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Suplemento

de Apoio ao Professor
Sumário
PARTE I – Apresentação da obra 1. 2. 3. 4. A era da informação .................
.................................................................... A “hibridiz
ação” cultural .................................................................
............. A história e o tempo presente ....................................
............................... A estrutura da coleção .........................
........................................................ Páginas de abertura de
capítulo, 5 Boxes de diferentes tipos de texto, 5 Texto complementar, 6 Atividad
es, 6 Questões de Vestibular/Enem, 7 Sugestões de filmes, 7 Suplemento de Apoio
ao Professor, 7 5. A avaliação .................................................
..................................................... PARTE II – O volume 1
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
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INTRODUÇÃO – O FAZER HISTÓRIA Capítulo 1. A construção da História .............
............................................. . 9 UNIDADE I – DOS PRIMEIROS HUMA
NOS AO LEGADO CULTURAL DO HELENISMO Capítulo 2. As origens do homem ............
................................................. Capítulo 3. Das aldeias pré-hi
stóricas aos primeiros Estados ............. Capítulo 4. A identidade do homem a
mericano ..................................... Capítulo 5. A civilização floresc
e às margens do Nilo ........................... Capítulo 6. Mesopotâmia, berço
de civilizações ...................................... Capítulo 7. As civilizaçõ
es hebraica e fenícia ........................................... Capítulo 8. O
legado da Grécia para a civilização ocidental ................ Capítulo 9. O esp
lendor de Roma ............................................................. UNI
DADE II – A CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS Capítulo 10. Alta Idade Média ..............
......................................................... Capítulo 11. Nasciment
o e expansão do islamismo ................................. Capítulo 12. A civil
ização bizantina ..............................................................
Capítulo 13. Baixa Idade Média .................................................
.................... Capítulo 14. A consolidação das monarquias na Europa modern
a ....... Capítulo 15. O Renascimento cultural e científico ....................
............... Capítulo 16. A expansão ultramarina européia ...................
...................... Capítulo 17. A política econômica dos Estados nacionais e
uropeus .... Capítulo 18. A Reforma Protestante e a Reforma Católica ...........
........ Respostas das Questões de Vestibular/Enem .............................
................ PARTE III – Sugestões bibliográficas 1. Bibliografia para o pro
fessor ...................................................................... 50
Metodologia e ensino de História, 50 Temas do volume 1, 50 Temas do volume 2, 5
2 Temas do volume 3, 53 2. Sugestões de leitura para o aluno....................
.......................................... 54 Temas do volume 1, 54 Temas do vol
ume 2, 55 Temas do volume 3, 56
11 13 15 16 17 19 20 23
28 30 31 32 34 37 39 41 42 46
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SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
Parte I — Apresentação da obra
1. A era da informação
Tornou-se lugar comum dizer que vivemos numa “sociedade da informação” ou numa “
sociedade do conhecimento”, na qual a informação, o knowhow, o saber, a competên
cia tornaram-se, ao longo das últimas duas décadas, os bens mais preciosos. Por
isso, vale a pena refletir aqui, mesmo que brevemente, sobre o significado dessa
transformação social e em como ela modifica a maneira de abordarmos o saber his
tórico na sala de aula. A sociedade do conhecimento é marcada, em primeiro lugar
, pelo desenvolvimento explosivo e ininterrupto da tecnologia da informação (TI)
, que introduziu novas formas de produção e, em conseqüência, novos modos de rel
acionamento entre as pessoas. A internet, o e-mail, a TV a cabo, o celular, a vi
deoconferência, etc. sedimentaram uma sociedade em rede, na qual as relações soc
iais são intensificadas e, ao mesmo tempo, esvaziadas, aproximando pessoas dista
ntes e distanciando pessoas próximas, encurtando distâncias e acelerando o tempo
, mas reduzindo a possibilidade que se tem para desfrutar a companhia dos amigos
e familiares. Tudo se interliga. Os acontecimentos de uma região são formados p
or eventos que ocorrem a milhas de distância, não há mais fatos que não produzam
uma série de ecos, reflexos e ressonâncias imprevisíveis e inesperados. Um exem
plo disso foram as imensas passeatas contra a guerra do Iraque em 2003, ocorrida
s simultaneamente quase no mundo inteiro. Um evento aparentemente restrito à pol
ítica do Oriente Médio mobilizou milhões de pessoas no mundo todo, convocadas vi
a internet ou e-mail, que deram uma demonstração de força no repúdio à guerra e
ao colonialismo. Há, portanto, na sociedade da informação uma dialética entre o
local e o global, na medida em que problemas aparentemente localizados podem int
erferir na vida de todas as pessoas, exigindo uma solução global.
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2. A “hibridização” cultural
O efeito mais importante dessa transformação social é a mistura de valores, líng
uas e culturas, provocando o que os antropólogos hoje chamam de hibridização cul
tural. A hibridização ocorre porque os bloqueios físicos e ideológicos à livre d
ifusão do conhecimento, da cultura e da educação tendem a diminuir, permitindo q
ue povos de diferentes partes do mundo tenham acesso aos valores uns dos outros
e se engajem em processos de fusão e difusão de suas respectivas identidades cul
turais. O entendimento entre os povos, porém, não é tão fácil. O recrudescimento
das guerras civis, das rivalidades religiosas ou inter-étnicas em certas regiõe
s do mundo pode ser interpretado como reações ou movimentos destinados a frear e
ssas transformações reafirmando identidades regionais. Vivemos, portanto, um nov
o cosmopolitismo, semelhante, talvez, aos últimos séculos do Império Romano, qua
ndo ocorreu um grande processo de mistura de diferentes culturas. O conhecimento
histórico não pode ficar indiferente a esse conjunto tão rico de transformações
, que sugerem modificações didáticas e epistemológicas fundamentais na abordagem
do saber histórico na sala de aula. É a esse desafio que este livro tenta respo
nder, adaptando o saber histórico às necessidades da sociedade da informação.
PARTE I — APRESENTAÇÃO DA OBRA
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Como já haviam suspeitado filósofos como Kant e Hegel, o conhecimento não é um d
ado bruto da realidade, que bastaria coletar e repetir, ao contrário, o conhecim
ento depende da intervenção ativa do sujeito que conhece, ele é uma construção d
o sujeito que interpreta a realidade segundo seus critérios mentais e as determi
nações de sua sociedade e sua cultura. Nietzsche afirmou que todo saber é perspe
ctivo e a história é o exemplo por excelência dessa idéia. Assim, num de seus en
saios mais importantes (Sobre a vantagem e a desvantagem da história para a vida
), ele exigia um saber histórico voltado para a vida, que respondesse às necessi
dades do tempo presente dos homens.
3. A história e o tempo presente
A tarefa de construir um saber histórico voltado para a vida, para os problemas
contemporâneos, que possibilite explicar as bases materiais sobre as quais se as
senta a nossa civilização e reconhecer os rumos para onde elas estão nos conduzi
ndo, significa permitir ao aluno reconhecer a relação dinâmica que une o passado
, o presente e o futuro. Não se pode compreender o presente sem conhecer o passa
do nem conhecer o passado ignorando o presente. E o conhecimento desses dois tem
pos permite que possamos antever o futuro, percebendo os caminhos que estamos tr
ilhando, as dificuldades que temos de superar e as condições, limites e possibil
idades de se construir um novo modelo de vida para a humanidade. O exercício do
historiador, de reconstruir a relação entre passado, presente e futuro, signific
a reconhecer que a sociedade humana construiu um modelo de desenvolvimento basea
do nas desigualdades sociais, no predomínio da técnica sobre as necessidades hum
anas e na idéia de que o homem, o único dotado de razão e cultura, é o dono sobe
rano da natureza e dela pode fazer uso, de forma predatória e irresponsável. O a
umento da miséria, a escalada dos movimentos racistas, especialmente na Europa e
nos Estados Unidos, o crescente poderio da indústria da guerra e a rápida devas
tação dos recursos naturais do planeta alertam para a necessidade de aprendermos
com a experiência histórica a construir um projeto humanista de sociedade. Nest
a coleção, a tarefa de perceber o saber histórico como uma relação dinâmica entr
e passado-presente-futuro concretiza-se particularmente nas Aberturas de capítul
os, nas leituras e questões dos Textos complementares e nas atividades da seção
A história e o tempo presente. Nestas ocasiões, o aluno poderá, por exemplo, com
preender os conflitos atuais entre israelenses e árabes no Oriente Médio e as tr
adições hebraicas presentes no mundo contemporâneo estudando as bases da antiga
civilização hebraica; perceber nas instituições do Brasil atual a herança da dem
ocracia grega; ou reconhecer nos dias de hoje a permanência da intolerância reli
giosa que marcou a formação da chamada Idade Moderna (volume 1). No volume 2, a
obra possibilita, entre outras coisas, identificar os princípios da Revolução Fr
ancesa presentes na Constituição e em outras instituições do Brasil atual; perce
ber a atualidade da luta indígena pelo direito à terra e à preservação de suas t
radições ou reconhecer nas terras dos descendentes dos antigos quilombolas um ví
nculo com o passado escravista do Brasil; ou ainda identificar nas cidades histó
ricas de Minas Gerais as marcas da época do ouro no Brasil. No volume 3, por sua
vez, a relação entre o passado e o presente pode ser percebida ao se abordar a
permanência do voto de cabresto, uma prática que marcou a política da Primeira R
epública; essa relação aparece também ao se tratar da atual proposta de reforma
da legislação trabalhista herdada do governo Vargas; ou, para citar outro exempl
o, ao abordar os movimentos neonazistas atuais, seguidores das idéias de Hitler.
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SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
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A elaboração de uma obra com o olhar voltado para o nosso tempo é necessária não
somente por possibilitar a leitura e a compreensão do presente à luz do passado
, e vice-versa, favorecendo assim projeções em relação ao futuro, mas também por
representar uma escolha metodológica que transforma a aprendizagem num saber si
gnificativo para os alunos, amparada em referenciais conhecidos e contemporâneos
e, por isso mesmo, dotada de sentido e interesse.
4. A estrutura da coleção
Baseando-se numa pedagogia não-diretiva, esta obra procura ser mais do que um li
vro básico de consulta; ela pretende oferecer as referências fundamentais para q
ue o professor possa abordar a história em distintas dimensões. A coleção não di
reciona o olhar, não fornece uma narrativa ou interpretação única do processo hi
stórico, mas apresenta-se como um texto aberto, contendo múltiplas referências e
sugestões de trabalho e deixando o professor livre para explorá-las junto com s
eus alunos na sala de aula. O professor poderá utilizar o livro de diferentes fo
rmas, aprofundando certos assuntos mais que outros, associando diferentes proces
sos históricos simultâneos ou sucessivos, fazendo interconexões entre épocas e l
ugares diferentes, enfim, explorando as fontes fornecidas pelo texto segundo os
objetivos e a proposta pedagógica de cada escola. Como nenhum livro didático pod
eria ser absolutamente exaustivo, este livro não esgota os assuntos tratados. Ne
m se pretende também que seja o único ou o mais importante material didático de
uso em sala de aula. Cabe ao professor planejar o uso desta obra, selecionando o
s conteúdos e combinando-os com outros materiais, como livros de apoio didático,
textos de jornais e revistas, músicas, narrativas ficcionais e poesias, depoime
ntos e o próprio conhecimento que o aluno já traz para a sala de aula.A utilizaç
ão conjunta do livro e do suplemento de apoio lhe será muito útil nesse sentido.
As principais seções que constituem os livros da coleção são as seguintes:
Páginas de abertura de capítulo
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Diferentes gêneros textuais, pinturas, fotografias, mapas e tabelas, seguidos de
um texto didático, introduzem o tema do capítulo. Quaisquer que sejam os recurs
os, a abertura apresenta uma problemática atual, que estabelece a ponte passado-
presente e contribui para motivar o estudo dos conteúdos do capítulo.
Boxes de diferentes tipos de texto
Quadros destacados em fio verde trazem documentos históricos, textos de pesquisa
dores, trechos de obras literárias, os quais possibilitam ao aluno conhecer dife
rentes interpretações elaboradas sobre determinado acontecimento histórico, conh
ecer o que os indivíduos pensavam dos fatos que eles vivenciaram e desenvolver a
capacidade de leitura de diferentes tipos de texto, competência necessária para
a prática plena da cidadania. Nas atividades de final de capítulo, muitas vezes
se solicita a retomada de algumas dessas leituras, com o intuito de desenvolver
a habilidade da compreensão e da interpretação de textos ou de estabelecer comp
arações com imagens, tabelas, mapas ou textos de outros autores. Sugerimos, para
ampliar o trabalho de análise das fontes históricas e exercitar o método de inv
estigação do historiador, que outros textos propostos nesses boxes sejam também
explorados pelo professor, estimulando o aluno a reconhecer as idéias e as inten
ções sustentadas pelo autor e a compará-las com o texto didático, com imagens ou
outras fontes que tratem do mesmo tema.
PARTE I — APRESENTAÇÃO DA OBRA
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Texto complementar
As leituras selecionadas para esta seção caracterizam-se pela diversidade de gên
eros textuais (textos jornalísticos, históricos, científicos, de apoio didático)
e pelas possibilidades de ampliar o conhecimento sobre o tema, estimular o deba
te e a habilidade de argumentação. As questões da seção Compreendendo o texto, a
o final da leitura, visam desenvolver a capacidade de compreensão, ou seja, de e
xtrair do texto as informações e idéias centrais, explícitas ou subentendidas, r
elacioná-las e, nos casos pertinentes, posicionar-se diante de um debate ou inte
rpretação histórica. O trabalho com estes textos pode ser iniciado solicitando a
os alunos para enumerar os parágrafos e, à medida que a leitura for sendo feita,
ir destacando as palavras consideradas difíceis. O próximo passo é procurar no
dicionário o significado dos termos apontados e anotá-los no caderno. Em seguida
, pedir aos alunos para identificar, oralmente, a idéia ou a característica prin
cipal de cada parágrafo. Feito este estudo prévio, encaminhar o trabalho de form
ulação das respostas, que pode ser realizado individualmente ou em dupla.
Atividades
Explorando o conhecimento
As questões propostas neste primeiro item têm como finalidade sistematizar os co
nteúdos estudados no capítulo e desenvolver habilidades cognitivas próprias da d
isciplina e da prática educativa, em especial a comparação, a observação, a inte
rpretação, a produção de textos, o juízo crítico e as noções de cronologia. Nest
as atividades, oferecemos ao professor uma variedade de questões que trazem text
os variados, pinturas, gráficos, tabelas, mapas e charges, que possibilitam apro
fundar os conceitos de cada capítulo, discutir a dinâmica da produção histórica,
compreender como os indivíduos do passado enxergavam o seu próprio tempo e como
outras pessoas, que viveram em épocas posteriores, interpretaram os registros d
o passado.
A história e o tempo presente
As atividades desta seção permitem relacionar o passado e o presente, estimuland
o o aluno a conhecer e a se posicionar diante de questões relevantes para a soci
edade contemporânea. As questões, que incluem produção de textos, debates, leitu
ra de imagens e textos, elaboração de pesquisas e montagem de painéis, entre out
ras propostas, visam, igualmente, formar atitudes de valorização do patrimônio h
istórico e cultural da humanidade, de preservação dos recursos naturais do plane
ta e de repúdio às guerras e às injustiças sociais. Entendemos que é papel do en
sino de história e de toda prática educativa contribuir na formação de pessoas c
onscientes dos problemas sociais do seu tempo e das mudanças necessárias para su
perá-los, comprometidas com os princípios da tolerância, da democracia, da paz e
da solidariedade. Não basta preparar o aluno para ser um excelente leitor, form
ulador de hipóteses, observador e capaz de produzir textos bem articulados e per
suasivos. É preciso, no mesmo nível, formar indivíduos que repudiem a indiferenç
a e os preconceitos, que questionem o consumismo e o individualismo, que express
em a sua afetividade e desenvolvam a sensibilidade e se sintam responsáveis por
construir uma sociedade mais justa e humanizada.
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Questões de Vestibular/Enem
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O ensino médio não pode ficar refém de um modelo educacional voltado para os ves
tibulares, mas também não pode se esquivar dessa tarefa. Criar condições para qu
e todos os alunos ingressem em boas universidades e possam se servir dos recurso
s públicos destinados ao ensino superior, qualificando-se para exercer a vida so
cial e profissional, é parte da tarefa de democratizar a sociedade brasileira. E
ntendemos também que a universalização do ensino superior significaria, em últim
a instância, a extensão da obrigatoriedade para a educação superior e a extinção
dos vestibulares. Infelizmente, não há perspectivas de que isso ocorra em um fu
turo próximo. Diante dessa realidade e da importância de ampliar ao máximo o ace
sso à educação superior, selecionamos nesta coleção questões de diferentes unive
rsidades do país e das provas anuais do Enem, procurando contemplar os conteúdos
essenciais de cada capítulo e atender aos objetivos estabelecidos para a discip
lina, tanto os que envolvem questões conceituais quanto aqueles que remetem à ta
refa de preparar para a prática da cidadania. As questões objetivas podem ser re
spondidas oralmente ou por escrito, no caderno, conforme critério estabelecido p
elo professor. Quanto às questões discursivas, elas podem ser trabalhadas indivi
dualmente ou em dupla, ou ainda servir de material de trabalho em grupo. As resp
ostas das questões de vestibular e do Enem estão no final deste suplemento.
Sugestões de filmes
Ao final dos capítulos, apresentamos um ou mais filmes recomendados para o traba
lho com os conteúdos tratados em cada caso. Sugerimos ao professor assistir ao f
ilme antes de exibi-lo aos alunos, para avaliar a adequação do filme à realidade
de seus alunos ou, se for o caso, para selecionar as passagens mais apropriadas
para o trabalho que propôs desenvolver. O trabalho com o cinema nas aulas de Hi
stória não pode prescindir de uma demarcação prévia entre o que é conhecimento h
istórico e o que é ficção, para não se correr o risco de confundir história com
arte. O cinema é uma interpretação livre do passado, sem compromisso com a objet
ividade e a documentação, ao contrário da ciência histórica, que não pode se fur
tar do compromisso com a objetividade e os registros do passado. Nesse sentido,
a obra cinematográfica nos diz mais sobre a época em que foi feita do que sobre
o fato histórico que inspirou o enredo.
Suplemento de Apoio ao Professor
Cada volume da coleção vem acompanhado de um Suplemento de Apoio ao Professor qu
e complementa os conteúdos e as atividades do livro, remetendo em cada caso a um
a bibliografia específica e a outras fontes essenciais para aprofundar os temas
estudados. São citados, além disso, trechos de fontes primárias que podem ser ex
ploradas em sala, sugerem-se atividades interdisciplinares e o uso de diversas l
inguagens (literatura, imagem, música, etc.) para dar conta dos temas abordados.
O suplemento prescreve formas possíveis e caminhos recomendáveis de utilização
dos materiais do livro sem, contudo, limitar a liberdade e a criatividade do pro
fessor, mas, ao contrário, estimulando-as com sugestões de materiais de apoio, p
ropostas de novas atividades e informações adicionais.
PARTE I — APRESENTAÇÃO DA OBRA
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5. A avaliação
A avaliação tradicionalmente era tratada como instrumento de controle, vigilânci
a e punição, em geral realizado em ocasiões previamente estabelecidas pelo profe
ssor. Nessa perspectiva, perante os alunos, a avaliação despertava ansiedade, pa
vor e insegurança. Felizmente, desde as últimas décadas do século XX, o foco da
avaliação tem se deslocado cada vez mais do binômio promoção-reprovação para aju
star-se às necessidade do processo de aprendizagem. Segundo essa nova perspectiv
a, a avaliação deve ser diferenciada e contínua, ou seja, deve contemplar as esp
ecificidades e habilidades prévias dos alunos e ocorrer durante todo o processo
de ensino-aprendizagem, tendo como referência os objetivos estabelecidos para ca
da disciplina. Em vez de funcionar como uma ferramenta de promoção ou reprovação
, a avaliação deve permitir ao educando reconhecer suas conquistas e dificuldade
s, ajudando-o a visualizar os desafios e os caminhos possíveis para a sua supera
ção. Para o professor, a avaliação possibilita rever sua prática pedagógica e aj
ustá-la às necessidades do grupo, alterando procedimentos e readequando os instr
umentos avaliatórios. Sob esse ponto de vista, a avaliação não só permite verifi
car se os conteúdos estão sendo aprendidos, mas também perceber os avanços e as
fragilidades do processo de ensino-aprendizagem, criando condições para que o al
uno atinja os objetivos estabelecidos para a disciplina e para a prática educati
va como um todo. Organizar um projeto de avaliação centrado na aprendizagem pres
supõe também avaliar o crescimento global do aluno nos conhecimentos da discipli
na. Assim, o professor deve fazer uso, em sua experiência pedagógica, de uma div
ersidade de instrumentos de avaliação, que considerem as diferentes habilidades
dos alunos. Nesta coleção apresentamos atividades de vários gêneros, agrupadas n
as seções Compreendendo o texto, Atividades e Questões de Vestibular/Enem, que p
odem ser utilizadas pelo professor para avaliar e aperfeiçoar o aprendizado dos
alunos e os resultados do seu trabalho: atividades de leitura, compreensão e pro
dução de textos, análise de imagens, de gráficos e mapas, elaboração de pesquisa
s, montagem de painéis, debates, entre outras. A prática da avaliação, utilizada
como instrumento da aprendizagem e não como mecanismo de controle e punição, é
uma tarefa que pode envolver os alunos, para que eles também compreendam a impor
tância dos critérios utilizados na avaliação e identifiquem, à luz desses critér
ios, os avanços já conquistados e as dificuldades que precisam ser superadas. A
auto-avaliação, porém, não pode ser vista como a possibilidade de manipular ou e
scamotear os resultados da aprendizagem, mas, ao contrário, como uma oportunidad
e de discutir com os alunos os erros, acertos e desafios do processo educativo.
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Parte II — O volume 1
INTRODUÇÃO
O FAZER HISTÓRIA
CAPÍTULO 1. A
CONSTRUÇÃO DA
HISTÓRIA HISTÓRIA
Conteúdos e objetivos
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Este capítulo retoma noções já discutidas nas séries do ensino fundamental e que
constituem a matéria-prima do trabalho do historiador, em especial os conceitos
de tempo e o de fonte histórica. O capítulo também explicita a diferenciação en
tre tempo histórico e tempo cronológico, discute a periodização clássica européi
a e apresenta os diferentes tipos de calendário elaborados pelas sociedades. Com
esse estudo, pretendemos desenvolver as seguintes habilidades, procedimentos e
atitudes: • Aprofundar as noções de tempo histórico e tempo cronológico. • Ampli
ar as noções de fonte histórica. • Compreender e exercitar o método de trabalho
do historiador na análise das fontes históricas. • Comparar diferentes calendári
os. • Desenvolver o método de realização de pesquisas. • Valorizar o patrimônio
histórico e cultural das distintas sociedades.
O que é História?
p. 9
res e/ou atuais”. (JENKINS, Keith. Repensando a História. São Paulo, Contexto, 2
001, p. 32.) É por isso que o estudo da história não pode prescindir do conhecim
ento da historiografia sobre cada período e da análise das formas como o conheci
mento histórico é construído. Sugere-se que o professor, ao abordar cada período
, incorpore o hábito de problematizar a construção do conhecimento histórico, se
mpre contrapondo interpretações distintas dos acontecimentos ou processos em que
stão, para mostrar que a história pode refletir determinada perspectiva e que ne
nhuma interpretação poderia pleitear a condição de retrato fiel da realidade. A
necessidade de alertar o aluno para a carga de intencionalidade e parcialidade p
resente nos documentos e na construção conceitual feita pelo historiador não dev
e ser confundida, no entanto, com o relativismo total, ou seja, com a visão de q
ue a história se resume a um exercício infinito de interpretações particulares.
Leia o que escreveram os historiadores Jacques Le Goff e Eric Hobsbawm sobre a i
mportância da noção de objetividade histórica: Verdade e objetividade 1 “A tomad
a de consciência da construção do fato histórico, da não-inocência do documento,
pôs em evidência os processos de manipulação que se manifestam a todos os nívei
s da constituição do saber histórico. Mas esta verificação do fato não deve cond
uzir a um ceticismo de fundo acerca da objetividade histórica e ao abandono da n
oção de verdade na história; pelo contrário, os progressos contínuos no desvenda
r e na denúncia das mistificações e falsificações da história permitem que se se
ja relativamente otimista a este respeito. [...] O objetivo ambicioso, a objetiv
idade histórica, constrói-se pouco a pouco através de revisões incessantes do tr
abalho histórico, laboriosas retificações sucessivas e acumulação de verdades pa
rciais.”
(LE GOFF, Jacques. História e memória. Lisboa, Edições 70, s.d. v. 1 e 2.)
A História não pode ser definida simplesmente como a reconstituição dos fatos qu
e ocorreram. Ela é o resultado do trabalho do historiador, que interpreta, segun
do determinada grade de leitura, os vestígios deixados pelo passado. Assim, o pa
ssado e a reflexão sobre ele são coisas distintas, pois toda história é uma comp
osição de recortes de conteúdos e de interpretações a respeito de determinados t
emas. Por essa razão, é possível serem elaboradas diferentes interpretações de c
omo os acontecimentos se inter-relacionam e de quais são os possíveis significad
os e valores que podemos dar a eles. Dentro dessa perspectiva, um bom historiado
r não pode se esquecer de que a história é também uma construção conceitual, med
iada por outras interpretações anteriores. Como ressaltou o historiador inglês K
eith Jenkins,“o passado é sempre percebido por meio das camadas sedimentares das
interpretações anteriores e por meio de hábitos e categorias de leitura desenvo
lvidos pelos discursos interpreta-tivos anterioPARTE II — O VOLUME 1
2 “Temos uma responsabilidade pelos fatos históricos em geral e pela crítica do
abuso políticoideológico em particular.

