. Quando esta placa surgiu no
mercado, muitos usuários pensavam que seu “32” significava 32 bits. Na
16-26 Hardware Total
verdade era uma placa de 16 bits (sons digitalizados com 16 bits, da mesma
forma que é o som dos CDs musicais). Infelizmente a maioria das pessoas
continuou pensando que se tratavam de 32 bits. Surgiram novas placas com
mais canais polifônicos: Sound Blaster AWE64 (64 canais), Sound Blaster
PCI 128 (128 canais), e assim por diante. Vendedores pouco confiáveis
alimentaram para seus clientes a idéia de que se tratavam de placas de 64,
128, 256 bits, e assim por diante.
Conexões sonoras
Toda placa de som possui entradas e saídas sonoras. Algumas delas ficam
localizadas na parte traseira da placa. Podemos citar as conexões para
microfone e alto falantes. Outras entradas sonoras ficam localizadas na parte
interna da placa, como é o caso da ligação com o drive de CD-ROM.
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-27
Figura 16.19
Conectores típicos de uma placa de som.
MIC
Esta é uma entrada para conexão de microfone. Podemos encontrar no
comércio, diversos modelos de microfones para PC. Desta forma podemos
gravar sons e através de programas apropriados, comandar o computador
através de comandos de voz.
Line IN
Esta é uma entrada capaz de receber sons provenientes de aparelhos de som,
videocassetes, receptores de parabólica, etc. Você pode, por exemplo,
digitalizar sons dos seus filmes prediletos e usá-los para sonorizar o Windows.
Line Out
Esta é uma saída sonora sem amplificação. Através dela temos acesso a todos
os sons gerados pelo PC. Podemos ligá-la em um amplificador, ou então em
caixas de som amplificadas.
Speaker Out
Quando presente na placa de som, reproduz o mesmo som existente na
saída Line Out. A diferença é que este som é amplificado. Podemos ligá-lo
diretamente em caixas de som passivas (sem amplificação).
Front / Rear
16-28 Hardware Total
São dois conectores existentes nas placas de som quadrifônicas. Nessas
placas, ao invés de encontrarmos duas saídas independentes Line Out e
Speaker Out, temos as saídas Front (alto falantes frontais) e Rear (alto
falantes traseiros). A maioria das placas de som que possui essas conexões
não oferece amplificação, portanto devem ser ligadas em caixas de som com
amplificação própria.
Joystick / MIDI
Todas as placas de som possuem uma conexão para joystick. Os jogos são as
principais aplicações sonorizadas para um PC, portanto o uso do joystick é
praticamente obrigatório nesses casos. Algumas placas já aboliram a interface
de joystick, e neste caso o joystick usado deve ser do tipo USB. Este conector
também serve para ligar ao computador, dispositivos MIDI (Musical
Instruments Digital Interface).
CD-IN
Esta conexão é interna, ou seja, fica na parte da placa de som interna ao
gabinete, e não na parte traseira. Através dela chegam à placa de som, os
sons provenientes do drive de CD-ROM quando é tocado algum CD de
áudio. Algumas vezes os técnicos esquecem de fazer esta ligação, e em
conseqüência o PC fica sem som ao reproduzir CDs de áudio.
OBS: O padrão PC99 especifica cores para todos os conectores da parte traseira do
computador, facilitando assim a sua localização.
Características sonoras
A placa de som possui um circuito chamado “conversor analógico-digital”
(ADC). Este circuito faz medidas das intensidades sonoras e gera uma
seqüência de números. Este processo é mostrado na figura 20. Para
representar o som com melhor fidelidade é preciso usar um elevado número
de amostras por segundo. Uma taxa de amostragem de 44 kHz, por
exemplo, indica que são feitas 44.000 amostras por segundo. Isto é suficiente
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-29
para digitalizar todas as freqüências sonoras que o ouvido humano consegue
captar. Para digitalizar voz com excepcional qualidade, basta usar 22 kHz, o
que reduz pela metade o espaço necessário ao armazenamento. Taxas
menores como 11 kHz ou 8 kHz também são usadas para voz, mas os
resultados são considerados apenas bons, e não excelentes.
