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O documento discute o triunfo do espetáculo na cultura midiática moderna, onde a economia, política e vida cotidiana são influenciadas pela produção e consumo de imagens e eventos culturais. A ascensão da internet permitiu novas formas de divulgação e comercialização de produtos e serviços. Celebridades e marcas são produzidas como "mercadorias" no mundo do espetáculo para vender estilo de vida e status.
Descriere originală:
Trabalho da disciplina de Teorias da Comunicação da PUCRS.
O documento discute o triunfo do espetáculo na cultura midiática moderna, onde a economia, política e vida cotidiana são influenciadas pela produção e consumo de imagens e eventos culturais. A ascensão da internet permitiu novas formas de divulgação e comercialização de produtos e serviços. Celebridades e marcas são produzidas como "mercadorias" no mundo do espetáculo para vender estilo de vida e status.
O documento discute o triunfo do espetáculo na cultura midiática moderna, onde a economia, política e vida cotidiana são influenciadas pela produção e consumo de imagens e eventos culturais. A ascensão da internet permitiu novas formas de divulgação e comercialização de produtos e serviços. Celebridades e marcas são produzidas como "mercadorias" no mundo do espetáculo para vender estilo de vida e status.
Com o avano tecnolgico, surgimento de novos espaos para divulgao e
multiplicao dos espetculos a indstria cultural fortaleceu-se ainda mais. A economia, poltica, sociedade e at mesmo a vida cotidiana tm sofrido impacto pela cultura da mdia e o prprio espetculo. Com o avano da internet ao longo dos anos, tornou-se possvel divulgar, reproduzir e at mesmo vender produtos, servios e mercadorias. O autor Douglas Kellner apresenta a nova cultura do espetculo que surgiu a partir da ascenso tecnolgica, e avano dos meios de comunicao no sculo XXI, o surgimento dos megaespetculos e de espetculos interativos. Os espetculos esto cada vez mais tecnolgicos, sofisticados, trazendo encantamento ao seu pblico e assim aumento o seu poder de venda, consequentemente seu lucro. Nas telas de TV cada vez mais temos contato com o sensacionalismo, escndalos, violncia, terrorismo, fortalecendo conflitos sociais e aumentando o espetculo do terror. O terico francs Guy Deboard citado no texto de Keller, pois foi o criador do conceito que descreve uma sociedade de mdia e de consumo organizada em funo da produo e consumo de imagens, mercadorias e eventos culturais, nos anos 60. Dessa forma para Deboard o espectador, o agente e consumidor de um sistema social relacionado submisso, ao conformismo e ao cultivo de um diferencial vendvel, so correspondentes a um espetculo. Deboard argumenta baseado nesse conceito que espetculos so aqueles fenmenos de cultura da mdia que representam os valores bsicos da sociedade contempornea, determinam o comportamento dos indivduos e dramatizam suas controvrsias e lutas, tanto quanto seus modelos para soluo dos conflitos. Segundo Keller, Deboard apresenta a noo do espetculo de maneira um tanto generalizada e abstrata, porm Keller chama ateno para exemplos especficos do espetculo, bem como eles so produzidos, como funcionam e circulam na atualidade. O consumidor do espetculo acaba tornando-se condenado ao consumo sem vida, como uma alienao da potencialidade humana para a criatividade e imaginao. Hoje a industria do entretenimento como cassinos, TV, cinema, videogames, parques temticos etc, se tornaram os maiores setores da economia nacional dos EUA. Isso destacado por Michel J. Wolf (1999) em que argumenta, que a economia do entretenimento, onde negcios e diverso de fundem fazendo com que est se torne o maior aspecto dos negcios. Dessa maneira, para serem bem sucedidas no mercado as empresas tm que fazer circular suas marcas, investir em publicidade, anncios em espaos de vida cotidiana, em eventos esportivos, em programas de TV, filmes, enfim, onde possam atingir o olhar do seu pblico alvo. E com isso a publicidade, o marketing e as relaes pblicas ganham papis importantes no espetculo das mercadorias no mercado global. Da mesma maneira como as marcas das empresas as celebridades tambm se tornam marcas para vender seus produtos. Elas so produzidas e manipuladas no mundo do
espetculo. Pelos consumidores do espetculo elas so vistas como os deuses da vida
