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TRABALHO DE FILOSOFIA

DOS PRÉ-SOCRÁTICOS AO INÍCIO DA


RAZÃO

PROFESSOR: LUCIANO

AUTORES: THALITA MACHADO

JUCÉLIA FARIA

JULIAR

JOSELITO

FERNANDO

FLÁVIA BYRRO

JOÃO MARCIO

ADRIANA

ELIANA

IVAN

DAVIDSON

LEANDRO
SUMÁRIO

Introdução..............................................................01

Escola Jônica: A vida de Tales de Mileto............02

O pensamento de Tales.........................................02

Anaximandro de Mileto........................................03

Anaximenes de Mileto...........................................04

Heráclito de Éfeso : A vida...................................05

Alguns Fragmentos de Heráclito de Éfeso..........06

Pensamentos de Heráclito de Éfeso.....................06

O Pitagorismo........................................................06 e 07

Pitágoras: A vida...................................................08

O pensamento de Pitágoras..................................08

A crise do Pitagorismo..........................................09

Os Eleatas...............................................................09

Os Atomistas..........................................................10 e 11

Conclusão...............................................................12

Bibliografia............................................................13
INTRODUÇÃO

Filosofia é a ciência geral dos princípios e das causas. É o exercício do raciocínio,da


reflexão, do questionamento,da indagação.É a base de qualquer conhecimento,é a arte
de pensar.

Os pré-socráticos eram filósofos que viviam na Grécia Antiga e nas suas colônias.
Foram os defensores dos elementos da natureza. Se questionavam da existência do
mundo,de que seria feito o mundo.Romperam com a visão mítica e religiosa que
prevalecia na época.
Os pré-socráticos começaram a questionar e assim, surgiram as quatro escolas:
Escola Jônica, Escola Patagônica, Escola Eleata, Escola Atomista.
TALES DE MILETO

A vida

Não se sabe ao certo sobre a vida e a obra de Tales. Isto, devido a ele não ter deixado
nada escrito. O que se sabe sobre ele tem origem de fontes indiretas como, as principais,
Aristóteles, Teofrasto e Simplício. Segundo Herodoto, Tales de Mileto foi um dos Sete
Sábios da Grécia arcaica e o primeiro a ser chamado assim,segundo Diógenes de
Laécrio. Tales fez a descoberta do eclipse solas, a data não se sabe ao certo (610 597 ou
548 a.C)
Nos relatos sobre Tales, constam que ele foi um político interessado, queria unir a
cidade de Jônia numa confederação contra os persas; um hábil engenheiro; um hábil
comerciante. Tales teria estudado as causas das inundações do rio Nilo. Descobriu a
constelação da Ursa Menor e aconselhou os navegantes a se guiarem por ela. O
Teorema de Tales, atribuído por Proclo (2 triângulos são iguais quando possuem um
todo igual compreendido entre 2 ângulos iguais) é de improvável autoria.

O pensamento de Tales

Para Tales a água ou o úmido é o princípio de todo o universo. E ele afirma de


o mundo é feito.Interpretes ofercem razões paraa escolha da água ou o úmido
como phýsis:
- Pelo fato de a água apresentar-se sob vários estado e formas na naureza:
liquido, gasoso, sólido, acreditando-se ser o fenômeno da chuva onde a água é
a causa da terra e do que nela existe;
-A água não está diretamente ligada à vida: a semente, o semém animal e
humano são úmidos;
-Em sua viagem ao Egito, Tales se assustou com as cheias do Nilo: a terra
infértil antes da cheia tornava-se fertil. Tales teriaconcluido que a água é causa
das plantas.
-A existência de fósseis marinhos levou Tales a aacreditar que, no inicio, tudo
era água e a vidaanimal foi causada pela água;

Para Tales, a água é o principio vital e que é uma força motriz ou cinética, onde
uma força é capaz de mover-se e mover outras coisas.
Anaximandro de Mileto

Foi geógrafo, matemático, astrônomo e político. Possuía interesses práticos. A ele é


atribuída à confecção do primeiro mapa-múndi com a descrição de todo o mundo
habitado de sua época; inventou o relógio de sol pelo qual se poderia verificar a
obliqüidade do zodíaco; introduziu o uso do esquadro e a medição da distancia entre as
estrelas e o calculo de suas magnitudes, por isso foi considerado o iniciador da
astronomia grega.
Foi o primeiro a usar o termo “principio”. Para ele, o principio não se confunde com os
quatro elementos visíveis (água, ar,terra e fogo) e observáveis.
O principio é eterno, sem idade e sem velhice, imortal e imperecível.
Anaximandro concebe também a ordem do tempo como uma lei necessária. Procurava
explicar como do indeterminado e ilimitado surgem as coisas determinadas e limitadas
ou a origem das coisas individualizadas, ou suas diferenças e oposições.

