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CONSTITUIÇÕES DOS PAÍSES DO MERCOSUL

1996-2000
Textos Constitucionais Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile,Paraguai e Uruguai

2001

Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados


Centro de Documentação e Informação
Coordenação de Biblioteca
http://bd.camara.gov.br

"Dissemina os documentos digitais de interesse da atividade legislativa e da sociedade.”


CÂMARA DOS DEPUTADOS

Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul


Representação Brasileira
Parlamento Cultural do Mercosul - PARCUM

Textos t::onstitucionais

Argentina, Bolívia, Brasil,


- -Ie, Raraguai e Uruguai

Brasília - 2001
MESA DA
CÂMARA DOS DEPUTADOS
51ª Legislatura - 3ª SessãoLegislativa
2001

Presidente: AÉCIO NEVES (PSDB-MG)

Primeiro-Vice-Presidente: EFRAIM MORAIS (PFL-PB)

Segundo-Vice-Presidente: BARBOSA NETO (PMDB-GO)

Primeiro-Secretário: SEVERINO CAVALCANTI (PPB-PE)

Segundo-Secretário: NILTON CAPIXABA (PTB-RO)

Terceiro-Secretário: PAULO ROCHA (PT-PA)

Quarto-Secretário: CIRO NOGUEIRA (PFL-PI)

Suplentes de Secretário
Primeiro-Suplente: PEDRO VALADARES (PSB-SE)

Segundo-Suplente: SALATIEL CARVALHO (PMDB-PE)

Terceiro-Suplente: ENIO BACCI (PDT-RS)

Quarto-Suplente: WILSON SANTOS (PMDB-MT)

Diretor-Geral: Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida

Secretário-Geral da Mesa: Mozart Vianna de Paiva


®
CÂMARA DOS DEPUTADOS

Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul


Representação Brasileira
Parlamento Cultural do Mercosul- PARCUM

CONSTITUiÇÕES DOS PAíSES


DO MERCOSUL
1996 - 2000
Textos Constitucionais
Argentina, Bolívia, Brasil, .
Chile, Paraguai e Uruguai

Memória, regulamento interno, resoluções e atas


dos encontros do Parlamento Cultural do MERCOSUL
e textos constitucionais dos países membros e associados
do MERCOSUL

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Centro de Documentação Jl~fó~M~lç"~bI3U (;OG l\H.i\,iVi.~,:) ,~


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Coordenaçã? de Publipaçõês~J .:::i T O j J 1:1


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CÂMARA DOS DEPUTADOS
DIRETORIA LEGISLATIVA
Diretor: Afrlsio Vieira Lima Filho
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Diretora: Suelena Pln/o Bandeira
COORDENAÇÃO DE PUBLlCAÇOES
Diretora: Nelda Mendonça Raulino

© Master en Gesti6n y Políticas Culturales en el MERCOSUR, 2000


Titulo original: Parlamento Cultural deI Mercosur- PARCUM: 1996-2000: Textos Constitueionales
de: Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Paraguay, Uruguay
Edição original publicada em 2000 por Master en Gesti6n Culturales en el Mercosur com o apoio da Organização
dos Estados Iberoamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e da Universidade de Palenmo.

Prefácio, Apresentação e Autoridades traduzidos por Santiago Marlin Gallo.

Câmara dos Deputados


Centro de Documentação e Infonmação - CEDI
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Anexo I - 23' andar
Praça dos Três Poderes
Brasilia (DF) 1G
34~,4lf)
CEP 70160-900
Telefone: (61) 318-6865: fax: (61) 318-2190
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SÉRIE
Ação parlamentar
n.153
GVPJST
.u,i-
Dados Intemacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.

Constituições dos paises do Mercosul: 1996-2000 : textos constitucionais Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,
Paraguai e Uruguai. - Brasilia : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2001.
508 p. - (Série ação parlamentar; n. 153) .
Memória, regulamento interno, resoluções e atas dos encontros do Parlamento Cultural do Mercosul e
textos constitucionais dos países membros e associados do Mercosul.
ISBN 85-7365- .
1. Constituição, países do Mercosul. 2. Parlamento Cultural do Mercosul (Pareum). I. Série.
CDU 342.4(8)
ISBN 85-7365-.........

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CAMARA DOS DEPUTADOS
BIBLiOTECA
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SUMÁRIO

I. Autoridades
Comissão Executiva período1999/2001
Comisi6n Ejecutiva período 1999/2001
. Comissão Executiva período1997/1999
Comisi6n Ejecutiva período 1997/1999
Primeira Comissão Executiva (1997)
Primera Comisión Ejecutiva (1997)

11. Prefácio - Deputado Federal Júlio Redecker, Presidente da


Representação Brasileira na Comissão Parlamentar Conjunta
do MERCOSUL
Prefacio - Diputado Federal Júlio Redecker, Presidente de la
Representaci6n Brasilera en la Comisión Parlamentaria Conjunta
dei MERCOSUR

111. Apresentação - Deputada Federal Marisa Serrano, Membro da


Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul e Presidente do
Parlamento Cultural do Mercosul
Presentación - Diputada Federal Marisa Serrano, Miembro de la
Comisión Parlamentaria Conjunta dei MERCOSUR y Presidente dei
Parlamento Cultural dei MERCOSUR

IV. Presentaci6n de la edición Argentina - Identidad Cultural y


Globalizaci6n, por el senador nacional doctor Carlos L. de
la Rosa (Argentina)

V. Parlamento Cultural dei Mercosul (PARCUM)


Memoria 1996/2000
Anexo I: Reglamento Interno
Anexo 11: Actas de los Encuentros.
I Encuentro, Buenos Aires.
11 Encuentro, Assunção.
111 Encuentro, Buenos Aires.
IV Encuentro, Brasília.
V Encuentro, Valparaíso.
VI Encuentro, Montevideo.
VII Encuentro, La Paz

Anexo 111: Resoluciones dei PARCUM


Anexo IV: Convenios suscriptos
- Acuerdo con la Organización de Estados
Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la
Cultura (OEI)
- Convenio con el Parlamento Latinoamericano
(PARLATINO)
- Convenio de Cooperación con la Universidad de
Palermo
Anexo V: Master en Gestión y Políticas Culturales en el
MERCOSUR

VI. Textos Constitucionais dos países membros e associados do


MERCOSUL

- EI derecho cultural en las constituciones de los países dei MERCOSUR,


por el doctor Lucas de la Rosa '

- Constitución de la Nación Argentina.


Antecedentes y Reformas de la Constitución dela Nación Argentina
Te~o '

- Constitución Política dei Estado de la República de Bolivia


Antecedentes y Reformas de la Constitución Política dei Estado de la
República de Bolivia
Texto

- Constituição da República Federativa do Brasil


Antecedentes de la Constitución de la República Federativa 'dei Brasil
Texto
- Constitución Política de la República de Chile
Antecedentes y Reformas de la Constitución Política de la República de
Chile
Texto

- Constitución de la República dei Paraguay


Antecedentes y Reformas de la Constitución de la República dei
Paraguay
Texto

- Constitución de la República Oriental dei Uruguay


Antecedentes y Reformas de la Constitución de la República Oriental de
Uruguay
Texto
I. AUTORIDADES
COMISSÃO EXECUTIVA PERíODO 1999/2001

Presidenta:
Deputada Federal Marisa Serrano
(Brasil)

1º Vice-Presidente:
Deputado Nacional Sergio Velasco de la Cerda
(Chile)

2º Vice-Presidente:
Deputado Nacional Reinaldo Cuevas Méndez
(Paraguai)

3º Vice-Presidente:
Deputado Nacional Justino Nolasco L1anos
(Bolívia)

Secretário Geral:
Senador Nacional Carlos L. de la Rosa
(Argentina)

Membros:
Senador Nacional Raúl Galván (Argentina)
Senador Artur da Távola (Brasil)
Senador Nacional Roberto Munoz Barra (Chile)
Senador Nacional Ramón Veja (Chile)
Deputado Nacional Luis Brandoni (Argentina)
Deputada Nacional Maria Rita Drisaldi (Argentina)
Deputado Nacional Eduardo Paz Rada (Bolívia)
Deputado Federal Gastão Vieira (Brasil)
Deputado Nacional Felipe Valenzuela (Chile)
Deputado Nacional Amado R. Alsina Notario (Paraguai)
Deputada Nacional Glenda Rondán (Uruguai)

Secretário Técnico: Licenciado Juan Carlos D'Amico (Argentina)

7
I. AUTORIDADES
COMISIÓN EJECUTIVA PER(ODO 1999/2001

Presidenta:
Diputada federal Marísa SERRANO
(Brasil)

Vicepresidente 12 :
Diputado nacional Sergio VELASCO de la CERDA
(Chile)

Vicepresidente 2 2 :
Diputado nacional Reinaldo CUEVAS MÉNDEZ
(Paraguay)

Vicepresidente 3 2 :
Diputado nacional Justino NOLASCO LLANOS
(Bolivia)

Secretario general:
Se.-ador nacional carlos L. de la ROSA
(Argentina)

Vocales:
Senador nacional Raúl GALvÁN (Argentina)
Senador federal Artur DA TÁVOLA (Brasil)
Senador nacional Roberto MUNOZ BARRA (Chile)
Senador nacional Ram6n VEGA (Chile)
Diputado nacional Luis BRANDONl (Argentina)
Diputada nacional Maria Rita DRlSALDI (Argentina)
Diputado nacional Eduardo PAZ RADA (Bolivia)
Diputado Cederal Gastão VIEIRA (Brasil)
Diputado nacional FeUpe VALENZUELA (Chile)
Diputado nacional Amado R. ALSINA NOTARlO (Paraguay)
Diputada nacional Glenda RONDÁN (Uruguay)

Secretario Técnico: Licenciado Juan carlos D'AMICO (Argentina)

9
COMISSÃO EXECUTIVA PERíODO 1997/1999

Presidente:
Senador Nacional Carlos L. de la Rosa
(Argentina)

1º Vice-Presidente:
Senador Nacional Diego Abente Brun
(Paraguai)

2º Vice-Presidente:
Deputado Nacional Sergio Velasco dela Cerda
(Chile)

Secretária Geral:
Deputada Federal Marisa Serrano
(Brasil)

Membros:
Senador Nacional Raúl Galván (Argentina)
Senador Nacional Freitas Neto (Brasil)
Senador Artur da Távola (Brasil)
Senador Nacional Roberto Munoz Barra (Chile)
Senador Nacional Ramón Vega (Chile)
Senadora Nacional Nilda Flores Coronel (Paraguai)
Deputado Nacional Luis Brandoni (Argentina)
Deputada Nacional Irma Roy (Argentina)
Deputado Nacional Edgar Zegarra Bernal (Bolívia)
Deputada Federal Maria Elvira (Brasil)
Deputado Nacional Felipe Valenzuela (Chile)
Deputado Nacional Reinaldo Cuevas Méndez (Paraguai)
Deputado Nacional Daniel Rojas (Paraguai)

Secretário Técnico: Licenciado Juan Carlos D'Amico (Argentina)

11
AUTORIDADES

COMISIÓN EJECUTIVA PERfooo 1997/1999

Presidente:
Sena40r nacional Carlos L. de la ROSA
(Argentina)

Vicepresidente 1°:
Senador nacional Diego ABENTE BRUN
(Paraguay)

Vicepresidente 2°:
Diputado nacional Sergio VELASCO de la CERDA
(Chile)

Secretaria general:
Diputada federal Marisa SERRANO
(Brasil)

Vocales:
Senador nacional Raúl GALvÁN (Argentina)
Senador nacional FREITAS NETO (Brasil)
Senador nacional Artur DA TÁVOLA (Brasil)
Senador nacional Roberto MUNOZ BARRA (Chile)
Senador nacional Ram6n VEGA (Chile)
Senadora nacional Nilda FLORES CORONEL (Paraguay)
Diputado nacional LUIS BRANDONl (Argentina)
Diputada nacional Irma ROY (Argentina)
Diputado nacional Edgar ZEGARRA BERNAL (Bolivia)
Diputada federal MARIA ELVIRA (Brasil)

Diputado nacional Felipe VALENZUELA (Chile)


Diputado nacional Reinaldo CUEVAS MÉNDEZ (Paraguay)
Diputado nacional Daniel ROJAS (Paraguay)

Secretario Técnico: Licenciado Juan Carlos D' AMICO (Argentina)

13
PRIMEIRA COMISSÃO EXECUTIVA
(1997)

Presidente:
Deputado Nacional Ramón Girnézez
(Argentina)

Vice-Presidente:
Senador Nacional Secundino Nufíez
(Paraguai)

Primeiro Secretário:
Deputado Federal Severiano Alves de Souza
(Brasil)

Membros:
Senador Nacional Carlos L. de la Rosa
(Argentina)

Senador Artur da Távola


(Brasil)

Senador Nacional Roberto Mufíoz Barra


(Chile)

Deputado Nacional Edmundo Villouta


(Chile)

Deputado Nacional Juan Servín Sugasti


(Paraguai)

Secretário Técnico: Licenciado Juan Carlos D'Amico (Argentina)

15
AUTORIDADES

PRIMERA COMISIÓN EJECUTIVA


(1997)

Presidente:
Diputado nacional Ram6n GIMÉNEZ
!Argentina)

Vicepresidente:
Senador nacional SeffDdino NúNEz
(ParagJ.lay)

Primer secretario:
Diputado federal Severiano ALVES de SOUZA
(Brasil)

Vocales:

Senador nacional carlos L. de la ROSA


(Argentina)

Senador federal Artur DA TÁVOLA


(Brasil)

Senador nacional Roberto MuNOZ BARRA


(Chile)

Diputado nacional Edmundo VlLLOUTA


(Chile)

Diputado nacional Juan SERvíN SUGASTI


(Paraguay)

Secretario Técnico: Licenciado Juan Carlos D' AMICO (Argentina)


11. PREFACIO

o Tratado de Assunção, que criou o MERCOSUL em 1991, prevê o compromisso dOS

Estados Partes de harmonizar as suas legislações, nas áreas pertinentes, com a finalidade de lograr o
fortalecimento do processo de integração.
Mais tarde, o Protocolo de Ouro Preto, que estabeleceu a estrutura institucional do
MERCOSUL, nela incluiu a Comissão Parlarrientar Conjunta a ela atribuindo, entre outras
competências. a de coadjuvar na harmonização das legislações dos países membros, conforme
requerido pelo processo de integração (artigo 25).
Nada mais apropriado, portanto, do que a oportuna iniciativa do PARCUM, ao trazer à luz
este volume contendo os textos das Constituições dos países' membros do MERCOSUL. Em
primeiro lugar, por permitir aos estudiosos e negociadores identificar os conflitos existentes entre as
legislações constitucionais dos países da sub-região, que impedem ou dificultam a harmonização
dos respectivos ordenamentos jurídicos. Em segundo lugar, por propiciar uma visão comparada das
CartasConsritucionais dos quatro países membros do MERCOSUL e de seus associados. Neste
contexto, a visão comparada configura instrumento da mais alta importância para os meios jurídicos
do MERCOSUL, aos quais cabe refletir sobre a conveniência ou não de se empreender um salto
rumo ao novo patamar do direito comunitário.
Na verdade, tal foi a velocidade da constituição do Mercosul, e talo dinamismo de que se
revestiu o seu desenvolvimento, que não houve tempo para que o meio jurídico se preparasse para
entcnder o alcance do desafio que o processo de integração lhe colocava.
Vemo-nos diante de uma normativa de natureza sui generis, porquanto emanada dos órgãos
negociadores da integração, na figura das Decisões do Conselho do Mercado Comum e das
Resoluções do Gru~o Mercado Comum. Tais normas nem bem pertencem ao âmbito do Direito
Internacional clássico, porquanto não poucas vezes são incorporadas ao direito interno sem que
tenham passado pelo crivo do Congresso Nacional; e nem bem constituem legislação interna, já que
escapam ao processo legiferante previsto pela Constituição Federal.
Trata-se de matéria própria aos processos de integração regional, cuja especificidade deverá
sei' objeto de estudo não só por parte daqueles juristas cujas preocupações estão voltadas para o
Direito Internacional, como também por parte de constitucionalistas e de juristas em geral, uma VêZ.

19
que a integração apresenta todo um quadro revestido de incrível dinamismo, onde as relações
econômicas e comerciais transnacionais estão a carecer de suporte e seguridade jurídicos.
A presente publicação vem à luz, portanto, em momento extremamente oportuno. Servirá em
primeiro lugar de subsídio e informação com vistas à harmonização das legislações dos países
membros, conforme preconiza o Tratado de Assunção; e em segundo lugar contribuirá para a
retlexão e a formação de uma massa crítica entre a comunidade jurídica dos países membros do
MERCOSUL para que se proceda à reformulação, à luz do processo integracionista, de velhos e
arraigados paradigmas, tais como a soberania absoluta do Estado e as questões concernentes à
supranacional idade.
O livro apresenta também uma compilação das Atas e Resoluções do PARCUM, desde a
SU~I fundação em 1996 até os dias de hoje. Além do interesse que suscita a sua divulgação, tais
doculnentos revestem-se de indubitável valor histórico, porquanto servirão de precioso testemunho
para os futuros estudiosos do MERCOSUL quanto à abrangência da integração em curso no Cone
Sul. Esta transcendeu a vertente meramente econômica e comercial, para incorporar a educação e a
cultura. É neste contexto que o PARCUM vem dando a sua inestimável contribuição, ao prover um
espaço dedicado aos aspectos da criatividade e dos valores compartilhados pelo conjunto das
populações do MERCOSUL..

Brasília, de abril de 200 I

Deputado Júlio Redecker


Presidente da Representação Brasileira na Comissão
Parlamentar Conjunta do MERCOSUL

20
PREFACIO

El Tratado de Asuncion, que ha criado el MERCOSuR en 1991, preve el


compromiso de los Estados Partes de armonizar las legislaciones, en las areas pertinentes,
com la finalidad de lograr el fortalecimiento deI proceso de integración.

Mas tarde, el Protocolo de Ouro Preto, que estableció la estructura institucional


deI MERCOSUR, inc1uyó a la Comision Parlamentaria Conjunta deI MERCOSUR a ella
atribuyendo,entre otras competencias, la de coadyuvar. en . la armonización de las
'legislaciones de los paises miembros, conforme requerido por el proceso de integración.
(artículo 25)

Nada mas apropiado, portanto, de lo que esta oportuna iniciativa deI PARCUM, aI
traer a luz este volumen conteniendo los textos de las Constituiciones de los paises miembros
deI MERCOSUR. En primer lugar, por permitir a los estudiosos y negociadores ideíÍÚficar
los conflictos existentes entre las legislaciones constitucionales de los paises de la subregión,
que impiden o dificultan la armonización de los diferentes ordenamientos jurídicos. En
segundo lugar por propiciar, una visión comparada de las Cartas Constitucionales de los
Paises Miembros y de sus asociados. En este contexto, la visión comparada configura un
instrumento de la más alta importancia para los medios jurídicos deI MERCOSUR, a los
cuales cabe la reflexion sobre la conveniencia o no de empreender un salto rumbo aI nuevo
patamar deI derecho comunitario.

A rigor de verdad, tal fue la velocidad de constitución deI MERCOSUR, y es tal


la dinámica que se revestio su desarrollo, que no hubo tiempo para que el medio jurídico se
preparase para entender el a1canze deI desafio que el proceso de integración le colocaba.

Nos vemos delante de la normativa sui-generis, por que emanda de los órganos
negociadores de la integración, en la figura de las Decisones deI Consejo deI Mercado
Comum y de las Resoluciones deI Grupo Mercado Comum. Tales normas no pertenecen aI
ámbito deI Derecho Internacional c1ásico, porque las mismas son incorporadas, en su mayoria,

21
ai derecho interno sin que hayan pasado por el Congreso Nacional; y si bien cosntituyen
legislación interna, ya que escapan ai proceso legislativo previsto en la Constitucion Federal.

Se trata de rnateria propia de los procesos de integración regional, cuya


especificidad deberá ser objeto de estudio no solo por parte de aquellos juristas cuyas
preocupaciones estan dirigidas ai Derecho Internacional, como también por parte de
constitucionalistas y juristas en general, una vez que la integración presenta un cuadro
revestido de increible dinamismo donde las relaciones. económicas y comerciales
transnacionales careceI) de soporte y seguridad jurídica.

La presente publicación viene a la luz, portanto, en un momento extremamente


oportuno. Servirá en primer lugar de subsidio e información com vistas a la armonización de
-Ias legisladones de lospaises miembros, conforme determina el tratado de Asunción; y en
segundo lugar contribuirá para la reflexión y formación de una masa. crítica entre la
comunidad juridica de los paises miembros dei MERCOSUR para que se proceda a la
reformulación, a la luz dei proceso de integración, de viejos y arraigados paradigmas, tales
como la soberania absoluta dei Estado y las cuestiones concernientes a la supranacionalidad.

EI libro presenta también una compilación de las Actas y Resoluciones dei


PARCUM, desde su fundación en 1996 hasta los dias de hoy. Además dei interés que suscita
su divulgación, tales documentos se revisten de indudable valor histórico, porque serviran de
precioso testimonio para I~s futuros estudiosos dei MERCOSUR en relación a el alcanze de la
integración en curso en el Cono Sur. Esta trascendio la vertiente meramente económica y
comercial, para incorporar la educación y la cultura. Es en este contexto, que el PARCUM
esta dando su inestimable contribución, ai proveer un espacio dedicado· a los aspectos de
creatividad y a los valores compartidos por el conjunto de las poblaciones dei MERCOSUR.

