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2007
de atividades
Expediente
Instituto da Infância
Sumário
Relatório de Atividades 2007
Março 2008
D iretora-P residente
Cybele Giorgi
D iretores 4 > 5 quem
Marly Batista
José Felício Castellano
somos
David Vieira
Conselho Fiscal
Erica Bechara
Patrícia Carnevalli Rinaldi
6 > 7 parques
S uperintendente E xecutiva infantis
Luzia Torres Gerosa Laffite
8 > 11 transição
Redação e Edição: escolar
Marta Campos de Quadros
MTb 5111/RS
Design Gráfico:
Auracebio Pereira 12 > 13 paz
Diagramação: juvenil
PrintMaker
print24h@gmail.com
14 > 17 gestão do
conhecimento
de atividades
qüência abordar as ações do Programa Gestão do
Conhecimento e a Avaliação Review do PIRn.
quem somos
Desde 1999 , o Instituto da Infância busca con- novas políticas públicas na área da infância.
tribuir com o desenho de tecnologias sociais inova- As ações do IFAN – instituição de Pesquisa-Ação
doras e fomentar novas políticas públicas municipais sobre a infância – se fundamentam nos paradigmas
voltadas à infância, através da Gestão do Conheci- da Análise e Interpretação da criança com base na
mento. O IFAN é uma associação sem fins lucrativos, Sociologia da Infância e teorias afins, ECD (Early
cuja missão é produzir e disseminar conhecimentos Childhood Development) e Ecologia do Desenvolvi-
inovadores sobre a Infância no Nordeste do Brasil. mento Humano.
Atua em cinco estados da Região Nor-
deste do Brasil: Maranhão, Piauí, Ceará,
Rio Grande do Norte e Paraíba; e esta-
belece como visão tornar-se um centro
de informações em temas da Infância no
Nordeste do Brasil.
Entendendo tecnologias sociais
como todo produto, método, processo
ou técnica, criado com o propósito de
melhorar a qualidade da vida da criança,
e que atenda aos quesitos de fácil apli-
cabilidade, baixo custo e impacto social
comprovado, o IFAN procura garantir
a sustentabilidade das mesmas dissemi-
nando produtos obtidos com distintos
atores municipais, para a formulação de
Ifan: inovação
a infância com o foco na sus
4
ncia no Nordeste do Brasil.
ão para
stentabilidade
relatório
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parques infantis
Construindo
outra lógica cultural
6
ação para a comunidade.
Trilha de parques:
aprendizado não esperado
Jurema dos Vieiras, Sereno, Ideal e Sus-
to são comunidades por onde passa a trilha de par-
ques – para o IFAN um caminho em construção pela
cultura infantil na zona rural; um empreendimento
trabalhado como possibilidade de transformação do
Programa Parques Infantis em política pública voltada
à infância rural.
A partir do desenvolvimento do Programa Infân-
cia Rural do Nordeste em 2006 e 2007, foi possível
perceber uma peculiaridade ligada às características
geográficas e ambientais do Maciço do Baturité: os
municípios serranos têm menos condições de absor-
ver um parque infantil, nos moldes trabalhados pelo
IFAN, do que os sertanejos. A implementação do
parque infantil em Mulungu gerou efeito irradiador
de demanda esperado junto aos vizinhos, porém em
Aratuba e Pacoti, o PIRN não pode atuar através de
parques, mas de alternativas de projetos enfocando
Através do PPI, o IFAN tem constatado que os a transição escolar, a metodologia lúdica e a partici-
parques infantis são pontos de referência de lazer pação infantil.
para as comunidades, propiciadores da aprendiza- Contudo, o semi-árido se mostrou adequado à
gem e participação infantil. Estes ambientes lúdicos construção dos parques. Tomando o parquinho de
têm se constituído como efetiva possibilidade para Jurema dos Vieiras como ponto de irradiação foi
a promoção da transição escolar bem sucedida da possível identificar e refletir sobre como ocorreram
criança pequena. as demandas comunitárias pelos parques. Os resulta-
dos obtidos pelo PPI nesta comunidade têm causado
significativo impacto e têm feito com que outras lo-
calidades pressionem as administrações municipais.
Deste modo, Sereno, Ideal e Susto, em 2007, con-
quistaram o seu parque. Esta dinâmica de irradiação
criou uma espécie de caminho entre os parques in-
fantis: uma trilha de cultura infantil nascida no inte-
rior do semi-árido.
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transição escolar
Tá na Hora do
8
depende da
lia e da escola.
