RECURSOS BANRISUL LÍNGUA PORTUGUESA

RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 2

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação ou troca do gabarito da

questão 02 da prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado
do Rio Grande do Sul sob a alegação de que, nessa questão, na sua terceira afirmativa
(em que se deveria assinalar como verdadeira ou falsa segundo elementos do texto dado),
o uso da forma verbal “deve” poderia induzir o candidato a erro de interpretação, já que o
mais adequado, segundo os recorrentes, seria o uso da forma verbal “pode”.

Transcrição da afirmativa em pauta:

( ) A lacuna da linha 26 deve ser preenchida com o verbo “haver” flexionado na 3ª.
Pessoa do singular do Presente do Indicativo.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedente os argumentos de que se

valem os recorrentes, visto que a instrução da questão em pauta solicitava do candidato –
apenas – assinalar V (verdadeira) ou F (falsa) em cada afirmativa; não lhe foi feito algum
outro tipo de questionamento acerca das afirmativas. No caso em discussão, a afirmativa
dada é – sim – verdadeira, pois o verbo haver, na flexão de tempo, modo e pessoa
solicitada, é uma opção correta de preenchimento da lacuna da linha 26 do texto. Se há
outras possibilidades, também corretas, de preenchimento da referida lacuna, isso não foi
questionado ao candidato; portanto, não é matéria de discussão.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSO INDEFERIDO

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 3

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação ou alteração de gabarito da

questão 03 da prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado
do Rio Grande do Sul por entenderem que a resposta informada pelo gabarito oficial
(alternativa C) não contempla a questão.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedente os recursos e apresenta a

questão, tal qual foi dada na prova, e – a seguir – os comentários desta Banca.

03 – A respeito dos perfis “consumista” e “entesourador”, todas as considerações

apresentadas nas alternativas a seguir estão corretas, EXCETO:

A) Promoções do tipo “compre hoje e pague depois” fazem grande sucesso com os
consumistas, porque as pessoas que apresentam esse perfil agem, quase sempre,
irrefletidamente no tocante a dinheiro.
B) Ainda que se possa relacionar o perfil entesourador a pessoas maduras e com
consciência de economia, é possível encontrarem-se entesouradores jovens e, até,
crianças.
C) Quando o texto diz que o entesourador é aquele indivíduo que costuma
guardar tudo para o futuro e não viver o presente, pode-se inferir que quem tem
esse perfil é, indiscutivelmente, uma pessoa infeliz e frustrada.
D) Os jovens, de modo geral, apresentam a mesma postura em relação ao
dinheiro: são seduzidos pelas novidades e gostam de andar na moda; portanto, pode-se
dizer que tendem, na sua maioria, para o perfil consumista.
E) Europeus e japoneses adultos costumam apresentar um comportamento
diferente, com relação ao dinheiro, de brasileiros e americanos; com isso pode-se concluir
que o perfil consumista não predomina na Europa e no Japão.

- A afirmativa A está contemplada no segundo parágrafo do texto; o terceiro parágrafo

do texto contempla a alternativa B; a alternativa D está contemplada nas linhas 18 a 20 do
texto. Nas linhas 17 e 18 contempla-se a alternativa E – sobre os hábitos do povo europeu
e do japonês – e a conclusão apontada pela alternativa encontra respaldo nesse segmento
do texto. Já a inferência indicada na alternativa C não encontra respaldo no texto, pois
trata-se de uma generalização incorreta. Logo, essa é a única afirmação incorreta de
acordo com o texto dado.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento ao

Recurso do Candidato,

RECURSO INDEFERIDO

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 4

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de no. 04 da prova

de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande do Sul
por entenderem que a alternativa E – indicada no gabarito oficial – não é a única correta, já
que a alternativa C, em suas avaliações, também contemplaria a instrução da questão.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedente o argumento dos recursos e, a

fim de melhor ilustrar esta resposta, transcreve a questão aqui e os comentários a seu
respeito.

04 – Marque a alternativa que apresenta uma correta interpretação do respectivo

segmento do texto.

