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Matemática

O teorema da função inversa para funções


de várias variáveis reais a valores vetoriais
Viviane Rodrigues Leal
Pesquisadora

Prof. Dr. David Pires Dias


Orientador

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar o Teorema da Função Inversa e uma de suas demonstrações. Antes,
apresentaremos sua versão mais simples, isto é, o Teorema da função inversa na reta e um exemplo mostrando
que suas hipóteses, são de fato, indispensáveis.

Palavras-chave: Continuidade. Diferenciabilidade. Teorema da Função Inversa.

Abstract

This article has like main aims to present the Inverse Function Theorem and its demonstrations. Before pre-
senting its simplest version, that is, the inverse function Theorem on the line and an example showing that their  127
assumptions are in fact indispensable.

Key words: Continuity. Differentiation. Inverse Function Theorem

Revista PIBIC, Osasco, v. 5, n. 6, 2011, p. 127-134


Viviane Rodrigues Leal

Introdução
. Logo,

Começaremos por enunciar e provar o Teorema da é inversível sobre o


função inversa para uma função de variável real em intervalo .
valores reais.
A função é aberta em , ou seja, para
Teorema 1: Seja R®R, com I um in- todo aberto, é aberto. De
tervalo aberto. Se é derivável e fato, basta mostrar que se é inter-

, , então valo aberto, então é aberto. Temos, para

é um intervalo aberto, é uma bi- todo

, sejam
jeção com
em . Assim,
deri-

vável. Além disso,


, de onde segue que
.
. Dessa forma,
Demonstração: Pelo teorema do valor intermedi- é bijetora e aberta, logo,
ário, é intervalo e é contínua, pois para todo
128
não muda de sinal. Vamos assumir que aberto de ,

, para todo . Logo é es- é aberto, já que

é aberto.
tritamente crescente em e, portanto injetora, pois

dado em , existe entre


Observe que é derivável em
e , tal que
, pois

Cabe observar que neste caso, em que a derivada em existe e é dada por

. Sua in-
, ao retirarmos a hipótese
versa, como já sabemos, é dada por
, podemos encontrar exemplos em que a
, que é contínua em
inversa pode não ser derivável em .
, mas não é derivável em

De fato, tomemos em que .

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O teorema da função inversa para funções
de vários variáveis reais a valores vetoriais

Antes de enunciarmos este teorema para funções


e , tal que a restrição
de variáveis reais a valores vetoriais definiremos
é um difeomorfismo.
alguns conceitos que imprescindíveis para seu enten-
Decorre dessa definição que se
dimento.
é um difeomorfismo local,
Definição: Dados e abertos de
, é um isomorfismo para todo
. Dizemos que é um home-
. O teorema da função inversa, que vamos de-
omorfismo, se é bijeção contínua com inversa
monstrar a seguir, afirma que se é de classe
contínua. E se e
, a recíproca também é válida, ou seja, se
são diferenciáveis dizemos que é um dife-
é um isomorfismo para todo ,
omorfismo, além disso é um difeomorfismo de
então é um difeomorfismo local.
classe , se e são de classe
Ainda nas condições desta definição, podemos
e se , é difeomor-
mostrar que a aplicação é
fismo de classe .
aberta, isto é, a imagem de qualquer aber-
Note que o exemplo acima é um homeomor-
to de é um subconjunto aberto de 129
fismo diferenciável, porém não é um difeomorfismo.
. De fato, pois se tomarmos para cada

Uma função , com uma bola aberta , com

e é um difeomorfismo local se centro em x, tal que seja um difeomorfismo de

para cada , existem abertos sobre um aberto, , en-

tão

que é aberto por se tratar de uma reunião de abertos.


, tal que

Teorema 2: Sejam de ,

classe , um . Segue que

aberto e . Se é injetora.

é injetora, então exis-


Demonstração: Como é injetora, en-
te e

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tão , se . Além disso, que é contínua, tem um

mínimo , quando , que é compacto.

Se , temos que . O que neste caso

significa , , logo .

Temos portanto

subtraindo-se as equações acima obtemos

128 Como é contínua, e , pela continuida-

de de (pois é de classe por se tratar de soma, diferença e produto de fun-

ções de classe ), existe

tal que
Teorema 3: Seja , um ho-
pela de-
meomorfismo diferenciável com

sigualdade do valor médio, se abertos. Se

, então e

é inversível, então
sendo assim temos
que, se é diferenciável em

.
então
Demonstração: Sejam
portanto,

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O teorema da função inversa para funções
de vários variáveis reais a valores vetoriais

e e levando-se em consideração

Então , pois

Queremos mostrar que

logo
mas, antes, vamos provar que é li-
mitada numa vizinhança de
.
. Como é injetora, pelo teorema
anterior, existe e 131
Como é bijetora, então
, tais que, para
, temos , se , logo:

Devemos mostrar que


Sendo e

pela conti-

nuidade de , existe , tal que


Como
se
,
. Então
e , quando

,fazendo as substituições na equação

(1) teremos

Assim

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O que nos dá

Lema: Se é contínua e injetora em compacto, então a inversa

é contínua.

De fato, basta mostrar que, para todo conjunto fechado de

é fechado de . Temos compacto, pois

é compacto, logo é fechado.

Teorema 4: [Teorema da Função Inversa] Seja de classe

aberto. Suponha que é injetora para todo , pois

seja inversível. Então existem é contínua já que é de


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abertos e tais que classe .
é inversível com inversa di-
Seja , então
ferençável, . Além disso,
é contínua e injetora, e

pelo Lema anterior, é ho-


para cada , isto é,
meomorfismo, uma vez que é compacto.
é difeomorfismo local.

Sejam e
Demonstração: Pelo teorema acima, como
. Vamos mostrar que
é injetora, existe tal
é aberto. Tomemos ar-

que é injetora. Diminuido-se su- bitrário com . Devemos achar

ficientemente , podemos supor que um aberto , tal que

. Como , existe

tal que,
(i) Vamos escolher :

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, pois

que é compacto.

Assim temos .

(ii) Vamos verificar que é aberto:

Seja e , tem-se:

, pois :

Logo é aberto.

Como é arbitrário, basta mostrar que existe com 133


.

Seja dada por . Como é

compacto, assume um mínimo em . Como e, ,

, ou seja,

, então o mínimo é atingido em .

Assim, para igual a esse mínimo, temos , logo .

Dessa forma, a restrição é homeomorfismo diferencial entre abertos, de maneira que

para cada , é inversível.

Pelo Teorema anterior, é diferenciável e , para cada

Logo para vale

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Viviane Rodrigues Leal

Referências Bibliográfica

BUCK, R. C. Advanced Calculus. 3 ed. New York: McGraw-Hill, 1965.

CALLIOLI, C. A.; COSTA, S. I. R.; DOMINGUES, H.Álgebra linear e aplicações. 7. ed. São Paulo: Atual, 1990.
352p.

LIMA, E. L. Curso de Análise: Projeto Euclides, 12 ed. Rio de Janeiro: Impa, 2006. v. I e II.

RUDIN, Walter. Princípios de Análise Matemática. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1976. 296p.

SALLUM, E. M.; MURAKAMI, L. S. I.; SILVA, J. P. Cálculo

Diferencial Geométrico no . São Paulo: IME-USP, 1999. 92p.

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