Figura 16.20
O processo de digitalização de sons.
Figura 16.21
Reprodução de sons digitais.
Som onboard
Placas de som sofisticadas como a Sound Blaster Live, da Creative Labs, são
recomendadas para quem quer excepcional qualidade e realismo sonoro nos
jogos. Para quem fica satisfeito com sons mais simples, existe uma opção
bastante econômica. Basta usar o “som onboard”, existente em diversas
placas de CPU. Em geral esses chips sonoros não oferecem som
quadrifônico, nem som ambiental, alguns deles apresentam um pequeno
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-31
número de canais polifônicos e não fazem síntese por wave table, mas
permitem perfeitamente gerar sons inteligíveis. O som do motor de um carro
em uma corrida realmente parecerá o som do motor de um carro. Apenas
não teremos a sensação da aproximação de outros carros por trás, muitas
vezes nem mesmo teremos a sensação de direita/esquerda, mas para aqueles
com orçamento apertado, é uma boa opção. Abrindo mão de uma boa placa
de som e utilizando o som onboard, podemos fazer uma boa economia no
custo final do computador.
Figura 16.22
Chip de som “onboard”.
Figura 16.23
Conectores de som em uma placa de CPU
com “som onboard”.
Digitalização de sons
O som que ouvimos no mundo real precisa, para ser processado e
amplificado, ser transformado antes em sinais elétricos. Esta é a função do
microfone, que transforma as ondas sonoras em corrente elétrica. Esta tensão
elétrica assume amplitudes mais altas e mais baixas (correspondentes a sons
de maior e menor intensidade) e com variações mais rápidas ou mais lentas
(correspondentes a sons mais agudos e mais graves). A figura 24 mostra o
16-32 Hardware Total
aspecto de um sinal sonoro, depois de convertido em tensões elétricas
(trabalho do microfone).
Figura 16.24
Representação elétrica de um sinal
sonoro.
Figura 16.25
Gráfico representando uma voltagem
analógica em função do tempo.
A figura 25 mostra um gráfico de uma tensão analógica (do mesmo tipo que
representa os sinais sonoros) em função do tempo. Para que este sinal possa
ser lido e armazenado por um computador, é preciso que seja antes
digitalizado. O processo de digitalização consiste em fazer uma seqüência de
medidas dos valores de voltagem. Cada um desses valores é representado
por um número inteiro. O sinal digitalizado passa a ser representado por esta
seqüência de números.
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-33
Figura 16.26
Digitalização de um sinal analógico,
usando uma taxa de amostragem de 10
kHz.
Taxa de amostragem
Número de bits
Estereofonia
Figura 16.29
Usando uma taxa de amostragem mais
elevada, o sinal analógico obtido é mais
parecido com o
original.
Fica portanto claro que um dos fatores que está diretamente relacionado com
a qualidade do som digitalizado é a taxa de amostragem. De um modo geral,
quanto maior é a taxa de amostragem, menos perceptível é o efeito de
retangularização. Por outro lado, usar taxas de amostragem muito altas
resulta em arquivos muito grandes. É preciso encontrar um equilíbrio ideal
entre a qualidade sonora e o espaço ocupado no disco.
Figura 16.30
Pequeno trecho de uma onda analógica e
seus valores digitalizados.
Figura 16.31
Em uma digitalização com 8 bits, ocorrem
erros devido ao arredondamento.
Figura 16.32
O som reproduzido é equivalente ao som
original, sobreposto a um sinal de erro,
ouvido como ruído.
Estereofonia
Este é o terceiro fator ligado à qualidade do sinal sonoro. As placas de som
são capazes de digitalizar e reproduzir sons em estéreo. Neste processo, são
usados dois canais de áudio independentes. Com o efeito da estereofonia,
conseguimos a sensação sonora de que os sons estão sendo gerados no
mesmo recinto onde estamos localizados. A desvantagem desta sofisticação é
que o espaço necessário para armazenar os sons será duas vezes maior.
