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O documento recomenda que (1) médicos forneçam prontuários de pacientes falecidos quando solicitados por cônjuges, sucessores ou parentes de até 4o grau, desde que comprovado o vínculo familiar, (2) informem pacientes sobre objeções à divulgação dos prontuários após a morte, (3) cumpram decisão judicial sob pena de multa.
O documento recomenda que (1) médicos forneçam prontuários de pacientes falecidos quando solicitados por cônjuges, sucessores ou parentes de até 4o grau, desde que comprovado o vínculo familiar, (2) informem pacientes sobre objeções à divulgação dos prontuários após a morte, (3) cumpram decisão judicial sob pena de multa.
O documento recomenda que (1) médicos forneçam prontuários de pacientes falecidos quando solicitados por cônjuges, sucessores ou parentes de até 4o grau, desde que comprovado o vínculo familiar, (2) informem pacientes sobre objeções à divulgação dos prontuários após a morte, (3) cumpram decisão judicial sob pena de multa.
instituies de tratamento mdico, clnico, ambulatorial ou hospitalar no sentido de: a) fornecerem, quando solicitados pelo cnjuge/companheiro sobrevivente do paciente morto, e sucessivamente pelos sucessores legtimos do paciente em linha reta, ou colaterais at o quarto grau, os pronturios mdicos do paciente falecido: desde que documentalmente comprovado o vnculo familiar e observada a ordem de vocao hereditria; b) informarem aos pacientes acerca da necessidade de manifestao expressa da objeo divulgao do seu pronturio mdico aps a sua morte. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuies conferidas pela Lei n 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto n 44.045, de 19 de julho de 1958, alterada pela Lei n 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e pelo Decreto n. 6821, de 14 de abril de 2009, e CONSIDERANDO a tutela antecipada concedida nos autos do processo Ao Civil Pblica n. n 26798-86.2012.4.01.3500, movida pelo MPF, em trmite na 3 Vara Federal da Seo Judiciria do Estado de Gois; CONSIDERANDO que a deciso acima citada est sendo atacada por intermdio do recurso Agravo de Instrumento n 0015632-13.2014.4.01.0000, em trmite no TRF 1 Regio; CONSIDERANDO, finalmente, o decidido pelo plenrio em sesso realizada em 28 de maro de 2014, RECOMENDA-SE: Art. 1 - Que os mdicos e instituies de tratamento mdico, clnico, ambulatorial ou hospitalar: a) forneam, quando solicitados pelo cnjuge/companheiro sobrevivente do paciente morto, e sucessivamente pelos sucessores legtimos do paciente em linha reta, ou colaterais at o quarto grau, os pronturios mdicos do paciente falecido: desde que documentalmente comprovado o vnculo familiar e observada a ordem de vocao hereditria, e b) informem os pacientes acerca da necessidade de manifestao expressa da objeo divulgao do seu pronturio mdico aps a sua morte.. Art. 2 - Esta Recomendao entra em vigor na data de sua publicao. Braslia/DF, 28 de maro de 2014 ROBERTO LUIZ DAVILA Presidente
HENRIQUE BATISTA E SILVA
Secretrio-geral
FUNDAMENTAO DA RECOMENDAO CFM N 3/14
O CFM editou o Parecer Consulta CFM n. 6/2010 e a Nota Tcnica n. 2/2012 do Setor Jurdico. Todavia, tais manifestaes/orientaes esto sendo objeto de discusso judicial, que acarretou a concesso parcial de tutela antecipada nos seguintes moldes, verbis Posto isso, defiro em parte medida antecipatria, para determinar ao Conselho Federal de Medicina que, no prazo de 10 (dez) dias, adote as devidas providncias de orientao aos profissionais mdicos e instituies de tratamento mdico, clnico, ambulatorial ou hospitalar no sentido de: a) fornecerem, quando solicitados pelo cnjuge/companheiro sobrevivente do paciente morto, e sucessivamente pelos sucessores legtimos do paciente em linha reta, ou colaterais at o quarto grau, os pronturios mdicos do paciente falecido: desde quedocumentalmente comprovado o vnculo familiar e observada a ordem de vocao hereditria; b) informarem aos pacientes acerca da necessidade de manifestao expressa da objeo divulgao do seu pronturio mdico aps a sua morte. Fixo em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a multa diria para o caso de descumprimento da presente medida, sem prejuzo das sanes penais e administrativas aplicveis ao presidente da entidade em caso de descumprimento, inclusive no que tange configurao de ato de improbidade administrativa. O Conselho Federal de Medicina defende a ideia de que o sigilo mdico deve ser respeitado e, que o fornecimento dos documentos em questo devem ocorrer da forma preconizada nas manifestaes acima, em observncia ao Cdigo de tica Mdica e Resoluo CFM n. 1605/2000. Todavia, visando dar imediato cumprimento aludida deciso judicial o Conselho Federal de Medicina expedir recomendao para esclarecer os mdicos e as instituies hospitalares acerca dos pontos acima suscitados. O CFM esclarece, ainda, que est buscando a reforma da deciso liminar em questo junto ao egrgio TRF 1 Regio (Agravo de Instrumento n 0015632-13.2014.4.01.0000).