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ARGUMENTO PRÓ-AVENTUREIRO

SUMÁRIO

1. OBJETIVO / JUSTIFICATIVA

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

3. O DIREITO DA POPULAÇÃO NATIVA

4. SUSTENTABILIDADE NO AVENTUREIRO

5. POR QUE UMA RDS

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2

1. OBJETIVO / JUSTIFICATIVA

Apresentamos aqui uma argumentação com dupla finalidade:

A) Contribuir (até que se concretize, por via de legislação, uma mudança de categoria
de Unidade de Conservação) para o estabelecimento de um acordo jurídico que tire os
moradores da Praia do Aventureiro da condição de irregularidade em que foram
colocados, garantindo- lhes condições de sobrevivência através do exercício das
atividades relacionadas ao turismo que já vêm exercendo há mais de uma década.

B) Contribuir para uma fundamentação no sentido de re-categorizar a área da Praia do


Aventureiro (Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ), hoje situada dentro dos limites da
Reserva Biológica da Praia do Sul, como uma RDS-Reserva de Desenvolvimento
Sustentável.

Argumentamos na qualidade de pesquisadores da área de Ciências Sociais que temos


estudado as condições de vida das populações do Aventureiro e da Ilha Grande.
Fazemos isso com base nos nossos próprios trabalhos e, direta ou indiretamente, no
trabalho de outros colegas que têm igualmente pesquisado a realidade da Ilha Grande –
aparecemos, listados entre outros autores, nas referências do item 6 e assinamos juntos
este documento.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

Com o objetivo de proteger importantes trechos de Mata Atlântica e ecossistemas


associados, como restinga e manguezal, além de representativos sítios arqueológicos
existentes no local, em 1981 foi criada a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, na
parte sudoeste da Ilha Grande, pertencente ao município de Angra dos Reis, no estado
do Rio de Janeiro, que passou a ser administrada pela Fundação Estadual de Engenharia
do Meio Ambiente - Feema. Essa reserva, entretanto, inseriu dentro de seus limites a
Praia do Aventureiro, onde havia uma população morando há cerca de 300 anos,
descrita como caiçara.

Reserva Biológica é a categoria de Unidade de Conservação mais restritiva quanto à


presença humana em seu interior, não admitindo habitantes em sua área e nem mesmo
visitantes que não sejam estritamente motivados pela pesquisa científica, tornando,
portanto, ilega l a permanência de moradores em seus limites. Por esse motivo, no
momento de criação da reserva no Aventureiro, foi prevista a retirada da população
nativa, que seria re-alocada em Angra dos Reis, fato que não ocorreu, por decisão da
própria Feema. A reserva foi criada ali sem um trabalho de informação ou de consulta à
população local, que além de ficar em uma posição de ilegalidade, teve seu modo de
vida tradicional ameaçado pela legislação. Desde 1981 até os dias de hoje, essa
população foi levada a conviver com tal situação de ilegalidade e a tutela do órgão
ambiental, o que também impediu a chegada de serviços públicos como luz elétrica e
telefone, além de outras benfeitorias que sempre esbarraram na legislação ambiental.

A população auto-denominada “povo do Aventureiro” vive naquela região há pelo


menos quatro gerações, como indicam os relatos orais de moradores, que afirmam que
os “avós de seus avós” nasceram naquela praia da Ilha Grande. Um importante símbolo
local de pertencimento é o enterro do cordão umbilical dos recém nascidos nos terrenos,
3

o que na visão nativa representa o nascimento de mais um “filho do Aventureiro”. A


praia, com suas encostas íngremes e seus costões rochosos, voltada para o mar aberto,
pode ser considerada como uma terra em constante processo de conquista por parte de
seus habitantes, que sempre tiveram que lidar com a dificuldade de acesso e com poucos
recursos econômicos e de infra-estrutura. Destaca-se que a dificuldade de viver naquela
região se torna ainda mais aguda no inverno, quando as condições do mar podem isolar
totalmente o povoado do continente. Ao longo dos séculos a população local adquiriu
um importante conhecimento empírico do seu ambiente – das espécies vegetais, da
fauna marinha, do regime de marés e do clima, por exemplo. Ao longo da história, os
diversos ciclos econômicos também marcaram a vida do local, entre os quais o
extrativismo de madeira, plantações de cana e café e criação de gado, além de formas
mais recentes de trabalho como a pesca embarcada e o turismo.

