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TEMPO PASCAL. SEGUNDA SEMANA.

QUINTA-FEIRA

58. FAZER O BEM E RESISTIR AO MAL


– Resistência dos Apóstolos em cumprir ordens injustas. Firmeza na fé.

– Todas as realidades, cada uma na sua ordem, devem ser orientadas para Deus. Unidade
de vida. Exemplaridade.

– Não se pode prescindir da fé à hora de avaliar as realidades terrenas. Resistência ao mal.

I. APESAR DA SEVERA PROIBIÇÃO do Sumo Sacerdote e do Sinédrio de


que não voltassem a pregar e a ensinar em nome de Jesus1, os Apóstolos
pregavam cada vez com mais liberdade e firmeza a doutrina da fé. E eram
muitos os que se convertiam. Então – narra-nos a primeira leitura da Missa –
levaram-nos de novo ao Sinédrio e o Sumo Sacerdote os interrogou dizendo:
Não vos ordenamos expressamente que não ensinásseis nesse nome? Mas
vós enchestes Jerusalém com a vossa doutrina! [...] Pedro e os Apóstolos
replicaram: Importa obedecer antes a Deus do que aos homens2. E
continuaram a anunciar a Boa Nova.

A resistência dos Apóstolos em obedecer às ordens do Sinédrio não era


orgulho nem desconhecimento dos seus deveres sociais para com a
autoridade legítima. Opõem-se porque se pretende impor-lhes uma ordem
injusta, que atenta contra a lei de Deus. Lembram aos seus juízes, com
valentia e simplicidade, que a obediência a Deus é a primeira das obrigações.
Estão convencidos de que “não há perigo para os que temem a Deus, mas
para os que não o temem”3, e que é pior cometer uma injustiça do que ser
vítima dela.

Também nos nossos dias o Senhor pede aos que são seus a fortaleza e a
convicção daqueles primeiros, quando, em alguns ambientes, se respira um
clima de indiferença ou de ataques frontais aos verdadeiros valores humanos
e cristãos. Uma consciência bem formada incitará o cristão a cumprir as leis
como o melhor dos cidadãos, e urgi-lo-á também a tomar posição sempre que
se pretenda promulgar normas contrárias à lei natural. O Estado não é
juridicamente omnipotente; não é a fonte do bem e do mal.

“É obrigação dos católicos presentes nas instituições públicas – ensinam


os bispos espanhóis – exercer uma acção crítica dentro das suas próprias
instituições para que os seus programas e actuações correspondam cada vez
melhor às aspirações e critérios da moral cristã. Em alguns casos, pode até
ser obrigatória a objecção de consciência em face de actuações e decisões
que contrariem directamente alguns preceitos da moral cristã”4.

A protecção efectiva dos bens fundamentais da pessoa, o direito à vida


desde o momento da concepção, a protecção ao casamento e à família, a
igualdade de oportunidades na educação e no trabalho, a liberdade de ensino
e de expressão, a liberdade religiosa, a segurança pública, a contribuição
para a paz mundial etc., fazem parte do bem comum pelo qual os cristãos
devem lutar5.

A passividade em face de assuntos tão importantes seria na realidade uma


lamentável claudicação e uma omissão, por vezes grave, do dever de
contribuir para o bem comum. Seria um desses pecados de omissão dos
quais – além dos que cometemos por pensamentos, palavras e actos –
pedimos perdão todos os dias no começo da Santa Missa. “Muitas realidades
materiais, técnicas, económicas, sociais, políticas, culturais..., abandonadas a
si mesmas, ou em mãos dos que não possuem a luz da nossa fé, convertem-
se em obstáculos formidáveis para a vida sobrenatural: formam como que um
campo fechado e hostil à Igreja. – Tu, por seres cristão – pesquisador, literato,
cientista, político, trabalhador... –, tens o dever de santificar essas realidades.
Lembra-te de que o universo inteiro – assim o escreve o Apóstolo – está
gemendo como que com dores de parto, à espera da libertação dos filhos de
Deus”6.

II. MOVE-SE À NOSSA VOLTA um contínuo fluxo e refluxo de correntes de


opinião, de doutrinas, de ideologias, de teorias muito diferentes sobre o
homem e a vida. E isso não somente através de publicações especializadas,
mas de romances que estão na moda, de revistas gráficas, de programas de
televisão ao alcance de adultos e crianças... E no meio dessa confusão
doutrinal, é necessária uma norma de discernimento, um critério claro, firme e
profundo, que nos permita encarar tudo com a unidade e coerência de uma
visão cristã da vida, que sabe que tudo procede de Deus e se ordena para
Deus.

A fé nos dá critérios estáveis, bem como a firmeza dos Apóstolos para


levá-los à prática. Dá-nos uma visão clara do mundo, do valor das coisas e
das pessoas, dos verdadeiros e falsos bens... Sem Deus e sem o
conhecimento do fim último do homem, o mundo torna-se incompreensível ou
passa a ser visto sob um prisma parcial e deformado. Precisamente “o
aspecto mais sinistramente típico da época moderna consiste na absurda
tentação de construir uma ordem temporal sólida e fecunda sem Deus, único
fundamento em que pode sustentar-se”7.