A) Pelo nome que recebem, depreende-se que os “desligados” são homens

que não valorizam o dinheiro; logo, são esbanjadores e perdulários.
B) Segundo o texto, todas as barreiras que enfrentamos no trato com o dinheiro
são criadas e impostas por nós mesmos de modo inconsciente.
C) Mais de 30% dos brasileiros, segundo o texto, são trabalhadores escravos
mesmo, aparentemente, tendo bons empregos.
D) É inevitável sentirmos culpa sempre que oferecemos ajuda financeira a
algum ente querido.
E) Se entendermos nossa atitude perante o dinheiro e assumirmos que
temos dificuldades para lidar com ele, já teremos dado um passo para a resolução
dessas dificuldades.

O quarto parágrafo, linhas 28 a 42 do texto, abordam o conceito “desligado”, que

aplica-se a pessoas que pouco importam-se com dinheiro – diferentemente do que diz a
alternativa A. O texto, na linha 26, diz que o comportamento entesourador aparece de
forma inconsciente – e essa é a única referência a essa palavra no texto; logo, a
alternativa B não encontra respaldo no texto.
As alternativas C e D avaliam mais detalhadamente a capacidade de o candidato
fazer a compreensão global do texto, estabelecer as relações entre as ideias e entender a
significação contextual de palavras e expressões do texto (conteúdos solicitados no
programa desta prova). Por exemplo: a referência a “trabalhadores escravos”, no texto, diz
respeito a um perfil, a uma das denominações como o autor classifica certo modo de lidar
com o dinheiro, caracterizado, segundo o texto, como alguém que trabalha para terceiros,
nunca ganha o suficiente e não utiliza o dinheiro para si. "O escravo gostaria de ter o
suficiente para pagar tudo a quem ama. O foco de sua vida não está nele, mas nos outros,
em sua família, em sua religião ou em seu partido; é um problema comum entre
engenheiros, executivos e empresários, cujas famílias passam a consumir cada vez mais
e sem fazer nada (linhas 45 a 50). Jamais o candidato poderia confundir a denominação
que o texto dá a um perfil comportamental com o sentido literal da palavra escravo: Que
ou aquele que está sujeito a um senhor, como propriedade dele (Dicionário Aurélio), ou
escravidão: Regime social de sujeição do homem e utilização de sua força para fins
econômicos e como propriedade privada (idem). Por sua vez, a alternativa D menciona
“culpa”, que só aparece no penúltimo parágrafo do texto (o adjetivo “culpadas”) – portanto,
esse comentário é de um segmento do texto, não pode ser entendido como uma idéia
global. Enfim, a alternativa E é a única que faz uma leitura geral do sentido do texto,
sem redução, extrapolação ou divergência de seu sentido e sem manipular o valor
contextual das palavras do texto,

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 5

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de número 05 da

prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande
do Sul por entenderem que a resposta indicada pelo gabarito não é verdadeira. O gabarito
aponta como correta a alternativa B, que considera verdadeiras as assertivas II e III dadas
pela questão. A argumentação dos recorrentes recai sobre a assertiva II que diz: Na linha
19, a substituição de mas por entretanto mantém a correção sintática e semântica do
texto. Segundo os recorrentes, tal substituição ensejaria modificações estruturais no texto,
sobretudo de pontuação, já que entendem que, após “entretanto” obrigatoriamente deveria
haver vírgula.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedentes os recursos, bem como sua

argumentação e cita a Nova Gramática do Português Contemporâneo (CUNHA &
CINTRA), página 648 (obra indicada na bibliografia deste Concurso), que diz:
2ª). Das conjunções adversativas, mas emprega-se sempre no começo da oração;
porém, todavia, contudo, entretanto e no entanto podem vir ora no início da oração,
ora após um de seus termos. No primeiro caso, põe-se uma vírgula antes da conjunção;
no segundo, vem ela isolada por vírgulas. E exemplifica:
- Vá aonde quiser, porém fique morando conosco.
- Vá aonde quiser, fique, porém, morando conosco.

O caso da questão 05 é o do primeiro exemplo dado acima: a conjunção entretanto

(no contexto proposto pela questão) estaria começando uma nova oração, logo não há
razão para ficar entre vírgulas, como argumentam os recorrentes.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 6

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de número 06 da

prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande
do Sul por entenderem que há duas respostas possíveis para a questão: as alternativas B
(apontada pelo gabarito oficial) e a C, esta apontada pelos recorrentes.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedentes os recursos e transcreve a

questão aqui para argumentar em defesa da resposta indicada oficialmente.