Brasilia, de abril de 2001

Diputado Júlio Redecker


Presidente de la Representación Brasilera en la Comisión
Parlamentaria Conjunta dei MERCOSUR

22
111. APRESENTAÇÃO
É com grande satisfação que o PARCUM lança, em parceria com a
Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul - Representação Brasileira, a segunda
edição do livro Textos Constitucionais dos Países do Mercosul. A apresentação
desta segunda edição decorre das inúmeras solicitações formuladas pelos parlamentos,
universidades e entidades culturais interessadas no tema.

Reunir os textos constitucionais dos nossos países em um só volume)


permite-nos conhecer todos os assuntos referentes à ordenação política de cada um. E,
conhecer a Carta Magna de um país, é ter a oportunidade de visualizar como pensam
seus legisladores. Isto possibilita, sobremaneira, a agilização das negociações bilaterais
e multilaterais necessárias em qualquer processo de integração regional.

Essa é uma das ferramentas encontradas pelo PARCUM, no sentido de


confrontar o conteúdo que existe em cada constituição a respeito da cultura.

Ao oferecer este instrumento àqueles que trabalham com a cultura, o


PARCUM está ainda facilitando a integração no Mercosul. Isto porque a indústria
cultural, associada ao turismo e ao lazer, cresce consideravelmente em todo o mundo.
Essa vertente marcará, sobremaneira, a economia dos nossos países, porém, sua
imiJonância maior está em agregar um número imenso de pessoas a uma causa
comJm.

A causa comum é a busca; por todos os Estados Membros ou cidadãos,


de sua identidade cultural, objetivando marcar a diferença enquanto nação. Entretanto,
essa busca não prescinde da presença do poder público, na formulação de políticas
culturais que representem, estimulem e retratem a sensibilidade, o sonho, a maneira de
ser e conviver dela própria.

Este é o motivo pelo qual temos que agregar ao processo de integração


regional do Mercosul fatores que são responsáveis pela amizade, pela cultura, enfim
pelas razões que unem nosso povos e que tendem a se consolidar a partir de um
intercâmbio maior entre eles.

Essa é a idéia da integração. Estreitar os laços de amizade, fortalecer a


democracia e diminuir as barreiras lingüísticas.

Aí se encontra o grande desafio; integrar pela diversidade.

Parafraseando Celso Lafer, Ministro das Relações Exteriores do Brasil, "o


Mercosul constitui destino para o Brasil e não uma opção." Esta é uma verdade
incontestável!

No momento em que as nações colocarem a integração como fator


prioritário de governo, teremos maior facilidade de promover a cultura, utilizando a
ampla rede de produtores culturais existentes em nossas cidades.

23
Neste ano, em que celebramos o décimo aniversário da assinatura do
Tratado de Assunção (1991), que teve como objetivo último a constituição do Mercado
Comum do Cone Sul, nada mais oportuno do que lançar esta publicação.

Deputada Federal Marisa Serrano


Membro da Comissão Parlamentar Conjunta do.Mercosul
Presidente do Parlamento Cultural do Mercosul

24
Presentación ,
Es com gran satisfacción que el PARCUM edita, en conjunto com la
Comisión Parlamentaria Conjunta deI MERCOSUR - Representación Brasilera, la
segunda edición deI libro Textos Constitucinalesde los Países deI MercosuL La
presentación de esta segunda edición
es consecuencia de las inúmeras(?) solicitaciones formuladas por los parlamentos,
universidades y entidades culturales interesadas en el tema

Reunir los textos constitucionales, de nuestros países en un solo


volumen, nos permite conocer todos, los asuntos relaciqnados aI ordenamiento
político de cada uno. Y, conocer la Carta Magna de un país, es tener la oportunidad
de ver como piensan sus legisladores. Esto posibilita, sobremanera" la agilización
de las relaciones bilaterales y multilaterales necesarias en cualquier proceso de
integración regional.

Esa es una de las herramientas encontradas por el PARCUM, en el


sentido de comparar el contenido que existe en cada constitución aI respecto de la
cultura.

AI ofrecer este instrumento para aquellos que trabajan com la cultura,


el PARCUM esta también facilitando la integración en el MERCOSUR. Esto
porque la industria cultural, asociada aI turismo y la recreación, cresce
considerablemente en todo el mundo. Esta linea marcará,sobremanera, la económia
de nuestros países, a pesar, de que su importancia mayor esta en juntar un numero
inmenso de personal a una causa comun.

La causa comun es la busqueda, por todos los Estados Miembros o


ciudadanos, de su identidad cultural, objetivando marcarla diferencia como nación.
Mientras, esa busqueda no prescinde de la presciencia deI poder público, en la
formulación de políticas culturales que representen , estimulen y retraten la
sensibilidad, el suefio y la manera de ser y de convivir de ella propia.

Este es el motivo por el cual tenemos que incorporar aI proceso de


integración regional deI Mercosur factores que son responsables por la amistad, por
la cultura, en fin por las razones que unen nuestros pueblos y que tienden a
consolidarse a partir de un intercambio mayor entre ellos.

Esa es la idea de integración. Estrechar los lazos de amistad, fortalecer


la democrácia y disminuir las barrerras deI idioma.
25
Ahí se encuentra el gran desafio; integrar por la diversidad.

Parafaseando Celso Lafer, Ministro de las Relaciones Exteriores deI


Brasil, "el Mercosur constituye un destino para el Brasil y no una opción". Esta es
una verdad incontestable!.

En el momento en que las naciones coloquen la integración como


factor prioritário de gobierno, tendremos mayor facilidad de promover la cultura,
utilizando la ampla red de productores culturales existentes en nuestras ciudades.

En este afiQ, en que celebramos eldécimo aniversario de la firma deI


Tratado de Asunción ( 1991), que tubo como objetivo ultimo la constitución deI
Mercado Comun deI Cono Sur, nada más oportuno que editar esta publicación.

Dilmtada Federal Marisa Serrano


Mieinbro de la Comisión Parlamentaria Conjunta deI MERCOSUR
Presidente deI Parlamento Cultural deI MERCOSUR

26
IV. PRESENTACIÓN DE
LA EDICIÓN ARGENTINA
((IDENTIDAD CULTURAL
Y GLOBALIZACIÓN))
POR EL SENADOR NACIONAL CARLOS L. DE LA ROSA (ARGENTINA)

a política es una obra colectiva. sus dimensiones se renuevan y amplían permanente-

L mente y su acclonar atane tanto a la vida de los pueblos considerados Individualmente.


como al destino de la humanldad en su conjunto.
Asi. Ia responsabilldad de los hombres y mujeres políticos es de gran trascendencla. En
el caso de los parlamentartos dedicados a los temas culturales aquel compromlso se enfatiza.
Porque somos representantes de nuestros pueblos. trab~ando en la construcclón de paradigmas
e Identidades que den respuesta a las transformaclones culturales de la socledad contempo-
ránea.
Estas transformaclones han Ido configurando un áIllmo predominante de nuestro tiem-
po. Eil este sentido. es Interesante y oportuno en los albores dei slglo XXI. destacar las re-
flexiones dei historiador francés George DUBY cuando se reflere al ano 1000 y al ano 2000.
enhebrando ambas fechas a partir de la .huella de nuestros mledos•.. En el afto 1000. DUBY
habla dei mledo a la mlserla.el mledo al otro. el mledo a las epidemias. el mledo a la vlolen-
cla. el mledo al más aliá. Tal· como sucedia entonces. dlce. .hay ahora una Inquletud. una
angustia en el fondo de nosotros".
Pero los mledos de ayer no son los de hoy. La primera diferencia es que .el hombre.
medieval se hallaba en estado de extrema debilldad ante las fuerzas de la naturaleza y vivia
en estado de precariedad material•. En cambio. el hombre de hoy se halla en una sltuaclón
opuesta: la de un completo domlnlo sobre la naturaleza oue le permite mejorarlncesante-
mente sus condiciones materlales de vida.
La segunda diferencia es que en la época medieval .a la mayoria la vida le resultaba
dura y dolorosa. pero la gente esperaba que. acabado un lapso de terribles penurlas. la huma-
nldad Iria ai paraíso•. En cambio hoy la mayoria slente el vacío de la muerte. no tiene dóilde
poner su fe y se ha quedado sln esperanza en el más aliá.
Dlez slglos separan las culturas de ambos mllenlos. En un extremo está el orlgen de la
época de la crlstlandadeuropea. En el otro. el comlenzo de la época de la computarlzaclón
planetarta.
En este sentido dlce José Joaquín BRÜNNER en Globalización cultural!J posmodemidad:
«Asi mlentras los temores de ayer. hace mil anos. nacían de las calamidades y la Impotencla
dei conoclmlento. los mledos de hoy. en cambio. son los de la alta modemldad. de una clviliza-
clón dominada por el conoclmlento y la comunlcaclón•.
Efectivamente. el mundo que nega al tercer mllenio ha entrado haÇ.ia un nuevo siste-
ma tecnológico. organizado en tomo a la electrónlca. Ia Informática. Ia robótica y la blotecno-
logia.
Tal comO ocurrió en su momento con la Revoluclón Industrial. el actual proceso ha
comenzado a modificar los parâmetros de la sociedad: la dlvislón y organización dei trabajo. Ia
estructura de la familla y de la comunldad. el funclonamlento de las empresas y los merca-
. dos. las formas de partlclpaclón y la política, y ias propias maneras de representamos el mundo.
Dentro de este marco histórico. la cultura ocupa un lugar de trascendencla. dado que en
ella se encuentran los componentes que pueden responder a la construcclón de las Identida-
des Indlviduales y colectlvas de las socleéh'rles actuales. En este sentido dlce el antropólogo
27
PARLAME:tvrO CULTURAL DE:L MERCOSUR (PARCUM)

Clifford GEERI'Z en La interpretación de las culturas: -EI concepto de cultura tlene un Impacto
sobre el concepto de hombre. Cuando se la conclbe como una serie de dispositivos simbólicos
para controlar la conducta. como una serie de fuentes extrasomátlcas de illformaclón. Ia
cultura sumlnistra el vínculo entre lo que los hombres son intrinsecamente capaces de lIe-
gar a ser y lo que realmente lIegan a ser uno por uno. L1egar a ser humano es lIegar a ser
Individuo. y lIegamos a ser Indlvlduos guiados por esquemas culturales. por sistemas de slg-
nlflcaclón hlstóricamente creados en vlrtud de los cuales formamos. ordenamos. sustenta-
mos y dirigimos nuestras vidas•.
Concebida asi la cultura ya no se la plensa únlcamente como el espaclo de los Iibros y
las bellas artes. sino como parte de los procesos simbólicos que contribuyen a la transforma-
clón de las comunidades
Asi. Ia cultura se configura en un Instrumento poderoso para la comprenslón y modlfl-
caclón de las sociedades complejas de la actualldad. en el contexto histórico de la globalizaclón.
En un documento de la Comlslón Social dei Episcopado Francés titulado RehabUitar la
politica se puede leer: -Hoy la globallzaclón asusta. Se presenta más como una suerte de
fatalidad que se Impone a todos que como una nueva dlmenslón de las actlvldades humanas.
En efecto. Ia globallzaclón económlca. flnanclera y medlátlca que barre fronteras se plantea
como un terrible desafio para la democracia y el porvenir de la humanldad. Es una realldad .
que subs.ume los Intercamblos y las representaclones. [... 1En lugar de atribuirle un carácter
diabólico es mejor Intentar humanizaria reforzando la solidaridad entre los pueblos y los gru-
pos. [... ) La globallzaclón se presenta como un enorme desafio para la dlgnldad de cada perso-
na en su singularidad. de cada pueblo en su partlcularidad histórica y cultural. de la humanl-
dad en su unldad y unlversalidad.:
Algunos teóricos dlcen que la globallzaclón cultural es la.expreslón de cuatro fenóme-
nos Interrelaclonados: 1) la unlverzallzaclón de los mercados y el avance dei capitalismo
postlndustrial; 2) la dlfusión dei modelo democrático como forma Ideal de organlzaclón políti-
ca; 3) la revolución de las comunlcaclonesque lIeva a la socledad de la Informaclón; y 4) la
creaclón de un clima cultural de época lIamado posmodernldad.
EI cientista político. reclentemente fallecido. Horaclo GODOY. qulen tuvo un Importan-
teacclonar en la reforma dei Parlamento uruguayo. opina respecto de las reacclones que
generala globallzaclón: -Frente al pioceso de globallzaclón 'acelerado. en permanente expan-
slón y de enormes proyecclones históricas. dos reacclones extremas emplezan a Inslnuarse:
.por una parte. una actltud defensiva. de reslstencla total a la globallzaclón. como si algulen
pudlera detener esta fase histórica que vive la humanidad: son las reacclones tribales. como
algunos grupos étnicos de países africanos. o algunas manlfestaclones de locallsmos. nacio-
nalismos o.reglonalismos excluyentes y agreslvos. Esta reacclón ha sido denominada trlbali-
zaclón.
Por otra parte. una actltud de entrega total a las fuerias de globallzaclón manejadas
desde afuera. como si tuvleran que Imponerse en forma Inexorable y liquidar las raíces cultu-
rales de los diferentes grupos étnicos y soclales que Identlflcan a cada pueblo en la tlerra.
Esta actltud o tendencla es lIamada macdonalizaclón. Porque la empresa McDonald de la
Argentina debe ser Idéntlca a la empresa matriz de los Estados Unidos que. a su vez. Impone
esta obligaclón de Identldad total a todas las empresas mcdonalds dei mundo. Y estas empre-
sas -sln atender al lugar en que se encuentren-. son más perfectas en la medida en que no
tlenen Identldad propla y son idéntlcas a todas las demás en el mundo•.
Dentro de este marco globallzador en las naclones que aflrman lo proplo. el territorio.
la tradlclón. Ias raíces. Ia no contamlnatlón de las culturas. se generan actltudes de Intole-
rancia y fundamentalismo.
En ellnforme de la Comlslón Mundial de Cultura y Desarrollo de la UNESCO. presidida
por Javler PÉREZ de CUÉLLAR. NuestTa Diversidad Creativa. se describe ese proceso en los
slgulentes términos: -La estandarlzaclón de las pautas de Informaclón y consumo se acepta
cim reparos. Las personas se vuelven hacla la cultura como un medlo para deflnlrse. movlll-
zarse y afirmar los valores culturales locales... [... 1... En muchos países se ha producldo un
repliegue convulsivo. un retomo a las tradlclones dei pasado. Incluso al trIballsmo... (... J ... En
parte se trata de una reacclón contra los efectos alienantes de la tecnologia moderna a gran
escala y de la desigual dlstribuclón de los beneficios de la Industriallzaclón. Tras todo ello
28
PRESENTACIÓN / CARLOS DELA ROSA

subyace la preocupaclón de que el desarrollo se traduzca en pérdlda de Identldad. deI sentido


de la comunldad y el valor personal'.
En el nivel colectlvo. Ias Identidades étnicas y religiosas que se slenten amenazadas se
protegen recurrlendo a sus fundamentos. de allí su fundamentallsmo. Este último. en compli-
cldad con exaltaclones de la fuerza y la vlolencla. alimenta viejas y nuevas modalidades de
Intolerancla y fanatismo.
Asi; actualmente en el mundo hay reglones donde la Integraclón cultural es muy difícil
y confllctlva.
Esto se ha hecho presente en algunas naclones de la Europa Centro Orlentalluego de la
deslntegraclón de la Unlón Soviética. Ia cual ha sido reemplazada por una Confederaclón de
Estados Independlentes. conformada por los tres Estados rusoS. Ias repúblicas deI Asla Cen"
tral y Armenla.
Las países que forman parte de esa Confederaclón están buscando su perfil político.
social y cultural. por ello los temas nacional. cultural y étnico se han situado en el centro de
la escena.
Desde 1986 a la fecha los países que conformaban la Unlón Soviética han reasumldo
sus soberanias enfatizando sus Identidades culturales naclonales. Por ejemplo: Estonla. Litua-
nla. Ia Federaclón Rusa. Ucranla. Blelorrusla. Armenla. Turkmenla. Tadjlskistan. Kazajstan.
Checoeslovaqula. Ia cual se dMde en dos: la República Checa y la República Eslovaca.
Además. este desmembramlento de la Unlón Soviética ha conllevado enfrentamlentos
que tlenen como base diferencias étnicas. religiosas y culturales. Asi han sido los dlsturblos
de corte nacionalista en las repúblicas bálticas. Armenla y Georgla; los disturblos en Nagorno
Karabaj. una zona enclavada en Azerbaljân; los sangrlentos choques entre armenlos y azaries
en la región deI Cáticaso.
En los últimos anos de la década deI noventa los confllctos en la ex Yugoeslavia han
mostrado cómo las Identidades étnicas. religiosas y culturales se combaten entre si a muer-
te. Tal es el caso de los confllctos de Bosnla-Herzegovina y el de Kosovo. A todos estos casos se
suma el actual confllcto de Chechenla en Rusla.
En estas naciones de la Europa centro oriental la presencia de corrlentes Ideológicas
basadas en el exclusMsmo fundamentalista de paneslavlstas o Islâmicos. dlf1culta tanto su
Integraclón política y cultural Interna. como la Integraclón multlcultural con otras naclones.
En el continente africano tamblén se puede observar que la Integraclón Interna y ex-
terna de sus naclones tamblén se hace dificultosa. a pesar de la dinâmica globallzadora deI
mundo actual.
Dlce José Joaquin BRÜNNER: .La deslgualdad global. y sus expreslones locales. son
fuerte malestar en el mundo contemporâneo. [...) En un extremo se hallan las reacclones de
pura sobrevivencla. allí donde la devaluaclón humana. el hambre y la violencla acompanan al
hombre desde el naclmlento hasta la muerte. Es la cultura deI sufrlmlento social causado por
la deprlvaclón extrema y la excluslón•.
Asi. es el continente africano el caso típico de confllctos Interétnlcos. enfrentamlentos
culturales. genocldlos. masas empobrecidas. hambre y desnutrlclón.
Desde 1970 más de 30 guerras se han producldo entre los Estados de África. De esta
manera más de la mltad de las muertes por causa de guerra en el mundo ocurrleron en África
y dlchos confllctos produjeron más de 10 millones de refugiados.
Entre las causas de estas guerras. en su mayoria de corte trIballsta. se encuentran: el
trazado arbltrarlo de IaS fronteras heredadas de la época colonial; la presencia de goblernos
autorltarlos; la competencla 'Por los recursos naturales: la exlstencla de factores Internos y
externos Interesados en la prolongaclón de los confllctos; el rechazo a la cultura deI otro.
Casos que ejempliflcan estas realidades son: la lucha entre hutus y tutsl en Rwanda; la
guerra cMI de Llberla. y Angola que enfrenta a facclones con dirigentes que pertenecen a
distintas trIbus; y el actual confllcto en la República democrâtlca deI Congo (ex Zaire). dada la
Invaslón de tropas de Uganda y Rwanda.
Luego de observar estas realidades en la Europa Centro-Urlental y en el continente
africano. vale la pena hacer algunas reflexlones. comparando aquellas sltuaclones con las
que vive América Latina.
29
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Mlentras en aquellas dos prlmeras los esquemas de Integraclón subreglonal o regional


no son poslbles debldo a la presencia de nacionalismos fundamentallstas y trIballsmos. en
América Latina las sociedades se presentan ablertas ai diálogo y a la búsqueda de soluciones
en conjunto.
Así. en esta reglón. precisamente para dar respuesta a las Incertidumbres globales.
durante los últimos anos dei slglo XX algunas de las naclones latlnoamerlcanas han creado
nuevas formas de asoclaclón y cooperaclón. Ejemplos de este tipo de organlzaclón. el Tratado
de L1bre Comercio. entre México. EEUU y Canadá. y el MERCOSUR.
De esta manera. los contactos Interculturales entre las naclones latinoamericanas se
han acrecentado y sus perspectivas son positivas y alentadoras para el futuro. Reflexionando
sobre los cimlentos que dan base ai diálogo entre las culturas. opina José Joaquín BRÜNNER:
.Porque en toda cultura histórica vive a su vez una mlsma sustancla humana y una verdad
compartida de la que es ser hombre. verdad que está dirigida a la unlón. La Interculturalldad
sólo es poslble por esa potencial unlversalldad inscrita en todas las culturas. [...] Para que ese
potencial pueda reallzarse en hlstorla. se requlere que las culturas se hallen ablertas a las
culturas "otras"; y que ese encuentro no resulte un dano o Imppslclón sino un coambular
hacla formas superiores de Integraclón•.
Para Brasil. Chile. Uruguay. Paraguay. Bolivla y Argentina esa forma superior delnte-
graclón es el MERCOSUR.
En términos históricos. MERCOSUR es ublcado por algunos historiadores. el uruguayo
Alberto METI-lOL FERRÉ por ejemplo. junto con otros momentos decisivos de la hlstorla latl-
noamerlcana. METI-lOL FERRÉ. en un articulo denominado Una bipolaridad cu1h.lTal: MERCOSUR-
NAFTA. dlce: 'Porque la hlstorla de América Latina tlene tres grandes momentos decisivos. EI
prlmero. el nacimlento de América Latina. por la conquista y la colonlzación dei prtmer impe-
rio mundiallusocastellano en la prtmera mitad dei siglo XVI. EI segundo. Ia Independenclá y
la constltuclón de las repúblicas bajo el segundo gran Imperlo mundial de Gran Bretafia. EI
tercero. el que vlvImos con la fundación de MERCOSUR. EI 5 de agosto de 1994 es el análogo
histórico dei 25 de mayo de 1810•.
Para este diálogo Intercultural. Ias naclones latlnoamerlcanas. en general. y las que
conforman el MERCOSUR. en Dartlcular. tl~ la ventajadeconstltulr una de las regiones
eon mayor potenclalidad cultural. nada la presencia de una hlstorla. una lengua. una religión
y valores compartidos. .
Manuel URRIZA en su ensayo Argentina y la UniversaUzacibn integradora corrwjuturo hace
referencia a las realidades políticas. históricas. económicas y culturales que los latlnoamerl-
canos tienen en común. Dice URRIZA que Latlnoamérlca ha transitado por:
-Los mlsmos Inicios de emanclpación y gestas de la independencla.
-Las mlsmas luchas Internas para organizar los nuevos países.
-Las mlsmas élites trasladando desde Europa el mismo modelo en las décadas flnales
dei siglo XIX y principio dei XX.
-Las mlsmas experlenclas llamadas "populistas".
-Las mlsmas mlgraciones rural-urbanasy las mlsmas urbes sobredimensionadas.
-Las mlsmas oleadas guerrllleras de los anos 60.
-Las_mismas dlctaduFas ·de-los·anos-70.
-Los mlsmos retornos democráticos de los anos 80.
-48 mlsmas búsquedas actuales de adecuaclón a la unlversallzaclón económlca.
-Los mismos intentos de Integración como metodología para ser protagonistas en el
mundo.
De esta manera. para los latlnoamerlcanos la integradón regional debe Ir más aliá de
la reducción de aranceles que facl1lten el Intercamblo de mercancías; implica la libre clrcula-
clón qe bienes culturales. mensajes. estilos de vida. en definitiva. de Identidades culturales.
Además. a pesar de su trascendencla histórica e importancla política. actualmente
MERSOSUR atravlesa dlflcultades en los planos de lo económlco. de lo flnanclero y de lo
arancelarlo. Las crlsls de la economía globallzada han repercutido. de diferente manera en
distintos momentos. en los países que conforman este bloque regional.
30
PRESENTACION / CARLOS DE LA ROSA

