Sunteți pe pagina 1din 32

Renan Saifal

O Golpe do
Carnaval
Os Bastidores da mais ousada tentativa de destruir Reunião

RENAN SAIFAL
O Golpe
do Carnaval

Editora MECD
Copyright © 2004 by Renan Saifal
Editora MECD
Unireunião

_____________________________________________________________________________________

Apoio: Departamento de Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Reunião


DCHS – Unireunião / História
Ministério da Educação Cultura e Desporto
Poder Executivo Imperial – Sacro Império de Reunião

_____________________________________________________________________________________

Editoração gráfica e revisão geral: Francisco de Assis Seixas


_____________________________________________________________________________________
Dedicado a

Fernanda Wanderley

______________________________________________________________________________________
Agradecimentos

Cláudio de Castro
Jorge Driesner
Leonardo Oliveira
Ricardo Cochrane
Paulo Jacob

______________________________________________________________________________________
Abreviaturas, siglas e nomenclatura

A Hora Reuniã – jornal editado por Paulo Jacob na capitania de Conservatória


APQ – Assembléia Popular de Qualícatos, câmara baixa do Legislativo imperial
AreNa – Aliança Reedificadora Nacional, partido de orientação extrema-direita na
época
CHANDON – Cadastro Hebdomadário Actualizado e Notório do Departamento de
Ordem Nacional, principal lista pública de mensagens de Reunião
ECIE – Egrégio Conselho Imperial de Estado, câmara alta do Legislativo imperial
E-Groups – sistema mantenedor das listas de mensagem públicas de Reunião
ENCAFI – Exame Nacional de Conhecimento Analítico e Factual do Império, teste sobre
os conhecimentos dos reuniãos sobre o Império
FIC – Frente Imperial Cristã, partido de orientação centrista, atual Partido Social
Democrata - PSD
Império de O País – micronação que deu origem ao Sacro Império de Reunião, extinta
em 1997
Lord Mayor – autoridade responsável pela administração do Distrito Real de Saint
Denis
Lorde Protetor – chefe de gabinete de SSMI, responsável pela administração do Poder
Moderador
LoSS – League of Secessionist States (Liga dos Estado Secessionistas)
Moderate (Moderado) – modo de manutenção dos usuários de lista onde não se
permite que estes enviem mensagens
PacSo – Pacto Social Oposicionista, atual Pacto Social, partido de orientação
esquerdista
PIGD – Partido Imperial pela Glória da Dinastia, partido de orientação direitista-
conservadora
Quæx – serviço secreto de defesa imperial, ligado ao Poder Moderador
O Cometa – jornal editado pelo imperador Cláudio I, com seu nome real, Cláudio de
Castro
SSMI – Sua Sacra Majestade Imperial, pronome de tratamento com o qual os reuniãos
se dirigem ao Imperador
Sagrada – nome utilizado para se referir à Sagrada Constituição Imperial, a carta
magna reunia
WCC – World Church of Creator (Igreja Mundial do Criador), seita fanática racista
estadunidense
Webmail – forma de envio de mensagens onde se utilizam sítios na Internet para a
leitura, envio e outras funções de e-mail

______________________________________________________________________________________
Prefácio

Nesse momento em que é lembrado o primeiro ano do Dia da Vitória, instituído


para relembrar o célebre 9 de março, dia em que a paz finalmente voltou ao Sacro
Império de Reunião após momentos de tensão e choque entre seus cidadãos, o
sentimento permanece vivo e permanente.
Os ânimos à flor da pele, os desdobramentos internacionais e o testemunho
daqueles que foram seus protagonistas revelam a intensa troca de acusações que
tentamos reconstruir a partir de depoimentos e documentos que o Sacro Império
dispõe, possibilitando a realização de uma pesquisa histórica experimental, mas de
certa valia para aqueles curiosos que tentam compreender a natureza do
micronacionalismo e suas manifestações.
Esse livro trata de momentos, circunstâncias e atitudes. Sabemos que é muito
comum a repentina virada de posições; antigos opositores viram amigos, e da mesma
forma, amigos se tornam rivais, levando o confronto a conseqüências desastrosas.
Mas também o golpe serviu para conciliar muitos daqueles que antes eram rivais,
fortalecendo os elos de união e cooperação para fortalecer a coesão reuniã.
O micronacionalismo convive diariamente com isso. E Reunião, em uma de suas
maiores crises, soube contornar a situação, e muitos dos que eram antigos inimigos
hoje são ativos e leais súditos do imperador Cláudio. Por isso não há nesse livro
espaço nem para heróis, nem para vilões, apenas para a verdade.

Renan Saifal
Saint-Benoit, março de 2001

______________________________________________________________________________________
Introdução

Golpe do Carnaval; ou Golpe dos Hipócritas: a tentativa de secessão das


capitanias de Stráussia e Dábliu (atual Le Port) durante o período festivo de 2000 teve
características determinantes que, apesar da rápida correção dos rumos da poderosa
micronação liderada pelo imperador Cláudio de Castro, impregnou-se definitivamente
em sua cultura e comportamento político.
Atualmente, passado o seu momento mais difícil, Reunião conhece uma
realidade bastante diferente daquela que antecedeu ao golpe, fruto de um novo rumo
tomado pela esquerda, aproveitando o processo de declínio e renovação das correntes
da direita tradicional reuniã, que já havia se iniciado antes daqueles incidentes.
Micronacionalmente, não há uma distinção clara entre golpe e secessão. Como
os cidadãos não são nunca obrigados a permanecerem em um mesmo solo, toda
dissidência se transforma inevitavelmente na saída de cidadãos, tanto para uma
nação nova (como Ludônia, no final de 1998), Hibérnia e Racktidan, micronações
criadas por ex-reuniãos.
O Golpe do Carnaval inovou por se inspirar na separação de duas capitanias do
Império. Se tivesse tido sucesso, o território de Reunião seria reivindicado por duas
unidades micronacionais: o Sacro Império, exigindo a soberania sobre toda a ilha; e as
capitanias dissidentes de Stráussia e Le Port (que talvez viessem a unificar-se),
contestando a reivindicação imperial.
Uma forma de secessão semelhante, porém bem-sucedida, abalou naquela
mesma época a República de Porto Claro (que por sua vez já contestava a soberania
do Reino do Porto Claro, de Pedro Aguiar, sobre o mesmo território) levando ao
surgimento de Campos Bastos (unindo três províncias dissidentes).

Para entender o golpe é preciso delinear seus antecedentes. O isolamento


diplomático de Reunião, a orientação imposta por Azrael ao PacSo e o fortalecimento
da AReNa integralista são aspectos essenciais para compreender os motivos que
levaram à tentativa de secessão.
Quando os cidadãos foram convidados a deixar o país pela denúncia que o
Imperador era secretamente admirador do nazismo a ponto de o Império ter uma
bandeira que é uma verdadeira cópia de um movimento fanático de caráter racista e
violento, projetava-se o colapso da confiança no soberano seguido de uma emigração
em massa. Reunião entraria em decadência, desacreditada e os inimigos de Cláudio
de Castro triunfariam no micronacionalismo lusófono.
Mas não contavam que os cidadãos tinham vontade de participar, eram
sensatos a ponto de uma hora para outra acreditarem que o imperador tinha estreitos
preconceitos ocultos e que Reunião era uma filial de um movimento político alheio ao
micronacionalismo. Por isso, o golpe fracassou. Confiou exageradamente na
ingenuidade e foi por ela tragado. Resultou nas conseqüências previsíveis que uma
ação desse porte provocaria, como alerta a todos os golpes que nela se inspiraram.
Mas não sem luta. Uma capitania que rejeitou ser separada arbitrariamente, um
partido que recusou ser dissolvido por seus líderes, e um imperador que perdeu suas
férias, mas não a sua coroa.

Uma nação na defensiva

Quem conhece hoje o Sacro Império de Reunião não imagina a dura política de
isolamento a que foi condenada no início de 2000 por parte das demais nações
lusófonas, tendo a frente o Reino do Porto Claro e, em seguida a República de Marajó.
A figura central dessa fase é Pedro Aguiar de Abreu. Fundador de Porto Claro e
mais antigo micronacionalista em terras brasileiras, Aguiar tem se destacado por suas
idéias firmes e convictas, apesar de um tanto inconstantes. Em fevereiro de 1998,
após a divisão de sua nação em duas com o mesmo nome, Pedro Aguiar foi convidado
pelo imperador Cláudio I tornar-se seu aliado em Reunião, então uma jovem
micronação nascida da cisão de O País.
Em Reunião, Aguiar foi alçado à condição de premier e foi responsável por uma
série de ações governamentais que deram estrutura ao novo império. Foi o criador das
capitanias, da maior parte dos burgos e de importantes e destacadas instituições
imperiais, ainda hoje mantidas. Foi o fundador do PacSo (então chamado social-
oposionista, de acordo com a concepção aguiarista), criado especificamente para pôr
fim ao regime de partido único liderado pelo PIGD, na época liderado pelo próprio
Cláudio de Castro.
No entanto, o choque de opiniões com novos cidadãos, em particular o ex-
oranger Brandon Forsberg (Fábio Trigo), o levou a ser isolado dentro da própria nação
que o acolhera. Em abril de 1999, finalmente Pedro Aguiar deixou Reunião e voltou ao
Reino do Porto Claro, em inatividade após a queda do governo de Alexandre Louzada.
Pedro Aguiar nunca intitulou-se rei ou imperador. Em sua Porto Claro, indicou-se
primeiro-ministro e tutor perpétuo da nação, em nome de seu irmão menor, o rei-
menino João II, ainda inativo. Sozinho ou com seus aliados, Pedro Aguiar afastou-se
discretamente de Cláudio de Castro, utilizando todas as armas para enfraquecer e
isolar Reunião.
Foi assim quando, em novembro de 2000, após uma desastrosa interferência
causada pelos representantes oficiais de Reunião, Arthur Rodrigues e Quintino Gomes,
na festa de posse da nova presidente de Marajó, Pedro Aguiar iniciou uma ofensiva
diplomática para isolar seu ex-aliado, Cláudio de Castro, aproveitando-se da ojeriza
das micronações contra o incurável 'orgulho reunião'.
A crise entre Marajó e Reunião foi uma das mais longas e graves do
micronacionalismo lusófono. Presidida por Juanita Castañeda, Marajó era uma das
micronações mais promissoras dos últimos anos, com uma cultura e uma tradição
política próprias. Com apoio de Marajó e de Orange (que, sob a liderança de Peter
MacLeod e Thiago Mello, voltava todas as suas forças contra Cláudio de Castro,
indignada com a primeira edição de O Cometa no ano 2000, anunciando a inevitável
extinção daquela micronação), Pedro Aguiar passou a articular a expulsão de Reunião
da LoSS (Liga dos Estados Secessionistas, a entidade máxima do micronacionalismo
mundial).