9
(HOBSBAWM, Eric. Sobre história. São Paulo, Companhia das Letras, 1998.)
Lidando com o tempo
p. 11
É preciso que o professor trabalhe continuamente para desfazer uma visão de hist
ória na perspectiva do evolucionismo, compreendida como uma seqüência de etapas
que todos os povos devem cumprir na sua marcha rumo ao progresso. Nessa perspect
iva, que traduz o senso comum, a história processa-se como o acúmulo de conquist
as sucessivas em direção a um fim consciente e único possível: o progresso mater
ial. A reflexão sobre idéia de história universal exige que se recorra um pouco
à antropologia cultural, introduzindo o conceito de relativismo cultural. Em seu
ensaio “Raça e História”, o antropólogo Lévi-Strauss procura desfazer a idéia d
e que a humanidade evolua num sentido único, passando pelas mesmas etapas. Segun
do esse estudioso não existem povos sem história, nem culturas absolutamente iso
ladas, pois o que constitui a cultura é justamente a troca. Uma cultura isolada
das outras estaria destinada a se desagregar e desaparecer. A idéia de superiori
dade e inferioridade cultural é um equívoco, pois cada povo, a partir do patrimô
nio material e simbólico que constrói, contribui para desenvolver o potencial hu
mano e compor a diversidade que caracteriza a história da nossa espécie. Ainda,
segundo Lévi-Strauss, a estética das tribos maori ou os sistemas de parentesco d
os índios sul-americanos são estruturas tão complexas
Periodização da história ocidental
p. 14
O professor deve enfatizar que a periodização tradicional — em quatro idades — é
uma divisão arbitrária, que leva em consideração os marcos significativos para
a história da Europa ocidental. A periodização clássica européia é útil em termo
s didáticos, pois facilita a organização do estudo e a localização temporal dos
fatos históricos. O uso dessa ferramenta cronológica não significa compreender a
história como uma evolução progressiva e linear, questão que é preciso sempre d
estacar para os alunos. Cada período tem seus valores e suas especificidades e n
ão pode ser julgado de acordo com as categorias do presente, o que representaria
um anacronismo. Assim, por exemplo, a Idade Média não foi, como antes se afirma
va, a “idade das trevas”, contrastando com o brilho das civilizações clássicas q
ue a precederam. Para o homem culto renascentista, a Idade Média parecia uma épo
ca obscurantista, por isso a denominava de idade das trevas. Mas, vendo-a do pre
sente, à luz de novas investigações históricas, percebemos que foi um período mu
ito rico da civilização ocidental, em que, num primeiro momento, a tradição clás
sica e os valores cristãos se misturaram aos padrões culturais dos povos invasor
es (germanos, eslavos,
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
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Pouco preciso dizer sobre a primeira dessas responsabilidades. Não teria nada a
dizer, não fosse por duas circunstâncias. Uma delas é a moda atual de os romanci
stas basearem seus enredos na realidade constatada em lugar de inventá-los, conf
undindo com isso a fronteira entre fato histórico e ficção. A outra é a ascensão
das modas intelectuais ‘pós-modernas’ nas universidades ocidentais, particularm
ente nos departamentos de Literatura e Antropologia, as quais implicam que todos
os ‘fatos’ com existência pretensamente objetiva não passam de construções inte
lectuais — em resumo, que não existe nenhuma diferença clara entre fato e ficção
. Mas existe, e para nós, historiadores, inclusive para os antipositivistas mais
intransigentes, a capacidade de distinguir entre ambos é absolutamente fundamen
tal. Não podemos inventar nossos fatos. Ou Elvis Presley está morto ou não. [...
]”
que mal conseguimos entendê-las. “A originalidade de cada cultura reside na mane
ira particular como resolvem problemas e perspectivam valores que são aproximada
mente os mesmos para todos os homens, porque todos os homens sem exceção possuem
uma linguagem, técnicas, arte, conhecimentos de tipo científico, crenças religi
osas, organização social, econômica e política.” (Raça e História, p. 75). O tex
to “Os Tuareg”, na página 13, ilustra bem o que disse Lévi-Strauss: nenhuma cult
ura, isolada, pode sobreviver. Cabe ressaltar, portanto, que as sociedades chama
das “tradicionais” não podem ser vistas como não-civilizadas, selvagens, sem his
tória; elas devem ser compreendidas na diversidade cultural que as constitui e q
ue as torna diferentes, mas jamais inferiores aos povos ocidentais. O professor
pode chamar a atenção também para o fato de que a idéia de um tempo histórico ún
ico e cumulativo é uma construção cultural da Europa ocidental do século XIX, qu
e tem a função política de legitimar a dominação imperialista sobre outros povos
supostamente “primitivos” ou “selvagens”.
etc.); e, posteriormente, teve início o intercâmbio cultural com civilizações do
Oriente. Cabe ao professor trabalhar a especificidade de cada período histórico
, enfatizando a sua riqueza cultural, sem induzir a juízos de valor sobre os hom
ens do passado. A história, sob essa perspectiva, se assemelha muito à antropolo
gia. Ela nada mais faz que abordar no tempo o que a antropologia aborda no espaç
o: a diversidade cultural e o processo ininterrupto de troca entre culturas.
Texto complementar A ditadura do relógio
p. 15
O objetivo do trabalho com esse texto é promover uma discussão sobre a relativid
ade do tempo. O tempo não é uma categoria exata e imutável, mas uma construção s
ocial que é percebida e vivenciada de formas diferentes, dependendo do modo de v
ida de cada sociedade, dos valores, projetos e referências de uma cultura ou de
uma geração. Por exemplo, a relação que as comunidades rurais têm com o tempo nã
o é a mesma que a dos habitantes dos centros urbanos, assim como as crianças sen
tem o tempo de forma diferente da que sentem os idosos. A velocidade da vida mod
erna, marcada pela pressão do relógio, pelas refeições rápidas, pela produção em
série, é uma criação da sociedade que nasceu da grande indústria e que se afirm
ou sobre os escombros das culturas tradicionais. As questões da seção Compreende
ndo o texto permitem que o aluno reconheça as mudanças que a sociedade industria
l gerou para a relação do ser humano com o tempo e identifique no mundo atual a
permanência e a mudança dos aspectos expostos pelo autor.
Atividades
p. 16
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
a importância do tempo para a História e a diversidade do patrimônio cultural da
humanidade. A construção de uma linha do tempo, proposta na questão 6, pode par
ecer, numa primeira leitura, tradicional e pouco instigante. O desprezo pela cro
nologia, no entanto, é uma atitude equivocada, porque não é possível compreender
os fatos históricos e estabelecer relações entre eles sem saber localizá-los no
tempo. Uma visão de história centrada em datas e nomes é tão nociva quanto a pe
rspectiva atemporal, como se a história não fosse a ciência dos homens no tempo.
A proposta de resgatar, na linha do tempo, acontecimentos que marcaram a histór
ia recente do Brasil permite que os alunos relacionem o estilo de vida da sua ge
ração com a história mais geral do seu país. Por exemplo, nesta atividade alguns
alunos podem destacar o primeiro voto nas eleições oficiais do país, um direito
que a Constituição de 1988 assegurou aos jovens maiores de 16 anos.
UNIDADE I
DOS PRIMEIROS HUMANOS AO LEGADO CULTURAL DO HELENISMO
AS CAPÍTULO 2. AS
ORIGENS DO HOMEM
Conteúdos e objetivos
As atividades têm como objetivo desenvolver as habilidades, procedimentos e atit
udes estabelecidos para o trabalho com o conteúdo deste capítulo: noção de tempo
histórico, tempo cronológico e documento, elaboração de uma pesquisa e valoriza
ção da diversidade cultural que caracteriza as sociedades humanas. Nas questões
1 e 2, a intenção não é chegar a uma definição monolítica e conclusiva dos termo
s básicos inseridos no capítulo, mas permitir que os alunos, ao conceituá-los, l
evem em consideração o caráter não-inocente dos documentos, a natureza investiga
tiva do conhecimento histórico,
PARTE II — O VOLUME 1
O capítulo em questão aborda de forma abrangente as teorias e controvérsias acer
ca da origem do homem, que nos remete ao período convencionado como Pré-história
. As questões selecionadas envolvem a discussão sobre a periodização da Pré-hist
ória, as etapas da evolução biológica humana e a polêmica entre criacionistas e
evolucionistas, além de textos relevantes e atualizados que situam o problema no
s dias de hoje. É importante ressaltar nesse estudo que grande parte do conhecim
ento construído sobre a infância da humanidade situa-se no terreno das hipóteses
, já que os registros disponíveis não são suficientes para elaborar uma radiogra
fia conclusiva sobre a vida do homem pré-histórico. O objeto deste capítulo pode
proporcionar a interlocução com a área de Ciências, que, de acordo com as neces
sidades e conveniências das duas disciplinas, poderão desenvolver projetos em pa
rceria ampliando a discussão do tema proposto. O estudo das principais teorias e
laboradas sobre a origem da nossa espécie, bem como a
11
Sugestões de leitura
Imagens da abertura
p. 20
O capítulo se inicia com duas imagens: a da esquerda é uma charge satirizando o
evolucionismo darwinista; a outra é a reprodução de um quadro em que o artista i
nterpreta o mito de Adão e Eva. A contraposição aqui é tanto clássica quanto atu
al, já que o debate entre criacionistas e evolucionistas vem crescendo em vários
países, inclusive no Brasil. Por conta disso, o professor deve procurar esclare
cer que se trata do debate entre uma visão científica do surgimento do homem e u
ma interpretação religiosa do mesmo fato, divergência que é preciso conhecer e a
valiar. Ao mesmo tempo, o professor pode desfazer a crença equivocada de que Dar
win teria afirmado que o homem descendia do macaco, como mostra a charge, quando
, para ele, tanto o homem quanto o macaco derivariam de um ancestral comum, que
teria dado origem às duas famílias, aos hominídeos e aos macacos.
Qual é a origem do homem? A evolução humana
p. 20 p. 21
DARWIN, Charles. Autobiografia. Madri, Alianza Editorial, 1993. MONTALENTI, Gius
eppe. Charles Darwin (Biblioteca Básica de Ciência). Lisboa, Edições 70, 1982. G
OULD, Stephen Jay. Darwin e os grandes enigmas da vida. São Paulo, Martins Fonte
s, 1992.
Sugestão de atividade
Para discutir a importância das pinturas rupestres para a pesquisa e a compreens
ão dos primórdios da história humana, o professor pode programar uma pesquisa so
bre o Vale de Vezere, localizado na França, considerado patrimônio mundial pela
Unesco desde 1979. Lá foram descobertos cerca de 147 centros de cultura paleolít
ica e 25 cavernas com pinturas rupestres (dentre elas as célebres pinturas de La
scaux). Atualmente, a região abriga o maior e mais importante museu de Pré-histó
ria da Europa, o Museu Nacional de Pré-história de Evzies, que ocupa uma área de
5.000 m2 e abriga uma coleção de cerca de seis milhões de obras.
Texto complementar
p. 25
Se o professor achar conveniente poderá aprofundar a discussão sobre a hipótese
do criacionismo e a do evolucionismo utilizando os textos selecionados no final
das orientações para esta unidade. Pode-se promover um debate em sala de aula ap
ontando os principais pontos de conflito entre as duas visões ou ainda ampliar a
Encontros amorosos entre sapiens e neandertais
O texto complementar selecionado noticia o achado mais controverso da arqueologi
a nos últimos tempos: o esqueleto de um menino que contém características tanto
do Homo sapiens sapiens
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
12
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998.
compreensão das características do modo de vida dos primeiros seres humanos, vis
a aos seguintes objetivos: • Destacar as atividades que garantiam a sobrevivênci
a humana no período Paleolítico, percebendo as principais mudanças que marcaram
a evolução da espécie. • Explicar a teoria evolucionista e diferenciála da visão
criacionista. • Reconhecer os povos ágrafos como portadores de uma cultura e um
a história, não menos importantes que as das sociedades que elaboraram um código
escrito de comunicação. • Comparar aspectos da vida humana no Paleolítico com a
dos tempos contemporâneos, estabelecendo diferenças e semelhanças. • Ler e inte
rpretar figura rupestre procurando identificar na imagem intenções e sinais de c
omo era a vida humana no período. • Montar painel representando as principais re
alizações humanas no período denominado Préhistória.
discussão para a permanência da relação conflituosa entre a ciência e a religião
em diferentes períodos da história.
Boxe - Charles Darwin
p. 21
De forma coerente com a proposta pedagógica de valorizar a postura ativa do educ
ando diante do conhecimento, sugerimos uma bibliografia de apoio que o professor
poderá indicar para aqueles que queiram conhecer melhor a vida e a obra desse i
mportante cientista. Como forma de despertar a curiosidade do aluno, o professor
pode salientar que Darwin, entre 1831-1836, quando viajou a bordo do navio Beag
le, ainda na sua juventude, esteve na América do Sul observando a flora e fauna
nativas, viagem que foi fundamental para a consolidação da sua futura teoria da
evolução das espécies.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
quanto do Homo neandertalensis, aquecendo ainda mais o debate entre os defensore
s da origem única do homem e os da teoria multi-regional, que advogam a tese de
que o homem moderno, o Homo sapiens sapiens, resulta do cruzamento entre espécie
s diferentes de hominídeos, que evoluíram em períodos e lugares distintos. Este
texto permite ao professor mostrar aos alunos o complexo trabalho dos pesquisado
res na elaboração de teorias científicas, que exige, continuamente, a busca e a
análise de provas, a participação nos debates que as descobertas suscitam e reno
vação sistemática das teorias explicativas. As questões que se seguem ao texto,
elaboradas para desenvolver a competência leitora, requerem do aluno a habilidad
e de selecionar do texto as idéias centrais, localizando desde informações básic
as sobre a data, o local e o conteúdo da descoberta até as conclusões elaboradas
pelos cientistas.
Atividades
p. 26
lentamente, possibilitou a ocorrência de profundas alterações no modo de vida do
s povos préhistóricos: o desenvolvimento urbano e comercial, a formação do Estad
o e o surgimento da propriedade privada. Com o estudo desses temas, esperamos: •
Explicar por que as mudanças ocorridas no período Neolítico podem ser chamadas
de revolucionárias. • Relacionar a Revolução Agrícola com outras mudanças ocorri
das no período Neolítico. • Conceituar Crescente Fértil, Estado e Revolução Urba
na. • Produzir texto comentando as mudanças ocorridas na relação entre os campos
e as cidades com o desenvolvimento da urbanização. • Realizar uma pesquisa sobr
e a construção de açudes no estado, obra pública que pode ser comparada aos diqu
es e canais do Egito e da Mesopotâmia na Antigüidade, focando os objetivos da re
alização da obra e as propriedades que são beneficiadas.
Uma revolução nos campos
p. 29
A questão 1 atende a dois objetivos: ela estimula a habilidade de produção de te
xtos argumentativos e contribui para desfazer os preconceitos criados em relação
aos povos ágrafos. A proposta na questão 2 é estimular o aluno a comparar difer
entes estilos de vida, reconhecendo diferenças e semelhanças entre eles e respei
tando as características que compõem a sua identidade. A questão 3 permite estim
ular a leitura de imagens, no caso uma fonte essencial para o estudo do homem pr
é-histórico, a pintura rupestre. Sugerimos que o professor instigue o aluno a ex
trair informações da pintura, perguntando, por exemplo: Que objetos foram desenh
ados na parede? Que material vocês imaginam que foi usado para fazer os desenhos
? Qual a intenção das pessoas que fizeram esse trabalho? Que informações sobre a
vida desses povos antigos os desenhos nos fornecem? Aprender a fazer perguntas
aos documentos é um dos procedimentos básicos do trabalho do historiador e, exer
citá-lo, contribui para desenvolver o olhar investigativo e observador. CAPÍTULO
3. DAS
PRÉALDEIAS PRÉ-HISTÓRICAS
A descoberta e o desenvolvimento da técnica da agricultura são considerados, par
a muitos autores, a mais importante revolução tecnológica já realizada pela huma
nidade. São vários os fatores que nos permitem justificar essa afirmação, mas a
principal está na certeza de que, sem ela, o ser humano não teria proliferado e,
talvez, nem tivesse conseguido sobreviver. O professor pode chamar a atenção pa
ra a importante relação entre o homem, a técnica e a natureza, aprofundada pela
Revolução Agrícola, relação que perpassa toda e qualquer organização social. O p
rofessor pode mostrar que, até a Revolução Industrial, o uso da tecnologia ocupa
va um papel secundário na relação entre homem e natureza. No mundo contemporâneo
, o papel da tecnologia, ao contrário, adquiriu a primazia, a ponto de ameaçar a
natureza e o futuro da humanidade.
A Idade dos Metais
p. 30
AOS PRIMEIROS
ESTADOS ESTADOS
Conteúdos e objetivos
O principal objeto de estudo deste capítulo é a Revolução Agrícola, ou seja, o d
esenvolvimento da prática da agricultura, uma inovação técnica que,
PARTE II — O VOLUME 1
A passagem das aldeias pré-históricas para as primeiras cidadelas e, mais tarde,
para as cidades significou uma verdadeira revolução nos hábitos e costumes do s
er humano marcando o início do processo de civilização. Segundo Munford, a cidad
e pode ser descrita como “uma estrutura especialmente equipada para armazenar e
transmitir
13
Sugestões de atividades
1 A preocupação com os mortos e o culto aos antepassados parecem ter sido uma da
s primeiras manifestações cívicas que congregavam as pessoas em torno de um obje
tivo comum, prática que, guardadas as devidas proporções, permanece sendo import
ante até os dias de hoje. Para aprofundar o debate em torno dessa questão, o pro
fessor pode propor a leitura e a análise de um ritual religioso tradicional nas
culturas indígenas brasileiras. Veja uma sugestão no trecho selecionado no boxe
ao lado, exemplo de um ritual funerário dos índios bororos. 2 Outra possibilidad
e de atividade é trabalhar com um trecho da tragédia grega Antígona, de Sófocles
, datada de 442 a.C. Sófocles viveu na Grécia no século V a.C. e é considerado u
m dos mais importantes autores desse período, época áurea da tragédia grega. A p
eça narra o conflito entre a lei divina — representada por Antígona — e a lei da
cidade ou temporal — representada pelo rei Creonte. Antígona é condenada à mort
e depois de executar os rituais

(Rituais indígenas brasileiros. São Paulo, CPA Editora, 1999.)


14
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
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os bens da civilização [...]. A invenção de formas tais como o registro escrito,
a biblioteca, o arquivo, a escola e as universidades constitui um dos feitos ma
is antigos e mais característicos das cidades”. (MUNFORD, Lewis. A cidade na his
tória. São Paulo, Martins Fontes, 1998.) Um dos aspectos que anunciam uma mudanç
a de comportamento do homem primitivo rumo à sedentarização é a prática do cuida
do com os mortos. A primeira morada fixa do homem pré-histórico, no interior de
uma caverna, numa cova, num monte de pedras ou num túmulo coletivo, destinava-se
aos mortos e simbolizava marcos da comunhão entre mortos e vivos e uma ocasião
para cerimônias rituais. Nesse sentido, a cidade dos mortos é precursora da cida
de dos vivos. A importância do culto e a celebração aos mortos como marco da for
mação das cidades em seus primórdios podem ser atestadas pela presença de templo
s, túmulos e cemitérios como aqueles que ladeavam as cidades gregas ou romanas a
o longo das estradas ou as pirâmides no Egito, entre outros exemplos.

fúnebres de seu irmão, morto em combate e considerado traidor, descumprindo as l


eis da cidade e as ordens do rei. A tragédia caracteriza muito bem o significado
desses rituais e serve aqui de fonte histórica para entendermos melhor essa que
stão.
Cerimônias funerárias bororo “As cerimônias funerárias dos bororos representam u
m padrão específico de enterro secundário: os corpos dos mortos são inumados [en
terrados] envoltos em esteiras para serem posteriormente exumados [desenterrados
] para a lavagem e a decoração dos ossos, depois do que são colocados em cestos
sepultados fora da aldeia. O enterro secundário bororo insere-se num conjunto co
mplexo de outras práticas tais como danças, cantos, refeições comunitárias e des
truição dos pertences dos mortos. [...] A especificidade dos funerais bororo con
siste em levar, até as últimas conseqüências, as práticas de representação dos m
ortos por vivos. Cada morto é ritualmente representado por três sobreviventes, o
u seja, um ‘representante’ do finado, encarregado de dançar em sua homenagem, la
var e enfeitar os ossos do representado, e caçar um animal de desagravo, a fim d
e liberar do luto os parentes do seu morto; uma ‘mãe’ ritual, parenta clânica pr
óxima do finado que, juntamente com seu marido, o ‘pai’ ritual, devem assumir pe
sadas obrigações cerimoniais (chorar, cantar, cortar-se o próprio corpo durante
os funerais), devendo o último confeccionar a cabacinha funerária, carregada pel
o ‘representante’ durante as danças e as caçadas religiosas. Abatido e oferecido
um animal de desagravo, de preferência um felídeo de grande porte, tal como uma
onça-pintada, o ‘representante’ receberá a recompensa de algum enfeite de penas
e um nome, ambos pertencentes ao clã do finado, que poderá usar a seu bel-praze
r. O beneficiado passa também a assumir diversas funções sociais do seu morto, e
ntre as quais a obrigação vitalícia de cuidar do seu casal de ‘pais’ rituais, en
viando-lhes a carne ou o peixe que lhe tiver sido enviado pelas ‘almas’ (termo q
ue, no caso, designa o grupo de caçadores, representantes dos finados da aldeia)
até o dia em que lhe permitam as forças.”
Sugestões de leitura
BOFF, Leonardo. O casamento entre o céu e a terra: contos dos povos indígenas do
Brasil. Rio de Janeiro, Salamandra, 2001. Rituais indígenas brasileiros. (Vário
s autores). São Paulo, CPA Editora, 1999. Sófocles. Antígona. Porto Alegre, L&PM
, 1999.
O surgimento do Estado
p. 31
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Considerando-se a importância e a complexidade desse conceito para o entendiment
o de diversas disciplinas humanas e sua relação com outros conceitos e contextos
históricos, sugerimos que o professor comente com os alunos as instituições que
compõem o Estado brasileiro, destacando, por exemplo, o papel dos três poderes,
o funcionamento do Congresso Nacional, a função das Forças Armadas, entre outra
s instituições. Os alunos podem trazer para a sala de aula recortes de matérias
de jornais ou revistas com informações sobre a atuação concreta desses órgãos do
aparelho estatal brasileiro.
Texto complementar A Revolução Agrícola
p. 32
O texto selecionado destaca como a prática da agricultura e a utilização do fogo
foram fundamentais para o desenvolvimento das comunidades pré-históricas. As qu
estões da seção Compreendendo o texto estimulam o aluno a extrair as informações
centrais do texto, focadas nas mudanças geradas pela Revolução Agrícola, em esp
ecial a criação de excedentes, o crescimento populacional e a formação de cidade
s. Em seguida, podem-se estabelecer relações com o presente, discutindo, por exe
mplo, como a produção agrícola mundial já superou em grande escala as necessidad
es alimentares humanas. No entanto, contraditoriamente, milhões de pessoas conti
nuam morrendo de fome no mundo em decorrência da má distribuição de riquezas e d
os conflitos em torno da posse da terra. Como superar esse problema? Organize um
a discussão com os alunos a partir desse tema, partindo de informações atuais qu
e podem ser pesquisadas em jornais, revistas e/ou na Internet. CAPÍTULO 4. A
IDENTIDADE DO HOMEM
as principais explicações elaboradas pelos estudiosos a respeito desse debate. A
partir dessa discussão, o professor poderá estabelecer relações com o que já fo
i discutido anteriormente, propiciando a comparação e a análise entre as teorias
científicas já consolidadas (européias e norte-americanas) e aquelas mais recen
tes, elaboradas por pesquisadores dos chamados países em desenvolvimento, que bu
scam consolidar seu papel na construção do conhecimento científico. Um exemplo s
ão os estudos envolvendo as pinturas rupestres de São Raimundo Nonato (PI), cuja
s conclusões são refutadas por grande parte dos arqueólogos. Com o estudo deste
capítulo pretende-se atingir os seguintes objetivos: • Listar as principais hipó
teses sobre a origem do homem americano. • Caracterizar a vida dos povos america
nos nos períodos Paleolítico e Neolítico. • Definir a expressão sítio arqueológi
co. • Realizar pesquisa sobre um sítio arqueológico americano, reunindo informaç
ões sobre o modo de vida dos povos que lá viviam. • Ler e interpretar imagens qu
e representam povos indígenas do Brasil em épocas diferentes, identificando os e
lementos que expressam as mudanças ocorridas na vida desses povos. • Tomar conhe
cimento dos sucessivos ataques que vêm sofrendo os povos indígenas da atualidade
, solidarizando-se com a luta desses povos pela manutenção de suas terras e trad
ições.
A origem do homem americano
p. 34
O texto enfatiza as controvérsias sobre a origem do homem americano. Ele permite
discutir que as teorias são explicações transitórias, permanentemente modificad
as pelos novos fatos que as pesquisas trazem à tona. Este tema também propicia a
o professor introduzir a discussão sobre a importância de se conservar o patrimô
nio histórico e cultural do país e da humanidade. Sem esse patrimônio, ficamos i
mpossibilitados de conhecer o passado e compreender melhor o presente. Conquista
s da arqueologia brasileira No que se refere às teorias que discutem a origem do
homem americano, é importante ressaltar o trabalho de pesquisadores latino-amer
icanos que têm chamado a atenção da comunidade científica internacional. É o cas
o do trabalho do arqueólogo brasileiro Eduardo Góes

