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A Constituição de 1937

Características do novo regime – Apesar da inegável afinidade


entre o novo regime, instituído pelo golpe de 1937, e o regime dos
Estados fascistas europeus, certas características peculiares destes não
apareceram na formação do Estado Novo. O golpe de 1937, segundo
Locardes Sola, "não representou a vitória de um partido organizado (a
participação dos integralistas era adjetiva), nem teve apoio ativo das
massas". Careceu, por outro lado, de força e coerência ideológica. A
instauração do Estado Novo foi - na opinião da mesma autora - "um
golpe de elites político-militares contra elites político-econômicas”.

Nesse sentido, o decreto de 2 de dezembro de 1937, que dissolveu


todos os partidos, é bem elucidativo. Comecemos com as razões do
decreto. Segundo ele, os partidos políticos eram "artificiosas
combinações de caráter jurídico e formal" e tinham "objetivos
meramente eleitorais”. A crítica dirigia-se claramente aos partidos
tradicionais herdados da República Velha - expressões dos interesses
locais e incapazes, portanto, de formar a "nação”. Por isso no decreto se
afirmou que os partidos não correspondiam "aos reais sentimentos do
povo brasileiro", pois "não possuem conteúdo programático nacional”.
Essa última denúncia não era aplicável, no entanto, à AIB e à ANL, pois
ambas haviam superado os partidos até então existentes por trazerem
"conteúdo programático nacional”. Entretanto, contra a AIB e a ANL, as
acusações seriam outras: elas espelhavam ideologias e doutrinas
contrárias aos postulados do novo regime. Assim, uma vez que todos os
partidos eram inadequados, a instauração do novo regime foi a solução
ideal, pois fora fundado em nome da nação para atender às suas
aspirações e necessidades, devendo estar em contato direto com o
povo.

Portanto, o pano de fundo da ideologia do Estado Novo foi o mito


da nação e do povo, duas entidades abstratas que por si sós não
significam absolutamente nada. Na realidade, esse foi o momento em
que, através da ditadura, se procurou suprimir os localismos e viabilizar
um projeto realmente nacional.

Identificando nação e povo, e ambos com o ditador, sem a


distância interposta dos partidos, o Estado Novo tinha a ilusão de que
finalmente o povo governaria a si próprio e a nação se reencontraria. O
ditador era então a encarnação viva do povo e da nação.

A nova Constituição – A Carta Outorgada de 1937 teve como


principal autor Francisco Campos e caracterizou-se pelo predomínio do
poder Executivo, considerado o "órgão supremo do Estado", usurpando
até as prerrogativas do Legislativo. O presidente foi definido como a
"autoridade suprema do Estado, que coordena os órgãos representativos
de grau superior, dirige a política interna e externa, promove ou orienta
a política legislativa de interesse nacional e superintende a
administração do País", conforme o texto constitucional. Passou a ter
completo controle sobre os estados, podendo a qualquer tempo nomear
interventores.

Instituiu-se ainda o estado de emergência, que permitia ao


presidente suspender as imunidades parlamentares, prender, exilar e
invadir domicílios; para completar, instaurou-se novamente a pena de
morte e legalizou-se a censura para os meios de comunicação -- jornais,
rádio e cinema. O mandato presidencial foi dilatado para seis anos.

O poder Legislativo seria composto pelo presidente da República,


pelo Conselho Nacional (que substituiu o Senado) e pelo Parlamento
Nacional (Câmara dos Deputados).

O Parlamento Nacional, com três a dez representantes por estado,


seria eleito por voto indireto (vereadores das Câmaras Municipais e dez
eleitores por voto direto).

O Conselho Nacional seria composto por um representante de


cada estado, eleito pelas Assembléias Estaduais, e por dez membros
nomeados pelo presidente, com mandatos de seis anos.

Sob inspiração do Estado corporativo do regime fascista italiano, a


nova Constituição criou o Conselho da Economia Nacional, composto
pelos representantes da produção - indicados por associações
profissionais e sindicatos reconhecidos por lei -, com representação
paritária de empregados e sob a presidência de um ministro de Estado.
O Conselho da Economia Nacional tinha a função de assessoria técnica,
visando obter a colaboração das classes, a racionalização da economia e
a promoção do desenvolvimento técnico. Tudo isso significava também
que o Estado iria intervir e dirigir a economia nacional.

A Carta Outorgada de 1937 deveria ter sido submetida a um


plebiscito*, como determinava o seu texto, mas o ditador fez por
esquecer esse compromisso.

O DASP – Departamento Administrativo do Serviço Público


(DASP) foi criado em 1938 com a finalidade de dar ao Estado um
aparato burocrático racionalizador da administração pública. Em suma,
tratava-se de modernizar a burocracia.
Segundo Hélio de Alcântara Avellar, o DASP tinha a função de pôr
fim ao "caráter político do recrutamento do funcionalismo, partindo do
imperativo técnico da neutralidade do serviço e do servidor público".

Com o DASP, generalizou-se o sistema de mérito, isto é, o


recrutamento passou a ser feito mediante a avaliação da capacidade,
através de concursos e provas de habilitação.

Site: http://www.culturabrasil.pro.br/estadonovo.htm

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