MIDI
As placas de som possuem, além dos circuitos para digitalização de áudio e
reprodução de sons digitalizados (conversores A/D e D/A), um circuito
especial capaz de “imitar” com grande perfeição, os sons dos instrumentos
musicais. Este circuito é composto de dois blocos:
Desta forma os sons MIDI podem ser sintetizados pela própria placa de som,
ou enviados a um sintetizador MIDI externo, através da UART MIDI.
Mixer
As placas de som são capazes de captar sons provenientes de várias entradas
analógicas. Cada um desses sons pode ser digitalizado, ou simplesmente
enviado para os alto falantes, em separado ou em conjunto. As principais
entradas analógicas são:
CD-Áudio
Microfone
Line In
Conversor Digital-Analógico
Sintetizador FM
CD-Áudio
Microfone
Line In
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-41
Podemos controlar, através de comandos de software, os sons que serão
usados como entrada durante uma digitalização (mixer de entrada) e os sons
que serão emitidos durante uma reprodução (mixer de saída). Graças ao
mixer de saída, podemos ouvir um CD de áudio, e ainda assim ouvir outros
sons, como por exemplo alarmes sonoros emitidos pelos programas.
No Windows, para ter acesso ao mixer da placa de som, basta clicar sobre o
ícone do alto falante, encontrado na barra de tarefas, ao lado do relógio.
A placa Sound Blaster fez um grande sucesso, passou a ser suportada por
praticamente todos os jogos a partir do final dos anos 80, e tornou-se muito
popular. A Adlib foi esquecida, e a Sound Blaster tornou-se um padrão.
Além da Creative Labs, diversos fabricantes passaram a produzir placas de
som compatíveis com a Sound Blaster.
Sound Blaster 16
Quando ocorreu a explosão do uso da multimídia nos PCs (a partir de 1993),
a Sound Blaster 16 era o modelo mais sofisticado de placa de som da
Creative Labs. Esta empresa manteve sua posição, inabalada até hoje, de
líder no mercado mundial de placas de som. Além de dominar o mercado,
praticamente todos os demais fabricantes produzem modelos compatíveis
com as placas da família Sound Blaster. Suas características sonoras são tão
sofisticadas que a maioria delas foram mantidas até nos modelos mais
recentes:
A Sound Blaster AWE32 pode gerar 32 sons MIDI simultâneos, sendo que
16 deles são provenientes do OPL3, e 16 provenientes do EMU8000. Daí o
seu nome, AWE32. Podemos dizer que a Sound Blaster AWE32 é na
verdade, uma Sound Blaster 16 acrescida do chip EMU8000, além de
soquetes para instalação de memória RAM adicional, para armazenamento
dos chamados Sound Fonts, ou seja, novos sons de instrumentos, comprados
separadamente ou criados pelo usuário. Bom para músicos. Mesmo quando
não é instalada esta expansão de memória, ainda assim é possível carregar
Sound Fonts na Sound Blaster AWE32, já que possui na sua configuração
padrão, 512 kB de memória RAM. Com a expansão, baseada em módulos
SIMM de 30 pinos, idênticos aos usados nas placas de CPU da época, esta
memória podia chegar ao total de 28 MB.
Figura 16.33
Configurando o jogo DOOM2 para operar
com a placa Sound Blaster AWE32.
Sound Blaster 32
Esta placa possui praticamente os mesmos circuitos da SB AWE32, exceto os
512 kB de memória RAM na configuração padrão, para carregamento de
Sound Fonts, resultando em um custo um pouco menor. Para usar Sound
Fonts nesta placa, é preciso instalar memória DRAM. Todos os demais
recursos são idênticos. Existem ainda pequenas diferenças em relação à
AWE32, não no que diz respeito à placa, mas aos acessórios que
acompanham. A Sound Blaster AWE32 é acompanhada de um cabo para
conexão de instrumentos MIDI, e ainda de software para composição
musical, ambos ausentes na Sound Blaster 32. Entretanto, o usuário músico
pode adquirir separadamente esses acessórios, instalar uma expansão de
memória, fazendo a sua SB32 contar com os mesmos recursos da SB
AWE32.
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-45
Figura 16.34
Cabo extensor de MIDI / Joystick.
