Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
suspensas
pelas
reticncias,
interrogaes
retricas,
Elementos
romnticos:
melancolia
da
personagem
ato
Recursos estilsticos:
A utilizao da gradao crescente e da enumerao, colocando
TELMO
Tal como Manuel de Sousa, um homem dos antigos. Amigo de D. Joo, que
trouxera ao colo, admira o segundo marido de D. Madalena com entusiasmo,
por ser um portugus s direitas, mas no se conforma com a situao.
O conflito psicolgico suscitado pelos dilemas perante os quais so colocadas
as personagens realiza-se particularmente na figura de Telmo Pais. Telmo tem
de escolher entre Maria, que ele criou, e D. Joo, que ele tambm criou e a
quem deve, alm disso, fidelidade de escudeiro.
H um pormenor que o transforma em vtima: o amor a Maria. Esse amor
levar Telmo a desfazer num momento todos os sonhos da sua vida. Sempre
ansiara pela vinda de D. Joo. Mil vezes protestara a Madalena que ele viria.
Agora que chegou, presta-se ao papel de o ocultar. Por amor da sua menina,
prontifica-se a dizer que o Romeiro um impostor. Ele vira-o, conhecera-o. E
vai dizer que est morto.
que lhe arranque a vida que veio mostrar, declarando que D. Joo de Portugal
morto, que ele, o Romeiro, o ningum apontado a Frei Jorge, no passa de
um embusteiro, de um mentiroso.
A tragdia no poupou nenhuma personagem. Cada uma a seu modo, todas
tiveram razovel quinho na desgraa, na dor imensa em que culmina o
drama.
D. Joo de Portugal apresenta:
- Uma existncia abstracta (uma espcie de fantasma omnipresente) at
cena XII do acto II, inclusive, permanecendo em cena atravs dos receios
evocativos de Madalena, da crena de Telmo em relao ao seu regresso e do
sebastianismo de Maria (se D. Sebastio pode regressar, o mesmo pode
acontecer em relao a D. Joo de Portugal);
- Uma existncia concreta a partir da cena XIII do acto II: regressa a Portugal
ao fim de 21 anos, depois de ter passado 20 em cativeiro em frica, surgindo
na figura do Romeiro (mesmo assim, a sua identidade s revelada no final do
acto II);
- Procura interferir voluntariamente na aco dramtica, tentando impedir,
com a cumplicidade de Telmo, a entrada em hbito de Madalena e de Manuel
de Sousa;