Sunteți pe pagina 1din 5

Base Bíblica para a vida cristã – www.base-biblica.blogspot.

com

Estudo bíblico sobre o dom de Línguas


Introdução
O dom de línguas tratado no Novo Testamento (NT) da Bíblia traz uma discussão entre a
interpretação que considera que se trata de línguas angelicais e a interpretação que considera que se
trata de outros idiomas humanos. A seguir apresentamos um breve estudo no qual se analisam todos
os textos do NT que tratam a respeito deste assunto. Neste estudo tenta-se entender se é possível
que sejam línguas puramente humanas ao invés de angelicais. Para isto, foram estudados os únicos
dois livros da Bíblia que abordam este assunto: Atos dos Apóstolos e 1 Coríntios. O estudo analisa
cada versículo que trate sobre o assunto. Portanto, sugerimos aos leitores acompanharem com suas
Bíblias estudando detalhadamente o contexto de cada texto que fale sobre este assunto.

1) Os dons de língua em Atos dos Apóstolos


At.2.4: No dia de Pentecostes passaram a falar em “outras” línguas, segundo o Espírito Santo os
atribuía.  Eram línguas diferentes às naturais que os discípulos falavam e foi uma capacitação do
Espírito Santo e independentemente vontade própria de cada um deles.

At.2.5-13: As pessoas que estavam no templo começaram a ouvir aos apóstolos falarem e se
aproximaram a eles. Essas pessoas eram de diferentes nações, e cada um os escutava falar “na sua
própria língua”.  Aqui se observa que os dons de línguas tiveram um propósito específico que foi
anunciar aos não-judeus as grandezas de Deus (verso 11). Isto foi notório, porque quem estava
falando em línguas estrangeiras eram os apóstolos, a maioria deles da Galiléia, pessoas sem
instrução que apenas falavam o aramaico e/ou hebraico. Com isto estava se cumprindo o inicio da
Igreja, que era tanto para judeus quanto para gentios.

At.10.44-48: Cornélio e todos seus íntimos, todos eles gentios, recebem o Espírito Santo e começam
a falar em línguas. No verso 46 diz que Pedro e os judeus que com ele estavam os ouviam “falando
em línguas e engrandecendo a Deus”.  Alguns questionamentos: Como eles sabiam que estavam
engrandecendo a Deus? Será que as línguas que eles estavam falando eram entendíveis, eram outros
idiomas entendíveis? Como, por exemplo, os gentios falando hebraico? ou será que eram línguas
que não se entendiam mas que eles podiam entender pelo dom da interpretação? Também poderiam
entender que o nome do Senhor estava sendo engrandecido pela expressão de adoração que estavam
fazendo.

At.19.1-7: Doze homens em Éfeso receberam o Espírito Santo e começaram a falar em línguas e a
profetizar  aqui o ato de profetizar vem acompanhado de falar em línguas. Profetizar pode ser
entendido em dois sentidos, os dois aspectos que tinham os profetas no AT: falar sobre coisas
futuras e chamar ao arrependimento, é dizer, pregar o evangelho, as duas coisas através da
inspiração de Deus. Neste segundo caso, o dom de língua seria muito mais importante ainda para
pregar o arrependimento aos povos da região. É importante entender também que se forem
realmente dons de línguas estrangeiras, o propósito seria muito importante para o crescimento do
Base Bíblica para a vida cristã – www.base-biblica.blogspot.com

Evangelho, pois Éfeso era a capital da província romana de Ásia, com quase meio milhão de
pessoas e com um porto de muito tráfego e uma importante via de comunicação com o interior da
Ásia Menor (notas da Biblia de Estudo Almeida, SBU). Isto a tornava uma cidade cultural onde
falar em várias línguas seria chave para a propagação do evangelho.

2) Os dons de línguas tratados na primeira carta de Paulo aos Coríntios


Aqui é onde aparece com mais ênfase o dom de falar em línguas, sendo esta carta uma das mais
usadas para justificar este dom nas igrejas pentecostais.

Para entender a interpretação dos dons de língua como línguas estrangeiras e não como línguas não
entendidas pelo ser humano, primeiro devemos entender o contexto de Corinto. Corinto era a capital
da província romana de Acaia. Era uma cidade numa península privilegiada que lhe permitia ter
dois portos importantes freqüentados pelos barcos que recorriam a Ásia. Era uma cidade
cosmopolita e de muita riqueza cultural, o que influenciava fortemente à esta igreja a qual Paulo
exorta (notas da Bíblia de Estudo Almeida, SBU). Neste contexto, uma cidade cosmopolita era um
centro de vários idiomas e os dons de línguas poderiam ser muito proveitosos nesta igreja.