AMERICANO
Conteúdos e objetivos
Neste capítulo discute-se mais especificamente a origem do homem americano, apre
sentando
PARTE II — O VOLUME 1
15
As comunidades primitivas brasileiras
p. 37
Como forma de aprofundar a discussão sobre as comunidades primitivas brasileiras
sugere-se a pesquisa sobre a cultura marajoara, considerada o berço da produção
ceramista da América do Sul. A beleza, a criatividade e a permanência dessa cul
tura na Ilha de Marajó, no estado do Pará, justificam a tarefa que pode ser uma
oportunidade não só para ampliar o conhecimento sobre o tema proposto, como serv
ir para valorizar a diversidade e a complexidade da cultura dos índios sul-ameri
canos. Como fonte de pesquisa sugerimos o site do Museu de Arqueologia e Etnolog
ia da Universidade de São Paulo (www.mae.usp.br). CAPÍTULO 5. A
CIVILIZAÇÃO FLORESCE
A terra dos deuses
p. 44
ÀS MARGENS DO
NILO NILO
Conteúdos e objetivos
O conteúdo deste capítulo traz aspectos do conhecimento produzido sobre a civili
zação egípcia, relacionados à vida social, política, econômica e cultural. Com e
sse estudo o aluno poderá rela-
A partir da unificação política do Egito, por volta de 3200 a.C., o faraó passou
a centralizar todos os poderes, sendo considerado filho de Rá, o deus sol. O fa
raó passou a exercer as funções supremas de sacerdote, juiz e chefe militar. Ao
pronunciar o seu nome, os egípcios deveriam dizer “Que floresçam nele a vida e a
saúde!”. Sugerimos discutir com os alunos as principais características desse r
egime de poder estabelecendo uma relação com outros aspectos da civilização egíp
cia, como a arte, a religião, as pirâmides e a prática da mumificação. A religiã
o pode ser considerada um dos aspectos mais significativos da cultura egípcia, n
a medida em que orientava a vida e a morte de seus habitantes. Nesse sentido, a
arte simbolizava a extensão do poder dos deuses sobre o universo e refletia a co
ncepção de mundo dessa civilização. Um dos aspectos centrais era a crença na vid
a depois da morte, daí a concretização da arte nas tumbas, sarcófagos, estatueta
s e vasos deixados junto aos mortos.
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
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Neves, que a partir de um objeto ainda pouco explorado, a ocupação da região ama
zônica na Pré-história, conseguiu resultados surpreendentes. A pesquisa revelou
a presença de grandes sítios com cerca de 3 quilômetros de extensão e de terras
escuras, provavelmente derivadas da ocupação humana, o que leva a crer que os po
vos primitivos dessa região possuíam aldeias de milhares de habitantes. Além dis
so, a pesquisa contesta a visão da Floresta Amazônica como uma “construção natur
al” e defende que ela surgiu num solo previamente trabalhado pela ação humana. E
ssas e outras questões têm recebido destaque no contexto internacional e suscita
ram a publicação do livro Unknown Amazon (Amazônia desconhecida), que acompanha
a exposição de mesmo nome no Museu Britânico. A obra, de autoria de diversos cie
ntistas, é uma espécie de manifesto em favor da complexidade das sociedades préh
istóricas da região e, ao mesmo tempo, uma maneira de conhecê-las, revelando a h
istória dos povos que produziram artefatos com ossos humanos, cerâmicas, pedras
e até carvão, estabelecendo uma inter-relação com as tradições culturais que con
tinuam presentes e ativas nessa mesma região.
cionar as características da economia egípcia com o ciclo do Rio Nilo, conhecer
e observar importantes registros da cultura material dessa civilização e compree
nder o papel da religião na vida cotidiana dos antigos egípcios. Com esse conhec
imento, os alunos poderão estabelecer comparações com outros povos da Antigüidad
e e reconhecer nos dias de hoje permanências da cultura do Egito antigo. Os obje
tivos essenciais deste capítulo são os seguintes: • Identificar as principais co
ntribuições dos egípcios no campo da ciência. • Caracterizar a economia egípcia,
destacando a importância das cheias periódicas do Rio Nilo para a vida cotidian
a da população. • Descrever a organização social do Egito antigo. • Avaliar a im
portância da religião para os antigos egípcios. • Reconhecer a importância da de
scoberta da Pedra de Roseta para o conhecimento a respeito do Egito antigo e par
a a preservação do patrimônio cultural da humanidade. • Ordenar cronologicamente
, em uma linha do tempo, os principais acontecimentos da história do Egito antig
o. • Realizar uma pesquisa sobre a religiosidade da população brasileira atual,
identificando as explicações que elas apresentam para a vida após a morte.
Sugestão de atividade
Para aprofundar o conhecimento sobre a arte no antigo Egito sugerimos a realizaç
ão de uma pesquisa em enciclopédias, livros de arte e internet selecionando imag
ens representativas da arte nesse período que reflitam divindades e/ou cerimônia
s religiosas. Os alunos poderão montar um álbum com imagens extraídas da interne
t, jornais ou revistas, escrevendo uma legenda que descreva a figura selecionada
, além de identificar a fonte de onde foi tirada.
Dois reinos, três impérios
p. 45
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As pirâmides eram construções que cobriam as tumbas dos faraós no Antigo Império
. Uma confusão muito comum relacionada às pirâmides egípcias é a idéia de que to
dos os faraós do antigo Egito eram enterrados no interior dessas construções. Es
se tipo de obra marcou o Antigo Império, em particular os governos de Quéops, Qu
éfren e Miquerinos. O elevado custo de construção das pirâmides, que exigia o es
forço de milhares de trabalhadores, levou os faraós posteriores a optarem por co
nstruções menos suntuosas, como pirâmides feitas com adobe ou os hipogeus, tumba
s escavadas nas rochas da época do Novo Império.
Texto complementar Outros povos africanos
p. 46
rá reconhecer importantes contribuições das civilizações mesopotâmicas para o de
senvolvimento da astronomia e da matemática, por exemplo, e identificar semelhan
ças e diferenças entre a vida desses povos e a dos antigos egípcios. O capítulo
permite ainda que o aluno reconheça no Iraque atual a permanência de um valioso
legado cultural da antiga Mesopotâmia, continuamente ameaçado por ataques extern
os. Os objetivos que pretendemos atingir com o estudo deste capítulo são: • Comp
arar características do Egito antigo com as da Mesopotâmia, destacando o papel d
os rios para essas civilizações. • Caracterizar o Código de Hamurábi e identific
ar nos dias de hoje traços dos princípios contidos naquele conjunto de leis. • D
escrever e explicar a composição social da antiga Mesopotâmia. • Caracterizar a
forma como os povos da Mesopotâmia viam a morte e a vida além-túmulo a partir da
leitura de trechos do mito de Gilgamesh. • Realizar pesquisa sobre as guerras c
ontra o Iraque, em 1991 e em 2003, levantando dados sobre o governo de Saddam Hu
ssein, as relações entre Iraque e Estados Unidos nos últimos 20 anos e os efeito
s da guerra para os dois países. • Valorizar o legado cultural da antiga Mesopot
âmia e reconhecer sua importância como patrimônio que deve ser continuamente pre
servado.
Patrimônio destruído pela guerra
p. 49
A leitura deste capítulo possibilita conhecer outra cultura africana da Antigüid
ade, a de Djennéjeno, no Máli, para desfazer a crença, generalizada, de que a Áf
rica antiga se restringia ao Egito. Nessa cidade, como o texto esclarece, seus h
abitantes praticavam, entre outras atividades, a agricultura, o comércio e a met
alurgia, chegando a constituir um centro urbano muito próspero. O professor pode
aproveitar a oportunidade para solicitar uma pesquisa sobre os grandes reinos a
fricanos do período anterior à chegada dos europeus, como o de Gana, no oeste do
continente, e o de Zimbábue, ao sul.
ESOPOTÂMIA, CAPÍTULO 6. MESOPOTÂMIA, BERÇO
O texto de abertura permite um duplo trabalho: reforçar a importância da conserv
ação do patrimônio histórico e cultural da humanidade e demonstrar por que, tant
o no passado quanto no presente, o território da Mesopotâmia tem sido palco de i
números conflitos, que estão associados às condições geográficas e às riquezas n
aturais da região, e às disputas políticas e territoriais que marcaram a históri
a do chamado Crescente Fértil. A comparação dos problemas enfrentados pelos povo
s de uma mesma região, em épocas históricas tão distintas, pode ajudar os alunos
a entender a utilidade da ciência história como instrumento de compreensão do p
resente.
Ciências, deuses e zigurates
p. 53
DE CIVILIZAÇÕES
Conteúdos e objetivos
No estudo deste capítulo, o aluno vai conhecer melhor outros povos da Antigüidad
e, que viviam na chamada Mesopotâmia. Ao estudá-los, ele podePARTE II — O VOLUME
1
Uma das maneiras de tomarmos contato com o passado é conhecendo a literatura pro
duzida por uma determinada cultura. Nesse contexto, os mitos têm um papel muito
importante, pois podem nos
17
revelar muito sobre as formas de ver e interpretar o mundo. Além disso, nos perm
item vislumbrar as trocas culturais entre diferentes civilizações, mostrando, mu
itas vezes, aspectos desconhecidos ou ainda controversos da nossa tradição cultu
ral. A partir do trecho selecionado da Epopéia de Gilgamesh, o professor pode pr
ogramar uma pesquisa que estabeleça uma comparação entre parte desse poema épico
e o relato bíblico sobre o dilúvio e a Arca de Noé, destacando diferenças e sem
elhanças.
Sugestão de leitura

da do professor de Matemática. Outra possibilidade é a leitura e análise do trec


ho da Bíblia que narra a construção da Torre de Babel, citado no livro de Gênesi
s, e a comparação com as características dos zigurates.
p. 56
Texto complementar O fim da Babilônia
ELIADE, Mircea. O conhecimento sagrado de todas as eras. São Paulo, Mercuryo, 19
95. Conforme destaca o texto didático, a invenção do astrolábio foi uma das cont
ribuições mais significativas dos mesopotâmicos, pois, séculos mais tarde, teve
um papel muito importante nas grandes navegações e na conquista de novos territó
rios pelos europeus. Se o professor achar conveniente, pode organizar uma pesqui
sa sobre o funcionamento desse aparelho, comparando-o com o sistema vigente atua
lmente, que utiliza orientação via satélite. Essa é uma boa oportunidade para tr
abalhar em conjunto com a área de Ciências, revelando a interconexão entre difer
entes conhecimentos e tornado-os mais significativos e interessantes para o ente
ndimento do mundo em que vivemos. Os zigurates Os zigurates eram construções em
forma de pirâmide com degraus e rampas laterais coroadas por um templo. Esse con
junto arquitetônico formava uma espécie de torre de faces escalonadas, dividida
em diversas câmaras. O zigurate é a obra arquitetônica mais característica das c
onstruções da Mesopotâmia. Um dos exemplares mais importantes foi encontrado na
cidade de Ur. Acredita-se que ele tenha sido reconstruído durante o império de N
abucodonosor, que o erigiu em homenagem a sua esposa, Ningal, e ao deus Neman. O
templo, que teria inspirado a famosa narrativa bíblica da Torre de Babel, tinha
sete pavimentos e um santuário, localizado no último pavimento, ao qual se cheg
ava subindo escadarias estreitas.
Sugestão de atividade
Atividades
p. 57
O professor pode solicitar o desenho de um zigurate e a montagem de uma maquete
(atividade coletiva), que poderá contar com a aju-

As atividades deste capítulo permitem que o aluno identifique as principais cara


cterísticas das sociedades da antiga Mesopotâmia. Nas atividades 3 e 7, é import
ante destacar para os alunos que qualquer julgamento que eles possam fazer das l
eis do Código de Hamurábi tem como referência o tempo presente, os valores e a m
oral da nossa civilização. Nesse sentido, o nosso papel, ao estudar os homens do
passado, é procurar compreender o seu modo de vida, e não julgar, já que qualqu
er juízo de valor reflete a mentalidade dos dias de hoje. A pesquisa proposta na
questão 9 visa permitir ao aluno conhecer com mais profundidade os principais a
contecimentos que marcaram as relações entre Iraque e Estados Unidos nos últimos
anos e que levaram às guerras de 1991 e 2003. A análise desse assunto é importa
nte por duas razões principais: porque é necessário conhecer e discutir a políti
ca externa norte-americana, de violação das resoluções da ONU e de ataque à sobe
rania de vários Estados, com repercussões em todo o mundo; e porque as ações mil
itares externas no Iraque já cauSUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
18
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Para contribuir na discussão do texto selecionado seria interessante o professor
utilizar dois mapas: um histórico (pode ser o da página 51) e outro atual, um m
ostrando a localização desses povos no passado e o outro, os países que existem
no presente. O trabalho com mapas desenvolve a compreensão da idéia de represent
ação espacial, facilitando a leitura desse tipo de linguagem e o trabalho interd
isciplinar com a área de Geografia. Com esse trabalho de comparação os alunos ir
ão perceber, por exemplo, que Bagdá, a atual capital do Iraque, fica a poucos qu
ilômetros do local do antigo reino da Babilônia. A Pérsia original corresponde,
com algumas diferenças, ao Irã atual. A antiga Fenícia, que os alunos estudarão
no capítulo 7, corresponde hoje, aproximadamente, ao território do Líbano.
saram a morte de milhares de civis, além de destruir parte de um patrimônio cult
ural de valor incalculável. Informar-se a respeito dessas questões é fundamental
para desenvolver a capacidade de superar a indiferença e posicionar-se de forma
crítica diante dos acontecimentos que afetam a humanidade. CAPÍTULO 7. AS
CIVILIZAÇÕES HEBRAICA
Hebreus
p. 60
E FENÍCIA
Conteúdos e objetivos
O estudo deste capítulo traz a história de duas sociedades cujo legado está muit
o presente nos nossos dias, em especial o monoteísmo e o alfabeto. Ao estudar es
ses dois povos, os alunos vão poder estabelecer comparações com outros povos ant
igos já estudados, reconhecer no nosso tempo a presença da cultura hebraica e fe
nícia, além de compreender melhor os conflitos envolvendo israelenses e árabes n
o Oriente Médio atual. Com o estudo desses conteúdos, os objetivos são: • Compar
ar a religião dos hebreus com a dos egípcios e mesopotâmicos. • Explicar a impor
tância do alfabeto para os antigos fenícios. • Destacar o papel da posição geogr
áfica da Fenícia no desenvolvimento comercial daquela sociedade. • Reconhecer a
permanência do legado cultural dos hebreus e fenícios nos dias de hoje (monoteís
mo e alfabeto). • Ordenar cronologicamente os principais fatos que marcaram a hi
stória dos hebreus. • Realizar pesquisa sobre as tradições culturais judaicas, r
eunindo o material obtido na montagem de um painel. • Informar-se a respeito das
principais razões dos conflitos que opõem judeus e palestinos no Oriente Médio.
Fundamentalismo cristão
p. 59
Como forma de aprofundar as questões apresentadas nesse capítulo, no que se refe
re à história do povo hebraico, seria interessante o professor trabalhar com a B
íblia tratando-a como documento e fonte histórica fundamental para conhecermos a
edificação dessa civilização. Nesse sentido, sugerimos uma breve discussão sobr
e a história da Bíblia, apresentando sua estrutura de organização, sem propriame
nte entrar no mérito religioso do texto, tomando muito cuidado para evitar const
rangimentos e a suspeita de doutrinação. O objetivo, nesse caso, é abordá-la pel
a perspectiva do patrimônio da cultura ocidental. A Bíblia A Bíblia é sem dúvida
um dos livros mais editados e traduzidos no mundo, tendo sido publicada no todo
ou em parte em 2.261 línguas. No entanto, a obra é ainda pouco conhecida em sua
especificidade histórica. Inicialmente, é preciso lembrar que não há nenhuma ve
rsão original de manuscritos da Bíblia; todos os livros originais, escritos pelo
s seus respectivos autores, se perderam. As mais antigas cópias do Antigo Testam
ento hebraico, considerado fonte primordial, foram encontradas graças ao trabalh
o dos arqueólogos. Esses textos foram compilados muitos séculos antes de Cristo
por escribas, reis, sacerdotes e artistas que deixaram registrada a história do
relacionamento entre o povo hebreu e Deus. Os textos, escritos em longos pergami
nhos confeccionados em pele de cabra, foram sendo copiados e transmitidos durant
e gerações. Eles foram escritos em hebraico, da direita para a esquerda, e, algu
ns capítulos, em dialeto aramaico. Passado o tempo, esses relatos sagrados foram
organizados em três coleções: A Lei, que reúne os cinco primeiros livros da Bíb
lia; Os Profetas, em que estão presentes os textos de Isaías, Jeremias, Ezequiel
e os doze profetas menores, além de Josué, Juízes, Samuel e Reis, e Os Poéticos
, que reúnem os Salmos, os Provérbios, o livro de Jó, entre outros. O pergaminho
de Isaías é considerado o mais antigo trecho do Antigo Testamento em hebraico.
Estima-se que ele tenha sido escrito no século II a.C. Uma das mais importantes
descobertas contemporâneas data de 1947, quando um simples pastor, buscando uma
cabra perdida do seu rebanho, encontrou os Ma
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
O texto de abertura é propício para discutir o exacerbado caráter religioso que
a mídia imprime à atuação dos terroristas que praticam os abomináveis ataques co
ntra civis em várias partes do mundo. O texto permite discutir genericamente os
males do fanatismo e distingui-lo da defesa consciente e responsável de uma caus
a ou ideal. Permite mostrar ainda que o fanatismo não está associado apenas a um
a determinada religião, mas que ele se presta ao uso político por parte de gover
nos e empresários, tanto a favor como contra a causa que motiva as ações de grup
os fanáticos.
PARTE II — O VOLUME 1
19
nuscritos do Mar Morto, na região de Jericó, na Palestina. Durante nove anos for
am encontrados cerca de 800 pergaminhos contendo fragmentos da Bíblia em hebraic
o, revelando comentários teológicos e aspectos da vida do povo hebreu.
Sugestão de atividade
Atividades
p. 66
Fenícios: mercadores dos mares
p. 63
O texto didático informa que o sistema de governo adotado pelos fenícios era org
anizado como uma monarquia ou uma república plutocrática. Para que os alunos se
familiarizem com os conceitos históricos, fundamentais para a compreensão da dis
ciplina, sugerimos que o professor proponha um caderno de conceitos, organizado
por ordem alfabética e individual, para que ao longo do ano letivo o educando po
ssa pesquisar e registrar o significado de cada conceito. Dessa forma, ele poder
á ampliar o seu repertório de conceitos, estabelecer relações entre eles e desen
volver habilidades de pesquisa, participando, assim, do processo de construção d
o conhecimento.
Texto complementar A terra púrpura
p. 64
A leitura proposta neste capítulo traz informações mais detalhadas sobre o alfab
eto fenício, talvez a maior contribuição dessa civilização para a história da hu
manidade. Além de descrever algumas características da escrita ugarítica, o text
o relata como ocorreu a descoberta arqueológica que permitiu conhecer a língua e
a escrita dos antigos fenícios e dá pistas de como se desenvolve o trabalho met
iculoso do arqueólogo.
Neste capítulo abordamos o nascimento e o apogeu de uma sociedade que nos deixou
, em diferentes áreas, um vasto legado. No terreno do saber, os gregos deram imp
ortantes contribuições para o desenvolvimento da medicina, da matemática, da ast
ronomia, da filosofia e da história. Nas artes, os gregos nos legaram especialme
nte o teatro e exemplos de uma refinada arquitetura. A idéia de democracia é com
certeza a mais importante herança política da antiga Grécia, presente nos movim
entos revolucionários do Ocidente dos séculos XVIII e XIX e nas instituições vig
entes na maior parte dos países atuais. Não podemos esquecer ainda o papel dos g
regos na criação de um modelo de esporte competitivo, com as Olimpíadas, e na fo
rmação das línguas modernas, constituídas de vários vocábulos de origem grega. O
s objetivos estabelecidos para esse estudo são: • Comparar a sociedade ateniense
com a sociedade espartana, estabelecendo diferenças e semelhanças entre elas. •
Caracterizar o tipo de democracia praticada na Grécia antiga. • Reconhecer as i
mportantes contribuições dos antigos gregos para a constituição da cultura ocide
ntal. • Comparar o papel das mulheres em Atenas, em Esparta e no mundo atual, id
entificando mudanças e permanências. • Discutir o tipo de regime democrático vig
ente no Brasil atual. • Explicar a importância cultural do império criado por Al
exandre Magno.
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
20
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
O texto do boxe pode servir de estímulo para que os alunos pesquisem e adquiram
outras informações sobre a história da Bíblia. Exemplos: Como se formou o Evange
lho do Novo Testamento? Quando e por que os dois testamentos passaram a ser edit
ados juntos, tornando-se conhecidos como a Bíblia? Quem são os especialistas que
estudam a Bíblia? Como fonte de pesquisa e consulta sugerimos a Bíblia de Jerus
além, considerada a melhor publicação da Bíblia em português. Traduzida diretame
nte dos textos originais traz também informações lingüísticas, arqueológicas e h
istóricas.
As atividades deste capítulo (seções Explorando o conhecimento e A história e o
tempo presente) possibilitam identificar as principais características das civil
izações hebraica e fenícia e comparar a religião dos hebreus com a dos povos ant
igos já estudados. As atividades permitem também compreender a origem dos confli
tos entre israelenses e árabes no Oriente Médio atual, fato que tem tido papel c
entral na política internacional contemporânea. Ao estudar um tema tão atual e r
ecorrente, os alunos poderão perceber, mais uma vez, a importância de se conhece
r o passado para compreender o presente. CAPÍTULO 8. O
LEGADO DA
GRÉCIA GRÉCIA
PARA
A CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL
Conteúdos e objetivos
O mundo grego
p. 68
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Um bom caminho para se conhecer um pouco mais a cultura grega é tomar como refer
ência os poemas épicos de Homero: Ilíada e Odisséia, tema muito controvertido en
tre os estudiosos. Acredita-se que os poemas tenham sido escritos no século VIII
a.C., período que coincide com a emergência da pólis, uma nova forma de vida em
sociedade. Não se sabe ao certo quem foi Homero, nem mesmo se se tratava de uma
só pessoa. Para alguns estudiosos, a grande variação de estilo na escrita dos p
oemas revela que eles podem ter sido escritos por várias pessoas e em épocas dif
erentes, reunindo e transcrevendo uma tradição mítica coletiva preservada oralme
nte por várias gerações. A figura lendária de Homero remete à imagem de um homem
cego e poeta por excelência, autor de duas grandes epopéias que marcaram o nasc
imento da literatura ocidental. Daí sua importância e valor como documento histó
rico e estético inquestionável.
Sugestão de atividade
gregas surgiram num processo conhecido como sinecismo, ou seja, a fusão de vária
s aldeias em uma só. As pólis eram núcleos urbanos independentes e autônomos, co
m território reduzido, em que a área urbana e a rural formavam uma só unidade. E
m geral, as cidades-Estado possuíam a Acrópole, parte alta e fortificada que tin
ha a dupla função de proteger a cidade e funcionar como centro religioso, e a Ág
ora, onde se localizavam os edifícios públicos, o mercado e a praça, e também on
de se reuniam os cidadãos para discutir todas as questões da cidade.
O poder nas mãos dos cidadãos
p. 72
Há várias possibilidades de trabalho com as obras homéricas, pois muita coisa já
foi produzida sobre o tema, desde histórias em quadrinhos, filmes, ensaios, crí
ticas, até traduções em verso e em prosa. Sugerimos, como forma de despertar o i
nteresse pelo tema em si e também pela literatura, selecionar um trecho da Ilíad
a ou da Odisséia e realizar uma leitura coletiva com os alunos em sala de aula.
Podese também programar um trabalho em conjunto com os professores de Língua Por
tuguesa e de Artes.
Sugestões de leitura
VIDAL-NAQUET, Pierre. O mundo de Homero. São Paulo, Companhia das Letras, 2002.
PEREIRA, Maria Helena da Rocha. Estudos de história da cultura clássica. Lisboa,
Calouste Gulbenkian, 2003. v. 1 e 2.
Esparta e Atenas
p. 70
As noções de democracia e cidadania constituem duas das mais importantes herança
s da cultura clássica legada à civilização ocidental. Segundo Maria Helena da Ro
cha Pereira, a palavra democracia apareceu pela primeira vez em Heródoto e passo
u a ser de uso corrente na Antigüidade. No século XVIII, o ideal de democracia r
eapareceu nos movimentos revolucionários liberais, destacando-se na Declaração d
e Independência dos Estados Unidos e na Declaração dos Direitos do Homem e do Ci
dadão, elaborada durante a Revolução Francesa. No século XX, os princípios democ
ráticos foram incorporados à Constituição de muitos países, consagrando-se na De
claração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela ONU em 1948. É necessári
o, no entanto, compreender a democracia em sua historicidade, pois tal conceito
assume significados diferentes em cada época. A leitura de um trecho do discurso
proferido por Péricles sobre a democracia (leia boxe), registrado pelo historia
dor Tucídides, pode ajudar os alunos a compreender o significado da democracia p
ara os antigos cidadãos atenienses. Ao acompanhar a leitura dos alunos, estimule
-os a perceber a crítica que Péricles faz à educação espartana. A democracia ate
niense “Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de n
ossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar out
ros. Seu nome, como tudo depende não de poucos mas da maioria, é democracia. Nel
a, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução de suas divergênc
ias privadas, quando se trata de escolher (se é preciso distinguir em qualquer s
etor), não