Da mesma forma como ocorre com a SB AWE32, esta placa possui uma
ROM com 1 MB de amostras de instrumentos reais, e 512 kB de RAM para
armazenar novos sons, carregados pelo usuário. Permite a expansão de
memória para armazenar mais sons, porém, esta expansão não é feita através
de módulos SIMM, como ocorre com a SB32 e a SB AWE32. Caso o
usuário deseje esta expansão, deve adquirir uma placa adicional que é
acoplada à SB AWE 64.
Interfaces de rede
Um computador que trabalha sozinho em uma residência ou em uma
pequena empresa, não precisará se comunicar com outros computadores,
exceto no que diz respeito ao acesso à Internet. Por outro lado, em qualquer
lugar onde existem dois ou mais computadores, é altamente vantajoso que
eles estejam ligados em rede. Será possível transferir dados de um
computador para o outro. Um poderá utilizar a impressora do outro.
Também será possível ambos acessarem a Internet utilizando um único
modem e uma única linha telefônica.
Digamos agora que nesta empresa existam diversas impressoras, mas não o
suficiente para que cada computador tenha a sua própria impressora.
Utilizando modelos baratos, como as impressoras a jato de tinta, é possível
destinar uma impressora para cada computador. Existem entretanto casos de
impressoras muito caras, e a empresa não pode se dar ao luxo de instalar
uma delas em cada computador da rede. A solução mais econômica é ter
um computador central no qual são ligadas as principais impressoras de
maior custo. Todos os demais computadores da rede podem então utilizar
essas impressoras centrais. O computador onde essas impressoras ficam
ligados é chamado servidor de impressão.
Não pense que apenas grandes e médias empresas utilizam redes. Pequenas
empresas com apenas dois computadores podem utilizar os mesmos
recursos, mas em escala menor. Até mesmo em casa podemos ter uma rede.
Digamos que você tenha um computador um pouco ultrapassado e compre
um segundo computador, mais avançado. Ter dois PCs em casa é hoje uma
situação bastante comum. Se esses dois PCs forem ligados em uma pequena
rede, não será preciso ter duas impressoras, dois modems e duas linhas
telefônicas para acessar a Internet. O computador antigo poderá ainda
guardar seus dados no disco rígido do computador mais novo, que
obviamente será de maior capacidade. O computador novo poderia atuar
simultaneamente como servidor de arquivos, servidor de impressão e
servidor gateway, e ainda assim continuar sendo usado normalmente.
Placas Etherent
Não confunda “Ethernet” com “Internet”, são coisas completamente
diferentes. Ethernet é um padrão físico de comunicação de dados utilizado
em redes locais. Uma rede local é um grupo de computadores interligados,
localizados em uma mesma sala, em um mesmo andar ou em um mesmo
prédio. Até poucos anos atrás, as placas Ethernet operavam com a taxa de
10 Mbits/s, ou seja, 10 milhões de bits por segundo, o que equivale a pouco
16-48 Hardware Total
mais de 1 MB (megabyte) por segundo. É uma velocidade relativamente
lenta para os padrões atuais, já que usamos muitos arquivos de grande
tamanho. As placas Ethernet atuais operam com uma velocidade 10 vezes
maior, ou seja, 100 Mbits/s, o que equivale a cerca de 12 MB/s. Uma placa
de rede custa entre 50 e 150 reais, dependendo da qualidade e da “fama” do
seu fabricante.
Figura 16.35
Placa de rede.
Cabos e Hubs
Uma das partes trabalhosas da instalação de uma rede é a construção de
cabos. Normalmente esses cabos não são comprados prontos. Ao invés disso
compramos o fio, os conectores e um alicate especial para fixar os conectores
nas extremidades do cabo (são chamados conectores RJ-45). Devemos fazer
o cabo na medida certa para ligar cada computador ao HUB.
Figura 16.36
Conectores RJ-45.
Figura 16.37
HUB de 8 portas.
Figura 16.38
Estrutura de uma rede simples. O HUB
deste exemplo possui 24 portas.
Este recurso não precisa ser necessariamente ser usado em redes de dois
computadores. Pode ser usado em redes com vários PCs, ligados em rede
através de um hub. O problema é que quando o número de PCs é grande,
as conexões tornam-se lentas, já que um único canal deve fornecer dados
para vários computadores.
