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Em seguida, observa-se a
liberdade individual. Por outro lado, faz crticas ao modelo francs e considera
que a ausncia de um judicirio imponente, existente nos EUA, faz com que a
experincia no obtenha sucesso. Para ele, o poder Judicirio representa o
contrapeso da democracia na medida em que mister o controle da
constitucionalidade das leis.
Por ser bem sucedida, a experincia americana acaba servindo de
modelo para diversos pases, objetivando a conteno da poltica majoritria,
bem como prestar justia nos conflitos particulares.
Comparativamente, o papel do Judicirio sob a perspectiva de
Tocqueville e Montesquieu , respectivamente, de guardio da Constituio nos
Estados Unidos, contrastando com a nulidade poltica na Frana. A
investigao das polticas nos dois pases leva Tocqueville a perceber que o
sucesso americano relaciona-se diretamente com o fato de que os conflitos
constitucionais devem ter sua deciso final a um corpo de magistrados com
certa independncia funcional.
Transcorrido o tempo, os poderes polticos transformaram-se e o
Poder Judicirio, ganha maior destaque na relao de equilbrio entre os
Poderes Executivo e Legislativo, redefinindo, assim, o papel do juiz. A
separao dos poderes, que, em ltima anlise, nasce da necessidade da paz
social e do gozo liberdade, pode estar sendo posta em cheque nos dias
atuais.
Os controles jurisdicionais da legalidade e da administrao e da
constitucionalidade da legislao evidenciam o avano da atuao do Poder
Judicirio contrariando os ensinamentos de Montesquieu, cuja inteno era um
judicirio nulo. Essa contradio se apresenta, guisa de exemplo, quando o
juiz utiliza critrios tradicionais pela doutrina e jurisprudncia para a aplicao
do controle de constitucionalidade e se abstm de interferir na definio de
polticas pblicas. Tal controle tido como ncleo central na separao dos
poderes no Estado Contemporneo.
Acredita-se ser a separao absoluta de poderes uma iluso no
concebida do ponto de vista lgico, haja vista que qualquer manifestao de
vontade do Estado, exige a participao de todos os rgos que constituem a
pessoa do Estado (DUGUIT, apud ROSA, 2009).
BIBLIOGRAFIA
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