A importância do conceito de pólis ou de cidade-Estado para o entendimento do mu


ndo antigo é muito importante, daí sugerirmos que ela ocupe um lugar de destaque
na lista de conceitos já sugerida em capítulos anteriores. Sobre esse assunto,
pode-se acrescentar que as cidades-Estado
PARTE II — O VOLUME 1
21
é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais
honrosos; inversamente, a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de pr
estar serviços à cidade, seja impedido de fazê-lo pela obscuridade de sua condiç
ão. Conduzimo-nos liberalmente em nossa vida pública, e não observamos com uma c
uriosidade suspicaz a vida privada de nossos concidadãos, pois não nos ressentim
os com nosso vizinho se ele age como lhe apraz, nem o olhamos com ares de reprov
ação que, embora inócuos, lhe causariam desgosto. Ao mesmo tempo que evitamos of
ender os outros em nosso convívio privado, em nossa vida pública nos afastamos d
a ilegalidade principalmente por causa de um temor reverente, pois somos submiss
os às autoridades e às leis, especialmente àquelas promulgadas para socorrer os
oprimidos e às que, embora não escritas, trazem aos transgressores uma desonra v
isível a todos. [...] Na educação, ao contrário de outros que impõem desde a ado
lescência exercícios penosos para estimular a coragem, nós, com nossa maneira li
beral de viver, enfrentamos pelo menos tão bem quanto eles perigos comparáveis.
[...] Somos amantes da beleza sem extravagâncias e amantes da filosofia sem indo
lência. Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo
de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não
fazer o possível para evitála. Ver-se-á em uma mesma pessoa ao mesmo tempo o int
eresse em atividades privadas e públicas, e em outros entre nós que dão atenção
principalmente aos negócios não se verá falta de discernimento em assuntos polít
icos, pois olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cui
da apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil [...]. Em suma, digo q
ue nossa cidade, em seu conjunto, é a escola de toda a Hélade e que, segundo me
parece, cada homem entre nós poderia, por sua personalidade própria, mostrar-se
autosuficiente nas mais variadas formas de atividade, com a maior elegância e na
turalidade.”
(Discurso de Péricles, século V a.C. In: TUCÍDIDES. História da Guerra do Pelopo
neso. 3. ed. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1987.)
O cotidiano do povo grego
p. 75
O modelo atual de escola predominante nos países do Ocidente tem muitas semelhan
ças com o tipo de educação que os atenienses reservavam aos meninos. A organizaç
ão de um currículo contendo, entre outras coisas, disciplinas voltadas para a ap
rendizagem da leitura e da escrita, a realização de cálculos, a formação musical
e a prática de exercícios físicos, guardadas as devidas proporções, é uma carac
terística tanto das escolas brasileiras atuais quanto da antiga educação atenien
se. Como hoje, os filhos das famílias mais pobres geralmente tinham que interrom
per os estudos para se iniciar no mundo do trabalho. O boxe a seguir traz inform
ações interessantes sobre a educação de meninos e meninas na sociedade ateniense
. A educação ateniense “A educação se inicia aos sete anos. Se a criança é do se
xo feminino, permanece no gineceu, parte da casa onde as mulheres se dedicam aos
afazeres domésticos, pouco importantes em um mundo essencialmente masculino. Se
é menino, desliga-se da autoridade materna e inicia a alfabetização e a educaçã
o física e musical. Acompanhado por um escravo, o pedagogo, o menino dirige-se à
palestra [lugar destinado a atividades de luta], onde pratica exercícios físico
s. Sob a orientação do pedótriba [instrutor físico] é iniciado em corrida, salto
, lançamento de disco, de dardo e em luta, as cinco modalidades do pentatlo [...
]. Além do preparo físico, a educação musical é extremamente valorizada, e por i
sso o pedagogo também leva a criança ao citarista, ou professor de cítara. Os gr
egos eram amantes da música (a arte das musas). De significado muito amplo, abra
ngendo a educação artística em geral. [...] O ensino elementar de leitura e escr
ita, durante muito tempo, merece menor atenção e cuidado do que as práticas espo
rtivas e musicais já referidas. O mestre é geralmente uma pessoa humilde, mal pa
ga e sem o prestígio do instrutor físico. [...] A educação elementar completa-se
por volta dos 13 anos. As crianças mais pobres saem então em busca de um ofício
, enquanto as de família rica continuam os estudos, sendo encaminhadas ao gi
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
22
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
násio [...]. Inicialmente designa o local para a cultura física onde, com freqüê
ncia, os gregos se apresentam despidos (daí sua origem etimológica: gimnos, ‘nu’
). Com o tempo, as atividades musicais se direcionam para discussões literárias,
abrindo espaço para o estudo de assuntos gerais como matemática, geometria e as
tronomia, sobretudo sob a influência dos filósofos.”
(ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2. ed. São Paulo, Moderna,
1996.)
nos reconheçam que Atenas tinha sim um regime democrático, condizente com o sign
ificado que esse termo tinha para as pessoas daquela época, expresso, por exempl
o, no discurso de Péricles. Quanto a existir ou não um regime democrático no Bra
sil atual, é importante os alunos se posicionarem tendo como referência o que a
democracia significa para nós, ou seja, a partir dos pilares que constituem a de
mocracia moderna. CAPÍTULO 9. O ROMA ROMA
ESPLENDOR DE
Texto complementar O aparecimento dos deuses gregos
p. 76
Conteúdos e objetivos
O texto complementar deste capítulo permite conhecer o mito grego sobre a criaçã
o do mundo, leitura que possibilita uma comparação interessante com a narrativa
bíblica contida no livro de Gênesis. É importante esclarecer para os alunos que
o mito não pode ser explicado racionalmente, pois, ao contrário da ciência, ele
se situa no terreno das emoções e da afetividade. Enquanto a ciência se preocupa
com explicações lógicas e racionais, o mito faz parte do mundo intuitivo e imag
inário. Ao abordar o mito e compará-lo à ciência, os positivistas o desqualifica
vam, ignorando o seu valor como expressão das sensações humanas. Atualmente, em
razão especialmente do desenvolvimento da antropologia, o mito tem sido tratado
como uma forma particular de interpretar e explicar o mundo, diferente da ciênci
a, mas tão válida quanto ela. O mito, visto dessa forma, pode ser considerado a
primeira leitura que fazemos do mundo, o ponto de partida para a compreensão do
ser.
Atividades
p. 77
As questões 5 e 9 remetem ao significado do conceito de democracia e às particul
aridades do significado desse termo na Grécia antiga e nos dias de hoje. É impor
tante alertar os alunos para o cuidado de não tratar a democracia contemporânea
como uma cópia tal e qual da antiga democracia grega. A visão que temos de democ
racia hoje foi construída a partir de uma longa experiência de revoluções e conq
uistas sociais. Por essa razão, o trabalho de comparar a democracia e o conceito
de cidadania nas duas épocas visa estabelecer diferenças e semelhanças entre el
as, sem o intuito de fazer julgamentos ou considerações segundo os valores do no
sso tempo. Nesse sentido, no item b da questão 9, espera-se que os aluPARTE II —
O VOLUME 1
Podemos considerar a civilização romana, junto com a grega, um dos pilares da cu
ltura ocidental. Da antiga Roma, herdamos o Direito, o conceito de república, a
religião cristã, a estrutura latina da língua portuguesa, além de exemplares de
sua cultura material que ainda hoje, passadas centenas de anos, caracterizam a g
randiosidade e a força imperial romana. O estudo da civilização romana antiga vi
sa: • Caracterizar a sociedade romana do período republicano. • Explicar os conf
litos entre plebeus e patrícios durante a República e listar as principais conqu
istas da plebe. • Reconhecer a importância das Guerras Púnicas para a expansão t
erritorial romana. • Explicar a política do pão e circo. • Produzir um texto ana
lisando os principais fatores da crise que levou à queda de Roma. • Comparar o p
rojeto de reforma agrária dos irmãos Graco com o programa de reforma agrária do
governo brasileiro atual. • Organizar cronologicamente os principais acontecimen
tos e fases que marcaram a antiga história de Roma.
Res publica ou ‘coisa pública’ (509 a 27 a.C.)
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
p. 82
O Senado era o órgão supremo do governo na República. Os senadores eram vitalíci
os e tinham a função de supervisionar as finanças públicas, dirigir a política e
xterna e administrar as províncias. As funções executivas eram distribuídas entr
e os membros da Magistratura, como os cônsules e os tribunos da plebe. O documen
to a seguir foi escrito em 63 a.C. pelo senador romano Cícero. Trata-se de um di
scurso contra Catilina, candidato vencido ao cargo de cônsul nas últimas eleiçõe
s romanas, acusado
23
de planejar um golpe de Estado contra a República. O professor pode aproveitar a
leitura e a análise do texto para discutir a importância do Senado para a Repúb
lica de Roma, destacando a estrutura e as atribuições dessa instituição. Vale ta
mbém estabelecer relações com o papel do Senado no sistema republicano do Brasil
atual. Esse tipo de atividade também pode ser encaminhado como trabalho interdi
sciplinar com a área de Língua Portuguesa. Já não podes viver mais tempo conosco
“Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há
-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua aud
ácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os
temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão
bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores
, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista
de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a con
hecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e
na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações fora
m as tuas? Oh tempos, oh costumes! O Senado tem conhecimento destes factos, o cô
nsul tem-nos diante dos olhos; todavia, este homem continua vivo! Vivo?! Mais ai
nda, até no Senado ele aparece, toma parte no conselho de Estado, aponta-nos e m
arca-nos, com o olhar, um a um, para a chacina. E nós, homens valorosos, cuidamo
s cumprir o nosso dever para com o Estado, se evitamos os dardos da sua loucura
à morte, Catilina, é que tu deverias, há muito, ter sido arrastado por ordem do
cônsul; contra ti é que se deveria lançar a ruína que tu, desde há muito tempo,
tramas contra todos nós. [...] Temos um decreto do Senado contra ti, Catilina, u
m decreto rigoroso e grave; não é a decisão clara nem a autoridade da Ordem aqui
presente que falta à República; nós, digo-o publicamente, nós, os cônsules, é q
ue faltamos. [...] Temos um destes decretos do Senado, mas está fechado nos arqu
ivos como espada metida em bainha; e, segundo esse decreto senatorial, tu, Catil
ina, deverias ter sido imediatamente condenado à morte. E eis que continuas vivo
, e vivo, não para

abdicares da tua audácia, mas para nela te manteres com inteira firmeza. É meu d
esejo, venerandos senadores, ser clemente; é meu desejo, no meio de tamanhos per
igos da República, não parecer indolente; mas já eu próprio de inação e moleza m
e acuso. [...]”
(Primeiro discurso contra Catilina de Marco Túlio Cícero, cônsul de Roma, recita
do no Templo de Júpiter, local onde tinha sido convocado o Senado de Roma, em 63
a.C.)
A questão agrária
p. 83
Sugestão de atividade
Os conflitos envolvendo a luta pela terra têm gerado reportagens e análises quas
e diárias na grande imprensa brasileira. Como o volume de materiais sobre o assu
nto é bastante farto, pode-se sugerir aos alunos que façam um levantamento de no
tícias e artigos jornalísticos que remetam a conflitos agrários ocorridos no paí
s e tragam uma ou duas matérias para a sala de aula. a) Em classe, com a turma o
rganizada em círculo, cada aluno irá apresentar uma síntese do conteúdo da matér
ia, informando também a data, o órgão de publicação e a autoria, caso seja um ar
tigo assinado. b) Em seguida, pode-se organizar um debate sobre o problema da te
rra no Brasil. Sugerimos utilizar como referência para o encaminhamento do debat
e o Capítulo III do Título VII da Constituição Federal, que define a função soci
al da propriedade agrária no Brasil.
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SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Aqui encontramos uma excelente oportunidade para relacionar o passado e o presen
te. A questão agrária, origem de intensos conflitos sociais na Roma antiga, tamb
ém tem sido motivo de violência e calorosos debates nos dias de hoje. É possível
fazer um paralelismo entre o passado e o presente recordando como o problema ag
rário foi administrado na Grécia antiga (a colonização de outras terras) e em Ro
ma (a adoção da política do pão e do circo, após o fracasso da reforma agrária d
os irmãos Graco), comparando com a política de reforma agrária do governo brasil
eiro. Acreditamos que a discussão sobre a questão agrária deva ser feita à luz d
a necessidade de assegurar a função social da terra e o exercício pleno da cidad
ania por todos os brasileiros.
Uma república em crise
p. 84
A República romana terminou de fato em 46 a.C., quando Júlio César, impulsionado
por conquistas militares externas e disputas no Senado, tornou-se ditador vital
ício. Júlio César, um dos mais importantes generais romanos, teve papel fundamen
tal na nova configuração política de Roma e foi imortalizado por sua atuação pol
ítica, que serviu de modelo para muitos outros ditadores e/ou políticos ao longo
da história, como Napoleão Bonaparte. O nome César tornou-se genericamente sinô
nimo de kaiser ou czar. Para abordagem desse tema sugerimos a leitura de Júlio C
ésar, de William Shakespeare, em edição de bolso feita pela L&PM, obra bastante
acessível, que pode ser utilizada tanto para discussão em forma de seminário col
etivo quanto para desenvolver o prazer pela leitura.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Sugestão de atividade
Discuta com os alunos o conceito de imperialismo e estabeleça relações com a apl
icação desse termo em outros contextos da história. Em seguida, sugere-se que el
es registrem o significado dessa expressão no caderno de conceitos.
A diversificação cultural de Roma O Direito
p. 87
nos favorecidos, relação que pode ficar mais clara para os alunos citando o exem
plo das leis que resultaram das lutas entre patrícios e plebeus na República rom
ana. O caráter dinâmico do Direito é uma característica que se mantém até hoje,
exatamente por expressar as tensões e mudanças que ocorrem na sociedade. Cabe de
stacar ainda que o Direito contém, também, fortes elementos morais e éticos, ref
letindo os valores de cada sociedade, embutidos na elaboração e na interpretação
das leis. É o que ocorre, por exemplo, em relação à mulher. No Código Civil bra
sileiro de 1916 a mulher era penalizada por prática de adultério e o marido pode
ria requerer a anulação do casamento ao constatar que ela já não era virgem. As
mudanças da moral e da cultura, nas últimas décadas, refletiram-se no novo Códig
o Civil, aprovado em 2002, que libertou as mulheres de muitos encargos estabelec
idos pela lei anterior. Aproveitando o tema, é possível, então, esclarecer algum
as especificidades da profissão de advogado, importante para os alunos que irão
prestar vestibular. Se possível, o professor poderá convidar um palestrante que
trate desse tema para conversar com os alunos e esclarecer suas dúvidas.
Texto complementar A cena e o prandium
p. 89
O Direito romano é uma das heranças mais importantes legadas à civilização ocide
ntal. Este tópico pode ser trabalhado como um estudo de caso, com o objetivo de
mostrar aos alunos que as leis, os códigos e inclusive a ética e os costumes são
cambiantes no tempo, em função dos interesses econômicos e políticos das socied
ades, combinados com as transformações culturais e religiosas. O primeiro aspect
o a se observar é a diferença entre o Código Civil Romano, consolidado no govern
o de Augusto, e o Código de Hamurábi e as tábuas da lei de Moisés. Enquanto o pr
imeiro refletia os conflitos políticos e econômicos dos distintos setores sociai
s da sociedade romana, os outros dois estavam centrados na orientação da conduta
individual, evidenciando, assim, o seu caráter fortemente ético e moral, em con
traste com o teor predominantemente social das leis romanas. É importante ressal
tar que o Direito Civil resultou de lutas políticas e sociais, travadas especial
mente entre os setores mais abastados e os mePARTE II — O VOLUME 1
A leitura proposta para este capítulo traz algumas informações sobre as refeiçõe
s romanas, aspecto que compõe a história da vida privada dos antigos romanos. Po
de-se aproveitar para discutir com os alunos que a história não se preocupa apen
as com os fatos sociais, políticos e econômicos; ela também se debruça sobre a v
ida cotidiana, procurando compreender como os homens do passado tratavam, por ex
emplo, a infância, a morte, o casamento, de que maneira eles se vestiam, se dive
rtiam, que deuses cultuavam. É importante o aluno perceber que a vida cotidiana
do homem comum é objeto importante dos estudos históricos. A questão 4, da seção
Compreendendo o texto, que remete à obesidade, permite conscientizar os alunos
dessa grave doença moderna, presente em todas as idades e classes sociais, e que
está relacionada ao crescimento dos casos de diabete e doenças cardiovasculares
.
25
LEITURAS COMPLEMENTARES
1. ASSALTO AO CORAÇÃO DA BIOLOGIA
O texto a seguir traz a visão de um evolucionista sobre o status da explicação c
riacionista para a origem da vida.
“A edição de 25 de janeiro da revista inglesa New Scientist veicula uma notícia
intitulada ‘Vitória da evolução na justiça’. Ela se refere à proibição judicial
de o governo do condado de Cobb, no Estado da Geórgia (EUA), obrigar os livros d
e biologia a trazer uma tarja com os dizeres: ‘Evolução é uma teoria, não um fat
o’. A medida foi considerada pela corte como propaganda religiosa, o que é ilega
l em escolas que recebem financiamento público. Esse é apenas um exemplo das con
tínuas tentativas realizadas por alguns grupos religiosos para solapar o ensino
da evolução nas escolas americanas. No Brasil, o movimento criacionista e sua co
rrente-irmã, o design inteligente, apoiados por políticos oportunistas locais, a
rvoram-se em incluir suas idéias no currículo escolar de Ciências Biológicas, em
detrimento do ensino da evolução. Considerar as idéias criacionistas e do chama
do design inteligente como teorias científicas e colocá-las em pé de igualdade c
om o evolucionismo é deturpar o significado dos termos ‘teoria’ e ‘ciência’. No
contexto científico, teoria refere-se a uma explicação abrangente e bem consolid
ada de algum aspecto do mundo natural, que pode incorporar fatos, leis, inferênc
ias e hipóteses passíveis de teste. Ciência, por sua vez, pode ser definida como
um processo que tenta encontrar explicações para os fenômenos naturais por meio
de inferências lógicas baseadas em observações empíricas. O criacionismo e o de
sign inteligente não têm status de ciência, pois não geram hipóteses que possam
ser testadas e não se pautam por inferências lógicas com base em observações emp
íricas do mundo natural. O criacionismo se baseia em dogmas relatados no livro d
o Gênesis. O chamado design inteligente se preocupa em encontrar falhas nos test
es das hipóteses geradas com base nos princípios darwinistas, sem apresentar teo
rias próprias ou hipóteses que possam ser submetidas a testes científicos. Sua p
rincipal plataforma é que a ciência ainda não tem explicações definitivas para a
origem da vida e para uma reconstituição minuciosa, passo a passo, de como, a p
artir de organismos simples, surgiram formas mais complexas de vida. Para os def
ensores da idéia de design inteligente, o que é ainda um mistério hoje continuar
á misterioso para sempre e melhor do que procurar explicações com base no método
científico é invocar forças sobrenaturais. O evolucionismo, por outro lado, par
te do princípio de que não há verdades inquestionáveis e que sempre existe a pos
sibilidade de uma explicação considerada verdadeira estar errada. As idéias atua
lmente aceitas pela ciência são aquelas que, depois de testadas exaustivamente,
não foram refutadas. Mesmo assim, as explicações científicas nunca são considera
das verdades absolutas; elas são aceitas enquanto não existirem motivos para se
duvidar de sua veracidade, isto é, enquanto não forem refutadas pelos testes. A
teoria da evolução biológica vem resistindo a todos os testes a que tem sido sub
metida, sendo a única explicação racional e coerente para o conjunto de fatos so
bre a vida em nosso planeta.”
(AMABIS, José Mariano. O criacionismo e o design inteligente não têm o status de
ciência. Folha de S.Paulo. 31 jan. 2005.)
… as explicações científicas nunca são consideradas verdades absolutas; elas são
aceitas enquanto não existirem motivos para se duvidar de sua veracidade, isto
é, enquanto não forem refutadas pelos testes.
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SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
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O criacionismo e o design inteligente não têm status de ciência, pois não geram
hipóteses que possam ser testadas e não se pautam por inferências lógicas com ba
se em observações empíricas do mundo natural.
2. EM BUSCA DAS ORIGENS
O artigo a seguir explica o que é o criacionismo e informa como os seguidores de
ssa explicação religiosa têm organizado sua intervenção na sociedade.
“O criacionismo surgiu nos meios protestantes norte-americanos no século passado
e procura explicar a origem do universo, da Terra, da vida e do homem da maneir
a como descrita no relato contido na Bíblia. Mesmo considerando que essa base co
mum fundamenta todas as teses criacionistas, há diversidade na interpretação. Os
adventistas do sétimo dia fazem uma interpretação literal do relato bíblico e a
creditam que ele seja uma fonte fidedigna para o entendimento dos momentos cruci
ais da história de nossos primórdios, como, por exemplo, a criação da vida na Te
rra e dos seres humanos. Um fórum nacional para discussão sobre os temas das ori
gens têm sido os encontros nacionais de criacionistas, promovidos pelo Centro Un
iversitário Adventista de São Paulo (Unasp) desde 1993, a cada três anos. Neles
é discutida a elaboração de modelos criacionistas que expliquem as origens, bem
como relatados os resultados de pesquisas científicas seguindo esses modelos. Sã
o discutidas também as dificuldades que o modelo evolucionista tem em explicar a
origem da vida e a macroevolução, incluindo o problema da origem da informação
genética e o aumento da complexidade nos seres vivos durante o processo evolutiv
o. Os palestrantes desses encontros têm sido doutores de universidades brasileir
as e do exterior e pesquisadores do Geoscience Research Institute, dos EUA. O pú
blico atingido por esses encontros é bastante diversificado, incluindo desde pes
quisadores e professores até estudantes universitários e profissionais liberais.
o No 3 Encontro, realizado em 1999, foi criado o NEO (Núcleo de Estudo das Orig
ens), que é um grupo interdisciplinar para o estudo do o criacionismo. Dos dias
20 a 23 de janeiro de 2005, foi realizado o 5 Encontro Nacional de Criacionistas
, com o tema ‘Perspectivas Atuais da Relação entre Ciência e Religião’. Durante
esse evento, foram tratados temas como a integração entre fé e ciência, pelo dr.
Leonard Brand, que também lançou o livro Fé, razão e história da Terra, no qual
procura demonstrar quais são as limitações da pesquisa científica e de que modo
a Bíblia, como um livro revelado por Deus, pode auxiliar na busca de explicaçõe
s sobre as origens. Também foi abordado o design inteligente, que se caracteriza
pela busca de evidências de planejamento e atividade inteligente na natureza e
como isso se relaciona com o criacionismo. Durante esse encontro, a questão do e
nsino do criacionismo foi discutida em uma mesa-redonda sobre os desafios de se
trabalhar as relações entre ciência e religião na rede adventista de ensino, de
forma que se permita ao aluno construir suas competências científicas e manter v
iva sua experiência religiosa. Os adventistas têm estado envolvidos na produção
de livros didáticos de ciências e paradidáticos sobre o criacionismo, para os al
unos de suas escolas, embora não estejam envolvidos em qualquer movimento que pr
etenda tornar o tema obrigatório na escola pública, devido ao caráter leigo dess
e sistema.”
(PAULA, Márcia Oliveira de. Bíblia é fonte fidedigna de informação, dizem advent
istas. Folha de S.Paulo, 30 jan. 2005.)
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São discutidas também as dificuldades que o modelo evolucionista tem em explicar
a origem da vida e a macroevolução, incluindo o problema da origem da informaçã
o genética e o aumento da complexidade nos seres vivos durante o processo evolut
ivo.
Também foi abordado o design inteligente, que se caracteriza pela busca de evidê
ncias de planejamento e atividade inteligente na natureza e como isso se relacio
na com o criacionismo.
PARTE II — O VOLUME 1
27
UNIDADE II
A CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS
ALTA IDADE MÉDIA CAPÍTULO 10. ALTA IDADE MÉDIA
Conteúdos e objetivos
Em busca de uma vida melhor?
p. 94
Sugestões de leitura
O texto que serve de abertura para o capítulo trata da presença constante da imi
gração na história humana e revela uma das justificativas possíveis para esse fa
to.A foto que acompanha o texto mostra um exemplo de tensão social relacionada à
entrada de imigrantes na Europa. Se achar conveniente o professor pode promover
uma discussão com a classe refletindo acerca das implicações decorrentes dos mo
vimentos migratórios no mundo.
A migração dos bárbaros
p. 96
LE GOFF, Jacques. Os intelectuais na Idade Média. 4. ed. São Paulo, Brasiliense,
1995. . A civilização do Ocidente medieval. Lisboa, Estampa, 1995. FRANCO JR.,
Hilário. O feudalismo e o nascimento do Ocidente. São Paulo, Brasiliense, 1986.
As catedrais góticas O termo gótico (arte dos godos) engloba um conjunto de mani
festações artísticas que se desenvolveram entre os séculos XII e XV na Europa. A
catedral gótica é considerada a máxima expressão desse estilo, que marcou a Eur
opa no contexto de revitalização urbana, quando as cidades se transformaram em c
entro da
Para introduzir um dos temas que serão tratados neste capítulo, o professor pode
iniciar questionando o significado do termo “bárbaro” e esclarecer que esse ter
mo era utilizado pelos romanos na Antigüidade (e pelos gregos antes de-