Scanners
O Scanner é um aparelho que permite capturar fotografias e figuras em
geral, criando arquivos gráficos que podem ser visualizados na tela, editados
e impressos. Podem também ser usados na ilustração de páginas da Internet
ou para uso em documentos que envolvem textos e gráficos. Finalmente
existe uma outra aplicação interessante dos scanners, que é o
reconhecimento ótico de caracteres (OCR). Digamos que você acha
interessante um artigo de jornal e quer colocá-lo em um trabalho escolar.
Programas de OCR reconhecem todo o texto e geram um arquivo editável,
como se o usuário o tivesse digitado. Podemos então modificar o texto,
alterar o tamanho e o estilo, acrescentar ou retirar partes. Todos os scanners
são acompanhados de software para OCR, software para captura de figuras e
um editor gráfico.
Figura 16.39
Scanner de mesa.
Digitalização de imagens
Existem vários programas capazes de editar imagens. O que é bastante
interessante nesses programas é que todos eles possuem um comando que
ativa o scanner, caso exista um instalado. Este comando aparece com nomes
de File/Scan ou File/Acquire (Arquivo/Escanear ou Arquivo/Adquirir). Ao
usarmos este comando é apresentado o painel de controle do scanner.
Colocamos a figura a ser capturada e usamos o comando Preview (Pré-
escanear, ou Pré-visualizar). Veremos na tela um rescunho do documento
que colocamos no scanner. Podemos então delimitar a área a ser capturada,
ou seja, podemos capturar a figura inteira ou apenas uma parte. Indicamos
outros parâmetros como resolução e número de cores, e finalmente usamos o
botão SCAN. O scanner fará a digitalização da imagem e a transferirá para o
computador. O editor gráfico, no qual usamos originalmente o comando
para ativação do scanner, aparecerá com o arquivo aberto, recém chegado
do scanner. Podemos então fazer modificações e gravá-lo no disco rígido.
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-53
Figura 16.41
Comandando uma digitalização de imagem.
Reconhecimento de textos
Como explicamos, o OCR (reconhecimento ótico de caracteres) consiste em
usar um scanner e um programa apropriado para “reconhecer” um texto
impresso. Uma vez reconhecido, este texto pode se transmitido para um
arquivo, não como uma simples imagem do que foi visto pelo scanner, mas
como um texto editável, que pode ser livremente modificado pelo usuário,
como se tivesse sido todo digitado a partir do original. Alguns estudantes
preguiçosos usam o OCR para capturar textos de enciclopédias, reformatá-lo
e transformar num belo trabalho, como se ele próprio tivesse escrito. Outros
mais preguiçosos ainda não se dão a este trabalho. Pegam os textos
diretamente na Internet.
16-54 Hardware Total
Figura 16.42
Usando um programa de OCR.
Note como é pequena a diferença entre 800 DPI e 400 DPI. A diferença é
pequena porque 400 DPI já é um valor próximo da resolução da própria
fotografia. Usar resolução maior não trará praticamente diferença. Isso é
muito importante, pois não devemos usar resoluções muito altas sem
necessidade. Dobrar a resolução significa quadruplicar o tamanho do
arquivo resultante, a quantidade de memória necessária para digitalizar a
foto e o tempo gasto na transmissão entre o scanner e o computador.
Observe como os resultados com 200 DPI e 100 DPI são bem inferiores. Para
cada tipo de fotografia, tamanho da imagem e para cada destino que
pretendemos dar às fotos (visualizar na tela ou listar na impressora, em
tamanho normal, reduzido ou ampliado) existe uma resolução ideal.
Resoluções altas demais gastam tempo e espaço sem necessidade, resoluções
baixas demais resultam em imagens de má qualidade.
