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Tema :
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INTRODUÇÃO
O sector das finanças, constitui para o Estado, um dos instrumentos de capital importância,
para arrecadação de receitas necessárias, para o seu bom funcionamento. O ESTADO pessoa
de bem, por definição – não pode nem deve cobrar mais do que lhe pertence, mas também não
pode, nem deve deixar de receber, o que realmente lhe cabe.
Em Angola esta nobre tarefa é exercida pela Direcção Nacional de Impostos, adstrita ao
Ministério das Finanças. A semelhança, do que tem vindo a acontecer nos outros sectores da
vida económica e social do país a dinâmica de mudanças também é observada nesse ramo.
Tais mudanças caracterizam-se, pelas reformas que têm estado a serem submetidas nos
últimos tempos, o sector das finanças e em particular, o da arrecadação de impostos.
Todavia, apesar das reformas, persistem ainda alguns constrangimentos traduzidos pelos
constantes reparos, e reclamações dos cidadãos sobre o excesso de rigor e severidade na
aplicação das leis fiscais. Os critérios utilizados actualmente na cobrança de imposto, pelas
diversas repartições de finanças, ainda estão longe de serem os mais adequados e uniformes.
Nesse sentido, torna-se pertinente perseguir, com o processo de reformas na administração
pública com vista a dota-la de uma orgânica moderna, e com pessoal habilitado e eficiente.
É nessa perspectiva, que se enquadra o presente trabalho cujo enfoque consiste em analisar a
influência que a Auditoria exerce sobre o Imposto Industrial nas empresas em nome colectivo
pertencentes ao Grupo A, e a modalidade utilizada para determinação da sua matéria
colectável. O estudo é apresentado, como monografia de fim do curso de Licenciatura em
Auditoria e Contabilidade, no ano lectivo 2006/2007.
Este problema leva-nos a questionar o seguinte: Afinal de que forma a Auditoria influência
os Rendimentos do Orçamento Geral do Estado (O.G.E), de modo a afectar o nível de vida
da População?
Partindo dessa problemática, e com vista a dar-se sustentabilidade ao nosso Estudo, formulou
- se a Hipóteses:
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Aplicando uma auditoria Interna sobre os impostos Industriais das Empresas em
Nome Colectivo influenciaria o rendimentos do Orçamento Geral do Estado de modo
a não afectar o nível de vida da população?
Objectivo Geral
Objectivo Especifico
Por forma a atingir o objectivo geral foram definidos alguns objectivos específicos,
nomeadamente:
Actualização do Tema
O Imposto Industrial, pode constituir numa das fontes principais de arrecadação de receitas,
mas tratando-se de um imposto directo, é sem dúvida, o mais difícil de tratar, devido a base da
sua incidência, os lucros das diversas actividades, o que torna complexo a determinação do
Lucro tributável, de forma a satisfazer ambas as partes: Fisco e Contribuinte.
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Para compreender as razões pelas quais, a Auditoria no Imposto Industrial das Empresas do
Grupo A, - consideradas celulares na vida económica do país - são tributadas de forma
diferente das demais, e a importância que o planeamento fiscal, tem para com essas empresa,
e a sua contribuição na criação das receitas, para o O.G.E, foram utilizadas as teorias do
princípio da tributação.
O estudo foi realizado numa altura de crise financeira mundial, que inexoravelmente, tem
estado a afectar negativamente os demais sectores e instituições do país.
Metodologia Aplicada
O presente trabalho, constitui uma tentativa de reflexão sobre os aspectos ligados a influência,
que a Auditoria exerce sobre o Imposto Industrial nas empresas em nome colectivo
pertencentes particularmente ao Grupo A., e da modalidade utilizada para determinação da
sua matéria colectável.
Para a realização do estudo, foi adoptada uma metodologia, que consistiu na realização numa
primeira fase de uma consulta bibliográfica a diversas obras sobre fiscalidade, com o
objectivo de afinar os nossos conhecimentos, e de se obter uma melhor percepção da questão,
com vista a melhor enquadrar o nosso estudo. Esta etapa, foi complementada com a realização
de um conjunto de entrevistas a alguns informadores-chave, pertencentes a determinados
órgãos da administração fiscal como técnicos do 1º Bairro Fiscal, da Direcção Nacional dos
Impostos, dos Ministérios das Finança, Inspectores das Finanças e Gestores de algumas
empresas Privadas. Com vista a melhor enquadrar o objecto central do estudo, e focaliza-lo
sobre uma realidade concreta, o projecto do estudo foi apresentado e discutido com o Chefe
de Repartição do 1º Bairro Fiscal de Luanda.
Foram também contactadas algumas entidades privadas, mas que por razões de
confidencialidade de dados, preferiram a omissão dos seus nomes e funções.
Durante a fase de tratamento da informação, foi dado um relevo particular aos aspectos
qualitativos e quantitativos, dos factos mais significativos utilizando os dados chave
disponíveis.
A escolha das empresas em nome colectivo do grupo A, como objecto do nosso estudo,
deveu-se fundamentalmente ao facto destas empresas terem uma contabilidade organizada e
contribuírem de forma incisiva para o O.G.E.
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Nessa perspectiva, o estudo apresenta na sua primeira parte, o tema e seu enquadramento
teórico, apoiando-se sobre os conceitos de referência, mobilizados para a sustentação do
mesmo. Tais conceitos prendem-se com a Auditoria, Fiscalidade, Princípio da Capacidade
Contributiva, Tributação do Rendimento, e Classificação dos Impostos.
A segunda parte do estudo, foi consagrada a análise das Empresas em Nome Colectivo do
Grupo A. Foi feita uma incursão no conceito de Empresa em Nome Colectivo – GRUPO A,
na óptica fiscal, tendo sido quantificada o número de Contribuinte actuais de Empresas em
Nome Colectivo – Grupo A, existentes no país.
A terceira parte do estudo, descreve a Evolução do Sistema Fiscal Angolano, desde a Reforma
Fiscal em 1967, até ao regime actual. Esta parte, aborda também a influência da fiscalidade
sobre os rendimentos de forma geral, a tributação dos rendimentos das empresas,
principalmente o efeito da Auditoria nas empresas, pertencentes ao Grupo A. Por último são
apresentadas sugestões assim como as principais conclusões do trabalho, tendo em conta as
perspectivas futuras.
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Capitulo – I - Fundamentação Teórica
Os impostos, são regulados por lei, e a lei é absoluta, e só pode ser decidida pelo parlamento.
Assim, as fontes da criação de imposto são:
Assembleia,
Governo
Autarquias
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O Imposto, constitui a forma normal de financiamento do Estado contemporâneo. O seu
primeiro objectivo, é de fazer a cobertura das despesas públicas ou a prossecução de outros
fins de conformação social previsto na lei, tais como os instrumentos de política económica e
social. Trata-se de uma prestação pecuniária singular ou reiterada, que não apresenta conexão,
com qualquer contraprestação retributiva e de, que é titular uma entidade pública, que utiliza
as receitas assim obtidas para a cobertura das suas despesas. Tem como conteúdo, um dever
de prestar, que surge pela verificação de facto previsto na lei, que faz nascer uma relação
jurídica tributária, entre um ente público - sujeito activo – e uma outra entidade, que constitui
o sujeito passivo.
