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O relatório analisa os desafios de desenvolvimento de Timor-Leste e propõe estratégias para reduzir a pobreza através do desenvolvimento da economia não-petrolífera, especialmente no setor rural. Apesar do progresso, 41% da população rural continua pobre, então o relatório recomenda melhorar a agricultura, pesca e ecoturismo para gerar emprego e renda. As receitas do petróleo devem ser usadas para apoiar o crescimento inclusivo e sustentável a longo prazo.
O relatório analisa os desafios de desenvolvimento de Timor-Leste e propõe estratégias para reduzir a pobreza através do desenvolvimento da economia não-petrolífera, especialmente no setor rural. Apesar do progresso, 41% da população rural continua pobre, então o relatório recomenda melhorar a agricultura, pesca e ecoturismo para gerar emprego e renda. As receitas do petróleo devem ser usadas para apoiar o crescimento inclusivo e sustentável a longo prazo.
O relatório analisa os desafios de desenvolvimento de Timor-Leste e propõe estratégias para reduzir a pobreza através do desenvolvimento da economia não-petrolífera, especialmente no setor rural. Apesar do progresso, 41% da população rural continua pobre, então o relatório recomenda melhorar a agricultura, pesca e ecoturismo para gerar emprego e renda. As receitas do petróleo devem ser usadas para apoiar o crescimento inclusivo e sustentável a longo prazo.
DESENVOLVER A ECONOMIA NO-PETROLFERA DE TIMOR-LESTE
As receitas do Fundo do Petrleo devem almejar o desenvolvimento da economia nopetrolfera, particularmente o sector rural, por forma a elevar os padres de vida, diz o Relatrio. Dili, 3 de Maio de 2011 - Enormes progressos foram feitos em Timor-Leste nos ltimos anos, mas muita gente continua pobre. A riqueza proveniente das receitas petrolferas devem ser utilizadas de forma efectiva para promover o desenvolvimento sustentvel dos sectores no-petrolferos da economia e reduzir as disparidades entre a populao urbana e rural. Isto segundo o Relatrio Nacional do Desenvolvimento Humano de Timor-Leste para 2011, lanado hoje pelo Presidente Jos Ramos-Horta e o Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O Relatrio, intitulado Gesto de Recursos Naturais para o Desenvolvimento Humano: Desenvolver a Economia No-Petrolfera para Alcanar as Metas de Desenvolvimento do Milnio, apresenta as realizaes do pas at ao momento, assim como as estratgias propostas para o desenvolvimento nos prximos anos. O Relatrio conclui que os nveis de pobreza melhoraram substancialmente desde 2007. Todavia, aproximadamente 41% da populao rural continua a viver na pobreza. O valor do ndice de Desenvolvimento Humano de Timor-Leste para 2010 se situou em 0.502, colocando o pas na categoria de desenvolvimento humano mdio, ocupando o 120 lugar numa lista de 169 pases contidos no Relatrio de Desenvolvimento Humano Global. Isto constitui uma subida de 11 lugares desde 2005. Entre 2005 e 2010, a esperana de vida nascena em Timor-Leste aumentou em mais de dois anos, ao passo que a mdia dos anos de escolaridade e os anos de escolaridade esperados mantiveram-se constantes mesmo durante este perodo. O Produto Nacional Bruto (PBN) per capita de Timor-Leste aumentou em 228 porcento durante o mesmo perodo. O Relatrio reconhece que o impacto econmico e social no pas decorrente da crise de 2006 foi duro. Os governos subsequentes trabalharam arduamente para resolver as questes subjacentes que contriburam para a crise e para estabelecer prioridades nacionais para o desenvolvimento. No obstante os reveses de 2006, Timor-Leste conseguiu recuperar e alcanar altas taxas de crescimento, em grande medida devido ao aumento do preo do petrleo e da despesa pblica. O Relatrio reala o facto de o crescimento necessitar de ser equitativo. As polticas de combate aos nveis de pobreza no podem depender unicamente do efeito multiplicador da riqueza do petrleo, mas, conforme demonstrado pelas experincias de pases na regio do Sudeste Asitico, devero ser postos em prtica polticas e programas que garantam um crescimento inclusivo. O desafio para Timor-Leste nos prximos anos consistir em como utilizar da melhor forma as receitas provenientes do seu Fundo Petrolfero, bem como promover o desenvolvimento da economia no-petrolfera. Consequentemente, o enfoque do Relatrio Nacional do Desenvolvimento Humano de Timor-Leste centra-se no seguinte: Como poder a riqueza petrolfera do pas ser utilizada da forma mais efectiva para implementar o crescimento econmico em prol dos pobres, desenvolver o sector rural, permitindo assim a reduo da pobreza, facilitando a criao de empregos e promovendo o desenvolvimento do sector privado.