06 – Em todas as alternativas a seguir, a palavra da segunda coluna é uma opção

de sinônimo para a primeira, uma palavra retirada do texto; assinale aquela que provoca
mudança de sentido, pois não se adequa ao contexto.

A) brecha (linha 36) – margem

B) comum (linha 49) – simples
C) confusos (linha 54) – hesitantes
D) quitassem (linha 59) – saldassem
E) transpor (linha 64) – ultrapassar

A alternativa indicada pelo gabarito refere-se ao seguinte segmento do texto: é um

problema comum entre engenheiros, executivos e empresários (...) O sentido de “comum”
é recorrente, usual, mas não “simples”; a mudança de comum por simples provocaria
alteração semântica no texto.
O segmento em que encontra-se “confusos” é o seguinte: Finalmente, há os confusos
entre o amor e o dinheiro (...) Ora, a substituição de confusos por hesitantes não
provocaria, nesse contexto, alteração semântica no texto, como alegam os candidatos
recorrente.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 07

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de número 07 da

prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande
do Sul por entenderem que a alternativa indicada pelo gabarito oficial não é correta.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedentes os recursos e transcreve a

questão em pauta para argumentar o que segue.

07 – Se, na frase que começa na linha 18 e termina na linha 20, o vocábulo

jovens for substituído por juventude, quantas outras alterações seriam
obrigatórias, até o final do período, para preservar a correção gramatical?

A) Três alterações para fazer a concordância verbal e duas para a

concordância nominal.
B) Três alterações para fazer a concordância verbal e três para a
concordância nominal.
C) Quatro alterações para fazer a concordância verbal e uma para a
concordância nominal.
D) Quatro alterações para fazer a concordância verbal e duas para a
concordância nominal
E) Cinco alterações para fazer a concordância verbal e duas para a
concordância nominal.

- O período de que trata a questão é: Os jovens, por sua vez apresentam um

comportamento parecido em todo o mundo: querem estar na moda e são seduzidos
pelas novidades, explica Glória. O vocábulo sublinhado é o que deve ser substituído por
“juventude”; feita essa substituição, devem ser alterados os vocábulos que estão em
negrito para fins de concordância:
Os – seduzidos – concordância nominal
Apresentam – querem – são – concordância verbal

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS.

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO 08

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de número 08 da

prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande
do Sul por entenderem que todas as assertivas estão corretas – ainda que o gabarito
oficial aponte como corretas apenas a I, a III e a IV, como indica a alternativa E.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedente o recurso. A assertiva II propõe

como correta a substituição de em que (linha 14 do texto) por na qual. O trecho em pauta é
o seguinte:
Outro povo em que essa forma de lidar com (...)
Ora, é evidente a impossibilidade de fazer-se a substituição proposta, pois acarretaria
grave erro de concordância nominal (o pronome deveria ser “no qual”).

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS.

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTAS AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 9

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de número 09 da

prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande
do Sul por entenderem que não há correspondência entre o sentido da conjunção
“enquanto” e a sugestão feita: “ao passo que”.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedentes os recursos, pois – como

percebe-se na redação da questão – não há menção à relação de sinonímia entre os
conectores “enquanto” e “ao passo que”. Entretanto, “ao passo que” pode, de acordo com
o contexto, ser classificado como nexo temporal ou proporcional. O segmento do texto a
que se refere a questão, e onde se sugere a substituição, é o seguinte (linha 22):
Enquanto o consumista reclama que não sobra dinheiro para investir, o entesourador pode
trocar de carro, comprar muita coisa, mas prefere garantir seu futuro. É indiscutível o
caráter temporal do nexo destacado e, além do que, a substituição proposta é
perfeitamente possível e respeita a autonomia semântica do texto: Ao passo que o
consumista reclama que não sobra dinheiro para investir, o entesourador pode trocar de
carro, comprar muita coisa, mas prefere garantir seu futuro.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 11