Enquanto prestações reguladas pelo direito público, os impostos constituem-se, como objecto
de uma peculiar disciplina jurídica, com suficiente dimensão, para possuir uma
construção dogmática, com alguma autonomia capaz de proceder a definição dos limites dos
poderes do Estado, e ao conteúdo dos deveres, que por intermédio da lei, podem ser atribuídos
aos cidadãos, os quais podem ser carácter de sanção, devida do estado ou outros entes
públicos com vista a realização de fins públicos. Essas deliberações sofrem um crescente
processo de autonomização à medida, que vai crescendo a complexidade da relação jurídica
fiscal. Complexidade essa, que leva a uma acentuada devolução aos cidadãos de tarefas de
aplicação da lei, que originariamente pertenciam ao Estado.
Sobre os impostos, cabe fazer-se uma análise, de questões tão importantes como: a de saber
como se inserem os impostos no processo económico, e que efeitos desejáveis ou
indesejáveis, evitáveis ou impossíveis de evitar poderão ter sobre este.
Foi com base nesta questão principal, que se assentou o presente estudo cujo tema é: A
Influência da Auditoria Sobre o Imposto Industrial de Pessoas em nome Colectivo.
Para uma melhor compreensão do nosso estudo, fez-se recurso a algumas teorias e conceitos
como é o caso da TEORIA DA ESCOLHA PÚBLICA, que examina a forma como podem
funcionar, os diferentes mecanismos de voto, e demonstra que não há nenhum mecanismo
ideal para obter escolhas sociais, a partir da soma das preferências individuais. Esta
abordagem também analisa as falhas dos governos, que ocorrem quando as acções do Estado
não conseguem melhorar a eficiência económica. Também explica os objectivos do imposto,
os objectivos fiscais, que visam a satisfação das necessidades financeiras do Estado, os
objectivos sociais que visam a «repartição justa da riqueza e do rendimento» «a diminuição
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das desigualdades», tendo em conta as necessidades, e os rendimentos do agregado social,
cumprindo assim com uma verdadeira redistribuição da riqueza.
Com a frontalidade e clareza que se exige, ao cidadão, deve ser demonstrado que, face a
multiplicidade dos desafios, as escolhas devem ser feitas, e que os benefícios esperados
devem ter como contrapartida, a contribuição de cada um de nós. Deste modo, na sua
qualidade de Gestor dos Recursos Públicos provenientes do cumprimento das obrigações
fiscais, pelos agentes da informação sobre a utilização de tais recursos, de forma que lhes seja
acessível e compreensível.
Os gestores públicos, devem assumir perante a nação o compromisso por um maior rigor, e
transparência das contas públicas, assegurando assim eficiência e eficácia na utilização do
erário público. Para o efeito os cidadãos deverão estar informados, com vista a obter-se um
engajamento construtivo dos mesmos enquanto parceiros do Governo, na busca e
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implementação de soluções, para os problemas que o País enfrenta, rumo a um futuro cada
vez melhor, em termos de paz e prosperidade.
a) Quanto a Extensão
Segundo o juízo do auditor, quanto à confiança que tenha nos controles Internos e no sistema
contável, essa forma de auditoria pode ser:
b) Quanto a Profundidade
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Por revisão analítica: Trata-se de uma das metodologias para a qual
emprega-se o conceito de Auditor Prenunciativa, segundo o qual, auditar é
administrar o risco. Opera-se com trilhas de auditoria mais curtas, para
obter razoável certeza quanto à fidedignidade das informações.
c) Quanto a Tempestividade,
No entanto, a auditoria pode ser ainda classificada quanto ao órgão fiscalizador, à forma de
abordagem do tema e quanto ao tipo ou área envolvida.
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fiscalizadores, no sentido de uso comum de recursos e comunicação
recíproca dos resultados.
Para o caso concreto do nosso estudo, prestou-se particular atenção, a Auditoria Fiscal.
Trata-se de uma terminologia normalmente utilizado, para definir as acções de fiscalização
tributária desenvolvida pela administração fiscal. Contudo, o seu conceito, poderá apresentar
conteúdos diferentes em função da posição do sujeito, que executa a Auditoria.
De acordo com Guimarães (2001:351), a auditoria fiscal poderá ser desenvolvida numa tripla
vertente:
Assim, se este tipo de auditoria for desempenhada, por um técnico da administração fiscal,
então estar-se-á a falar de um processo de auditoria independente, que visa essencialmente
pugnar pelo cumprimento da legislação fiscal, nomeadamente o pagamento dos impostos.
No caso, em que esse tipo de auditoria, seja executada por um auditor externo, ou por um
auditor interno, a auditoria fiscal, é considerada como sendo uma parte restrita, das auditorias
desenvolvidas por aqueles profissionais.
Nessa caso a fiscalização tributária, é levada a cabo pela Administração Fiscal, e visa
essencialmente verificar, se o contribuinte, pessoa singular ou colectiva, cumpriu as suas
obrigações fiscais, de uma forma correcta. Neste contexto, a Administração fiscal procura
minimizar a diferença existente, entre o imposto definido por Lei, e o imposto declarado pelos
contribuintes, com o objectivo amplo, de combate à fuga e evasão fiscal.
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ilegais ou incorrectos. Do ponto de vista prático, os principais objectivos da fiscalização
tributária, são:
dolosamente na mesma.
Surge devido o aumento da complexidade das operações de uma dada empresa, o que
aumentou a necessidade de normas e procedimentos internos (controles internos).
Como o proprietário da empresa (ou o administrador), não pode fazer este tipo de trabalho,
alguém deveria fazê-lo. Esta situação esteve na origem do surgimento da figura do auditor
interno, cuja função principal é verificar, se as normas internas vêm sendo seguidas.
Paralelamente o auditor interno executa também a auditoria contável.
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acrescentar valor e para assegurar, que a função de Auditoria Interna seja encarada pela
gestão, como essencial para alcançar os objectivos e metas da organização.
Neste contexto, a Auditoria Interna deverá contribuir para a procura das melhores soluções,
que satisfaçam os objectivos da organização. Tendo em conta o seu peso financeiro, a política
fiscal não pode ser esquecida, pelo que adoptar um comportamento activo na gestão fiscal,
contribui decisivamente para a Auditoria Interna acrescentar valor. Para além da verificação
do cumprimento da legislação fiscal, a auditoria interna deverá procurar optimizar a carga
fiscal, adoptando dentro do quadro legal em vigor, uma atitude crítica, integrada na gestão
global da empresa.
Constitui o conjunto de procedimentos técnicos, que tem por objectivo a emissão de parecer
sobre a adequação, com que estes representam a posição e o resultado das operações da
empresa.
As demonstrações financeiras, que para as quais o auditor deve emitir seu parecer, segundo a
lei das S/A são:
- Balanço Patrimonial.
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- Demonstração das Mutações do Património Líquido
- Notas Explicativas.
A lei das S/A, dá opção à empresa de elaborar, uma das duas demonstrações financeiras:
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do
Património Líquido.
Neste contexto, cabe aos Revisores Oficiais de Contas (ROC), no desempenho da auditoria
externa (ou financeira), expressar a sua opinião, sobre se as demonstrações financeiras
apresentam, uma “imagem verdadeira e apropriada” da situação económica e financeira e dos
resultados.
A falta de cumprimento das obrigações fiscais implica um risco fiscal que pode provocar a
aplicação de penalidades, além da exigência do cumprimento da própria obrigação fiscal,
situações que podem ter consequências graves na situação financeira das empresas e na
imagem verdadeira e apropriada das demonstrações financeiras.