O isolamento teve auge com o rompimento de relações diplomáticas entre


Reunião e Marajó, anunciado pelo ministro das relações exteriores daquele país, Lúcio
Costa Wright. Até mesmo a pacífica Econia se juntava ao bloco anti-reunião, e
circulavam rumores – infundados – que o Império de Hibérnia, recentemente criado
por Edgard Bikelis, também se voltaria contra Reunião.
Qual a causa de tamanho isolamento? As micronações reclamavam que o
Império roubava seus cidadãos. Freqüentemente, Cláudio de Castro era acusado de
enviar convites a cidadãos que entendia promissores, trazendo-os para altos cargos
em Reunião, o que causava constantes e fortes atritos.
Somava-se a isso o orgulho de ser a maior micronação do planeta, tendo já
registrado mais de 900 cidadãos, e o desprezo de algumas lideranças políticas que
entendiam o nível de debate em outros países como mera futilidade, basicamente o
que qualquer pessoa comum conceitua sobre o próprio micronacionalismo como um
todo.
Tornava-se evidente que o isolamento diplomático de Reunião tornava o campo
propício para aventuras secessionistas. Era necessário apenas acender o pavio.
A coroa em cheque

Além do isolamento externo, Cláudio de Castro convivia com uma oposição de


esquerda geralmente inclinada a conspirações. Concentrados em torno do PacSo, os
esquerdistas já haviam liderado uma cisão em novembro de 1998, emigrando em
massa para o reino de Ludônia, criado por Luiz Saboya, Olympio Neto e outros
pacsistas.
Até agosto do ano 2000, com a posse de Arthur Rodrigues, nunca a esquerda
havia chegado ao governo em Reunião, e mesmo após aquela data, alguns
importantes aliados de Cláudio de Castro, expoentes do PIGD como Brandon Forsberg
(Fábio Trigo) e Leonardo (Léo) Oliveira, cariocas como ele, pareciam inatingíveis em
suas posições. Era um Império que, apesar da realização de eleições livres e dos
avanços da esquerda, parecia manter sua rígida e imutável tradição conservadora.
A oposição, por sua vez, era esquerdista e paulista. Adrian Azrael, presidente do
PacSo, questionava bastante essa situação política, mas era hábil o suficiente para
nunca contrariar o Imperador, ou então sua esposa, Roberta, a polêmica
Desembargadora Imperial.

Apesar disso, a esquerda teve, nas eleições de janeiro de 2000, o seu resultado
mais positivo até então. A aliança PacSo-FIC obteve metade das cadeiras da APQ
(Assembléia Popular de Qualícatos), estando numa situação confortável para eleger o
sucessor da premier Deana Troi (FIC).
No entanto, no dia 30 de janeiro de 2000, ao término do pleito, Reunião foi
surpreendida por uma bombástica, mas nada estranha, declaração do presidente do
PacSo. Na mensagem intitulada "Marmelada das Boas", fiel ao seu estilo, Adrian Azrael
fez fortes críticas ao Imperador, a quem acusava de ajudar a direita ("os amiguinhos
cariocas") e perpetuá-los no poder utilizando meios escusos e impedindo qualquer
mudança efetiva na estrutura de poder do Império.
A mensagem questionava o registro da candidatura de Felipe Santarelli pela
AReNa, segundo o qual, esta tinha sido feita fora do prazo legal e, portanto, uma
concessão imperial, aos seus amigos e aliados da AReNa, Quintino Gomes e o próprio
Santarelli, ambos igualmente cariocas.
Outro alvo da mensagem era o Egrégio Conselho Imperial de Estado (ECIE).
Formado por cidadãos de estreita confiança do Imperador, era acusado de ter em seu
meio conselheiros inativos como Patrícia Trigo, irmã de Brandon Forsberg (presidente
do ECIE), apenas garantir o predomínio do PIGD naquela casa.
A resposta do Imperador foi imediata, porém cordial. Cláudio de Castro reagiu à
idéia que tivesse favorecido a AReNa nas eleições e prometeu exigir assiduidade dos
conselheiros, independente da filiação partidária - tanto que alguns dias depois, a
própria Patrícia Trigo (PIGD) foi exonerada, e em seu lugar indicado um conselheiro do
PacSo.

No entanto, Azrael alguns minutos depois negou categoricamente ser o autor da


"Marmelada das Boas". Dizendo "assustado" e sugerindo que alguém tinha postado
aquela mensagem, via Webmail, utilizando seu nome, Azrael exigiu uma investigação
completa. Para isso, foi convocada a Quæx (serviço de segurança do Império, ligado
ao Exército), com o objetivo de investigar a real autoria da mensagem.
Deixando os pacsistas perplexos e levando a FIC (partido da então premier
Deana Troi, e representado no Conselho por Ricardo Tomasi e Luiz Coelho Filho) a
criticar abertamente seu estilo de ação, Azrael sentiu sua credibilidade decair a
medida que Carlos Fraga, diretor da Quæx, apresentava suas conclusões que tinha
sido ele mesmo, Azrael, o autor da "Marmelada". Acusado de "mentiroso" pelo
presidente do PacSo, Carlos Fraga não recuou de sua posição, mesmo quando a
própria família imperial inclinava a aceitar a inocência de Azrael.
Mas, na condição de Lord Mayor de Saint-Denis, Azrael gozava de imunidade
judicial, e o processo judicial foi levado ao Conselho de Estado para votação da quebra
de imunidade. Antecipando-se a uma eventual derrota no Compton Hall, Azrael
ordenou, como presidente do PacSo, o instrumento da Questão Fechada ('closed
discourse') pela manutenção de sua imunidade (causando atrito com o conselheiro
recém-nomeado, Bruno Carneiro, "contrário a qualquer imunidade"), e instruiu o
principal nome do partido na área jurídica, Marcelo Schuch Pereira, como seu eventual
defensor perante a Justiça.

SAINT-DENIS
ESCRITÓRIO DO LORD MAYOR
Barão Adrian Azrael de Savigny

CAMARADAS !

Vocês assistem a uma das maiores marmeladas DO SÉCULO em


Reunião. É verdade, vocês não tem idéia.

Após o imperador arrumar um meio de colocar o ARENA na disputa


eleitoral de novo, depois da mostra de que eles são uns babacas-arrumadores
de confusão que não conseguem nem enviar a "lista" de candidato(s) no tempo
correto (e isso tirou uma vaga da esquerda, vejam bem...), ele fez a farsa do
PIGD no Conselho.

Aos novatos, já esclareço: NÃO, eu NÃO sou contra o Imperador e nem a


monarquia. Bem, eu não gosto, mas que merda, em Reunião isso funciona !
Agora vcs sabem qual é o problema, o GRANDE problema?

O GRANDIOSO problema é que o Imperador coloca seus amiguinhos


cariocas acima de tudo.

Vou dar 3 exemplos para deixar isso claro:

1) O primeiro é o mais claro. No final do ano passado, eu estava tentando fazer


o Egrégio revisar TODA A SAGRADA. Os conselheiros queriam, e o Brandon
Forsberg, líder do PIGD (na vida real, Fábio Trigo), estava "brigado" com o Impa.
Não falava com ele, e a briga rolou pq ele não falava com a Imperatriz. Vocês
acreditam que ele foi na casa do Imperador em uma festa PARA QUE TODOS
CONHECESSEM A IMPERATRIZ, e não falou com ela? Pois é...

Isso me foi revelado PELO IMPERADOR EM PESSOA NO RJ. Agora, vamos


ao que isso resulta. Como o Fábio (Brandon) tava brigado com o Imperador, ele
apoiou o projeto, fez enquetes e tudo o mais... porém ele voltou "as boas" com
o Imperador pouco antes das votações, e aí o projeto saiu de cena, sabem por
que? POR QUE O IMPERADOR NÃO QUER !

Estão vendo? Estão começando a perceber? Pois vamos continuar a


revelação da manipulação...

Nestes últimos tempos, quando estive voltando de minha inatividade,


voltei a cobrar o Brandon pela votação (que me foi prometida para a próxima
sessão, que ainda não ocorreu...) e ele tá enrolando, dizendo que não houve
projeto nem nada... pois é, camaradas, é assim que as coisas funcionam.
Vamos a mais exemplos.

2) O número de PIGDianos no Egrégio. Quem ainda não notou que a D. Patrícia


Trigo está lá só para votar no que o Brandon mandar? KCT, ela não postou UMA
ÚNICA MENSAGEM ÚTIL ATÉ HOJE ! Só mensagensinhas inúteis para manter o
cargo. Ela nem participa da sociedade, droga ! Como ela pode legislar, então? É
uma vergonha, mas é verdade, meus amigos ! Eu gosto da Patrícia, sou amigo
dela na vida real, mas ela é uma pessoa como o Quentinho, que é excelente na
vida real mas péssima na vida
micronacional... como o Quentinho, ela acha que Reunião é apenas e tão
somente diversão, e tá nem aí pro que rola por aqui... Vamos a mais
embromações...

3) Pequenas embromações agora... quando eu saí de Reunião para ir para


Ludônia, em dezembro de 1998, o Imperador soltou um email por aí dizendo
que eu era um bagunceiro (ou algo assim). Só que ele cometeu o TERRÍVEL
ERRO de datar o email com uma data em que eu NEM ESTAVA EM REUNIÃO!!
Pois é, como ele poderia saber que eu era um baderneiro se nem em Reunião
eu estava?

Tem a embromação do ARENA nas eleições, armada por causa do


amiguinho carioca chamado Quentinho... tem um monte de armações. E tem a
embromação da imunidade do Quentinho, que o Brandon prometeu para a
Estela que garantia metade do Egrégio e depois... votou contra. Pois é !
Fiquem atentos !

Agora, o que podemos fazer relativo a isso?

Oras, o mesmo que a direita suja e porca de Reunião (salvo poucas


excessões, como o Cláudio Rodrigues e mesmo a Patrícia, que apesar de tudo
não é nada disso, e o RCF, e alguns outros...) faz ! PRESSIONAR o Imperador por
mais justiça ! Fazer com que a população APROVE a proposta de que o
Conselho seja igualitário entre os partidos (ou seja, 3 membros do PACSO, 3 da
ARENA, 3 da FIC, 3 do PIGD, por exemplo...).

