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Ementário Forense

(Votos que, em matéria criminal, proferiu o Desembargador


Carlos Biasotti, do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo. Veja a íntegra dos votos no Portal do Tribunal de
Justiça: http://www.tj.sp.gov.br).

• Inquérito Policial. Indiciamento


(Art. 6º do Cód. Proc. Penal)

Voto nº 3291

“Habeas Corpus” nº 392.472/5


Art. 172 do Cód. Penal; art. 647 do Cód. Proc. Penal

– Embora não seja o inquérito mais que a fase preparatória da acusação


formal, constitui já mal insigne para o indivíduo, pois o alcança em seu
mais valioso patrimônio: a honra. Todo o indiciamento importa verdadeira
“capitis deminutio”. A decisão, portanto, que põe cobro ao gravame do
indiciamento em inquérito policial – quando escusado (e talvez arbitrário)
– passa por legítima, além de sábia.
– Sob pena de constituir violência contra o “status dignitatis” do indivíduo, o
indiciamento em inquérito policial a lei unicamente permite em face de
prova cabal da existência do crime e de indícios veementes de sua autoria.

Voto nº 3059

Recurso de “Habeas Corpus” nº 1.270.389/8


Art. 150, “caput”, do Cód. Penal; art. 6º do Cód. Proc. Penal

– A favor dos agentes públicos milita a presunção de que, nos atos de seu
ofício, obrem “secundum legem”, e não a seu talante. O indiciamento em
inquérito policial, por isso, não constitui, de regra, manifestação de arbítrio
que se deva conjurar pela via heroica do “habeas corpus”, pois não encerra
ilegalidade.
– Procede com notável circunspecção o Magistrado que, em vista dos
elementos confusos e ambíguos do inquérito policial, determina a sustação
do indiciamento do suspeito: somente a existência de um princípio de
prova da materialidade e da autoria do ilícito penal pode justificá-lo (art. 6º
do Cód. Proc. Penal).

Voto nº 6293

“Habeas Corpus” nº 495.653-3/7-00


Arts. 121, “caput”, e 18, nº I, 2a. parte, do Cód. Penal;
art. 647 do Cód. Proc. Penal

– É entendimento dominante na jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça que, uma vez recebida a denúncia, já não cabe ordenar o
indiciamento formal do acusado, por implicar-lhe desnecessária e
ilegítima violência ao “status dignitatis”, remediável pela concessão de
“habeas corpus” (art. 647 do Cód. Proc. Penal).
–“Em havendo propositura de ação penal, o regresso à fase inquisitorial
para deferido indiciamento de réus, constitui ilegalidade sanável pelo
remédio heroico” (STJ; HC nº 10.340-SP; 6a. T.; rel. Min. Hamilton
Carvalhido).

Voto nº 100

Recurso em Sentido Estrito nº 1.030.809/0


Art. 321, parág. único, do Cód. Penal (advocacia administrativa);
art. 514 do Cód. Proc. Penal

– Nem se argumente, com mais força de peito do que de razão, que não
cabia ao Magistrado “afastar a tipicidade da conduta e a presença do
dolo específico do denunciado quando os indícios de autoria”. “Est
modus in rebus”! Atento o procedimento próprio (dos crimes de
responsabilidade dos funcionários públicos), em que se prescreve defesa
preliminar (art. 514 do Cód. Proc. Penal), se alegada questão de mérito,
será de mister examiná-la com as mais peças informativas da inicial
acusatória.
–“O recebimento da denúncia ou queixa pode estar condicionado a outras
exigências. Nos crimes de responsabilidade de funcionário público,
após a resposta (defesa preliminar) do acusado, a inicial poderá ser
rejeitada se o juiz se convencer que inexiste o delito ou que não foi o
acusado o seu autor, ou por outra causa concluir de imediato pela
improcedência da ação” (Julio Fabbrini Mirabete, Processo Penal,
4a. ed., p. 140).
–“Cabe ao juiz examinar o inquérito, antes de receber a denúncia, a fim de
não submeter o cidadão ao vexame de um processo por fato que não
constitui crime”(Rev. Forense, vol. 177, p. 372).
–“É preciso que haja o fumus boni juris, para que a ação penal tenha
condições de viabilidade. E desse controle não deve o juiz ser afastado,
porque o direito de defesa, que é garantia constitucional, torna
imperativo que se evitem procedimentos temerários e infundados” (José
Frederico Marques, Estudos de Direito Processual Penal, 1a. ed., p.
147).
–“A exigência de prisão provisória, para apelar, não ofende a garantia
constitucional da presunção de inocência”.