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SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
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Este capítulo discute a transição da Antigüidade clássica para a Idade Média, im
portante momento na formação da sociedade européia, momento em que os alicerces
do feudalismo começaram a se constituir. Além disso, com base na história cultur
al, o capítulo permite analisar a aurora da civilização européia, mostrando que
ela, como muitas outras sociedades, foi fruto de uma profunda miscigenação de et
nias, culturas, línguas e costumes. Com esse estudo, pretendemos desenvolver as
seguintes habilidades, procedimentos e atitudes: • Retomar o processo de fragmen
tação do Império Romano, apontando os principais fatores da crise. • Identificar
algumas características dos vários povos germânicos que contribuíram para forma
r a população de diferentes países europeus. • Explicar o significado de conceit
os essenciais para compreender o chamado feudalismo: feudo, senhor feudal, servo
, suserano e vassalo. • Ler e interpretar imagens que representam os camponeses
medievais e a nobreza guerreira. • Discutir a expansão dos movimentos racistas e
m vários países do mundo, visando formar uma atitude de tolerância e respeito pe
las diferentes culturas. • Desenvolver o método de pesquisa e de trabalho em gru
po.
les) para designar todos aqueles que não compartilhavam os seus valores culturai
s. Mais tarde, passou a significar o oposto do termo “civilizado”. O tema da inv
asão dos povos “bárbaros” no Ocidente é relevante entre outras coisas para enten
der a atual configuração política e cultural da Europa. Aproveitando os dois map
as apresentados nas páginas 95 e 96, o professor pode programar um estudo mais a
profundado sobre cada um desses povos que invadiram o continente europeu, destac
ando características geográficas, históricas e culturais. Pode-se dividir a clas
se em duplas ou grupos maiores e solicitar uma pesquisa e a apresentação dos res
ultados, de forma que todos possam compartilhar as novas descobertas.
Idade Média: trevas ou luz?
p. 97
A explicação sobre o sentido do termo “Idade Média” é importante, pois ajuda a e
ntender como a história é construída pela historiografia e, portanto, como ela e
xpressa o pensamento e as condições materiais de cada época. As leituras e as in
terpretações propostas pela historiografia acerca da Idade Média sofrem mudanças
constantes, que ampliam o conhecimento sobre esse período desfazendo visões est
ereotipadas ou do senso comum. Nesse sentido, seria interessante o professor que
stionar os alunos sobre como podemos conhecer o passado de uma determinada época
, no caso o período medieval. Pode-se aproveitar para explicar a importância que
adquiriu o trabalho dos monges copistas para a preservação das fontes histórica
s do período, aprofundando a discussão sobre a vida intelectual na Idade Média.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
vida política, econômica e espiritual na Baixa Idade Média. Uma das principais c
aracterísticas da arquitetura gótica era a verticalidade, que simbolizava o dese
jo humano típico da era medieval de espiritualidade, de estar próximo aos céus,
evidenciado nas torres vazadas e leves, na sóbria decoração dos portais e na ele
vação da grande nave, inovação que se tornou possível com a utilização de arcos
ogivais, pilares e contrafortes, que tinham a função de sustentar externamente a
estrutura. Uma das mais famosas catedrais góticas é a de Notre Dame (Nossa Senh
ora) de Paris, na França. Erigida inicialmente no século XII (1163), levou mais
de dois séculos para ser concluída (1330). Grandes acontecimentos políticos e re
ligiosos tiveram lugar nessa catedral: o velório do rei São Luís (1270) e a coro
ação de Napoleão como imperador (1804) são alguns exemplos. Como proposta de tra
balho com o tema, sugerimos que o professor explore o livro O corcunda de Notre
Dame (1831), de Victor Hugo. A obra clássica do romantismo francês pode ser abor
dada de diferentes maneiras em rodas de leitura, seminários, discussão de temas
específicos ou ainda como atividade de elaboração de fichamentos e resenhas de a
cordo com as necessidades dos educandos e do professor. O texto pode ser encontr
ado em diversas edições e adaptado para diferentes faixas etárias. Também há ver
sões adaptadas para o cinema.
Feudalismo: heranças germânicas e romanas
p. 102
O trabalho com conceitos deve ser estimulado e valorizado pelo professor, pois é
uma estratégia importante de aprendizado da disciplina e de entendimento das es
pecificidades do tempo passado. Além disso, é uma excelente maneira de exercitar
o pensamento abstrato. Sendo assim, sugerimos que o professor dê continuidade à
prática do aluno de pesquisar e registrar o significado dos diferentes conceito
s que irão aparecer ao longo do ano letivo, anotando-os num caderno específico p
ara isso. Aproveitando a definição de feudalismo apresentada no livro, esclareça
dúvidas na classe e estabeleça relações desse conceito com outros conceitos his
tóricos referentes ao feudalismo, como servo, senhor feudal, suserano e vassalo.
Texto complementar O castigo do pecado
p. 105
A expansão dos francos e o Império Carolíngio
p. 99
Em geral esse tema tende a ser visto como cansativo e difícil, pois envolve a le
itura de textos contendo inúmeras datas e nomes. O essencial, no entanto, é os a
lunos reconhecerem que o período carolíngio foi decisivo na formação do sistema
feudal europeu. Foi o momento em que a cultura cristã, a dos pensadores clássico
s e as tradições germânicas amalgamaram-se para gerar o caldo feudal derramado s
obre boa parte da Europa após o fim do Império Carolíngio. É oportuno, neste mom
ento, evidenciar que o europeu, ao contrário do que propagam as correntes neonaz
istas, de forma alguma atende a um critério científico que lhe permita classific
ar-se como raça, muito menos como uma raça pura, pois ele é o resultado do cruza
mento de dezenas de povos e etnias diferentes, e a sua cultura é também o result
ado do sincretismo de inúmeras tradições e origens.
PARTE II — O VOLUME 1
O texto enfatiza uma característica interessante da reflexão a respeito das razõ
es que explicam os acontecimentos que marcam a história humana, principalmente a
s mazelas, isso numa época caracterizada pela crença de que a história de um pov
o era determinada pela vontade divina e não pelas ações e idéias dos sujeitos qu
e o compunham. O texto mostra que o debate realizado pelos romanos, sobre o moti
vo das invasões bárbaras, girava sobre qual era a divindade ofendida e por qual
motivo ela se ofendera e os castigava. Pode-se explicar aos alunos que uma discu
ssão semelhante foi feita no Brasil quando as primeiras vítimas da aids começara
m a adoecer, no início dos anos de 1980. Especialmente alguns representantes de
instituições religiosas declaravam que a doença era o castigo de Deus imposto ao
s homens, como resposta à sua conduta pervertida, desobediente e entregue à luxú
ria. É interessante essa discussão para os alunos perceberem como algumas crença
s acompanham a história humana.
Atividades
p. 106
A questão 1 tem o objetivo de fazer o aluno retomar o processo de desmoronamento
do Império Romano e poder, assim, compreender melhor as bases de sustentação da
sociedade feudal. As questões 2 e 3 estimulam a compreensão sobre os chamados p
ovos bárbaros e, em especial, os germânicos, permitindo identificar suas caracte
rísticas e contribuições para a formação do sistema feudal.
29
As questões de 4 a 8 resgatam os aspectos centrais que caracterizavam a sociedad
e feudal: a vassalagem, a Igreja Católica, além da identificação dos elementos d
o cotidiano, intimamente ligados aos pontos anteriores. Além de sistematizar o e
studo da era medieval, possibilitando uma reflexão sobre o presente, em particul
ar a respeito do problema migratório na Europa, as questões contribuem para dese
nvolver a capacidade de ler e interpretar textos e imagens e aperfeiçoar o métod
o da pesquisa. CAPÍTULO 11. NASCIMENTO
E EXPANSÃO
As origens do islamismo
p. 111
É importante o professor destacar a relação entre as três religiões monoteístas
mais importantes no mundo — o islamismo, o judaísmo e o cristianismo — mostrando
que há mais elementos em comum do que diferenças entre elas, o que revela ser p
ossível uma convivência pacífica e respeitosa entre seus seguidores. Para aprofu
ndar essa discussão, o professor pode aproveitar o exemplo do Brasil, que em mat
éria de tolerância religiosa e respeito às diferenças culturais pode ser conside
rado um exemplo para o mundo. Leia no boxe uma sugestão de atividade sobre esse
tema.
Sugestão de atividade
DO ISLAMISMO
Conteúdos e objetivos
O conteúdo deste capítulo é de grande atualidade e merece especial atenção porqu
e, em razão dos graves eventos políticos dos últimos anos e do jogo de interesse
s que envolve os países islâmicos na atualidade, houve, nas várias mídias, uma g
uerra de informação e contra-informação a respeito do que é o islamismo, do que
é ser islâmico e do que representa o mundo árabe. A convivência pacífica e extre
mamente profícua entre muçulmanos, judeus e católicos na Península Ibérica, dura
nte o período medieval, é um contraponto à violência que tem marcado o convívio
entre as religiões nos dias atuais. Neste capítulo, os alunos vão poder perceber
que relações distintas, envolvendo os mesmos atores, marcaram a chamada Baixa I
dade Média: enquanto muçulmanos e católicos conviviam pacificamente na Península
Ibérica (pelo menos até o início da Reconquista cristã), “soldados” das duas re
ligiões guerreavam entre si nas Cruzadas. Com o estudo deste capítulo, esperamos
atingir os seguintes objetivos: • Identificar os elementos constituintes do isl
amismo. • Relacionar a doutrina islâmica com a organização do Império Árabe. • L
er e comparar mapas que representam o mesmo espaço, em épocas históricas diferen
tes. • Diferenciar árabe de muçulmano. • Organizar uma linha do tempo registrand
o os principais fatos que marcaram a expansão islâmica. • Desenvolver atitudes d
e valorização da diversidade cultural e de tolerância religiosa.
Sugestão de leitura
A expansão do Islã
p. 112
DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. São Paulo, Contexto, 2004.
Para abordar o período de expansão da cultura islâmica pelo mundo, pode-se chama
r a atenção para um ponto paradoxal e importante que acompanha toda expansão imp
erial de um povo e o domínio que ele estabelece nas regiões conquistadas: a recí
proca contaminação cultural. Este intercâmbio de idéias e costumes entre o povo
dominador e o dominado (lembrar que algumas vezes o povo dominador pode se embeb
er da cultura do dominado, como aconteceu com os romanos em relação aos gregos e
com os germânicos em relação aos romanos) tende a ampliar e a preservar valores
e conhecimentos, permitindo também desenvolver nas pessoas um olhar mais crític
o em relação à sua própria cultura. Esse fato marcou a expansão muçulmana pela E
uropa, África e Ásia. Os muçulmanos não só
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
30
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Solicite uma pesquisa sobre a presença das três grandes religiões monoteístas no
país e destaque algumas especificidades que caracterizam cada uma delas. Se for
possível, planeje uma entrevista com um representante local organizando previam
ente um roteiro de questões em sala de aula. Como sugestão de leitura para o alu
no, o professor pode propor o livro A viagem de Théo (Catherine Clément, Companh
ia das Letras, 1999). O romance narra a aventura de um adolescente que viaja par
a diferentes cidades com o intuito de conhecer todas as religiões que existem no
mundo. A linguagem é acessível e as explicações sobre as diferentes religiões s
ão didáticas e criativas, podendo também servir de estímulo para o trabalho do p
rofessor em sala de aula.
revitalizaram os estudos, entre os europeus, dos clássicos greco-romanos (muitos
documentos representativos da civilização ocidental só existem hoje porque fora
m preservados pelos árabes, devido ao interesse deles pela cultura clássica da A
ntigüidade, principalmente no que se refere à obra de Aristóteles), como contrib
uíram divulgando obras magistrais de cientistas e pensadores do mundo islâmico.
Além da ciência e da literatura, contribuíram introduzindo novos hábitos aliment
ares (o uso das especiarias para condimentar os alimentos), jogos (entre eles o
xadrez), padrões de cores e formas (tapetes persas, tecidos indianos) e inovaçõe
s arquitetônicas (arcos, abóbadas, jardins internos), entre outros.
Texto complementar Por baixo do véu das muçulmanas
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
p. 116
O texto selecionado trata do papel da mulher no mundo islâmico, tema atual e sem
pre polêmico no relacionamento Ocidente/Oriente. Vale a pena tentar combater o p
reconceito em relação ao uso do véu pelas muçulmanas, visto pelo Ocidente como s
ímbolo da opressão que a religião islâmica exerce sobre as mulheres. É important
e lembrar que no Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, não há referências explí
citas à obrigatoriedade do véu, o que nos leva a crer que tal prática tem origem
em alguma tradição cultural anterior, que foi incorporada ao cotidiano das islâ
micas por ação do sincretismo entre a nova religião e as antigas práticas pagãs.
Uma sugestão interessante de fonte para se entender melhor os valores muçulmano
s é o atual cinema iraniano, bastante prestigiado em todo o mundo.
Sugestões de filmes
sário enquadrar o Império Bizantino não como uma curiosidade histórica, mas como
um fator condicionante da formação européia. Historicamente, o Império Bizantin
o contribuiu para a formação da Europa feudal ao isolá-la física e economicament
e do Oriente e por ter exercido permanente pressão militar sobre a Europa centra
l, visando conquistar a região para restaurar o antigo Império Romano. Mesmo que
pouco visível deste lado do Atlântico, a Igreja Ortodoxa teve e tem um papel de
enorme destaque em muitos dos ex-países do bloco socialista, principalmente na
Rússia. Além disso, foi no antigo Império Bizantino que se consolidou e se ampli
ou o direito civil romano, com a importante contribuição de Justiniano. Por fim,
foi da decomposição do Império Bizantino, tomado pelos otomanos, que nasceu o f
uracão de conflitos que caracteriza até hoje a região do Bálcãs, palco onde esto
urou a Primeira Guerra Mundial. Os objetivos propostos para este estudo são: • C
aracterizar em distintos campos as contribuições da civilização bizantina. • Com
parar as diferenças históricas e de doutrina entre a Igreja Católica e a Igreja
Ortodoxa. • Reconhecer a importância da cidade de Constantinopla para a antiga s
ociedade bizantina. • Compreender as características da arte dos mosaicos e iden
tificar nos dias de hoje esse tipo de elaboração estética.
Boxe — Uma civilização, muitas etnias
p. 122
O círculo. Direção de Jafar Panahi (Irã, 2000). O jarro. Direção de Ebrahim Foru
zesh (Irã, 1994). CAPÍTULO 12. A
CIVILIZAÇÃO BIZANTINA
Conteúdos e objetivos
Em geral, o estudo da civilização bizantina se apresenta como estranho e pouco s
ignificativo para os alunos. Isso, talvez, se explique pelo fato de que nós, mai
s ligados à história da Europa ocidental, não encontramos de forma explícita os
traços da influência desta sociedade na formação da Europa feudal e na configura
ção cultural dos países do Ocidente. Diante do exposto é necesPARTE II — O VOLUM
E 1
Como sugere o próprio título, a civilização bizantina caracterizou-se por uma mi
stura de diferentes etnias ligadas por elementos culturais comuns. Inicialmente,
é importante o professor esclarecer quais eram essas etnias e como elas se conf
iguraram no passado e se manifestam no presente. O professor pode tomar, como po
nto de partida, um mapa atual da região e, localizando nele os países, perguntar
aos alunos o que eles já conhecem de cada um deles. Como forma de comparação ut
ilize o mapa da página 122. O chamado Cisma do Oriente separou, de forma irrecon
ciliável, a religião cristã do Ocidente da do Oriente, resultando em diferenças
substanciais na teoria e na prática religiosa. Podemos dizer que a diferença ess
encial resulta do fato de o catolicismo ter se modificado ao longo da história,
enquanto a Igreja cristã oriental manteve quase inalterado o conteúdo e a forma
de sua doutrina, permanecendo mais próxima do cristianismo
31
primitivo. Essas diferenças podem ser observadas facilmente nas cerimônias relig
iosas das duas igrejas. O casamento da Igreja Ortodoxa, por exemplo, preservou g
rande parte dos ritos originais.
Constantinopla: centro comercial da Idade Média
IDADE MÉDIA CAPÍTULO 13. BAIXA IDADE MÉDIA
Conteúdos e objetivos
p. 122
O eleito de Deus
p. 123
O texto didático define o governo bizantino como despótico e teocrático. A parti
r da explicação presente no livro, proponha uma consulta a obras de referência e
o registro do significado desses termos no caderno de conceitos.
O esplendor e a decadência do Império Bizantino
p. 124
Tanto o texto didático quanto o texto complementar selecionado destacam as conqu
istas militares e a política externa bizantina como o “fio condutor” da existênc
ia daquele império. O professor pode programar a montagem de um dossiê sobre o g
overno de Justiniano (527-565), dividindo a classe em grupos. Podem-se propor os
seguintes temas para o dossiê: 1) pequena biografia do governante; 2) a polític
a expansionista; 3) a arte bizantina; 4) a compilação jurídica. A partir dos res
ultados apresentados pelos grupos, o professor pode montar um grande quadro-sínt
ese, em sala de aula, que contenha os principais elementos coletados pelos aluno
s.
Abertura
p. 127
A introdução deste capítulo apresenta três textos: dois deles, escritos em época
s diferentes, expressam opinião oposta sobre os camponeses. O terceiro, atual, a
presenta um quadro da concentração de terras no Brasil. Os três podem ser consid
erados fontes primárias, ou seja, documentos, pois tratam de um fato contemporân
eo do próprio autor, ou, ainda, constituem registros da sua própria época. É imp
ortante lembrar que os documentos nunca falam por si só, daí a necessidade de in
terpretá-los de forma cuidadosa, questionando quem os produziu, em que contexto
e para qual finalidade, além de nos preocuparmos com a linSUPLEMENTO DE APOIO AO
PROFESSOR
32
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
A relevância da cidade de Constantinopla para o mundo medieval e os processos de
mudanças e permanências que desembocaram na atual Istambul (Turquia européia) j
ustificam uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema. Inicialmente, o professor
pode ler em voz alta o texto das páginas 122-123 e discutir os pontos principais
com os alunos. Num segundo momento, tomando o mesmo texto como referência, prop
or uma pesquisa com intuito de confrontar passado e presente, destacando as muda
nças e permanências em relação às práticas do cotidiano, como, por exemplo: a ig
reja de Santa Sofia, o Hipódromo e o Palácio Imperial ainda existem? Se existem,
qual a função dessas edificações nos dias de hoje? As vestimentas da população
permanecem indicativas da condição social no presente? De que forma? O costume d
e usar barba entre os homens ainda se mantém? O que esse costume representa para
a coletividade?
Este capítulo traz conteúdos essenciais para compreender a crise do feudalismo e
a formação da sociedade capitalista. A Baixa Idade Média caracterizou-se por um
movimento contraditório: ao mesmo tempo que correspondeu ao período de auge do
sistema feudal, nele foram criadas as condições que levariam à sua destruição: o
esgotamento do trabalho servil, a expansão das cidades e da atividade mercantil
e o nascimento de uma nova camada social, a burguesia. O capítulo também aborda
as Cruzadas, expedições de caráter religioso e econômico organizadas pela Igrej
a para reconquistar Jerusalém, tomada pelos muçulmanos. Mais importante que disc
utir os objetivos das Cruzadas é ressaltar o impulso que essas expedições repres
entaram para a atividade mercantil e o intercâmbio cultural entre Oriente e Ocid
ente, graças aos contatos dos cruzados com os povos orientais. Com esse estudo,
pretendemos atingir os seguintes objetivos: • Explicar os principais fatores que
caracterizaram a crise do sistema feudal. • Criar uma ilustração representando
a sociedade feudal na Baixa Idade Média. • Elaborar uma ficha sobre as Cruzadas,
destacando os objetivos, os grupos sociais que delas participaram e as mudanças
que elas promoveram. • Realizar pesquisa sobre a Guerra dos Cem Anos e construi
r uma linha do tempo registrando os acontecimentos principais que marcaram o lon
go conflito. • Relacionar o pensamento expresso pelas elites européias a respeit
o dos camponeses, em diferentes épocas, à visão de um autor sobre o problema da
concentração de terras no Brasil atual.
guagem e a mensagem propriamente dita revelada por ele. Leia em voz alta e anali
se os três textos junto com os alunos.
Mudanças na “Casa de Deus”
p. 129