Amigos, é o momento de agir !

AVANTE CAMARADAS PACSISTAS !

Um abraço, NA LUTA,

Barão Adrian Azrael de Savigny

Aparentemente, esse documento foi escrito pelo próprio Azrael. Seu estilo é
inconfundível, representa bem o claro interesse do PacSo (em entrevista à Hora
Reuniã, de Paulo Jacob, Azrael voltou a lamentar que o partido poderia bem ter
elegido quatro qualícatos, em vez dos três empossados). Apresenta também um
indiscutível conhecimento da realidade política reuniã, em particular a situação dos
conselheiros imperiais, e insiste em frisar sua fidelidade à monarquia - e não há
motivos para se não crer que, até aquela data, tenha agido com integridade perante
ao Imperador.
É muito provável que Azrael tenha escrito aquela mensagem sim à lista interna
do PacSo (pois é dirigindo aos "camaradas" e não ao povo de Reunião), e não para a
lista pública. Pode ser que algum outro membro do partido tenha a reenviado ao
CHANDON (lista aberta de Reunião), mas a se crer pelas próprias conclusões da Quæx
e pelo estilo férreo de domínio dentro do PacSo, é mais certo que Azrael apenas se
enganou e trocou os destinatários.
O PacSo estava bem após as eleições realizadas de 26 a 31 de janeiro de 2000,
e era natural que as exigências de Azrael fossem fortes demais. A aliança governista
de centro-esquerda PacSo-FIC havia conquistado cinco cadeiras da APQ, empatando
com o bloco da direita, formado pela AReNa e PIGD. Nos meses anteriores, havia
convencido a maioria dos qualícatos a sufragarem as sucessivas indicações ao
governo de Arthur Rodrigues (PacSo) e Deana Troi (FIC), e preparava-se para eleger
um terceiro premier. Vale lembrar que, na ocasião, o PacSo detinha o controle da
maior parte das unidades administrativas do Império: eram pacsistas os capitães de
Stráussia (Ricardo Cochrane, então em férias), Dábliu (Olympio Neto) e Conservatória
(Luiz Saboya), além do Lord Mayor de Saint-Denis, o próprio Azrael.
Azrael ressentia-se da possibilidade do PacSo ter elegido mais um qualícato, no
caso Kthulhu Kanter, que ficou como primeiro suplente, e atribuía isso aos votos da
AReNa, que elegeram Santarelli.
O caso Azrael, por isso mesmo, foi postergado. O presidente do PacSo reafirmou
sua fidelidade à monarquia; a AReNa evitou fazer comentários e a própria família
imperial parecia disposta a não levar adiante o processo judicial, preferindo mais uma
confiar em seu competente Lord Protetor - em 3 de fevereiro, a Desembargadora
Imperial declarou-se contrária à abertura de processo.
O PacSo estava mais preocupado com a possibilidade de dissolução de sua
aliança com a FIC, que acabou acontecendo, mas suas conseqüências foram logo
superadas com o lançamento da candidatura de Mairon Rodrigues para premier, com
apoio da FIC.

Sinais de alerta

O micronacionalismo é um ambiente de constantes choques, muitas vezes por


motivos fúteis, e tendem a desaparecer da mesma maneira furtiva como se iniciam.
Avaliar a tranqüilidade de um país pelos seus debates cotidianos é uma maneira de se
esconder da realidade, geralmente expressa por alguns sinais muito esparsos.
Mesmo assim, o mês de fevereiro foi de fato tranqüilo. Indicado pelo PacSo,
Mairon Augusto Rodrigues, ministro do Trabalho dos governos Arthur Rodrigues e
Deana Troi, foi eleito facilmente para o cargo de premier (23 de fevereiro), recebendo
o inesperado apoio de Felipe Santarelli, qualícato da AReNa, e Felipe Chapchap,
qualícato do PIGD que havia comprado uma briga com seu partido por ter votado em
Olympio Neto para a presidência da APQ. Seu competidor na disputa, Wallace Rangel
(PIGD), alcaide de Saint-Benoît, ficou como vice-premier e mais tarde viria a colaborar
com o próprio Mairon, no final de seu governo.
Novos cidadãos que ingressaram no Império nas semanas que antecederam ao
golpe, como Leonardo Carrion, Téo Barros, Ariel Gouveia (Carla Pereira), Renan Levy-
Saifal, Davis Donovic, Dannyel Willplayer (Rafael Roriz), Waldir Recanello, Briel Aitt e
Giancarlo Zeni buscavam adaptar-se ao micronacionalismo lendo avidamente as
edições da Hora Reuniã, de Paulo Jacob, ou o Correio do Inferno, de Luiz Saboya. É
curioso que quase todos se tornaram cidadãos ativos.
Naquele mês, apareceram as inevitáveis desavenças em público, primeiro entre
paulistas e cariocas, querendo saber quem levava o Brasil para frente, e depois a
tentativa de integralistas de mostrar aos seus detratores que Hitler fez o melhor que
pôde pela Alemanha, da mesma forma que Jorg Haider, recém eleito, haveria de fazer
pela Áustria.
Foram essas mensagem pró-nazistas que indignaram o novato Allands Von
Mellech. Recém chegado a Reunião e muito próximo de Azrael, filiou-se ao PacSo e
logo assumiu importantes cargos na diplomacia imperial - até ser demitido por Cláudio
I, por insubordinação. No dia 12 de fevereiro, Allands anunciou sua saída de Reunião,
indignado com o 'lixo nazista', ou seja, Rafael Kleinlein e Quintino Gomes - mais tarde,
Mellech teria importância fundamental como primeiro alerta sobre o golpe que se
articulava.
Mas não era a questão do nazismo que interessava, exceto para aqueles
inimigos de Reunião que a viam como micronação excessivamente conservadora,
meio nazista, meio malufista. Para Leonardo Oliveira, ministro do Interior, o que
preocupava era o comportamento suspeito do capitão de Stráussia, Ricardo Cochrane,
excessivamente ligado aos marajoaras e também a Pedro Aguiar, naquele mesmo mês
declarado inimigo público de Reunião ("algo cheira mal, e vou descobrir").
Cochrane estava mudando Stráussia, e afastando-a rapidamente dos princípios
do social-nacionalismo que a caracterizavam desde sua criação (para horror de Carlos
Fraga e indignação da AReNa). Leo Oliveira propunha uma intervenção imperial na
capitania, e para isso levou uma proposta ao Egrégio, ao final aprovada, mas posta
em prática quando era tarde demais.
Vale lembrar que nenhuma dessas acusações era aberta; os nomes eram
omitidos, e poucos sabiam do que realmente estava acontecendo. O Imperador e a
Imperatriz, nessa época, não tinham acesso às listas capitaniais e, escrevendo para O
Cometa, o procurador Marcelo Schuch Pereira fez questão de afirmar que os
straussianos não deveriam ser responsabilizados em conjunto pelas suspeitas que
recaiam sobre uma certa pessoa, no caso, o próprio capitão.
No dia 15 de fevereiro, novas declarações deram maiores sinais que havia uma
conspiração em curso: em entrevista ao Correio do Inferno, de Luiz Saboya, Alland Von
Mellech alertava sobre uma tentativa de golpe arquitetada por Adrian Azrael contra o
próprio Imperador e visando tornar a micronação uma república. Azrael, é claro,
reagiu às declarações do novato (chamando-o de "moleque mimado") e, em geral, a
elite de Reunião, incluindo o Imperador, desacreditou Allands. O próprio Leo Oliveira,
que sucedeu a Azrael como Lord Mayor de Saint-Denis (20 de fevereiro), não ligou as
denúncias de Allands ao separatismo straussiano.
Então os reuniãos começaram seus preparativos para o Carnaval, avisando aos
demais que estariam ausentes por motivo de viagem, já que macronacionalmente
esse é o período mais propício para o descanso. Reunião parecia esvaziar-se aos
poucos. Além do casal imperial, que tradicionalmente retira-se durante essa época
(naquele ano, para a casa de veraneio da família do imperador, em Cabo Frio),
anunciaram também sua ausência do país Marcelo Schuch Pereira, Dannyel Willplayer,
Felipe Santarelli, Bruno Meirinho, Rafael Perszel, Luiz Coelho Filho e Bernardo Alcalde.
São personalidades que ficarão de fora dos eventos dramáticos do Carnaval,
mas acompanharão sua fase final, mais cômica. Aos que permaneceriam em Reunião,
Cláudio de Castro desafiou a responderem ao ENCAFI, um bem elaborado testes de
conhecimentos gerais sobre o país. Horas depois iniciava-se o dilúvio.

A deflagração

Sábado, noite de 4 de março. Um fim-de-semana que prometia excepcional


tranqüilidade foi abalado por uma estranha mensagem à lista pública. O autor, Adrian
Azrael, anunciava sua saída de Reunião. O motivo: ter descoberto que a bandeira de
Reunião seria na verdade, uma cópia do emblema de uma organização ultra-racista
norte-americana, a World Church of Creator.

Povo de Reunião,

Aos amigos e amigas que aqui fiz,

É com MUITA tristeza que digito estas linhas aqui no EGROUPS. Sim, esta
mensagem é minha, como poderão atestar, facilmente, depois.

Estou me retirando de Reunião. Após clicar em Send eu irei me descadastrar de


todas as listas de discussão de Reunião.

Querem saber o motivo? Olhem só o que achei navegando por aí:

http://www.creator.org/

Aos muitos amigos que aqui fiz, obrigado! Vocês me deram muita alegria. Ao
Cláudio, também agradeço. Foi bom o tempo aqui, mas não há como continuar
sabendo disso, desculpe. Você tem sua ideologia e eu te respeito, mas não
compactuo com ela.

Não vou para nenhuma outra micronação. MUITO provavelmente NÃO ire criar
outra micronação, pelo simples fato de que NÃO TENHO tempo para isso. Aos
que ficam, meus pêsames.

Para aqueles que prezam a justiça, a igualdade, a vida, bem, pensem em como
conviver com esse tipo de preconceito étnico, mais conhecido como racismo.

É triste, verdadeiramente.