Esse cenário de sucessivas mudanças econômicas é propício para que se observe que,
apesar do isolamento em que sempre viveram os moradores do Aventureiro, houve
inúmeras adaptações aos grandes ciclos econômicos vividos na região. Este dado
contrib ui para que não se crie a imagem de uma população cristalizada e imune à
passagem do tempo. Existe, portanto, um risco em atribuir categorias ou rótulos que não
contemplam essas mudanças, que são incorporadas à vida cotidiana dos moradores,
como demonstram os estudos mais recentes realizados no local (Catão 2005, Costa
2004, Vilaça e Maia 1988, Wunder no prelo). Entre os ciclos econômicos mais recentes,
citados por moradores em entrevistas, podemos destacar os seguintes: trabalho na
construção da Rodovia Rio-Santos, trabalho na pesca embarcada a partir dos anos 60,
trabalho de pesca para as fábricas de sardinha que funcionavam na Ilha Grande até os
anos 70 e, mais recentemente, o turismo. Esses dados são importantes pois demonstram
que as pessoas do local, embora tenham mantido formas tradicionais de trabalho como a
roça e a pesca, sempre precisaram de trabalho externo e mantinham contato com os
mercados das cidades e com empregos que surgiam de acordo com a conjuntura
econômica. Estudos demonstram que uma das características dos povos litorâneos do
sudeste-sul brasileiro é sua capacidade de adaptação e de inovação e que, também, seu
isolamento é relativo (Willems 1952, Mussolini 1980).

Apesar dessas adaptações, é importante destacar que a população local mantém um


padrão tradicional de organização do trabalho, baseado no trabalho familiar e na divisão
sexual de tarefas. As técnicas de roçado (rodízio de plantações, produção de farinha) e
da pesca (rede de espera) também se mantêm. O turismo, que chegou ao Aventureiro
doze anos atrás, com a desativação do presídio Cândido Mendes, mesmo sendo uma
atividade recente, é mais uma atividade sujeita a esse padrão de adaptação e inovação
conjugadas à manutenção do trabalho familiar e de práticas como a pesca artesanal e as
roças. No trabalho de Vilaça e Maia, a roça aparece constituindo a unidade familiar e
hoje podemos afirmar que este papel é representado pelos campings nos terrenos (Catão
2005, Costa 2004, Wunder no prelo).

Um fator fundamental na história recente do povoado do Aventureiro foi a desativação


do presídio da Ilha – o Instituto Penal Cândido Mendes – ocorrida em 1994. A
convivência de um século com uma instituição penal na Ilha Grande tem efeitos até os
dias de hoje, sobretudo para a população do Aventureiro, que sempre viveu mais isolada
e distante de postos policiais. O presídio Cândido Mendes passou por inúmeras fases
como demonstram os estudos de Sepúlveda (no prelo), mas após os anos 70, com o
aumento da violência urbana e a reclusão na Ilha Grande de bandidos perigosos, ligados
4

ao crime organizado, houve também o aumento do risco para as populações locais.1


Nessa época, é importante ressaltar, os homens adultos passavam boa parte do tempo
fora de casa pescando, e apenas os mais velhos faziam a vigia da praia. As mulheres,
com seus filhos, agrupavam-se em algumas casas onde dormiam várias famílias juntas,
a fim de buscar maior proteção. Essas dificuldades também serviram para aumentar a
coesão social das famílias e o sentido de comunidade, de pertencimento ao “povo do
Aventureiro”. A vila vizinha da Parnaioca, por exemplo, tornou-se praticamente
desabitada em decorrência das fugas constantes de presos (o presídio localizava-se na
praia de Dois Rios, contígua à Parnaioca) (Vilaça e Maia 1988).