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de número 11 da

prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande
do Sul por entenderem que a alternativa indicada como resposta pelo gabarito oficial não é
correta. Tal alternativa traz a seguinte afirmação como INCORRETA:

E) Os vocábulos jornalista (linha 38) e curto-circuito (linha 60) são formados por
composição
Os recorrentes entendem que o vocábulo jornalista é formado por composição, o que
torna a resposta incorreta.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedentes os recursos e sua

argumentação. De fato, o vocábulo jornalista é formado por composição, mas o outro –
curto-circuito – NÃO é. A afirmação, em seu todo, é INCORRETA, pois não pode ser
aplicada aos dois casos, ou seja, aos dois vocábulos.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 12

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de número 12 da

prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande
do Sul por entenderem que a terceira das afirmativas dessa questão não é verdadeira,
como indica o gabarito.

( ) Se a forma verbal reclama (linha 23) for substituída por “queixa-se”, haveria
necessidade de mudanças estruturais na frase.

Segundo os requerentes, no segmento em questão (Enquanto o consumista reclama

que não sobra dinheiro para investir ...), a mudança de verbo não ensejaria mudanças
estruturais, pois o acréscimo de uma preposição (seria essa a mudança estrutural), é
facultativa nesse caso.

2 - A RESPOSTA – A solicitação dos requerentes não procede, pois – mesmo que

suas argumentações sejam corretas – há uma alternativa na questão que contempla
a ordem correta das respostas, no caso, a alternativa B, cujas respostas são V – V – F.
A retificação de gabarito fará a devida justiça com os candidatos que indicaram a resposta
correta.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos, embora a questão tenha a resposta indicada no gabarito
alterada de A para B.

RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali - Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES ÀQUESTÃO Nº 12

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem mudança da resposta indicada no

gabarito na questão de número 12 da prova de Língua Portuguesa do Concurso Público
para o Banco do Estado do Rio Grande do Sul por entenderem que a terceira das
afirmativas dessa questão não é verdadeira, como indica o gabarito. A assertiva é a que
segue:

( ) Se a forma verbal reclama (linha 23) for substituído por “queixa-se”, haveria
necessidade de mudanças estruturais na frase.

Segundo os requerentes, no segmento em questão (Enquanto o consumista reclama

que não sobra dinheiro para investir ...), a mudança de verbo não ensejaria mudanças
estruturais. No caso, a mudança seria o acréscimo da preposição “de”, que – segundo a
argumentação dos requerentes – é facultativo diante de orações subordinadas
substantivas, como é o que ocorre no texto.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera procedentes os recursos. Ainda que a

Norma Culta preconize o complemento preposicionado após verbos transitivos indiretos,
há casos em que a elipse dessa preposição é correta e aceita. A Novíssima Gramática da
Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla (obra indicada na bibliografia do Edital
deste Concurso), quando trata de Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Indiretas,
menciona que “é frequente a elipse da preposição” (página 351). Além do que, o verbo
reclamar, presente no texto, também é um transitivo indireto e não está seguido de
preposição, o que faz com que seu substituto também possa prescindir de tal elemento.
Há nessa questão uma alternativa que contempla a ordem correta, retificada, das
respostas: a alternativa B, cuja ordem é V – V – F.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS DEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 13

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação ou alteração do gabarito da

questão de número 13 da prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o
Banco do Estado do Rio Grande do Sul por entenderem que a alternativa indicada pelo
gabarito oficial, letra E, não é a correta. Os candidatos recorrentes defendem que apenas
as assertivas I e II são corretas (e não as assertivas I , II e II, como aponta a alternativa E),
do gabarito oficial.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedentes os recursos e suas

argumentações e informa o que segue.
- “Orações coordenadas”, “independentes” e “orações de mesma natureza” referem-
se ao mesmo tipo de oração; são apenas terminologias diferentes – esta última utilizada
pelos gramáticos CUNHA & CINTRA em Nova Gramática do Português Contemporâneo
(obra indicada na bibliografia do Edital deste Concurso), no capítulo sobre pontuação,
página 652.
- Orações independentes sintaticamente, não ligadas por nexos, costumam ser
separadas por ponto-e-vírgula, ainda que possam ser separadas, igualmente, por vírgulas.
O que determina a opção por um ou outro sinal, segundo os gramáticos citados no item
anterior, são os valores pausais e melódicos que se deseja representa no texto, pois
denota uma suspensão (uma pausa) no texto sem indicar, contudo, que o período foi
concluído.
- Não é necessariamente o tamanho da oração que determina o uso desse sinal de
pontuação, mas sim a ênfase na pausa que se quer dar.
- Finalmente, a assertiva feita na questão 13 simplesmente identifica a razão da
ocorrência do sinal de pontuação; não é sua correção que está sendo questionada.

