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18/3/2010 Ser Professor Universitário / COMO O…

CEREBRO E APRENDIZAGEM

COMO OS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS GOSTAM DE APRENDER

Ev elise Maria Labatut Portilho*

A questão do conceito

Assim como em outras áreas, na Educação também existem palavras de “moda”. São livros, textos, seminários discutindo hoje em dia a
questão das habilidades, das estratégias e dos estilos de aprendizagem. Percebemos que, muitas vezes, estudiosos da área, perdem um
tempo enorme na discussão de conceitos, que na realidade não passam de concepções diferentes sobre uma mesma palavra. Sendo
assim, acreditamos ser pertinente, neste momento, iniciarmos esta reflexão conceituando alguns destes termos para evidenciar a nossa
opinião.
Iniciemos com o conceito de habilidade, muitas vezes confundido com o de capacidade, que, ao nosso ver, não entra em questionamento
uma vez que acreditamos que todas as pessoas sejam capazes de aprender. Umas com mais dificuldades, outras com um ritmo mais lento.
O importante é acreditarmos que todos nós somos, por herança genética da espécie, capazes de aprender. Sendo assim, ao destacarmos o
conceito habilidade, estaremos nos referindo a algo a ser desenvolvido na interação do sujeito com o meio. Dependendo do contexto em
que a pessoa esteja inserida, as habilidades a serem desenvolvidas serão umas ou outras, pois cada cultura exige a necessidade de
desenvolver determinadas habilidades em função de fatores relativos ao meio ambiente. É o caso das diferentes disciplinas, com
diferentes exigências que exigem diferentes habilidades.
Prieto Sánchez e Pérez Sánchez (1993) falam em habilidade como sendo toda a atividade mental que se pode aplicar a uma tarefa
específica de aprendizagem. Por meio desta definição, podemos perceber que as habilidades, por serem construídas, algumas nunca
chegarão a ser característica da pessoa.
Em Monereo Font (2000) encontramos uma definição de habilidade, que se refere às capacidades que podem expressar-se mediante
comportamentos em qualquer momento, já que foram desenvolvidos na prática, quer dizer, por via procedimental. Isso significa que, por
trás de todo o procedimento humano, existe uma habilidade que possibilita a realização de tal procedimento. Portanto, habilidade é
poder realizar algo, mas, não supõe em nenhum caso, que uma habilidade pode ser reduzida a um único procedimento, nem que
procedimento signifique o mesmo que habilidade.
Outro termo que vem sendo muito discutido e estudado é o de estratégia de aprendizagem. Pozo Municio (2000) apresenta uma diferença
interessante e oportuna entre técnica e estratégia. Afirma o autor que as técnicas são procedimentos que se aplicam de modo não
controlado, não planejado e rotineiro. Já as estratégias pedem planejamento e controle para serem executadas, como ocorre com o sujeito
enquanto aprende, que deve compreender o que está fazendo e o por que está fazendo. Observamos assim, que as estratégias são sempre
conscientes, supõem uma resposta socialmente situada, têem um caráter específico e podem incluir diferentes procedimentos. Um
estudante tem de planejar, regular e avaliar suas ações para utilizar determinada estratégia de aprendizagem.
Podemos concluir que estratégias de aprendizagem são seqüências integradas de procedimentos ou atividades que o indivíduo escolhe
com o propósito de facilitar a aquisição, o armazenamento e/ou a utilização da informação ou conhecimento. São operações mentais
manipuláveis, que podem ser modificadas conforme a necessidade da tarefa em questão.

O Estilo de Aprendizagem

Uma vez que compreendemos que as habilidades se referem ao que o indivíduo dá conta de fazer e, as estratégias, ao que o indivíduo
utiliza para aprender, é interessante pensarmos em como as pessoas gostam de aprender. Neste momento, estamos entrando em contato
com o que a literatura tem apresentado como sendo os estilos de aprender de cada pessoa. Alonso (1994), define estilos de aprendizagem
como “traços cognitivos, afetivos e fisiológicos que servem de indicadores relativamente estáveis de como os alunos percebem,
interacionam e respondem a seus ambientes de aprendizagem”.
Observamos na definição anterior, que as características geneticamente herdadas e as características construídas pela pessoa durante a
vida levam-na a aprender enfatizando mais um estilo do que outro. Durante a aprendizagem acadêmica esta situação fica evidenciada
nas diferentes disciplinas, cujos professores apresentam seus conteúdos de acordo com os seus estilos de aprendizagem e obrigam, muitas
vezes, o aluno a se adaptar a essa maneira peculiar de aprender. O ideal seria que pudéssemos desenvolver diferentes estilos, conforme a
situação ou tarefa apresentada, mas a verdade é que acabamos dando preferência a um estilo mais do que a outro, devido àas nossas
preferências pessoais.

Quatro estilos diferentes de aprendizagem na univ ersidade

Nos estudos de Alonso e colegas (1994) e Portilho (2003) encontramos quatro estilos de aprendizagem observados em alunos universitários
que nos ajudam, através de suas características específicas, a identificar qual ou quais os estilos a que, hoje, damos mais preferência na
hora de aprender.
Primeiramente temos o Estilo Ativo que nos apresenta indivíduos ousados, improvisadores, espontâneos, descobridores, criativos,
participativos, competitivos, desejosos por aprender e que geralmente, são muito falantes.
Em contra partida, no Estilo Reflexivo encontramos pessoas ponderadas, receptivas, analíticas, persistentes, observadoras, detalhistas,
prudentes e que gostam de estudar o comportamento humano.
No Estilo Teórico as características predominantes são de pessoas mais metódicas, que buscam a lógica no que fazem, objetivas, críticas,
sistemáticas, planejadoras, disciplinadas, curiosas, que gostam de saber os “por quês”, que buscam modelos e teorias em tudo o que
conhecem.
O quarto estilo de aprendizagem é denominado Pragmático por se referir aos alunos cujas características mais expressivas são a
praticidade, a eficácia, a utilidade, a segurança em si, além de serem diretos e objetivos nas coisas que fazem. Gostam de experimentar
técnicas novas e atuais.
Os Estilos de Aprendizagem podem ser identificados a partir de instrumentos específicos, como o instrumento utilizado por Catalina
Alonso, em 1994, na Espanha, chamado C.H.A.E.A. (Cuestionario Honey-Alonso de Estilos de Aprendizagem) e Evelise Portilho, em 2003,
no Brasil - Q.H.A.E.A. (Questionário Honey-Alonso de Estilos de Aprendizagem).