Abraços e beijos a todos e todas,

Adrian Azrael
A Creator, suposta igreja da superioridade branca, é uma organização terrorista
sediada no estado de Illinois, nos Estados Unidos, liderada pelos reverendos Matt Hale
e Dan Hasset. Similar a Ku-Klux-Klan, combate os negros, os judeus, os hispânicos e os
asiáticos, não hesitando em cometer assassinatos na defesa de suas idéias.
A rigor, não é nazista, embora manifeste certa simpatia por Adolf Hitler, e é
extremamente violenta e fanática. Sua bandeira é um retângulo vermelho, cortado
nas bordas em forma de triângulo interno, com um círculo branco, onde está uma
coroa (embora não seja monarquista) e a letra W, simbolizando o poder branco ("white
power"). Em suma, é praticamente idêntica à bandeira de Reunião, exceto pela letra
central: o R, em vez do W.

Em sua mensagem, Azrael afirmava ter descoberto o site por acaso. Dava a
impressão que Reunião e Cláudio de Castro eram reflexos do violento racismo norte-
americano e que por não compactuar com isso estava saindo do país, chamando os
demais cidadãos para o mesmo rumo: a cisão.
Na verdade, Azrael e alguns outros que se manifestaram seguindo seu rumo já
sabiam há muito tempo da similaridade das bandeiras - motivo pelo que Reunião mais
tarde os chamou oficialmente de "hipócritas". A denúncia de Azrael, apresentada
justamente durante a ausência do imperador e outras importantes autoridades,
coincidiu com as declarações de separação de Stráussia e Dábliu. Era uma
conspiração.

CAPITANIA DEMOCRÁTICA DE STRÁUSSIA


SEDE DO GOVERNO CAPITANIAL - PALÁCIO DAS ORQUÍDEAS
GABINETE DO CAPITÃO-DONATÁRIO
Saint-Benoît, 5 de março de 2.000

Quando no curso dos acontecimentos micronacionais cai a máscara de um


importante governante de um país, e atrás desta máscara, mostra-se uma
figura degradante, feita através de moldes de vinte e cinco vintenas de anos
antes da data atual, totalmente diferente da máscara que este monstro usava,
faz-se necessário o rompimento dos laços que ligam a divisão administrativa
com o governo central, que mentiu descaradamente sobre sua ideologia e
manipulou seus cidadãos para que estes defendessem ideologias truncadas
para seu jubilio pessoal. Devemos nos aprofundar nessas razões para a
clarificação dos leitores desta mensagem.
É de conhecimento geral que o Imperador do Sacro Império de Reunião
sempre equilibrou-se em cordas nazistas, ora pendendo para a verdade, ora
pendendo para a mentira, e que esta corda, que vibra e ondula de acordo com
as ações do equilibrista. Este equilibrista pendeu para o lado da verdade desta
vez, mas de maneira tão abrupta que o fez cair, e justo em um momento de
sonolência, caiu e não percebeu isso. Continua pensando que está de
equilibrando nessa corda, quando na realidade, todos os espectadores já
deram-se por conta que a verdade é um leviatã que governa um Império em
que seus cidadãos, e que o equilibrista continua em chamar-lhes de súditos,
não passam de devaneadores, e que estes devaneios viraram a sua realidade.
Quando acordaram, perceberam que alguns já estavam acordados, e estes
insônios controlavam o Império e manipulavam-no da maneira que bem lhes
parecia.
Foi quando um novo insônio apareceu, um insônio do povo manipulado, e
este novo insônio alertou aos demais. Alguns viram a verdade, outros se
recusaram a vê-la: não acreditavam que isso estava acontecendo com eles,
eles, os devaneadores, sendo manipulados! Mas mesmo assim, os novos
insônios tomaram algumas decisões, e dentro dessas decisões, a grande
esperança foi decidida: vamos criar uma sociedade de novos insônios, que
saibam da verdade, sem fronteiras e sem barreiras, a escolha é a base desta
nova sociedade, se um insônio não quiser permanecer sob aquelas regras, não
precisa criar um escândalo para poder se retirar, sairá calmamente e procurará
uma outra onde se encaixará melhor.
Diante desta situação dentro do Sacro Império de Reunião, declaramos que a
anteriormente conhecida Capitania Democrática de Stráussia separa-se do
Império a que ela pertencia formando uma nova nação, conhecida
temporariamente por Estado Independente de Stráussia, onde o povo segurará
as rédeas do país e onde a liberdade não conhece restrições.
Desejo que a Igualdade tenha piedade de Reunião e caia sobre todos os seus
integrantes.

Paz e vida longa,

Ricardo Cochrane
Estado Independente de Stráussia

O documento de Cochrane era ainda mais incisivo. Complementava os ataques


de Azrael num momento em que boa parte dos reuniãos, curiosos, ia conhecer a
página da Creator, em inglês, e deparar com a bandeira semelhante a de Reunião.
Coincidência? Seria demais: ficava claro que as bandeiras eram praticamente
idênticas. Eram as "cordas nazistas" em que Cláudio de Castro se equilibrava.
À reação indignada dos reuniãos que, como Paulo Jacob, anunciavam
prontamente seguir o caminho de Azrael, era necessário oferecer uma alternativa,
uma nova micronação, como a proposta por Cláudio Rodrigues, ex-conselheiro da FIC
que estava saindo de Reunião:

Como disse, estamos começando. Nem nome para esta nova micronação
temos. E não teremos por um bom tempo até que tenhamos ouvido a todos os
interessados em fazer parte da mesma. O mesmo vale para a forma de
governo, estrutura e assim por diante. Todos os que visam um
micronacionalismo limpo e transparente, estão convidados desde já a integrar
esta enorme empreitada.

Mas afinal, como os cidadãos de Reunião iriam reagir?

Fábio Bines e Fernanda Wanderley visitaram a página e deram suas primeiras


impressões, contrárias e perplexas. Mas logo viriam reações mais exaltadas. Giancarlo
Zeni, que chamou o sítio de "horrendo", queria explicações e Renan Saifal,
"horrorizado", afirmou que seguiria Azrael se o imperador, ao voltar de suas férias,
não esclarecesse a realidade e trocasse a bandeira ("Reunião não caminha para o
nazismo; já é nazista"). Pedia também a dissolução do Egrégio e um plebiscito para a
escolha da monarquia ou república. Muitas exigências para alguém que, depois,
Mairon chamaria de “uma boa alma ingênua”.
Foi advertido por Felipe Chapchap, também indignado, que pediu calma,
chamando todos a esperar pelo retorno do imperador, no que é seguido por Zeni, que
também recomenda permanecer no Império. Também Guliver Lee, "enojado", pede
calma aos cidadãos.
As declarações de cisão foram praticamente simultâneas. Na madrugada de 6
de março foi a vez de Olympio Neto declarar a independência de Le Port.

Capitania Hereditária de Dábliu


Le Port, 5 de Março de 2000

A todos os Amigos de Reunião e Autoridades Constituídas

Em 5 de Agosto de 1998 conheci uma pessoa que abriu-me as portas do


micromundo. Esta pessoa, como um verdadeiro professor, teve a paciência de
sempre, muito didaticamente, encaminhar-me neste interessante ambiente,
que é o micromundo. A pessoa, que sempre teve de minha parte o respeito e
amizade que merece é S.S.M.I. Claudio de Castro.
Claudio mais que um professor, é um amigo, e os laços são tão fortes como
se o conhecesse pessoalmente, apesar de não ter tido este prazer. Posso falar,
sem vergonha nenhuma, que se algum dia eu vier a tornar-me tão famoso e tão
respeito, tudo isso deve-se a ele. A Amizade é algo importante, e ter amigos é a
melhor coisa da vida. Mas como já dissera a filósofa Marilena Chauí, que a
felicidade plena não existe, na amizade é o mesmo, a plenitude da felicidade
em meio aos amigos não existe. A SEPARAÇÃO é um dos fatores. Isso acontece
rotineiramente em nossa vida. O melhor amigo muda-se de cidade, vai para a
Faculdade e a separação, como um redemoinho que leva a nossa alegria, vai-
se. Mas sempre fica algo. A Alegria de ter compartilhado algo de sua vida com
outrem. O AMIGO. Assim, Majestade, tenho que despedir-me, não antes de
agradecê-lo por tudo que já o fizera por mim.

Como conseqüência, pois tudo na vida leva a isso, venho publicamente


declarar que:

Renuncio a minha cadeira na APQ e por conseqüência, da Diretoria daquela


Casa que só me trouxe alegrias e satisfação pessoal. A todos os amigos com
que já pude trabalhar, fica o abraço forte. Muito Obrigado.

É proclamada a Independência jurídica e territorial da Capitania Hereditária de


Dábliu, agora chamado de Estado Independente de Dábliu, englobando o
mesmo território daquela ex-Capitania. O Governo provisório será exercido por
um grupo de pessoas, a ser definido posteriormente, e até que haja
manifestação em nossa lista (dabliu@egroups.com), todos os residentes estarão
sob a jurisdição deste governo e suas leis.

Abdico do Título de Marquês de São Paulo.


O Estado Independente de Dábliu será baseado na Democracia Plena e
irrestrita, onde cada um terá o seu direito preservado. Por sua natureza, o EID
leva muita coisa de Reunião: O carisma de fazer amigos e discutir assuntos
interessantes.
Finalizando, quero agradecer a todos os amigos que fiz nesta Terra,
desejando sorte e sucesso, o mesmo que desejo para o Estado Independente.
Ao meu amigo Cláudio, muito obrigado por tudo.

Olympio Neto
Integrante do Governo Provisório do Estado Independente de Dábliu
Ao declarar a independência de suas capitanias, os capitães de Stráussia e
Dábliu declaravam que aderiam à cisão incitada por Azrael. Não era um apoio
espontâneo. Naquela mesma semana, haviam acertado os termos daquela cisão
simultânea, destinada a criar pânico entre os reuniãos. Olympio certamente não
conhecia a Creator antes daquela semana. Havia aderido por autêntico idealismo,
achando que combatia, ao lado de Mairon Rodrigues, o mais abjeto racismo.
Luiz Saboya, capitão de Conservatória, caminhava no mesmo rumo, mas por
outros motivos: uma semana após o golpe entraria em confronto direto com Cláudio
de Castro e partiria desta vez para criar um novo império, o de Middelands, ao lado de
Alland Von Mellech.