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 14

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem mudança de gabarito no tocante à

questão de número 14 da prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o
Banco do Estado do Rio Grande do Sul por entenderem que a alternativa B (indicada pelo
gabarito) está equivocada ao apontar as assertivas I e II como corretas. Segundo os
requerentes, apenas a assertiva I está correta, o que seria contemplado pela alternativa A.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedentes os recursos e suas

argumentações, visto que a assertiva, vista como incorreta pelos requerentes, assinala:

O pronome elas (linha 56) retoma o segmento “pessoas alegres e generosas” , nas
linhas 54 e 55.

O segmento do texto a que se refere a questão é o seguinte:

Finalmente, há os confusos entre o amor e o dinheiro: são pessoas alegres e

generosas, que lidam muito bem com o dinheiro e, geralmente, não ______ dívidas. No
entanto, elas olham para a família e para os amigos que, sem dinheiro, passam por
alguma necessidade e acabam ajudando-os.
Não há dúvidas de que o pronome elas só pode fazer referência a pessoas alegres
e generosas. Tal mecanismo de ligação entre as partes do texto chama-se coesão
referencial e seu conhecimento é uma das condições para se efetuar uma leitura (e uma
redação) eficaz de qualquer modalidade de texto

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSO INDEFERIDO

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 15

1 - O RECURSO – Os recorrentes pedem anulação da questão de número 15 da

prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do Rio Grande
do Sul por entenderem que a alternativa B (indicada pelo gabarito) está equivocada ao
apontar as assertivas I e II como corretas. Segundo os requerentes, as assertivas I, II e III
seriam corretas – o que poderia ser contemplado pela alternativa E; no entanto, os
requerentes optaram por solicitar anulação da questão. A argumentação que embasa esta
solicitação é a de que a terceira assertiva também encontra respaldo no texto.

2 - A RESPOSTA – A Banca considera improcedentes os recursos e suas

argumentações e transcreve abaixo a questão para analisar suas assertivas.

Acerca do texto foram feitas as seguintes considerações. Analise-as.

I – O título do texto justifica-se, provavelmente, porque o escritor Paulo Coelho é um

fenômeno de vendas de livros, assim como Gustavo Cerbasi o é também, mas na área de
livros sobre finanças pessoais.
II – Segundo o autor do texto, os livros de Gustavo Cerbasi transmitem conselhos
que beiram a obviedade, mas são livros de leitura acessível – diferente do que se espera
dos livros que tratam dessa área,.
III – O texto afirma que os brasileiros não sabem poupar e que costumam gastar mais
do que possuem; ou seja, por falta de cultura, são desorganizados no aspecto financeiro.

Quais estão corretas?

A) Apenas a III.
B) Apenas a I e a II.
C) Apenas a I e a III
D) Apenas a II e a III.
E) A I, a II e a III.

Assertiva I – O título do texto é “O Paulo Coelho das finanças” e, sem sequer

mencionar o nome desse escritor (Paulo Coelho), o texto trata de Gustavo Cerbasi,
um escritor recordista em vendas de livros sobre finanças pessoais. Portanto, sendo
o escritor Paulo Coelho uma figura conhecida mundialmente e de todos os públicos,
a analogia entre ele e Cerbasi está adequada e explica o título do texto. No primeiro
parágrafo do texto, isso é respaldado:

Foi com uma ideia assim simples e suas variações que ele escreveu nove
livros desde 2003 e, há poucas semanas, atingiu a marca de 1 milhão de
exemplares vendidos. Ninguém tira de Cerbasi, administrador público de 35
anos, o título de maior fenômeno brasileiro de finanças pessoais. (linhas 02 a
06)
 Assertiva II – Tal afirmação encontra respaldo literalmente no terceiro parágrafo do
texto:
Seu maior mérito é falar de forma simples e direta sobre finanças, um
assunto, à primeira vista, árido e maçante, mas que vem ganhando
importância na vida dos brasileiros desde que a economia tornou-se
finalmente civilizada. O princípio de todos os seus conselhos parte de que,
para juntar dinheiro, é preciso gastar menos do que se ganha. Parece óbvio?
É mesmo. Mas atire a primeira pedra quem nunca fez a besteira de
descumprir essa regra e prejudicar a saúde de suas finanças.