Voto nº 128

“Habeas Corpus” nº 298.004/6


Art. 138 e parág. único do Cód. Penal;
art. 647 do Cód. Proc. Penal

– “A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de


todos” (art. 48 do Cód. Proc. Penal).
– Pela regra da indivisibilidade da ação penal, deve o ofendido dar
querela contra todos os caluniadores, pois não tem “o arbítrio de
escolher uns, dispensando outros, quando vinculados todos pela prática
do mesmo delito” (Bento de Faria, Código de Processo Penal, 1960,
vol. I, p. 151).
– A existência de crime em tese é elementar da instauração do inquérito e,
com maioria de razão, da ação penal. Em ela faltando, estará ausente a
justa causa, que é, na frase de J. Canuto Mendes de Almeida, a
“causa legal para o devido processo”.
Voto nº 6845

Recurso de “Habeas Corpus” nº 949.238-3/7-00


Art. 172 do Cód. Penal; art. 5º, nº LVII, da Const. Fed.

– Embora não seja o inquérito mais que a fase preparatória da acusação


formal, constitui já mal insigne para o indivíduo, pois o alcança em seu
mais valioso patrimônio: a honra. Todo o indiciamento importa
verdadeira “capitis deminutio”. A decisão, portanto, que põe cobro ao
gravame do indiciamento em inquérito policial – quando escusado (e
talvez arbitrário) – passa por legítima, além de sábia.
– Sob pena de constituir violência contra o “status dignitatis” do
indivíduo, o indiciamento em inquérito policial a lei unicamente
permite em face de prova cabal da existência do crime e de indícios
veementes de sua autoria.

Voto nº 8988

“Habeas Corpus” nº 1.081.175-3/3-00


Art. 297 do Cód. Penal; art. 647 do Cód. Proc. Penal

– Não se passa de um salto da vida honesta para o crime “Non si passa di


balzo dalla vita onesta al reato” (Malatesta, La Logica delle Prove in
Criminale, 1895, vol. I, p. 235).
– Enquanto não liquidada a autoria, prevalece, em caso como o dos autos,
a velha parêmia latina: “Cui prodest scelus, is fecit”. Aquele a quem o
crime aproveita, esse o praticou.
– “Exame de provas em habeas corpus é cabível desde que simples, não
contraditória e que não deixe alternativa à convicção do julgador”
(STF; HC; rel. Min. Clóvis Ramalhete; DJU 18.9.81, p. 9.157).
– Matéria de alta indagação, como a que entende com o elemento moral
do crime (dolo), é insuscetível de exame em processo de “habeas
corpus”, de rito sumaríssimo; apenas cabe na instância ordinária, com
observância da regra do contraditório. Trancamento de ação penal por
falta de justa causa unicamente se admite quando comprovada, ao
primeiro súbito de vista, a atipicidade do fato imputado ao réu, ou a sua
inocência.
– É entendimento dominante na jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça que, uma vez recebida a denúncia, já não cabe ordenar o
indiciamento formal do acusado, por implicar-lhe desnecessária e
ilegítima violência ao “status dignitatis”, remediável pela concessão de
“habeas corpus” (art. 647 do Cód. Proc. Penal).
– “Em havendo propositura de ação penal, o regresso à fase inquisitorial
para deferido indiciamento de réus, constitui ilegalidade sanável pelo
remédio heroico” (STJ; HC nº 10.340-SP; 6a. T.; rel. Min. Hamilton
Carvalhido).

Voto nº 3778

Recurso em Sentido Estrito nº 1.301.873/5


Art. 172 do Cód. Penal; art. 43, nº III, do Cód. Proc. Penal

– Há casos em que o Magistrado que dá de mão aos ápices da Lei e rejeita


denúncia argui não somente abalizada ciência do Direito, senão ainda alto
grau de sabedoria. É que o Estado, como escreveu o primeiro de nossos
penalistas, “só deve recorrer à pena quando a conservação da ordem
jurídica não se possa obter com outros meios de reação” (Nélson Hungria,
Comentários ao Código Penal, 1978, vol. I, t. I, p. 19).
– Ainda que simples infortúnio, o recebimento da denúncia que não atende
aos cânones processuais representa mal insigne para o indivíduo porque,
atingindo-lhe o “status dignitatis”, é sempre fonte e ocasião de prejuízos
imensos, muita vez irreparáveis.
– Segundo tradicional jurisprudência, cópia sem autenticação não é
documento e, por isso, não pode fazer as vezes de prova em processo-
crime.

