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Os maias utilizavam uma matemática com base diferente da nossa: a base deles é
vigesimal, ou seja, baseada no 20, diferente da nossa, que é decimal, baseada no 10.
Eles também representavam os números de uma forma única, onde o ponto simboliza a
unidade, o número 1, e a barra simboliza o número 5. O zero é representado por uma
concha, e a partir do sistema de ponto e barra os números de zero a dezenove são
representados da seguinte maneira:
Notem que o número 9 é representado por 4 pontos (4x1) e uma barra (1x5): 4+5 = 9.
Da mesma forma, o número 15, por exemplo, só poderia ser representado por três
barras, já que cada barra equivale a cinco e 3x5 = 15.
Mas alguns estranhariam: por que o 20 não está aqui ? Simples: porque o 20 está “um
nível acima”, como eu costumo dizer.
É por isso também que o sistema de organização matemática maia tem como base o 20,
e isso fica evidente, mais evidente do que a “nossa matemática” ser decimal, de base 10.
Como você pode perceber, é fácil identificar que número é esse: basta que somemos as
diferentes ordens. Sendo assim, temos, do topo para a base, ou do maior para o menor:
Mas na altura da segunda ordem, que na matemática “normal” equivale a 400, houve
uma leve modificação, adequando o sistema da “Contagem Longa” para que se
aproximasse o máximo do ano solar, que arredondado tem 365 dias. Sendo assim temos,
ao invés de 20x20, 18x20, que é 360 dias, o chamado TUN.
Com isso, todos os ciclos acima do TUN também são diferentes por culpa dessa
“interferência” sofrida no meio do caminho. Os ciclos mais importantes (e curtos) para
nós (no contexto de 2012 especialmente) são:
Da mesma maneira que acontece na matemática, o maior ciclo possível (naquele caso
específico) é que aparece “primeiro”. Esses ciclos são representados por glifos
acompanhados de números, para que possamos saber se uma data estava no KATUN 10
ou no KATUN 11, por exemplo. Alguns exemplos de glifos que podem representar
esses ciclos:
Aquilo que chamamos de ciclo profético (a questão de 2012) nada mais é que um ciclo
de 13 BAKTUNS.
Como na matemática, existem infinitos ciclos que estão acima desses, podendo a
contagem ser muito mais longa. Ela pode servir, também, para sabermos o kin (kin =
dia, nome que damos também aos signos do calendário sagrado) do dia. Se, por
exemplo, observarmos uma data com o número dois na posição do ciclo KIN, ele será
um dia IK (Vento). Podemos ver, também, que os dias AHAU podem ser considerados
tanto como número 20 quanto como 0 (zero), visto que eles sempre abrem um novo
ciclo VINAL e são representados pelo número 0 (zero). Os signos e suas posições são
as seguintes:
0 - AHAU
1 - IMIX
2 - IK
3 - AKBAL
4 - KAN
5 - CHICCHAN
6 - CIMI
7 - MANIK
8 - LAMAT
9 - MULUC
10 - OC
11 - CHUEN
12 - EB
13 - BEN
14 - IX
15 - MEN
16 - CIB
17 - CABAN
18 - ETZNAB
19 - CAUAC
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Projeto CMAIA
Reformatado por Luiz Claudio Bastianelle