Anaximenes de Mileto

Para Anaxímenes,a natura subjacente é definida,dizendo que ela é ar.

Segundo ele,o ar nos sustenta e nos governa,assim também o sopro e o ar abraçam todo
o cosmo.
Ar: sem forma e invisível,nascemos graças ao seu fluxo,por isso é preciso que seja
ilimitado para que jamais acabe.
Para ele,o ar é o principal vital,pois respirar é o primeiro ato de um ser vivo e o ultimo
também,antes da morte.
Sua grande originalidade,consiste no fato de que a multiplicidade,transformação e
ordenação do mundo se fazem por alterações quantitativas em um único principio:
menos ar(rarefação) e mais ar(condensação) determinam toda a variação e organização
do real.

Heráclito de Éfeso

A vida

Filho de Blóson, Heraclito nasceu em Éfeso, na Jônia, de família aristocrática (seu pai
descendia do fundador de Éfeso, o rei Andóclos, que descendia do rei de Atenas,
Condros), embora tendo direito de usar titulos políticos, renunciou, em favor de seu de
irmão. Sua akmé é situada por ocasião da 69º Olimpiada, portanto entre 504 e 501 a.C.
Alguns consideram que o motivo do afastamento de Heraclito da política foi a invação
persa ocorrida desde 548 a.C. Heraclito era um dos poucos pré-socraticos do qual se
tinha fragmentos, que foram entorno de 132 ou 135, nos quais alguns traços podem ser
claramente percebidos: o desprezo pela plebe superticiosa, em alguns de seus
fragmentos percebia-se sua critica as praticas religiosas populares, as tradições contidas
nos poemas de Homero e Hesiodo, as ironias contra polymátheia de Pitágoras, isto é, a
eruditacão minuciosas e detalhadas de inúmeras coisas, sem alcançar a unidade e
profundidade delas.

ALGUNS FRAGMENTOS DE HERACLITO DE ÉFESO

“Querem purificar-se na lama”,


“Um só é dez mil para mim, se é o melhor”,
“O mestre da maioria dos homens, os homens pensam que ele sabia muitas coisas, ele
que não conhecia o dia e a noite”,
“Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos.”,
“Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio: suas águas não são nunca as mesmas e
nós não somos nunca os mesmos.”

PENSAMENTOS DE HERACLITO DE ÉFESO

Considerado por muitos como o mais importante dos pré-socráticos, durante os últimos
vinte e cinco séculos Heráclito não cessou de ser lido, citado, comentado e interpretado
das vias mais variadas maneiras. O seu pensamento era quanto a matéria básica do
universo, que viria ser o fogo, mas alem disto, Heráclito pensava muito na mudança
constante, que segundo ele, seria a característica mais elementar da natureza. Como
estudioso das Physis, Heráclito acreditava que o fogo era a origem das coisas naturais.

