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Estado. No Império Romano, a partir do tempo de Constantino (m. 337) a Igreja foi se
tornando cada vez mais privilegiada. e, finalmente, passou a dominar. Depois disso, começou
a perseguir o paganismo e a HERESIA. O Decreto Gelasiano (papa Gelásio, m. 496)
proclamava a supremacia da Igreja sobre o Estado. Concepções ,dessa natureza, durante a
Idade Média, provocaram muitos conflitos entre papas e príncipes. Idealmente, cria-se que a
cristandade (o mundo cristão) ocidental, fosse governada por Deus através do Santo
Imperador Romano e outros príncipes nos assuntos seculares, e através do PAPADO e da
IGREJA nos assuntos espirituais. Alguns papas e imperadores, entretanto, aspiraram ao
domínio total de ambos os lados da existência humana. "Teocracia" foi a palavra empregada
para descrever as pretensões da Igreja nesse sentido, e "cesaropapismo", para descrever o
controle da Igreja e da teologia exercido por imperadores orientais. A REFORMA iniciou
tipicamente as "igrejas oficiais" no PROTESTANTISMO. Isso significava uma só Igreja,
sustentada pelo Estado, para todos os cidadãos (cf. TOLERÂNCIA). "Erastianismo" é o termo
que se aplica para completar o controle, pelo Estado, da jurisdição da Igreja em tais igrejas.
Na França católica (CATOLICISMO ROMANO), o "galicanismo" sujeitou largamente a
Igreja à monarquia. Em Genebra, o CALVINISMO aproximou-se da teocracia. A partir do
início do século XIX tem-se registrado uma tendência geral para a "desoficialização" ou, pelo
menos, para reduzir os privilégios das igrejas oficiais. Muitos Estados se tornaram
religiosamente neutros. Mas mesmo não-oficializado, o cristianismo atua como fonte de
identidade nacional.
Cristianismo na Índia - Assevera a tradição que o APÓSTOLO Tomé chegou à índia, e ali
sobrevivem diversas igrejas de origem nestoriana do século IV EC (CRISTOLOGIA). São os
católicos malabarenses, os católicos malankarese, os ortodoxos sírios, as igrejas Jacobitas e
Nestorianas (Mellusian) e a Igreja de Mar Thoma. O cristianismo ocidental veio com os
portugueses e, sobretudo, com os jesuítas (MONAQUISMO) São Francisco Xavier (1506-52)
e Roberto de Nobili (1577-1656). De Nobili exerceu influência sobre os indianos de CASTA
elevada, agindo como guru hindu. Embora a Companhia Inglesa das índias Orientais fosse
hostil às MISSÕES, o BA TISTA William Carey (1761-1834) desembarcou em 1793. Em
1813 a influência da Seita Clapham (MOVIMENTO REAVIVALISTA) abriu as portas da
índia para o PROTESTANTISMO, Alexander Duff (1806-78) fundou missões educativas para
as castas mais elevadas e, no fim do século XIX, conquanto todas as religiões fossem
toleradas pelo governo, as missões protestantes americanas e européias eram numerosas.
Ocorriam conversões em massa entre as castas mais pobres. A independência política (1947)
apressou a independência das igrejas locais. O cristianismo na índia, embora mais bem-
sucedido do que no Paquistão, representa apenas 3 por cento da população. A ocidentalização
da índia, contudo, provavelmente ajudou a torná-lo mais influente do que na CHINA. A Igreja
do Sul da índia (1947) incorpora o ANGLICANISMO, o CONGREGACIONALISMO, o
METODISMO e o PRESBITERIANISMO. A Igreja do Norte da índia (1970) também inclui
BATISTAS.
Cristianismo nas Antilhas - A primitiva influência cristã fez-se sentir através da colonização
e das missões espanholas para os escravos. Desde 1760, o METODISMO tem tido
considerável bom êxito; foi seguido, no século XIX, pelos BATISTAS e pelo
ANGLICANISMO. O CATOLICISMO ROMANO mostrou-se ativo sobretudo nas antigas
colônias francesas e espanholas. A hostilidade dos donos de escravos estorvou algumas
missões até depois da emancipação (1833). O MOVIMENTO REAVIVALISTA evangélico
atraiu os índios ocidentais, que também criaram muitas seitas pentecostalistas
(PENTECOSTALISMO) próprias, amiúde transmitidas por imigrantes na Inglaterra desde
1945 (principalmente RASTAFARIANOS; veja também NOVOS MOVIMENTOS
RELIGIOSOS AFRO-AMERICANOS).
Cristianismo primitivo em Éfeso - Ainda que o cristianismo tivesse chegado a Éfeso antes
de PAULO ir morar lá, a ele e aos seus companheiros se deve a completa evangelização da
cidade e das suas adjacências. Mas na tradição cristã de Éfeso o nome de mais destaque é o de
João, "o discípulo do Senhor", que, segundo se afirma, ali se instalou depois de velho e é
comemorado pela basílica em ruínas de São João no morro Ayasoluk (corruptela de "hagios
theólogos", "o teólogo santo").
Cruzadas - Expedições militares européias que tinham por finalidade reconquistar os lugares
santos cristãos na Palestina, em poder do Islã. A primeira Cruzada (1095 EC) capturou
Jerusalém e fundou Estados cristãos, que caíram por volta de 1291 apesar de novas
expedições. Os motivos dos cruzados não eram apenas religiosos; incluíam desejo de terras e
comércio. A quarta Cruzada (1202-4) foi desviada para capturar Constantinopla da IGREJA
ORTODOXA. Outras atacaram hereges (por exemplo, os albigenses - HERESIA MEDIEVAL
CRISTÃ) e não-cristãos na Europa. As Cruzadas também produziram “ordens” militares
(MONAQUISMO), tais como a dos hospitalários (c. Século XI) e a dos templários (fundada
em 1118 EC).