Assim, o n.º 2 do art.º 24º da Lei Geral Tributária, torna extensiva aos ROC, a
responsabilidade atribuída aos Órgãos de Gestão, pelo incumprimento das obrigações fiscais,
sempre que tal incumprimento resulte da omissão grave das suas funções.
Tendo em vista a satisfação dessas exigências fiscais, a OROC emitiu em Abril de 2005 a
Directriz de Revisão/Auditoria 511 sob o título “Verificação do Cumprimento dos Deveres
Fiscais e Parafiscais” que enuncia um conjunto de responsabilidades e procedimentos de
revisão a elaborar pelo ROC.
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definindo a metodologia do trabalho a seguir e propondo soluções tendo em vista avaliar o
cumprimento das obrigações fiscais e o risco fiscal.
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Remuneração: Salário Remuneração: Honorários
Fonte 1
Os papéis de trabalho, são registos que evidenciam actos e fatos observados pelo auditor.
Esses registos devem estar sob a forma de documentos, tabelas, planilha, listas de
verificações, arquivos informatizados. Esses documentos dão suporte ao relatório de auditoria,
uma vez que, contêm o registo da metodologia adoptada, procedimentos, verificações, fontes
de informações, testes, enfim, todas as informações relacionadas com o trabalho de auditoria
executado.
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Fonte Ver Livro CONTRIBUINTE
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1.5.1 - Desmitificando o Trabalho da Auditoria
O trabalho do auditor pode ser, uma importante arma na luta contra a corrupção nas
Organizações. O trabalho de auditor muitas vezes é, percebido como mera avaliação das
actividades do Departamento de Contabilidade, de uma organização. Com a chegada do
auditor, os funcionários normalmente se sentem vigiados e ficam intranquilos. O trabalho de
auditoria, ainda que em algumas situações especiais necessite fazer fiscalizações rigorosas,
não tem como objectivo policiar profissionais ou suas actividades.
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d) Verificar o cumprimento das obrigações fiscais, com vista a combater a fraude e a
evasão fiscal e promover as diligências necessárias a reintegração dos preceitos
violados;
e) Acompanhar, avaliar, e dar parecer acerca dos efeitos fiscais da legislação interna,
e dos actos internacionais com incidência fiscal;
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r) Propor, participar ou dar parecer obrigatório na elaboração de diplomas com
reflexos na tributação das pessoas singulares ou colectivas;
s) Desempenhar as demais funções que lhe sejam cometidas por lei ou determinadas
pelo Ministro.
c) Um Departamento de Fiscalização;
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Capitulo – II- As Empresas do Grupo “A” e o Papel da Auditoria no Processo de
Recadação de Receitas.
No seu Artigo 5º considera-se que no Imposto Industrial existem três grupos de contribuintes
nomeadamente:
Para o caso do nosso estudo, iremos apenas nos debruçar sobre os Contribuintes do grupo A.
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2.1 – Determinação da Matéria Colectável do Grupo “A” (Artigo 22º)
Na falta de declaração, compete à administração fiscal quando for caso disso, a determinação
da matéria colectável.
Os contribuintes organizarão a sua escrita de modo que os resultados das actividades sujeitas
ao regime geral do imposto industrial possam claramente distinguir-se dos das restantes.
A taxa geral do Imposto Industrial é de 35%. Está prevista uma sobretaxa de 10% para
rendimentos superiores a um determinado montante. A taxa é de 20 % sobre o rendimento
proveniente em exclusivo da agricultura, silvicultura e pecuária. Eventualmente, mediante
autorização do Ministério das Finanças, a taxa do Imposto Industrial, pode ser reduzida a
metade da taxa geral, às empresas que se constituem nas regiões economicamente mais
desfavorecidas, a definir pelo Governo e as que procedam à instalação de indústrias de
aproveitamento de recursos locais.
A taxa do imposto é de 35%, sendo que a matéria colectável corresponde a 10% do valor do
contrato ou pagamento em actividades directamente relacionadas com a construção, reparação
ou conservação de bens do activo fixo imobiliário ou 15% do valor do contrato, tratando-se de
outras actividades.
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As empresas estatais
Os contribuintes cujo volume de negócio seja, na média dos últimos três anos,
superior a 70 UCF’s. (valores já de acordo com o Dec. Ex. nº 65/95, conf.
Instrutivos nº 1 e 5 da DNI)
No Artigo 7º é expresso que poderão optar pela sua inclusão no Grupo A qualquer
contribuinte desde que mencionem a sua pretensão até ao dia 31 de Janeiro do ano a que o
imposto industrial respeite, mediante a alteração no Registo Geral do contribuinte e apresente
a declaração a que se refere o Artigo 48º.
Os contribuintes que tiverem optado pela sua inclusão no Grupo A só decorridos três anos
poderão requerer o seu ingresso ao Grupo B. (redacção conforme a Lei 18/92 de 3/7)
De acordo com o Código civil de 1966, art. 6º a ignorância ou má interpretação da lei, não
justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas.
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b) As cooperativas de construção, com estatutos aprovados pela reforma da
legislação aplicável, quando se limitem a construírem prédios para os seus
associados ou a emprestar-lhes dinheiro para esse fim;
k) Por um período de três a cinco anos, contados da sua efectiva constituição, aos
rendimentos derivados da instalação de novas indústrias no país, bem como
aos rendimentos da actividade comercial ou industrial exercida em áreas
consideradas de interesse para o desenvolvimento económico;
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m) São considerados como estabelecimentos que exploram indústrias novas no
país;
Estabilidade macroeconómica
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Privilegiar as acções orientadas no sentido da valorização dos recursos
humanos, a melhoria da prestação dos serviços de educação, saúde e
assistencial social, fomento do emprego e na adopção de uma política de
rendimentos e preços mais justa.
Constituição, como regra para as empresas, da tributação pelo lucro real, obtida pela
contabilidade organizada, e, para as pessoas singulares sujeitas o imposto industrial, o regime
simplificado de tributação.
No caso das Empresas do Grupo A, a matéria colectável de acordo com o artigo 22º é, em
regra, determinada com base em declarações do contribuinte, a ser apresentada anualmente,
na forma do artigo 48º, deste Código, sem prejuízo do seu controlo pela administração fiscal.
Na falta de declaração, compete à administração fiscal, quando for o caso disso, a
determinação da matéria colectável.
Os contribuintes organizarão a sua escrita, de modo que os resultados das actividades sujeitas
ao regime geral do imposto industrial, possam claramente distinguir-se dos das restantes.
Com vista a tornar a lei melhor perceptível, foi feita em 1992 uma Nova Redacção conforme
Lei nº 18/92, publicado no DR nº 26 de 3 de Julho. Dessa nova redacção pode-se extrair o
seguinte para o caso das TAXAS PRATICADAS PELAS EMPRESAS DO GRUPO A.
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De acordo com o ARTIGO 72º a taxa do Imposto Industrial é de 35% Lei nº 5/99 de 6/08.
Sobre os rendimentos, que excederem os Nkz. 10.000.000,00 (35.000.000,00) Aplicar-se-á
uma taxa adicional de 10% sobre o excesso (a Lei Nº 2 acabou c/ a taxa adicional);
O Ministério da Finanças, poderá autorizar a redução à metade das taxas referidas nos nºs 1 e
2 às empresas, que se constituam na região economicamente mais desfavorecidas, a definir
pelo Governo e as que procedam à instalação de indústrias de aproveitamento de recursos
locais;
A vigência do disposto no número anterior, não poderá ser superior a dez anos, contados da
data da autorização. (Redacção conforme Lei nº 18/92 – DR nº 26 de 3 de Julho).