• Análise de 1.Coríntios capítulo 12:

Os corintos estavam enfatizando demais a importância de falar em línguas e estavam achando que
se as pessoas não falavam em línguas não possuíam o Espírito Santo. Por este motivo Paulo dedica
os cap.12 a 14 a este tema. Já no cap.12.3-4 Paulo destaca que mesmo que uma pessoa não fale em
línguas, o próprio fato dela crer e confessar que tem fé no Senhor Jesus é obra da presença do
Espírito Santo na sua vida e que essa pessoa pode receber outro dom que não seja o das línguas.
Vejamos o que Paulo destaca nos seguintes versos destes capítulos que tratam o tema:

1.Co.12.7: Qualquer dom do Espírito Santo tem um propósito de proveito. Isto quer dizer que os
dons do Espírito Santo são úteis para a obra do Senhor. Aqui Paulo já está trazendo um aspecto que
depois ele vai ressaltar: os dons de língua têm uma finalidade de edificação da igreja e não do
indivíduo. Se as línguas são interpretadas como línguas estrangeiras, estas teriam com certeza um
propósito de edificação na igreja dos corintos.

1.Co.12.10: Ver que aqui diz: variedade de línguas. Isto quer dizer vários tipos de línguas, vários
idiomas. Será que os anjos falam mais de um idioma? Mais adiante chegaremos ao aspecto das
línguas angelicais que Paulo menciona. Mas neste verso seria mais claro entender que está falando
de vários idiomas para os quais também existiam intérpretes (1.Co.11.10b).

1.Co.12.11: Esta distribuição dos dons era dada pelo Espírito Santo independentemente, conforme a
Sua vontade.

1.Co.12.28-31: Os corintos achavam que falar várias línguas era algo nobre e de destaque na igreja
e que todos tinham que ter este dom. Porém, Paulo aqui destaca como o último dos dons o falar em
várias línguas. Ele destaca que tem coisas muito mais importantes e isto ele seguirá desenvolvendo
Base Bíblica para a vida cristã – www.base-biblica.blogspot.com

mais adiante, especialmente onde coloca o amor do Espírito como o mais importante de todo
(cap.13).

• Análise de 1.Coríntios capítulo 13:

1.Co.13.1: Este é o único verso na Bíblia que menciona a língua dos anjos. Isto deve se entender
como uma hipérbole. O Senhor Jesus usava muitas hipérboles, como por ex. quando diz que nossa
fé poderia mover montanhas. Isto não significa literalmente que moveremos montanhas, mas que a
nossa fé poderia mover grandes coisas. Assim também aqui, Paulo está dizendo: “ainda que eu
falasse todas as línguas criadas, todas as línguas do universo, e não tiver amor, não sou nada”. Paulo
não está querendo ressaltar que há um dom de línguas angelicais, mas que nenhuma língua, nenhum
idioma é mais importante do que o amor.

• Análise de 1.Coríntios capítulo 14:

O capítulo 14 de 1 Corintos merece uma especial atenção. Para entendê-lo é necessário ler todo o
capitulo sem separar os versos e tentar entender a quais conclusões o apóstolo Paulo quer chegar no
final do capítulo.

No verso 2 do cap.14 Paulo diz que quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus,
visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. Este verso poderia ser entendido que
essas línguas no eram entendíveis por nenhum ser humano, é dizer que eram línguas angelicais.
Mas vejam que depois, Paulo enfatiza o contrário, dizendo que essas línguas estranhas devem ser
interpretadas, devem ser entendíveis para que sejam edificantes:

(i) Falar em outra língua que não seja entendida na congregação edifica apenas ao que fala
(1.Co.14.4), contudo, depois Paulo diz que se nem o que ora entende nem para ele seria frutífero
(1.Co.14.13-17);

(ii) Paulo acha importante que eles falem em outras línguas, porém as línguas estranhas são
importantes se há alguém que as interprete na igreja (1.Co.14.5);

(iii) Quando Paulo chegava falando, ele tinha que falar em uma língua na qual as pessoas pudessem
entender a mensagem, pois senão careceria de sentido (1.Co.14.6-9);

(iv) Não há língua que careça de sentido, todas elas têm algum significado (1.Co.14.10-11);

(v) Quem tem dom de língua ele mesmo deve poder entender o que fala e deve orar pedindo isso,
pois senão não seria edificante nem para ele mesmo. Não serve de nada ao crente orar apenas “no
espírito” e sem a mente (1.Co.14.13-15).

(vi) a congregação não poderia nem aceitar a oração de alguém que não pode ser entendido e que
nem sabe o que orou (1.Co.14.16-17)
Base Bíblica para a vida cristã – www.base-biblica.blogspot.com

(vii) Paulo tinha dons de línguas. Se entendermos como línguas estrangeiras isto é evidente, pois
Paulo era judeu, com nacionalidade romana (At.22.22-29) e que pregava aos gentios. Isto significa
que Paulo pelo menos falava os seguintes idiomas: por ser judeu ele tinha que falar aramaico, que
era falado na Judéia e é certo que falava hebraico (At.22.1-2); grego (At.21.37-40); latim (ele foi a
Roma, fez sua defesa em Roma (At.28.11-31), onde o idioma oficial era este). Além disso, estima-
se que Paulo poderia ter falado línguas siríacas que eram faladas em várias regiões onde ele
trabalhou como Corinto, Éfeso e Tessalonica.