Estas crisis han generado 'por parte de los países miembros reacciones que tienden a
ponderar las relaciones bilaterales o con otros sub~bloques regionales, en detrimento de la
armonia e integración econômica deI MERCOSUR Esta es una pnleba de lo frágil y de corto
alcance que significa reducir esta integración regional a los intercambioscomerciales y los
acuerdos arancelarios entre los países que la conforman. Por ello el PARCUM no tiene la
categoria de titulares y asociados,.estableciendo la igualdad entre los Estados que conforman
este organismo de integración regional, dado que lo cultural es más profundo que lo econô-
mico.
Porque una integración trascendente y duradera debe incluir necesariamente aquellos
elementos que hacen a la esencia de estas naciones: su historia compartida, su unidad lin-
güística, sus valores comunes: en síntesis, su cultura.
Si MERCOSUR es'capaz de ltegar a la integración por la cultura podrá superar
exitosanlente circunstancias adversas, como la que atraviesa actualinente, en los planos de
la economía y de las finanzas. Porque una verdadera integración fundamentada en lo políti-
co-cultural, es la forma de garantizar que los países dei MERCOSUR sean capaces de aprove-
char las ventajas y transitar exitosamente las dificultades que implica todo proceso de inte-
gración regional.
Cabe entonces preguntarnos a los responsablesde las políticas culturales en los Parla-
mentos de los países dei MERCOSUR, quê transformaciones generan esos protesos en las
identidades nacionales, en el marco de las integraciones regionales y la globalización
Opina Nêstor GARCiA CANCLlNI en Culturas en globalización: .Respecto de los procesos
culturale's, se vuelve más urgente la necesidad de detlnir políticas nacionales que se ubiquen
creativa y responsablemente en la globalización, defiendan el interés público y discieman
con más cuidado los desafios y posibilidades de las culturas nacionales. I... ) Vamos acercán-
donos ai fin de síglo con una visión más compleja de la globalización, que ya no es vista como
sustitutiva de las culturas locales nl de las nacionales•.
En los países miembros y asociados dei MERCOSUR hay un convencimiento generaliza-
do entre políticos, intelectuales y empresarios que evita la identificación deI Estado con una
concepción fundamentalista e intolerante. Por el contrario, tanto desde los distintos niveles
de gobierno -Poder Ejecutivo y Legisl<\tivo- como desde los diferentes ámbitos -prensa, mundo
académico, sector empresarial- se trabaja por consolidar una multiculturalidad democrática.
Desde esa perspectiva, fundamental importancia tienen las Reuniones de Legisladores
de Cultura dei MERCOSUR y la de los parlamentos en la Comisión Parlamentaria.Conjunta
deI MERCOSUR (CPC), dado que el Poder Legislativo tiene una gran potencialidad institucional
por su carácter representativo. Esa característica lo convierte en el ámbito plural de la inte-
gración, transfonnando a este proyecto en una política de Estado que trasciende los límites de
una gestión gubernamental.
Por otro lado. los parlamentos regionales están llamados a desarrollar un papel de cre-
ciente relevancia en el proceso de integrar el grupo de países que forman Latinoamêrica. Esto
para favorecer la annonización de legislaciones que facilite la circulación de bienes y servicios
culturales en el MERCOSUR, consolidando un espacio intercultural latinoamericano.
Así, esta institución parlamentaria regional nace para armonizar, promover, intercam-
biar, investigar y desarroltar todos los temas vinculados con la vida cultural deI MERCOSUR
que tengan lugar en el ámbito legislativo de la región.
De esta fornla, el Parlamento Cultural dei MERCOSUR (PARCUM) significa el apoyo le-
gislativo aI proceso iniciado con el MERCOSUR Cultural por iniciativa de los Poderes Ejecuti-
vos de los Estados Partes.
Con el telón de fondo de una cultura generadora de integración, se han discutido duran-
te los encuentros temas· muy concretos de legislación cultural: la Iibre circulación de bienes
y servicios culturales, la protección y restitución dei patrimonio histórico, la defensa y ges-
tión de derechos de propiedad intelectual, la promoción y consolidación de las industrias cul-
turales y la implicancia de los medios de comunlcación en la difusión cultural. En todos estos
asuntos la propuesta de los parlamentarios es la "armonización" de las legislacioues cultura-
les vigentes en Brasil, Paraguay, Umguay, Chile, Bolivia, Argentina.
En cada una de las temáticas propu estas y acciones el objetivo a seguir ha sidu JJonde-
31
PARLAMENro CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

rar todas aquellas Iniciativas que. desde el Parlamento Cultural dei MERCOSUR, garanticen
la creaci6n de un espacio intercultural latinoamericano. el cual funcione como un bloque
político y cultural dando bases sólidas a la Integraclón económica y social en la región.
Esta publicaclón. en la que se encuentran la hlstoria y los antecedentes dei Parlamento
Cultural dei MERCOSUR -con los anexos correspondlentes a su Reglamento Interno. Ias actas
de los, encuentros. los convenlos suscriptos. Ia expllcaclón dei Master en Gestlón y Políticas
Culturales en el MERCOSUR (que se está desarrollando en la Unlversldad de Palermo. en
Buenos Alres)- y el anállsis dei derecho cultural en las constituciones de los países dei
MERCOSUR. pretende ser un aporte para consolidar la integraclón cultural entre los países
miembros. La idea ha sido mostrar las tareas.que los parlamentanos culturales han realizado
estos últimos afios desde el ámblto legislativo para el logro de aquel objetivo. como así tam-
blén observar el puntode partida que dan las Constituciones de los países mlembros para
trabajar por la cultura y la Integración en el MERCOSUR.
Sabemos que la globallzaclón en el afio 2000plantea temores. pero tamblén plantea
desafios y oportunidades para las regiones que.lncorporen en sus agendas objetivos que con-
tribuyan a una convivencia multicultural dêmocrática..
JUAN PABLO 11 en un mensaje para la XVIII Jornada Mundial de las Comunicaclones
Sociales. realizadas durante el afio 1998. ofrece unas palabras que dan un fundamento de
gran profundldad a estos procesos de integración cultural. Según el Santo Padre. se debe
trabajar para .Ia ....aceptaclón leal de la lógica de la convivencla en la diversidad; el diálogo
como método; el derecho a la, exístencla y a la expreslón de todas las partes; un humanismo
integral fundado en la verdadera dlgnldad y los derechos deI hombre; apertura a la solidaridad
cultural. social y económlca entre las personas; conclencla de que una mlsma vocaclón a,gru-
pa a toda la humanldad•.

32
V.PARLAMENTOCULTURAL
DEL MElRCOSUR
(PARCUM)

MEMORIA 1996 /2000

N
te la necesidad de institucionalizar el MERCOSUR Cultural como parte integrante y
fundamental de la integración político-económica de la región, y ante la ausencia de
na legislación articulada que tienda allogro,de dicho objetivo, en el mes de octubre de
1996 se realizó el ler. Encuentro entre las Comisiones de Cultura de los países miembros
dei MERCOSUR. Dicha iniciativa fue promovida en conjunto por las Comisiones de Cultura
de la Cámara de Senadores y de Dlputados de la República Argentina, la Secretaria de Cultura
de la Presldencla de la Naclón Argentina y la Organizaclón de Estados Iberoamericanos para
la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI).
La Importancia de dlcho prlmer encuentro consistló en la puesta en marcha de un meca-
nismo de trabajo que permltlera dotar de mayor agilidad ai tratamlento y a la apllcaclón de las
normativas legales que requlere el desarrollo y la consolldaclón deI MERCOSUR Cultural.
Las concluslones de esas jornadas quedaron plasmadas en el Acta de Buenos Aires
(Acta deI I Encuentro, ver Anexo m, por la que se dlspuso la creación -Artículo 4 2_ de una
Comlslón para la coordinación de los proyectos comunes reglonales de carácter legislativo.
Como consecuencla de esa prlmera reunlón, en junlo de 1997, se celebró en Asunclón
deI Paraguay, elll Encuentro durante cuyo transcurso sea~robó la creación de la Comisión
que reclbió la denominación de Secretaria Técnica Permanente (ver el Acta correspondlente
en el Anexo m, cuya Inauguración tuvo lugar en noviembre deI mlsmo ano, en el marco de la
realización deI HI Encuentro en Buenos Aires.
La sede de la Secretaria Técnica Permanente dei Parlamento Cultural dei MERCOSUR
está ublcada en Buenos Aires, ante la dlsposlclón deI H. Senado de la Naclón Argentina, en
Hlpólito Yrigoyen 1760, piso 52, oficina 512, cludad de Buenos Aires (1089), compartiendo las
oficinas con la Comlslón de Cultura deI H. Senado de la Naclón Argentina.
Durante el transcurso deI 111 Encuentro, se firmó también un acuerdo de cooperación
entre el PARCUM y la OEI que formalizó una vinculaclón entre las Instltuclones que databa
de los origenes mlsmos deI PARCUM (ver Anexo 111].
Durante esta primera etapa de desarrollo deI PARCUM, eI organismo fue presidido por el
dlputado nacional argentino Ramón GIMÉNEZ qulen concluyó su mandato como legislador en
dlclembre de 1997. Por esa clrcunstancla, un Acta Complementaria dei 111 Encuentro depo-
sltó, por unanimldad, la responsabilldad de asumlr la presidencla deI PARCUM, ya que le
correspondía a la República Argentina, en el senador nacional Carlos L. de la ROSA, presiden-
te de la Comlsión de Cultura deI H. Senado de la Naclón Argentina. EI cargo de secretario
técnico permanente fue asumldo por elllcenclado Juan Carlos D-AMICO.
EI IV Encuentro fue convocado en Brasilia, el28 de mayo de 1998. Durante su realiza-
clón fue aprobado el RegIamento Interno dei PARCUM (ver Anexo nque fijó con preclsión las
mislones y funciones deI organismo y de sus autoridades, refrendándose tamblén todo lo
actuado hasta ese momento. Se suscribió, en dlcha oportunldad, un convenlo de cooperaclón
con el Parlamento Latlnoamericano (PARLATINO) (ver Anexo Im.
En abril de 1999, tuvo lugar en Valparaíso, República de Chile, el V Encuentro dei
PARCUM. Luego de iniciar las seslones en isla Negra, en la casa deI poeta Pablo NERUDA, y
de tributar un homenaje a su memoria, los legisladores deI MERCOSUR concluveron en el
33

[CAmara dos Deoutaoos B,ol,oT8C81


PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

edificiO deI Congreso chiléno en una intensajornada de trabajo una nueva etapa deI crecien-
te desarrollo institucional deI PARCUM. Se aprobó durante su transcurso una modificación
deI Reglamento Interno, en su Artículo 3 2 , respecto de la estructura de autoridades (ver Anexo
11, el Acta correspondiente) y, tambienpor unanimidad. Ia creación deI primer Master en Ges-
tión y Políticas Culturales en el MERCOSUR (ver Anexo IVl, y la firma de un convenio con la
Universidad de Palermo (ver Anexo lI!), de Buenos Aires. institución universitarla en la que
ya se está desarrollando el primer ano lectivo de esta trascendente iniciativa académica.
Como un signo de vitalidad y continuidad de la gestión deI PARCUM, el 6 y 7 de diciem-
bre de 1999 se lIevó a cabo en Montevideo, República Oriental deI Uruguay, el VI Encuentro
dei Parlamento Cultural dei MERCOSUR. Durante su realización se resolvió aprobar (ver
Anexo 11) los proyectos presentados por el senador federal de la República Federativa deI Brasil
Artur DA TÃVOLA (,La Ú1tegración cultural a través de la radio y de la televisión.) y por ellicencia-
do Octavio GETINO, de Argentina, (.Las Ú1dustrias cult&ales en elMercosur, Ú1cidenciaeconómi-
ca y social-); y la creación de dos comisiones de especialistas para estudios en el ámbito deI
MERCO-SUR, una de la problemática de los incentivos fiscales y la Iibre clrculación de bienes
y servicios culturales, y otra para elaborar un proyecto de armonización de principlos y dispo-
siciones en materia de derecho de autor, artistas intérpretes, productores de fonogramas y
organismos de radiodifusión.
También durante el Encuentro de Montevideo fueron elegidas las nuevas autoridades
deI PARCUM para el periodo 1999/2001 ya que las encabezadas por el senador nacional, por
Argentina, Carlos L. de la ROSA habían concluido su mandato. Resultó electa como presidenta,
la diputada federal por la República Federativa deI Brasil, Marisa SERRANO (ver Autoridades).
Otro de los proyectos anunciados, y que ya está concretado. es el de la edición de esta
publicación que contiene toda la información actualizada sobre el PARCUM, los textos de las
constituciones de los países miembros y asociados deI MERCOSUR y un estudlo de las refe-
rencias constitucionales mencionadas en dichas constituciones. Un sencillo y necesario modo
de conocernos que nos permitirá concretar uno de los objetivos deI PARCUM: integramos.
cada uno con la fuerza de su identidad. cada vez más y mejor.
Como colofón deI periodo presidencial deI senador nacional por Argentina. doctor Carlos
L. de la ROSA, que concluyera el pasado 10 de diciembre, se lIevó a cabo en el Teatro Colón de
la Ciudad de Buenos Aires. el 15 de dicho mes, un .Concierto ExtraordÚ1ario en Homenaje al
Parlamento Cultural del MERCOSUR (PARCUM). deI que participaron la Orquesta Sinfónica Na-
cional, el Coro Polifónico Nacional y solistas deI Grupo Anacrusa (de la Argentina), bajo la
dirección de los maestros Pedro 19nacio CALPERÓN y José Luis CASTINElRA de DIOS que
convocó a más de dos mil asistentes aI máximo coliseo de la música argentina en unajorna-
da de alto vuelo cultural que se constituyó en un digno broche de la gestión.
En el VII Encuentro, realizado recientemente en la ciudad de La Paz, República de
Bolivla, se concretó la integración efectiva de los representantes legislativos de la República
Oriental deI Uruguay y se dispuso iniciar la elaboraclón de un proyecto de ley de incentivos
fiscales para la cultura (mecenazgo) aplicable a los países deI MERCOSUR y realizar una publi-
cación que contenga las leyes consagradas a la protección deI patrimonio cultural y natural
de los países de la región.
Como se desprende de esta apretada síntesis de su memoria, el PARCUM representa
hoy, sin dudas, la voluntad en acción delos legisladores miembros de las comisiones de Cultu-
ra de los parlamentos deI MERCOSUR y se constituye en un espacio insoslayable de integra-
ción.

Buenos Aires, abril del2000.

34
ANEXO I

REGLAMENTOINTERNO

Articulo 1°: EI Parlamento Cultural dei MERCOSUR (PARCUM) está Integrado por todos los
Legisladores de las Comlslones de Cultura y sus equivalentes de los respectivos Parlamentos
de los Estados Miembros y Asoclados dei MERCOSUR quienes se reunirán en Asamblea Ge-
neral por lo menos una (1) vez ai ano.
Articulo 2°: Son objetivos dei Parlamento Cultural dei MERCOSUR (PARCUM) los slgulentes:
a) Elaborar marcos normativos que promuevan la Integraclón cultural dei MERCOSUR.
b) Promover la ratlflcaclón legislativa dei Protocolo de Integración Cultural dei MERCOSUR
y de los demás Acuerdos y Tratados de cooperación cultural que suscriban sus países
Mlembros.
c) Priorizar la generación de marcos normativos regionales orientados a la libre circula-
ción de bienes y serviclos culturales entre los Países Miembros.
d) Estudiar las posibilldades de mejoramiento deI Intercambio de blenes y serviclos
culturales a partir de la puesta en vigencia deI SELLO MERCOSUR CULTURAL. que
distinguirá a los proyectos culturales comunes de los Estados Miembros.
e) Propiciar la creaclón de un sistema de documentación e Informaclón legislativa cul-
tural. con el objetivo de articular la labor de los Congresos y ParlHmentos de los Estados
Mlembros.
fi Conformar un banco de proyectos legislativos culturales de los Estados Mlembros.
Articulo 3°: La Comlslón Ejecutlva dei PARCUM está Integrada por dos representantes. de las
Comlslones de Cultura y sus equivalentes de cada una de las Câmaras Legislativas de los
Congresos de los Estados Miembros y Asociados; los que estarán distribuidos en los slgulen-
tes cargos: un (1) presidente; un (1) vicepresidente primero;un (1) vicepresldente segundo;
un (1) vicepresldente tercero; un (1) secretario general y dlez y nueve (19) vocales. Los desig-
nados para dlchos cargos durarán dos (2) anos en sus funciones. La presldencla será ejerclda
de manera rotativa por representantes de los Estados Miembros dei MERCOSUR. Las personas
que desempeiien estos cargos mantendrán sus funciones mientras conserven su condición
de legislador en cualqulera de las Câmaras Legislativas de los Congresos de los Estados Mlem-
bros y Asoclados.
Articulo 4°: La Comlslón Ejecutlva dei PARCUM tlene las slgulentes atribuclones y funcio-
nes:
a) promover y acompanar el proceso de integraclón cultural regional dei MERCOSUR
manteniendo informados a los Congresos Naclonales respectivos sobre la marcha de
dlcho proceso;
b) desarrollar las acclones necesarlas para facilitar la consolidaclón institucional y
funcionai dei PARCUM;
c) solicitar a los órganos Instltucionales dei MERCOSUR y / o cualquler otro organismo
regional. Informaclones respecto a la evoluclón dei proceso de Integraclón cultural de la .
región;
d) constituir dentro de su organlzaclón subcomlsiones sobre temas específicos vincula-
dos ai proceso de integración cultural dei MERCOSUR;
e) realizar los estudlos e investlgaclones tendientes a la armonlzación de la legislación
35
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

