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O ESTADO DE S. PAULO QUINTA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2010

ÍNDIA ESPECIAL. Emergentes querem espaço no cenário mundial

Artigo

Sopa de letrinhas


MOHAN
GURUSWAMY

A
mesa das decisões mun- um símbolo relativo de governo res- Potencial econômico. Mas isto não tos de afinidade cultural, os dois paí- ção. Recentemente, o novo gover-
diais acomoda atualmente ponsável e probidade na vida pública. está acontecendo, e nem deve aconte- ses estão envolvidos numa disputa ter- no japonês de Hatoyama tem mani-
apenas os países membros Cada um destes países é atualmente cer num curto espaço de tempo. En- ritorial. festado o desejo de viver fora do
dos grupos G7 e Otan, que um importante participante da econo- quanto isso, o mundo está mudando. A China é um estado totalitário, au- guarda-chuva americano, procu-
agem de maneira coordenada para mia mundial, e já apresenta PIB supe- Assim, os países que batem nestas por- toritário e de partido único, desprovi- rando a formação de um grupo cria-
fazer avançar os interesses econômi- rior ao de muitos membros do G7. Jun- tas tentam as mais variadas combina- do das estruturas de economias de do a partir de países democráticos
cos e políticos dos países mais abas- tos, eles ultrapassarão o G7 nas próxi- ções. Com base no potencial econômi- mercado, como as leis trabalhistas libe- como Japão, Índia e Austrália.
tadoseeconomicamente desenvolvi- mas décadas. co – e graças a Jim O’Neill, o diretor de rais e as austeras regulamentações am- Mais perto de casa há um grupo
dos do mundo. Estes países têm en- Com o advento das novas potências pesquisas econômicas globais do Gold- bientais presentes nos demais BRICs. chamado BIMSTEC (sigla inglesa
tre si o tecido comum da cultura eu- econômicas e políticas do mundo, a ló- man Sachs que criou a popular sigla Será que estes países teriam se junta- para Cooperação Econômica en-
ropeia ocidental, que os une uns aos gica exigiria a ampliação da mesa das BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China se do se Jim O’Neill não os tivesse enxer- tre Bangladesh, Índia, Mianmar,
outros. decisões mundiais. Mas há um proble- juntaram para criar um fórum batiza- gado como um grupo? Há hoje em dia a Sri Lanka e Tailândia). E assim por
O Japão é a única exceção não-eu- ma inerente aos clubes exclusivos. A do com este mesmo nome. Do ponto criação de uma verdadeira cornucópia diante.
ropeia. Mas, após a Restauração Mei- expansão significa para eles que se tor- de vista fonético, BRIC (tijolo, em in- de sopas de letrinhas. Temos o BASIC Obviamente, o mundo vive um pe-
ji em meados do século 19, o Japão nam menos exclusivos, e com isto vem glês) evoca uma imagem construtiva e – Brasil, África do Sul, Índia e China – ríodo de agitação. Os novos partici-
optou pela ocidentalização e, de- o risco de alguns dos membros origi- soa bem. Por outro lado, a sigla pode- presente nas manchetes em Copenha- pantes do cenário global estão clara-
pois do seu ressurgimento poste- nais se tornarem menos importantes. ria igualmente ter sido CRIB, que em gue como um grupo diferenciado que mente insatisfeitos com a adminis-
rior à 2.ª Guerra Mundial, o país foi Por outro lado, os novos membros per- inglês significa o berço de um bebê, e obrigou os países ocidentais industria- tração do sistema mundial. O que
tratado como “branco honorário”. ceberão que sua participação faz destes na linguagem coloquial se refere aos lizados, incluindo a Rússia, a amenizar precisamos é uma mudança real de
Nada chamou mais a atenção para grupos menos exclusivos. Groucho descartes num jogo de baralho. sua pauta de restrição ao crescimento. poder que reflita as novas realida-
