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Charles Fourier propôs uma cidade utópica organizada em círculos concêntricos com habitações coletivas e um "palácio" no centro para atividades governamentais e de entretenimento, visando harmonia social através da arquitetura e do planejamento urbano. Sua visão influenciou posteriormente o conceito de cidade-jardim de Ebenezer Howard.
Charles Fourier propôs uma cidade utópica organizada em círculos concêntricos com habitações coletivas e um "palácio" no centro para atividades governamentais e de entretenimento, visando harmonia social através da arquitetura e do planejamento urbano. Sua visão influenciou posteriormente o conceito de cidade-jardim de Ebenezer Howard.
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Charles Fourier propôs uma cidade utópica organizada em círculos concêntricos com habitações coletivas e um "palácio" no centro para atividades governamentais e de entretenimento, visando harmonia social através da arquitetura e do planejamento urbano. Sua visão influenciou posteriormente o conceito de cidade-jardim de Ebenezer Howard.
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A idéia de sociedade e urbanismo criada por Charles Fourier é bastante utópica
e se enquadra no pré-urbanismo. A sua cidade prevê uma salubridade impecável e a valorização da paisagem e sua beleza com vista no grau de visão do homem, onde o homem possa ver confortavelmente.
Sua crítica à sociedade da época, assim como a maioria dos pensadores
urbanista, tem origem na organização da cidade medieval, a insalubridade dos locais, a desorganização da cidade, amontoamento de pessoas, e a necessidade clara de uma organização. Ele acreditava que esta fase da sociedade medieval é só uma enfermidade. Realmente uma fase no seu sentido completo, ou seja, passageira. Que assim como viemos de tribos e organizações posteriores, essa desorganização social se encaminharia para certa forma de “harmonismo”, como se fosse um sistema que se integrasse.
Um dos métodos propostos para essa nova organização harmônica seria a
organização da cidade, agora tratada como um falanstério, em círculos concêntricos nos quais o primeiro círculo se encontraria a cidade central, no segundo a parte de serviços e indústrias e na terceira parte, mais afastada do centro da cidade, o subúrbio com casas e fazendas. Há uma preocupação excessiva com a salubridade, prevendo um afastamento gigantesco entre edifícios, casas e entre os próprios círculos concêntricos.
Porém, a um ponto de vista natural, é vantajoso, pois prevê esse afastamento
para uma ventilação melhor. E nesses mesmos afastamentos há a possibilidade de uso da natureza, que é muito valorizada por Fourier nesse planejamento de cidade. Ainda sobre um aspecto orgânico, apesar de propor círculos concêntricos, há também a proposição de um aspecto mais sinuoso, de acordo com as curvas de nível, para as ruas de ligação entre os círculos e também dentro dos círculos. Isto também para fugir à organização em “tabuleiro de xadrez”.
Por acreditar no ideal socialista, propõe esse falanstério com habitações
coletivas. Pois, como já citado os distanciamentos obrigatórios entre as instalações, tornariam o custo de habitação caro. Assim sendo, houve a proposição de instalações comunitárias de no máximo 5 famílias.
Ainda sob um aspecto socialista, ele propôs uma espécie de falange, ou
palácio, que se encontraria no circulo central do falanstério e que abrigaria a maioria das atividades coletivas da cidade. Como se houvesse um movimento obrigatório da cidade para o centro além do setor de serviços, ele propõe esse palácio a fim de abrigar principalmente o setor de governo, ensino e entretenimento da cidade, a fim de buscar uma possível interação entre a população e esses setores. Por fim, a cidade proposta por Fourier foi muito lembrada na proposta de Ebenezer Howard e sua cidade jardim. Quanto na valorização do verde, organização em círculos concêntricos, valores agregados a esses círculos e sinuosidade em acordo com o relevo do local, entre outras. Lembrando que os dois eram socialistas assim propondo cidades com características semelhantes.
Referência Bibliográfica:
CHOAY, Françoise. O Urbanismo, São Paulo, Ed. Perspectiva, 1992 (1ª edição 1965, páginas: 67-75