cultural de los Estados Miembros y Asociados, propiciando proyectos que puedan ser
presentados a consideraclón de los Parlamentos Nacionales; emltlendo a estos fines las
recomendaclones y dictâmenes que estime conveniente;
f) contribuir a acelerar los procedlmientos Internos que deberán cumplir los Estados
Miembros para la pronta entrada en vigor de las normas relacionadas con lo cultural;
g) suscribir acuerdos sobre cooperación y asistencla técnica con organismos públicos y
privados de carácter nacional, regional, supranacional e internacional referidos aI âm-
bito de la cultura, y desarrollar tareas de extensión cultural entre los Países Miembros
y Asociados;
h) elaborar y mantener actualizada la recopilación de las normas y documentación le-
gislativa relacionadas con la legislación cultural a los fines de colaborar en la articula-
ción temática de la labor de los Parlamentos de los Estados Miembros y Asociados deI
MERCOSUR;
i) convocar y organizar las Asambleas Generales deI PARCUM; cumplimentar las reso-
luciones y recomendaciones que se aprueben;
j) llevar registro y archivo de las actas, resoluciones y recomendaciones deI PARCUM;
k) administrar los recursos disponibles en cumplimiento de las políticas aprobadas por
la Asamblea General.
Artículo 5·: AI Presidente de la Comisión Ejecutiva compete:
a) presidir la Asamblea General deI PARCUM;
b) dirigir y ordenar la labor de lassubcomisiones;
c) representar aI PARCUM y a la Comisión Ejecutiva;
d) dar conocimiento aI PARCUM y a la Comisión Ejecutiva de toda la información recibi-
da;
e) designar relatores para presentar las propuestas de las delegaciones parlamentarias
en los temas a considerar en las Asambleas Generales deI PARCUM;
f) instituir grupos de estudio y consulta para el examen de los temas indicados por el
PARCUM:
g) resolver las cuestiones de orden:
h) convocar las reuniones de la Comisión Ejecutiva y presidirias;
i) firmar las actas. recomendaciones y demás documentos de la Comisión Ejecutiva,
junto con el Secretario General;
j) gestionar donaciones, contratos de asistencia técnica y otros sistemas de coopera-
ción a título gratuito ante Organismos Públicos o Privados. Naclonales e Internaciona-
les, y administrar los recursos existentes;
k) lIevar adelante todas las actividades que sean necesarias para el buen desempeno de
las actividades deI PARCUM.
Artículo 6·: En los casos dé ausencia o Impedimento, el Presidente será sustltuldo por el
Vlcepresldente Primero y Segundo, en ese ordeno
Artículo 7·: La Comlsión Ejecutlva podrá distribuir su labor en Comfslones. Se constituyen
como permanentes las slgulentes: a) de Pi1trimonio Cultura~ b) de Actividades Artísticas,
Artesanales y Culturales; c) de Industrias Culturales; d) de Legíslación Cultural InJormación y
Comunicación: y e) de Promoción y Financiamiento de las Actividades Culturales. Las comlslones
serán presididas por Vocales de la Comlslón Ejecutiva.
Artículo 8·: La Comlsión Ejecutiva' será asistlda por un Consejo Consultor integrado por ex
mlembros de la mlsma. Podrá además contar con la colaboración de los Asesores y profesiona-
les de las Comisiones de Cultura y sus equivalentes de los Congresos de los Estados Miem-
bros y Asociados. que la misma designe. con relaclón a los temas que requleran colaboración
de especialistas en materias específicas.
Artículo 9·: La Comísión Ejecutiva se reunirá como mínimo tres (3) veces por afio y cuando
fuera convocada por el Presidente. tratando de realizar sus reunlones alternativamente. una
vez en cada uno de los Países Miembros y Asociados,'
Artículo 10·: Las decísiones de la Comlsión Ejecutiva serán adoptadas por el voto afirmativo
36
ANEXO I: REGLAMENTO INTERNO

de la mayoría de los mlembros presentes en cada reunlÓn. EI quórum se conformará con slete
(7) mlembros de la Comlsión Ejecutlva. pudlendo constltulrse tamblén por poder o delegaclón.
Articulo 11°: Créase la Secretaria Técnica. con sede en la cludad de Buenos Aires. dirigida
por un Secretario Técnico aI cual le compete:
a) aslstlr a la Presldencla en la conducclón de los trabajos administrativos y operativos
de la Comlslón Ejecutlva:
b) actuar como Secretario en las reunlones de la Comislón Ejecutiva y elaborar las
respectivas actas:
c) preparar la redacción final de las recomendaciones de la Comlslón Ejecutlva y tra-
mitarias:
d) custodlar y archlvar la documentación de la Comlslón Ejecutlva:
e) coordinar el funclonamiento de las subcomisiones e implementar un plan de dlfu-
sión de las actividades y contenidos deI Parlamento Cultural deI MERCOSUR (PARCUM).
Articulo 12°: Los legisladores de las Comisiones de Cultura. y sus equivalentes. deI MERCOSUR
y países Asociados que cumplieren su mandato. tendrán libre acceso a las dependencias deI
Parlamento Cultural deI MERCOSUR (PARCUM) y mantendrán el derecho de utilizar el título y
la credencial correspondlente con el aditamento MC Mandato Cumplido.
Articulo 13°: Son Idiomas oficiales deI Parlamento Cultural dei MERCOSUR (PARCUM) el es-
panol y el portugués.

DISPOSICIONES FINALES Y TRANSITORlAS


Articulo 14°: En los casos no previstos en este Reglamento se apllcarán en forma supletorta
las dlsposlclones deI Reglamento Interno de la Comislón Parlamentarla Conjunta. el Tratado
de Asunclón y el Protocolo de Ouro Preto.
Articulo 15°: La Comlsión Ejecutlva dictará sus proplas normas de funcionamiento dentro de
los clento veinte (120) dias de la entrada en vlgencla deI presente reglamento.
Articulo 16°: Los actuales mlembros de la Comlsión Ejecutlva finallzarán su mandato el diez
de dlclembre deI afio 1999.

Aprobado en elIV Encuentro. Brasília 28/5/98.


con la modificación realizada en el V Encuentro. Valparaíso 20/4/99
(ver las actas en los Anexos correspondientes).

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ANEXO 11
ACTAS DE LOS ENCUENTROS
IENCUENTRO
BUENOS AIRES. 7 AL 9 DE OCTUBRE DE 1996.
REPÚBLICA ARGENTINA.

os legisladores miembros de las Corpisiones de Cultura de los Honorables Congresos y

L
. Parlamentos de la República Argentina. Ia República Federativa de Brasil y la República
dei Paraguay. convocados por el Honorable Congreso de la Nación Argentina. Ia Secreta-
ria de Cultura de la Presidencia de la Nación Argentina y la Organización de Estados Ibero-
anlericanos para la Educación. Ia Ciencia y la Cultura:
resaltando la satisfacción por la fraterhidad y vivo Interés que han expresado los legis-
ladores de los países dei MERCOSUR en este Primer Encuentro en el que han intercambiado
sus experienclas y conocimientos legislativos, en lo que concleme a la promoción de una
cultura armónicamente compartida. y
haclendo propios los fundamentos expresados en el Protocolo de Integración Cultural
dei MERCOSUR 111, maniflestan:
PRIMERO: Considerar que. dado el avance dei proceso de integración cultural dei MER-
COSUR, éste es un momento especialmente oportuno para que las Câmaras Legislativas
pongan un particular interés en coadyuvar. a través de una armónica labor. a constituir un
marco normativo que facilite las políticas tendlentes a promover la Integración cultural.
SEGUNDO: Agilizar el tratamlento legislativo. en sus respectivos Congresos 'y Parla-
mentos. dei Protocolo de Integración Cultural firmado por los Seiiores Ministros y Secretarlos
de Cultura de los Estados Parte dei MERCOSUR.
TERCERO: Recomendar fa creación. en los Congresos y Parlamentos de los Estados Mlem-
bros dei MERCOSUR, de Comisiones o Subcomisiones permanentes especializadas en asun-
tos culturales. que tengan en cuenta prioritariamente el tratamiento de la legislación cultu-
ral de los países dei MERCOSUR. Para ello, se ha considerado la valiosa experiencia realizada
en el Hoúorable Congreso de la Nación Argentina.
CUARTO: Recomendar la creación de una Comisión Permanente de Legisladores Cul-
turales dei MERCOSUR, integrada por Diputados, Senadores y Técnicos representativos de
ambas Câmaras de los Congreso~ y Parlamentos de los Estados Parte. cuyo objetivo será coor-
dlnar los proyectos comunes regionales de carácter legislativo.
QUINTO: Propiciar la creación de un sistema de documentaclón e Información legisla-
tiva cultural, con el objeto de articular telemáticamente la labor de los Congresos y Parlamen-
tos de los Estados Parte. A tal efecto. se solicita la aslstencla técnica y profeslonal de la Orga-
nizaclón de Estados Iberoamerlcanos para la Educaclón.la Ciencla y la Cultura (OEI).
SEXTO: Estudlar las poslbllidades de mejoramiento dellntercambio de bienes y servi-
cios culturales a partir de la puesta en vigencla dei SELLO MERCOSUR CULTURAL. que dis-
tinguirá a los proyectos culturales comunes de los Estados Parte.
SÉPTIMO: Priorizar la generaclón de marcos normativos reglonales orientados a la libre
clrculaclón de blenes y servlcios culturales de los Estados Parte.
OCTAVO: Elaborar marcos normativos que promuevan la dlfuslón dei MERCOSUR Cul-
tural a través de los medlos masivos de comunlcaclón social.
NOVENO: Convocar aI próximo Encuentro. que se realizará en Asunclón, República deI
Paraguay, los días 10 y 11 de abril de 1997.
39
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

DÉCIMO: Solicitar'a los Congresos y Parlamentos de los Estados Parte la declaración de


interés de lo expresado en este Documento.
DÉCIMO PRlMERO: Poner en conocimiento de las presentes conclusiones a las autoli-
dades competentes dei MERCOSUR.
Finalmente, quieren dejar constancia de su agradecimiento a los Gobiemos de Argen-
tina, Brasil, Chile, Paraguay, Uruguay, Reino de Espana, a sus respectivos Congresos y Parla-
mentos, ya la Organizaclón de los Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la
Cultura (OEI), por el valioso aporte de sus representantes.
Suscriben:
Senador nacional. Carlos de la ROSA (Argentina), senador nacional. Raúl CALVÁN (Argentina). dipu-
tado nacional Ramón F. GIMÊNEZ (Argentina), diput.ad.qfederalMarisa SERRANO (Brasil), diputa-
dofederal. Severiano ALVES de SOUZA (Brasil), senadbr nacional Secundino NúfílEZ (Paraguay),
diputado nacional. Martín CHIOLA (Paraguay).
Participaron de las deliberaciones:
doctor Mario O'DONNELL (secretario de Cultura de la Presidencia de la Nación, Argentina),
licenciado Juan Carlos D'AMICO (secretario de la Comisión de Cultura dei H. Senado de la
Nación, Argentina), Alejandra SACCONE, Jorge LAZAROVl CH Y Oscar BONAVOTA (de la O.rga-
nización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura, OEI).
Buenos Aires, 9 de octubre de 1996.

{lI PROTOCOLO DE INTEGRACIÓN CULTURAL DEL MERCOSUR


Los goblernos de la República Argentina, de la República Federativa de Brasil, de la
República dei Paraguay y de la Repúbllca Orientai dei Uruguay, en adelante denominados
"Estados Partes":
En vlrtud de los principios y objetivos enunciados en el Tratado de Asunción firmado eI
26 de marzo de 1991 y deI Memorandum de Entendlmlento suscripto en Buenos AIres el 15 de
marzo de 1995, en el marco de la Primera Reunión Especializada de Cultura:
Conscientes de que la cultura constituye un elemento plimordial de los procesos de
integraclón, 'y que la cooperaclón y el Intercamblo cultural generan nuevos fenómenos y
realidades:
Inspirados en el respeto a la diversidad de las identidades y en el enriquecimiento
mutuo:
Atentos a que la dinámica cultural es factor determinante en el fortaleclmlento de los
valores d·e la democracia y de la convivencla en· las sociedades.
Acuerdan:
Artículo I:
I - Los Estados Partes se comprometen a promover la cooperaclón y el Intercamblo
entre sus respectivas instltuciones y agentes culturales, coh el objetivo de favorecer el
enliquecimiento y la dlfusión de las expreslones culturales y artísticas dei MERCOSUR.
2 - Para ello, los Estados Partes promoverán programas y proyectos conjuntos en eI MER-
COSUR, en los diferentes sectores de la Cultura, que definan acclones concretas.
Artículo 11:
1 - Los Estados Partes facllltarán la creaclón de espacios culturales y promoverán la
reallzación, prlolizando la coproducclón, de acciones culturales que expresen las tradl-
clones históricas, los valores comunes y las diversidades de los países mlembros dei
MERCOSUR.
2 - Las acclones culturales contemplarán, entre otras Iniciativas, el intercamblo de
artistas. escritores, Investigadores, grupos artísticos e Integrantes de entidades públi-
cas o plivadas Vinculadas a los diferentes sectores de la cultura.
Artículo 111: Los Estados Partes favorecerán producciones de cine, video, televlslón, radlo y
multlmedla, bajo el réglmen de coproducción y codlstrlbuclón, abarcando todas las manlfesta-
ciones culturales.
Artículo IV: Los Estados Partes promoverán la formación común de recursos humanos
40
ANEXO /f' ACTAS DELOS ENCUENTROS

Involucrados en la acclón cultural. Para ello. favorecerán el Intercamblo de agentes y gesto-


res culturales de los Estados Partes. en sus respectivas áreas de especlallzaclón.
Artículo V: Los Estados Partes promoverán la Investlgaclón de temas históricos y culturales
comunes. lncluyendo aspectos contemporáneos de la vida cultural de sus pueblos. de modo
que los resultados de las Investlgaclones puedan servir como aporte para la deflnlclón de
Iniciativas culturales conjuntas.
Artículo VI: Los Estados Partes Impulsarán la cooperaclón entre sus respectivos archlvos
históricos. bibliotecas. museos e Instltuclones responsables de la preservaclón dei patrlmo-
nlo cultural. con el f1n de armonlzar los crlterlos relativos a la c1aslficaclón. catalogaclón y
preservaclón. con el objeto de crear un registro dei patrlmonlo histórico y cultural de los
Estados Partes deI MERCOSUR.
Artículo VII: Los Estados Partes recomlendan la utlltzaclón de un Banco de Datos común
Informatizado. confeCCionado en el ámblto dei Sistema de Informaclón Cultural de América
Latina y dei Carlbe (SICLAC). que contenga calendarlos de actlvldades culturales diversas y
un relevarnlento de los recursos humanos e Infraestructuras dlsponlbles en todos los Estados
Partes.
Artículo VIII: Cada Estado Parte protegerá en su ten1torlo los derechos de propledad Intelec-
tual de las obras originarias de los otros Estados Partes. de acuerdo con su leglslaclón Interna
y con los tratados Internaclonales a que haya adherldo o adhlera en el futuro y estén vtgentes
en cada Estado Parte.
Artículo IX: Los Estados Partes fomentaránla organlzaclón y la producclón de actlvldades
culturales conjuntas para su promoclón en terceros países.
Artículo X: Los Estados Partes comprometerán los mejores esfuerzos para que la cooperaclón
cultural dei MERCOSUR abarque todas las reglones de sus respectivos terrltorlos.
Artículo XI: Los Estados Partes estlmularán medidas que favorezcah la producclón. coproduc-
clón y ejecuclón de proyectos que sean considerados de Interés cultural.
Artículo XII:
1 - Los Estados Partes se comprometen a buscar fuentes de f1nanclamlento para las
actlvtdades culturales conjuntas dei MERCOSUR. procurando la partlclpaclón de orga-
nismos Internaclonales. Iniciativas privadas y fundaclones con programas culturales.
2 - En la ejecuclón de emprendlmlentos culturales comunes. los Estados Partes se com-
prometen. aslm1smo. a buscar la cooperaclón y la aslstencla técnica. slempre que sea
necesarlo. de los organismos Internaclonales competentes.
Artículo XIII: Los Estados Partes adoptarán medidas tendientes a facilitar el Ingreso temporarlo.
en sus respectivos terrltorlos. de material destinado a la reallzaclón ·de proyectos culturales
aprobados por las autoridades competentes de los Estados Partes.
Artículo XIV: Los Estados Partes estlmularán la adopclón de medidas que facillten la clrcula-
clón de agentes culturales vinculados a la ejecuclón de proyectos de naturaleza cultural.
Artículo XV: Cada Estado Parte favorecerá en su tenitorlo. por los medlos de comunlcaclón a
su alcance. Ia promoclón y la dlvulgaclón de las manlfestaclones culturales dei MERCOSUR.
Artículo XVI:
1 - Las controverslas que surjan entre los Estados Partes. como consecuencla de la
apllcaclón. Interpretaclón o dei Incumpllmlento de las dlsposlclones contenldas en el
presente Protocolo. serán resueltas mediante negoclaclones diplomáticas dlrectas.
2 - SI mediante tales negoclaclones no se lIegara a un acuerdo. o si la controversla
fuera solucionada parcialmente. serán aplicados los procedlmlentos prevtstos en el Sis-
tema de Soluclón de Controverslas. vigente entre los Estados Partes dei Tratado de
Asunclón.
Artículo XVII: EI presente Protocolo. parte Integrante dei Tratado de Asunclón. entrará en
vigor para los dos prlmeros Estados que lo ratlfiquen trelnta (30) días después dei depósito dei
segundo Instrumento de ratlflcaclón. Para los demás slgnatarlos. entrará en vlgencla en el
trigésimo (30) día después dei depósito dei respectivo Instrumento de ratlftcaclón. en el orden
en el que fueren depositadas las ratlflcaclones.
Artículo XVIII: EI presente Protocolo podrá ser revisado. de común acuerdo. a propuesta de
uno de los Estados Partes.
Artículo XIX: La adheslón por parte de un Estado ai Tratado de Asunclón. Implicará. Ipso lure.
la adheslón ai presente Protocolo.
41
PARLAME:tvrO CUL7VRAL OEL MERCOSUR (PARCUM)

Artículo XX:
1 - EI Goblern.o de la República dei Paraguay será deposltarlo dei presente Protocolo y de
los Instrumentos de ratlflcaclón, y enviará copias debldamente autenticadas de los
mlsmos, a los Goblernos de los demás Estados Partes.
2 - De la mlsma forma, el Goblerno de la República dei Paraguay notificará a los Gobler-
nos de los demás Estados Partes, la fecha de entrada en vigor dei presente Protocolo, asi
como la fecha de depósito de los Instrumentos de ratlficaclón.

HECHü en la cludad de Fortaleza, a los dleclslete dias dei mes de dlclembre de mil
noveclentos noventa y seis, en un originai en los Ic1Iomas espanol y portugués, slendo ambos
t..."t.n" I!!ualmente auténtlcos.

42
ANEXO 11: ACTAS DE LOS ENCUENTROS

11 ENCUENTRO

ASUNCIÓN, 27 Y 28 DE JUNIO DE 1997,


REPÚBLICA DEL PARAGUAY.

'
L
os abajo finnantes. representantes de las Comisiones de Cultura de los Parlamentos
integrantes dei MERCOSUR y países asociados. reunidos en la Cludad de Asunción du-
rante los días 27 y 28 de junlo de 1997 en los recintos de la H. Câmara de Diputados y
Senadores de la República dei Paraguay:
1. Escucharon las dlsertaclones de la doctora Evangelina GARCíA PRlNCE. quien se
reflrió a 'La identidad culturalfrente a los desqfios de la regionalización y la globalización.: dei
doctor Edwln HARVEY sobre .El estado de la legislación cultural de la región.: y dei senor
viceministro de Cultura de la República dei Paraguay. doctor Gerardo FOGEL. sobre .Desafios
y exigencias deI MERCOSUR Cultural•.
2. Desarrollaron un diálogo donde se hlcleron consideraclones de índole filosófica. his-
tórica. jurídica y política.
3. Manlfestaron su vocación de continuar trabajando en forma actlva y conducente en
la búsqueda de la integración cultural dei MERCOSUR.
4. Discutleron la propuesta de la delegación de Paraguay que propuso la creaclón de un
Fondo Cultural dei MERCOSUR (FOCUSUR) y la necesldad de efectuar consultas con los res-
pectivos Poderes Ejecutlvos de los países mlembros y asoclados. aprobando la Iniciativa dei
Fondo y dejando para la próxima reunlón la consideraclón de sus contenidos. fonna y concre-
ción.
5. Analizaron la propuesta de la delegaclón argentina que planteó la creaclón de una
Comisión Pennanente dei Cultura dei MERCOSUR y países asoclados. aprobando la constltu-
ción de dicha Comisión que se denominará LECUM11J. integrada por un (l) presidente. un (l)
vicepresidente. un (l) primer secretario. un (1) segundo secretario y vocales. correspondien-
tes a los miembros titulares y asociados ai MERCOSUR y la confonnaron de la slguiente ma-
nera:
Presidente: Dlputado nacional Ramón GIMÉNEZ (Argentina)
Vicepresidente: Senador nacional Secundino NÚNEZ (Paraguay)
Primer secretario: Diputado federal Severiano ALVES de SOUZA (Brasil)
Segundo secretario: (a designar por la República Oriental dei Uruguay)
Vocales l2J : Senador nacional Carlos L. de la ROSA (Argentina)
Diputado nacional Juan SERVIN SUGASTI (Paraguay)
Senador federal Artur DA TÁVOLA (Brasil)
Senador nacional Roberto MUNOZ BARRA (Chile)
Diputado nacional Edmundo VILLOUTA (Chile)
6. Intercambiaron opiniones sobre la propuesta de la delegación dei Brasil de creación de
un banco de proyectos culturales, resolviendo continuar su anállsis en la próxima reunión.

(I) EI LECUM sería denominado posteriormente PARCUM (Parlamento Cultural dei MERCOSUR).
(2) Los vocales por la República de Bollvla y por la República Orientai dei Uruguay quedaro)1 a designar.
43
PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

7. Acordaron realizar la próxima reunión deI LECUM en la ciudad de Brasilia, Repúbli-.


ca Federativa deI Brasil, los días 12 y 13 de novíembre de 1997. .

