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Entende-se por sociologia a ciência global que Durkheim e Simiand aspiravam fazer e por história uma ciência mais complexa. Não existe uma história, um ofício do historiador, mas sim ofícios, histórias, uma soma de curiosidades, de pontos de vista. O dialogo do sociólogo e do historiador é quase sempre um falso dialogo. Entre historiador e sociólogo talvez não haja discussão nem entendimento perfeito.
Entende-se por sociologia a ciência global que Durkheim e Simiand aspiravam fazer e por história uma ciência mais complexa. Não existe uma história, um ofício do historiador, mas sim ofícios, histórias, uma soma de curiosidades, de pontos de vista. O dialogo do sociólogo e do historiador é quase sempre um falso dialogo. Entre historiador e sociólogo talvez não haja discussão nem entendimento perfeito.
Entende-se por sociologia a ciência global que Durkheim e Simiand aspiravam fazer e por história uma ciência mais complexa. Não existe uma história, um ofício do historiador, mas sim ofícios, histórias, uma soma de curiosidades, de pontos de vista. O dialogo do sociólogo e do historiador é quase sempre um falso dialogo. Entre historiador e sociólogo talvez não haja discussão nem entendimento perfeito.
Entende-se por sociologia a cincia global que Durkheim e Simiand
aspiravam fazer e por histria uma cincia mais complexa. No existe uma histria, um ofcio do historiador, mas sim ofcios, histrias, uma soma de curiosidades, de pontos de vista. O dialogo do socilogo e do historiador quase sempre um falso dialogo. Entre historiador e socilogo talvez no haja discusso nem entendimento perfeito. 1. Apresento a histria nas suas definies mais recentes porque nenhuma cincia deixa de se definir constantemente, de se buscar. Toadas as cincias sociais se contaminam uma s outras. Da essas transformaes do modo de ser. o movimento da histria de hoje consiste em aceitas, em adicionar as sucessivas definies de vrios autores Langlois; Seignobos; Bloch; Febvre; etc. em princpios do sculo de bom grado se repetia o trabalho da histria consiste em comemorar o passado, todo o passado. Mas desse passado, de fato, o que se retinha? o que particular, acontece uma s vez do domnio da histria. Resposta clssica, imagem da histria que exclui todas as outras, filsofos e socilogos. No h fato que no possa distinguir uma parte de individual e uma parte de social, uma parte de contingncia e uma parte de regularidade. A histria dedicou-se a captar tanto os fatores de repetio como os singulares, tanto as realidades conscientes como as inconscientes. A partir de 1945quais eram a funo e a utilidade da histria? Lvi-Strauss escrevia porque tudo histria, o que foi dito ontem histria, o que foi dito h um minuto histria
2. Segundo Braudel sociologia e histria constituem uma s e nica
aventura pelo esprito. O autor deseja a unificao das diversas cincias do homem. Histria e sociologia so as nicas cincias globais capazes de estender a sua curiosidade a qualquer aspecto do social. A histria, na medida em que integra toadas as cincias do homem, na imensa rea do passado, sntese da orquestra. Mesmo quando se considera a sociologia como cincia dos fatos cujo conjunto constitui a vida coletiva dos homens, h que separar o coletivo do individual. O socilogo encontra na histria os seus materiais e suas prprias incertezas. A histria um dos ofcios menos estruturados da cincia social. Historiadores e socilogos falam de crise estrutural e conjuntural. Historiadores no prestam ateno aos sinais sociais, s funes sociais. O vocabulrio o mesmo. O modelo faz o seu aparecimento como ferramenta artesanal a servio das estruturas.
3. Lvi-Strauss afasta e destri a exuberncia a fim de descobrir a linha
mais profunda, mas estreita, das permanncias humanas. As diferenas no se encontram nestas fceis formulas e distines. O debate deve ser levado at ao cerne da histria: aos diversos patamares do conhecimento e do trabalho histrico e a linha da durao, dos tempos e temporalidades da histria.
4. superfcie, uma histria episdica, no tempo curto, uma micro-histria;
a meia-profundidade uma histria conjuntural de ritmo mais amplo e mais lento, foi estudada at agora; e a histria estrutural de longa durao determina sculos inteiros. Em resumo, trs sries de nveis histricos. Sociologia do episdico consiste no estudo dos mecanismos rpidos, efmeros que registram dia a dia a chamada histria do mundo, a histria onde os acontecimentos encaixam uns nos outros e na qual aos grandes homens so considerados no geral como autoritrios maestros. Consiste no confronto da histria tradicional, por um lado e da micro-sociologia e da sociometria por outro. No plano da histria da longa durao, histria e sociologia no se tocam: confundem-se. A longa durao a histria interminvel, das estruturas e dos grupos de estruturas. Para o historiador uma estrutura no apenas arquitetura embutida, permanncia, frequentemente mais que secular. Procurarei mostrar que toda a nova investigao de Lvi-Strauss s ter xito no momento em que navegar no tempo da longa durao. Os laos de parentesco, os mitos, os cerimoniais, as instituies pertencem ao fluxo mais lento da histria. Tambm toda sociedade nica, mesmo que seus materiais sejam antigos.
5. Mostrei o oficio do historiador transbordando de seus antigos limites,
pondo em causa o prprio campo da cincia social. Constata que o marxismo pouco assediou o oficio do historiador, mas na primeira metade do sculo XX as suas influencias foram mltiplas e poderosas. Esta enorme influencia desempenhou a sua funo entre as transformaes deste oficio que obrigou o historiador a desprender-se dos seus costumes, a contrair outros novos, a sair de si prprio, dos seus aprendizados para no dizer dos seus xitos pessoais. Existe, no entanto um limite secreto e exigente a estas migraes e metamorfoses. Segundo Braudel no existir cincia social seno na reconciliao, numa prtica simultnea dos seus diferentes ofcios. Ergue-los um contra o outro fcil, precisa-se agora de musica nova, ou seja, as cincias sociais devem trabalhar juntas e no uma contra a outra.