Após a desativação do presídio, acompanhando uma tendência que se observa em toda a


Ilha Grande, a população do Aventureiro se viu livre da ameaça constante dos presos
fugitivos e passou a conviver com novos atores sociais: os turistas. O turismo vem se
constituindo na principal atividade econômica do povoado, que hoje depende dos
insumos provenientes desse trabalho, como demonstram os estudos mais recentes. Além
disso, as famílias conseguiram uma significativa melhoria de suas condições de vida,
com acesso a bens de consumo e a serviços antes fora do seu alcance. (Catão 2005,
Costa 2004, Wunder no prelo).

3. O DIREITO DA POPULAÇÃO NATIVA

Como mostrado no item anterior, a população do Aventureiro tem vivido nos tempos
recentes com base em atividades específicas de atendimento a turistas, no momento
suspensas e impedidas pela fiscalização dos órgãos públicos, sob a alegação de que o
turismo ali incidente, inclusive pela quantidade excessiva de visitantes, é incompatível
com a reserva. Deve ser lembrado que a situação do Aventureiro é marcada por muitas
incongruências, que começam do fato de que a reserva foi criada com a população ali já
existindo, e passam pelo fato de que as atividades relacionadas ao turismo vêm ali
ocorrendo ao longo de anos com a anuência da Feema. Sem entrar nos meandros de tais
incongruências, julgamos que o recorte e a re-categorização da área original do “povo
do Aventureiro” como uma RDS resolverá os muitos impasses dessa situação, tornando
“regulares” as práticas que hoje fazem parte da vida local e são classificadas como
“irregulares”, com a possibilidade de desenvolvê- las de forma planejada e ordenada.

Julgamos que é direito dessa população, não só permanecer na área, mas também
continuar realizando aquilo que encontrou como solução para sua sobrevivência no
contexto da penetração irreversível do turismo na Ilha Grande. Se dentro de uma
Reserva Biológica isso é considerado algo totalmente irregular (tornando surreal e
absurdo tudo que ocorre no Aventureiro), no caso de uma Reserva de Desenvolvimento
Sustentável, ao contrário, está previsto o exercício desse direito, uma vez que essa UC
se propõe a “assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a
melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das
populações tradicionais” (lei do SNUC, art. 20 pr.1º).

1
Há inúmeros registros de fugas de presos que, além de escapar da prisão, tinham que
conseguir sair da Ilha Grande e chegar ao litoral. Por esse motivo era comum o seqüestro de
moradores que os levariam em alguma embarcação para o continente. No ano de 1987 houve o
seqüestro de um morador do Aventureiro, que terminou com a morte dos três presidiários
envolvidos. Os moradores foram ameaçados por presos que juraram vingança e viviam
atemorizados por essas fugas.
5

Diante das possíveis alegações em relação ao conceito de “populações tradicionais”,


chamamos a atenção para a relatividade dessa classificação, ao ponto de que na própria
regulamentação da lei do SNUC foi abolido o item que pretendia indicar os critérios
para uma definição. Assim, não há um modelo, um gabarito, mediante o qual se possa
“conferir” se uma população é ou não é “tradicional”. E nesse sentido, chamamos a
atenção para a armadilha de certas tendências consagradas, como a de se querer fazer
essa aferição atribuindo/demandando uma condição cristalizada para as populações
assim consideradas – “elas não devem mudar”; ou como a visão de que tais populações
têm uma economia voltada apenas para a subsistência. 2

Assim, entendemos que os moradores do Aventureiro de hoje são os mesmos, ou são os


herdeiros, daquele “povo do Aventureiro” que nos é apresentado nos trabalhos de
Aparecida Vilaça e Angela de A. Maia (1988) e de Rogério R. de Oliveira e Ana Luiza
Coelho Netto (1996) como uma população caiçara. Trata-se da mesma população que,
como todos os grupos humanos, passa por mudanças. O povo do Aventureiro guarda as
marcas dos seus referenciais culturais ao mesmo tempo em que dialoga com o mundo
contemporâneo, representado pelos valores ecológicos e pelo turismo – é isso que
podemos atestar com as pesquisas que ali vimos realizando.