"Eles já sabiam"

Para os poucos aliados de Cláudio de Castro que permaneciam ativos naquele


fim-de-semana, era necessário reagir rapidamente: avisar o Imperador e organizar o
governo para a vigília contra os conspiradores. A par dos acontecimentos, o imperador
nomeou o conselheiro Leonardo Oliveira, duque de Duvivier, como regente imperial, e
Quintino Gomes como seu assistente. Cláudio I também enviou uma mensagem ao
povo reunião, transcrita por Oliveira:

Meu bom e amado povo.

O que aconteceu hoje foi uma tentativa mesquinha de figuras reuniãs já


marcadas antes, aproveitaram-se ta ausencia de seu Monarca para dar-lhe uma
fria e calculista facada pelas costas. Mas esta não foi a primeira. Ja aconteceu
antes e o Império se recuperou como vai se recuperar agora.

Reunião era um Vice-Reino. Nasceu com esses Símbolos! O Atual


webmaster utilizou-se daquelas imagens por serem fortes, essa foi a idéia,
sempre foi. Com essa Bandeira, Reunião cresceu e se tornou famosa! Mas o
Império de O País estava afundando e então Claudio de Castro tomou uma
decisão. INDEPENDÊNCIA! Reunião carregava o Império de O PAIS nas costas!

Na ultima vez que isso aconteceu, nada foi desmanchado ou abalado


porque depois os próprios acusadores viram que criaram uma tempestada em
um copo d'agua! Mas estes não tramaram nada.
Reunião nunca adotou aquela política! Já tivemos judeus no Poder!
Aceitamos todas as etinias e quero ver qualquer um diga que ja viu algum ato
em solo reunião de discriminação ou racismo!!! Isso nunca existiu e nunca
existirá!!!

Espero que todos vocês entendam isso e que esperem minha volta para
que eu possa explicar-lhes melhor!

Claudio de Castro.

Era um comentário incisivo, mas pouco esclarecedor. Pairavam muitas dúvidas


no ar, a começar se Azrael e Cochrane já tinham conhecimento prévio da bandeira, o
que caracterizaria a suposta descoberta como conspiração. As circunstâncias de como
a bandeira havia sido adotada originalmente também não estavam nada claras. São
situações que até hoje os reuniãos apenas admitem que o próprio Imperador os
esclareça, pessoalmente.
Leo Oliveira, em seu primeiro ato de regência, cassou todos os títulos e cargos
de Azrael e Cochrane, declarou nulas as cisões de Stráussia, para a qual foi nomeado
Quintino Gomes como interventor, e Dábliu, onde se esperava que Olympio Neto
("digno de confiança") recuasse, e o premier Mairon Rodrigues, que assumira a
presidência interina do PacSo, se mantivesse fiel ao Império. Porém, o premier acabou
aderindo, em seguida, ao movimento iniciado por Azrael, declarando a autodissolução
do PacSo.
Ricardo Tomasi, principal liderança da FIC, a princípio hesitante, acabou
cedendo e seguindo Azrael, embora no final tenha retornado ao Império.
O CHANDON foi colocado em moderate e as senhas de acesso ao domínio
reuniao.org foram trocadas, impedindo que qualquer envolvido na conspiração se
apossasse do acesso dos demais micronacionalistas e interessados aos sítios das
instituições do país (5 de março).

Leo Oliveira estava de viagem marcada. Atrasou-se, acompanhou a turbulência


do primeiro dia, comunicou ao Imperador e logo passou o governo ao seu assistente,
Quintino Gomes, praticamente a única autoridade imperial a permanecer ativa
durante todo o período de turbulência. Agüentou sozinho os ataques, cuidou do
CHANDON e ajudou a esclarecer os cidadãos, sendo fielmente ajudado por Felipe
Chapchap, chanceler imperial.
"O Alands avisou a gente do golpe, mas ninguém deu ouvidos a ele."
FELIPE CHAPCHAP

Com o tempo, ficou claro que tudo era uma conspiração. Os golpistas haviam
mentido: sabiam há muito tempo da bandeira e haviam esperado um momento para
proclamarem a denúncia, simultaneamente com movimentos separatistas e de
criação de novas micronações. Saifal aguardava o imperador com uma série de
perguntas, onde se destacava a principal: "Azrael já sabia?", ao que Quintino Gomes
respondeu afirmativamente. Não havia tempo a perder, e a regência disponibilizou os
telefones do imperador em sua casa de veraneio para esclarecer as dúvidas. Cláudio
de Castro se oferecia para ligar aos cidadãos, caso esses não pudessem ligar.
Era a "rede da legalidade" reuniã, idealizada por Fernando Igielka (Ferig
Mercury) e Felipe Chapchap. Seu resultado foi excelente. Em Stráussia, Quintino
ordenou a todos os cidadãos que saíssem da lista controlada por Cochrane, a NovaSS.
Na capitania, o apoio a Cochrane era praticamente nulo.

Para os cidadãos, além disso, era inaceitável que as denúncias fossem feitas
justamente num momento de ausência do imperador. Laucimar da Cunha deixou bem
claro isso em sua mensagem, e foi seguido por Fernando Sefuno, que ligou para o
imperador para saber a origem dos símbolos reuniãos. Zeni também ligou, e depois
Saifal. Era a noite do dia 6, segunda-feira.
"Estava tudo planejado, como se vê, uma estratégia muito boa.
Soltar a bomba bem na hora em que todos estão fora. Obviamente uma pessoa só faz isso para
criar a sua própria micronação (...) Mas nós venceremos isso e sairemos vitoriosos! Garanto!"
GIANCARLO ZENI

"Venho por este manifestar-se absolutamente CONTRA os golpes de estado tentados pelas
capitanias de Dábliu e Stráussia. Creio que devemos todos esperar que SSMI volte para que
explique a tal bandeira naquele REPUGNANTE sítio. Na verdade, o que foi feito é uma GRANDE
COVARDIA com SSMI, aproveitar-se de uma época em que o império está vazio para trair a
confiança em si depositada pelo imperador como capitães-donatários. Na verdade, o Sr.
Ricardo Cochrane só estava esperando uma fragilização do império para dar tal golpe."
GUSTAVO S. PEREIRA

Outros cidadãos, novatos como Luiz Riegher, eram insistentemente convidados


a sair de Reunião e aderir ao movimento dissidente das capitanias. Diz Riegher: "Fui
convidado por uma pessoa a sair de Reunião, para ir para umas Capitanias que iriam
montar uma nova Micronação. A pessoa pediu para que eu jamais informasse o nome
dela, em juramento e afins. Contudo, ela me disse que Reunião é Nazista que prega o
Poder Branco e que poderia me provar com Símbolos e afins."
Esses convites, como se viu depois, não surtiram o efeito desejado e revelam
que o controle da situação já estava fugindo das mãos dos conspiracionistas. Os
reuniãos, interessados em permanecer na micronação que escolheram, não estavam
dispostos a aventurarem-se em uma secessão, e preferiram ficar e aguardar os
acontecimentos: um voto de confiança ao Imperador que nunca se mostrara racista e
a uma nação pela qual estavam dispostos a trabalhar.
"Desafio-os a continuar em Reunião e a lutar para que um dia esta seja ainda mais
democrática"
FÁBIO ALMEIDA

Para os straussianos, o que indignava era a decisão solitária de seu capitão por
separar a capitania, sem consultar os cidadãos. Os que estavam em Reunião naqueles
dias, assim se manifestaram:

"Eu moro em Stráussia, mas não quero me separar!!!!!!!"


FERNANDA PAGIORO

"Não concordo com o capitão de minha capitania e se preciso for, sairei de lá para qualquer
lugar que dê seu devido valor ao império e que me acolha com prazer."
DAVIS DONOVIC

"Não reconheço a separação, sou Reunião. Stráussia continua Reuniã. Marajó não tem poder
para reconhecer algo ilegítimo. Concidadãos, chegou o momento de reafirmarmos a nossa
nacionalidade."
RENAN SAIFAL

O golpe fracassa

Por muito pouco, Reunião não havia deixado de existir. A permanência do


domínio em mãos confiáveis ao Imperador e a perda do apoio inicial ao golpe foram
sinais que a declaração bombástica de Azrael logo deixaria de dar frutos; perdera
inevitavelmente seu ímpeto. Era como o fracassado golpe contra o imperador Haile
Selassie, da Etiópia, em 1964, quando este estava em visita ao Brasil.
Mas ainda lhe havia algum apoio externo. Uma apressada República de Marajó,
com Lúcio Costa Wright e Jorge Apache, apressou-se a reconhecer a independência e
Dábliu e Stráussia, pensando ajudar na criação de duas novas micronações que não
contavam, porém, sequer com apoio interno para isso. Paradoxalmente, após a crise
do Carnaval, Marajó e Reunião esforçaram-se por superar a crise iniciada e pôr fim ao
confronto aberto desde janeiro.
Do Reino de Porto Claro, Pedro Aguiar, que se aproximara dos golpistas,
acreditava que esse o seu melhor momento, e anunciava a decadência de Reunião e
seu imperador simpatizante do nazismo. Era a oportunidade que velhos inimigos de
Cláudio de Castro esperavam para isolá-lo ainda mais.
Os artífices internos e externos do golpe já enviavam artigos a todo o mundo
micronacional sobre a queda do Império e o fim de Cláudio I. Estes artigos,
descobertos mais tarde por Quintino Gomes, revelavam até que ponto era organizado
o plano do Carnaval. Para seus autores, infalível.