O surgimento das universidades e da categoria social dos intelectuais represento


u uma importante mudança cultural da Baixa Idade Média. Leia no trecho a seguir
o surgimento das universidades no contexto das corporações de ofício. Universida
des e corporações de ofício “O século XIII é o século das universidades porque é
o das corporações. Em cada cidade onde existe um ofício agrupando um número sig
nificativo de membros, estes se organizam para a defesa de seus interesses e a i
nstauração de um monopólio em seu proveito. Esta é a fase institucional do desen
volvimento urbano, que materializa em comunas as liberdades políticas conquistad
as, e em corporações as posições adquiridas no domínio econômico. Liberdade aqui
é equívoca: independência ou privilégio? Reencontraremos essa ambigüidade na co
rporação universitária. A organização corporativa congela aquilo que consolida.
Conseqüência e sanção de um progresso, ela trai um sufocamento e esboça uma deca
dência. O mesmo se aplica às universidades do século XIII, coerentemente com o c
ontexto do século. O surto demográfico está em seu apogeu, mas se torna mais len
to, e a população da Cristandade logo ficará estacionária. A grande frente de de
sbravamentos que havia conquistado as terras necessárias à alimentação desse exc
edente humano se esfacela e se detém. Para esse povo cristão mais numeroso o imp
ulso realizador ergue uma rede de igrejas novas, de espírito novo; mas a era das
grandes catedrais góticas termina junto com o século. A conjuntura universitári
a tem a mesma curva: Bolonha, Paris, Oxford não conhecerão jamais tantos mestres
e estudantes, e o método universitário — a escolástica — não erigirá monumentos
mais brilhantes do que as súmulas de Alberto Magno, Roger Bacon e São Tomás de
Aquino. [...] As origens das corporações universitárias são freqüentemente tão o
bscuras como as de outras corporações de ofício. Organizam-se lentamente, median
te conquistas sucessivas, ao acaso dos incidentes que são ou
tras tantas circunstâncias. Os estatutos apenas sancionam tardiamente as conquis
tas. Não podemos sequer ter certeza de que os que possuímos sejam os primeiros,
o que nada tem de surpreendente. Nas cidades onde se formam, as universidades, d
evido ao número e qualidade de seus membros, manifestam um poder que inquieta os
outros poderes. É lutando, às vezes contra os poderes eclesiásticos, outras vez
es contra os poderes laicos, que elas adquirem sua autonomia.”
(LE GOFF, Jacques. Os intelectuais na Idade Média. São Paulo, Brasiliense, 1995.
)
Sugestão de leitura
LE GOFF, Jacques. Os intelectuais na Idade Média. São Paulo, Brasiliense, 1995.
Pestes e rebeliões: a agonia da ordem feudal
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
p. 134
O trecho selecionado da obra Decameron, do escritor italiano Boccaccio, pode ser
analisado como fonte histórica para conhecermos o contexto da peste negra que a
ssolou parte da Europa na Baixa Idade Média. O livro narra a história de dez jov
ens que se encontram em Florença, durante a peste de 1348, e decidem ir para for
a da cidade, a fim de fugirem desse flagelo.Ali, em meio à ameaça do anjo da mor
te, eles se divertem durante dez dias com uma série de relatos contados por cada
um dos participantes. Daí o título do livro — Decameron, “livro dos dez dias”.
A obra é considerada uma das fundadoras do Renascimento, pois é a primeira a tra
tar seus personagens numa dimensão laica e terrena, livre de qualquer finalidade
moral ou edificante, daí o caráter propriamente moderno do texto. A força desar
ticuladora atribuída à peste sugere a eterna e contínua transformação das coisas
, propondo a luta, o conflito e a tensão permanente como princípio de tudo, ao i
nvés do escatológico fim do mundo. A partir desse texto o professor pode discuti
r tanto o papel da literatura como fonte de conhecimento histórico quanto o tema
da doença e da peste no contexto da mentalidade medieval. Podem-se estabelecer
relações com a disseminação da aids no mundo contemporâneo, abordando os meios d
e transmissão da doença (no contexto da saúde pública) e o medo da morte, sentim
ento que acompanha a história humana (veja texto complementar na página 136).
PARTE II — O VOLUME 1
33
Pieter Bruegel, o Velho (1525-1569), viveu nas grandes cidades da região conheci
da como Flandres. Sob influência dos ideais renascentistas, ele representou em s
uas obras, a exemplo das pinturas Caçadores da neve, Banquete nupcial, Dança cam
pestre e Jogos infantis, a realidade de pequenas aldeias que ainda conservavam a
cultura medieval. A observação da tela O triunfo da morte (página 134), fonte d
ocumental muito valorizada pela historiografia atual, pode render outra proposta
de trabalho. A partir da observação coletiva da pintura, os alunos poderão dedu
zir os elementos principais que caracterizam o contexto da peste negra na Baixa
Idade Média e, em seguida, confrontá-los com o texto de Boccaccio.
Uma crise, várias soluções
p. 135
Sugestão de atividade
Uma sugestão para o estudo do tema é assistir ao filme Joana D’Arc, do diretor L
uc Besson (1999), e a partir daí discutir o contexto histórico tomando como refe
rência uma pesquisa prévia sobre o tema: a história de Joana D’arc e a Guerra do
s Cem Anos. O professor pode propor uma análise crítica do filme feita pelos pró
prios alunos de acordo com a mesma pesquisa realizada por eles. Esse tipo de ati
vidade busca desenvolver a capacidade de observação, o senso crítico, o método d
e pesquisa e a argumentação lógica das idéias. CAPÍTULO 14. A
CONSOLIDAÇÃO DAS
MONARQUIAS NA MODERNA
EUROPA EUROPA
Conteúdos e objetivos
O declínio dos Estados do Ocidente
p. 139
O capítulo trata de um tema complexo, que é a definição de Estado, nação e nacio
nalismo. Ele resgata os primeiros significados e sinônimos que
O texto de abertura, do historiador Eric Hobsbawm, é importante, pois traça um p
anorama sintético da ascensão à crise do modelo políticoSUPLEMENTO DE APOIO AO P
ROFESSOR
34
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Aqui o tema da Guerra dos Cem Anos pode ser estudado a partir da figura emblemát
ica de Joana D’arc, personagem marcante do mundo medieval. Reverenciada como san
ta, é considerada a mais popular figura histórica da França. O que deve ser anal
isado em relação ao mito/história de Joana D’arc é como foi construída a noção d
e nacionalidade entre os franceses, pois este sentimento, tal qual a idéia de na
ção, não existia. Os dois conceitos foram construídos pela realeza, por parte da
nobreza e da burguesia comercial, preparando a constituição do futuro Estado na
cional na França.
se vincularam a esses três conceitos e analisa o processo de constituição do Est
ado moderno, que desembocou na consagração das monarquias absolutistas. Na décad
a de 1970, o historiador britânico Perry Anderson publicou o livro Linhagens do
Estado absolutista, em que revolucionou as análises vigentes sobre o tema. Polem
izando com a visão mais tradicional de que o Estado moderno representava os inte
resses da classe burguesa em formação, Perry Anderson desenvolveu um detalhado e
studo para demonstrar que, ao contrário, o Estado que marcou a transição do feud
alismo para o capitalismo foi constituído para reafirmar o poder da nobreza, ame
açado pela crise do trabalho servil. Ainda que a nascente burguesia tenha se ben
eficiado da centralização do poder real, criando condições para assumir mais tar
de a direção política da sociedade industrial, o Estado absolutista, segundo o a
utor, representava a modernização dos instrumentos políticos destinados a manter
o controle da aristocracia rural sobre a massa camponesa. Logicamente não é nos
sa intenção transformar as aulas de História do ensino médio num centro de debat
es acadêmicos. O objetivo é principalmente possibilitar ao aluno perceber a comp
lexidade desses conceitos e as controvérsias que eles suscitam, e estimular a fo
rmulação de hipóteses e novos argumentos, habilidades fundamentais para o trabal
ho com o saber histórico. Os principais objetivos estabelecidos para o estudo de
ste capítulo são: • Caracterizar Estado nacional, reconhecendo a complexidade de
sse conceito. • Diferenciar Estado e nação. • Explicar por que o Estado moderno
representava os interesses da nobreza, mas acabou atuando também para fortalecer
a nascente burguesia, contribuindo para a sua consagração como classe dirigente
. • Explicar as principais teorias elaboradas pelos teóricos do absolutismo. • R
ealizar pesquisa para obter informações sobre movimentos nacionalistas europeus
e elaborar síntese das características de dois dos movimentos pesquisados. • Ler
e comparar imagens, estabelecendo relações entre a mensagem que elas contêm e o
conceito de nacionalismo.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
econômico dos Estados nacionais, apontando alguns dilemas contemporâneos, como a
diminuição ou a mudança na função do Estado e a generalização da violência no c
otidiano das pessoas. Essas e outras questões são sintomáticas de um processo de
crise dos Estados nacionais e podem indicar o surgimento de um novo modelo de g
estão, não mais limitado às fronteiras políticas e culturais, mas sintonizado co
m as mudanças decorrentes do processo de globalização. Sem incorrer num exercíci
o de futurologia, seria interessante o professor discutir algumas implicações de
sse processo, como o surgimento de blocos econômicos, a hegemonia norte-american
a e o terrorismo como nova estratégia de guerra e de desarticulação do poder con
stituído. Como fonte de pesquisa, o professor pode recorrer às colunas de articu
listas da seção internacional dos jornais e revistas de grande circulação no paí
s, que constantemente analisam essas questões. Esse tipo de atividade, além de m
anter os alunos atualizados com as questões relevantes do nosso tempo, ajudam a
entender as relações de permanência e ruptura entre passado e presente.
Os teóricos do absolutismo
p. 142
Maquiavel antecipou o surgimento de um conjunto de regras e princípios específic
os da racionalidade do Estado, a partir da distinção de uma moralidade dualista:
a moral do Estado regida segundo a conveniência e a moral do sujeito regida pel
as normas. Nesse sentido, sua obra pode ser considerada a primeira elaboração te
órica sobre a arte de governar.
Sugestão de leitura
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo, Moderna,
2001. (Coleção Logos.)
Thomas Hobbes e o Leviatã
Dois pensadores se destacam quando falamos em Estado moderno: Thomas Hobbes e Ma
quiavel, ambos fundamentais para se entender a lógica de funcionamento do Estado
, daí a importância de os conhecermos um pouco mais a fundo.
Maquiavel e O Príncipe
Tomando como referência o trecho selecionado da obra O Príncipe, de Maquiavel, q
ue está na página 142, vejamos alguns elementos significativos. Em linhas gerais
podemos sintetizar a obra como um manual de conduta política que visa ajudar o
Príncipe (o rei ou o governante) a manter o poder e o controle do Estado. Maquia
vel escreveu esse tratado baseado em sua experiência pessoal como embaixador e p
olítico, apresentando situações e problemas que o Príncipe poderá enfrentar e or
ientandoo como superá-los. A importância e a atualidade da obra de Maquiavel são
indiscutíveis. Produto da Itália renascentista, O Príncipe nos oferece, ao mesm
o tempo, o testemunho de uma época e elementos que são universais, como a arte d
e fazer política. Sua obra inaugurou uma série de tratados que serão publicados
entre os séculos XVI e XVIII, não mais como conselhos políticos nem ainda como c
iência política, mas como a arte de governar.
PARTE II — O VOLUME 1
Em 1651, Hobbes publicou sua obra mais importante, o Leviatã ou Matéria, forma e
poder de um Estado eclesiástico e civil. Para o autor, o Leviatã é uma metáfora
, extraída da tradição bíblica, que serve para designar o pacto estabelecido ent
re os homens para a consecução do Estado moderno. Para ele, o contrato social, q
ue rege o funcionamento das instituições, obriga os homens a viver de forma harm
ônica e cordial, evitando, dessa forma, a barbárie. Para justificar a necessidad
e de um governo forte, para refrear a disputa mútua entre os indivíduos, Hobbes
caracteriza o homem no estado natural como egoísta, egocêntrico e inseguro, pois
nesse estado o ser humano somente seguiria os ditames das paixões e dos instint
os, ignorando as leis ou o conceito de justiça. Não existindo governo ou lei, os
homens entrariam necessariamente em conflito uns com os outros, configurando-se
um estado de guerra permanente, ou, nos termos de Hobbes, uma “luta de todos co
ntra todos”. Vejamos um trecho significativo desse pensamento. O homem é inimigo
do homem “Tudo, portanto, que advém de um tempo de guerra, onde cada homem é in
imigo de outro homem, igualmente advém do tempo em que os homens vivem sem outra
segurança além da que sua própria força e sua própria astúcia conseguem provê-l
os. Em tal condição, não há lugar para a indústria, porque seu fruto é incerto e
, conseqüentemente, nenhuma cultura da terra, nenhuma navegação, nem uso algum d
as mercadorias que podem ser importadas através do mar, nenhuma construção confo
rtável, nada de instrumentos para mover ou remover

35
coisas que requerem muita força; nenhum conhecimento da face da terra; nenhuma e
stimativa de tempo; nada de artes; nada de letras; nenhuma sociedade; e o que é
o pior de tudo, medo contínuo e perigo de morte violenta; e a vida do homem, sol
itária, pobre, sórdida, brutal e curta.”
(HOBBES, Thomas. Leviatã, parte I, capítulo 13.)
festas, os jardins e a própria configuração do espaço físico do palácio.
Sugestão de atividade
Texto complementar A corte
p. 144
Sugestão de leitura
RIBEIRO, Renato Janine. A marca do Leviatã: linguagem e poder em Hobbes. São Pau
lo, Ateliê, 2003.
Os rituais falam
p. 143
O reinado de Luís XIV (1638-1715) da França, o chamado “rei sol”, caracterizou-s
e por representar o apogeu da monarquia absolutista na Europa e serviu de modelo
para muitos governantes ao longo do tempo. O governo desse monarca atingiu essa
magnitude, entre outros motivos, porque ele soube utilizar, de forma eficiente,
o poder da arte, dos rituais e dos códigos sociais para consolidar a sua imagem
. Um dos símbolos mais significativos do governo de Luís XIV foi a construção do
extravagante e luxuoso Palácio de Versalhes, criado para ostentar o seu poder e
para abrigar a corte francesa. O Palácio de Versalhes tornou-se residência ofic
ial dos reis da França de 1682 até 1790. Após a Revolução Francesa, Versalhes pa
ssou a ser um museu nacional. Partindo dessas informações básicas, programe com
os alunos uma pesquisa sobre o Palácio de Versalhes, destacando algumas caracter
ísticas essenciais que o configuram como símbolo do poder absolutista na França:
os rituais, as
O texto tem o mérito de chamar a atenção para o valor simbólico, e daí o seu sig
nificado social, dos distintos rituais que realizamos no dia-a-dia, tanto públic
os quanto privados, enfatizando como esses rituais podem ser reveladores de uma
cultura, da estrutura psicológica de uma sociedade ou de seus participantes. As
atividades de compreensão permitem que os alunos identifiquem outras normas de e
tiqueta presentes nos dias atuais e reconheçam o mundo simbólico também como obj
eto de estudos dos historiadores.
Atividades
p. 145
As questões 1 e 2 pressupõem a capacidade de explicar os principais conceitos es
tudados no capítulo. A intenção não é obter uma definição fechada e acabada dess
es termos, mas possibilitar que os alunos sintetizem as principais característic
as dos Estados nacionais formados no período de transição do feudalismo para o c
apitalismo, destacando a base social do Estado moderno e as condições socioeconô
micas em que ele se desenvolveu. A questão 7 possibilita discutir a diferença en
tre identidade nacional e posicionamento em relação ao governo, além de propicia
r uma discussão sobre o uso político da euforia nacionalista que os campeonatos
de futebol despertam em milhões de brasileiros. As imagens permitem ainSUPLEMENT
O DE APOIO AO PROFESSOR
36
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Na visão de Hobbes, só o poder constituído com base num contrato social poderia
evitar o “canibalismo” entre os seres humanos e garantir a paz e a segurança. A
escolha desse poder comum significa transferir a força, a possibilidade de usar
a violência, das mãos dos indivíduos para o controle do Estado, que passaria a s
er a única instituição legitimamente capacitada para administrar o poder em nome
do bem-estar de todos. O importante nessa teoria é entender que ela conferia le
gitimidade ao Estado forte, absoluto, que estava surgindo no início da chamada I
dade Moderna. A partir do trecho selecionado, o professor poderá propor a leitur
a e a análise coletiva do texto, seguidas da sistematização da mensagem principa
l expressa pelo autor.
Como sugestão de atividade complementar há duas possibilidades: uma é explorar o
jogo eletrônico Versailles 1685, que reconstitui o palácio original com suas gr
avuras, pinturas, esculturas, textos e demais documentos da época. Outra sugestã
o é assistir e discutir o filme Vatel: um banquete para o rei (2000).Ambientado
na corte francesa, o filme aborda com competência o cotidiano da corte, os ritua
is e os estratagemas do poder nesse período.
Sugestão de leitura
RIBEIRO, Renato Janine. A etiqueta no Antigo Regime. São Paulo, Brasiliense, 198
3. (Coleção Tudo é história.)
da discutir o drama do desemprego no Brasil e a idéia de que a história é feita
por todos nós. CAPÍTULO 15. RENASCIMENTO O RENASCIMENTO
CULTURAL E CIENTÍFICO
desenvolvimento baseado na razão tecnicista, em detrimento da natureza e do próp
rio homem.
Imagem de abertura
p. 148
Conteúdos e objetivos
Este capítulo traz conteúdos essenciais para compreender como o homem, no início
da era moderna, tornou-se a figura central dos estudos científicos, da filosofi
a e da arte. O Renascimento pode ser considerado um movimento que respondeu aos
anseios e dúvidas nascidos com a gestação de uma nova sociedade. A busca de um m
odelo que pudesse se contrapor à tradição cristã medieval foi a essência do pens
amento renascentista. No entanto, é preciso ficar claro que em nenhum momento os
renascentistas negavam a existência de Deus ou questionavam o dogma da criação
como resultado da intervenção divina. A atuação dos renascentistas visava enalte
cer as criações humanas, na visão deles tão belas e imponentes como as obras de
Deus. A busca de um modelo que expressasse a revalorização do homem é que explic
a a retomada dos valores e das obras da Antigüidade clássica, que orientou o tra
balho de muitos artistas e intelectuais da época. A partir dessa discussão, o pr
ofessor poderá estabelecer relações com o que foi discutido anteriormente, propi
ciando a comparação e a análise entre o mundo medieval e a era moderna. Com esse
estudo, pretendemos desenvolver as seguintes habilidades: • Contextualizar a tr
ansição da mentalidade feudal para a mentalidade moderna na Europa. • Relacionar
o crescimento comercial e urbano com a formação de novos grupos sociais. • Iden
tificar nos grupos sociais emergentes nas cidades, em particular a burguesia, a
base social e econômica que sustentou a nova arte e o novo modo de relacionament
o com o mundo terreno e espiritual. • Explicar as principais características do
pensamento renascentista. • Compreender a relação entre humanismo, Renascimento
cultural e desenvolvimento científico. • Ler e interpretar imagens que expressam
as diferenças entre a arte renascentista e a arte medieval. • Discutir a relaçã
o entre o pensamento renascentista e a configuração de um modelo de
PARTE II — O VOLUME 1
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
A introdução deste capítulo apresenta a imagem de um hipotético caderno de empre
gos de um jornal. O trecho destacado mostra um empregador que procura um profiss
ional de acordo com as características enumeradas, entre elas: conhecimento de a
natomia, geologia, botânica, matemática, arquitetura. Um dos objetivos da propos
ta é destacar a figura do grande protagonista do humanismo, Leonardo da Vinci. D
a Vinci notabilizou-se por seus trabalhos em diferentes áreas do conhecimento. N
a pintura é responsável pela criação de um dos quadros mais valorizados e conhec
idos do mundo: a Mona Lisa, conhecido também como La Gioconda, atualmente sob gu
arda do Museu do Louvre em Paris. Também ficou conhecido por utilizar conceitos
matemáticos em suas obras, como a chamada “razão de ouro” ou “proporção de ouro”
. Tomando esses exemplos como referência, o professor pode programar uma pesquis
a (em livros e/ou na internet) sobre a vida e a obra do artista, dando ênfase ao
s seguintes aspectos: 1) pinturas mais importantes do artista; 2) principais est
udos científicos; 3) projetos de arquitetura. Organizados em grupos, os alunos p
oderão apresentar um panorama geral de cada tópico sugerido e também selecionar
uma obra (ou trabalho) do artista e pesquisar mais detalhadamente sobre ela.
Sugestão de atividade
Outra possibilidade de abordar a imagem de abertura é discutir com os alunos a i
mportância da educação e do conhecimento múltiplo para o atual mercado de trabal
ho. Se for do interesse do professor, ele pode levar para a sala de aula o cader
no de emprego de um jornal e pedir para os alunos procurarem anúncios que mostre
m características de um bom profissional, solicitadas pelo mercado.
As bases do Renascimento
p. 151
Os trechos selecionados na página 152, de Os lusíadas e da Divina comédia, são e
xemplos de duas obras indispensáveis da literatura ocidental. Sendo assim, merec
eriam um estudo mais aprofundado. Se houver possibilidade, o professor pode prog
ramar um trabalho em conjunto com a disciplina de Português. O professor de Hist
ória pode explorar o contexto histórico em que foram pro-
37
duzidas as obras, situando os autores, enquanto o de Português analisa os trecho
s selecionados. Há também a possibilidade de desenvolver o tema Renascimento no
contexto da História da Arte, selecionando algumas imagens representativas do pe
ríodo (obras de Rafael, Michelangelo, Piero della Francesca, só para citar algum
as referências presentes no livro do aluno) para trabalhar forma e conteúdo.
A Terra gira em torno do Sol...
p. 153

Galileu é julgado e condenado pela Igreja por defender a teoria heliocêntrica “N


o verão de 1623, um novo papa subiu ao trono de São Pedro, em Roma. Urbano VIII
era completamente diferente dos papas anteriores: ele se interessava pela pesqui
sa científica! Isso encorajou Galileu Galilei a escrever um livro em que apresen
tava as duas teorias rivais da cosmologia: sistemas heliocêntricos (o Sol como c
entro do universo) e geocêntricos (a Terra como centro do universo). Assim, ele
poderia falar da teoria heliocêntrica como uma hipótese não comprovada. Várias a
utoridades, inclusive o papa, leram o Diálogo sobre os dois principais sistemas
do mundo: o ptolomaico e o copernicano antes de sua publicação em 1632, e sugeri
ram modificações. Porém, quando o livro foi divulgado [...] foi uma confusão! Os
inimigos de Galileu, como os padres jesuítas de Roma, disseram que o livro glor
ificava Nicolau Copérnico e insultava a Igreja. Resultado: a circulação do livro
foi proibida e Galileu foi intimado a comparecer diante do

(FIGUEIRA, Mara. Ciência Hoje. Rio de Janeiro, 23 mar. 2001.)