cotidiana. Elas possuem seus assessores, que asseguram que sua imagem continue a ser vista e notada pelo pblico de forma positiva. E exatamente como as marcas das empresas, essas personalidades tornam-se marcas para a venda de seus produtos. Na cultura da mdia, porm, essas celebridades esto sempre sujeitas a escndalos, por isso devem contar com uma equipe de relaes pblicas para cuidar de sua imagem. Mas dentro da cultura do espetculo, muitas vezes aquilo que ruim pode vender, de forma que seguidamente vemos manchetes com escndalos no mundo das celebridades. Segundo Neil Gabler, na era do espetculo a prpria vida est se tornando um filme, e ns estamos criando nossas prprias vidas como se fosse um gnero para o cinema ou televiso, no qual nos tornaramos interpretes ou plateias de um grande espetculo em desenvolvimento. Dessa maneira, de acordo com Gabler, o entretenimento se torna provavelmente a fora mais persuasiva, poderosa, e resistente do nosso tempo. O espetculo da mdia um culto celebridades, com seus padres, cones da moda visual e da personalidade. As celebridades do esporte, por exemplo, tem apresentado frequentemente escndalos criminosos e negcios de risco. Nesta cultura de tabloide do espetculo, as celebridades esto sujeitas s analise pornemorizadas e a publicidade, como consequncia de sua fama e salrios altos. muito tempo o esporte faz parte da cultura do espetculo, com suas celebridades, com grande eventos como as Olimpadas, Super Bowl, e a Copa do mundo. No se trata apenas de uma espcie de po e circo, mas eventos que geram muita receita, com grande pblico participante e altos valores de investimentos publicitrios. Os estdios lotados de pessoas recebendo mensagens de marcas, desde os patrocnios nos uniformes de clubes at anncios em teles atingindo assim milhares de pessoas. Hollywood pode ser considerada um dos grandes palcos do espetculo da mdia e indstria cultural. Ela traz um mundo de glamour, publicidade moda e excessos. Os eventos como Oscar, onde o mundo de vira para o tapete vermelho com celebridade vendendo sua imagem, moda, estilo, comportamento e enfim tudo o que possvel consumir. As gigantescas produes que encantam o pblico com um nmero cada vez maior de efeitos tecnolgicos e enredos fantasiosos que fazem com que o consumidor desta cultura acabe se desligando do mundo real para o mundo dos sonhos. Hoje as estratgias de marketing da cultura do espetculo e industria cultural buscam no somente vender um produto, como por exemplo uma roupa de um estilista famoso, mas sim vender a sensao, o momento. Como vestir um vestido assinado por um estilista renomado? Como frequentar um restaurante aclamado pela mdia? Como a sensao de visitar um teatro para assistir uma pea famosa? Como ir a um cinema equipado com a ltima tecnologia inventada? Como dirigir um modelo especfico de carro que aparece em um filme famoso? A industria cultural no vende apenas produtos ou servios, ela vende sensaes, vende status.
Nessa perspectiva, A cultura da mdia e o Triunfo do Espetculo situa o leitor
sobre a espetacularizao tambm sobre o mundo da moda. percebido em grandes eventos (seja sobre tendncias de roupas e calados ou somente apresentao do que foi produzido em cima desses apontamentos, especialmente desfiles) que os produtos de moda ganham importncia (e consequentemente so desejados, alvo de olhares) no somente em si, ganham importncia por toda a histria que contada ao pblico que o prestigia. O fato de grandes cenrios serem produzidos para a apresentao de produtos de uma determinada marca considera a importncia de se contextualizar as coisas. Podemos dizer que os produtos no acabam em si, portanto, todos tm uma continuidade. A dimenso de estilo e visual que os indivduos consideram para sua colocao na sociedade vai muito alm de saber sobre este assunto. Para o autor, os espetculos da cultura e da mdia ditam as regras no que se refere modos comportamentais e de apresentao. Na arquitetura o autor tambm critica o triunfo do espetculo. Para esclarecer sobre este contexto ele aborda essa questo dentro dos museus. As estruturas tm dado mais importncia esttica do que propriamente s obras de arte. Parece a Douglas Kellner que estes espaos tm evidenciado menos arte e mais publicidade. A msica tambm est no escopo das crticas. Kellner cita a msica popular como aspecto influenciado pelo espetculo uma vez que a televiso se tornou sua principal provedora, nesse sentido, transformando o espetculo no centro da produo e da distribuio musical. Ainda, na msica, tambm se refere aos cantores. Assim como na moda, estes profissionais recorrem muitas vezes a grandes estruturas para apresentar suas canes, composies. A voz ou performance no basta. Nessa esfera, cenrios sofisticados por vezes dizem quem o cantor. O talento se torna concorrente da esttica, do visual. A espetacularizao toma conta tambm da gastronomia. No basta os pratos serem gostosos, com temperos exticos, sabores deliciosos. Neste meio sua apresentao se coloca em primeiro lugar. Nesse sentido, a fome vem depois da necessidade de se apreciar uma boa imagem, uma boa esttica. O autor considera dentro desta crtica a colocao de alimentos em situaes que grande parte das pessoas conhecem e/ou consomem. Uma dessas colocaes o sexo. Coloca-se por vezes a comida como instrumento do prazer. Cenas erticas que fazem o mix entre o prazer e a vontade de comer. Finalizando seu texto, o autor faz distines de sua crtica comparando com as ideias sobre este mesmo assunto, apresentadas por Guy Debord. Douglas levanta situaes vividas e trabalhos j apresentados, que, digamos, o legitimaram no assunto. Tambm, faz algumas ponderaes acerca das novas configuraes que a cultura do espetculo vem ganhando, consequentemente, os novos desafios que acompanham essa cultura global.