Crianças de 7 a 10 anos
atendidas em 2007
496
Crianças atendidas
do Jogo
280
263
100
56
30
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transição escolar
Inovação
em educação infantil rural
10
cia em Transição Escolar.
busca atender 100% das crianças com idades entre 2 escolar. O monitoramento destas ações feito pelo
e 6 anos e melhorar em 20% o nível de concentração IFAN durante 2007 possibilitará a descrição do perfil
em sala de aula destas crianças. Os atendimentos lú- da criança no âmbito da participação infantil na fase
dicos ocorrem em períodos diários de 120 min, nos de transição escolar.
turnos manhã e tarde, junto a turmas de crianças de Considerando a fase de implementação do Esta-
4-5 anos e de 5-6 anos, consideradas as diferentes ção do Brincar, é possível tecer algumas considera-
características de desenvolvimento. Cada período ções sobre a experiência. As comunidades envolvidas
está organizado com foco em 14 kis de aprendizagem acolheram bem o Projeto e percebem que quando a
não formal e sua distribuição no tempo de aula está criança é trabalhada considerando o lúdico, há um
sendo negociada entre crianças, professores e ADIs. resgate da cultura local o trabalho com o aspecto
Na segunda etapa do Estação do Brincar será ve- cognitivo; os gestores municipais reconhecem a im-
rificada a sua eficácia, através da avaliação das ações portância da presença das metodologias lúdicas na
junto às crianças de 4 anos das comunidades traba- sala de aula; e é perceptível a mudança no comporta-
lhadas, para a disseminação e formulação de novas mento e nas rotinas das crianças. Elas permanecem
estratégias e metodologias de atuação do IFAN, ofe- no ambiente escolar, participam e concluem as ativi-
recendo subsídios ao PIRN na temática da transição dades propostas e desenvolvendo a expressão oral.
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paz juvenil
Auto-estima
para jovens da periferia urbana
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ípio de toda a convivência.
capacitações, estão em processo de organização os etapa, desenvolveu o curso Noções básicas sobre negó-
grupos culturais de dança, música, percussão e rádio cios – com foco na criação de iniciativas empreendedo-
comunicação envolvendo 53 jovens. ras – e realizou 36 sessões de assessoramento técnico
Especificamente para homens jovens foram im- incluindo metodologias de trabalho e operacionalização
plementadas as Oficinas H abordando entre outros do planejamento e atividades da Associação. A rede de
temas os custos da masculinidade tradicional, sob a apoio social, REDESOL, encontra-se em fase de imple-
ótica da transversalidade, a importância da mediação mentação sob a coordenação do IFAN. No período
nas situações de conflito, as relações afetivas e o cui- Agosto/Dezembro de 2007 foram investidas 242 horas
dado com a saúde reprodutiva. em reuniões com representantes de 45 entidades da
No que se refere à implementação da Associação de sociedade civil e órgãos governamentais que executam
Jovens Voluntários da Paz, o Paz Juvenil, nesta terceira ações com foco na juventude, parceiras do Projeto.
Jovens e Crianças Beneficiados pelo Projeto Paz Juvenil por etapa de implementação 2005/2007
Beneficiários Etapas de Implementação Nº de participantes %
Jovens com trajetória em gangues 95 360 112 567 38,24
Jovens em situação de vulnerabilidade social - 329 79 408 27,51
Crianças - 508 - 508 34,25
Total Geral 95 1197 191 1483 100
Fonte: Relatórios de Atividades – IFAN - 2007
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gestão do conhecimento
Linha de bas
gestão estratégica da infor
14
do intervenções.
infantil (Early Child Development) e sua relação com
a participação infantil.
No período de 2006/2007, a Linha de Base do
PIRN foi reconstruída. Buscando produzir indicado-
res gerais para todos os programas e projetos do
IFAN e indicadores específicos voltados para os pro-
gramas do PIRN. Esta segunda versão da Linha de
Base agrega indicadores sobre a pobreza familiar e a
pobreza infantil a partir dos dados de cerca de 1000
famílias e 1600 crianças atendidas diretamente pelo
PIRN, entendendo pobreza e exclusão social como
temas de influência transversal, que não estão ligados
a renda como único fator de privação, pois outros
recursos – econômicos, sociais, físicos, ambientais,
culturais e políticos – estão associados e interferem
diretamente no desenvolvimento dos potenciais e, Os dados consolidados a partir da Linha de Base
conseqüentemente, no grau de pobreza de pessoas, 2007 serão devolvidos à equipe do PIRN e à comu-
famílias e comunidades. nidade em momentos diferentes. Os aspectos mais
Para a construção da segunda versão da Linha relevantes para a continuidade e sustentabilidade do
de Base do PIRN, o IFAN trabalhou uma nova PIRN serão submetidos à discussão com segmentos
formatação do banco de dados e elaborou dois específicos das comunidades dos municípios parcei-
questionários: um referente às famílias das crian- ros, através de grupos focais, para aprofundamento.
