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"Aí está a usina da crise, nesse conluio de oportunismos mesquinhos, entre aproveitadores e ambiciosos levianos do Congresso. O que foi feito da crítica moral à eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara, já como personagem de suspeitas e acusações graves? Onde foi parar a grande reação moral às explicações fraudulentas de Renan Calheiros, quando revelada sua dependência ao cofre da empreiteira Mendes Jr. e mais ilegalidades? Dos dois casos para cá, não sobrou nada de caráter nos deputados indignados e em seus dirigentes partidários para manter um pouco de dignidade na relação com seus ex-criticados?" Jânio de Freitas
Titlu original
Jânio de Freitas sobre a fábrica mesquinha de Acharques e Sabotagens de Eduardo Cunha e seus liderados irresponsáveis no Congresso
"Aí está a usina da crise, nesse conluio de oportunismos mesquinhos, entre aproveitadores e ambiciosos levianos do Congresso. O que foi feito da crítica moral à eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara, já como personagem de suspeitas e acusações graves? Onde foi parar a grande reação moral às explicações fraudulentas de Renan Calheiros, quando revelada sua dependência ao cofre da empreiteira Mendes Jr. e mais ilegalidades? Dos dois casos para cá, não sobrou nada de caráter nos deputados indignados e em seus dirigentes partidários para manter um pouco de dignidade na relação com seus ex-criticados?" Jânio de Freitas
"Aí está a usina da crise, nesse conluio de oportunismos mesquinhos, entre aproveitadores e ambiciosos levianos do Congresso. O que foi feito da crítica moral à eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara, já como personagem de suspeitas e acusações graves? Onde foi parar a grande reação moral às explicações fraudulentas de Renan Calheiros, quando revelada sua dependência ao cofre da empreiteira Mendes Jr. e mais ilegalidades? Dos dois casos para cá, não sobrou nada de caráter nos deputados indignados e em seus dirigentes partidários para manter um pouco de dignidade na relação com seus ex-criticados?" Jânio de Freitas
liderados irresponsveis no Congresso "A est a usina da crise, nesse conluio de oportunismos mesquinhos, entre aproveitadores e ambiciosos levianos do Congresso. O que foi feito da crtica moral eleio de Eduardo Cunha para a presidncia da Cmara, j como personagem de suspeitas e acusaes graves? Onde foi parar a grande reao moral s explicaes fraudulentas de Renan Calheiros, quando revelada sua dependncia ao cofre da empreiteira Mendes Jr. e mais ilegalidades? Dos dois casos para c, no sobrou nada de carter nos deputados indignados e em seus dirigentes partidrios para manter um pouco de dignidade na relao com seus ex-criticados?" Jnio de Freitas
Os vencedores e seus aliados
Artigo de Jnio de Freitas publicado na Folha de So Paulo em 09//08/2015 Eduardo Cunha e Renan Calheiros venceram. E venceram andando no fio da navalha. Ambos merecem o reconhecimento de que se impuseram s adversidades e aos adversrios. Se amanh carem, no ser uma negao de sua vitria atual. Nem ser surpresa para eles.
Eduardo Cunha entrou a
semana sobrecarregado de perdas na sua tropa de deputados e danos pessoais. Atingido pela acusao na Lava Jato de extorquir US$ 5 milhes, consumiu as frias parlamentares ilegais esforando-se para aparentar inteireza, mas o abatimento e certo desespero no se escondiam. Em 24 horas, seus comandados estavam todos, outra vez, de braos com ele. As vestais do PSDB na Cmara perderam os escrpulos e se entregaram a Cunha. Que se viu de brao dado ainda com PDT e PTB, at ento "governistas". Condies timas, portanto, para acionar a pauta-bomba, como foi feito. O que sobrou de voz adversria a Eduardo Cunha, na semana, foram dois editoriais. Mas no Eduardo Cunha o alvo adequado de crticas pauta-bomba e ao boicote da Cmara a medidas do "ajuste fiscal". As bombas so criadas na cabea dele, certo. Quem as detona, porm, so os peemedebistas de Cunha com o apoio decisivo do PSDB, secundados pelo restante da oposio. E, em certas ocasies, tambm de ditos aliados do governo e at do PT. Em artigo na Folha ("Somos todos Cmara", 7.ago), diz Eduardo Cunha: "No sou ativador de pautas-bomba". E joga uma pequena bomba no colo dos seus companheiros de bombardeio: "As pautas so elaboradas pelo colgio de lderes". Mas tambm verdade que a maioria dos lderes, a comear pelos lderes de bancadas oposicionistas, dominada por ele. E estende a sujeio s bancadas. A est a usina da crise, nesse conluio de oportunismos mesquinhos, entre aproveitadores e ambiciosos levianos. O que foi feito da crtica moral eleio de Eduardo Cunha para a presidncia da Cmara, j como personagem de suspeitas e acusaes graves? Onde foi parar a grande reao moral s explicaes fraudulentas de Renan Calheiros, quando revelada sua dependncia ao cofre da empreiteira Mendes Jr. e mais ilegalidades? Dos dois casos para c, no sobrou nada de carter nos deputados indignados e em seus dirigentes partidrios para manter um pouco de dignidade na relao com seus ex-criticados?
No. Logo, merecem estar sob o comando de Eduardo Cunha e Renan
Calheiros, beneficirios, porm nenhum dos dois culpado da baixeza alheia. Mas muito menos culpado o pas. E est pagando, no presente e em comprometimentos do futuro, pelo estado ensandecido que a Cmara esparge no pas, e se tem chamado apenas de crise. Pode-se perceber essa origem com clareza, se no houver o propsito preliminar de acobertar oposicionistas e a obsesso de atingir o governo. Nos ltimos dias, por exemplo, a situao catica agravou-se e a pregao de impeachment recrudesceu, com a arrogncia de Acio & cia. querendo derrubar, alm da presidente, a prpria Constituio em suas regras sucessrias. O governo errou muito, em poltica e em economia (vale a pena: para afinal entender o que levou crise econmica, recupere o artigo fcil e inteligente da professora Laura Carvalho na Folha de sexta 7.ago, pg. A24). Mas o que fez o governo na semana passada que agravou a situao crtica? Nada. Humildemente nada. Houve o agravamento, no entanto. Todo ele produzido na Cmara e no Senado. Com votaes antigoverno, que incluram o exame de contas de governos passados para preparar a reprovao das contas de Dilma, caminho para o impeachment. E com a ameaa de reprovao permanncia de Rodrigo Janot, como punio decncia do seu atual mandato. Eduardo Cunha e Renan Calheiros subjugaram parte dos adversrios e inutilizaram os demais. Dois vencedores. Apesar de si mesmos. A propsito, ou quase: antes de discutir a delao premiada, Fernando Soares, ou Fernando Baiano, dado como elo de grandes lances de corrupo envolvendo figuras do PMDB, decidiu providenciar a ida da mulher e dos filhos para os Estados Unidos. Sinal de que algum perigoso est sob risco de revelaes.
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