O cristão não deve prescindir da sua fé em nenhuma circunstância.


“Aconfessionalismo. Neutralidade. Velhos mitos que tentam sempre remoçar.
– Tens-te dado ao trabalho de meditar no absurdo que é deixar de ser católico
ao entrar na Universidade, ou na Associação profissional, ou na sábia
Academia, ou no Parlamento, como quem deixa o chapéu à porta?” 8 Esta
atitude equivale a dizer, tanto na política como nos negócios, no modo de
descansar e distrair-me, quando estou com os amigos ou quando escolho o
colégio para os meus filhos: aqui, nesta situação concreta, Deus não é
chamado para nada; a minha fé cristã não influi nestes assuntos, nada disto
vem de Deus nem se ordena para Deus.

A fé ilumina toda a vida. Tudo se ordena para Deus. É bem verdade que
essa ordenação deve respeitar a natureza própria de cada coisa; não se trata
de converter o mundo numa imensa sacristia, nem os lares em conventos,
nem a economia em beneficência... Mas, sem simplificações ingénuas, a fé
deve informar o pensamento e a acção do cristão porque nunca, seja em que
circunstância for, em momento algum do dia, se deve deixar de ser cristão e,
portanto, de agir e pensar como tal.

Por isso, “os cristãos exercerão as suas respectivas profissões movidos


pelo espírito evangélico. Não é bom cristão quem submete a sua forma de
actuar profissionalmente ao desejo de ganhar dinheiro ou de alcançar poder
como valor supremo e definitivo. Os profissionais cristãos, em qualquer área
da vida, devem ser exemplo de laboriosidade, competência, honestidade,
responsabilidade e generosidade”9.

III. UM CRISTÃO não pode prescindir da luz da fé à hora de avaliar um


programa político ou social, uma obra de arte ou cultural. Não pode restringir-
se à consideração de um só aspecto – económico, político, técnico, artístico...
– para julgar da bondade ou malícia de uma realidade. Se nesse
acontecimento político ou social ou nessa obra não se respeita a devida
ordenação para Deus – manifestada nas exigências da Lei divina –, a sua
avaliação definitiva não pode deixar de ser negativa, seja qual for a avaliação
parcial de outros aspectos dessa realidade.

Não se pode aplaudir determinada política, determinada ordenação social


ou obra cultural, quando se transformam em instrumento do mal. É uma
questão de estrita moralidade e, portanto, de bom senso. Quem louvaria um
insulto à sua própria mãe, simplesmente por estar vazado num verso de
grande perfeição rítmica? Quem difundiria esse verso, louvando as suas
perfeições, mesmo fazendo a ressalva de que eram perfeições apenas
“formais”? É evidente que a perfeição técnica dos meios só contribui para
agravar a maldade de uma coisa desordenada em si, pois de outro modo
passaria despercebida ou teria menos virulência.

Diante de crimes abomináveis, que é como o Concílio Vaticano II qualifica


os abortos, a consciência cristã rectamente formada exige que não se
participe na sua prática, que se desaconselhem vivamente, que se impeçam,
se for possível, e, além disso, que se trabalhe activamente por evitar ou
eliminar essa aberração moral no ordenamento jurídico. Diante desses fatos
gravíssimos e de outros semelhantes que se opõem frontalmente à moral,
ninguém deve pensar que não pode fazer nada. O pouco que cada um pode
fazer, deve fazê-lo: especialmente mediante uma participação responsável na
vida pública. “Mediante o exercício do voto, confiamos a umas instituições
determinadas e a pessoas concretas a gestão dos assuntos públicos. Desta
decisão colectiva dependem aspectos muito importantes da vida social,
familiar e pessoal, não somente na ordem económica e material, mas também
na moral”10.

Está nas mãos de todos, de cada um de nós, se actuarmos com sentido


sobrenatural e senso comum, a tarefa de fazer deste mundo, que Deus nos
deu para habitar, um lugar mais humano e meio de santificação pessoal. Se
nos esforçarmos por cumprir os nossos deveres sociais, quer vivamos numa
grande cidade ou num povoado perdido, quer tenhamos um cargo importante
ou uma ocupação humilde na sociedade, mesmo que pensemos que o nosso
contributo é minúsculo, seremos fiéis ao Senhor, e também o seremos se um
dia o Senhor nos pedir uma actuação mais heróica: Aquele que é fiel no
pouco também será fiel no muito11.

(1) Cfr. Act 4, 18; (2) Act 5, 27-29; (3) São João Crisóstomo, Homilias sobre os Atos dos
Apóstolos, 13; (4) Conferência Episcopal Espanhola, Testigo de Dios vivo, 28-VI-1985, n. 64;
(5) idem, Los católicos en la vida pública, 22-IV-1986, n. 119-121; (6) São Josemaría Escrivá,
Sulco, n. 311; (7) João XXIII, Enc. Mater et Magistra, 15-V-1961, 72; (8) São Josemaría
Escrivá, Caminho, n. 353; (9) Conferência Episcopal Espanhola, Testigo de Dios vivo, n. 63;
(10) idem, Los católicos en la vida pública, n. 118; (11) Lc 16, 10.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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