Pedro Aguiar também é figura central no golpe. Mais propriamente para seu
fracasso. Os reuniãos que aderiram à separação em razão da bem intencionada luta
contra o racismo, como Olympio, Jacob e Mairon, achavam-no pernicioso e hipócrita. O
próprio Cochrane reconheceu que sua presença junto aos golpistas foi fatal para a
volta de Dábliu ao Império e a derrocada final dos golpistas.
Na madrugada do dia 6 para o dia 7, avançaram as negociações para o retorno
de Olympio e Mairon, privando Azrael e Cochrane de seus principais apoiadores.
Determinando uma virada no rumo dos acontecimentos, Cláudio de Castro elaborou
uma longa e histórica declaração aos reuniãos, que foi postada com autorização de
Quintino Gomes na tarde dia 7, quando a situação já chegava perto da normalidade.
SACRO IMPÉRIO DE REUNIÃO
PODER MODERADOR
O IMPERADOR CLÁUDIO PRIMEIRO,

Súditos deste Império,

Mau uso de meias verdades. Isto é o que está sendo feito pelos senhores
Adrian Azrael e Ricardo Cochrane. Para isso, achamos necessário vir a público
prestar ao bom povo deste Império os devidos esclarecimentos sobre o que
está se passando.
Os referidos senhores estão denunciando o uso de "símbolo nazista" pelo
Império, mais especificamente, a bandeira imperial de Reunião. Há que se
reputar a eles uma parcela de razão, porém antes disso é conveniente contar a
história desde o início.
Em dezembro de 1996, fui nomeado vice-rei pelo então imperador Dreck
von Alles, de O País. É pública e notória minha incapacidade gráfica e
computadorística. Assim, pelo então Governo Central, foram a mim, trineto de
índios brasileiros, submetidos cerca de 20 projetos de bandeiras para o então
território paisense.
Entre todas aqueles, por um deles me apaixonei: a atual Bandeira
Imperial.
Sim, era clara a semelhança com símbolos não nazistas (ideologia que
sempre deixei claro abominar, por ir contra não só às minhas convicções, mas
às minhas raízes), mas germânicos, o que os fazia compatíveis com a história
popular de nosso país, que tem grande influência alemã (Fritz Strauss, entre
tantas figuras históricas).
As cores vermelha, branca e preta sempre me causaram fascinação,
inclusive, todos sabem, no vestuário. Sou América F.C., e são as cores do meu
partido, PPB.
Os símbolos de Reunião foram escolhidos por mim entre essa lista de
símbolos que continha a procedência de alguns, mas não de todos. Sabe-se que
Dábliu é a alterada versão de um condado austríaco, Stráussia é 1/4 da
bandeira do antigo Império Alemão e o símbolo do poder moderador é a águia
austríaca.
Assim, inocentemente, escolhi o símbolo que achei mais bonito, sem
saber a sua procedência, mas certo que seria alemã ou austríaca. Porém
sabemos que estes povos não eram criminosos, e sim foram dirigidos por um
período relativamente curto por assassinos, o que não faz de forma alguma que
possamos imputar a todo um povo essa classificação. Generalizar, jamais.
Em meados de 1998, estourou no mundo micronacional inteiro uma
denúncia de nosso então inimigo e hoje nosso fiel aliado, Principado de
Allameigh, de Christopher Thieme, que denunciou a todo mundo divulgando um
link que até então eu não conhecia: o www.creator.org. Criou-se um enorme
rebuliço (os cidadãos mais antigos se lembram) no fórum do MicroWorld comigo
sendo acusado, juntamente com meus encarregados pelas Relações Exteriores,
de nazista. Detalhe: desde então, já predominava no nosso país a variedade de
raças e credos. Tanto que o chanceler era um judeu polonês, Matthew
Dabrowsky, o embaixador plenipotenciário, um judeu tcheco, Micah Kubic, e
meu secretário era o também israelita Chris Kerr - grande nazista sempre fui,
mestiço assessorado por judeus -
Os três se prontificaram a defender nosso país, mostrando que somos
uma democracia plurirracial com as ideologias mais diversas, e que aquela
bandeira, por mim escolhida,de maneira quase aleatória, para nós, reuniãos, é
sinônimo da nossa "terra". Terra que aprendemos a amar e respeitar, a tentar
fazer progredir e melhorar e não algo que lembra terror, assassinato, ódio e
guerra. Nossa bandeira é amor pelo que conseguimos construir, pelas amizades
que aqui fazemos e mantemos, amor pelo verdadeiro micronacionalismo. É isto
que nossa bandeira significa micronacionalmente. Não é isto, meus amigos, que
nós micronacionalistas aprendemos a fazer desde que ingressamos no
micromundo ou seja, separar o micro do macronacional?
Nada mais normal que um símbolo adquirir significado diferente para um
povo ou comunidade. A suástica, por exemplo, é reverenciada por milhares de
indianos jainistas, da qual é símbolo. São eles nazistas??? Não há qualquer
vínculo entre nosso país e estas ideologias do terror e do ódio. Reunião rejeita
esse rótulo de sangue.
Outro argumento a ser rebatido é o de que isto é algum tipo de segredo.
MENTIRA. Inclusive os próprios "pivôs da crise" já sabiam (tendo, aliás, o Sr.
Cochrane ajudado várias vezes a adulterar imagens retiradas do site da
Creator, que passamos a usar como fonte de imagens para modificar e trazer à
nossa realidade). Há vários exemplos disponíveis, assim como uma penca de
cidadãos
que, ou estiveram aqui presentes todas as vezes em que esse assunto foi
debatido, ou algum dia perguntaram sobre a procedência dessa bandeira.
Todos os que o fizeram, ouviram a verdade. O que é inconcebível é que a cada
cidadão que entrasse nós disséssemos "Bem-vindo. Sabe a nossa
bandeira? ......" Isso seria não só uma piada como uma contradição, pois se
desde o início ensinamos a separar o micro da macronacional, seria hipócrita ir
contra nossos próprios ensinamentos.
O Moderador se prontifica a tirar quaisquer outras dúvidas que possam
haver,inclusive quanto a outros símbolos já que não é verdadeira a história de
que haveria outros com a mesma procedência. Quando do escândalo de 1998,
os outros que descobrimos estar nas mesmas condições (Departamento
Nacional de Turismo e Poder Judiciário) foram trocados, por não serem símbolos
imperiais. O que não se deve cogitar é a mudança da bandeira que aprendemos
a amar e que para nós adquiriu um significado único e singelo: a paixão que
temos pela maior micronação do mundo.
Ontem, ao telefone, discuti com o cidadão Renan Levy-Saifal, a produção
de um site contendo informação explicativa que nos desvinculasse
completamente daquele movimento formado por malucos e reafirmando o
compromisso não só do imperador, mas de todo nosso povo com a democracia
plurirracial e a liberdade de expressão de idéias.
Temos agora que abordar um outro e ainda mais difícil assunto. Acerca
de um mês, um cidadão que até é judeu denunciou ao mundo um plano de
Azrael e Cochrane para criar o caos em nosso país. Ele disse que o plano (todos
leram em O CORREIO DO INFERNO e talvez como eu deram boas e infundadas
risadas) seria executado no início de março. É claro que os "anjinhos golpistas"
negaram e receberam de mim um voto de confiança - mais um - sendo ambos
mantidos em seus cargos de conselheiro e capitão, respectivamente. Olhem
agora no que deu.....
Mais claro que o cristal é o que houve: os referidos elementos esperaram
que não só eu, mas nosso Protetor e outros signatários ausentassem no feriado
para conduzir os planos malignos que tinham feito em conjunto com PEDRO
AGUIAR e LÚCIO COSTA (Marajó).
Na madrugada de sábado para domingo, os golpistas se encontravam
em face com Aguiar e alguns comparsas planejando como "roubar" mais
cidadãos de Reunião e esvaziar o país. Tudo isso é facilmente comprovado não
só pela estranha coincidência de "descobrirem" sobre a bandeira justamente na
minha ausência do país mas pela presença de ambos em tal chat, evidenciando
o prévio planejamento que houve, o que confirma a denúncia de Allands.
Contavam eles com a credulidade e boa fé de pessoas como o Mairon
Augustto e Olympio Netto, que prontamente os apoiaram, em repúdio ao
"imperador nazista". Da mesma forma, Aguiar, que nada tendo para fazer em
seu país arruinado, escreveu um artigo enorme sobre o evento para o
Micronations Today, de Thomas Leys, falando sobre a "derrocada do Império".
Também quase instantaneamente um jornal marajoara noticiou o ocorrido
numa matéria intitulada "Heil de Castro". É apenas, meus amigos, mais uma
tentativa vil e fracassada de atingir nosso Império, nos fragmentar e nos dividir,
que não merece apoio e sim repúdio daqueles que amam essa terra.
Da mesma maneira curiosa com que agiram na minha ausência, o ex-
cidadão Cláudio Rodrigues fundou um país justamente no dia que jogaram a
"bomba" em Reunião.
Não contavam eles, entretando, que o Leo Oliveira não havia viajado e
assim pôde conter suas tentativas de tomar a lista de mensagens e o site de
Reunião na minha ausência, tão conveniente. Porém o bem e a verdade, a
justiça e o que é certo acabaram por prevalecer. Estou certo que o amor de
todos por essa terra de idéias tão diferentes e pessoas das mais variadas raças
e religiões, é que venceu.
Vamos todos manter a calma e a ordem, rechaçando o mau uso de
meias verdades por golpistas traidores e reincidentes que não merecem
qualquer credibilidade.
Estou disponível no telefone já citado por outros em Chandom para
prestar quaisquer esclarecimentos, e preparados para qualquer tipo de
pergunta. Estou ofendido, não sou nazista, não sou um ditador. Será que após
toda essa convivência vocês ainda não aprenderam isso? Olhem para o
Chandon nos últimos meses... Olhem para suas consciências, olhem para dentro
de si mesmos. Reunião não é esse tipo de coisa. Pois, se fosse eu seria o
primeiro a deixá-la.

Não deixem a mentira, o ódio, a inveja e a ganância prevalecerem...

Imploro que pensem no que lhes disse aqui. Pensem mesmo, olhem seus
corações.

Sou este monstro que pintam? Se sou, não mereço viver, e não mereço
vocês.

Sua Sacra Majestade Imperial,


Cláudio de Castro, Imperador pela Graça de Deus e Acclamação dos Povos,
Grão Duque de Dábliu, Fournaise, Conservatória e Stráussia,
Defensor Perpétuo da Fé,
Chefe da Casa Imperial de Castro-Bourbon

No momento em que a mensagem de Sua Majestade chegava ao CHANDON, a


conspiração estava finda, com a decisão definitiva de Olympio Neto de retornar ao
Império. Sem Dábliu, a cisão de Cochrane ficou sozinha, para que junto com Azrael
criasse, dias depois, a república de Nova Stráussia.
Dábliu voltava, mas na verdade Stráussia sequer tinha ido. Olympio poderia ter
maior apoio interno (enquanto Cochrane não dispunha de nenhum), mas seus
objetivos eram mais sinceros, o que o levou a abandonar o barco da conspiração.
Caros microcidadãos:

Reconsiderando o que foi dito na mensagem onde havia sido feita a


Independência de Dábliu, anuncio oficialmente que Dábliu retorna ao seu Status
anterior, fazendo parte do Sacro Império de Reunião.

Assim, cessam todas as disposições que outrora ocorreram, declarando o


apoio deste Capitão Donatário aos Poderes Constituídos Reuniãos.