Voto nº 10.916

“Habeas Corpus” nº 990.08.057645-3


Art. 180, § 1º, do Cód. Penal; art. 647 do Cód. Proc. Penal

– É entendimento dominante na jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça que, uma vez recebida a denúncia, já não cabe ordenar o
indiciamento formal do acusado, por implicar-lhe desnecessária e
ilegítima violência ao “status dignitatis”, remediável pela concessão de
“habeas corpus” (art. 647 do Cód. Proc. Penal).
– “Em havendo propositura de ação penal, o regresso à fase inquisitorial
para deferido indiciamento de réus, constitui ilegalidade sanável pelo
remédio heroico” (STJ; HC nº 10.340-SP; 6a. T.; rel. Min. Hamilton
Carvalhido).
– Tem-se por prejudicado, pela perda do objeto, o pedido de “habeas
corpus” preventivo impetrado com o intuito de evitar o indiciamento
formal do paciente, se o ato já foi praticado pela Polícia, visto
impossível impedir que se aperfeiçoe o fato consumado.

Voto nº 3826

“Habeas Corpus” nº 408.082/8


Art. 171 do Cód. Penal; art. 647 do Cód. Proc. Penal

– Se o Magistrado defere e, pois, determina a realização de diligências


requeridas pelo Promotor de Justiça em autos de inquérito policial,
assume, “ipso facto”, o caráter de autoridade coatora; pelo que, é do
Tribunal a competência para conhecer e julgar de “habeas corpus”
impetrado para pôr termo a alegado constrangimento.
– Não constitui constrangimento ilegal reparável pela via heroica do “habeas
corpus” o indiciamento de quem é acusado da prática de fato que, em tese,
configura delito. Nesse caso, a apuração de sua responsabilidade passa por
exigência da lei (art. 6º do Cód. Proc. Penal).
– O trancamento do inquérito policial, por implicar profunda quebra da
atividade inerente à Polícia Judiciária e ao Ministério Público, somente se
admite quando salte aos olhos a falta de justa causa para a persecução
penal.

Voto nº 3885

Mandado de Segurança nº 407.880/9


Arts. 6º, nº II, e 240, § 1º, alínea b , do Cód. Proc. Penal

– Procede com acerto e sabedoria o Magistrado que, antes do trânsito em


julgado da sentença final, indefere pedido de restituição de coisas
apreendidas e, de igual passo, lhes proíbe a remoção (com base na
concepção jurídica de que a posse induz a propriedade) e nomeia fiel
depositário (art. 118 do Cód. Proc. Penal).
– Em princípio, não comete ilegalidade nem abuso de poder a autoridade
policial que, ao receber “notitia criminis”, determina a apreensão de
objetos relacionados com o fato, pois se trata de ato de sua discrição,
previsto em lei (art, 6º, nº II, do Cód. Proc. Penal).

Voto nº 3968

Recurso de “Habeas Corpus” nº 1.325.379/7


Art. 168 do Cód. Penal

– O trancamento do inquérito policial, por implicar profunda quebra da


atividade inerente à Polícia Judiciária e ao Ministério Público, somente se
admite quando salte aos olhos a falta de justa causa para a persecução
penal.
– Na esfera do “habeas corpus”, é possível discutir a legitimidade da
“persecutio criminis” para efeito de trancamento da ação penal, desde
que manifesta a ilegalidade do ato ou a ausência de justa causa.

Voto nº 4005

“Habeas Corpus” nº 417.690/0


Arts. 647 e 648, nº I, do Cód. Proc. Penal

– Obrigação primeira do impetrante de “habeas corpus” é instruí-lo


satisfatoriamente; não basta alegar um fato, deve prová-lo. Donde vieram a
afirmar os antigos: nada alegar, ou não provar o alegado, é uma só e a
mesma coisa (“allegare nihil et allegatum non probare paria sunt”).
– O trancamento do inquérito policial, por implicar profunda quebra da
atividade inerente à Polícia Judiciária e ao Ministério Público, somente se
admite quando salte aos olhos a falta de justa causa para a persecução
penal.
Voto nº 12.087

Recurso em Sentido Estrito nº 990.09.065408-2


Art. 168, § 1º, nº III, do Cód. Penal;
art. 43, nº III, do Cód. Proc. Penal

– Superior a toda crítica é a decisão que, por falta de justa causa para a
ação penal – porque indemonstrada, mesmo por indícios, a existência do
fato imputado ao réu –, rejeita a denúncia (art. 43, nº III, do Cód. Proc.
Penal).
–“A inexistência da fumaça do bom direito para a instauração da
persecutio criminis in judicio obriga à rejeição da denúncia” (Damásio
E. de Jesus, Código de Processo Penal Anotado, 22a. ed., p. 63).
–“Para o exercício regular da ação penal pública ou privada,
indispensável o requisito da justa causa, expressa em suporte mínimo
da prova da imputação. O simples relato do fato, sem qualquer
elemento que indique sua provável ocorrência, inviabiliza o
recebimento da queixa-crime ou da denúncia” (Rev. Tribs., vol. 674, p.
341; rel. Min. José Cândido).