Desenvolver a economia no-petrolfera
O sector agrcola proporciona o sustento para cerca de 70% da populao de Timor-Leste. A maioria das pessoas sobrevive largamente da agricultura de subsistncia. Como nota o Relatrio: Melhorar a vida das populaes no sector rural requer melhoramentos sustentveis numa srie de reas estratgicas-chave, nomeadamente em termos de produtividade agrcola, promovendo a diversificao dos produtos, desenvolvendo o processamento agrcola e facilitando a comercializao dos produtos particularmente os produtos com potencial para exportao. Alm disso, o Relatrio identifica uma srie de outras indstrias rurais susceptveis de desenvolvimento. A indstria pesqueira, por exemplo, poderia ser expandida atravs de um maior investimento em barcos, fbricas de gelo e transportes. O ecoturismo tem igualmente um potencial econmico. Timor-Leste possui uma srie de locais costeiros e no interior que so ideais para o desenvolvimento de aldeias tursticas amigas do ambiente, que envolveriam comunidades locais e providenciariam emprego sustentvel s famlias das aldeias. A implementao com xito das polticas para melhorar os nveis de desenvolvimento humano requer um maior envolvimento no processo de tomada de decises por parte daqueles para quem essas polticas so divisadas. Assim, as comunidades rurais devem ser envolvidas de forma activa nos processos de deciso que afectem as suas vidas, atravs de uma descentralizao efectiva at aos distritos e abaixo deles, afirma Finn Reske-Nielsen, Representante Especial Adjunto do Secretrio-Geral e Representante Residente do PNUD em Timor-Leste, no seu Prefcio ao Relatrio. Existem tambm partes no rurais da economia que poderiam beneficiar de um maior desenvolvimento. Nos ltimos anos, por exemplo, tem-se registado um crescimento substancial na indstria de construo. Outros sectores importantes so o comrcio a grosso e a retalho, a sade, a educao e os servios sociais, hotelaria e restaurao, e servios de segurana. Melhorar o ambiente de negcios em Timor-Leste reveste-se de uma importncia crtica para o crescimento e para a criao de empregos. A actual percepo que se tem do potencial de negcios no pas no particularmente favorvel. O Relatrio identifica uma srie de questes que necessitam de ser abordadas com vista a contrariar esta percepo: Dificuldades na soluo de disputas contratuais; custos de comunicao elevados; uma grave falta de servios de apoio como, por exemplo, servios de auditoria, de contabilidade, e jurdico-legais; falta de um servio de registo de crditos; limitada transparncia nos procedimentos de contratao; insegurana na posse; dificuldades na obteno de crditos; e altos riscos associados ao encerramento dos negcios. Alcanar as Metas de Desenvolvimento do Milnio Timor-Leste registou progressos substanciais em muitas das reas das Metas de Desenvolvimento do Milnio. O pas alcanou as suas metas de 2015 relativamente s taxas de mortalidade infantil e de crianas com menos de 5 anos, cobertura de cuidados pr-natal, e proporo dos casos detectados de tuberculose. Encontra-se no caminho para alcanar as metas noutras reas, como nmero de matrculas, educao e proporo da populao com acesso a uma fonte melhorada de gua potvel. Todavia, Timor-Leste continua fora do caminho para alcanar uma srie de objectivos das Metas de Desenvolvimento do Milnio, como a proporo da populao abaixo da linha nacional de pobreza, prevalncia de crianas de menos de 5 anos com baixo peso, e taxa de mortalidade materna. O Quadro Macroeconmico apresentado no Relatrio Nacional de Desenvolvimento Humano para 2011 traa estratgias para o pas alcanar todas as suas Metas de Desenvolvimento do Milnio at 2025. O Relatrio defende que as suas estratgias so:
Viveis, financeiramente sustentveis, e que permitiro uma utilizao eficiente e produtiva do
Fundo Petrolfero, desde que se envidem esforos com vista ao desenvolvimento de estratgias apropriadas ao desenvolvimento da economia no-petrolfera e, antes de mais, para o sector rural. Mudanas na Populao e combate ao desemprego O pas est a experimentar mudanas demogrficas com profundas implicaes para o seu futuro desenvolvimento, sublinhou o Presidente da Repblica, Jos Ramos-Horta, na sua mensagem para o Relatrio. Timor-Leste possui uma das mais altas taxas de natalidade no mundo, e a maioria da sua populao tem menos de 21 anos de idade. Alm disso, a migrao do campo para a capital, Dili, extremamente elevada. Dili assistiu a um aumento da populao de cerca de 150.000 habitantes desde 1999, e a cidade responde por cerca de 22 porcento de toda a populao do pas. Estas tendncias so de difcil sustentao, quer social quer economicamente, e, em particular, em relao ao emprego. O pas precisa de um misto de polticas razoavelmente expeditas que lhe permitam reduzir as taxas de fertilidade, bem como de facilitar a reduo dos actuais elevados nveis de migrao rural-urbana, a recomendao do Relatrio. Para lidar com o desemprego a longo prazo e para criar uma base sustentvel de desenvolvimento quando as receitas o petrleo reduzirem, a abordagem do desenvolvimento da economia nopetrolfera reveste-se de importncia vital . ----------
O Relatrio Nacional do Desenvolvimento Humano de 2011 para Timor-Leste da autoria de um
painel Independente de peritos, com consultas e reviso pelo PNUD, o Governo de Timor-Leste, e parceiros da sociedade civil. O objectivo principal do Relatrio Nacional do Desenvolvimento Humano o de promover uma maior conscincia pblica e estimular aces em torno de preocupaes fundamentais de desenvolvimento humano.
Para informaes adicionais, queira por favor contactar:
Rui Gomes, UNDP Head of Pro-Poor Policy Unit, Dili, +670 7231571, rui.gomes@undp.org
Serviço social e meio ambiente: a contribuição do Assistente Social em um Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e nas ações de educação socioambiental