Saudações cordiais
Olympio Neto

O imperador, em ligação telefônica com Olympio, havia concordado em


conceder uma 'anistia' aos envolvidos. Nenhum cargo e nenhum título foi cassado, e a
situação voltou exatamente ao que era antes, apenas com a troca do nome da
capitania para Le Port, desfazendo qualquer suposta associação com o White Power.
Em Stráussia, Felipe Chapchap anunciou a criação de uma nova lista capitanial,
a verdadeira_ss. Quintino Gomes manteve-se como interventor após o golpe até a
realização, fato único na história do Império, de uma consulta popular para a escolha
do capitão, na qual a maioria dos straussianos inclinou-se por seu aliado Davis
Donovic (AReNa).

Um a um, os que aderiram ao movimento separatista declaravam sua fidelidade


ao Império. Declaravam-se enganados por conspiradores, aqueles depois chamados
de "hipócritas".
"Estava cego. Cego pelo que eu não queria ver e acreditar. Agora eu abri os olhos e posso ver
a verdade e a clareza de todos os acontecimentos. Estou arrependido e envergonhado. (...) Eu
estou retornando ao Império."
MAIRON RODRIGUES

"Por um momento estive cego. Primeiro declarei-me neutro, esperando a manifestação do


Imperador Cláudio I. Momentos antes de ela acontecer, fui levado a acreditar nas acusações,
até com entusiasmo, vendo um novo futuro. Agora, de face com a verdade, realizo que seria
um futuro negro. Por pouco não abandonei Reunião por causa dos golpistas."
RICARDO TOMASI

A volta à normalidade

Externamente, Reunião recebeu declarações formais de apoio de Hibérnia, o


primeiro aliado, Westerland, Racktidan, e da República de Porto Claro, não aceitando a
separação das capitanias e reconhecendo Cláudio de Castro como legítimo soberano,
e negando as acusações de racismo.
O golpe chegava ao fim, mas não à normalidade. Passado o Carnaval, dezenas
de cidadãos que estiveram de viagem, voltavam lendo as mensagens acumuladas
desde a última sexta-feira. Era a última oportunidade para os conspiradores
investirem pela adesão desses cidadãos ao seu movimento, antes que pudessem
chegar às últimas manifestações, que esclareciam o ocorrido.
Quando o CHANDON saiu do moderate, novas mensagens vindas dos
conspiradores procuravam atacar Cláudio de Castro, acusando-o de chantagem
emocional. Mas o que mais se viu eram reações sensatas, calmas, de cidadãos que
prestavam apoio ao Imperador.

"Precisarão de um iceberg muito maior e mais potente que uma home page solta na Web para
afundar Reunião. Somos um bicho muito grande e bravo para ser engolido de uma só vez. Amo
minha pátria, repito, e seguirei com ela até o fim"
EMANUEL MOURA

"Nunca Cláudio I me deu qualquer mostra, desde que aqui estou, de preconceito racial ou
religioso."
LEONARDO CARRION

"Reunião é maior que qualquer golpe que tentarem implantar aqui."


BRUNO CARNEIRO

"Pedro Aguiar está ajudando os mesmos... aliás, ele foi um dos primeiros a planejar tudo e
participa de todos os passos. Três pessoas pensam e mandam em nome de todos os outros,
escondendo informações do restante. O que era pra ser democrático, está virando disputa de
egos.
Os golpistas fingem que não conheciam os símbolos... mas está claro que conheciam. Entre
desculpas esfarrapadas, falam que eram muito jovens para na época, perceber a ligação.
A independência das capitanias não deixa de ser um jogo para que mesmo saindo de Reunião,
os capitães continuem com seus títulos."
PAULO JACOB

A bandeira de Reunião não tem vínculos com a WCC ou outra organização


racista. Sua adoção, como bandeira oficial, ocorreu por escolha pessoal de Cláudio de
Castro entre vários modelos, sem que este soubesse de qualquer ligação com a
Creator. Essa escolha precede inclusive à própria independência de Reunião, na época
pertencente a O País.
Foram micronacionalistas de outros países que pela primeira vez denunciaram a
similaridade dos emblemas, ainda em 1998, quando o Império falava mais inglês que
o português. Casualmente, Reunião tinha a frente de seu governo micronacionalistas
judeus, o que diminuiu o trauma da descoberta e permitiu que a bandeira, por seu
simbolismo legitimamente reunião, permanecesse a mesma, por escolha popular.
Nessa mesma época, outros símbolos, tirados de grupos racistas mais radicais
que a WCC, em diversos órgãos e departamentos de Reunião, foram sistematicamente
abolidos, por ordem imperial. Foi a primeira e definitiva 'desnazificação' do Império.
Restou somente a bandeira, contestada rudemente pela própria Creator, que acusou
Cláudio de Castro de pirataria intelectual.

PODER MODERADOR
PALÁCIO IMPERIAL DE SAINT-DENIS

Primeiramente informo que Stráussia e Dábliu (agora Le Port) são


capitanias do Sacro Império de Reunião, sendo irrelevantes as declarações de
independência, manifestamente ilegais segundo nossa lei e os princípios mais
básicos de moralidade. Não haverá plebiscito algum, pois nenhum território de
Reunião se tornará independente, ainda mais com o apoio apenas do ex-capitão
Cochrane. Só houve o êxodo devido a isto por parte de 2 cidadãos, sendo estes
apoiados somente por suas mentes podres. Não daremos atenção a esta gente
suja e mal-intencionada.
Em segundo lugar informo que o Sr. Ricardo Cochrane está expulso do
Sacro Império de Reunião e que o Sr. Adrian Azrael também se considerará
expulso, para todos os efeitos legais. Lembramos também que jornais não-
reuniãos não estão autorizados a circular dentro de nossa lista oficial.

Informo em seguida que os senhores:


RENAN LEVY SAIFAL, LEONARDO S. OLIVEIRA, QUINTINO GOMES FREIRE,
ERICK ARTHUR, GIANCARLO ZENI, LEONARDO CARRION, FELIPE CHAPCHAP e
GUSTAVO S. PEREIRA recebem, desde já, a mais importante condecoração de
honra ao mérito do Sacro Império de Reunião, a Ordem da Cruz de Strauss,
podendo assinar com o prefixo Sir (se não tiverem título de nobreza) e utilizar a
expressão "Possuidor da Ordem da Cruz de Strauss" em suas assinaturas.
O Sr. Renan Levy-Saifal recebe o título de Barão de Santana Lopes, o Sr.
Arthur de Barão de Góes Monteiro e o Sr. Chapchap de Barão de Gomes da
Costa.
Em adição a isto venho informar que a Bandeira do Sacro Império foi
escolhida da maneira já explicada em Chandon, e que, em Janeiro de 1998, a
população Reuniã manifestou-se, por 23 a 2 (total de cidadãos: 27) contrária à
mudança dos símbolos nacionais, acreditando que estes não têm qualquer
significado repulsivo nazista, e que para não-reuniãos adquirem um significado
completamente diferente.
Lembro a todos que os que eram cidadãos em Janeiro de 1998 são tão
cidadãos quanto todos nós, e que se puderam entender a necessidade de se
manter nossos símbolos íntegros (mesmo com 12 dos cidadãos da época sendo
ISRAELITAS), os actuais habitantes também saberão manter-se patriotas e fiéis
à nossa bandeira, que significa AMOR, e não ódio. Ódio é o que tem na cabeça
destes débeis mentais que querem nos atingir.
Ao Sr. Téo Barros informo que terá que escolher em quem acreditar, se
em débeis mentais traidores e mal-intencionados ou no Imperador, pois
nenhum dos lados tem como provar que está falando a verdade. Mas adianto
que é bastante suspeita a atitude de agir nas minhas costas e com o apoio de
Aguiar e Marajó.
Nada além do que foi dito será falado em público, pois todas as
explicações possíveis já foram dadas. Apenas republicarei a mensagem que
enviei através de Renan Levy-Saifal e Quintino Gomes.

De volta ao Moderador,

Cláudio Primeiro

Nos dias seguintes, o CHANDON foi abalado, não por mensagens de cunho
político, mas por e-mails gigantescos e vírus que tinham por origem o endereço
marajo@marajo.com. No caso dos e-mails gigantescos, com tamanho superior a 200
megabytes, eram causados pelo reply, multiplicando a lista de destinatários (o
chamado super-SPAM). Quintino Gomes esclareceu que não tinham origem em Marajó
e Jorge Apache não era responsável pelo seu envio.
Téo Barros, com uma longa mensagem que pedia explicações ao imperador,
decidiu permanecer no Império, bem como Fernanda Wanderley, bastante abalada
naqueles dias, mas que teve apoio emocional de Quintino Gomes para permanecer fiel
à Coroa. Outros hesitantes, Rafael Figueira e Alexandre Magno, também optaram por
Reunião.
Luiz Saboya, que não se pronunciara, acabou saindo de Reunião, porém por
motivos alheios ao golpe. Ao final, registraram apenas três deserções: Adrian Azrael,
Ricardo Cochrane e Gulliver Lee, este último rumo a Racktidan, uma monarquia
inspirada em Reunião.

O documento final, datado de 9 de março, o dia da Vitória, sintetiza a natureza


do "Golpe do Carnaval".

Amigos,

Raras as oportunidades que me portei em chandon de forma seria em uma


discussão micronacional, mas gostaria de esclarecer algumas coisas que acho
que podem estar confusas na cabeça de alguns de nossos compatriotas.
Sempre fui um cidadão irreverente e até mesmo debochado, mas hoje falarei
sério a todos os que estiverem dispostos a enxergar a verdade sobre o atentado
a unidade nacional que foi promovido por um pequeno grupo de cidadãos e
apoiado por nações que sempre tiveram intenções duvidosas quanto ao Sacro
Império.

Gostaria de primeiramente deixar claro que todos os cidadãos que


supostamente ficaram surpresos com a semelhança da bandeira com a de um
movimento racista-estadunidista, sabiam de tal fato e nunca reclamaram com
SSMI, por saberem que a semelhança não demonstrava racismo ou apoio ao
movimento.

As intenções do Capitão Ricardo já eram conhecidas por muitos súditos, por


diversas vezes falou-se em secessão, então não foi surpresa quando ele,
apoiado por forças obscuras intermicronacionais, aproveitando-se da ausência
da mão de ferro moderadora, lançou uma estória estapafúrdia no ar de estar
indignado com a semelhança das bandeiras (todos sabem que além disso, o
jovem Ricardo sempre foi abertamente nacional-socialista, tendo mudado de
comportamento repentinamente, fato que agora é facilmente explicado por
suas intenções de golpe).