SusCliben:
Senador nacional Carlos L. de la ROSA {Argentina}, diputado nacional Ramón GIMÉNEZ {Argenti-
na}, senadorJederalArtur DA TÁ VaLA (Brasil), diputadoJederal SeverianoALVES de SOUZA (Bra-
sil), senador nacional Roberto MUNOZBARRA {Chile}, diputado nacional Edmundo VIUOUTA {Chi-
lei, senador nacional Secundino NúNEz {Paraguay} y diputado nacional Juan SERVÍN SUGASTI
{Paraguay}.
Asunción. Paraguay, 28 deJunio de 1997

44
ANEXO lI: ACTAS DELOS ENCUENTROS

111 ENCUENTRO

BUENOS AIRES. 12 DE NOVIEMBRE DE 1997,


REPÚBLICA ARGENTINA.

E n la Ciudad de Buenos Aires, a los doce días dei mes de noviembre dei ano mil
novecientos noventa y siete. siendo las qúince horas. se reunieron en el' ámbito
. de la Secretaria Técnica dei PARCUM. con la presidencia dei diputado nacional profe-
sor Ramón F. GIMÉNEZ Y la presencia de los sefiores senadores naclonales Secundlno NlJNEZ.
Dlego ABENTE BRUN Y el sefior diputado Juan SERVÍN SUGASTI, de la República dei Para-
guay; el sefior dlputado federal Severiano ALVES de SOUZA, de la República Federativa dei
Brasil; los sefiores senadores naclonales Carlos L. de la ROSA y Raúl GALVÁN, Y la diputada
nacional Martha MERCADER: los agregados culturales de la Embajada de la República de Boli-
via. Betsl Miriam TRIGO de ROSALES; de la República Federativa dei Brasil, Almerinda FREITAS
CARVALHO y su asesora Maria Elena PROTO: de la República de Chile, Gustavo POBLETE
BUSTAMANTE. yel ministro consejero de la Embajada de la República.de Chile, José Miguel
CRUZ SÁNCHEZ: la asesora parlamentario dei Mlnlsterlo de Cultura de la República Federativa
dei Brasil. Marilane C,. de ALBUQUERQUE; el sefior secretario de la Comlslón de Cultura dei H.
Senado de la Nación Argentina. licenciado Juan Carlos D'AMICO: y los asesores doctora Anabel
GUERRA. deI senadorJ. M. sÁEz; licenciada Teresa SARRAIL. dei senador L. MOREAU: doctora
Leonor MONTOVIO. deI senador R. COSTANZO; sefiora Grlselda RUSSO, deI senador R. GALVÁN:
sefior José KRASINSKY, dei diputado R. GIMÉNEZ: licenciada Monlce GLENZ. licenciada
FIorencia NAUDY, profesor Oscar CASTELLUCCI, sefiora Mlrtha S. CASTRO, sefiora Julieta
GARGIULO y maestro José Luis CASTINEIRA de DIOS. de la Comislón de Cultura dei H. Sena-
do de la Nación Argentina. Oficiaron como secretarios de Actas. los colaboradores técnicos de
la Comisión de Cultura dei H. Senado de la Naclón Argentina, Alejandra RODINO y Ricardo
ZAPPA, con la asistencia de Elina SILVETTI, Maria Elena FERREIRA SOAJE Y Sandra
SALTAMARTINI.
De Ia exposiclón de los representantes de los distintos países surgleron temas
consensuados de los que merecen destacarse la unânime expreslón de beneplácito por la
promoción en cada uno de los Parlamentos de la ratlflcaclón legislativa de todo lo actuado en
cada uno de los Encuentros de Parlamentarios CulturaIes deI MERCOSUR.
Previa lectura deI borrador de Convenlo de la O.E.I. y el PARCUM. se dlo por aprobado eI
mlsmo. cuya copia firmada se adjunta a la presente.
Se suglrió aI sefior presidente dei PARCUM que se tomen los recaudos necesarios para
poner e'n funclonamlento la Secretaría Técnica Permanente.
Ante Ias dlflcuItades acaecldas en Ia convocatorla a este Encuentro, se sefialó la ne-
cesldad de optlmlzar los mecanismos de comunlcaclón.
Se hlcieron conslderaclones por parte de los presentes en tomo a la .necesldad de
ajustar el funclonamiento dei PARCUM a las realidades de cada uno de los países integrantes.
AI haberse observado la existencia de algunos vacíos legislativos y de Interpretaclón, y
tenlendo en cuenta que, por ejemplo, para el caso de la firma de los convenlos Intemaclona-
les, la Iniciativa generalmente parte dei Poder Ejecutlvo. se sugiere la flexibillzaclón de los
mecanismos de funclonamlento legislativo.
Se planteó la necesldad de buscar apoyo en organismos Intemaclonales y empresas
privadas para obtener la colaboraclón en todo tipo de emprendlmlento cultural a reallzarse en
el marco dei PARCUM.
45
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Se establecló que el próximo Encuentro se realizará los dias velntlcinco y velntlséis


dei mes de marzo dei afio mil noveclentos noventa y ocho en la Ciudad de Brasilla, y se
propusleron algunos temas como ejes de dicho Encuentro:
- La conformaclón de un banco de proyectos culturales (sugerido por representantes de
la República Federativa dei Brasil);
- La deflniclón de la estructura de la Comisión dei PARCUM y de su Integración (suge-
rido por representantes de la República Federativa dei Brasil);
- La elaboraclón de un documento donde consten normas que establezcan el funciona-
miento de la Comislón dei PARCUM (sugerido por representantes de la República Argentina):
- La creaclón de un fondo de f1nanciamlento (sugerido por representantes de la Repú-
blica dei Paraguay);
- EI establecimiento de un nlvel de responsabilidad para la coordinación de las Comi-
siones dei PARCUM (sugerido por representantes de la República Argentina);
- La incorporación de la problemática de los idiomas-en el-MERCOSUR y, en p;uticular.
en el Intercanlbio de documentos oficiales (sugerido por representantes de la República Ar:
gentlna).

ACTA COMPLEMENTARIA
DEL 111 ENCUENTRO
DE PARLAMENTARIOS CULTURALES DEL MERCOSUR

A
los doce dias dei mes de noviembre de mil novecientos noventa y siete, siendo las
dieciséis horas,se reún~ la Cnrnisi6n Permanente deI Parlamento Cultural deI
MERCOSUR (PARCUM) y, considerando el vencimiento deI mamiato mmtl ~IIRtt~
nacional dei profesor Ramón F. GIMÉNEZ, Y que le corresponde a la República Argentina la
presidencia dei PARCUM en el período 1997-1999, resuelve que el senador nacional Carlos
Leonardo de la ROSA se haga cargo de la misma desde el diez de diciembre de mil novecientos
noventa y siete hasta el diez de diciembre de mil novecientos noventa y nueve.

Firmantes:
Senador Díego ABENTE BRUN (Paraguay), diputado Severiano ALVES de SOUZA (Brasil), senador
Raúl CALVÁN (Argentina), diputado Ramón F. GIMÉNEZ (ArgentÚla), diputada Martha MERCADER
(ArgentÜ1a). senador SecundmoNÚNEZ (Paraguay) y diputadoJuan SERVÍN SUGASTI (paraguay).

46
ANEXO I/.' ACTAS DE:LOS ENCUE:NTROS

IV ENCUENTRO

BRASILlA, 28 DE MAYO DE 1998,


REPÚBLICA FEDERATIVA DEL BRASIL.

E
n la Ciudad de Brasilia, a los veintiocho dias deI mes de mayo de mil novecientos
noventa y ocho. se reúnen en el âmbito de la Cámara de Diputados de la Repúbllca
Federativa deI Brasil con la presidencia deI senador nacional Carlos Leonardo de la
ROSA, y la presencia de los seftores senadores nacionales Secundino NÚNEZ y Diego ABENTE
BRUN; Ylos seftores diputados nacionales Juan SERVÍN SUGASTI YCésar ALMADA ALONSO,
de la República deI Paraguay; los seftores senadores federales ARTUR DA TÁVOLA, Benedita
DA SILVA, Emilia FERNANDES y J oel DE HOLANDA, Ylos seftores diputados federales Severlano
ALVES de SOUZA, Martsa SERRANO, Marta ELVIRA, Pedro WILSON y Padre ROQUE, de la Repú-
blica Federativa dei Brasil; los seftores diputados nacionales Rosauro MARTÍNEZ LABBE Y
Sergio VELASCO de la CERDA, de la República de Chile; el seftor senador nacional José Maria
sÁEz y el seftor diputado nacional Luis BRANDONI, de la Repúbllca Argentina; el seftor sena-
dor nacional COUTINHO JORGE, el seftor dipi.ttado nacional Ney LÓPES de SOUZA y ellicen-
ciado Alfredo JIMÉNEZ BARROS, en representación deI Parlamento Latinoameljicano
(PARLATINO); el seftor secretarto técnico deI PARCUM, licenciado Juan Carlos D' AMICO; Ylos
asesores doctora Anabel GUERRA y León REPETUR, licenciado Daniel MARTÍNEZ, en repre-
sentación de la Comisión Parlamentarta Conjunta (CPC). Silvino CIFUENTES, diputado MC
en representación de la seftora diputadanacional Rosa TULIO. de la Repúbllca Argentina; el
agregado cultural Carlos ABARZÚAS ZAPATAy el ministro consejeroJuan Miguel HEIREMANS,
de la República de Chile; el ministro consejero Hugo GUzMÁN ITURRIZ y el consejero Guillermo
GUTIÉRREZ. de la República de Bolivia; el agregado cultural Enrique JARA CAMPOS, de la
Repúbllca deI Paraguay y Virginia MESQUITA, asesora de la República Federativa deI Brasil;
resuelven;
1 - Aprobar el temarto deI IV Encuentro deI PARCUM;
a) Estructurajuridica institucional deI PARCUM,
b) Relación deI PARCUM con Organismos Intemacionales,
c) Incorporación de legisladores a los cargos vacantes de la Comisión Permanente.
d) Proyecto de recopilación de la legislación cultural de los países deI MERCOSURy de
sus asociados.
e) La creación de un Fondo de Financiamiento.
f) La incorporación de la problemática de los idiomas en el MERCOSUR y, en particu-
lar, en el intercambio de documentos oflciales.
g) Firma de convenio con el Parlamento Latinoamerlcano (PARLATINO).
h) Temas vartos,
2 - Aprobar el Reglamento Interno deI PARCUM.
3 - Aprobar la integración de la Comisión Ejecutiva dei PARCUM. quedando de la si-
guiente manera;
Presidente; senador nacional Carlos L. de la ROSA (Argentina).
Vicepresldente 12 ; senador nacional Secundino NúN"EZ (Paraguay) "
Vicepresidente 2 2 ; diputado nacional Sergio VELASCO de la CERDA (Chile).
Vicepresidente 3 2 ; vacante (Uruguay).
47
PARLAMéNrO CULTURAL DéL MERCOSUR (PARCUM)

Secretario general: dlputado federal Severiano ALVES de SOUZA (Brasil).


Vocales: senador federal Artur DA TAVOLA (Brasil)
dlputado nacional Juan SERVÍN SAGASTI (Paraguay)**.
dlputado nacional Luis BRANDONI (Argentina)
Vacantes: Uruguay. Bollvla y Chile***.
* Será reemplazado a partir dei l° dejullo de 1998 porei senador nacional DlegoABENTE
BRUN (Paraguay)
** Será reemplazado a partir dei 1° de Julio de 1998 por un dlputado nacional a designar
por la Cámara de Dlputados de Paraguay.
*** Se encomlenda ai presidente dei PARCUM para que reallce las gestlones que con-
sidere necesarias para lograr la Incorporaclón de legisladores uruguayos a la Comlslón Eje-
cutlva y para que la próxima reunlón se realice en la República Oriental dei Uruguay.
4 - Aprobar el Convenlo PARLATINO-PARCUM.
5 - Incorporar ai PARCUM como órgano asesor permanente en los temas culturales a la
Comlslón Parlamentaria Conjunta (CPC) dei MERCOSUR.
6 - Remitir a través de cada uno de los Parlamentos la totalidad de la leglslaclón cultural
a la Secretaria Técnica Permanente dei PARCUM para realizar un compendio de leglslación
cultural dei MERCOSUR.
7 - Aprobar en general el uso de los Idiomas espanoI y portugués en el MERCOSURy. en
partlCttlar. en el Intercamblo de documentos oficlales.
8 - AprQbar la conformaclón de un Fondo para la promoclón de actlvidades culturales dei
PARCUM y encomendar a los seftores legisladores Dlego ABENTE BRUN YSeveriano ALVES de
SOUZA para que antes dei 30 de junlo de 1998 presenten un proyecto para el flnanclamlento
de programas y / o actlvidades dei PARCUM. que deberá ser anallzado en la próxima reunlón de
la Comlslón Ejecutlva.
Slendo las qulnce horas dei día velntlocho de mayo de mil noveclentos noventa y ocho.
y habléndose agotado !lI temario previsto. se da por clausurado ellV Encuentro dei Parlamento
Cultural dei MERCOSUR (PARCUM).

48
ANEXO lI.' ACTAS DELOS ENCUENTROS

VENCUENTRO
VALPARAíso. 20 DE ABRIL DE 1999,
REPÚBLICA DE CHILE.

la Ciudad de Valparaíso. a los veinte dias deI mes de abril de mil novecientos noventa

Ei nueve. se reunieron los legisladores deI Parlamento Cultural deI MERCOSUR


(PARCUMl. con la presencia de su presidente, senador nacional por la República Argen-
tina, Carlos Leonardo de la ROSA: de su vicepresidente 12 , senador nacional por la República
deI Paraguay, Diego ABENTE BRUN: de su vicepresidente 2 2 , diputado nacional de la República
de Chile, Sergio VELASCO de la CERDA: los senadores Raúl GALVÁN Y Jorge VILLAVERDE, Y
las diputadas Marcela BORDENAVE. Maria Rita DRiSALDI. Maria Isabel CANO y Catalina MEDINA
LAREU, de la República Argentina: el diputado Edgar ZEGARRA BERNAL. de la República de
Bolivia: las diputadas Esther GROSSI y Marisa SERRANO, de la República Federativa deI Bra-
sil: los diputados Sergio CORREA de la CERDA, Felipe VALENZUELA Y Edmundo VILLOUTA, de
la República de Chile: los diputados nacionales Reinaldo CUEVAS MÉNDEZ Y Daniel ROJAS,
de la República dei Paraguay: de su secretario técnico, licenciado Juan Carlos D' AMICO: el
vicepresidente deI Servicio Oficial de Difusión, Radio, Televisión y Espectáculos (SODRE) de
la República Oriental dei Umguay, licenciado Claudio RAMA: el viceministro primero de Cul-
tura de la República de Cuba, doctor Rafael BERNAL: el director dei Instituto Nacional de
Teatro de la República Argentina. Oscar Alberto CRUZ: los asesores dei PARCUM, maestro
José Luis CASTINEIRA de DlOS, profesor Oscar CASTELLUCCI y León REPETUR; la asesora
deI senador nacional de la República Argentina Ramón B. ORTEGA, doctora Ana ROSENFELD:
el representante de la Cátedra UNESCO de la Universidad de Paiermo de la República Argen-
tina. doctor Edwin HARVEY: los conferencistas doctor Pablo LACOSTE y licenciado Carlos LA
ROSA: el representante de la UNESCO en la República de Chile. doctor Ricardo HEVIA; el
representante de la Embajada de la República de Chile en Brasil, Carlos ABALZÚA: la senora
Liliana DAMIANI y el senor Mario GlLARDONI. de la República Argentina: resuelven:
1 - Manifestar su satisfacción por la incorporación efectiva aI PARCUM de los senores
legisladores de la República Oriental dei Umguay expresada en la nota enviada a la Presiden-
cia por ellicenciado Hugo FERNÁNDEZ FAlNGOLD, presidente dei Senado y vicepresidente de
la República.
2 - Aprobar la modificación deI Artículo 3 2 deI Reglamento Interno deI PARCUM que
quedará redactado de la siguiente forma:
'La Comisión Ejecutiva del PARCUM está integrada por dos represeniantes de las Comisíones
de Cultura y sus equivalentes de cada una de la Cámaras Legislativas de los Congresos de los
Estados Miembros y Asociados que estarán distribuidos en los siguientes cargos: un (1) presidente:
un (l) vicepresidente primero: un (1) vicepresidente segundo: Wl (1) vicepresidente tercero: un (1)
secretario general: y diecinueve (19) vocales. Los designados para dichos cargos durarán dos (2)
afios en susJil1lciones. La presidencia será ejercida de manera rotativa por representantes de los
Estados Miembros del MERCOSUR. Las personas que desempefien estos cargos mantendrán sus
funciones mientras conserven su condición de legislador en cualquiera de las Cámaras l.egislativas
de los Congresos de los Estados Miembros y Asociados'.
3 - De acuerdo a lo expresado en el inciso 2, Ia Comisión Ejecutiva deI PARCUM queda
integrada por:
Presidente: senador nacional Carlos L. de la ROSA (Argentina)

49
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Vicepresidente 12 ; senador nacional Diego ABENTE BRUN (Paraguay)


Vicepresidente 2 2 ; diputado nacional Sergio VELASCO de la CERDA (Chile)
Vice presidente 3 2 : vacante (Uruguay)
Secretaria General: diputada federal Marisa SERRANO (Brasil)
Vocales*: senador nacional Raúl GALvÁN (Argentina)
senador nacional FREITAS NETO (Brasil)
senador nacional Artur DA TÁVOLA (Brasil)
senador nacional Roberto MUNOZ BARRA (Chile)
senador nacional Ramón VEGA (Chile)
senadora nacional Nilda FLORES CORONEL (Paraguay)
diputado nacional Luis BRANDONI (Argentina)
diputada nacional Inna ROY (Argentina)
diputado nacional Edgar ZEGARRA BERNAL (Bolivia)
diputada federal Maria ELVIRA (Brasil)
diputado nacional Felipe VALENZUELA (Chile)
diputado nacional Reinaldo CUEVAS MÉNDEZ (Paraguay)
diputado nacional Daniel ROJAS (Paraguay)
* Pemlanecen vacantes tres cargos correspondientes a la República Oriental deI Uruguay; y
tres a la República de Bolivia.
4 - Realizar las gestiones pertinentes para que las Câmaras legislativas nacionales de
los países miembros dec1aren aI V Encuentro deI PARCUM y a sus conc1usiones de interés
legislativo.
5 - Instrumentar a través de la Secretaría Técnica Pennanente la creación de un
banco de datos y la compilación, comparación y publicación de la legislación cultural de los
países de la región, de acuerdo a la metodología propuesta por el doctor Edwin HARVEY.
6 - Solicitar aI senador Diego ABENTE BRUN Y a la diputada Marisa SERRANO que
continúen con la elaboración deI proyecto para la creación de un Fondo de Financiamiento de
Proyectos Culturales deI PARCUM.
7 - Continuar las gestiones para la incorporación deI PARCUM como .subcomisión de
Cultura de la Comisión Parlamentaria Conjunta deI MERCOSUR (CPC) Y encomendar a la
Comisión Ejecutiva deI PARCUM que lIeve la propuesta a la próxima reunión de la CPC que se
realizará enjunio próximo en.Ia"República deI Paraguay.
8 - Aprobar por unanimidad la creación deI primer Master en Gestión y Políticas Cultu-
rales en el MERCOSUR que se realizará en la Universidad de Palenno de la República Argen-
tina; solicitar a los restantes países deI MERCOSUR que inicien las gestiones con universida-
des públicas o privadas para la creación de masters de similares caractensticas en la región,
y encargar a la Secretaria Técnica Pennanente que coordine la ejecución integral deI men-
cionado progranla e implemente las medidas necesarias para lIevarlo a cabo.
9 - Solicitar a los sefiores legisladores el estudio de factibilidad para la creación de
institutos nacionales de teatro en los países dei MERCOSUR siguiendo el modelo presentado
por la delegación argentina, con el objeto de crear en el futuro un instituto de teatro en el
MERCOSUR.
10 - Realizar la próxima reunión de la Comisión Ejecutiva deI PARCUM en la República
deI Paraguay en el mes de junio de 1999, e invitar a los representantes de la UNESCO de
Argentina. Bolivia, Brasil. Chile. Paraguay y Uruguay para seguir debatiendo ellnfonne ·Nuestra
Di[)ersidad Creati[)w de la Comisión Mundial de Cultura y Desarrollo de la UNESCO.

50
ANEXO 11: ACTAS DE LOS ENCUENTROS

VI ENCUENTRO

MONTEVIDEO, 6 DE DICIEMBRE DE 1999,


REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY.

