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(AUX.CART) "...com hábitos que tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria..."; o
comentário adequado à estrutura desse segmento do texto é:
"necessário";
A banca pede o único comentário correto a respeito do trecho selecionado. Não é uma questão difícil, e
provavelmente você ficará entre duas alternativas. O bom é que ela me permitirá mostrar algo muito
importante para quem vai fazer concurso público.
A letra a está errada, uma vez que a palavra necessários está no plural por ser um adjetivo que concorda
com bens. Os bens é que são necessários. Como a palavra está junto de um verbo (tornam), talvez
pareça a muitos que se trata de um advérbio ou, pelo menos, que possa funcionar como tal. Algumas
palavras têm essa característica, nem todas. O que se deve fazer é tentar aproximar os termos,
verificando assim a concordância que deve existir entre eles: bens necessários. Se, em vez debens,
tivéssemos máquinas, o certo seria "que tornam necessárias muitas máquinas produzidas pela
indústria...", ou seja, máquinas necessárias.
A letra c está errada, pois pela indústria é exatamente o agente da ação verbal. Os bens são produzidos
pela indústria. Na voz ativa: A indústria produz os bens. Pela indústria, no trecho, é o agente da passiva,
com o verbo ser subentendido
A letra d não está correta, pois o pronome adjetivo indefinido muitos só pode referi-se a um
substantivo, no caso, bens: muitos bens.
A letra e também não está correta, pois a forma verbal tornam concorda com o antecedente do
pronome relativo que, a palavra hábitos. Se fosse hábito, como deveríamos dizer? Exatamente isso que
você pensou: torna.
A letra b apresenta um comentário perfeito. Trata-se da função sintática do pronome relativo que.
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Procure aprender bem o que vai ser explicado, pois é um assunto bastante importante.
Para saber a função sintática do pronome relativo que (ou o qual, ou quem), basta substituí-
lo por seu antecedente. Veja abaixo.
Substituindo que por o rapaz, temos: O rapaz gritou. Nesta nova frase, o rapaz atua como sujeito do
verbo gritar. Logo, oque, seu substituto, é o sujeito.
Vale dizer que cada termo tem função sintática em apenas uma oração. O rapaz é o sujeito do
verbo é; que é sujeito degritou. Veja outro exemplo.
Para saber a função sintática do que, coloque em seu lugar o antecedente livro. Teremos: O livro você
leu; na ordem direta: Você leu o livro. Nesta frase, o livro aparece como objeto direto. Portanto, a
palavra que é o objeto direto de leu. Mais um exemplo, abaixo.
Colocando parelho no lugar do que, teremos: Preciso do aparelho. Do aparelho é objeto indireto.
Logo, de que é objeto indireto de preciso.
Vamos fazer um pequeno exercício. As respostas estarão na próxima aula. Dê a função sintática do
pronome relativo que.
Até a próxima.
Renato Aquino.
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Predicativo ou Adjunto Adnominal
Talvez, em seus estudos de análise sintática, você tenha ficado em dúvida quanto à função
sintática do adjetivo. Em determinadas frases, essa dúvida é compreensível.
O sujeito da oração é "O bom menino". Nota-se, então, que o adjetivo bom está dentro do
sujeito. Isso é característica de adjunto adnominal, que sempre pertence a um determinado
termo da oração.
Agora o adjetivo bom está ao lado de um verbo, ou seja, longe do substantivo. Trata-se de
um predicativo do sujeito, pois qualifica o sujeito da oração, que é "O menino".
Na primeira, temos casa linda; na segunda, corredor limpo. Nos dois casos, um
substantivo seguido de um adjetivo. Será a mesma coisa? Com certeza, não. Vejamos as
diferenças.
a) O verbo comprar é transitivo direto. Quem compra compra alguma coisa. Qual é a coisa
comprada? Responde-se: "uma casa linda", que é o objeto direto. A prova disso é que,
substituindo o objeto por um pronome oblíquo átono, temos: "Comprei-a". Assim, o
adjetivo linda pertence ao objeto direto, está dentro dele. É, portanto, um adjunto
adnominal da palavra casa.
b) Se a explicação acima não foi suficiente, tentemos uma outra, bastante interessante.
Desloquemos a palavra linda. Diríamos: "Comprei uma linda casa". Observa-se
que linda continua ligado ao substantivo, imediatamente antes dele. Quando isso ocorre, o
adjetivo é adjunto adnominal.
c) Outro truque que podemos usar é colocar a frase na voz passiva. Teríamos: "Uma linda
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casa foi comprada por mim". Da mesma forma, o adjetivo continua imediatamente antes do
substantivo. É, pois, adjunto adnominal.
Agora vamos fazer o mesmo com a segunda frase. Você perceberá a diferença com
facilidade.
a) O verbo deixar também é transitivo direto. Quem deixa deixa alguma coisa. Qual a coisa
deixada? Responde-se: "o corredor", que é o objeto direto. A palavra limpo está fora do
objeto. A prova disso é a troca por um pronome oblíquo átono: "Deixei-o limpo".
Assim, limpo é predicativo do objeto direto, e não adjunto adnominal.
b) Agora, vamos deslocar o adjetivo limpo. A frase será: "Deixei limpo o corredor". Viu a
diferença? O adjetivo limpo não ficou imediatamente antes do substantivo; entre eles está
o artigo o. Dessa forma, trata-se de um predicativo do objeto.
c) Finalmente, o macete da mudança da voz verbal. Na passiva, temos: "O corredor foi
deixado limpo por mim". Igualmente,limpo ficou afastado do substantivo corredor. É um
predicativo do objeto.
Para treinar, façamos um exercício. Confira a resposta no próximo encontro. Não perca.
Até a próxima.
Renato Aquino.
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Funções do Pronome Relativo QUE
2- PRONOME ADJETIVO:
A)- INTERROGATIVO: Que recado me deste ontem?
B)- EXCLAMATIVO: Que silêncio maravilhoso!
C)- INDEFINIDO: (quanto + variações) Que injúrias lhe dirigiu ele!
6- ADVÉRBIO: A)- DE MODO (“que”= como): Ex: Que assustador era aquele monstro.
B)- DE INTENSIDADE (“que= quanto): Que enganados andam os homens!
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9- INTERJEIÇÃO: Como o substantivo, aqui também ele é acentuado.
Ex: Quê! Vocês se revoltam?
10- PARTÍCULA ITERATIVA: (iterum= outra vez) Vem repetido por ênfase e realce.
Ex: “Ai que saudades que tenho...” - Que felicidade que vocês me trazem!
1- ADITIVA: (Com valor de “e”) : Ex: Bate que bate. - Mexe que mexe.
2. COMPARATIVA: (depois de: mais, menos, melhor, pior, como, maior, menor, etc...)
Ex: “Não há maior erro que não conhecer o homem o seu erro”. (Fr. Heitor Pinto)
3- CAUSAL: (Quando o verbo da frase principal não for imperativo. Veja a explicativa)
Ex: Vou depressa, que preciso chegar cedo.
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Ex: Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa a que Marte tanto ajuda,
Que se espalhe e se cante no Universo
Se tão sublime preço cabe em verso. (Camões)
8- CONDICIONAL: (SE)
Ex: Não fui eu que quebrei o copo, que fosse, que tem você com isso?
Os pronomes relativos têm por função básica unir orações diferentes fazendo com que
as idéias nelas expressas complementem-se, evitando assim repetições
desnecessárias.
Exemplos:
Ou ainda como complemento antecedido pelas preposições a, de, em, com, por, para:
3) A peça estréia hoje. Eu te falei da peça.
A peça de que te falei estréia hoje.