este fato do que esta designação ofi- Marx demonstrou este paradoxo quan- Índia, Brasil e África do Sul, enquanto des econômicas, políticas e milita-
cial atribuída ao país pela África do do disse: “Não tenho interesse em per- ‘Foneticamente, termoBRIC países democráticos, de rápido cresci- res. Mas a multiplicidade de objeti-
Sul da época do apartheid. E os japo- tencer a um clube que aceite como mento e excluídos do rol de membros vos serve apenas para preservar o
neses pareceram aceitar bem este membros pessoas como eu”. Se o G7 (tijolo, em inglês) evoca permanentes do Conselho de Seguran- status quo – num futuro próximo.
status. quiser continuar aser um clube exclusi- imagem construtiva e soa bem’ ça da ONU, estão se juntando, possi- Somente quando Brasil, Rússia, Ín-
A era posterior à Guerra Fria teste- vo e poderoso, a única maneira de fazê- velmente para solicitar a ampliação dia, China, América do Sul, Japão e
munhou a ascensão econômica e po- lo seria relegar alguns dos membros Mas o fato é que estes quatro países deste mesmo conselho. Alemanha fizerem concessões mú-
lítica de uma série de países, sendo atuais, como Itália e Espanha, a algum nada têm em comum para uni-los. O A China, que já está entre os mem- tuas, reunindo-se para determinar
Brasil, China e Índia os principais. tipo de categoria inferior. Da mesma Brasil fica no ocidente, distante dos bros permanentes do CS, opõe-se a como deve ser o sistema mundial
Desde 2000 e o advento de Vladimir forma, se o Conselho de Segurança da demais, sendo um país de renda média qualquer reforma dos membros per- futuro, poderemos esperar o surgi-
Putin, a Rússia obteve impressio- ONU fosse transformado num corpo e industrialização intermediária, dota- manentes do conselho que inclua o Ja- mento de uma nova ordem mun-
nantes avanços econômicos com a verdadeiramente representativo e po- do de vastos recursos naturais e tam- pão. Já existe um grupo chamado RIC, dial.
ajuda do alto preço do petróleo. A deroso, talvez França e Grã-Bretanha bém um território amplo. Como a Rús- formado por Rússia, Índia e China,
nova África do Sul, erguida sobre a acabassem excluídas para dar lugar a sia. Entretanto, a Rússia ainda é uma que enxerga com maus olhos as interfe- ✽
herança industrial do regime apar- países como Brasil e Índia. Nem a Grã- colossal potência militar e nuclear de rências na Ásia Central e a parcialida- O AUTOR É ECONOMISTA INDIANO,
theid – robusto porém desigual e ex- Bretanha e nem a França possuem o alcance global. Mas a principal parte de flagrante dos Estados Unidos no PRESIDENTE DO CENTRE FOR POLICY
ploratório – e as dádivas da nature- alcance econômico da Alemanha, país da Rússia fica na Europa, e o país é Oriente Médio. ALTERNATIVES, DE NOVA DÉLHI, E
za, encontra-se agora na situação de que até este ano era o maior exportador predominantemente ocidentalizado. Na semana passada participei de ESCREVEU CHASING THE DRAGON – WILL
potência econômica ascendente. Di- mundial. O status da Grã-Bretanha en- China e Índia são países asiáticos de uma conferência financiada pelo mi- INDIA CATCH UP WITH CHINA?
ferente da Nigéria, que desperdiçou quantopotência global ésustentado pe- baixa renda e donos de um conjunto nistério alemão das relações exterio- (PERSEGUINDO O DRAGÃO: SERÁ A ÍNDIA
a riqueza proporcionada pelo petró- lo empréstimos de mísseis e submari- de problemas completamente diferen- res, reunindo o GIBSA (Alemanha, CAPAZ DE ALCANÇAR A CHINA?)
leo e foi saqueada por sua cleptocra- nos nucleares por parte dos america- te. Mas são as economias gigantes do Índia, Brasil e África do Sul) para ten-
cia nativa, a África do Sul tem sido nos. futuro. Além de não terem muitos pon- tar incluir a Alemanha nesta equa- TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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