O Artigo 52º diz, que no prazo de 30 dias a contar da cessação da sua actividade, os
contribuintes deverão igualmente apresentar, em triplicado a declaração modelo Nº 1,
entendendo-se, que a cessação se verifica na data do encerramento das contas, ou tratando-se
de sociedade regularmente constituída, com sede ou direcção efectiva na província, da
aprovação das contas do liquidatário ou administrador.
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A declaração de impostos, será acompanhada dos seguintes documentos, que dela fará parte
integrante:
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Pelos lucros imputáveis a outras actividades comerciais no país, da mesma
natureza das exercidas pelo estabelecimento estável ou de natureza similar.
O código do imposto industrial foi aprovado pelo Diploma Legislativo nº35/72 e demais
legislação posterior. De acordo com o seu Artigo 1º, o Imposto Industrial incide sobre os
lucros imputáveis ao exercício, embora acidental, e qualquer natureza comercial ou industrial.
Uma das grandes linhas de intervenção do Governo prende-se com o esforço de melhoria das
condições sociais da população. Os resultados positivos que se alcançarem com a recuperação
da economia irão ampliar os efeitos dos investimentos públicos feitos nas infra-estruturas e
serviços sociais de índole diversa.
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Assegurar o fornecimento de água e, aonde possível, de electricidade, com o intuito de
melhorar as condições de vida do seu grau de integração interna.
O sistema fiscal de tipo cédulas caracteriza-se por cada categoria de rendimento ser
determinada em função da sua origem ou natureza e submetida a uma tributação própria. As
regras de incidência, determinação da matéria colectável e taxas aplicáveis são especialmente
adaptadas a cada tipo de rendimento (rendimentos prediais, rendimentos comerciais e
industrias, rendimentos do trabalho, entre outros).
Esta reforma foi inspirada com base no sistema fiscal vigente em Portugal na altura e tinha
como principal objectivo a harmonização dos diversos regimes fiscais, passando a assentar em
princípios no qual todos fossem comuns, e a estar estruturados de modo a evitar duplas
tributações ou discriminações injustificadas em desfavor de qualquer parcela do espaço
português.
Todavia, com ela se pretendia atingir separadamente cada categoria de rendimentos (salários,
rendas, juros e lucros), através da criação de vários impostos autónomos – o imposto
profissional (1968), o imposto predial urbano (1970), o imposto sobre aplicação de capitais
(1972) e um imposto de sobreposição global, o imposto complementar (1972).
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Enquanto no sistema, relativamente à estrutura jurídico-fiscal, existia a autonomia da
tributação das mais – valias e a inexistência de um diploma que integrasse todos os preceitos
de carácter geral comuns aos impostos, em matéria de vigência, interpretação e aplicação das
normas fiscais, garantias dos contribuintes, isenções e regulação da obrigação fiscal e
infracções fiscais, a reforma de 1967 – 1972, trouxe como novidade, o código geral tributário,
uma legislação unitária de tributação dos rendimentos.
Angola herdou, como referimos, um sistema Fiscal profundamente influenciado pelo sistema
fiscal português, cuja estrutura jurídica assenta, em grande medida, nos diplomas publicados
entre 1972 e 1967. Este sistema teve com base a reforma da tributação sobre os rendimentos
operados em Portugal nos anos sessenta (60) e, também em diplomas provenientes da reforma
tributária de 1948, igualmente influenciada pela anterior reforma de 1929.
Em substituição dos impostos referidos foram criados outros, como o imposto de resistência
popular, que no fundo se tratava de um adicional aos impostos industrial, etc., sobre aplicação
de capitais, com taxas progressivas, e o selo de reconstrução nacional, criado em 1977, tinham
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como finalidade contribuir com as receitas para um fundo destinado a financiar as despesas de
instalação e manutenção da defesa nacional e também financiar as empresas estatais.
O imposto caíra em desuso na medida em que o nosso sistema político – económico sendo as
empresas propriedade do estado não havia impostos mas – entrega ou transferências
contabilísticas ao orçamento do estado. Contudo, todos os diplomas que postulavam a
aplicação dos impostos (industrial, Profissional, sobre a aplicação de capitais, predial, etc.),
nunca foram revogados.
O modelo de estado socialista levou não só a um aumento das despesas públicas, como a
diminuição das receitas, resultando, um aumento do património público, objecto de isenção
fiscal. Como se não bastasse, a fuga do em Angola da classe empresarial aliada ao modelo de
tributação das empresas públicas, obrigou também a uma diminuição do imposto industrial.
Entre 1980 – 1983, as entregas dos lucros das empresas estatais ao orçamento do estado não
representavam mais do 15% a 20% das receitas orçamentais, cobrindo menos de 15% das
despesas públicas.
A repartição dos contribuintes é feita por três grupos A,B e C dos quais iremos apenas nos
debruçar do comportamento dos contribuintes do grupo A.
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- No grupo B a mesma é feita mediante aplicação de 25% sobre o valor das
vendas e/serviços prestados ou 35% sobre o valor das compras ou dos custos
dos serviços prestados.
Esta reforma fiscal, inserida num contexto de continuidade, é de carácter nitidamente parcelar
e com preocupações essencialmente creditícias e de simplificação.
As principais alterações constam de um pacote legislativo composto por seis diplomas legais,
que são: a lei nº 12/92, se Julho e as leis nºs 13/92, 15/92 e 18/92, de 3 de Julho. A lei nº
12/92, de 19 de Junho, que aprovou o código do imposto sobre os rendimentos do trabalho é o
único diploma cujos objectivos não se centram apenas nas questões de simplificação dos
procedimentos e da optimização das receitas.
Ainda sobre a Justiça fiscal merece nota de realce, apesar dos níveis de inflação, a
consagração do princípio de garantia de um mínimo de existência, abaixo do qual se estipulou
a não tributação dos respectivos benefícios de rendimento, isto é, até aos 100 mil Kwanzas
reajustados, (actualmente correspondente a 100 Kwanzas).
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Em relação à determinação da matéria colectável, no âmbito do código geral tributário
(C.G.T.), suprimiram-se as comissões de fixação e respectivas competências, uniformizando
os procedimentos que iriam decorrer nas repartições fiscais.
No que toca ao imposto industrial, cujas alterações resultaram da lei nº 18/92, para além das
revogações de alguns preceitos do código, é de relevar a revogação do imposto sobre as
explorações agrícolas florestais e pecuárias, integrando-as sob o campo de incidência do
C.I.I., (código de imposto industrial) pondo assim fim às discussões em - redor do criticado
regime de facilidades destas actividades, resquício ainda do passado colonial.
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Na realidade este regime foi criado para garantir que todas as entidades que recebem
rendimentos derivados de empreitadas, subempreitadas e prestação de serviços sejam
tributadas, garantindo, assim um tratamento mais justo para residentes e não residentes em
Angola.
Incide sobre o exercício de actividades de empreitadas que sejam ou possam a vir ser
considerados, pelo adjudicador, contratante ou beneficiário, custos contabilizados ou não em
Angola, bem como as prestações de serviços imputadas a empresas ou estabelecimentos
estáveis localizados em Angola, não abrangidas pelas disposições do código de impostos
sobre o rendimento do trabalho.
Porém as prestações de serviços abrangidas por este diploma são os contratos de assistência
técnica, os contractos de gestão e outros da mesma ou idêntica natureza.