(viii) Deus anunciaria o evangelho por homens de outras línguas e de outros povos (1.Co.14.21).
Aqui também dá a idéia de que se tratam de línguas estrangeiras, como diz no verso, línguas de
outros povos.

(ix) Estas línguas são um sinal para os incrédulos. Primeiro porque através das mesmas eles
receberam o Evangelho e, além disso, pelo fato de homens incultos estarem falando outros idiomas
sem terem estudado os mesmos (1.Co.14.22).

(x) na igreja deve haver uma ordem e deve-se falar em línguas com interpretação, para que as
pessoas entendam a mensagem (1.Co.14.23-28, 14.39-40).

Conclusões:
Observa-se que o único verso que fala algo explicitamente sobre línguas angelicais é o de 1Co.
13.1, mas entende-se que Paulo está utilizando uma hipérbole. Além disso, quando se fala da
dificuldade de entender uma língua falada por um irmão, Paulo sempre destaca a importância de um
intérprete, para edificação de todos. Inclusive Paulo destaca que a própria pessoa que fala em
línguas deve entender o que fala para ser edificada. Também se observou que Paulo ressalta que
“todo dom do Espírito Santo tem um propósito para edificação da Igreja”. Portanto, os dons de
língua também devem servir para edificar a Igreja e não apenas para louvar a Deus sem uma
aplicação direta na Igreja, como algumas linhas pentecostais afirmam.

Com o discutido neste breve estudo, pode-se entender que essas línguas eram idiomas de outras
nações que o Senhor dava aos seus para que estes pudessem cumprir o grande comissionamento de
Mt.28.19, quando o Senhor Jesus disse: ide e pregai o Evangelho a todas as nações. Através dos
dons de línguas, a Igreja pôde se espalhar por todas as regiões, começando desde Jerusalém para o
mundo. O Evangelho nasceu no meio judeu e começou a ser pregado por discípulos de Cristo de
origem judaico que precisavam deste dom para se comunicar com os gentios. Mas, uma vez que foi
espalhado o evangelho para todas as nações, este dom já deixou de ter um propósito específico.
Paulo disse em 1.Co.13.8: “O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo
línguas, cessarão; havendo ciência, passará”. As profecias, no sentido de revelação do futuro da
Igreja, foram seladas com a revelação do Apocalipse, pois nesse livro o Senhor revelou o que
aconteceria até os finais dos tempos. Assim sendo, o dom da profecia desapareceu e somente resta o
profeta como homem de Deus que prega ao povo de Deus o arrependimento e a volta aos caminhos
do Senhor. Da mesma maneira o dom de línguas já cessou da maneira que tinha acontecido
Base Bíblica para a vida cristã – www.base-biblica.blogspot.com

naqueles tempos. Contudo, ainda hoje podemos ver que Deus capacita alguns homens piedosos para
transmitir a mensagem a outros povos, em outras línguas, mas não da maneira como na Igreja
primitiva. É claro que a capacidade intelectual de um homem para poder traduzir ou interpretar uma
língua também é um presente de Deus, embora não seja no sentido de dom como o da Igreja
primitiva. Lutero, por exemplo, foi um grande exemplo disto, pois foi um homem com uma incrível
capacidade intelectual e com um grande domínio de várias línguas, o que o permitiu traduzir a
Bíblia à linguagem do povo e, assim, foi possível espalhar as boas novas a todas as classes sociais.
Isto não é diferente a o que acontece hoje com outros dons da Igreja como, por exemplo, o dom de
ensino. Ambos requerem hoje um esforço intelectual de aprendizado, porém é o Espirito que
capacita para concretizar o objetivo de aprendizado. Na Igreja primitiva não havia quem capacitasse
aos novos discípulos e estes experimentaram uma ação sobrenatural do Espírito Santo para poder
ensinar a nova doutrina. Hoje, o Espírito Santo segue capacitando, mas para isso usa também outros
instrumentos. Assim sendo, podemos ver pessoas que detém um grande conhecimento das
Escrituras e uma notável capacidade para ensinar. Geralmente estas pessoas têm estudado e se
capacitado para isto. Contudo, não negamos a ação do Espírito Santo na vida destas pessoas,
reconhecendo que foi Deus, através de diferentes meios, que os capacitou para esta tarefa.

Nota final: Para quem tiver interesse de seguir ampliando sobre este tema, sugerimos a leitura do
livro: “O livro dos dons: dons do Espírito Santo, curas, sinais e milagres” de Meno Kalisher.

Soli Deo Gloria!

Base Bíblica para a vida cristã

S-ar putea să vă placă și