Muitos usuários ficam confusos porque os scanners são anunciados com duas
resoluções diferentes: resolução ótica e resolução interpolada. A resolução
ótica é a mais importante, e está diretamente ligada à capacidade dos seus
sensores óticos perceberem detalhes de pequeno tamanho. A resolução
interpolada é um artifício para gerar imagens com resolução aparentemente
mais elevada, porém sem melhoramentos visuais. O funcionamento é
bastante simples. Digamos que um ponto da imagem tenha uma intensidade
de cor igual a 200, e que o seu ponto vizinho tenha intensidade 240. Para
dobrar a resolução, basta intercalar entre cada dois pontos consecutivos, um
novo ponto cujo valor é a média dos seus vizinhos. Entre 200 e 240, seria
então interpolado um ponto de intensidade 220, simulando uma resolução
duas vezes maior. Para ter uma resolução 4 vezes maior, seriam interpolados
3 pontos. Entre 200 e 240, seriam então interpolados pontos com valores 210,
220 e 230. Na verdade a coisa é um pouco mais complicada, pois a
16-56 Hardware Total
interpolação é feita de forma bidimensional, ou seja, levando em conta os
vizinhos da esquerda, direita, superior e inferior.
***
100%
***
Figura
16.44
Uso de
resoluções
interpoladas.
Tome cuidado, pois muitos scanners são anunciados como tenho resoluções
fantásticas, como 4800 DPI, 9600 DPI, e até 19200 DPI. São resoluções
interpoladas, e além de gerarem arquivos enormes, não oferecem
melhoramento nas imagens. O que realmente importa é a resolução ótica.
Câmeras digitais
Uma câmera digital é bastante parecida com as câmeras comuns, entretanto
não usam filmes e revelação convencional. Ao invés disso, as fotos geradas
são arquivos gráficos que são transferidos para o computador. Uma vez no
computador, essas fotos podem ser visualizadas na tela, editadas ou
impressas.
16-58 Hardware Total
Figura 16.45
Uma câmera digital.
É importante que fique bem claro que as câmeras digitais de médio porte
não se propõem a substituir a fotografia convencional, em termos de
qualidade de imagem. Os modelos de menor custo apresentam resoluções
de até 640x480, o que é bom para uma visualização no monitor, mas se
desejamos um resultado impresso em papel, não teremos uma qualidade tão
boa como a obtida com câmeras e filmes tradicionais. Mesmo assim, os
resultados são muito satisfatórios, e dentro de poucos anos, à medida em que
for aumentada a resolução das câmeras digitais e das impressoras coloridas,
teremos uma qualidade tão boa como a obtida pela fotografia tradicional.
Sensor de imagem
A parte mais importante de uma câmera digital é o sensor ótico. A resolução
deste sensor é medida pelo número total de pixels por foto. Um sensor de
500.000 pixels permite fazer fotos com a resolução de 800x600. Existem
ainda modelos com até 3 milhões de pixels, capazes de produzir fotos com
resolução de 2000x1500. Este sensor ótico é chamado CCD (Charge
Coupled Device). É o mesmo tipo de sensor usado pelas câmeras de vídeo,
porém com resoluções mais elevadas. As primeiras câmeras digitais usavam
os mesmos CCDs das câmeras de vídeo, com resoluções de 640x480. A
partir daí foram desenvolvidos novos CCDs de alta resolução, próprios para
câmeras digitais.
Armazenamento de imagens
Quanto maior é a resolução de uma câmera digital, mais espaço em
memória é ocupado por cada foto armazenada. Portanto as câmeras digitais
de alta resolução têm duas opções: ou armazenam menos fotos na sua
memória, ou então precisam ter uma quantidade maior de memória para
permitir o armazenamento de um bom número de fotos. Devemos ainda
levar em conta que as memórias usadas nas câmeras digitais são bastante
caras. Não são memórias SDRAM, como as usadas nos PCs. São memórias
do tipo flash ROM. Sua principal característica é que não perdem seus dados
quando são desligadas. Como as câmeras digitais são alimentadas por uma
bateria interna, freqüentemente a bateria fica descarregada depois de
algumas horas de uso. Obviamente não queremos que todas as fotos
armazenadas na memória da câmera sejam perdidas devido à descarga da
bateria. Graças ao uso de memórias flash, as câmeras digitais podem manter
as fotos indefinidamente, mesmo com a bateria descarregada.
Figura
16.48
Programa de
transmissão das
fotos para o
computador.
ZIP Drive
Sem dúvida este é o mais popular meio de armazenamento de dados com
característica de ser removível. Seus disquetes especiais armazenam 100 MB.