ças participantes dos programas e outro referente Na ocasião da devolução dos resultados às comuni-
à caracterização das crianças dos programas; ambos dades, O IFAN promoverá a discussão de alternati-
questionários foram respondidos pelas famílias vas para as questões levantadas.
se:
mação
* Para o IFAN, a infância deve ser compreendida em sua totalidade –
histórica, temporal, relacional – uma categoria social dinâmica, diversa
e permanente. As definições relacionadas à Infância e a infância rural do
nordeste brasileiro são baseadas nas concepções da Sociologia da In-
fância e Desenvolvimento Infantil, conforme o documento matriz Linha
de Base 2007, produzido pelo Instituto da Infância.
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gestão do conhecimento
Co-responsabilidade na construç
O monitoramento em um modelo de denadores locais; registro em fichas de acompanha-
participação infantil torna a equipe de campo con- mento das atividades dos ADIs; reuniões semanais
tribuinte na construção e deliberação das decisões. de planejamento entre coordenação local e ADIs; e
Assim, o IFAN a partir da segunda etapa do PIRN, visitas do técnico operacional ao campo para acom-
em 2007, aprofundou os instrumentos utilizados panhamento de atividades práticas e supervisão do
na operacionalização das atividades do Programa e planejamento e realinhamento de atividades opera-
desenvolveu um plano de monitoramento informa- cionais e financeiras.
tizado que foi implementado no mês de agosto, no A partir da implementação do monitoramento
campo de atuação. on line, o IFAN espera que características como a
O plano de monitoramento on line articula os ele- gestão participativa das informações favoreçam as
mentos de sustentabilidade do PIRN com o cumpri- estratégias de melhoria das propostas de ações e
mento das atividades planejadas, grau de avanço de atividades do Programa; e dinamizem o alcance das
projetos e programas relativamente a seus objetivos metas e dos resultados esperados pelo PIRN em um
e estratégias, e identificação e soluções de dificul- menor tempo possível.
dades apresentadas e realinhamento do Programa.
Também é característica deste monitoramento a im-
pessoalidade do controle de resultados, onde o pa-
pel dos profissionais do PIRN é alimentar o sistema
mensalmente com os dados relativos às atividades
realizadas em campo pertinentes às questões que es-
tejam focadas na criança, na metodologia lúdica e na
participação infantil.
Entre janeiro de 2006 e julho de 2007, a equi-
pe do PIRN monitorou as ações dos integrantes da
equipe de campo através de acompanhamento diário
das atividades lúdicas nas comunidades pelos coor-
Monitorame
on-line: tecnologia para a p
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ução e deliberação das decisões.
Conhecimento e parcerias
para sustentabilidade
A sustentabilidade é para o IFAN um proces-
so que se dá durante todo o desenrolar dos programas
e através da constante negociação entre os parceiros
envolvidos e que contempla três dimensões: político-
social, técnico-operacional e financeira.
Nesta perspectiva, a renovação de convênios com
os municípios de Ocara e Redenção; as novas parce-
rias com o Programa Criança Esperança (Rede Globo/
UNESCO) e Secretaria de Desenvolvimento do Es-
tado do Maranhão; bem como aquelas estabelecidas
com os municípios de Mulungu, Itapiúna, Itapajé, Ara-
coiaba e Acarape; e com o Observatório da Infância,
Fundação Bernard van Leer, Instituto Alcoa e UNICEF
são destacadas como importantes para a sustentabili-
dade do IFAN.
Outro elemento de sustentabilidade relevante são
as capacitações das equipes que trabalham junto ao
IFAN. Em 2007, no âmbito do PIRn, foram realizadas 12
capacitações objetivando a qualificação da equipe cen-
tral, das equipes de campo e professores municipais.
Ressalta-se ainda a realização do Seminário “A Primeira
Infância e o brincar”, abordando e discutindo o Desen-
volvimento Infantil e o brincar na Primeira Infância.
A complexidade da concepção dos programas e
projetos do IFAN como um caminho possível na garan-
tia do desenvolvimento integral da criança tem alcança-
do visibilidade na mídia local e nacional através de re-
ento
portagens veiculadas pela televisão – Jornais Bom Dia
Brasil e do Meio Dia –, sites e jornais – Associação dos
Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará e Curso de
Comunicação Social da UNIFOR. Também no campo
acadêmico o IFAN tem estado presente, compartilhan-
participação do experiências e reafirmando sua missão.
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avaliação review
PIRN avalia
experiências para projetar
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ncia é mais que brincadeira.
o futuro
relatório
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