O tema em questão se adapta bem ao trabalho interdisciplinar com a área de Ciênc
ias, que poderia explorar mais detalhadamente o aspecto científico da revolução
copernicana. No caso da História, é importante que os alunos percebam esse conte
xto como um período de grandes mudanças em relação à época medieval, que caracte
rizou a transição do feudalismo para o capitalismo.
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
38
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
No tocante às teorias científicas que emergiram no período do Renascimento, é im
portante destacar o pensamento de Nicolau Copérnico (14731543). Responsável por
deflagrar uma revolução (a chamada Revolução Copernicana), o cientista alterou c
ompletamente o entendimento que se tinha acerca do cosmos. A teoria heliocêntric
a deve ser entendida no contexto em que foi produzida, como resultado de modific
ações profundas que atingiram o conhecimento europeu nesse período, impulsionada
s pelos descobrimentos e pelas grandes navegações transatlânticas. A revolução c
opernicana será desenvolvida também por seus seguidores, como Giordano Bruno e G
alileu Galilei.
Santo Ofício da Inquisição, o tribunal da Igreja Católica, em outubro de 1632. N
a época, Galileu não queria viajar para Roma, pois estava doente e tinha já 70 a
nos de idade. Em novembro e dezembro, o cientista caiu de cama. O papa ficou fur
ioso! Ordenou que uma junta médica examinasse Galileu. Os médicos disseram que s
ua saúde permitia que ele viajasse. Portanto, ele deveria ir, por livre e espont
ânea vontade, a Roma — ou seria detido e arrastado para lá a força. Na primavera
de 1633, aconteceu o julgamento de Galileu Galilei. Seu crime? Heresia, ou seja
, fazer ou dizer algo contrário às leis da Igreja. Galileu prestou depoimento a
apenas dois funcionários e um secretário. Mas seu julgamento foi retratado em di
versas pinturas como se tivesse ocorrido em um auditório cheio de padres [...].
Sua condenação parecia inevitável. Como último recurso, Galileu tomou a decisão
de dizer que errou e foi longe demais ao escrever sobre as duas teorias. No trib
unal, o cientista contou que decidiu reler seu livro, pois queria saber se tinha
escrito algo ofensivo. Disse que ficou surpreso ao notar que apresentou como ve
rdadeiras duas teorias que não tinham prova alguma. Disse que seu objetivo era a
penas mostrar que a teoria da Terra como centro do Universo tinha falhas. Porém,
Galileu afirmou que escreveu suas idéias de tal forma que o leitor podia acredi
tar que a teoria heliocêntrica era incontestável. Então, o cientista disse que a
ceitava como verdadeira e indiscutível a estabilidade da Terra e o movimento do
Sol. Mal sabia Galileu que o papa havia dito aos cardeais que ele deveria cumpri
r pena de prisão e fazer penitência. Ele seria humilhado publicamente para adver
tir a todos que desobedecer às ordens da Igreja e contestar a Bíblia era loucura
.”
Sugestão de leitura
KOYRÉ, Alexandre. Do mundo fechado ao universo infinito. Lisboa, Gradiva, s/d.
Texto complementar A construção da feminilidade
p. 153
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
É importante trabalhar o texto complementar chamando a atenção do aluno para uma
questão importante: a distinção entre gênero e sexo. Entende-se por relações de
gênero o sistema de relações interpessoais que tem como referência a dimensão s
exual. Gênero relaciona-se à identidade cultural, podendo existir uma imensa div
ersidade de representações e comportamentos com relação ao gênero de cada indiví
duo. Já o sexo está relacionado ao patrimônio biológico da espécie, limitando-se
à dualidade feminino/masculino. O patrimônio biológico é fixo, estático, pois é
um dado da natureza. Já as relações entre homens e mulheres na sociedade são co
nstruídas culturalmente, podendo manifestar-se de diferentes maneiras ao longo d
o tempo e do espaço.
Atividades
p. 154
As questões 8 e 9 introduzem uma discussão muito atual, que é a construção, desd
e o Renascimento, de um modelo de sociedade apoiado na razão tecnicista. O impér
io da técnica significou uma mudança na forma como os homens se relacionavam com
a natureza, determinada pela ideologia da máxima eficiência da intervenção tecn
ológica e pela exaltação do progresso como o símbolo da vitória humana sobre os
limites impostos pela natureza. Questionar essa visão e reconhecer a necessidade
de reintegrar o homem à natureza são uma tarefa indispensável colocada para a h
umanidade, responsabilidade da qual a escola não pode se esquivar. CAPÍTULO 16.
A
EXPANSÃO ULTRAMARINA
caracteriza a civilização humana, combatendo preconceitos e atitudes etnocêntric
as. Um dos grandes desafios da humanidade é garantir a preservação das tradições
locais e nacionais num mundo cada vez mais globalizado, desenraizado e padroniz
ado pelo poder da indústria cultural. Com o estudo desse capítulo, pretendemos a
tingir os seguintes objetivos: • Destacar os principais fatores da expansão ultr
amarina européia. • Caracterizar a sociedade européia no momento do expansionism
o europeu. • Discutir os interesses políticos, econômicos e religiosos que estiv
eram interligados no processo expansionista europeu. • Explicar a importância do
desenvolvimento da cartografia para os navegantes da época. • Comparar as rotas
expansionistas dos países ibéricos. • Ler e interpretar texto que descreve, com
o uso de alegorias, a viagem de Colombo e sua chegada à América. • Destacar os
desdobramentos das viagens marítimas para os europeus e para as sociedades ameri
canas. • Desenvolver atitudes de respeito e valorização da diversidade cultural.
Abertura
p. 158
O capítulo se inicia com a reprodução de uma página da internet. O professor pod
e esclarecer que o objetivo é comparar a expansão marítima européia, que resulto
u na constituição de um mercado mundial e no intercâmbio de inúmeros povos e cul
turas, com a globalização de informações possibilitada pela internet. O texto ch
ama a atenção para o fato de que tanto os navegadores da internet quanto os home
ns que se lançaram às viagens ultramarinas necessitam de um roteiro de orientaçã
o, de um espírito aventureiro e de um objetivo a ser alcançado.
O grande apelo do desconhecido
p. 159
EUROPÉIA
Conteúdos e objetivos
A expansão ultramarina é considerada por muitos historiadores um marco da transi
ção da Idade Média para a Idade Moderna. A partir desse movimento expansionista,
povos europeus, americanos, africanos e asiáticos se conheceram ou estreitaram
suas relações, alterando, profundamente, os rumos da história. Nesse contexto, o
capítulo possibilita discutir também a importância cada vez mais premente de va
lorizar a diversidade cultural que
PARTE II — O VOLUME 1
O relato de viajantes, como Marco Polo, que desbravaram o mundo muito antes do p
eríodo da expansão ultramarina européia foi responsável não só por aumentar a cu
riosidade pelo que se passava em outras partes do mundo, como também por impulsi
onar o comércio e as trocas culturais entre Ocidente e Oriente. Ainda hoje causa
admiração a jornada do comerciante e navegador italiano Marco Polo, que, no séc
ulo XIII, partiu da cidade de Veneza em direção ao Oriente, onde permaneceu
39
Sugestão de leitura
O expansionismo ibérico
p. 162
Para abordar o tema do expansionismo ibérico, o professor pode trabalhar com o m
apa da página 163, que apresenta as rotas das principais viagens marítimas reali
zadas por portugueses e espanhóis. As quatro rotas indicadas, destacadas em core
s diferentes no mapa, podem ser analisadas pelos alunos em grupo. Cada grupo fic
aria responsável por pesquisar uma das rotas, destacando: 1) quando e qual a dur
ação da viagem; 2) apresentação do principal responsável; 3) o que aconteceu dur
ante a viagem; 4) os resultados da viagem; 5) uma fonte importante que serve com
o documento dessa viagem. Na sala de aula cada grupo deve apresentar a sua pesqu
isa para o restante da classe, compondo, assim, um quadro geral coletivo sobre e
sse tema.
O resultado do encontro entre as duas culturas
CASTRO, Silvio. A Carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto
Alegre, L&PM, 2000. BRUMEL, Pierre (org.). Dicionário de mitos literários. Rio
de Janeiro, José Olympio, 1997. CASCUDO, Luís da Câmara. Geografia dos mitos bra
sileiros. 2. ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.
Texto complementar Diário de Pero Lopes de Sousa
p. 165
A leitura proposta para este capítulo traz parte de um relato de viagem da época
das grandes viagens marítimas. O texto permite comentar a preocupação da Coroa
portuguesa com o contrabando de pau-brasil na costa brasileira e a visão paradis
íaca que muitos europeus tinham das terras americanas e de seus habitantes. Com
essa leitura, pretendemos também desenvolver a habilidade de interpretação de do
cumentos históricos.
Atividades
p. 166
p. 164
Podemos considerar que a partir do encontro entre as culturas européias e americ
anas teve início o processo de globalização, pois, pela pri-
Nas atividades 5 e 8 é importante ressaltar para os alunos as possibilidades abe
rtas pelo uso
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
40
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
por cerca de vinte anos. Ao retornar a sua cidade natal, em 1298, publicou O liv
ro das maravilhas, um relato de viagem que se transformou em fonte de leitura e
conhecimento de muitos navegadores que, mais tarde, participariam das grandes vi
agens oceânicas. A partir da leitura do trecho selecionado, o professor pode cha
mar atenção para o estilo fantástico da narrativa, que valoriza o imaginário, o
lúdico em detrimento da observação racional e descritiva (derivada do método cie
ntífico) presente nos relatos de viajantes no período moderno. Para evidenciar e
sse contraste, o professor pode comparar esse trecho com o relato de Duarte Pach
eco (página 164). No que se refere ao trabalho com conceitos é importante discut
ir o de eurocentrismo, noção fundamental para se entender a relação entre americ
anos e europeus. O professor pode, partindo dessa definição já previamente pesqu
isada pelos alunos, analisar os trechos de documentos reproduzidos no livro (pág
ina 161), utilizando tanto a iconografia, que representa os quatro continentes,
como o trecho da historiadora Mary Del Priori, que interpreta a mesma iconografi
a. Proponha uma análise inicial da iconografia pelos alunos, com o objetivo de d
esenvolver a capacidade de observação, dedução e raciocínio lógico.
meira vez, rompiam-se as fronteiras reais e imaginárias que limitavam o trânsito
entre os continentes e o conhecimento das riquezas e diferenças culturais entre
os povos. O processo de trocas culturais e econômicas que se iniciou a partir d
aí gerou profundas mudanças nas sociedades americanas e nas européias, que, em s
íntese, expressaram a vitória do projeto mercantilista europeu sobre as comunida
des tradicionais.
Sugestão de atividade
Como atividade complementar, sugerimos a leitura e a discussão da carta de Pero
Vaz de Caminha. O documento, considerado a certidão de nascimento do Brasil, des
creve, numa linguagem simples e acessível, o fantástico encontro entre essas dua
s culturas, revelando muito da visão de mundo do europeu daquele período. Há vár
ias edições publicadas, além das versões disponíveis na internet. Para o profess
or, sugerimos a edição crítica do documento, da qual ele pode aproveitar os come
ntários e as análises tanto para a sua formação quanto para o trabalho em sala d
e aula.
de imagens, figuras de linguagem, alegorias e analogias nos estudos de história.
Um exemplo é o texto de Ângela Kleiman, que relata, numa construção rica em ima
gens e metáforas, a viagem das “Três Marias” de Colombo em direção à América. Ou
tra possibilidade de trabalho com a linguagem poética é a leitura do poema de Fe
rnando Pessoa, que pode ser traduzido como uma representação sensível e intuitiv
a das viagens portuguesas e de seu significado para o povo lusitano. O objetivo
das questões 6 e 11 é discutir os efeitos das expedições oceânicas para as cultu
ras americanas e a visão etnocêntrica que predominou no intercâmbio dos povos eu
ropeus com as sociedades do chamado Novo Mundo. Desenvolver atitudes de tolerânc
ia e valorização da diversidade cultural é um aprendizado necessário para constr
uirmos um futuro livre de guerras e práticas de extermínio.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
Do lar para o mundo
p. 170
Para aprofundar a discussão em sala de aula sobre a natureza do sistema capitali
sta, sugerimos que o professor analise um texto produzido pelo pensador Karl Mar
x, um dos maiores estudiosos da economia capitalista. No fragmento a seguir, o a
utor analisa a relação de trabalho no sistema capitalista. O operário e o capita
lista “A acumulação primitiva desempenha na economia política o mesmo papel, pou
co mais ou menos, que o pecado original na teologia [...]. A relação oficial ent
re o capitalista e o assalariado é de caráter puramente mercantil. Se o primeiro
desempenha o papel de senhor e este o de servidor, é graças a um contrato pelo
qual este não somente se pôs ao serviço daquele e, portanto, sob sua dependência
, mas por cujo contrato ele renunciou, sob qualquer título, à propriedade sobre
seu próprio produto. Por que, então, teria o assalariado feito este negócio? Por
que ele nada mais possui senão a sua força física, o trabalho em estado potencia
l, ao passo que todas as condições exteriores necessárias a dar corpo a esta for
ça, tais como a matéria-prima e os instrumentos indispensáveis ao exercício útil
do trabalho, o poder de dispor das subsistências necessárias à manutenção da fo
rça operária e à sua conversão em movimento produtivo, tudo isto se encontra do
outro lado, isto é, com o capitalista.”
(MARX, Karl. A origem do capital: a acumulação primitiva. 3. ed. São Paulo, Glob
al, 1979.)
CAPÍTULO 17.
A POLÍTICA ECONÔMICA ESTADOS NACIONAIS
EUROPEUS
DOS
Conteúdos e objetivos
Neste capítulo abordamos a política econômica que caracterizou as monarquias abs
olutistas européias na transição do sistema feudal para o sistema capitalista, p
eríodo também conhecido como “acumulação primitiva do capital”. Para entender es
se período é muito importante discutir alguns conceitos apresentados no livro, c
omo os de mercantilismo e colonialismo, indispensáveis para o entendimento do pr
ocesso que possibilitou o fortalecimento da burguesia e o acúmulo de capitais ne
cessários à industrialização inglesa. Com esse estudo, pretendemos atingir os se
guintes objetivos: • Caracterizar a política econômica mercantilista. • Distingu
ir as diferenças entre os vários tipos de mercantilismo adotados na Europa e per
cebê-los como soluções adequadas às necessidades de cada país. • Explicar a impo
rtância dos Atos de Navegação para o desenvolvimento comercial da Inglaterra. •
Analisar a formação de blocos econômicos no mundo atual e comparar a discussão e
m torno da abertura comercial às características da política mercantilista da er
a moderna.
PARTE II — O VOLUME 1
Leia agora um trecho interessante da historiografia atual que fornece uma boa ex
plicação sobre o processo de acumulação primitiva e uma definição para capitalis
mo. O que é capital “Capital designa os materiais necessários para a produção e
o comércio de mercadorias. As ferramentas, os equipamentos, as instalações das f
ábricas, as matérias-primas e os bens que participam do processo produtivo, assi
m como os meios de transporte dos bens e o dinheiro — tudo isso é capital. A ess
ência do sistema capitalista consiste na existência de uma classe de capitalista
s que detém a propriedade do estoque de capital. É a propriedade do capital que
faculta aos capitalistas a obtenção de lucros. Quando não são retirados do proce
sso produtivo, os lu
41
cros convertem-se em estoque suplementar de capital. Essa acumulação de capital
redunda em mais lucros que, por sua vez, conduzem a uma nova acumulação ainda ma
ior, e assim por diante, numa espiral ascendente. O termo capitalismo designa, c
om muita propriedade, este sistema cujos pilares são a busca de lucros e a acumu
lação de capital. O capital é a fonte dos lucros e, portanto, a fonte de acumula
ções de capital ulteriores.”
(HUNT & SHERMAN. História do pensamento econômico. 6. ed. Petrópolis,Vozes, 1987
.)
domínio colonial na América portuguesa. O texto também ajuda o aluno a reconhece
r os aspectos mercantilistas da política comercial do Estado holandês. CAPÍTULO
18. REFORMA PROTESTANTE A REFORMA PROTESTANTE REFORMA CATÓLICA E A REFORMA CATÓL
ICA
Conteúdos e objetivos
A partir desses trechos selecionados, o professor pode estabelecer uma relação e
ntre o processo de acumulação primitiva na Europa e a prática do colonialismo ap
licada ao Novo Mundo, integrando, assim, os principais temas e conceitos em foco
neste capítulo.
Sugestão de leitura
DEYON, Pierre. Mercantilismo. São Paulo, Perspectiva, 1973.
As práticas mercantilistas
p. 171
É fundamental compreender os objetivos e o caráter das diferentes práticas merca
ntilistas adotadas pelos países europeus para explicar os fatores que impulsiona
ram a expansão ultramarina e definiram as linhas mestras do modelo de colonizaçã
o implantado na América ibérica. Sugerimos, assim, montar com os alunos um quadr
o sintetizando as medidas mercantilistas e os princípios que as orientavam. Se o
s alunos entenderem, por exemplo, o princípio da balança comercial favorável e o
do metalismo, no contexto do desenvolvimento do capitalismo mercantil, vão reco
nhecer com mais clareza as marcas da política mercantilista no modelo de coloniz
ação estabelecido pelos portugueses no Brasil, caracterizado pela monocultura ag
roexportadora e pelo escravismo.
Texto complementar A Holanda em busca de colônias
p. 174
O texto traz a visão de um historiador sobre a especificidade da expansão coloni
al holandesa, desprovida, segundo ele, do espírito evangelizador que caracterizo
u o projeto colonizador dos portugueses. O texto contribui para que, ao estudar
a conquista do Brasil pelos portugueses, em outro momento, o aluno possa estabel
ecer comparações com os elementos que identificavam o
Vivemos nos dias atuais um movimento de expansão das correntes religiosas, de gr
upos constituídos para promover o desenvolvimento da espiritualidade e o aquecim
ento do mercado de livros de auto-ajuda. Uma das características da sociedade qu
e nasceu do fim da Guerra Fria é a procura de um novo modelo de vida em atividad
es voltadas para a chamada educação espiritual, em prejuízo da organização sindi
cal e partidária, meios coletivos de ação política que canalizaram os sonhos de
milhões de pessoas em outras épocas. Procurar compreender os aspectos simbólicos
que marcam o comportamento humano do nosso tempo e compará-los com o de outras
épocas é o que justifica o estudo das reformas religiosas ocorridas na Europa du
rante a época moderna. Por isso, seria um equívoco reduzir as motivações da Refo
rma Protestante ao simples interesse econômico e político. É preciso explicar es
se movimento como parte de um conjunto de mudanças que ocorriam na Europa na pas
sagem da Idade Média para a Moderna, que se expressavam na esfera econômica, soc
ial, política e cultural. Cada uma dessas instâncias deve ser considerada em sua
especificidade, havendo entre elas uma relação de influência permanente e recíp
roca. Os objetivos estabelecidos para este capítulo são: • Ler e analisar o gráf
ico representando o perfil das religiões no Brasil atual. • Caracterizar a Refor
ma Protestante e a Reforma Católica. • Explicar os principais fatores do declíni
o do poder da Igreja Católica no final da Idade Média. • Identificar o papel do
Tribunal do Santo Ofício e exemplificar as práticas condenadas pela Igreja e jul
gadas por esse Tribunal. • Caracterizar a doutrina luterana e analisar a posição
de Lutero diante da revolta camponesa na Alemanha. • Explicar, a partir da leit
ura de um documento, a Teoria da Predestinação Absoluta. • Produzir texto analis
ando o significado da Reforma Protestante para o desenvolvimento do capitalismo.
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
• Realizar pesquisa para obter dados a respeito da Congregação para a Doutrina d
a Fé e da Teologia da Libertação. • Desenvolver uma atitude de tolerância religi
osa.
A Reforma no contexto da modernidade
p. 177