4. SUSTENTABILIDADE NO AVENTUREIRO

Com a opção adotada (campings nos quintais e pequenos bares com fornecimento de
comida e bebida) para atendimento do tipo específico de turista que recebe, em geral
classificado como “mochileiro”, a comunidade do Aventureiro iniciou um processo que,
sempre sujeito a ajustes, pode ser qualificado com a tão valorizada categoria de
sustentabilidade.

Como mostra Sven Wunder no seu trabalho (b, no prelo), a significativa melhora das
condições de vida da população do Aventureiro através das atividades relacionadas ao
turismo não afeta as condições de preservação da mata. 3

Compare-se o caso do Aventureiro com o restante da Ilha Grande e com o modo como
diferentes localidades vêm ali absorvendo o turismo a partir da década de 1990 –
marcado por toda sorte de problemas num processo intempestivo de urbanização, sendo
a população nativa original colocada numa posição subalterna/excluída em relação aos
mais diversos interesses dos que vêm de fora para explorar ou usufruir o turismo. 4 A
comunidade do Aventureiro é a única da Ilha Grande – e um caso raro, pelo menos no
Brasil – que criou uma solução própria para lidar com o turismo e que gerencia ela
mesma o turismo que ali ocorre. Em termos ambientais também é possível observar que,
mesmo na área onde a população reside e onde se opera o turismo, as condições são as
melhores de toda a Ilha, não se observando as inúmeras construções que desmatam e se

2
Nesse sentido, ver a argumentação apresentada por Gustavo Villela Costa (2004: 37) a propósito
mesmo do Aventureiro; e Barreto Filho (2001).
3
Entre outros aspectos, Sven Wunder mostra os índices da prosperidade local relacionada ao turismo, e
rebate certas idéias cristalizadas que atribuem aos turistas freqüentadores do lugar uma atitude predatória
(como, por exemplo, responsabilizá-los por um acúmulo de lixo na praia que se trata na verdade do
chamado “lixo de maré”). Ver Wunder b, no prelo.
4
A propósito, ver os trabalhos de Rosane Prado (2003, 2005, no prelo)
6

multiplicam incessantemente nas outras localidades. O turismo no Aventureiro


assemelha-se a um cenário que se monta e desmonta periodicamente (Catão 2004).

Não depende da população do Aventureiro o turismo que atinge a Ilha Grande, e nem a
atração que exercem as áreas naturais – fenômenos contemporâneos de ordem global.
Evidentemente que uma tal demanda turística requer regulação onde quer que ocorra e
nesse sentido essa população já é vitoriosa, tendo inventado suas próprias soluções para
atender a essa demanda. Se fez isso numa área de reserva, sem apoio governamental ou
técnico, imagine-se o quanto poderá aprimorar o sistema até aqui utilizado se tiver essa
possibilidade sob a categorização de RDS – em termos de regulação, infra-estrutura e
planejamento turístico – e sobretudo sob as condições legais para que isso ocorra. É um
processo já iniciado ao qual resta apenas dar continuidade, dentro do diálogo já
estabelecido entre a comunidade, os valo res de preservação e o turismo ali incidente. 5

5. POR QUE UMA RDS

APA não
- Todos reconhecem que, apesar dos impasses, a condição de Reserva Biológica
protegeu a área do Aventureiro de um tipo de situação que caracteriza outras localidades
da Ilha Grande e do litoral brasileiro, que é a da avassaladora especulação imobiliária,
que acaba por expulsar os nativos de seu lugar de origem (cf. Luchiari 2000, Prado
2005, Catão 2004). Assim, simplesmente desafetar a população dos limites da reserva a
faria cair na abrangente APA Tamoios, que pouco restringe e a deixaria exposta a uma
tal especulação.
- O histórico das populações consideradas caiçaras mostra que elas, ou têm sido
expulsas pelo poder econômico/especulação imobiliária, ou pela criação de Unidades de
Conservação restritivas. No caso da Ilha Grande, estar apenas no âmbito da APA
significaria seguir a tendência que já temos testemunhado: mais um morro de Angra
dos Reis que seria designado pelo nome de uma praia da Ilha Grande em razão da
migração em massa dos respectivos moradores para o continente (cf. Prado 2005).
- Em termos ambientais seria uma catástrofe, considerando-se: a tendência de seguir o
modelo mal-sucedido do restante da Ilha (vide o Abraão); e a vizinhança da Reserva
Biológica da Praia do Sul com uma área exposta ao que nos referimos acima.