O PITAGORISMO

O conhecimento sobre pitagorismo provem de fragmentos deixados por


pitagoricos como o médico Almcmeão de Cronota e os matemáticos Filolau de
Cronota e Árquitas de Tarento, assim como por referências de Platão e
Aristóteles, e pela doxografia. Os pitagoricos dedicaram-se as matemáticas,
foram também os primeiros a fazer a matemática avançar, os pitagoricos
também criaram a geometria como ciência das figuras, volumes e superfícies e
também os primeiros a estabelecer relações entre ela e a aritmética ou a
ciência dos números. Acreditavam-nos que a matemática era o principio de
todas as coisas. Os gregos e os romanos representam os números por letras,
pois os algarismos, tais como os conhecemos, foram inventados pelos árabes;
e Euclides, o grande sistematizado da matemática grega, em seus elementos –
escritos por volta de 300 a.C. -, representava os números por letras e linhas, os
gregos desconheciam o zero, atribuindo esta descoberta aos árabes.
Primitivamente os gregos representavam os números por pontos arranjados em
desenhos simétricos e facilmente reconhecíveis, como em cada face de um
dado em peças de dominó, tal representação tinha a seguinte peculiaridade: os
números não eram concebidos numa seqüencia – 1, 2, 3,... – obtidas pelo o
acréscimo do um a cada numero da serie; mas era concebido cada qual como
uma unidade discreta e independente, ou seja, havia o um, os dois, os três, o
quatro etc.
Os pitagóricos, porém, inventaram a representação aritmético-geométrica dos
números distribuídos em figuras, como veremos a seguir. Graças a essa nova
maneira de representação, puderam: 1) definir a unidade (monas); 2) tomar os
números como seqüencia ordenada; 3) distinguir os elementos constitutivos
dos números, isto é, a distinção de um par (o divisível ou ilimitado) e o impar (o
indivisível e limitado); 4) diferenciar pontos e superfícies, chamando aos
primeiros de “termos” (ou limites) e ás segundas de “campos” (ou lugares). Ao
que tudo indica o estudo inicial se deve a uma figura considerada sagrada para
o patagoristas, o tetráktys da década e a lira tetracorde, suas descobertas
matemáticas provieram de seus estudos da musica, através da musica os
pitagoricos descobriram que podem determinar numericamente a grandeza e o
peso dos bastões e pelos sons produzidos nas cordas é possível determinar o
comprimento e espessura das cordas. Com isso, os pitagoricos descobriram
que eram as relações harmônicas do diapasão, os acordes da quarta, quinta e
oitava podem ser traduzidos em leis numéricas (1:2, 2:3, 3:4). Alem disso, não
deixaram de perceber a determinação numérica de fenômenos naturais como a
duração do dia, dos meses e do ano, das estações, da gestação dos animais e
dos humanos, dos ciclos da vida, com isso descobriu as relações e as
proporções entre todas as coisas através das determinações numéricas
Segundo o comentário de Aécio é dito que, para Pitagoras (ou para os
pitagoricos), o cubo produziu a terra, o tetraedro produziu o fogo, o octaedro
produziu o ar, o icosaedro produziu a água, e o dodecaetro produziu a esfera
do universo. (Para a nossa mentalidade, essas afirmações ficam mais claras se
pensarmos em como as ciências contemporâneas nos mostram as formas das
moléculas e dos átomos.) A phýsis esta presente em todas as coisas,
independentes de serem elas visíveis ou invisíveis. O Um ou a unidade é,
portanto, a totalidade dos números e, por isso mesmo, a totalidade das coisas
visíveis e invisíveis. A Unidade é o principio da permanência ou da identidade
de um a coisa e a dualidade é o principio de sua mudança, de seu devir ou vir a
ser. Um exemplo de uso da Unidade e da dualidade é na phýsis, já kósmos é a
proporção regulada de pares de opostos, ou a concordância dos discordantes,
como alto-baixo,

Direito– esquerdo e macho – fêmea. O principio desses pares é a oposição


fundamental entre limitado e ilmitado, ou entre unidade e multiplicidade.

Os números seriam o principio do conhecimento porque ordena e organiza a


realidade ao engendrar, as coisas como unidade e diversidade de proporções
inteligíveis, pois não devemos esquecer que, em grego, proporção se diz logos
(e, em latim, se diz ratio, razão).
PITAGORAS

Para entender a escola Pitágoras precisou considerar dois acontecimentos que


foram decisivos em sua instauração.

1° - Processo emigratório da Ásia menos para o sul da Itália e menos para o sul
da Cicília.

2° - A efervescência religiosa de tipo dionisíaco, promovendo uma religiosidade


de cunho místico e oracular.

Outro fenômeno histórico-cultural foi à nova religiosidade que se espalha pela


Grécia continental , na Ática, vindo da Taxia. A religiosidade era
completamente diferente da de Jônia, onde predominava a religião homérica.