No contexto das reformas religiosas é importante o professor chamar a atenção pa


ra o papel do Tribunal da Inquisição, tema relevante para a historiografia, sobr
etudo para o estudo da Europa ibérica. Em Portugal e na Espanha, essa instituiçã
o exerceu grande influência nas decisões do Estado, levando à expulsão dos judeu
s dos territórios ibéricos ou à sua conversão forçada ao catolicismo, política q
ue também teve reflexos na administração da América portuguesa. Esse pode ser um
enfoque interessante para o professor trabalhar o tema.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
do dramaturgo Dias Gomes, extraído de sua obra O Santo Inquérito (1966). O enred
o, situado na época da atuação da Inquisição no Brasil, narra a história da ingê
nua Branca Dias, processada e condenada à fogueira pela Inquisição. Sobre o mesm
o tema, sugerimos ler também o artigo Duas faces de um mito, publicado na revist
a Nossa História, n. 10, ago. 2004.
Martinho Lutero: a justificação pela fé
p. 179
O Tribunal do Santo Ofício O Tribunal do Santo Ofício foi criado pelo papa Gregó
rio IX, no ano de 1233, com o intuito de julgar e banir as heresias (doutrinas o
u práticas contrárias ao que a Igreja definia como questão de fé). Isso signific
a que os inquisidores ficaram responsáveis pela ortodoxia da religião, sob super
visão direta do papa. Em 1252, o papa Inocêncio IV sancionou o uso da tortura co
mo método de obtenção da confissão de suspeitos. Os condenados podiam cumprir pe
nas diversas, que envolviam a abjuração pública, o confisco de bens, a prisão e,
inclusive, a morte. As sentenças eram anunciadas nos chamados autos de fé, real
izados nas praças públicas, como na praça do Rossio, no centro de Lisboa (sede d
o Tribunal de Lisboa), local onde também eram julgados os hereges brasileiros.
Sugestão de atividade
Quanto ao trabalho com conceitos, é importante explicar o significado das indulg
ências no contexto das reformas religiosas. As indulgências eram documentos (ass
inados pelo papa) que tinham a função de absolver o pecador, o que significava n
a prática a venda do perdão. Somado a isso, o clero praticava o comércio da fé v
endendo relíquias religiosas, cultivando o luxo, o mecenato e o acúmulo de propr
iedades. Nesse sentido, podemos dizer que a Reforma foi impulsionada por uma cri
se moral da Igreja Católica, cujo poder e ação contrastavam com o dogma e as pre
gações, colocando em xeque a função eclesiástica na sociedade.
João Calvino: a predestinação absoluta
p. 181
Aproveitando os fragmentos de texto selecionados no livro (páginas 181 e 182), o
professor pode explorar a relação entre a ética protestante, caracterizada pela
valorização da poupança, e o desenvolvimento do capitalismo, enfatizando o proc
esso de acumulação primitiva, podendo retomar, se necessário, o que já foi trata
do no capítulo anterior.
Texto complementar Salvação individual
p. 184
Para tornar o tema mais interessante para os alunos, o professor pode analisar u
m caso de heresia ocorrido no Brasil. Como sugestão, pode-se trabalhar com a lei
tura dramática do texto “O julgamento de Branca Dias pela Santa Inquisição”,
O texto permite compreender a diferença fundamental que demarcava a doutrina lut
erana e a Igreja de Roma e que ainda hoje é motivo de divergência entre protesta
ntes e católicos: o que garante a salvação da alma é a fé ou as boas obras? Além
disso, a leitura contribui para que o aluno perceba que a subjetividade, as cre
nças religiosas e outros aspectos que compõem o terreno simbólico das sociedades
humanas também são importantes objetos de estudo do historiador.
PARTE II — O VOLUME 1
43
LEITURA COMPLEMENTAR
UM PARALELO ENTRE A IDADE MÉDIA E A ATUALIDADE
O diálogo a seguir, do historiador Georges Duby com dois jornalistas, nos leva a
entender a mentalidade medieval e a perceber que a Idade Média não pode ser red
uzida à “Idade das trevas”, e que herdamos muito de suas idéias e conceitos.
“Traçar um paralelo entre a Idade Média e a aurora do Terceiro Milênio para trat
ar dos medos de ontem e de hoje parece-lhe legítimo? Os homens e as mulheres que
viviam há mil anos são nossos ancestrais. Eles falavam mais ou menos a mesma li
nguagem que nós e suas concepções de mundo não estavam tão distanciadas das noss
as. Há, portanto, analogias entre as duas épocas, mas existem, também, diferença
s, e são elas que muito nos ensinam. Não são as semelhanças que vão nos impressi
onar, são as variações que nos levam a fazer-nos perguntas. Por que e em que mud
amos? E em que o passado pode dar-nos confiança? O senhor percebe hoje, no seio
da sociedade, um sentimento de medo que poderia aproximar-se de um sentimento de
mil anos atrás? Nossa sociedade é inquieta. O próprio fato de que ela se volta
resolutamente na direção da sua memória é uma prova disso. [...] Se nos apegamos
dessa maneira à memória dos acontecimentos ou dos grandes homens de nossa histó
ria, é também para retomar confiança. É por isso que uma inquietação, uma angúst
ia, está escondida em nosso íntimo. Para compreendermos os medos de nossos ances
trais, são suficientes os dados do conhecimento da Idade Média? Esse período de
nossa história está distante e as informações são raras. É preciso, portanto, co
nsiderar a Idade Média no seu todo. Constatamos que essa sociedade foi movida, e
ntre o ano mil e o século XIII, por um progresso material fantástico, comparável
ao desencadeado no século XVIII e que prossegue até hoje. A produção agrícola m
ultiplicou-se por cinco ou seis vezes e a população triplicou em dois séculos, n
as regiões que constituem a França atual. O mundo mudava muito rapidamente. A ci
rculação dos homens e das coisas acelerava-se. Depois, na metade do século XIV,
entrou-se numa fase de quase estagnação que durou até a metade do século XVIII.
Assim, por exemplo, nenhum progresso notável intervém nos transportes entre o re
inado de Filipe Augusto e o de Luís XVI, a duração do trajeto de Marselha a Pari
s mantém-se quase a mesma durante cinco séculos. Percebemos, também, bastante cl
aramente, a evolução das mentalidades. Nesse período de grande crescimento, como
ocorre atualmente, os filhos não pensavam da mesma forma que os pais, mesmo que
essa sociedade muito hierarquizada cultivasse, de maneira fundamental, o respei
to aos anciãos. Veja: eis uma diferença em relação aos dias de hoje. [...] É pre
ciso, também, tentarmos esquecer o que pensamos e colocarmonos na pele dos homen
s de oito ou dez séculos atrás, para penetrar na
É preciso, portanto, considerar a Idade Média no seu todo. Constatamos que essa
sociedade foi movida, entre o ano mil e o século XIII, por um progresso material
fantástico, comparável ao desencadeado no século XVIII e que prossegue até hoje
.
44
SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
civilização da Idade Média, tão diferente da nossa. [...] Todas as culturas [...
] são dominadas pelas mesmas angústias em relação ao mundo. Elas partilham um se
ntimento geral de impotência para dominar as forças da natureza. A cólera divina
pesa sobre o mundo e pode manifestar-se por este ou aquele flagelo. O que conta
essencialmente é garantir a graça do céu. Isso explica o poder extraordinário d
a Igreja, dos servidores de Deus na terra, pois o Estado, tal como o concebemos
hoje, não existia. O direito de comandar, fazer justiça, proteger, explorar o po
vo dispersava-se entre vários pequenos núcleos locais. Os chefes, esses homens q
ue empunhavam a espada, a espada da justiça, sentiam-se os representantes de Deu
s, encarregados da manutenção da ordem que Deus quer fazer respeitar na terra. A
consciência da história existia na Idade Média? Tentava-se abstrair ensinamento
s dela? Evidentemente. O que diferencia mais claramente a civilização européia d
as outras é que ela é essencialmente historicizante, ela se concebe como estando
em processo. O homem do Ocidente tem o sentimento de que progride em direção ao
futuro e, assim, ele é muito naturalmente levado a considerar o passado. O cris
tianismo, que impregnou fundamentalmente a sociedade medieval, é uma religião da
história. Proclama que o mundo foi criado num dado momento e que, num outro, De
us fez-se homem para salvar a humanidade. A partir disso, a história continua e
é Deus quem a dirige. Para conhecer as intenções divinas é necessário, portanto,
estudar o desenrolar dos acontecimentos. É isso o que pensavam os homens cultos
, os intelectuais daquela época, ou seja, os membros da Igreja.Todo o saber esta
va em suas mãos. Um monopólio exorbitante. Em um grande número de instituições r
eligiosas, mosteiros ou catedrais, escreveu-se, portanto, a história, e sob dife
rentes formas. De maneira geral, anotavam-se simplesmente os acontecimentos marc
antes ao longo do ano: em tal ano irrompeu uma tempestade extraordinária, as col
heitas foram tardias, tal papa morreu, uma epidemia alastrou-se, o telhado do do
rmitório ruiu. Assim tomava forma o que chamamos de anais. Mas, às vezes, ia-se
mais longe. Um dos monges ou cônegos encarregava-se de compor verdadeiramente um
a história. Os acontecimentos do passado eram retomados e colocados em ordem. De
sse gênero de escritos vem uma grande parte do que sabemos daquele tempo. Provav
elmente nós o conheçamos também pelas contribuições da arqueologia, pelos vestíg
ios da existência dos homens que encontramos ao escavarmos a terra. Entretanto,
se a Idade Média não nos parece estranha, é porque os sábios se encarregaram de
escrever a história. Sabemos muito mais sobre os séculos XI e XIII europeus do q
ue a respeito da história da Índia, por exemplo, ou da África, porque não havia,
nessas regiões do mundo, a mesma vontade de registrar com exatidão o que aconte
cia de notável no decorrer dos dias.”
(DUBY, Georges. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos. São Paulo, Editora
Unesp/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1999. p. 13-17.)
Todas as culturas [...] são dominadas pelas mesmas angústias em relação ao mundo
. Elas partilham um sentimento geral de impotência para dominar as forças da nat
ureza.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
O cristianismo, que impregnou fundamentalmente a sociedade medieval, é uma relig
ião da história. Proclama que o mundo foi criado num dado momento e que, num out
ro, Deus fez-se homem para salvar a humanidade. A partir disso, a história conti
nua e é Deus quem a dirige. Para conhecer as intenções divinas é necessário, por
tanto, estudar o desenrolar dos acontecimentos.
PARTE II — O VOLUME 1
45
Respostas das Questões
de Vestibular/Enem
INTRODUÇÃO
O FAZER HISTÓRIA
CAPÍTULO 1.
1. a) V; b) V; 2. b 3. b 4. b 5. b
A
CONSTRUÇÃO DA
HISTÓRIA HISTÓRIA
c) F;
d) F.
2. 4. 6. 7.
UNIDADE I
DOS PRIMEIROS HUMANOS AO LEGADO CULTURAL DO HELENISMO
CAPÍTULO 2.
1. e 2. d
AS
ORIGENS DO HOMEM
CAPÍTULO 3.
1. c 2. d 3. e 4. d
DAS
PRÉALDEIAS PRÉ-HISTÓRICAS
AOS PRIMEIROS
ESTADOS ESTADOS
8.
CAPÍTULO 7. A
IDENTIDADE DO HOMEM
AS
CIVILIZAÇÕES HEBRAICA
E FENÍCIA
CAPÍTULO 4.
1. d 2. d
AMERICANO
CAPÍTULO 5.
A
CIVILIZAÇÃO FLORESCE
ÀS MARGENS DO
NILO NILO
1. a) F; b) F; c) V; d) V; e) F. 2. d 3. Biblos, Sidon e Tiro. A principal contr
ibuição dos fenícios foi a invenção do alfabeto. 4. a 5. c 6. a 7. c 8. d; e 9.
c
1. c 2. Os camponeses eram submissos ao Estado. Quando eles eram convocados pelo
poder público, tinham que interromper as atividades que exerciam para atuar nas
obras públicas. 3. d 4. b 5. c 6. b 7. a 8. c
CAPÍTULO 8.
O
LEGADO DA
GRÉCIA GRÉCIA
PARA A CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL
CAPÍTULO 6.
ESOPOTÂMIA, MESOPOTÂMIA, CIVILIZAÇÕES
BERÇO DE
1. a) A escrita tinha como função inicial facilitar a administração do Estado pa
ra organizar os registros das propriedades, do número de funcionários e das desp
esas públicas.
1. A religião grega era politeísta; cultuava deuses antropomórficos, caracteriza
dos à semelhança dos defeitos, paixões e virtudes dos homens; a mitologia grega
possuía caráter narrativo e mítico, e não era uma fonte de ensinamento moral. 2.
a 3. O teatro grego atingiu seu apogeu no século V a.C., com o desenvolvimento
das tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, obras nas quais o destino humano
era questionado em profundidade, levando ao autoconhecimento através da revelaç
ão da natureza dos sentimentos humanos. Também se desenvolveu
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SUPLEMENTO DE APOIO AO PROFESSOR
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
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b)O Estado sustentava-se por meio da cobrança de impostos sobre os excedentes ec
onômicos da produção agrícola e da pecuária; por outro lado, realizava grandes o
bras de irrigação, além de controlar, estocar e distribuir a produção. c 3. b b
5. c a) F; b) F; c) F; d) V; e) V. a) A organização social da Mesopotâmia caract
erizava-se pela existência de diversos grupos sociais, havendo, na hierarquia, a
ristocratas, sacerdotes dos templos, comerciantes, artesãos, escribas, camponese
s e escravos, entre outros setores de menor destaque. Politicamente, os reinos m
esopotâmicos podem ser definidos como uma monarquia despótica, em que o rei era
visto como um intermediário entre os deuses e os homens. b)Os principais aspecto
s do código eram a superioridade da lei escrita sobre a norma oral e o princípio
do “olho por olho, dente por dente”, a chamada “Lei do Talião”. O Código de Ham
urábi estabelecia que todo delito tinha de ser punido de forma semelhante ao cri
me cometido. b
4. 7.
8.
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9.
10.
11.
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13.
a comédia, dedicada à crítica e à sátira de costumes, gênero em que se destacou
Aristófanes. d 5. c 6. b a) Ao contrário do país dos Ciclopes, a cidade-Estado g
rega era regida por leis, aprovadas diretamente pelos cidadãos em assembléias po
pulares. b)Atenas, cidade-Estado que se tornou democrática no século V a.C., gov
ernada pelos cidadãos reunidos em Assembléia, e Esparta, cidade-Estado oligárqui
ca e militarista, são os modelos mais conhecidos, mas também podemos citar as di
versas monarquias e tiranias existentes em diversas cidades-Estado da Grécia. c)
A democracia grega diferencia-se da atual por ter sido uma democracia direta e
participativa, em que as decisões da Assembléia tinham caráter soberano, não hav
endo poder Executivo separado do Legislativo, enquanto a democracia moderna tem
caráter representativo e é organizada segundo o princípio dos três poderes. a) A
Liga de Delos foi uma união de caráter diplomático e militar entre as cidades g
regas, com o objetivo de combater os persas e garantir a segurança de seus habit
antes. b)Atenas possuía a maior frota marítima aparelhada para a guerra, sem a q
ual as forças de segurança da Liga de Delos pouco significariam. c) A Acrópole e
ra a parte mais alta da cidade, onde se situavam os templos religiosos, em espec
ial o de Atena, a protetora da cidade-Estado. a) Alexandre foi o rei da Macedôni
a, guerreiro e conquistador de um império que se estendeu da Grécia ao Rio Indo,
na Índia, no século IV a.C. Suas conquistas visavam ao fortalecimento do Estado
, à expansão da economia do mundo grego e à pacificação dos conflitos com os per
sas. b)O helenismo caracterizou-se pela expansão da cultura grega clássica, poré
m de forma adaptada às demais culturas, como a persa e a egípcia. Era a expressã
o cultural de um mundo cosmopolita. A Guerra do Peloponeso durou cerca de 30 ano
s; foi marcada pela fome e pela peste, tendo exterminado boa parte da população
de Atenas e de outras cidadesEstado. A vitória de Esparta não significou uma nov
a ordem, e sim uma grande desordem política, sobre a qual se instalaria mais tar
de o Império Macedônico. A democracia grega era um sistema no qual o cidadão par
ticipava ativamente da administração e da legislação, visto que era uma democrac
ia direta (não-representativa). Ser cidadão, porém, era uma prerrogativa dos hom
ens livres; portanto, escravos e mulheres não possuíam voz política, ficando res
tritos ao mundo privado. A democracia ateniense era direta, ao contrário da atua
l, representativa. Os poderes estavam concentrados na Assembléia e não no Poder
Executivo, não havendo uma burocracia ligada à atividade política, como acontece
hoje em dia com os servidores públicos. Durante o século V a.C. a cultura grega
assistiu ao desenvolvimento do teatro (com Ésquilo, Eurípedes, Sófocles), da fi
losofia moral (Sócrates), da escultura
clássica e da investigação racional sobre o mundo, num processo de valorização d
a razão de caráter humanista, que incluía também a democracia. 14. a) A idéia de
economia presente no texto de Aristóteles refere-se principalmente à relação do
homem com a natureza, no sentido de obter recursos para sobreviver e reproduzir
-se. b) O conceito capitalista de economia está centrado na acumulação de excede
ntes que se reproduzem, de forma que o dinheiro gere dinheiro (lucro). Para Aris
tóteles a origem da riqueza estava na natureza.
CAPÍTULO 9.
O
ESPLENDOR DE
ROMA ROMA
1. d 2. c 3. a) V; b) V; c) F; d) F. 4. c 5. e 6. O Direito romano, base do sist
ema jurídico ocidental; o Calendário Juliano, do qual se originou o calendário g
regoriano; a condução política dos negócios da cidade, por meio de instituições
democráticas e republicanas; o modelo de grade curricular presente nas escolas;
o teatro e a filosofia.
UNIDADE II
A CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS
CAPÍTULO 10.
IDADE MÉDIA ALTA IDADE MÉDIA
1. a) Poder local: senhores feudais; poder em esfera nacional: rei; poder supran
acional: o clero. b)O rei, que contou com o apoio da burguesia para centralizar
o poder monárquico. Apesar de o Estado moderno ter sido constituído para reafirm
ar o poder da nobreza, ele serviu para o fortalecimento da nova classe burguesa.
2. c 3. d 4. a) V; b) F; c) V; d) V; e) F. 5. a) A cavalaria foi uma instituiçã
o de muito prestígio na época. Ela era responsável pelo combate dos inimigos dos
senhores feudais nos âmbitos interno e externo. Externamente, os cavaleiros com
batiam os invasores e, dentro dos feudos, atuavam contra as revoltas camponesas.
Para o clero, os cavaleiros eram os responsáveis pela defesa do território cont
ra os inimigos da ordem feudal. b)O papa representava o elemento sagrado que dev
eria estar sempre presente nos rituais de cavalaria, ainda que na forma de relíq
uias sagradas, simbolizando a subordinação da ordem terrena ao mundo espiritual
cristão. 6. A sociedade feudal era estamental e hierarquizada, composta de cléri
gos, nobres e camponeses. A Igreja definia a função social de cada grupo. A nobr
eza feudal estava encarregada de proteger a fé e os habitantes dos feudos, enqua
nto os camponeses deviam prover os recursos necessários à subsistência dos demai
s grupos. 7. e
PARTE II — O VOLUME 1
47
CAPÍTULO 11.
1. 4. 5. 7.
NASCIMENTO
E EXPANSÃO
DO ISLAMISMO
d 2. b 3. b a) V; b) V; c) V; d) V. a 6. e Os pilares da doutrina islâmica, asso
ciados à decadência dos impérios persa e bizantino, contribuíram para a expansão
dos árabes. Além disso, devemos levar em conta os interesses econômicos dos mer
cadores árabes, que foram essenciais no processo de expansão islâmica pelo Medit
errâneo. O contato com os europeus resultou no aparecimento, na região da Peníns
ula Ibérica, de uma cultura híbrida, responsável pelo desenvolvimento de várias
áreas do saber. 8. a) V; b) V; c) V; d) V; e) V. 9. c 10. e 11. c
tempo é a capitalista, marcada pelo dinamismo do mercado e do comércio, pela val
orização do lucro e pelo poder do capital. 6. a) As jacqueries, nome genérico da
s rebeliões camponesas ocorridas na França durante a crise do feudalismo, no séc
ulo XIV, foram movimentos camponeses contra a exploração feudal. Os rebeldes def
endiam o fim da servidão e a melhoria das condições do trabalhador do campo. b)A
peste negra, a Guerra dos Cem Anos e as crises de fome.
CAPÍTULO 14.
A
CONSOLIDAÇÃO DAS
MONARQUIAS NA MODERNA
EUROPA EUROPA
CAPÍTULO 12.
A
CIVILIZAÇÃO BIZANTINA
CAPÍTULO 13.
IDADE MÉDIA BAIXA IDADE MÉDIA
1. a) O desenvolvimento do comércio e o aumento populacional foram importantes f
atores para a crise do feudalismo. Nessa época, a partir do século XIV, a Europa
ocidental assistia à ascensão da burguesia mercantil e ao esgotamento das relaç
ões de trabalho servis. A riqueza passou a basear-se na moeda e não apenas na te
rra, as relações de trabalho tornaram-se gradualmente assalariadas, desenvolvera
m-se feiras e cidades, que contribuíram para romper o isolamento característico
do feudalismo. b)A peste negra e a fome afetaram a economia feudal já decadente,
mas também o dinâmico comércio no Mediterrâneo, verificando-se aí o que se conv
encionou chamar de “crise de retração” do comércio europeu. A peste negra foi re
sponsável pela morte de quase um quarto da população européia, gerando uma escas
sez de mão-de-obra que acabou por afetar as relações de trabalho servis, a base
do sistema feudal. 2. d 3. b 4. c 5. a) Transição do feudalismo para o capitalis
mo. b)A sociedade em que predomina o espaço é a feudal. As características mais
significativas são a rígida hierarquia social, a economia baseada na agricultura
, o domínio do pensamento religioso e o trabalho servil. A sociedade em que pred
omina o
CAPÍTULO 15.
RENASCIMENTO O RENASCIMENTO
CULTURAL E CIENTÍFICO
1. d 2. a) O tema tratado nos textos é o homem. Os três discursos são caracteriz
ados pelo humanismo, ou seja, a valorização do que há de melhor no ser humano, t
ais como o livre-arbítrio, a racionalidade, a destreza etc. b)Enquanto Sófocles
e Cícero são representantes do mundo clássico greco-romano, Pico della Mirandola
viveu no Renascimento, período em que muitos pensadores e artistas pretendiam r
etomar os estudos e os valores da cultura de Cícero e Sófocles. Semelhante aos f
ilósofos da Antigüidade clássica, os renascentistas reconheciam e valorizavam a
capacidade criativa dos seres humanos. 3. b 4. e 5. c 6. c 7. e 8. e 9. b
CAPÍTULO 16.
A
EXPANSÃO ULTRAMARINA
EUROPÉIA
1. b 2. e 3. a) A América, apesar de já ter sido encontrada por Colombo, era ain
da considerada parte das Índias,
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1. e 2. d 3. a) Civilizações árabe e bizantina. b)A civilização árabe, de religi
ão islâmica, era urbana e predominantemente comercial, tecnicamente bastante des
envolvida e politicamente organizada em califados de caráter teocrático. A civil
ização bizantina, de religião cristã liderada pelo patriarca de Constantinopla,
foi herdeira das tradições jurídicas, políticas e filosóficas da Roma antiga e c
aracterizava-se pelo poder centralizado no imperador. 4. c
1. b 2. e 3. b 4. e 5. d 6. a) Os poderes eram concentrados nas mãos do rei, que
controlava a justiça, a administração e a legislação, além de representar o pap
el de escolhido por Deus e de supremo chefe militar. O poder político do rei bas
eava-se na divergência de interesses entre nobreza e burguesia. Geralmente o rei
privilegiava a nobreza em detrimento da burguesia. O poder absolutista dos reis
era justificado pelas teorias elaboradas por pensadores como Thomas Hobbes e Ma
quiavel. b)Idade Moderna, entre os séculos XV e XVIII. c) O poder emana da socie
dade, e não de uma entidade divina; os governantes são eleitos pelo voto popular
e estão subordinados à lei como qualquer outro cidadão. 7. a
4. 5.
6.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1
998.
7.
8.
erro que seria corrigido mais tarde por Américo Vespúcio. A Oceania ainda não ti
nha sido encontrada pelos europeus. b)Matemática (principalmente geometria), geo
grafia, astronomia e cartografia. b a) A linha divisória resultou das disputas e
ntre Portugal e Espanha pela conquista de territórios após a chegada de Colombo
à América e estabelecia a partilha das terras encontradas entre os dois países.
b)Durante o período colonial, a ocupação portuguesa ultrapassou os limites da li
nha de Tordesilhas. Na época da União Ibérica (1580-1640), os limites do territó
rio brasileiro foram ampliados. Posteriormente, tratados diplomáticos e conquist
as definiram os atuais limites do Brasil. A razão mais freqüente apresentada par
a a expansão ultramarina é a busca de metais preciosos e mercadorias de valor co
mercial (especiarias) para justificar os investimentos da burguesia e do Estado
nas grandes navegações. a) Numa época em que os venezianos, e depois os turcos,
monopolizavam o comércio de produtos orientais, a busca de novas rotas para o co
mércio de especiarias foi uma das maiores motivações da expansão ultramarina, em
função da possibilidade de romper esse monopólio e com isso conseguir vultosos
lucros com a venda de uma mercadoria muito valiosa no mercado europeu. b)Entre a
s ações de cristianização destacam-se: construção de escolas jesuíticas e igreja
s; catequese das populações indígenas. e 9. a 10. e
possuíam alto valor comercial. Além disso, as colônias consumiam, a baixos preço
s, os produtos comercializados pelas metrópoles, aumentando a margem de lucros d
os comerciantes e enriquecendo o Estado metropolitano. 8. A riqueza econômica do
Império espanhol provinha da acumulação de metais, característica do mercantili
smo, em função do grande afluxo de prata e ouro extraídos de suas colônias da Am
érica.
CAPÍTULO 18.
REFORMA PROTESTANTE A REFORMA PROTESTANTE REFORMA CATÓLICA E A REFORMA CATÓLICA
CAPÍTULO 17.
A
POLÍTICA ECONÔMICA
DOS
ESTADOS ESTADOS
NACIONAIS
EUROPEUS
1. Protecionismo alfandegário, proposta de balança comercial positiva, metalismo
, exclusivismo metropolitano, intervencionismo estatal. O liberalismo combate a
intervenção estatal na economia e defende que o mercado deve ser regido pelas le
is da oferta e da procura. 2. d 3. b 4. b 5. d 6. b 7. a) O princípio da balança
comercial favorável, que garantiria o acúmulo de ouro e prata nos cofres do Est
ado. b)A importância das colônias para concretizar o princípio da balança comerc
ial favorável foi estabelecer uma economia complementar à da metrópole, produzin
do artigos que não havia na Europa e que
1. a) A Igreja conseguiu dominar as heresias medievais por meio da violência, da
repressão e da censura exercidas pelos inquisidores do Tribunal da Inquisição.
b) O luteranismo e o calvinismo apresentavam propostas numa época em que o forta
lecimento dos Estados nacionais favorecia a contestação ao poder da Igreja. Lute
ro foi protegido pelo príncipe de Wittenberg, Calvino recebeu apoio da burguesia
suíça. 2. c 3. a) A Reforma Protestante. b)A promessa de absolvição dos pecados
em troca de dinheiro para a Igreja (indulgências), o poder infalível do papa. c
) Porque liberou os burgueses das proibições eclesiásticas em relação às prática
s comerciais e bancárias (em especial a cobrança de juros). 4. b 5. a) A Reforma
Luterana, iniciada em 1517, que criticava a conduta do clero e a cobrança de in
dulgências. b)A invenção da imprensa facilitou a publicação e a divulgação da Bí
blia, que foi traduzida por Lutero. Além disso, o surgimento de outras igrejas p
rotestantes fortaleceu a divulgação do movimento reformista. 6. b 7. b 8. a 9. a
) F; b) F; c) F; d) F. 10. d 11. a) V; b) V; c) V; d) F. 12. e 13. c 14. A reest
ruturação do Tribunal do Santo Ofício, encarregado de combater o protestantismo,
as heresias e o judaísmo; a criação do Index, instituição eclesiástica encarreg
ada de publicar a relação dos livros contrários à doutrina católica e, portanto,
proibidos aos católicos, e a utilização de ordens religiosas, como a dos jesuít
as, com a tarefa de converter à fé católica os povos das terras encontradas.
PARTE II — O VOLUME 1
49
Parte III — Sugestões bibliográficas
1. Bibliografia para o professor Metodologia e ensino de História
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Temas do volume 1
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2. Sugestões de leitura para o aluno Temas do volume 1
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