RDS sim
- Desde a década de 1980, o trabalho de Aparecida Vilaça e Angela de A. Maia (1988),
que foi elaborado como um relatório da própria Feema, recomendou que fosse atribuída
à localidade do Aventureiro uma categoria de área protegida que a separasse e
distinguisse da reserva, sendo que naquela ocasião ainda não existia a lei do SNUC nem
a categoria de RDS.
- A RDS resolve a contradição entre os usos de recursos naturais demandados
contemporaneamente e as necessidades da própria conservação. No caso em questão,
ninguém melhor do que a população do Aventureiro para colaborar com/garantir a
preservação da Reserva Biológica da Praia do Sul. Uma RDS funcionará ali como uma
área de amortecimento em relação à pressão sobre a reserva, guardando uma
continuidade em relação à mesma.

5
Helena Catão (2004) mostra como se relacionam Feema, moradores e turistas, numa configuração em
que os moradores do Aventureiro já vêm há anos adaptando seu modo de vida à existência de uma reserva
e se relacionando com o turismo de uma maneira singular associada ao seu “modo de fazer a própria
vida”.
7

- Ao mesmo tempo, uma RDS ali permitirá o exercício das atividades turísticas que já
vêm sendo exercidas, de um modo que pode ser aprimorado conforme a regulação em
um Plano de Manejo e concretizando ou aperfeiçoando itens tais como: base e apoio
para pesquisa científica; ecoturismo; a “casa da Feema” como um centro irradiador de
educação ambiental; um museu da localidade referido à cultura local, ou a própria
localidade como um museu segundo as novas concepções de museu aberto ou ecomuseu
– atividades entre outras que são previstas numa RDS, tal como se pode ver no exemplo
pioneiro e bem-sucedido da Reserva de Mamirauá.
- Devidamente discutida com o povo do Aventureiro e aprovada/absorvida pelo
mesmo, a criação de uma RDS corresponderá a uma política pública de peso social: de
um lado, impedindo o êxodo de uma população que sai para viver em condições
precárias segundo um modo de vida totalmente diverso no continente, enq uanto se
perde o patrimônio da sua cultura; de outro lado, propiciando a fixação dessa população
no seu lugar de origem e a possibilidade de dispor não só da natureza local como
também de sua própria singularidade cultural como atrativo turístico, sem que isso
signifique a transgressão que hoje é atribuída aos moradores, que já não suportam mais
viver na ilegalidade.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ASSINAM ESTE DOCUMENTO:

Rio de Janeiro, 04 de julho de 2006

- Aparecida Vilaça (MN / UFRJ)


- Daniel Di Giorgi Toffoli (PUC-RJ; Analista Ambiental do IBAMA)
- Gema Juárez Allen (EICOS / UFRJ)
- Gustavo Villela Lima da Costa (MN / UFRJ)
- Helena Catão (CPDA / UFRuralRJ)
- Luiz Renato Vallejo (UFF)
- Marc-Henry Piault (EHESS Paris)
- Marcus Machado Gomes (UERJ; Analista Ambiental do IBAMA e Repr. do CNPT /
IBAMA no Rio)
- Myrian Sepúlveda dos Santos (UERJ)
- Patricia Birman (UERJ)
- Rogério Ribeiro de Oliveira (PUC-RJ)
- Rosane Manhães Prado (UERJ)
- Sven Wunder (CIFOR)

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