Voto nº 12.174

“Habeas Corpus” nº 990.09.149132-2


Art. 155, § 4º, nº II, do Cód. Penal
art. 648, nº I, do Cód. Proc. Penal

– Em linha de princípio, não é o “habeas corpus” meio idôneo para obstar


o curso do inquérito policial nem da ação penal, se o fato imputado ao
réu constituir crime e houver indícios suficientes de sua autoria.
– Ainda na esfera do “habeas corpus”, é admissível a análise de provas
para aferir a procedência da alegação de falta de justa causa para a ação
penal; defeso é apenas seu exame aprofundado e de sobremão, como se
pratica na dilação probatória (art. 648, nº I, do Cód. Proc. Penal).
– Para trancar a ação penal, ou impedir o curso de inquérito policial, sob
o fundamento da ausência de “fumus boni juris”, há mister prova mais
clara que a luz meridiana, a fim de se não subverter a ordem jurídica,
entre cujos postulados se inscreve o da apuração compulsória, pelos
órgãos da Justiça, da responsabilidade criminal do infrator.
– Só é admissível trancamento de ação penal por falta de justa causa,
quando esta se mostre evidente à primeira face.
– “Se o fato atribuído ao paciente constitui violação da lei penal, existe
justa causa para o processo” (Rev. Forense, vol. 172, p. 426).

Voto nº 788

“Habeas Corpus” nº 315.122/1


Art. 47 da Lei das Contravenções Penais

– Desde que perfunctório, não repugna à via heroica do “habeas corpus” o


exame das provas nas quais se esforça a alegação de falta de justa causa
para a ação penal.
– A jurisdição disciplinar a que está sujeito o advogado não exclui a comum,
tampouco esta exaure aquela.
– Não é de arquivar inquérito policial, exceto se não constituir infração
penal o fato nele apurado.

Voto nº 5143

“Habeas Corpus” nº 454.814/1


Art. 183, nº II, e 184, nº I, da Lei nº 9.279/96 (Lei de
Propriedade Industrial); art. 43 do Cód. Proc. Penal

– Atendível se mostra a intervenção do assistente, por ocasião do


julgamento do “habeas corpus”. Conquanto não tratada “ex professo” a
matéria no Regimento Interno do Tribunal, previa-a em seu art. 155 o
anterior estatuto. Ao demais, recebida já a queixa-crime, cujo trancamento
buscam os querelantes mediante o remédio judicial do “habeas corpus”,
seria coartar a acusação impedir que a queixosa interviesse também e,
querendo-o seu patrono, se manifestasse oralmente na sessão de
julgamento.
– Matéria de alta indagação, como a que entende com o elemento moral do
crime (dolo), é insuscetível de exame em processo de “habeas corpus”, de
rito sumaríssimo; apenas tem lugar na instância ordinária, com observância
da regra do contraditório. Trancamento de ação penal por falta de justa
causa unicamente se admite quando comprovada, ao primeiro súbito de
vista, a atipicidade do fato imputado ao réu, ou a sua inocência (art. 648, nº
I, do Cód. Proc. Penal).
– Em caso de “habeas corpus” fundado na alegação de falta de justa causa,
forçoso é proceder ao exame da prova, único processo lógico de apreensão
da verdade. “O que a lei não permite e o que a doutrina desaconselha é a
reabertura de um contraditório de provas, no processo sumaríssimo de
habeas corpus” (Rev. Trim. Jurisp., vol. 40, p. 271).
– Dos ilícitos previstos nos arts. 183 e 184 da Lei nº 9.279/96 (Lei de
Propriedade Industrial) – crimes contra as patentes – não pode ser sujeito
ativo o consumidor, senão aquele que fabrica, exporta ou vende produto,
com violação do privilégio de invenção ou de modelo de utilidade, sem
autorização do titular.
– Toda a ameaça ao “status dignitatis” do indivíduo deve o Juiz, tão logo lhe
venha de molde a ocasião, atalhar com firmeza e vigor, em ordem a não
sancionar, com sua autoridade e prestígio, situação a um tempo ilegal e
injusta; não raro, iníqua.

(Em breve, novas ementas).

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