A atitude do capitão "democrático" de Stráussia, não foi apoiada por sua


população, por tanto não podemos dar legitimidade a tal independência, sem o
apoio popular a independência toma um caráter autoritário, de imposição e o
povo de reunião que escolheu como moradia a divisão administrativa
stráussiana não pode ser abandonado por seus compatriotas, devemos lutar
contra a opressão de um golpe dado pela elite straussiana que traiu nossa
pátria e pretende impor a nossos irmãos a independência.

Devemos lutar contra as forças obscuras internacionais que ajudam os falsos


revolucionários, não podemos aceitar nossos cidadãos separados de nós, sendo
governados por hipócritas manipulados por nossos inimigos, sendo obrigados a
aceitar tal separação, não deixem isto acontecer ! Logicamente, o golpe foi
dado durante um importante feriado brasileiro, deste modo, impedindo a
constatação de tal fato, o qual estou tentando neste exato momento
demonstrar a vocês.

Quanto a participação de Adrain Azrael, todos sabem que ele daria apoio
incondicional a qualquer movimento de cunho anti-reunião, pois ele já havia
atentado contra SSMI várias vezes, nas duas últimas ignoramos os avisos
vindos de diversas pessoas, inclusive de minha pessoa em relação a uma
mensagem atacando a estrutura reuniã.

Uma revolução feita por menos de meia dúzia de pessoas não pode ser levada a
serio, devemos expulsar tais pessoas de nosso território e aguardar que nosso
imperador escolha o próximo capitão, desta forma, zelando pelo bem estar de
nossos compatriotas. Como cidadão e como militar, estou pronto para combater
tais forças até que a vontade popular seja respeitada por tal elite golpista.

Sem mais,

Gen. Ex. Carlos Fraga


Secretário da Defesa Estática
Oficial do Exército Imperial

Depoimentos

Coletamos alguns depoimentos pessoais sobre o golpe, como forma de ampliar a


documentação histórica e enriquecer essa publicação. Agradecemos a todos os que
cooperaram.

___________________________
LEONARDO OLIVEIRA,
Imperador-regente durante o golpe.

Como imperador-regente, sentiu que em alguma ocasião poderia perder o controle da


situação no Império e ter que recorrer a meios mais extremos?

Não, fui pego de surpresa pelo ocorrido e minha preocupação é que eu viajaria no dia seguinte,
por isso nomeei Quintino Gomes como meu Secretário tendo poder de emitir OG´s em meu
nome. Mesmo assim, não houve um momento de "crise" propriamente dito pois a maior parte
da população tanto de
Stráussia, Conservatória e Le Port (Dábliu) não aderiram ao movimento separatista e boa parte
deles até nos ajudaram a controlar a situação.

Pelo seu convívio permanente com alguns que se tornaram líderes da secessão,
acredita que quem tenha sido seu principal mentor?

Sem dúvida nenhuma Adrian Azrael. Ricardo Cochrane, Capitão Donatário na época, era uma
pessoa de fácil manipulação até mesmo por causa da idade. Adrian sempre teve e continua
tendo uma retórica muito boa e influente, é fácil acreditar nas palavras dele. Ele foi quem
enviou o e-mail ao CHANDON fazendo todo aquele circo que foi o Carnaval de 2000.

Durante o período em que o CHANDON foi moderado, que tipo de mensagens teve
que censurar?
Durante esse período não houve muitas mensagens moderadas não, que eu me lembre, a
maioria delas foram de alguns "aliados" de Adrian e Cia que teimavam em querer por mais
"lenha na fogueira". Mas como os participantes mais ativos do movimento insano de secessão
foram afastados imediatamente do
CHANDON, não tivemos muitos problemas.
___________________________
JORGE APACHE DRIESNER,
Chefe do governo de Marajó, hoje cidadão reunião.

A visão que eu tenho sobre o chamado "Golpe dos Hipócritas" que na minha visão, não fora um
golpe (no sentido literal da palavra), mas uma tentativa (que acabou frustrada) de secessão
das Capitanias de Dábliu e Stráussia.
Vejamos historicamente, Reunião surgiu de uma secessão, Orange surgiu de uma secessão,
Avalon surgiu de uma secessão. Mas qual a diferença entre uma e outra???? O povo apoiou
incondicionalmente. Como medir esse apoio??? Tudo depende do ego e do caráter do
governante em questão em reconhecer que errou feio e que tem nas mãos um grave problema
para o seu país. Não quero aqui me alongar em como isso pode surgir. Como se pode resolver
esse tipo de questão, mas sim explanar a minha visão (e visão do governo marajoara da época,
chefiado por mim) sobre essa tentativa frustrada de secessão.

No momento em que a notícia surgiu (não fora planejada, nem arquitetada por nós, como
dizem alguns idiotas de plantão), ficamos realmente felizes em receber tão (aos nossos olhos,
na época) agradável noticia de que existiam pessoas em Reunião que repudiavam os símbolos
inspirados na Creator. Apenas
isso foi o motus para declarar o apoio e o reconhecimento. No entanto, mais tarde nos demos
conta de que foi uma ação precipitada e estúpida, haja vista que Dábliu voltou a integrar-se
em Reunião (passando a se chamar Le Port), que os líderes da secessão ficaram praticamente
sozinhos (pois a maioria da população voltou à Reunião).
Foi imaturidade minha, única e exclusivamente, naquele momento em não consultar o
gabinete e reconhecê-los. Tanto uma coisa não tem a ver com a outra, que hoje sou um súdito
de Cláudio I e trabalho justamente pela capitania de Le Port. Uma dívida de honra, para com Le
Port, para com Cláudio e para com Reunião. Pago os meus erros, não os nego. Mas também
tento não mais incorrer neles.

Não enviei nenhum e-mail bomba ao CHANDON (...). Não preciso desse tipo de método para
ganhar uma discussão, pois uma discussão se ganha debatendo e convencendo o interlocutor
do seu ponto de vista, não somente pela força. Apenas com a inteligência.

___________________________
CLAÚDIO DE CASTRO,
Imperador de Reunião.

Como ficou sabendo da notícia da tentativa de secessão e qual a sua primeira reação?

Soube por um telefonema de LEONARDO OLIVEIRA, que me contou tim-tim por tim-tim o que
Adrian Azrael tinha planejado para virar a cabeça dos cidadãos mais incautos de Reunião.
Minha primeira reação foi de "deja vu" completo, pois algumas pessoas já me haviam dito que
tal iria acontecer, mas eu, apesar de nunca confiar em Adrian Azrael, jamais pensara que ele
fosse capaz de uma asneira tamanha.

A tentativa de isolamento tentada pelo Reino de Porto Claro e apoiada por Marajó teve
alguma influência nos meses que se seguiram ao golpe?

Em Reunião não. Mas para Marajó e ao Reino do Porto Claro, as conseqüências provaram-se
funestas, com a morte total do já moribundo Reino e um processo de decadência que acabou
por atingir Marajó, não só externa como internamente.

Sua decisão de anistiar praticamente todos os envolvidos foi considerada muito


branda. Os beneficiados por ela justificaram o perdão imperial?

Mereceram, justificaram, honraram. Foram pessoas enganadas que mereciam o perdão do


povo de Reunião, pois agiram impensadamente e cegadas por uma falsa acusação bastante
séria.

Hoje, passado um ano do golpe, Reunião ampliou sua participação internacional e


possui hoje três vezes mais cidadãos ativos que fevereiro de 2000. Os objetivos dos
golpistas foram todos fracassados?

Absolutamente todos. Não gosto nem de comentar o facto de que cada um dos inimigos de
Reunião foi destruído desde então. Poderia soar arrogante.

Golpes como esse podem vir a ocorrer novamente em Reunião?

Tentativas fracassadas, sim, e devem ocorrer muitas ainda. Mas "golpes" bem-sucedidos
jamais. Não é possível trazer desunião à nossa terra.
___________________________
RICARDO COCHRANE,
Ex-capitão de Stráussia. Voltou a Reunião entre outubro de 2000 e janeiro de 2001.

Antes da tentativa de secessão, Stráussia era de longe a capitania mais ativa. De lá


para cá, a "grande capitania" passou por maus momentos, chegando quase à
inatividade. Em Le Port, o quadro é ainda pior. Acredita que houve uma vingança por
parte dos poderes imperiais contra as capitanias secessionistas?

Bem, Stráussia tinha sim uma ajuda do Poder Imperial (vide a grande massa de novatos que ia
para lá), acredito que a Grande Capitania não seria tão grande se o Imperador não ajudasse.
Após a secessão, Stráussia foi entregue a ela mesma, tanto que houve uma eleição para
Capitão Donatário, a qual Danis
Donovic ganhou, e o Império se esqueceu das planícies de baunilha.
Nesse meio tempo onde Stráussia deveria se reerguer, surgiu uma peça na política do Império
conhecida como Daniel Vaz, que foi nomeado Capitão de Conservatória, até então, Capitania
esquecida e outrora lar de anglofonos.
Com isso, o Imperador viu uma nova chance de ter uma de suas divisões administrativas ativa
e reconhecida micronacionalmente, já que não poderia fazer em Le Port o mesmo, e muito
menos em Stráussia. Até hoje, há a grande disputa Stráussia versus Conservatória, mas CO
sempre sairá vencedora, por causa do "empurrãozinho" dado pelo Império.

Muitos envolvidos na tentativa de secessão atribuíram o fracasso à ativa participação


de Pedro Aguiar, notório inimigo da Casa Imperial. Acredita que teria obtido melhor
resultado sem o apoio dos reinóis?
É incrível que, depois de um ano, ainda se fale que Pedro Aguiar participou da secessão. Para
falar a verdade, ele ficou sabendo do acontecimento depois de já ter ocorrido, portanto. Ele foi
convidado para o chamado "Chat da Vitória" por mim. Não imaginei que tal fato pudesse fazer
as pessoas crerem que ele participou disso, aliás, não obtivemos apoio de ninguém. Foi um
erro meu chamá-lo.

Acredita que algum dia Nova Athenas (ex-Nova Stráussia) e Reunião possam viver em
paz?

Claro, tudo viverá em paz, virão novas gerações de micronacionalistas que aproximarão Nova
Athenas e Reunião. Isso é inevitável, apenas uma questão de tempo.

S-ar putea să vă placă și