A matéria deste imposto é calculada aplicando uma percentagem ao valor do contrato essa
percentagem é de :
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empreitadas (lei 7/97 de 10 Outubro), veio facilitar uma vez mais as empresas prestadoras de
serviços no sector dos petróleos
O presente trabalho contou com a colaboração dos funcionários da D.N.I. e da D.N.A., das
Delegações Provinciais de Finanças e de visitas às Repartições Fiscais do 1º e 3º Bairros
Fiscais de Luanda, ao Tribunal de execuções Fiscais de Luanda, às repartições Fiscais de
Benguela, Lobito, Lubango e de Cabinda, para além dos Departamentos de Impostos das
Delegações Provinciais de Benguela, Huíla e Cabinda, com o intuito de observarem “in loco”
as condições de desempenho das tarefas tributárias e avaliar os procedimentos
administrativos.
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È de realçar que a 1ª fase do presente trabalho cobre o períodos de 13 de Janeiro à 17 de
Março de 2000, e a 2ª fase de 5 a 27 de Maio de 2000, estando prevista a sua conclusão em
2003, com a implementação da reforma fiscal no país , que mais adiante se fará destaque
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Sistema de recolha geral de emissão das taxas de circulação.
Todo o sistema funciona em ambiente MS-DOS, com a utilização de redes locais (LAN) e
não existe nenhuma WAN (rede especialmente distribuída) susceptível de integrar as várias
redes locais. Assim, as várias áreas da DNI não estão integradas em rede, existindo serviços
onde apenas estão instalados recursos de suporte administrativo.
A obrigação de pagamento dos impostos decorre do próprio Código Geral Tributário através
da definição dos elementos essenciais tributários (incidência, taxa, isenções e garantias dos
contribuintes), havendo uma reserva absoluta de lei impondo que a única entidade a legislar
sobre a matéria fiscal seja a Assembleia Nacional como forma de garantir o princípio de
igualdade e da legalidade tributária.
Mas se o sistema for ineficiente e pouco transparente (em especial na obtenção de receitas)
pode provocar situações de incompreensão, desvio de fundos ou diminuição significativa das
receitas e incumprimento dos objectivos fixados no Orçamento Geral do Estado.
40
2.8.2 - Tipos de Cobrança
Em Angola por razões diversas, a receita virtual caiu em desuso devido à alteração dos
procedimentos tributários, em especial nos chamados impostos periódicos (imposto industrial,
imposto Predial Urbano), pois, foram estas receitas transformadas em eventuais onde é o
próprio contribuinte que voluntariamente determina e procede à sua liquidação, e através da
emissão do título de cobrança - DAR - efectua de forma voluntária os pagamentos.
41
Despacho conjunto nº 39/92, de 31 de Julho que altera o modelo do
DAR;
Os principais impostos que compõem a receita do Estado Angolano são: o imposto Industrial,
o Imposto de Selo, o imposto sobre o rendimento de trabalho, o imposto predial urbano, o
imposto sobre o consumo, o imposto de produção e o imposto sobre o comércio externo.
42
A arrecadação de receitas é controlada na óptica dos pagamentos. As conferências efectuadas
ao longo do circuito pelas Repartições Fiscais, Delegações Provinciais e Departamento
Central apontam neste sentido.
O controle mais efectivo e consistente encontra-se sediado obviamente nos Serviços Centrais.
Repartições Fiscais – controle de uma forma raramente algébrica dos modelos D, dos DAR
emitidos e dos somatórios, mensalmente, etc.
Até ao ano 1999, havia uma brochura à disposição dos contribuintes com o calendário fiscal
anual, informação mensal do tipo de obrigações bem como dos pagamentos a efectuar em
cada período.
A partir do ano 2000 implementou-se um outro tipo de calendário mais pormenorizado e com
a informação detalhada para o contribuinte.
Para a sua análise devem ter-se em conta as especificidades da economia angolana onde
pressupostos básicos influenciam, positiva ou negativamente, os indicadores
macroeconómicos.
De realçar que existe uma forte dependência do sector petrolífero, onde as transacções são
efectuadas em moeda estrangeira.
2
O DAR é constituído por quatro vias: 1ª Repartição Fiscal, 2ª Direcção Nacional de Contabilidade – D.N.C., 3ª
Banco intervenientes do sistema e a 4ª Contribuinte, Existem, nele 24 campos a preencher.
43
Capitulo – 3- SISTEMA DE IMPOSTO
Normas tributárias,
Fiscalização
A nível de base territorial, estrutura-se em Delegações Provinciais3, que integram uma área
departamental de impostos e em Repartições Fiscais, que são por excelência os órgãos locais
que asseguram as funções tributárias nas suas áreas de actuação.
As Repartições Fiscais, actualmente em número de 54, dispersas por todo o país, são na
prática os órgãos de administração tributária incumbindo-lhes funções lançamento (liquidação
e cobrança), de fiscalização e de apoio ao contribuinte (esclarecimentos, recepção de
declarações, cadastro, etc.) e sobretudo os serviços onde o Estado exerce o poder tributário a
nível nacional.
3
As Delegações Provinciais de Finanças são só órgãos de coordenação e controlo nas áreas de orçamento tesouro de contabilidade pública
do MINIFIN a nível de cada província.
44
ORGANIGRAMA DA DIRECÇÃO NACIONAL DE IMPOSTOS – D.N.I.
É visível que o modelo de Direcção Geral que o organograma apresenta corresponde a uma
estrutura orgânica tradicional. Relativamente à departamentalização dos serviços centrais é
facilmente verificável às das maiores repartições fiscais, com a particularidade de uma
separação nítida entre a actividade de fiscalização e a das normas tributárias, complementadas
com a existência de um departamento específico para a tributação petrolífera face à
importância desde sector nas receitas do Estado.
No entanto, este modelo organizativo está., ano essencial, relacionado com a filosofia de
cobrança, do relacionamento com o contribuinte efectuado com base na voluntariedade
individual e um controlo à posterior das situações de incumprimento por parte da fiscalização.
Daí o abandono dos tradicionais sistemas de lançamento tributário com a definição prévia por
parte da administração da situação do contribuinte (pelo menos nos impostos periódicos) e
dado o grande realce ao sistema de arrecadação de receitas, base de todos os outros
subsistemas.
45
A evolução a um modelo mais moderno, elaborado sob critério de eficiência tributária activa,
definidora das regras e controlo sistemático das situações tributárias, com recurso às novas
tecnologias de informação. Daí a definição de um modelo organizativo propiciador da
introdução de medidas profundas baseado no reforço do papel dos serviços da are de
inspecção tributária, gestão tributária e sobretudo na informática tributária.
O pessoal da DNI esta integrado no regime geral da função pública, não sendo considerado
até ao momento como um quadro especial, distribuindo-se pelos seguintes grupos de
categorias:
Pessoal Administrativo;
Tesouraria;
Auxiliar ;
Operário qualificado e
PROVÍNCIAS
Nº % Nº %
ADMINISTRATIVO 57 25 126 38
AUXILIAR 20 10 73 21
A nível do NIF é usado com alguma frequência o conceito de empresa, simultaneamente com
pessoas singulares ou pessoas colectivas.
Assim quando, nos prazos fixados na lei fiscal, seja necessário proceder-se à fixação de
rendimentos ou à análise de declarações entregues pelos contribuintes, através do SGCT
(Sistema de Gestão de Cadastro Tributário) e em cada repartição fiscal, quase de uma forma
imediata, se conhecem os contribuintes sujeitos ao cumprimento das obrigações declarativas,
quais ou que cumpriram e aqueles que estão em falta e que montantes foram declarados ou
qual o imposto entregue nos Cofres do estado.