E
n la Ciudad de Montevideo, de la República Oriental deI Uruguay, a los 6 dias deI mes de
diciembre de 1999, se reúnen los legisladores que integran el Parlamento Cultural dei
MERCOSUR (PARCUM), con la presencia de su presidente, senador nacional por la Re-
pública Argentina, Carlos L. de la ROSA: de su vicepresidente 2·, diputado nacional por la
República de Chile, Sergio VELASCO de la CERDA; de su secretaria general, diputada federal
por la República Federativa deI Brasil, Marisa SERRANO: dei senador nacional Marcelo ROME-
RO, de la República Argentina: de los diputados nacionales Luis BRANDONI, Maria Rita DRI-
SALDI, Maria Isabel GARCÍA de CANO, Fani A. CEBALLOS de MARÍN y Catalina MÉNDEZ de
MEDINA LAREU, por la República Argentina; deI senador federal Artur DA TÁVOLA Y los dipu-
tados federales Fernando MARRONI, Gasta0 VJEIRA, Esther GROSSI, por la República Federativa
deI Brasil; deI diputado nacional Felipe VALENZUELA, por la República de Chile; dei diputado
nacional Eduardo PAZ RADA, por la República de Bolivia: de los diputados nacionales Reinaldo
CUEVAS MÉNDEZ Y Amado R. ALSINA NOTARIO, por la República delParaguay: dei senador
nacional Carlos Julio PEREYRA, por la República Oriental deI Umguay, en carácter de obser-
vador: de su secretario técnico, licenciado Juan Carlos D'AMICO; de la consejera Beatriz
BOSIO, de la República deI Paraguay: de los asesores, doctora Anabel GUERRA, en representa-
ción dei senador nacional José M. sÁEz; doctora Ana ROSENFELD, en representación deI
senador nacional Ramón B. ORTEGA: licenciada María Celia GRASSI, en representación de la
diputada nacional Maria Rita DERRICO: licenciada Valeria TON, maestro José Luis CASTINEIRA
de DIOS y León REPETUR, de la República Argentina: Marta PORTO y Claudia TODDEI, de la
Fundación Arte Sem Fronteras de Brasil: y los invitados especiales licenciado Octavio GETINO,
Mario GlLARDONI, doctor Miguel Ángel EMERY, doctor Gustavo SÁENZ PAZ Ylicenciado Alfredo
JIMÉNEZ BARROS
RESUELVEN:
1 - Aprobar el proyecto presentado por el senador federal de la República Federativa deI
Brasil, Artur DA TÁVOLA, 'La integración cultural a través de la radio y la televisión".
2 - Apoyar el Plan de Educación para el DesarroUo y la Integración de América Latina pre-
sentado por el sefIor coordinador técnico deI Parlamento Latinoamericano (PARLATINO), li-
cenciado Alfredo JIMÉNEZ BARROS.
3 - Aprobar el proyecto presentado por ellicenciado Octavio GETINO 'Las industrias cu/tu-
rales en el MERCOSUR, incidencia económica y social».
4 - Crear una comisión de especialistas para el estudio de la problemática de incentivos
fiscales y libre circulación de blenes y servicios culturales en los países deI MERCOSUR.
5 - Proponer la creación de un banco de proyectos cuya financiación se procurará en
cada caso en particular.
6 - Crear una comisión de especialistas para elaborar un proyecto de armonización de
principias y disposlciones en materia de derecho de autor, artistas intérpretes, productores
de fonogramas y organismos de radiodifuslón para los países deI MERCOSUR.
7 - Realizar la VII reunión dei Parlamento Cultural deI MERCOSUR en la República de
Bolivia, en la segunda quincena deI mes de abril deI 2000.
8 - Desigllarcomo presidenta deI PARCUM, para el período 10 de diciembre de 1999 alIO
51
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

de dlclembre deI 200 I, a la dlputada federal Marlsa SERRANO. de la República Federativa deI
Brasil, tenlendo en cuenta que se ha cumplido el mandato correspondlente a la República
Argentina, cargo que desempenara el senor senador nacional Carlos de la ROSA. a qulen se le
agradece la gestlón realizada.
De tal modo, la Comislón Ejecutiva deI PARCUM quedará Integrada por:
Presldenta: diputada federal Marlsa SERRANO (Brasil)
Vicepresidente )2: diputado nacional Sergio VELASCO de la CERDA (Chile)
Vlcepresidente 2 2 : dlputado nacional Reinaldo CUEVAS MÉNDEZ {Paraguay}
Vicepresidente 3 2 : diputado nacional Justlno NOLASCO {Bolivla}
Secretario General: senador nacional Carlos L. de la ROSA (Argentina)
Vocales*: senador nacional Raúl GALvÁN (Argentina)
senador nacional Artur DA TÁVOLA (Brasil)
senador nacional Roberto MUNOZ BARRA (Chile)
senador nacional Ramón VEGA (Chile)
diputado nacional Luis BRANDONI {Argentina}
dlputada nacional Maria Rita DRlSALDI (Argentina)
diputado nacional Eduardo PAZ RADA (Bolivla)
diputado federal Gasta0 VIEIRA (Brasil)
diputado nacional Felipe VALENZUELA (Chile)
diputado nacional Amado R. ALSINA NOTARlO (Paraguay)
Secretario Técnico Permanente: licenciado Juan Carlos D AMICO (Argentina).

* Quedan vacantes dos cargos (senadores) de la República de Bolivla: un cargo (senador)


de la República Federativa deI Brasil; dos cargos (senadores) de la República deI Paraguay y
cuatro cargos (dos senadores y dos diputados) de la República Oriental dei Uruguay.

52
ANEXO II:AcTAS DELOS ENCUENTROS

VIIENCUENTRO
LA PAZ, 11 DE ABRIL DEL 2000,
REPÚBLICA DE BOLlVIA.

n la ciudad de Nuestra Senora de La Paz, República de Bolivia, a los once dias deI mes

E de abril deI ano 2000, se reúnen los legisladores miembros de la Comisión Ejecutiva
deI PARCUM (Parlamento Cultural deI MERCOSUR): su presldenta, diputada federal
Marisa SERRANO (Brasil): su vicepresidente 12 , diputado nacional Sergio VELASCO de la CER-
DA (Chile): su vicepresidente 2 2 ,diputacLo nacional Reinaldo CUEVAS MÉNDEZ (Paraguay): su
vicepresidente 3 2 , diputado nacional Justino NOLASCn CLANOS-(Boliviah-sus-vocales,-º.iQ!!:"
tado nacional Luis BRANDONI (Argentina), diputado nacional Eduardo PAZ RADA (Bolivia) y
dlputado nacional Felipe VALENZUELA HERRERA (Chile): sus integrantes, senador nacional
Marcelo ROMERO (Argentina), diputada nacional Maria C. MERLO de RUÍZ (Argentina), los
diputados federales Fernando MARRONI y Joao MATOS (Brasil), la diputada nacional Glenda
RONDÁN (Umguay); su secretario técnico, licenciado Juan Carlos D'AMICO; y con la presen-
cia de la alcaldesa Lucia MENARES MALDONADO (San Antonio, Chile); los asesores José Luis
CASTINEIRA de DlOS, Valeria TON, Maria Celia GRASSI y Maria Rosa PARRA (Argentina),
Silvia Rita SOUZA (Brasil); los expositores Edwin HARVEY y Mario GILARDONI (Argentina), y
Luiz M. CUSTODlO (Brasil); y los coordinadores Alfredo BONADONAy David MENDOZA (Boli-
via), y

RESUELVEN:

1) Incorporar a Ia Comisión Ejecutiva deI PARCUM a la senora diputada nacional 8lenda


RONDÁN, en representaclón de la República Oriental deI Umguay.
2) Elaborar un modelo de Proyecto de Ley de Incentivos Fiscales para la Cultura (Mecenazgo)
aplicable a los países deI MERCOSUR, tomando como base las leyes especificas vígentes en la
República Federativa deI Brasil y en la República de Chile.
3) Realizar una publicación que contenga las leyes consagradas a la protección dei patrimo-
nlo cultural y natural de los paises deI MERCOSUR y designar coordinadores de la misma
ante la Secretaria Técnica a los representantes que propongan Brasil y Argentina. Asimismo
se encomienda a los senores legisladores realizar las gestiones necesarias ante sus respec-
tivos Parlamentos que permitan recaudar los fondos para financiar los costos de la obra.
4) Encargar a los senores legisladores que gestlonen ante las respectivas Cámaras de sus
paises la ratificación de todos los convenios y acuerdos internaclonales firmados por los res-
pectivos Poderes Ejecutlvos, correspondientes aI área de cultura.
5) Elevar a la Secretaria Técnica, en el término de velnte dias, el nombre deI coordlnador
técnico de cada pais ante el PARCUM, en representación de cada una de las Cámaras,
6) Elaborar un foBeto publicitario Institucional dei PARCUM, destinado a difundir la impor-
tancla de sus actividades y promover la mayor particlpación de los parlamentarios en sus
proyectos.
7) Solicitar a los legisladores que, a través de un Proyecto de Resolución cuyo modelo será
enviado por la Secretaria Permanente, declare en cada una de las Cámaras de los Parlamen-
tos, de interés cultural las actlvldades deI PARCUM.
8) Invitar a los representantes de Interpol a participar deI VIII Encuentro deI PARCUM para
53
PARLAMEtVrO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

informar acerca de la .Campana internacional en contra dei tráfico ilícito de bienes cultura-
les•.
9} Elaborar, para la próxima reunión, una propuesta concreta para financiar las actividades
dei PARCUM. La setiora Presidenta, Marisa SERRANO, sugiere dos modelos posibles:
a) que cada legislador integrante deI PARCUM aporte la suma equivalente a quince
dólares mensuales:
b} que se acuerde con los Ministerios de Cultura de cada país, o sus equívalentes, la
creación de una partida específica destinadas a financiar acciones culturales en el
MERCOSUR, para que sea incluida en el próximo presupuesto nacional.
lO} Manifestar la satisfacción de la Comlslón Ejecutiva por la realización dei segundo curso
deI Master en Gestión y Políticas Culturales en el MERCOSUR organizado por el PARCUM en
la Universidad de Palenno, de la ciudad de Buenos Aires: felicitar a sus responsables por el
exitoso desarrollo deI proyecto y reiterar la necesidad de crear posgrados de las mismas ca-
racterísticas y sobre ese modelo en cada país de la región para así cumplir los objetivos previs-
tos en el V Encuentro deI PARCUM realizado en Chile.
11) Reconocer y apoyar la gestión realizada por la setiora presidenta dei PARCUM, diputada
federal Marisa SERRANO, ante el Ministro de Cultura de Brasil, con el propósito de crear un
polo fonográfico y audiovisual en la ciudad de Campo Grande, estado de Matto Grosso do Sul,
consagrado a la realización de prayectos audiovisuales de artistas y creadores de los países
deI MERCOSUR.
12} Solicitar que, sin postergación, antes dei viernes 28 de abril próximo los representantes
de cada uno de los países miembros informen sobre las correcciones, sugerencias o modifica-
ciones que quieran hacer sobre la publicación que contiene los textos constitucionales con
sus antecedentes y refornlas, de cada país integrante dei MERCOSUR. En caso de no respon-
der en el plazo establecido, el libra entra, en las condiciones en que ha sido entregado, a la
etapa de impresión definitiva.
13) Gestionar la participación de los parlamentarios en la próxima reunión de ministros de
cultura dei MERCOSUR a realizarse en la ciudad de Buenos Aires en el próximo mes de junio.
14) Aprobar la realización dei Vlll Encuentro deI PARCUM en las ciudades de Buenos Aires y
Ushuaia, de la República Argentina, que tendrá lugar en la segunda quincena dei próximo
agosto.
15) Auspiciar y enviar una representación dei PARCUM a Valparaíso, República de Chile, para
participar en la reunión organizada por la Comisión de Economía de la Cámara de Diputados
de Chile a realizarse en la segunda quincena deI mes de agosto.
16) Aprabar la realización dei IX Encuentro deI PARCUM, que se Ilevará a cabo en la ciudad de
Florianópolis, República Federativa dei Brasil, en la primer quincena dei próximo mes de
diciembre, en coincidencia con la reunión de la Comisión Parlamentaria Conjunta (CPC).

54
ANEXO 111

RESOLUCIONES

RE5./N!2 1
CONSIDERANDO
Que es necesario adoptar medidas concretas tendientes a dar vigencia a los acuerdos
dei Protocolo de Integración Cultural dei MERCOSUR suscripto por los países mlembros dei
MERCOSUR en Fortaleza, Brasil, el 16 y 17 de novlembre de 1996.
Los legisladores de las Comisiones de Cultura dei MERCOSURyPaíses asociados, re'
unidos en la Ciudad de Asunción, capital de la República dei Paraguay,
RESUELVEN:
l) Trabajar conjuntamente, y en consulta con los respectivos Poderes EJecutivos, en la
redacción de Ufl proyecto de constltuclón de un Fondo Cultural dei MERCOSUR;
2) Someter dicho proyecto a discusión y aprobación en la próxima reunlón de las Comi-
siones de Cultura y Educación dei MERCOSUR a realizarse en Brasilia en noviembre dei
corriente ano;
3) Promover la adopción por parte de los Poderes Ejecutlvos y la ratlficación por parte de
los Poderes Legislativos dei proyecto aprobado en la reunión de Brasilia.

Asunclón, Paraguay, 28 de junio de 1997.

Suscriben:
Senador Diego ABENTE BRUN (Paraguay). diputado Severiano ALVES de SOUZA (Brasil), senador
Carlos de la ROSA (Argentina), senador Raúl GALVÁN (Argentina). diputado Ramón GIMÉNEZ (Ar-
gentina). diputada Ruth B. de LEVERCI (Bolívia). diputado Claudio MIRANDA (Bolívia), senador
Roberto MUNOZ BARRA (Chile). senador Secundino NÚNEZ (Paraguay), diputado Juan SERVÍN
SUGASTI (Paraguay), diputado Andrés sOLÍs (Bolívia).

RE5./N!2 2
CONSIDERANDO
Que el PARLAMENTO LATINOAMERICANO a través de la Comisión de Asuntos Cultura-
les, Educaclón, Ciencla y Tecnologia v1ene trabajando en estos temas desde hace varios anos,
hablendo \legado a la formulación de importantes planes y proyectos;
que dichas actividades persiguen propósitos idénticos a los que anlman ai PARCUM;
que legisladores de prácticamente todas las Comisiones de Cultura de los países miem-
bros dei Parlamento Cultural dei MERCOSUR han participado en las reuniones de la Comisión
de Asuntos Culturales, Educación, Ciencia y Tecnologia dei PARLAMENTO LAT1NOAMERICA-
NO, en las cuales se han elaborado, desarro\lado y perfeccionado los mencionades planes y
proyectos; y
55
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

que el Parlamento Cultural deI MERCOSUR y el PARLAMENTO LATINOAMERlCANO.


en fecha 27 de mayo de 1998 han suscrlpto un acuerdo de cooperaclón Institucional
RESUELVE:
1. Expresar apoyo a las actlvldades que desarrolla la Comisión de Asuntos Culturales.
Educación. Ciencla y Tecnologia deI PARLAMENTO LATINOAMERlCANO. en cuanto a su apli-
caclón en los países dei PARCUM. Siendo estas actividades el plan de .Educaciónpara elDesa-
rroUo y la Integración de América Latina>; el proyecto .La Cultura en el Desarrol!o y la Integración
de América Latina.; el proyecto .Intercambio de Experiencias en Legislación Cultural.; el proyecto
de 'Legislación Comparada en Ciencia y Tecnologia,; y a los que en el futuro se identiflquen y de
común acuerdo se decida desarrollar.
2. Exhortar a los seiíores legisladores miem~ros deI PARCUM para que en sus respec-
tivos Parlanlentos impulsen proyectos de ley y la adopción de elementos que conduzcan a
facilitar y pennitlr la ejecución de los planes y proyectos anterlonnente mencionados.
3. Realizar toda actividad que. de confonnidad con la naturaleza y fines deI PARCUM.
favorezca la cabal ejecución de actividades conjuntas con el PARLAMENTO LATINOAMERlCA-
NO en función dei logro de los altos objetivos comunes de las Instituciones.
Dado en la Ciudad de Brasilia D.F.. Brasil. a los 27 dias dei mes de mayo de 1998.
Suscriben;
Senador Carlos de la ROSA (Presidente): senador Severiano ALVES de SOUZA (Secretario general)

RE5./ N2 3
CONSIDERANDO
Que entre los objetivos prlncipales deI Parlamento Cultural dei MERCOSUR se destacan
los de "elaborar marcos nonnativos que promuevan la integración cultural dei MERCOSUR•.
"propiciar la creación de un sistema de documentación e infonnación legislativa cultural con
el objeto de articular la labor de los Congresos y Parlamentos de los Estados Miembros•. "con-
fonnar un banco de proyectos legislativos culturales de los Estados Miembros. (Reglamento
Interno deI PARCUM. art. 2 2 ).
Que entre las atrlbuciones y funciones de la Comlslón Ejecutlva dei PARCUM se en-
cuentran las de -realizar estudios e investigaciones tendlentes a la armonización de la legis-
lación cultural de los Estados Mlembros y Asociados. y -Elaborar y mantener actualizada la
recopilaclón de las nonnas y documentaclón legislativas relacionadas con la legislaclón cul-
tural» de los países de la región (Reglamento Interno dei PARCUM. art. 4 2 ).
Que en el Encuentro de Legisladores Culturales deI MERCOSUR realizado en la Ciudad
de Buenos Aires los dias 7 ai 9 de octubre de 1996 se dispuso propiciar la creación de un
Sistema de Documentación e lnfornlaclón Legislativa Cultural (Acta. Inciso 5).
Que la Comisión Ejecutiva dei PARCUM tlene entre sus funciones la de -suscrlblr acuer-
dos sobre cooperación y asistencia técnica con organismos públicos y privados de carácter
nacional. supranacional e internacional refendos aI ámbito de la cultura. (Reglamento Inter-
no dei PARCUM. art. 4 2 ).
Que entre el PARCUM y la Oficina Regional Buenos Aires de la Organlzación e Estados
lberoamericanos para la Educación. Ia Ciencia y la Cultura. con fecha 12 de diclembre de
1997. se celebró un acuerdo de cooperaclón entre ambas Instituclones. entre cuyas activlda-
des se dlspuso Ilevar adelante en fonna conjunta la creación de un Centro de Documentación
y Leglslación Cultural.
Que las partes de dicho convenio acordaron. además. hacer poslble la realización de un
estudlo de las legislaciones culturales deI MERCOSUR, en particular. y América deI Sur. en
general. que se vuelque en un manual que pueda ser dlstrlbuldo en todos los países ibero-
americanos.
56
ANEXO 111: RESOLUCIONES

Que con fecha 10 de marzo de 1999 se suscrlbió en la Ciudad de Buenos Aires un acuer-
do de cooperaclón entre el Parlamento Cultural dei MERCOSUR y la Universidad de Palermo
con el objeto. entre otros fines. de 'coordinar actividades de docencia. investigación y difusión
en materla de gestión y administración cultural; derechos. política y financiamiento de la
cultura. tanto a nivel nacional como de los países deI MERCOSUR, de América Latina y de
otras regiones deI mundo,. así como ,establecer mecanismos de cooperación que permitan la
adopción de programas conjuntos. tendlentes ai desarrollo de documentación y estudios sobre
la legislación cultural en los países deI MERCOSUR e Iberoamérlca'.
Que. asimismo. en dicho convenio se acordó propiciar el estudio comparado de las legis-
laciones culturales deI MERCOSUR. en particular. y de América Latina e Iberoamérlca. en
general.
Que el acuerdo citado celebrado entre el PARCUM y la Universidad de Palermo resulta
de gran relevancia para los objetivos seiialados. en razón de que en dicha universidad funcio-
na. desde hace varios afios. Ia Cátedra UNESCO de Derechos Culturales como consecuencia
de un convenio celebrado en 1994 entre la Universidad de Palermo y la Organización de las
Naciones Unidas para la Educación. la Ciencia y la Cultura (UNESCOJ. dentro de la red de
centros de excelencia deI Programa Internacional UNI1WIN y de Cátedras de la UNESCO.
respondiendo a la finalidad de promover en la región un sistema integrado de investigación.
formación y documentación en materla de derechos culturales y de legislación y derecho de
la cult -a.
PÔ ebb0. el Parlamento Cultural dei MERCOSUR, en su reunión celebrada en Valparaíso.
Chile. los días 18. 19 Y20 de abril:
RESUELVE:
1 Manifestar su satisfacción por las gestiones lIevadas a cabo y convenios formaliza-
2)

dos con la Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación. Ia Ciencia y la Cultu-


ra (OEI) y la Universidad de Palermo.
2 2 ) Dlsponer que se lIeven adelante. por intermedio de la Secretaria Técnica Perma-
nente deI PARCUM. Ias tramitaciones tendlentes a concretar. en el más breve plazo posible.
con la Organización de los Estados Iberoamerlcanos para la Educación. la Ciencia y la Cultura
(OEI) y con la Universidad de Palenno. Ia formalización y puesta en marcha de los programas
y proyectos reseiiados en los Considerandos de la presente resolución.

Suscrlben:
Senador Carlos de la ROSA (Argentina); senador Diego ABENrE BRUN (Paraguay); diputaciD-Sergio
VELASCO de la CERDA (Chile); senador Raúl GALVÁN (Argentina); senador Jorge VILLAVERDE
(Argentina); diputada Marcela BORDENA VE (Argentina); diputada Maria Rita DRISALDI (Argenti-
na); diputada Maria Isabel CANO (Argentina); diputada CataIina MEDINA LARÉu (Argentina); di-
putado Edgar ZEGARRA BERNAL (Bolívia); diputada Esther GROSSI (Brasil); diputada Marisa SE-
RRANO (Brasil); diputado Sergio CORREA de la CERDA (Chile); diputado Felipe VALENZUELA
(Chile); diputado Edmundo VILLOUTA (Chile); diputado Reinaldo CUEVAS MÉNDEZ (Paraguay);
diputado Daniel ROlAS (Paraguay).

