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PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE GOIÂNIA
4ª VARA CRIMINAL – EXECUÇÃO PENAL
(Gabinete da Corregedoria dos Presídios da Comarca de Goiânia)
Decisão
pela SUSEPE. Quanto àqueles não autorizados ao trabalho externo ou com restrições
e trinta) presos.
descritas.
papel).
I – PRELIMINARES PROCESSUAIS
jurídica do pedido – o que restou cabalmente visualizado, por inferência, pelo viés
discricionariedade para decidir as obras que deve realizar, não podendo haver
ingerência do Poder Judiciário, diz com a própria defesa de fundo do Estado e como
tal será apreciada.
criminal. Seu art. 2º enuncia que o juiz deve elaborar relatório mensal sobre as
conforme o modelo de fiscalização que delineia a própria Lei de Execuções Penais (Lei
nº 7.210/84).
prisional, surgem posições acerca de qual rito e qual regime recursal estaria aquela
mormente diante da hipótese enumerada em seu art. 66, segundo o qual compete ao
esclareço que embora o Estado de Goiás tenha sido intimado na pessoa do Secretário
Excelentíssimo Senhor Governador não ter sido intimado pessoalmente para o ato,
quando o assunto busca restringir o seu âmbito de atuação ou coibir excesso em suas
intimação do governador, pois o único caminho, por ele a ser seguido, é encaminhar os
exigir. Não obstante, consideram-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe
juiz poderá considerá-lo válido se, mesmo que tenha sido realizado de outro modo,
sobretudo sustentada pela inadequação da via eleita pelo Ministério Público, por
função não só jurisdicional, mas também administrativa, nos meandros daquilo que
esposado pelo Estado como forma de repelir a pretensão vertida na inicial é no sentido
do gasto público, tenho que tal não pode servir de amparo à sua inércia, quando norma
humanos.
XXXV), assegura que toda e qualquer lesão ou ameaça de direito será passível de
discricionário da Administração, de forma que até mesmo suas opções possam ser
público.
lei e vigia dos interesses coletivos e públicos, exercer o controle das ações
administrativas, quando desviadas sob o pretexto de sua discricionariedade.
juízos subjetivos do agente competente para certos fatos e que levam essa autoridade a
Gasparini:
verdadeira. O que não se admita em relação a ele é o exame por esse Poder da
vigente.
sua omissão, por certo não haveria margem para ingerência do Poder Judiciário.
única maneira de resguardar o direito das apenadas, cuja violação, já se viu, não pode
deixar de ser submetida ao crivo jurisdicional (CF, art. 5º, inc. XXXV).
p. 277) – grifei.
extrema e deve ser aplicada se não existirem outros meios para solucionarem o
de interdição, pois a maioria dos impasses defluem dessa questão. A unidade prisional
do Semiaberto(novo) foi projetada para abrigar 230 (duzentos e trinta) presos, mas
prisional.
insubsistentes, pois os fatos atestam, por si só, a situação caótica enfrentada por
estampar uma provocação de olhar, sob sua ótica, acerca do assunto que ora se trata.
Por vezes, tem-se assistido, nesta VEP, homens semilibertos, afoitos pela
sobrevivência, que clamam apenas por um espaço que lhes garanta chegarem “vivos” ao
na unidade penal uma equipe de saúde que conte não só com médicos, mas também com
determinado a prestação de assistência médica integral aos que dela necessitam ( com
falando da higiene pessoal, porque isso não me pareceu problema entre os presos. Falo
não têm sequer equipamentos de descarga, o que agrava mais ainda a situação de
detritos (...)”.
se permitir que segregados não possam usufruir de direitos mínimos como a saúde e o
meio-ambiente equilibrado.
água, projetado para atender uma população carcerária bem menor da que atualmente
existe.
extremamente breve.
oito) presos e com previsão de conclusão da obra em 30 (trinta) dias – prazo este já
expirado e não cumprido, não havendo nenhum registro de comunicação nesta VEP
neste sentido.
informações obtida in loco, o término na obra está próximo, ainda para o final deste
pode ser visto somente sob o prisma jurídico, dissociado da realidade social e político-
plena.
arrisco em dizer que já são históricos, tendo apenas se desembocado neste momento.
certo empenho da direção local da unidade para solução das questões ventiladas,
tendo, inclusive, demarcado prazos para conclusão de um novo galpão para o abrigo de
acesso ao presídio .
problema veiculado neste expediente, fato que só é possível com políticas públicas
adequadas de investimento apropriado. Todavia, enquanto isso não ocorrer, não posso
em sanar alguns deles. Com isso, entendo, de um lado, ser coerente e proporcional
em jogo à razoabilidade que o caso exige, e, de outro lado, adotar medidas urgentes
para coibir evidentes excessos de execução, tudo à luz dos paradigmas que a LEP
com trabalho externo por certo prazo e sem restrição de cometimento de falta média
Casa do Albergado.
Os reeducandos do regime semiaberto que exercem trabalho
externo devem ser transferidos, no prazo máximo de 20 (vinte) dias, para a Casa do
exercendo trabalho externo e sem registro de falta média ou grave durante esse
receberem saída de um dia aos domingos, uma vez ao mês, sem prejuízos do gozo da
saída temporária previsa no art. 123 da LEP, desde que obedecidas as condições
senso de disciplina, uma vez que estimulará o cumprimento de regras para o alcance do
benefício – que foi reivindicado quando da inspeção judicial por mim realizada junto a
laborem a pelo menos 04 (quatro) meses neste regime ( com a devida comprovação,
não bastando apenas declaração), não tenham cometido nenhuma falta média ou grave
durante esse período e ostentem boa conduta carcerária, fica assegurado o regime
comparecimentos periódicos .
informal, deverá a Casa do Albergado, por meio de sua equipe própria e a partir de
3º Disposições gerais.
regime semiaberto que exercem trabalho externo para a Casa do Albergado, ficará a
cargo da direção das unidades do regime aberto e semiaberto que deverão elaborar
qualificação dos beneficiários, o que não constituirá óbice para inspeções posteriores
e periódicas.
Policiamento da Capital , para que esta instituição, nas nuanças únicas do Projeto
Albergado ao Juízo das Vara das Execuções Penais, devidamente instruídos, com
melhor controle deste Juízo quanto à redistribuição dos autos à 6ª Vara Criminal
pela Administração Pública, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, sob pena de
fornecer água potável aos reeducandos na quantidade necessária para atender uma
II - Encaminhar a relação das equipes de saúde, acompanhadas dos nomes dos seus
entre outros profissionais, cujo atendimento deverá ser prestado no mínimo em dias
alternados;
que pertine à canalização do esgoto para local seguro e de moda a não afetar as
aquisição de 128 camas e colchões, devendo a sua inauguração ser realizada no prazo
aqui fixado, desde que adrede autorizado pelos órgão do poder público competente.
Fica aqui a observação de que referido pavilhão deverá garantir uma estrutura mínima
de ocupação humana,incluindo-se, entre outros itens, sobretudo boas condições de
guaritas externas de fiscalização que devem ser ocupadas diuturnamente por agentes
as cautelas próprias.
período demarcado para a correção das falhas observadas, serem emitidos relatórios
quinzenais acerca do efetivo da população carcerária, para que este Juízo possa
Goiás para realizar inspeção e juntar laudo acerca das condições físicas da
anexar laudos acerca dos serviços de saúde prestados naquela unidade prisional.
Notifique-se o Parquet.
P.R.I.
Cumpra-se.
Juiz Substituto