O conceito jurídico de pessoa singular ou pessoa colectiva não faz distinção do contribuinte
em função do método de tributação, (p.e. se está enquadrado no Grupo A ou Grupo B do
Imposto Industrial), e assim foi necessário criar-se o conceito de empresa, de forma a que
47
todos os contribuintes que possuam contabilidade organizada e sujeitos ao método de
verificação, quer se tratem de pessoas singulares ou pessoas colectivas, em função do Artigo
6º do Imposto Industrial, fiquem abrangidos neste conceito.
Normas tributárias,
Fiscalização
A nível de base territorial, estrutura-se em Delegações Provinciais4, que integram uma área
departamental de impostos e em Repartições Fiscais, que são por excelência os órgãos locais
que asseguram as funções tributárias nas suas áreas de actuação.
As Repartições Fiscais, actualmente em número de 54, dispersas por todo o país, são na
prática os órgãos de administração tributária incumbindo-lhes funções lançamento (liquidação
e cobrança), de fiscalização e de apoio ao contribuinte (esclarecimentos, recepção de
declarações, cadastro, etc.) e sobretudo os serviços onde o Estado exerce o poder tributário a
nível nacional.
4
As Delegações Provinciais de Finanças são só órgãos de coordenação e controlo nas áreas de orçamento
tesouro de contabilidade pública do MINIFIN a nível de cada província.
48
os contribuintes. Compete-lhe, ainda colaborar na administração da justiça tributária
assegurando a representação e a defesa dos interesses da fazenda nacional junto dos órgãos
judiciais.
1996 - 288.608.425*
1997 - 637.916.227*
1998 - 670.319.977*
1999 - 4.213.399.390*
2000 - 42.240.242.936*
*Valor absoluto
Fonte: DRAR/DNI/MINFIN/2001
Em 1999, cerca de 97% de receita total foi cobrada na Província de Luanda, destacando o 1º e
3º Bairros Fiscais com, aproximadamente 85% da receita total. O conjunto de receitas
derivadas da Indústria petrolífera representa 75% da receita total.
5
Lançamento é o conjunto de operações conducentes à identificação do sujeito passivo do imposto e à
determinação da matéria colectável. Neste caso significa que a cobrança já foi consumada.
49
informática que visa estabelecer um sistema de informação permanente e fiável, de duas
variantes básicas para o controle dos contribuintes:
Nesta perspectiva, um bom sistema de informação constitui um factor tecnológico básico para
assegurar a melhor administração de qualquer unidade organizativa.
Existem diversos factores que aconselham a realização, a curto e médio prazo, de uma
reforma fiscal, entendida em sentido amplo, abrangendo o sistema fiscal como conjunto de
todos os impostos, as Administrações que têm a seu cargo a sua gestão e o sistema de justiça
fiscal.
Os estudos existentes mostram que o actual sistema fiscal, em particular a área dos impostos
internos, é ineficaz pois não permite atingir os objectivos constitucionais de política tributária,
que lhes são atribuídos, não dando resposta aos planos nacionais de desenvolvimento nem
estimula a desejada diversificação das fontes de financiamento do Estado. Os resultados
estimados da execução do OGE 2008 indicam que os Impostos petrolíferos cresceram de
importância, representando 84,6% do total da receita fiscal total e cerca de 44,8% do PIB. Os
impostos sobre o rendimento os direitos sobre as importações e os impostos sobre a produção
e as actividades comerciais, imposto de consumo, cuja receita total não ultrapassa os 15,4%
da receita fiscal total e uma multiplicidade de pequenos impostos, taxas e receitas parafiscais
diversas com receitas irrelevantes que complicam o sistema e o controlo da arrecadação.
O Sistema fiscal existente pode-se considerar como um obstáculo ao desenvolvimento por ser
um sistema fiscal obsoleto, pois a sua essência provém do período colonial. O sistema vigente
não está suficientemente configurado para a atracção de investimento, a inexistência de
convenções de dupla tributação reforça o seu carácter pouco atractivo; a justiça tributária não
garante a necessária segurança.
50
O sistema vigente não se adequa às mudanças políticas em curso, e assenta em técnicas
jurídicas ultrapassadas (um Código Geral Tributário restrito a impostos sobre o rendimento,
normativos sobre procedimentos, execuções fiscais e infracções tributárias inadequados,
legislação sobre a tributação dos rendimentos e do consumo desfasada das reformas
tributárias modernas, etc., e revela uma difícil inserção do tecido social e empresarial.
Apesar de algumas medidas positivas já introduzidas existe ainda, um longo caminho por
percorrer no sentido de uma melhor articulação destes organismos, nomeadamente em áreas
como os sistemas de informação, a justiça, a inspecção, as infracções e demais procedimentos
em relação aos contribuintes.
Transparece, portanto, que qualquer que seja a óptica de análise (económica jurídica,
processual ou administrativa) a reforma fiscal é necessária e inadiável.
A Reforma Fiscal deve antes de tudo estar sintonizada com a Lei Fundamental do País. A
Actual Lei Constitucional angolana não contém um programa de reforma que defina o tipo de
sistema fiscal que deveria ser adoptado (imposto único sobre o rendimento das pessoas
singulares, imposto sobre as empresas com base no rendimento real, etc.).
Princípio da legalidade;
51
Princípio da igualdade;
Que devem informar e conformar, em concreto, o sistema fiscal, existente ou a criar. Isto é
uma grande vantagem pois, no essencial, deixa para os órgãos de soberania a decisão de como
estruturar este sistema, nomeadamente a decisão sobre o tipo de reforma fiscal a efectuar.
No plano político a primeira questão a clarificar é pois a dos objectivos que, a actual
conjuntura, devem nortear uma reforma Fiscal em Angola.
A Reforma Fiscal deve ainda, no curto prazo, conduzir ao incremento do combate à fraude e
evasão fiscais, nomeadamente através da melhoria dos sistemas de cobrança, de retenção na
fonte, de implementação e alargamento de uma rede informática e de sistema de informação
modernos, da coordenação entre os sistemas de inspecção fiscal e aduaneiro, da melhoria das
técnicas de gestão, de uma utilização mais intensiva do número do contribuinte, da efectiva
realização de execução fiscais e da penalização dos infractores. Este é um objectivo que
possibilitará não apenas um maior nível de arrecadação de receitas, mas também a realização
de uma maior justiça fiscal e de uma concorrência mais saudável entre agentes económicos.
52
automatizada e a adopção de uma política remuneratória baseada no mérito e em função de
resultados e objectivos.
Aduaneiro
Parafiscalidade
Administração Fiscal
Justiça Tributária
Tributação Internacional
Deverá obedecer um quadro de prioridades e de acções que serão projectadas no curto prazo
(1 a 2 anos) e, médio prazo (3 a 5 anos).
53
3.5.2 – Lei dos incentivos Fiscais
Lei nº 17/03
A existência de uma Lei Geral Tributária é hoje corrente em muitos Estados, representando
um instrumento de racionalização, de estruturação e de estabilidade dos sistemas tributários.
Com efeito, de criação de um quadro legal atractivo ao investimento privado passa por uma
política de incentivos e benefícios fiscais com instrumentos de políticas económicas e sociais
concentradas.