Sãp produzidos pela Iomega e também pela Epson, sob licenciamento. Este
drive foi lançado há alguns anos e fez um grande sucesso. Foi o primeiro
disco removível de razoável capacidade e baixo custo. Posteriormente foi
lançado um novo modelo, com capacidade de 250 MB. Pode operar com
16-62 Hardware Total
discos de 250 MB, mas mantém compatibilidade com os discos de 100 MB.
Existem modelos dotados de interface paralela, USB, IDE e SCSI.
Figura 16.49
Um ZIP Drive paralelo.
Figura 16.50
Um ZIP Disk.
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-63
Para quem não tem medo de instalações de hardware e não está preocupado
com a transportabilidade do drive, uma boa opção é utilizar o modelo IDE
(figura 51).
Figura 16.51
Zip Drive IDE.
Gravadores de CDs
Os discos usados nos gravadores de CDs são similares aos CD-ROMs,
podendo ser lidos em qualquer drive de CD-ROM (exceto em modelos
antigos). O CD-R pode ser gravado pelo usuário apenas uma vez e o CD-
RW pode ser gravado e regravado inúmeras vezes.
CD-R
O CD-R é um disco similar ao CD-ROM, exceto pelo fato de ser adquirido
vazio (ou virgem) e poder ser gravado pelo usuário, através de um drive
especial chamado CD-R Recorder (gravador de CD-R). Um disco CD-R,
uma vez gravado, não pode ser apagado. A sua gravação é portanto feita
uma única vez. Este tipo de disco é ideal para arquivar dados em
quantidades razoavelmente elevadas (até 650 MB), e também é excelente
para transportar dados para outros computadores, já que praticamente
qualquer drive de CD-ROM pode ler um CD-R.
CD-RW
Um disco CD-RW (CD Rewriteable) pode ser lido na maioria dos drives de
CD-ROM modernos (os que são multiread, praticamente todos aqueles com
velocidades a partir de 32x), e sua gravação é feita em um drive especial, um
gravador de CD-RW.
Figura 16.52
Um gravador de CD-R / CD-RW.
DVD
Enquanto os populares CDs faziam sucesso no armazenamento de dados
(CD-ROM) e áudio (CD-Audio), grandes empresas da indústria
cinematográfica e de computação juntaram esforços e fizeram investimentos
para desenvolver um novo tipo de CD, com capacidade muito maior que as
dos CDs tradicionais. Um único desses novos CDs possui capacidade
equivalente à de vários CD-ROMs. Tendo uma capacidade tão elevada, po-
deriam armazenar filmes digitalizados, substituindo assim as velhas fitas VHS.
Esses novos discos são chamados de DVD (Digital Video Disk ou Digital
Versatile Disk).
Figura 16.53
Um drive de DVD.
Armazenamento de filmes
Um DVD de mais baixa capacidade (DVD-5, com face simples e camada
simples) armazena 2 horas de vídeo de alta resolução, codificado no padrão
MPEG-2. A resolução é de 720x480. Filmes de maior duração podem ser
armazenados nos discos de maior capacidade: 4 horas para os modelos face
simples/camada dupla e face dupla/camada simples, e 8 horas para o modelo
de face dupla/camada dupla.
A mídia do DVD
O grande avanço tecnológico responsável pela elevada capacidade dos
DVDs é o aumento da densidade dos bits gravados. Os CD-ROMs e
similares utilizavam para armazenar os bits, pequenas áreas chamada pits. A
distância entre trilhas consecutivas é de 1,6 m (milionésimo de metro, ou
milésimo de milímetro), e cada pit tem cerca de 0,8 m. Nos DVDs, a
distância entre trilhas foi reduzida para 0,74 m, e o tamanho de cada pit foi
reduzido para 0,4 m. Além de aumentar o número de bits por unidade de
área, os DVDs também podem utilizar dupla camada e/ou dupla face,
fazendo a capacidade total chegar em torno de 16 GB.
Capítulo 16 – Expansões de hardware 16-69
Figura 16.54
Comparação entre as mídias de CD-ROM e
de DVD.
///////// FIM