A vida
Não há quase nada sobre Pitágoras, alguns chegaram a dizer que ele nunca
existiu e que seu nome foi criado por uma seita filosófica religiosa. As duas
“vidas de Pitágoras” mais conhecidas foram escritas por Porfírio e Jâmblico no
séc.111 DC, portanto depois de V11 sec. Depois de sua morte.
Sabemos que nasceu em Samos, rival comercial de Mileto.
Com a contínua invasão, Pitágoras deixou a Jônia e dirigiu-se para a Magna
Grécia e estabeleceu-se em Crotona, onde fundou uma confraria religiosa e
formaram um grupo onde as doutrinas eram mantidas em segredo. Porem
Quílon tentou entrar na ordem, mas foi recusado e com isso armou um partido
contrário, fez uma rebelião, tomou o poder e parte dos pitagóricos, entre as
quais Pitágoras dirigiu-se a meteponto, onde veio a morrer em 497 ou 496 AC.

O PENSAMENTO DE PITÁGORAS

· Afirmou a transmigração das almas (Isto é, passagem por diferentes


corpos, tanto humanos como animal) e a reencarnação.

· Considerava que a verdade chegava aos homens como inspiração divina, e


que a verdade e a sabedoria pertence ao divino (Deus), e os sábios somente
deseja-las e amá-las.

· Pitágoras e seus discípulos disseram que a “alma e harmonia” (portanto


unificação de muitos elementos e concordância dos contrários ou
discordantes).
A CRISE DO PITAGORISMO

A matematização do universo concebida pelos pitagoricos lhes permitiu explicar a


origem de todas as coisas por um processo racional e inteligível de delimitações do uno
primordial ilimitado segundo proporções e oposições. Tal explicação possibilitou uma
introdução mais rigorosa sobre idéia de ordem ou kósmos.
Entretanto, mesmo com esta ordenação, o pitagorismo passará por uma crise profunda a
ponto de levar ao desaparecimento de sua escola, porem os ensinamentos principais
foram preservados, pois dois séculos depois, ocorreria a retomada por Platão. Essa crise
dividiu os conhecimentos pitagoricos em dois grandes grupos: os acústicos ou
acusmaticos e matemáticos. Os Acusmaticos foram os que conservaram apenas os
ensinamentos orais (os aprendidos por ouvido), já os matemáticos foram aqueles que
tentaram dar prosseguimento á doutrina cosmológica e á geometria, após a crise.

Os Eleatas

Seu primeiro filósofo foi Xenófanes de Colófon 570 – 475 a.C., vindo da Jônia. Assim
sendo, está na origem da escola de Eléia, foram seus dois mais notáveis representantes:
Parmênides e Zenão. Ao grupo, já como um de seus epígonos, pertenceu ainda Melisso
de Sarmos.

Características Externa – Desenvolveu-se a escola eleática paralelamente à pitagórica,


tanto pelas suas circunstâncias exteriores, sobre as quais advertimos primeiro, como
pelo pronunciado racionalismo de ambas, sobre as quais advertimos a seguir; a
semelhança exterior já ocorre com a procedência dos seus respectivos fundadores,
porque ambos vieram da Jônia, sendo Xenófanes, natural de Colófon , e Pitágoras, de
Samos.

Características internas – O pronunciado racionalismo de ambas as escolas, eleática e


pitagórica, é uma característica interna, inteiramente ideológica. Como racionalismo ao
extremo, as duas escolas se distanciam da moderação da escola jônica. Sabe-se que
Parmênides Elea veio a conhecer o livro de Heráclito de Éfeso. Dali pode resultar uma
oposição consciente entre as doutrinas de ambos.

Os eleatas lidavam com os conceitos de “ser”, “não ser”, “movimento”, ”tempo”,


”espaço”, “continuidade” e defenderam a unidade estática de tudo o que existe.Eles
também consideravam falsa a realidade que se apresenta aos nossos sentidos, que
percebem tudo como uma multiplicidade, e a contrapunham à efetiva realidade
percebida por nossa mente, capaz de apreender a unidade da existência. Os eleatas
foram os primeiros a defender a necessidade de critérios objetivos para o
estabelecimento da verdade, e criaram argumentos que partiam de premissas claras e
incontestáveis.