Nestes termos, ao abrigo das disposições combinadas da alínea f) do artigo 90º, e do nº1 do
artigo 91º., ambos da Lei Constitucional a Assembleia Nacional emite a seguinte Resolução:
O Serviço de Gestão de Cadastro Tributário (SGCT) é um novo sistema que tem como
objectivo gerir, a nível do Ministério das Finanças (Direcção Nacional de Imposto) e nas
repartições Fiscais, as situações tributárias dos contribuintes, facultar um melhor conhecimento
do seu universo e descentralizar os procedimentos de identificação e actualização dos dados
cadastrais, que passarão a ser efectuados pelas Repartições Fiscais informatizadas, com base
numa nova aplicação informática – O Sistema de Gestão de Cadastro tributário.
Pretende-se também com este novo Sistema de Cadastro Tributário recolher e disponibilizar de
forma descentralizada os dados referentes à actividade de Contribuintes (Início, Alterações e
54
Cessações), efectuar o seu enquadramento global face às obrigações fiscais a emitir um Cartão
Electrónico (para Pessoas Singulares e Colectivas), com tecnologia chip-card.
Este registo irá permitir uma melhor identificação fiscal de cada contribuinte através do seu
Número de Identificação Fiscal (NIF) que fornece informação relativa ao nome, endereço
enquadramento e, identificação das obrigações tributárias que periodicamente deve cumprir.
O Sistema de registo único de contribuinte ou seja Cadastro tem como função primordial servir
os vários sistemas como fonte principal de dados básicos sobre estes.
È de extrema importância que, uma vez constituído o ficheiro principal, sejam criados
procedimentos contínuos e permanentes por forma a manter actualizada a base de dados.
Por um lado, no âmbito da luta contra a evasão e fraude fiscal, nomeadamente em sede de
Imposto Industrial, é imperativo rever as normas sobre a atribuição do número de
identificação fiscal às pessoas colectivas, tendo em vista adaptar a sua função cada vez
maiores exigências de controlo do cumprimento tributário.
Sendo esta uma das principais competências da DNI, é importante criar um sistema ágil célere
e eficaz, que abranja de forma integrada e uniforme, todos os sujeitos passivos – empresas –
independentes da sua natureza jurídica formal, e também reformular o próprio cartão de
55
identificação por forma a possibilitar a utilização de meios electrónicos de consulta ou
inserção de dados, nomeadamente em Pinpads.
Foi necessário com base a isso o desenvolvimento de uma solução como o Sistema de Gestão
do Cadastro de Contribuintes, prendeu-se com a existência de alguns constrangimentos, aos
quais foi necessário dar respostas, nomeadamente a tais situações:
56
e na formação fornecida pelo próprio ou por um seu Representante, procedimentos
que adiante se descrevem de forma pormenorizada.
Está prevista a curto prazo a possibilidade de inscrição via Internet, numa primeira fase para
os denominados grandes contribuintes.
A par com estas mudanças, surgem benefícios óbvios, quer para a Administração Fiscal, quer
para o Contribuinte.
57
Disponibilidade imediata, no acto da inscrição em cadastro, no Número Fiscal,
definitivo, ficando o Contribuinte com o documento provisório de substituição do
cartão;
Consultas variadas;
E às respectivas informações residentes nas bases de dados fiscais, com maior simplicidade e
maior segurança, face à tecnologia chip-card utilizada no cartão electrónico de Contribuinte.
58
declaração de início de actividade. Para efeitos fiscais, a DNI poderá atribuir oficiosamente o
número de identificação fiscal a todas as empresas e entidades equiparadas que não
apresentarem, a apresentar, a declaração de início de actividade.
5 4 1 0 0 0 4 5 1 X
Nos casos referentes às entidades Isentas de tributação, mas a quem, por qualquer motivo,
deva ser atribuído número de identificação fiscal, este será iniciado pelo dígito 7.
Para o efeito de atribuição do número fiscal, todas as entidades ainda que isentas de tributação
para as quais seja necessária a atribuição de um NIF, são obrigadas a inscrever na repartição
fiscal competente a declaração de início de actividade (igual à utilizada para as empresas).
7 4 1 0 0 0 4 5 1 X
O primeiro dígito identifica o grande grupo de contribuintes anteriormente descrito para cada
tipo de contribuintes, conforme a seguinte codificação:
59
DÍGITO GRUPO DE TIPO DE CONTRIBUINTE MÉTODO
CONTRIBUINTE TRIBUTAÇÃO
IDENTIFICADOR
Instituições de Crédito
Casas de Câmbio
Seguradoras
Outros Equiparados
Embaixadas
Fonte :
60
3.12 - Actividades dos Contribuintes .
Ao nível das consultas é também possível dispor de informação integrada e actualizada dos
dados dos Contribuintes, nomeadamente, através das consultas aos elementos que
caracterizam a sua actividade, à informação contida nas declarações de Actividade, do
histórico de enquadramentos por impostos.
61
3.13.2 - Esquema dos Procedimentos e Circuito de Documentos .
Fonte :
INSCRIÇÃO Enviar por Fax para o Envio por correio normal Emissão do cartão de
PESSOAS Serviço de cadastro
para o Serviço de Contribuinte de
SINGULARES
Cadastro Pessoa Singular no
(Método Declativo)
prazo
INSCRIÇÃO DE Envio por Fax para o Envio por correio normal Emissão do cartão de
EMPRESAS
Serviço de cadastro para o Serviço de Contribuinte de
Cadastro Empresa
INSCRIÇÃO DE Envio por fax para o Envio por correio normal Emissão do cartão de
ENTIDADES
Serviço de Cadastro para o Serviço de Contribuinte de
ISENTAS
Cadastro “Entidade isenta”
Fonte:
62
3.13.3 – Cartão Electrónico de Contribuinte.
O microprocessador contém áreas de memórias que não podem ser lidas, onde é guardada a
chave secreta, e contém uma área onde pode ser guardada informação.
Nesta última área será guardada toda a informação cadastral que ajude a identificar e
caracterizar o contribuinte, bem como está previsto vir a ser disponibilizada indicação sobre
as respectivas obrigações fiscais.
O cartão de identificação fiscal de empresa ou entidade equiparada será emitido pelo Serviço
de cadastro da DNI após a declaração de início de actividade prestada na repartição fiscal
competente, podendo ainda ser emitido oficiosamente, logo que a administração fiscal tenha
conhecimento do início do exercício de actividade.
O cartão de contribuinte de Empresa, válido por 5 anos, é impresso nas duas faces, e contém
na frente:
Um chip incorporado;
Nome do Contribuinte
Data de Emissão
63
Validade
O cartão de contribuinte de Empresa, válido por 5 anos, é impresso nas duas faces, e contém
na frente:
Um chip incorporado;
Nome do Contribuinte
Data de Emissão
Validade
Prevê-se que numa 2ª fase, que se estima que possa decorrer durante três anos, sejam emitidos
gratuitamente Cartões Electrónicos para os Contribuintes Singulares, que mantém com a
administração fiscal relações que os justifiquem.
Com este novo cartão a Administração Fiscal dá mais um passo no sentido da modernização e
da integração na Sociedade da informação, para além de que, abre caminho à futura
disponibilização, em Quiosques Multibanco, caixas Multibanco e outros Terminais /PC’s
munidos de um leitor de cartões (Pin Pad), de serviços em Self – service (como por exemplo,
alterações de moradas de Contribuintes Singulares, pedidos de documentos via RF virtual,
impressão de extractos/certificados com o conteúdo da informação existente no chip etc.).