57
ANEXO IV
CONVENIOS SUSCRIPTOS
ACUERDO CON LA ORGANIZACIÓN DE ESTADOS
IBEROAMERICANOS PARA LA EDUCACIÓN, LA CIENCIA
Y LA CULTURA <O. E.!.)
BUENOS AIRES, 12 DE NOVIEMBRE DE 1997,
REPÚBLICA ARGH:NTINA.

E
ntre el Parlamento Cultural deI MERCOSUR en adelante PARCUM. con domicilio en
Hipólito Yrigoyen 1760 - 5· piso - oficina 512, de la Ciudad de Buenos Aires. represen-
tado por su presidente. el senor diputado nacional profesor Ramón F. GIMÉNEZ. por una
parte. y la Oficina Regional Buenos Aires de la Organización de Estados Iberoamericanos para
la Educación, la Ciencia y la Cultura, en adelante OEI. con domicilio en Avenida Santa Fe
1461 -2· piso- de la Ciudad de Buenos Aires, representada en este acto por su director regio-
nal. don Antonio Oscar BONAVOTA. por otra; convienen celebrar el presente acuerdo para;
1. Promover iniciativas que favorezean la cooperaclón entre ambas Instltuciones.
2. Favorecer el desarrollo de las relaciones culturales entre los países mlembros deI
MERCOSUR y los integrantes de la comunidad iberoamericana, promoviendo recíprocamente
la difusión y conocimiento de los creadores y las Instltuciones culturales de los países ibero-
americanos.
3. Impulsar conjuntamente programas de educación. formación y gestlón cultural.
4. Llevar adelante, en forma conjunta. la creación. en el ámbito de la Secretaria Técni-
ca Permanente deI PARCUM, de un Centro de Documentación de Legislación Cultural. me-
diante un acuerdo interinstitucional en el cual la OEl aportará la tecnología informática y la
capacitación, y la Secretana Técnica deI PARCUM pondrá a disposición el espaclo físico, la
infraestructura informática y el personal. La financiación deI programa será establecida en
forma conjunta y los compromisos que se suscrlban se pactarán en cada caso. En función de
la búsqueda de los medlos para la financlación deI Programa se Invitará a entidades oficiales
y privadas a incorporarse aI proyecto. comprometiéndolos mediante convenios específicos.
5. Promover los intercambios de técnicos y especialistas en la materla, con el propósito
de establecer una red que favorezca la compatlbilización de las legislaciones culturales vi-
gentes.
6. Hacer posible la realización de un estudio de las leglslaclones culturales deI
MERCOSUR en particular, y de América deI SUl', en general, que se vuelque en un manual
que pueda ser distribuido en todos los países Iberoamerlcanos.

D. Antonio O. BONAVOTA Prof. Ramón F. GIMÉNEZ


Director Regional Presidente
OEI PARCUM

59
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

CONVENIO CON
EL PARLAMENTO LATINOAMERICANO
(PARLATINO)

BRASILlA, 27 DE MAYO DE 1998


REPÚBLICA FEDERATIVA DEL BRASIL

E
n la ciudad de Brasilla, D. F.. Brasil. a los 28 días deI mes de mayo de 1998; por una
parte. el PARLAMENTO LATINOAMERICANO que. para los efectos deI presente docu-
mento. también se denominará como PARLATINO. representado por su secretario ge-
neral, diputado Ney LOPES de SOUZA; y. por otra parte. e! PARLAMENTO CULTURAL DEL
MERCOSUR que. para los efectos dei presente documento. también se denominará como
PARCUM. representado por su presidente. senador Carlos de la ROSA, debidamente autorIZa-
dos. resuelven suscribir el Acuerdo de Cooperación que se expresa en las siguientes cláusu-
las;
cLÁUSULA PRIMERA
LAS PARTES
EI PARLAMENTO LATINOAMERICANO (PARLATINO) es un organismo regional.
unicameral y de carácter permanente, fundado en 1964 con la finalídad de que actúe a la vez
como un foro político deI más alto nivel. y corp.o un eficaz promotor dei desarrollo y la integra-
ción. en un marco de democracia plena. Está integrado por los Parlamentos Nacionales de 22
países; Antil\as Holandesas. Argentina. Aruba. BoIMa. Brasil. Chile. Colombia. Costa RIca.
Cuba. Ecuador, EI Salvador. Guatemala. Honduras. México. Nicaragua, Panamá. Paraguay,
Peru. República Dominicana. Suriname. Uruguay y Venezuela. Su sede permanente está en
la·cíudad de Sao Paulo, Brasil.
En cuanto a la aplicación deI presente Acuerdo. el PARLAMENTO LATINOAMERICANü
actuará por medio de la Comisión de P.suntos Culturales. Educación. Ciencia y Tecnologia.
EI PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM) es un organismo constituido
por los senadores y diputados de la Comisiones de Cultura de los poderes legislativos de los
países deI MERCOSUR y asociados. esto es; Argentina. Brasil. Paraguay, Uruguay, Bolívia y
Chile. Las tareas dei PARCUM dieron comlenzo en la ciudad de Buenos Aires. Argentina. en
octubre de 1996. Su propósito fundamental es armonlzar. Intercamblar, promover. investigar
y desarrollar todos los temas vinculados con la vida cultural deI MERCOSUR, que tengan lugar
en el ãmblto parlamentario de la reglón.

CLÁUSULA SEGUNDA
OBJETO DEL CONVENIO
Las Partes acuerdan promover la Integración cultural y educacional de sus países miem-
bros. para lo cual se comprometen a;
1. Consultar e intercambiar la Información y documentación que incremente la co-
operación y las actividades conjuntas;
2. Cooperar con los medlos a su alcance para concretar proyectos que relacionen
entidades de países de América Latina y el Caribe entre sí y/ o con organismos afines de otras
reglones deI mundo;
3. Mantenerse reciprocamente informados sobre programas de cooperación para el
desarrollo y la integración de América Latina;
60
ANEXO 111.' CONVENlOS SUSCRIPTOS

4. Coordinar la reallzaclón y promover la partlclpaclón mutua en reunlones y even-


tos. así como Identificar e Impulsar conjuntamente la formulaclón y ejecuclón de políticas,
planes, programas, proyectos y activldades específicas en los campos de Interés común; y,
5. Realizar toda otra tarea que contrlbuya ai logro de los objetivos Instituclonales, en
pro dei desarrollo y la Integraclón de América Latina.

CLÁUSULA TERCERA
INSTRUMENTOS ADICIONALES
Las Partes acuerdan que para la ejecuclón de cuaiquler actlvidad derivada de la aplica-
clón dei presente Convenlo, no es necesarla la suscrlpclón de otros Instrumentos como
subconvenlos, protocolos o memorandos de entendlmlento, slendo suficiente para dlchos efectos
el correspondlente intercambio de notas.

CLÁUSULA CUARrA
DURACIÓN DEL CONVENlO
EI presente convenlo tendrá una duración ilimitada, salvo el caso de denuncia expresa
de alguna de las Partes. En esas clrcunstanclas, la vigencla subsistirá por noventa dias con-
tados a partir de la entrega-recepclón de la notlficaclón por escrito de la denuncia dei Conve-
nio.

En fe de lo anterior, las Partes suscrlben el presente Convenlo en cuatro ejemplares. en


los Idiomas espanol y portugués, de Igual tenor y valor.

Diputado Ney LOPES de SOUZA Senador carlos de la ROSA


Secretario General Presidente
dei PARLAMENTO LATINOAMERlCANO dei Parlamento Cultural dei MERCOSUR

Senador COUTINHO JORGE


Presidente
Senador Secundino NúNEz
de la Comlslón de Asuntos Culturales, Vlcepresldente l'
Educación, Ciencia y Tecnologia dei Parlamento Cultural dei MERCOSUR

61
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

CONVENIO DE COOPERACIÓN CON


LA UNIVERSIDAD DE PALERMO

BUENOS AIRES, 10 DE MARZO DE 1999,


REPÚBLICA ARGENTINA.

E
ntre la Universidad de Palermo, representada en este acto por el Rector de la misma,
irigeniero Ricardo POPOVSKY, con domicilio en Mario Bravo 1302, Ciudad de Buenos
Aires: y el Parlamento Cultural dei MERCOSUR. en adelante PARCUM, con domicilio
en Hipólito YIigoyen 1760, 5º piso, oficina 512, Ciudad de Buenos Aires, representado por su
presidente, el senador nacional Carlos Leonardo de la ROSA, convienen en celebrar el pre-
sente acuerdo de cooperación para:
1. PromoveI' iniciativas que favorezcan la cooperación y el intercambio de expeIiencias
entre las dos entidades;
2. ContIibuir a la difusión y el conocimiento de los creadores y las instituciones cultu-
rales de los paises dei MERCOSUR:
3. Coordinar actividades de docencia, investigación y difusión en mateIia de gestión y
administración cultural: derechos, políticas y financiamiento de la cultura. tanto a nivel na-
cional como de los países dei MERCOSUR, de AméIica Latina y de otras regiones dei mundo;
4. Establecer mecanismos de cooperación que permitan la adopción de programas con-
juntos, tendientes ai desarrollo de documentación y estudio sobre la legislación cultural en
los países dei MERCOSUR e IberoaméIica;
5. Coordinar la realización de cursos de grado y post grado, seminarios y encuentros en
temas relacionados con el presente acuerdo:
6. Propiciar el estudio comparado de las legislaciones culturales dei MERCOSUR, en
particular, y de AméIica Latina e IberoaméIica. en general:
7. Promover ellntercambio y las pasantías de especialistas, investigadores y profesores
en las materias previstas en el presente acuerdo, con el propósito de acceder a diversas
expeIiencias e impulsar la formación de una red de expertos que favorezca la compatibilización
de las legislaciones culturales vigentes y su estudio comparado en el âmbito de las naciones;
8. Establecer los canales institucionales que permitan una comunicación pemlanente
y ágil entre las partes:
9. Profundizar el vínculo, mediante la invitaclón a participar en eventos que realice
cada una de las partes en las áreas comprendidas en el presente acuerdo; y realizar reunio-
nes peIiódlcas de seguimiento de las actividades acordadas.
EI presente Convenlo de Cooperaclón tendrâ una duración indefinida, salvo denuncia
expresapor alguna de las partes.
Por constancla, firman los representantes por ambas partes cuatro ejemplares de un
solo tenor y a un mismo efecto, en la Cludad de Buenos Aires, a los diez días dei mes de marzo
de mil novecientos noventa y nueve.
Ing. Ricardo POPOVSKY Dr. Carlos L. de la ROSA
Rector Senador nacional (Arg.)
Unlversldad de Palermo Preslden te .
República Argentina Parlamento Cultural dei MERCOSUR
62
ANEXO 111" CONVENlOSSUSCRIPTOS

ANEXO DEL CONVENIO DE COOPERACIÓN


CON LA UNIVERSIDAD DE PALERMO

onsiderando en particular los ítems 2. 3, 5. Y 7 deI Convenlo de Cooperaclón entre el

C Parlamento Cultural deI MERCOSUR (PARCUM) y la Unlversldad de Palermo suscripto


el diez de marzo de mil noveclentos noventa y nueve. se dlspone la creación de un
Master en Gestión y Políticas Culturales en el MERCOSUR que tendrá dos anos de duración y
que se Iniciará en el mes de abril deI comente ano, con dependencla administrativa y acadé-
mica de la Facultad de Derecho de la Unlversldad de Palermo. y cuyo objetivo será formar a
profeslonales provenientes de diferentes disciplinas en el dlseiio y la aplicaclón de políticas
culturales y en la gestión y la admlnlstraclón de Instltuclones y empresas culturales en los
países que Integran el MERCOSUR.
Por este Anexo, el Parlamento Cultural deI MERCOSUR (PARCUM) designa a su secreta-
rio técnico y la Unlversldad de Palermo aI decano de su Facultad de Derecho, para convenlr,
de común acuerdo. la elaboraclón deI plan de estudlos. los detalles de la eJecuclón académlca
y las cuestlones administrativas que requlera la reallzaclón dei Master.
Por constancia. firman los representantes por ambas partes, cuatro ejemplares de un
solo tenor y a un mlsmo efecto, en la Cludad de Buenos Aires. a los dlez días deI mes de marzo.

Ing. Ricardo POPOVSKY Dr. Carlos L. de la ROSA


Rector Senador nacional lArg.)
Unlversldad de Palenno Presidente
RepúbUca Argentina Parlamento Cultural dei MERCOSUR

63
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ANEXO V

MASTER EN GESTIÓN
Y POLÍTICAS CULTURALES
EN EL MERCOSUR
Objetivos
Este Master. que se desarrolla en el marco de la cooperación entre el Parlamento Cul-
tural dei MERCOSUR (PARCUM) y la Cátedra UNESCO de Derechos Culturales de la Universi-
dad de Palerma. en el âmbito de su Facultad de Derecho. es un espacio caracterizado por el
trabajo multidisciplinario en torno a la problemática cultural deI MERCOSUR.
Su objetivo es realizar constantes aportes a los nuevos desafios que plantea la cuestión
de la gestión cultural en el subcontinente.
Con esa visión se propone investigar. debatir y difundir las distintas mantfestaciones
dei pensamiento generado en torno aI hecho cultural en sus múltiples aspectos. tanto los
legales como los económicos. los organizativos y los políticos.
La Maestria en Gestión y Políticas Culturales en el MERCOSUR ofrece la oportuni-
dad de organizar y profundizar una serie de conocimientos jurídicos. económicos. políticos y
culturales en torno a la temática dei MERCOSUR, a través de un plan de estudios de moderna
concepción. cuyas características principales son la metodología dinâmica de su ensenanza y
la continua vinculación con el ejercicio profesional a través de talleres. visitas. coloquios y
pasantías.
Además. Ia aplicación dei método de casos y el debate para la resolución de problemáti-
cas concretas o hipotéticas. permiten ai estudlante adaptar una poslción crítica con respecto
a la construcción de una nueva disciplina que interprete la cambiante realidad deI MERCOSUR
y de su construcción.
Su objetivo prioritario es formar a profesionales provenientes de diferentes disciplinas
en el diseno y la aplicación de políticas culturales y en la gestión de instituciones y empresas
culturales en los países que integran el MERCOSUR.
Por consiguiente. sus programas se orientan a brindar aI profesional:
• herramientas teóricas que le sirvan para resolver problemas de la gestión de institu-
ciones y el dlseno de instituciones culturales:
• información actualizada en la materia para analizar creativamente la nueva estruc-
tura de relaciones que plantea el proyecto regional dei MERCl'.SUR.
El Comitê Acadêmico de Honor
EI Consejo de Direcclón cuenta con un Comité Académico de Honor integrado por Im-
portantes personalidades de la cultura y la gestión cultural en la Argentina y en el mundo.
presidido por el senador nacional doctor Carlos Leonardo de la ROSA. presidente de la Comi-
sión de Cultura deI H. Senado de la Nación Argentinay deI Parlamento Cultural deI MERCOSUR
(PARCUM) en el período 1997/1999.
Lo conforman el diputado nacional Luis BRANDONI. los doctores Martín Diego FARRELL.
Gustavo MALEK. David PRlGOLLINI y Gregorio WEINBERG; el presidente de la Comislón Mun-
dial de Cultura y Desarrollo de la UNESCO y ex secretario general de las Naciones Unidas.
embajador Javler PÉREZ de CUÉLLAR; y el secretario general de la OEI. licenciado Francisco
PINÓN.
65
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

EI Claustro Docente
EI Claustro Docente dei Master combina a experimentados profesores con funcionarios
de destacada actuación en el área pública y prestigiosos artistas e investigadores de jerar-
quia nacional e internacional.
Este cuerpo de profesores se caracteriza, además, por su poder de convocatoria en todos los
medios de la vida cultural nacional y deI MERCOSUR, con el propósito de lograr una continua
presencia de los actualesprotagonistas de la gestión y la creación cultural contemporánea.
Lo han integrado en el ano lectivo 1999 el doctor Edwin HARVEY, el licenciado Juan
Carlos D'AMICO (secretario técnico dei PARCUM), el maestro José Luis CASTINEIRA de DlOS,
el profesor Oscar CASTELLUCCI, los doctores Jorge RUBINSZTEIN, Rafael BARBERO, Miguel
Ángel ÉMERY, Gustavo SÁENZ PAZy Leandro Dario RODRÍGUEZ MIGLIO, el economista Claudio
RAMA, la profesora Clarisa OTERO y el licenciado Alejandro DOUBLIER. Para el ciclo que se
inicia en el 2000, se incorporarán ellicenciado Octavio GETINO y el doctor Daniel ÁLVAREZ
ACUNA.
Profesoresinvitados
Participaron el ano anterior como expositores invitados, dictando seminarios o partici-
pando de las cátedras, el doctor Daniel LIPOVETZKY (especialista en temas de integración), el
seflor Oscar 'Lito, CRUZ (ex director dei Instituto Nacional de Teatro, Argentina), el doctor
Jorge GRlNBAUM (especialista en legislación teatral), el licenciado Tomás LOWY (director
nacional de Cultura de la República Oriental deI Uruguay), el seflor Carlos GOROSTIZA (dra-
maturgo, ex secretario de Cultura de la Nación, Argentina), el licenciado Carlos LA ROSA
(sociólogo, ex ministro de Cultura de la provincia de Mendoza, Argentina), el licenciado Luis
DURÁN (ex subsecretario de Cultura de la Nación y presidente dei PRONDEC, Argentina), el
licenciado Toni PUlG PlCART (de Barcelona, Espana), el doctor Mario DRAGO CAMUS (secre-
tario ejecutivo deI Comité de Ministros para la Cultura y las Artes, Chile), la doctora Perla
FONTECILLA (dei Departamento Juridico deI Ministerio de Educación, de Chile), el arquitecto
Gustavo POBLETE BUSTAMANTE (agregado cultural de la Embajada de la República de Chile
en la Argentina), el seflor Luis BRANDONI (actor, presidente de la Comisión de Cultura de la
Cámara de Diputados, Argentina), ellicenciado Octavio GETINO (cineasta, investigador en el
área de industrias culturales), el doctor Gonzalo CARÁMBULA (director dei Departamento de
Cultura de la lntendencia Municipal de Montevideo, R. O. dei Uruguay), el seflor Edgardo
ZEGARRA BERNAL (diputado nacional, ex presidente dei Comité de Cultura de la Cámara de
Diputados, Bolivia), el doctor Manuel suÁREz ÁVILA (diputado nacional, vicepresidente de la
Comisión de Política Internacional de la Cámara de Diputados, Bolivia), el doctor Justino
NOLASCO LLANOS (diputado nacional, presidente deI Comité de Cultura de la Cámara de
Diputados, Bolivia), la doctora Isabel ARETZ (etnomusicóloga), la licenciada Leticia MAQUEDA
(ex secretaria de Cultura de la provincia de San Luis, Argentina), el doctor Salvador CABRAL
ARRECHEA (ex secretario de Cultura de la provincia de Mlsiones, Argentina), el licenciado
Dario LOPÉRFIDO (actual secretario de Cultura y Medlos de Comunicación, Argentina), la
licenciada Eva IBÁNEZ (programadora de los Encuentros Coreográficos Internacionales de
Bagnolet, Francia), el arquitecto Rafael lGLESIAS (ex director dei Museo Nacional de BeIJas
Artes), el seflor Secundino NÚNEZ (ex senador nacional y presidente de la Comisión de Cultu-
ra de la Cánlara de Senadores, Paraguay), el doctor Gerardo FOGEL (ex vlceministro de Cultu-
ra, Paraguay), ellicenciado Ernesto CASTILLO (sociólogo, profesor titular de Integraclón Cul-
tural en la UNLP), la seflora Marisa SERRANO (dlputada federal, miembro de la Comisión de
Cultura de la Cámara de Diputados, Brasil, y actual presidenta deI PARCUM) y el seflor Gasta0
VIEYRA (diputado federal, miembro de la Comisión de Cultura de la Cámara de Dlputados,
Brasil).
Organización dei Plan de Estudios
EI Master comprende 19 cursos, organizados en dos ciclos anuales.
Las materias que se cursan son:
• Derecho de la Cultura,
doctor Edwin HARVEY (24 horas);
• Economia de la Cultura I y 11,
economista Claudio RAMA (Uruguay) (24 horas cada una);
66
ANEXO l/.' MASTER EN GESTlÓN y POLfTlCAS CULTURALES EN EL MERCOSUR

• Introducción a los Movimientos Artisticos Culturales.I y 11.


rnaestro José Luis CASTINElRA de D10S (20 horas cada una);
• Gestión y Politicas Cultu~ales I y 11.
doctor Edwin HARVEY, profesor Oscar CASTELLUCCI
y maestro José Luis CASTINEIRA de D10S (44 Y 62 horas cada una);
• Industrias Culturales.
licenciado Octavio GETINO (30 horas);
• Formulación y Gestión de Proyectos Culturales,
licef)ciado Alfredo JIMÉNEZ BARROS (Colombla) (24 horas);
• Administración Cultural I y lI, '..
doctorJorge RUBINSzTEIN, doctor Rafael BÁRBERO
y doctor Daniel ÁLvAREZ ACUNA (24 horas cada una);
• Sociedades de Gestión y Derechos de Propiedad Intelectual I y 11
doctor Miguel Ángel EMERY, doctor Gustavo SÃENZ PAZ
Ydoctor Dario Leandro RODRÍGUEZ MIGLlO (20 horas cada una);
• Introducción ai MERCOSUR Cultural,
licenciado Juan Carlos D' AMICO Ydoctor Daniel L1POVETZKY (40 horas);
• MERCOSUR Cultural
licenciado Juan Carlos D' AMICO Ydoctor Daniel LIPOVETZKY (40 horas);
• Lengua Portuguesa I y lI,
profesora Clarisa OTERO (40 horas cada una);
• Metodologia de la Investigación I y 11.
licenciado Alejandro DOUBLIER (20 horas cada una).