As principais doutrinas da “escola eleática” opunham-se às teorias dos filósofos pré-


socráticos que os precederam, notadamente aos milesianos, que explicavam toda a
realidade através de um elemento único, primário, e a Heráclito, que descrevia a
realidade como a soma de mudanças constantes e ininterruptas.
Os atomistas
O período pré-socrático tem como caracteriza a explicação racial e sistemática sobre a
origem e transformação da natureza da qual o ser humano faz parte, acreditando que ao
explicar a natureza automaticamente a filosofia explica a origem e mudanças do ser
humano; seguindo esta linha de pensamento a Escola Atomista que foi representada
pelos filósofos Leucipo Abdera (490/460 – 420 a.e.c) e Demócrito de Abdera (460 –
370 a.e.c); Leucipo baseia suas idéias na teoria dos átomos onde o princípio (arché) da
realidade (phýsis) residia nos átomos e vácuo. Tais átomos seriam elementos nos quais
são invisíveis, de números ilimitado onde cada um possuí forma própria considerando-
se indivisíveis baseando no significado da palavra á-tomo em grego que significa sem
divisão. Demócrito acrtiva também que os átomos estavam em constante e violenta
agitação, chocando-se constantemente uns com os outros transmitindo movimento
nestes choques. Os átomos maiores tenderiam a ficar em regiões mais baixas
constituindo a terra, e os menores mais leves constituíam o ar. Os atomistas acreditavam
que o espaço seria infinitos, estes produzidos por uma aglomeração de átomos que
giravam em vórtices ou redemoinho. (idéia de galáxias na atualidade); como estas idéias
foram na formuladas na antiguidade, a probabilidade para uma intervenção divina seria
pouca ou nenhuma, sendo posteriormente considerado heresia pela igreja católica
durante a idade media.