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18/3/2010 Ser Professor Universitário / COMO O…

Como os alunos aprendem melhor a partir de seus diferentes estilos de aprendizagem?


Os que apresentam preferência pelo Estilo Ativo gostam de aprender coisas novas, ter novas experiências e oportunidades, competir em
equipes, resolver problemas, representar papéis, viver situações de conflito e de risco, dirigir debates, reuniões, realizar tarefas, e não
somente ficar sentados, ouvindo por uma hora em seguida.
Os alunos que têm preferência pelo Estilo Reflexivo aprendem melhor observando, refletindo sobre as atividades antes de agir, trocando
opiniões com outras pessoas previamente, e chegando às decisões no seu ritmo próprio. Também quando revisam o aprendido ou
acontecido, investigam uma questão detalhadamente, reúnem informações e realizam informes cuidadosamente ponderados.
Os alunos com preferência pelo Estilo Teórico aprendem melhor se forem convidados a questionar, a pôr em prova métodos que sejam a
base de algo, a participar de situações complexas e estruturadas que tenham uma finalidade clara, a inserir todos os dados apresentados
em um sistema, modelo, conceito ou teoria, a ensinar pessoas exigentes que fazem perguntas interessantes.
E os alunos que apresentam preferência pelo Estilo Pragmático aprendem melhor quando descobrem técnicas imediatamente aplicáveis
em seu dia- a- dia, que tenham vantagens práticas evidentes, vendo a demonstração de um assunto por alguém que tem uma história
reconhecida. Igualmente quando assistem a filmes que mostram como se fazem as coisas, ou quando se concentram em questões práticas
que comprovem a validade imediata, ou, finalmente, ao viverem uma simulação de problemas reais.

Condição de hoj e: conhecer para mudar

Como na citação que segue, percebo o professor, de maneira geral, elaborando e ministrando suas aulas, muito mais voltado ao seu estilo
de aprender do que aos estilos de aprendizagem de seus alunos. Uma prática que pode ser explicada até mesmo pelo estilo de ensinar
predominante na época em que este professor era “apenas” aprendente.

Ao olharmos àa nossa volta, deparamo-nos com um paradoxo presente no contexto educacional. Ao mesmo tempo em que a maioria dos
educadores concorda que o modelo tradicional de aprendizagem-ensino é inadequado para os novos tempos, ao entrarem em suas salas
de aulas e fecharem suas portas, acabam traduzindo o modelo negado em ações que substanciam a sua prática. Nos discursos ouvidos e
em estudos realizados, manifestam-se contra as práticas fundamentadas no modelo tradicional, no entanto, apesar da difusão dos novos
paradigmas, das novas tendências educacionais, os professores ainda não sabem agir diferente (Parolin e Portilho, 2003).

Sinto como necessidade “básica” do professor, em especial do professor universitário, enfocado nesse artigo, conhecer os estilos de
aprendizagem de seus alunos, observando e valorizando as diferenças existentes e complementares, para que possa diferenciar seu estilo
de ensinar.
Acredito que o estudo sobre Estilos de Aprendizagem seja hoje, uma das possibilidades para auxiliar o professor que apresenta o desejo de
mudar sua prática e transformá-la em uma ação mais comprometida com a qualidade e eficácia da Educação.
Fica aqui o convite para que os professores, antes mesmo de conhecerem os estilos de aprendizagem de seus alunos, tomem consciência e
controle de seus próprios estilos de aprendizagem. Dessa maneira, construirão estilos de ensinar mais adequados ao contexto em que estão
inseridos e à realidade de seus alunos.

Referências Bibliográficas

1. ALONSO, C.M.; GALLEGO, D.J.; HONEY, P. Estilos de Aprendizaje. Que són. Como se diagnostican. Bilbao: Mensajero, 1994.

2. MONEREO FONT, C. Estrategias de Aprendizaje. Madrid: Visor, 2000.

3. PAROLIN, I.; PORTILHO, E. Conhecer-se para Conhecer. IN: Um portal para a Inserção Social. Org: AMARAL, S. et. al. São Paulo:
Vozes, 2003.

4. PORTILHO, E. Aprendizaje Universitário: um enfoque metacognitivo. Madrid: Universidad Complutense de Madrid. Tese de Doutorado,
2003.

5. POZO MUNICIO, I. Aprendices y Maestros. La nueva cultura del aprendizaje. Madrid: Alianza, 2000.

6. PRIETO SÁNCHES, M.D.; PÉREZ SÁNCHEZ, L. Programas para la Mejora de la Inteligencia. Teoría, Aplicación y Evaluación. Madrid:
Síntesis, 1993.

* Ev elise Maria Labatut Portilho


Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia, Educação Especial e Grupos Operativos, Mestre e Doutora em Educação, Professora-
Adjunta da Área de Educação da PUC-PR, Coordenadora do Curso de Especialização em Psicopedagogia da PUC-PR,.

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