64
LIQUIDAÇÃO COBRANÇA FISCALIZAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
O início de actividade tributária que, por força do artigo 77º do código do Imposto Industrial,
dê origem à liquidação do imposto com base em lucros mínimos constantes da respectiva
Tabela Geral de Lucros Mínimos, é tratado a nível do SGCT (Sistema de Gestão de
Cadastro Tributário) de uma forma integrada e automática.
Trata-se de uma funcionalidade de grande alcance pois vai permitir que as repartições fiscais
tratem integralmente a situação tributária dos contribuintes, diminuindo a evasão e fraude
fiscais e cumulativamente aumentando as receitas tributárias de Angola.
65
3.17. – Sistema de arrecadação de Receitas.
A Inspecção Tributária tem como objectivo minimizar a diferença existente entre o imposto
declarado pelos contribuintes e o imposto potencialmente definido pela lei, maximizando,
pela eficácia da sua actuação, o cumprimento voluntário das obrigações fiscais pelos
contribuintes.
66
sobretudo visibilidade, levar os contribuintes ao cumprimento voluntário
das suas obrigações fiscais, e
67
Fig. 3- Numero de Acções de Fiscalização
Rubricas Nº de Visitas % % %
Aleatório 0
68
JUROS COMPENSAT. 12.5 18.52 14.82 13
No sistema fiscal angolano grande parte dos procedimentos técnicos-tributários são ainda
processados manualmente, com excepção dos documentos de cobrança, baseados em
verbetes-índice para a identificação dos contribuintes, matrizes para a identificação dos
prédios, verbetes de lançamento onde se registam as operações de cálculo do imposto,
relações de descargas onde se relacionam os documentos de cobrança nas fases de pagamento
e processo individuais onde se arquivam todos os elementos respectivos de cada contribuinte.
69
Em relação ao Imposto Industrial existe o mecanismo de auto-liquidação, os funcionários
responsáveis pela administração do imposto dedicam-se em quase exclusivo a aguardar a
vinda dos contribuintes aos serviços fiscais para a emissão do documento de cobrança,
havendo em algumas Repartições Fiscais alguns mecanismos alternativos possibilitando na
prática um semi-processo de fixação de rendimento (em especial nos Grupos B e C) .
Outro facto preocupante detectado foi a diminuta existência de certidões de relaxe para
cobrança coerciva, através do mecanismo das execuções fiscais, o que veio a confirmar um
dos grandes inconvenientes do sistema auto-liquidação.
Como não é efectuado o lançamento virtual com a emissão dos documentos de cobrança,
previamente ao pagamento pelo contribuinte, tornar-se difícil aos serviços fiscais, após o
decurso do prazo legal de cumprimento, detectarem quem não pagou e proceder de imediato à
execução fiscal. Somente à posteriori ou através de visitas de fiscalização tal é realizável mas
com o avolumar constante das rotinas numa Repartição Fiscal, na prática, acaba por não ser
feito e daí a justificação para a actual diminuição de receitas.
Por outro lado, o actual regime das execuções fiscais, através dos juízos fiscais, cria grandes
confusões e problemas de ordem com o ministério da justiça, num país onde não existe a
separação de poderes. A declaração de um regulamento de arrecadação de receitas onde
viesse a considerar de natureza administrativa a cobrança coerciva, tornando o chefe de
repartição fiscal a autoridade para a recuperação desses créditos, resolveria o actual problema
desde que também fosse solucionado o problema da afectação das custas (em primeira linha)
aos funcionários que directamente trabalham o processo executivo, tendo em conta o elevado
nível de dificuldade e tecnicidade da recuperação dos créditos ao Estado.
O Tribunal das Execuções Fiscais de Luanda deveria ser reconvertido num Tribunal Fiscal, de
natureza jurisdicional, com competência exclusiva para a resolução dos contenciosos
tributários, em especial os processos de impugnação judicial , de oposição que envolvessem a
diminuição das garantias dos contribuintes.
71
Conclusões
A hipótese geral do trabalho, foi a de verificar se aplicando uma auditoria Interna sobre os
impostos Industriais das Empresas em Nome Colectivo influenciaria o rendimentos do
Orçamento Geral do Estado de modo a não afectar o nível de vida da população ?
Após a análise e verificação das hipóteses podemos constatar que os rendimentos são
afectados tanto da forma positiva como da forma negativa dependendo da estrutura
organizativa da empresa e o método de tributação por ela usada.
1- As empresas organizadas pagam menos impostos porque são aquelas que possuem livros
de registos de compras/vendas e ou prestação de serviços devidamente organizadas e têm um
consultor fiscal, conhecedor da lei fiscal.
2 - As empresas organizadas, sem consultor fiscal, não deduzem as retenções feitas na fonte
pela entidade contratante. Não conhecem a lei fiscal, pagam maior valor de imposto devido à
forma de tributação a elas aplicadas pela administração fiscal;
3 - As empresas menos organizadas e sem consultor fiscal, quando têm gestores com algum
conhecimento da lei fiscal, pagam menos em relação aos dois primeiros casos;
4 - Uma empresa completamente desorganizada, paga ainda menos com relação aos primeiros
casos devido a forma de tributação utilizada pela administração fiscal
5 - Uma empresa menos organizada (sem livros de registos devidamente escriturados), sem
consultor fiscal e sem nenhum gestor com conhecimento da lei fiscal, paga mais com relação
à todos os casos.
Assim, a hipótese levantada de que, aplicando uma auditoria Interna sobre os impostos
Industriais das Empresas em Nome Colectivo influenciaria os rendimentos do Orçamento
Geral do Estado de modo a não afectar o nível de vida da populaçãoé aqui confirmada.
6 - O princípio da capacidade de pagar não é possível analisar e quantificar, razão pela qual
leva as administrações fiscais a optarem pela presunção dos lucros. Isto, porque a lei define
qual a forma de tributação para esta categoria de empresas, e como a própria lei diz, que, o
seu cálculo é presumido e não real efectivo, então não vemos o porque da aplicação deste
princípio, porque na maior parte das vezes o montante de imposto que as empresas pagam não
72
esta relacionado com o seu rendimento ou a sua riqueza, de que quanto maior for a riqueza ou
o rendimento, maior será os impostos.
7 - Na realidade, o sistema do lucro normal impede o crescimento das empresas, pois o risco
de perder aumenta porque de facto, as empresas sabem que a qualquer aumento da sua
capacidade produtora corresponderá maior imposto, mas não sabem se obterão rendimentos
suficientes para o pagar. Devido a outros factores de mercado.
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RECOMENDAÇÕES
2 - Urge a criação de uma base de dados, que possa conter toda informação referente a,
legislação fiscal e outra.
3 - Deve-se criar uma lei que obrigue a existência de um gestor administrador qualificado
profissionalmente para dirigir as empresas e que todas as empresas deveriam ter
obrigatoriamente um consultor e auditoria fiscal.
5 - De uma forma geral pretende-se com isto reduções das taxas dos impostos industriais que
se traduzissem em desagravamento dos custos das actividades empresariais, em particular das
mais lucrativas, provavelmente as melhores geridas.
6 - Porque a baixa de taxa de imposto actua como um paliativo psicológico, o que reduz a
fraude, fuga e evasão fiscal. Aumentando desta forma a confiança do sistema por parte do
empresário.
8 - Constata-se, que a fiscalidade tem uma grande influência na estrutura de custo das
empresas.
74
métodos científicos para minimizar esta influencia sem que para isso se recorra a fraude,
elisão e fuga fiscal.
75
76