O motivo pelo qual Leucipo e Demócrito são colocados juntos é a existência de um


único corpo de doutrina reunido num conjunto de obras, conhecidas como da Escola de
Abdera, no qual é difícil saber o q eu foi escrito por Leucipo e o que foi escrito por
Demócrito, e o que é da autoria de outros membros da escola.
Temos dois fragmentos de Leucipo : nada do que existe é o contigente ou casual, mas
tudo é racional e necessário. O segundo fragmento afirma : “átomos ( isto é, não
cortáveis ), maciços ( unidades ), grande vazio, secção ( limite), ritmo ( forma ), contato,
direção, entrelaçamento, turbilhão”.
Os átomos , não- cortável, isto é, os indivisíveis. Os átomos, partículas invisíveis e as
menores possíveis, são plenos,indivisíveis,unos, contínuos,inumerável,ou infinita de
átomos ou unidades discretas, como os números pitagóricos.
A diferença entre os átomos não é qualitativa, isto é, não há átomos frio, quentes, secos,
luminosos, escuros, pesados, leves, mas puramente quantitativa, isto é , os átomos se
diferenciam por sua forma,grandeza,posição,direção e velocidade. Determinam o
nascimento das coisas por agregação e a morte delas por desagregação;determinam a
ordem do devir ou da mudança pela sua ordem, posição e velocidade. Todos os átomos
são dotados de extensão ou grandeza e são todos iguais em substância, de sorte que as
diferenças entre as coisas ser explicadas apenas pela forma, arranjo e posição dos
átomos .
Demócrito afirma que o contato entre os átomos para formar as coisas se deve ao fato
de que são iguais ou semelhantes em sua substância, pois, de outro modo,não poderiam
entrar em contato e agir uns sobre os outros. Isso significa que a substância de todas as
coisas é a mesma e por isso a diferença decorre apenas da forma,arranjo e da conversão.
De fato as cosmologias explicam a multiplicidade e variação qualitativa das coisas e da
natureza afirmando que as coisas e a natureza são constituídas por qualidades.A
diferença na qualidade ( quente-frio, seco-úmido, etc ) causa as diferentes coisas; a
mudança na qualidade causa a variação e o devir. Ora, os atomistas eliminam as
qualidades como originárias. Os átomos não são qualidades,são formas estruturas das
coisas,cuja origem e mudança decorrem apenas dos movimentos dos átomos no vácuo.
Dependendo da qualidade ou proporção maior de uma forma sobre as outras num
composto,nosso corpo é afetado por essa forma predominante e percebe,como
qualidade, a essa forma. Como, porém, os corpos são compostos de átomos de várias
formas,nosso corpo pode confundi-las e,por isso,podemos sentir amargo o que era
doce,quente o que era frio,e assim por diante.As sensações e os pensamentos
dependem,portanto,objetividades das formas dos átomos e subjetividade das disposições
de nosso corpo.É apenas por convenção que os homens decidem o que é uma qualidade
de outra,porque ,por natureza,elas não existem.As qualidades percebidas são nomes que
damos ao que percebemos indiretamente da realidade atômica.Para os atomistas todo
conhecimento,seja ele sensível ou intelectual,se dá por contato.As coisas emitem
imagens,películas ou membranas muito finas,que guardam o aspecto das coisas de onde
vieram, atravessam o ar e se chocam com nosso corpo,esse choque sendo a causa da
percepção.O pensamento não recebe imagens externas vindas dos corpos,mas as
imagens internas que a sensação ou percepção produziram no interior de nosso
corpo.Essas imagens,que são menores,tem uma clareza e precisão maiores,convidam o
pensamento e o orientam a pensar o que é invisível,isto é,o pleno e o vazio,os átomos e
suas formas,ordenações e posições.
Porque tudo é matéria (átomos), porque a percepção é contato material entre os
corpos,porque a alma é um tipo sutil de átomos e porque o pensamento é o contato
material com as imagens da percepção que permanecem guardadas em nosso corpo,os
atomistas são considerados os primeiros filósofos materialistas.Essa designação,porém,é
incorreta e anacrônica por dois motivos: em primeiro lugar,porque,até Sócrates e
Platão,nenhum filosofo admitiu outra realidade senão a corpórea. Em segundo lugar,
porque os atomistas foram os primeiros filósofos a afirmar a existência do vazio, e
portanto ,de uma realidade(o espaço) não corporal ou imaterial.
Na verdade, a designação dos atomistas como materialistas é tardia. Foi usada como
uma crítica como aos “partidários dos átomos” por uma cultura que,pouco a pouco,dará
maior importância e maior realidade ao espiritual,entendido como algo diferente e
superior ao corporal.uma das contribuições mais duradouras do pensamento de
Demócrito é sua defesa e elogio das técnicas ou artes.Numa sociedade escravista,como
a grega, os trabalhos manuais eram deixados aos escravos ou aos artesãos
livres,considerados inferiores pelos aristocratas.
Demócrito abandonando as explicações míticas sobre a origem do homem e da
sociedade,afirma que, o mundo humano não tinha ordem nem lei.Como o mundo dos
animais selvagens que vivem isolados nas florestas,o mundo era cheio de medo e de
morte. Pouco a pouco,os homens perceberam a utilidade da vida em comum e da ajuda
mútua. O medo os levou a compreender a utilidade de reunião para que a defesa
recíproca.
As idéias éticas e técnicas de Demócrito fazem dele um filosofo de “transição”,isto é,
com preocupações cosmológicas e antropológicas, foi ao mesmo tempo, um pré-
socrático(porque se interessou pelas técnicas e pela ética).
CONCLUSÃO DO TRABALHO

É verdade que a ciência, num sentido moderno em que modelos matemáticos expressam
resultados de experiências realizadas em laboratórios ou observações de fenômenos
naturais, só começa com Galileu, na Itália, e Kepler, na Alemanha, no séc XVII.
Mas a ciência como tentativa de formular racionalmente a natureza sem preocupação
direta com a experimentação, começou muito antes. Foi por volta de 600 a.C que
surgiram as primeiras tentativas de explicar os mistérios da natureza por meio da razão e
não do mito.
Apesar de manterem em seus escritos traços de mitos e de crenças em orácuos, os pré-
socráticos expressam, essencialmente, a mesma convicção: de que a razão podia
solucionar as dúvidas e problemas dos homens. E mais, que, ao fazê-lo, ela dava
autonomia às pessoas libertando-as de supertições e medos irracionais.
A razão, ou capacidade do indivíduo de refletir por si próprio, era apresentada pela
primeira vez como totalmente atual.
Na unidade, os pré-socráticos queriam a procura por explicações racionais dos mistérios
da natureza e da vida.
BIBLIOGRAFIA

Livro: Introdução à História da Filosofia – Dos Pré-Socráticos a


Aristóteles.
Edição Revista e Ampliada, Vol.1
2ª Edição Revista Ampliada e Atualizada
Livro: Pré-Socráticos – A invenção da Razão
Imortais da Ciência
E a Razão do Real

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