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Lei 9.605/98
2ªC) Pessoa Jurídica não pode ser sujeito ativo de crime; (societas delinquere non
potest); Aplicação da Teoria Civilista da Ficção Jurídica de (Savigny e Feuerbach):
pessoas jurídicas não (são entes reais, são puras abstrações, entes fictícios, pura
pura ficção legal; A pessoajurídica é desprovida de vontade, consciência ou de
finalidade, logo, não podem cometer condutas tipicamente humanas, p.ex.: crimes;
Não agem com dolo ou culpa; Punir apessoa jurídica significa revigorar a
responsabilidade penal objetiva; Não possuem capacidade de conduta; não
possuem culpabilidade, sendo desprovida dos seguintes elementos: potencial
capacidade de entender o caráter ilícito daconduta, não temculpabiliudade, não
sepode exigir dela conduta diversa (já que não pratica conduta), imputabilidade,
capacidade de pena (não pode sofrer pena privativa de liberdade que é o objeto
central do DireitoPenal); As penas são inúteis em relação às pessoas jurídicas,
pois não são alcançáveis as finalidades da pena (ressocialização, etc);
O artigo 225, §3º da CF é uma norma não autoaplicável, dependente de
regulamentação infraconstitucional com a criação de uma Teoria do Crime e de
institutos processuais próprios e adequados para pessoas jurídicas (Rogério
Greco); Para punir pessoa jurídica é preciso reformular a Teoria do Crime; O artigo
3º da Lei Ambiental não considera a pessoa jurídica como sujeito ativo de crime,
mas apenas como responsável penal (Fernando Galvão); O artigo 225, §3º da CF
não permite que a pessoa jurídica seja incluída no polo passivo do processo
penal, permitindo apenas que ela sofra os efeitor penais decorrentes da sentença
condenatória aplicada à pessoa física (Vicente Cernicchiaro);
3ªC) A Pessoa Jurídica pode ser sujeito ativo de delitos; societas delinquere
potest; Possui base na Teoria Civilista da Personalidade Real ou da Realidade
(Ottto Gierk); pessoas jurídicas são entes reais, dotadas de capacidade e vontade
própria, nãosão ficções jurídicas,e por isso podem praticar ilícitos penais; Portanto,
possui capacidade de conduta, ou seja, tem capacidade de ação evontade própria,
podendo cometer ilícitos penais; Possui Vontade, mas não no sentido humano, e
simno sentido pragmático-sociológico reconhecido pela sociedade, praticando
ação delituosa institucional que equivaleria a condjuta humana (Sergio Salomão
Schecaira e Nucci); Se é uma realidade, possui culpabilidade, Mas não é a
culpabilidade individual clássica, mas sim Culpabilidade Social (STJ), pois é centro
de emanção de decisões; possui capacidade de pena, mas não de pena priuvativa
de liberdade, mas sim de restririva de direitos e de penas pecuniárias (multas); O
objetivo atual do Direito Penal é a aplicação das penas alternativas e pecuniárias,
e não as privativas de liberdade, dada a falência do sistema prisional;
O artigo 225, §3º da CF indiscutivelemente criou a responsabilidade penal da
pessoa jurídica, admitindo que a pessoa seja sujeito ativo de crime ambiental; e
como norma constitucional não pode ser ignorada;
Não há violação ao princípio da pessoalidade da pena, pois a pena está sendo
aplicada ao sujeito ativo que é a pessoa jurídica, não há, portanto, transfrência de
responsabilidade penal; (Nucci, Capez, Scheccaria, Ministro do STJ , etc); O STJ
já pacificou que pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de Crime Ambiental e pode
ser denunciada, desde que seja juntamente com a pessoa física (coautoria); STF,
HC 921 da Bahia: pessoa jurídica pode cometer crime (Ministros da 1ª Turma);
STF admitiu denúncia contra a Sabesp (administração pública indireta) e seu
diretor;
3ª etapa:
a) possibilidade de substituir a prisão por restritiva de direitos ou por multa ou
concessão de sursis;
Penas Restritivas de Direito na Lei 9605/98:
Características: substitutividade da pena de prisão (artigo 7º, caput); autonomia,
ou seja, não são penas acessórias (artigo 7º, caput); conversibilidade em prisão
(aplica-se subsidiariamente o CP);
Duração das penas Restritivas: possuem a mesma duração das penas privativas
de liberdade substituídas (artigo 7, §uº), tal qual como ocorre no CP;
obs.: o CP exige mais dois requisitos: a) sem violência ou grave ameaça; b) não
reincidente em crime doloso;
obs.: Para as pessoas físiccas a pena restritiva de direitos dura 03 anos para o
crime culposo e 05 anos para crime doloso; e para as pessoas jurídicas não limite
de duração mínima e maáxima , com execeção da proibição de contratar com o
Poder Público;
obs.: as penas restritivas de direito das pessoas jurídicas não são substitutíveis
pela pena de prisão, uma vez que aquelas são penas principais;
obs.: Artigo 21 da Lei 9605/98 dispõe que as penas palicadas às pessoas jurídicas
podem ser aplicadas isoladas,cumulativamente ou alternadamente;
obs.: Parte da doutrina entende que as penas restritivas de direito e de prestação
de serviços à comunidade previstas para as pessoas jurídicas são
inconstitucionais por violação ao princípio da legalidade porque, com exceção do
artigo 22, §3º da Lei Amboinetal, o legislador não cominou os limites mínimos e
máximo de duração, e elas não podem ter a mesma duração das penas privativas
de liberdade porque são penas principais e não são substituíveis (Luiz Regis
Prado);
obs.: liquidação forçada da pessoa jurídica (artigo 24 da Lei 9605/98): Esta sanção
só pode ser aplicada à pessoa jurídica que tem como atividade principal
(preponderante) a prática de crimes ambientais; Acarreta a extinção da pessoa
jurídica, pois todo o patrimônio dela é confiscado em favor do Fundo...; Trata-se
de verdadeira pena de morte à pessoa jurídica (Luiz Regis Prado);
obs.: Existe divergência quanto à forma de aplicação da liquidação forçada da
pessoa jurídica. Assim, segundo Delmanto, só pode ser aplicada em decisão
penal condenatória devidamente motivada; pois pressupõe a prática de crima;
aplicável somente em ação penal; Segundo Gilberto e Vladimir Passos de Freita,
essa pena é acessória e, portanto, pode ser aplicada na sentença penal, desde
que haja pedido expresso na Denúncia ou na Queixa, ou pode ser aplicada em
ação própria de liquidação proposta no cível pelo Ministério Público, aplicando por
analogia os artigos 761 a 786 do CPC;