Assertiva III – Tal afirmação não encontra respaldo no texto; é uma leitura
equivocada do seguinte segmento do texto: o qual não pode ser entendido da forma como
está na questão, pois é um erro de interpretação:

O tema central de Cerbasi é o planejamento financeiro, a arte de se organizar

com vista ao sucesso no longo prazo. Seu diagnóstico é que, até por questões
culturais, o brasileiro está mais preocupado em consumir do que em usar o
dinheiro para "fazer" dinheiro. (linhas 23 a 25)

3 - CONCLUSÃO – Em face ao exposto, não há condições de dar provimento aos

Recursos dos Candidatos,

RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali
Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 17

1. O RECURSO – Pedem os requerentes a anulação da questão de número

17 da prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do
Rio Grande do Sul por entenderem que nenhuma das alternativas contempla a
instrução da questão.

2. A RESPOSTA – O recurso é improcedente, pois a alternativa indicada pelo

gabarito, letra D, é a resposta correta para a questão, que segue transcrita a seguir
com a respectiva análise.

Todas as palavras a seguir podem substituir – sem que isso provoque qualquer
tipo de alteração semântica ou sintática no texto – os vocábulos descomunal (linha
(linha 13) e maçante (linha 16), respectivamente, EXCETO as citadas na
alternativa:

a) exagerada – chato
b) extraordinária – aborrecido
c) colossal – enfadonho
d) desproporcional – insignificante
e) desmedida – cansativo

A alternativa D apresenta os vocábulos:

- desproporcional : palavra que situa-se no campo semântico de
“desproporcional” ; entretanto, provocaria alteração sintática no texto, pois algo
é desproporcional a alguma coisa.
- insignificante: seu sentido – segundo o Aurélio: “ que não tem valor, reles” –
está muito distante do campo semântico de “maçante”.
Portanto, das duas palavras indicadas na alternativa D, uma alteraria a
estrutura do texto,e a outra tem sentido muito diferente da palavra que deveria
substituir.

3. CONCLUSÃO – Diante do exposto, não há condições de dar provimento

aos recursos.
RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali – Banca Avaliadora
 RESPOSTA AOS RECURSOS REFERENTES À QUESTÃO Nº 18

1. O RECURSO – Pede o requerente a anulação da questão de número 18

da prova de Língua Portuguesa do Concurso Público para o Banco do Estado do
Rio Grande do Sul por entender que uma das assertivas, considerada correta pelo
gabarito oficial, é incorreta. Sendo assim, e como não há alternativa que apresente a
série C – C – E, não há resposta para a questão. A assertiva em pauta é a
seguinte:

Tanto em mantra (linha 02) como em hora (linha 09), há uma letra que não
apresenta nenhum fonema.

Segundo os requerentes, a assertiva é incorreta porque a palavra “mantra” tem

seis letras e seis fonemas.

2. A RESPOSTA – Os recursos são improcedentes, pois na palavra “mantra”

não há encontro consonantal, porque m e n, em final de sílaba, não representam
fonemas, são letras nasalizadoras, têm a função de til; grafa-se foneticamente
mãtra. Este conteúdo pode ser conferido na Novíssima Gramática da Língua
Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla (obra indicada na bibliografia do Edital
deste Concurso), página 30. Portanto, visto que as outras duas assertivas estão
também corretas, a resposta correta a esta questão é a alternativa A, que apresenta
a série C – C – C.

3. CONCLUSÃO – Diante do exposto, não há condições de dar provimento

aos recursos.
RECURSOS INDEFERIDOS

Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2010

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Fátima Ali – Banca Avaliadora