Conferencias
Se desarrolIa anualmente un ciclo de conferencias que son dlctadas, en el marco de las
cátedras o fuera de eHas, por personalidades nacionales e internactonales dei rntitldo de la
cultura: pensadores e investigadores, funcionarios, legisladores, dlrectlvos de Indust~las cu1-
turales y asociaclones no gubernamentales vinculadas con la cultura, artistas y comunicadores
sociales.
Investigaci6n y tesis
El alumno tiene que cumplir con las necesarias horas de investigación bajo la conduc-
ción de un tutor para presentar, ai término dei prlrner curso anual, el proyecto de su tesis,
cuyo tema, en todos los casos, es orientado y debe ser aprobado por la Dirección de la, Maestría.
La tesis debe ser completada ai finalizar el segundo curso y defendida ante el tribunal
que la juzgue; su aprobación es condición para obtener el título de Master en Gestión y
Políticas Culturales en el MERCOSUR.
Condiciones de Inscripci6n
Para inscribirse es requisito poseer título universitario de carreras de duración no menor
a 4 (cuatro) afios y demostrar aptitud académica y profesional. La Dirección de la Maestria
evaluará, en cada caso, la expeIiencia específica dei aspirante en las diferentes áreas dei
contenldo dei curso.
Duraci6n, carga horaria y título
La Maestría se desarroHa en dos afios lectivos. EI dictado de las clases se concentrará
en una semana por mes, cursándose los días rniércoles de 18 a 22, los jueves y viernes de 9
a 13 y de 16 a 22, y los sábados de 9 a 13.
Adernás de la evaluación correspondlente, se requerlrá para la aprobación de cada asig-
natura, una asistencia a clase no menor dei 80% de la carga horaria respectiva.
Esta Maestria otorga dos diplomas, uno que certifica el grado acadérnico alcanzado (Master
de la Universidad de Palermo) y otro que certifica la oIientaclón elegida (Master en Gestión
y Politicas Culturales en el MERCOSUR).
Auspicios
EI Master está auspiciado y declarado de interés por el H. Senado de la Nación Argenti-
na; el Minlsterio de Cultura y Educación de la República Argentina; el Mlnisterio de Relacio-
67
..
PARLAMENTO ÇULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

nes ExteIiores, Comercio Internacional y Culto de la República Argentina; la Secretana de


Cultura de la Presldencia de la Nación Argentina; la Organizaclón de Estados IberoameIica-
nos para la Clencla, la Educaclón y la Cultura (OEI); la Organizaclón de las Naclones Unidas
para la Educaclón, la Clencia y la Cultura (UNESCO); y la Organizaclón de Estados ArneIica-
nos (OEA).
Cuenta con el apoyo, mediante el aporte de becas de tlempo completo y parclales para
los cursantes, de SADAIC (Socledad Argentina de Autores, Intérpretes y Compositores),
ARGENTORES (Socledad General de Autores de la República Argentina), CAPIF (Câmara Ar-
gentina de Productores de Fonogramas, Vldeogramas y sus Reproducclonesl, AADI (Asocia-
clón Argentina de Intérpretes), y dei Fondo Nacional de las Artes, Argentina.

68
VI. TE:XTOS
CONSTITUCIONAIS
/

DOS PAISES
MEMB,ROS E ASSOCIADOS
DO MERCOSUL
EL DERECHO CULTURAL
EN LAS CONSTITUCIONES
DE LOS PAÍSES DEL MERCOSUR
POR EL DR. LUCAS DE LA ROSA

INTRODUCCIÓN
En cada una de lasConstltuciones de los países miembros y/o asociados deI Mercado
Común deI Sur encontramos claúsulas referidas a derechos culturales, ya sea considerados
como derechos fundamentales de la persona, como también normas referidas aI papel que le
cabe aI Estado en relación con el desarrollo cultural de los pueblos, con la preservación deI
patrlmonio cultural. con la difusión de la cultura; en fin. todos estos tópicos, entre otros.
constituyen declaraciones y prlncipios que son un claro reflejo deI fenómeno que en las últi-
mas décadas se ha conocido en doctrlna como -constitucionalismo cultura\».
EI presente trabajo comprende la edición de cada una de las constltuciones vigentes en
el MERCOSUR, y la descrlpción de las normas referidas aI tema que nos ocupa, la cultura.
CONSTITUCIÓN DE LA REPúBLICA ARGENTINA
La Constltución de la República Argentina, sancionada en el afio 1994. en su Prlmera
Parte. Capítulo Segundo. enumera los nuevos Derechos VGarantias. y entre ellos seestable-
ce en el artículo 41. prlmera parte: -Todos los habitantes gozan dei derecho a un arntJl-enre
sano, equilibrado, apto para el desarrollo humano y para que las actlvidades productlvas satls-
fagan las necesidades presentes sln comprometer las de las generaciones futuras; y tlenen
el deber de preservarlo (... l las autoridades proveerári a la protección de este derecho. a la
utllización racional de los recursos naturales. a la preservación deI patrlmonio natural y
cultural y de la diversidad biológica, y a la información y educaclón ambientales».
Asimismo, en su Segunda Parte. referida a las autoridades de la Nación, en la Sección
Prlmera. deI Poder Legislativo, Capítulo Cuarto. de las Atrlbuciones deI Congreso, el artículo
75 delimita aquéllas que corresponden aI mismo. y entre ellas se destaca, en el inciso 17
prlmera parte. Ia de reconocer la preexistencia étnica y cultural de los pueblos indígenas
argentinos. Y también garantlzar el respeto a la entidad y el respeto a una educación bllingüe
e intercultural, así como reconocer la personeríajurídica de sus comunidades.
Por su parte. el inciso 19 tercera parte establece la de dictar leyes que protejanla iden-
tldad y pluralidad cultural, la Iibre creaclón y circulación de las obras deI autor, el patrlmonlo
artístico y los espacios culturales y audiovisuales.
Por último. también en la Segunda Parte, Sección Cuarta. Título Segundo, de los Go-
blemos de provincia. entre las atrlbuciones que competen a éstos, se seiíala, en el artículo
125 segunda parte. que las provincias y la ciudad de Buenos Aires pueden conservar organis-
mos de segurldad social para los empleados públicos y los profesionales, y promover el progre-
so económico, el desarrollo humano, la generaclón de empleo, la educación. Ia ciencia. el
conocimiento y la cultura.
CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA DE BOLIVIA
La Constltución de la República de Bolivia establece en su Parte Prlmera. Ia Persona como
mlembro deI Estado, en el Título Prlmero, Derechos y Deberes fundamentales de la Persona.
dentro deI marco de los derechos fundamentales de las personas, y conforme a las leyes que
reglamenten su ejercicio, el de reciblr instrucción y adquirir cultura (Art. 7" inciso el.
71
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

En la Parte Tercera, de los Regímenes Especiales, en el Título Tercero, relativo aI Régi-


men Agrario y Campesino, senala el artículo 174 como functón dei Estado la supervigilancia e
impulso de la alfabetización y educación dei campesino en los ciclos fundamental, técnico y
profesional, de acuerdo a los planes y programas de desarrollorural, fomentando su acceso a
la cultura en todas las manifestaciones. .
Asimismo, el Título Cuarto, relativo ai Régin.en Cultural, establece, entre otras diSpo-
sictones, en el artículo 177 que: -La educacióri es la más alta función dei Estado y, en el
ejercicio de esta función, deberá fomentar la cultura dei pueblo.:
Por su parte, el articulo 189 senala: .Todaslas Universidades deI país tienen la obliga-
ción de mantener Institutos destinados a la capacitación cultural, técnica y social de los
trabajadores y sectores populares•. Con respecto a la protección deI patrimonio cultural, el
articulo 191 primera parte reza: .Los monumentos y objetos arqueológicos son de propiedad
dei Estado. La riqueza artística colonial, la arqueológica, la histórica y documental, así como
la procedente dei culto religioso son tesoro cultural de la Nación, están bajo el amparo dei
Estado y no pueden ser exportadas».
En concordancia con este último articulo Prescribe el 192: .Las manifestaciones dei
arte e industrias populares son factores de la cultura nacional y gozan de especial protección
deI Estado, con el fjn de conservar su autenticidad e incrementar su producción y difusión».
CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA FEDERATIVA DE BRASIL
La Constitución de la República Federativa dei Brasil, vigente desde el afio 1988 pero
modificada por enmiendas, en su Título Primero, de los Principios Fundamentales, Capítulo
Primero, relativo a los Derechos y Deberes Individuales y Colectivos, en el artículo 4 segunda
parte reza: -La República Federativa deI Brasil buscará la integración económica, política,
social y cultural de los pueblos de América Latina, con vistas a la formación de una comuni-
dad Latinoamericana de naciones».
Por su lado, el Título Segundo, de los Derechos y Garantías Fundamentales, Capítulo
Primero, de los Derechos y Deberes Individuales y Colectivos, en el artículo 5, primera parte
establece: «Todos son iguales ante la ley, sin distinción de cualquier naturaleza, garantizán-
dose a los brasilenos y a los extranjeros residentes en el país la inviolabilidad dei derecho a la
vida, a la Iibertad, a lá igualdad, a la seguridad y a la prioridad, en los siguientes términos
(apartado LXXVII): -Cualquier ciudadano es parte legítima para proponer la acción popular que
pretenda anular un acto lesivo para el patrimonio público o de una entidad enla que el Estado
participe, para la moralidad administrativa, para el medio ambiente o para el patrimonio
histórico y cultural, quedando el actor, salvo mala fe comprobada, exento de las costas judicia-
les y de los gastos de sucumbencia».
EI Título Tercero, de la Organización deI Estado, Capítulo Primero, de la Organización
Político-Administrativa, establece en el artículo 18 que esta organización en la República
Federativa de Brasil comprende la Unión, los Estados, el Distrito Federal y los Municipios,
todos autónomos, en los témlinos de la Constitución, y en el inciso 4 primer párrafo dispone
que la creación, la integración, la fusión y el desmembramiento de los municipios preservará
la continuidad y la unidad histórico-cultural dei ambiente urbano.
Por su parte, el Capítulo Segundo, de la Unión delimita en el artículo 23 la competencia
común de la Unión, de los Estados, deI Distrito Federal y de los Municipios, y así, los apartados
IX, X Y XI establecen, respectivanlente, que son de competencia común: proteger los docu-
mentos, las obras y otros bienes de valor histórico, artístico y cultural, los monumentos, los
paisajeS naturales notables y los parajes arqueológicos: impedir la evasión, la destrucción y la
descaracterización de las obras de arte y de otros bienes de valor histórico, artístico y cultural;
y, por último, proporcionar los medios de acceso a la cultura, a la educación y a la ciencia. El
artículo 24 establece que compete a la Unión, a los Estados y aI Distrito Federal legislar
concurrentemente sobre protección dei patrimonlo histórico, cultural, turístico y paisajístico
(apartado IX) y sobre educación, cultura, ensenanza y deporte (apartado XI).
EI Capítulo Cuarto, de los Municipios, enumera en el artículo 30 las rnatertas que com-
peten a los mismos, y entre otras, establece en el apartado XV la de promover la protección dei
patrimonio histórico-cultural local, observando la legislación y la acción finalizadora federal y
estatal.
72
EL DERECHO CULTURAL EN LAS CONSTlTUCIONES DELOS PA!SES DEL MERCOSUR

Por otra parte. el Título Ocho. deI Orden Social. Capítulo Tercero. de la Educación. Ia
Cultura y el Deporte. Sección Primera. de la Educación. establece en el artículo 210 que se
fiJarán mínimos para la ensenanza fundamental de manera que se asegure la formación
básica común y el respeto a los valores culturales y artísticos. nacionales y regionales.
Por su parte. en la Sección Segunda. de la Cultura. se prescribe en el artículo 215: .EI
Estado garantizará a todos el pleno ejercicio de los derechos culturales y el acceso a las fuen-
tes de la cultura nacional. y apoyará e incentivará la valorización y la difusión de las manifes-
taciones culturales». También se establece que el Estado protegerá las manifestaciones de
las culturas populares indígenas y afrobrasilenas y de los otros grupos participantes deI proce-
so civilizatorio nacional. Asimismo se senala que una ley dispondrá la fijación de fechas
conmemorativas de elevada significación para los diferentes segmentos étnicos nacionales.
A continuación. el artículo 216 dispone que: .constituyen el patrimonio cultural brasile-
no los bienes de naturaleza material e inmaterial. tomados individualmente o en conjunto.
portadores de referencias a la identidad. a la acción y a la memoria de los diferentes grupos
formadores de la sociedad brasilena». Entre tales bienes se incluyen: .Las formas de expre-
sión lapartado O: los modos de crear. hacer y vivir lapartadOl1); las êreaciones científicas.
artísticas y tecnológicas (apartado 1Il); las obras. objetos. documentos. edificaclones y demás
espacios destinados a manifestaciones artístico-culturales (apartado IV); y los conjuntos ur-
banos y sitios de valor histórico. paisajístico. artístico. arqueológico. paleontológico. ecológico
y científico (apartado V).
'specto de las funciones específicas de los poderes públicos en relaclón aI patrimonlo
cultura.~ste artículo senala; 1) con la colaboración de la comunidad. se promoverá y protege-
rá el patflmonio cultural brasileno. por medio de inventarios. registros. vlgilancias. catastros.
desapropiación y otras formas cautelares y de preservación; 2) corresponde a la administra-
ción pública. mediante la ley. Ia gestión de la documentación gubemamental y las providen-
cias para facilitar su consulta a cuantos necesiten de ella; 3) la ley establecerá incentivos
para la producción y el conocimiento de los bienes y valores culturales; 4) los danos y amena-
zas aI patrimonlo cultural serán penados conforme a la ley; y 5) quedan registrados todos los
documentos.y.sltios_que_contengan_reminiscencias.histódcas.de_los.antiguos.quilomb_o.s,
Asimismo. en el Capítulo Séptimo deI mismo título. relativo a la Familla. el Nino. el
Adolescente y el Anciano. encontramos que en el artículo 227 primera parte se dispone: «Es
deber de la familia. de la sociedad y deI estado asegurar aI nino y ai adolescente. con absoluta
prioridad. el derecho a la vida. a la salud. a la alimentación. a la educación. aI ocio. a la
profesionalización. a la cultura. a la dignidad. aI respeto. a la libertad y a la convivencia fami-
liar y comunitaria. además de protegerlos de toda forma de negligencia. discriminación. ex-
plotación. vioIencia. crueldad y opresión».
Por último en este Título. el Capítulo Oetavo. referente a los indios. reconoce en el
artículo 231 inciso primero que sim tierras tradicionalmente ocupadas por los indios las habi-
tadas por ellos con carácter permanente. las utilizadas para sus activldades productivas. Ias
imprescindibles para la preservación de los recursos ambientales necesarios para su bienes-
tar y las necesarias para su reproducción fislca y cultural. según sus usos. costumbres y
tradiciones.
En el Capítulo Quinto deI mismo Título. relativo a la Comunlcación Social. el artículo
221 senala los principios y pautas a que deberán ajustarse la producción y la programación de
las emisoras de radio y televisión. y. entre otros. expresa: preferencia de las finalidades edu-
cativas. artísticas. culturales e informativas (Inciso 1); promoción de la cultura nacional y
regional y estímulo a la producción independiente que canalice su dlfusión (Inciso 11); y
regionalizaclón de la producclón cultural. artística y perlodística. conforme a porcentajes a
establecer por ley (Inciso 1Il).
Por último. en el Título Nueve. de las Disposiciones Constitucionales Generales. el
artículo 242. inciso primero. dispone que la ensenanza de la historia de Brasil tendrá en cuen-
ta las contribuciones de las diferentes culturas y etnias a la formación deI pueblo brasileno.
CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA DE CHILE
La Carta Fundamental de la República de Chile. sancionada en eI ano 1980. senala en
su Capítulo Tercero. de los Derechos y Deberes Constitucionales. en el artículo 19 õelativo a
73
PARLAMENrO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

los derechos, que la Constitución asegura a todas las personas, Inciso 10 segunda parte, lo
slgulente: .Corresponderá aI Estado, aslmismo. fomentar el desarrollo de la educación en
todos sus niveles; estimular la Investigaclón científica y tecnológica. Ia creaclón artística y la
protecclón e incremento dei patrlmonlo cultural de la Naclón. Es deber de la comunidad con-
trtbulr al desarrollo y perfeccionamiento de la educación•.
Por otro lado, en el Capítulo Décimo Tercero, relativo aI Gobierno y Administración Re-
gional. se establece en el artículo 102 prtmera parte: .EI Consejo Regional tiene por objeto
asesorar aI intendente y contribuir a hacer efectiva la participación de la comunidad en el
progreso económico, social y cultural de la Región•.
Por último. en lo que respecta a la Administración Comunal, expresa el artículo 107
segunda parte: .Las municipalidades son corporaciones de derecho público, con personalidad
juridica y patrtmonios propios, cuya finalidad es satisfacer las necesidades de la comunidad
local y asegurar su participaclón en el progreso económico, social y cultural de la Comuna•.
En forma coincidente, el artículo 110, primera parte, entre las funciones que le competen ai
Consejo de Desarrollo Comunal, establece la de asesorar la AlcaIde y hacer efectiva la particl-
paclón de la comunidad en el progreso económico. social y cultural de la Comuna.
CONSTITUCIÓN DE LA REPúBLICA DE PARAGUAY
La Constitución de la República de Paraguay. vigente desde el afio 1992. en su Parte
Primera, Título Segundo, relativo a los Derechos. Deberes y Garantías. en el Capítulo Segun-
do, de la Libertad, prescrtbe en su artículo 38, dei Derecho a la Defensa de los Intereses
Difusos: .Toda persona tlene derecho, individual o colectlvamente. a reclamar a las autorida-
des públicas medidas para la defensa dei ambíente, de la integridad deI hábitat. de la salubri-
dad pública, deI acervo cultural nacional, de los intereses deI consumidor y de otros que. por
su naturalezajuridica. pertenezean a la comunidad y hagan relación con la calidad de vida y
con el patrimonio colectlvo•.
por su parte, en el Capítulo Tercero. de la Igualdad, el artículo 47, de las Garantías de la
Igualdad, expresa que el Estado garantizará a todos los habitantes de la República, entre otras:
.Ia igualdad de oportunidades en la participación de los beneficios de la naturaleza. de los
bienes materiales y de la cultura. ( inciso 4).
En fornJa coincidente. el artículo 48. de la Igtialdad de Derechos dei Hombre y la Mujer,
seiíala: .EI hombre y la mujer tlenen iguales derechos civiles. políticos, sociales. económicos
y culturales. EI Estado promoverá las condiciones y creará mecanismos adecuados para que la
igualdad sea real y efectlva, allanando los obstáculos que Impidan o dificulten su ejerclcio y
facilitando la particlpaclón de la mujer en todos los ámbltos de la vida nacíonal•.
EI Capítulo Cuarto dei mismo Título. relativo a los Derechos de la Familia, establece en
el artículo 56, de la Juventud. que se promoverán las condiciones para la actlva participación
de la juventud en el desarrollo político, social, económico y cultural dei pais. Asimismo, el
artículo 57, referido a la tercera edad expresa: .Toda persona de la tercera edad tiene derecho
a una protección integral. La faml1ia, la sociedad y los poderes públicos promoverán su bien-
estar mediante servlcios sociales que se ocupen de sus necesidades de al1mentación, salud,
vivlenda, cultura y ocio•.
En el Capítulo Quinto, de los Pueblos indígenas, encontramos derechos reconocldos por
el Estado a los mlsmos, y así el artículo 62, de los Pueblos Indigenas y Grupos Étnicos, dlspone
que la Constitución reconoce la exlstencla de los pueblos Indígenas y los define como grupos
de cultura antertores a la formación y organización. dei Estado Paraguayo. Por su lado, el
artículo 63, de la Identldad Étnica, dispone: .Queda reconocldo y garantizado el derecho de los
pueblos indígenas a preservar y a desarrollar su identidad étnica en el respectivo hábitat.
Tlenen derecho. asimismo, a aplicar I1bremente sus sistemas de organización política, so-
cial, económlca, cultural y religiosa, ai igual que la voluntaria sujeclón a sus normas consue-
tudinarias para la regulación de la convivencia interior siempre que ellas no atenten contra
los derechos fundamentales establecidos en esta Constltución. En los conflictos jurisdiccio-
nales se tendrá en cuenta el derecho consuetudinarto indígena•. A continuación, el artículo
65, respecto dei Derecho a la Participación. garantiza a los pueblos indígenas el derecho a
participar en la vida económica. social, política y cultural, de acuerdo con sus usos consue-
tudlnarios. con la Constitución y con las leyes nacionales. Por último, en este Capítulo, el
74
EL DERECHO CULTURAL EN LAS CONSTrrUCIONES DELOS PA!SES DEL MERCOSUR

artículo 66, referente a la Educaclón y Asistencla, reconoce que el Estado respetará las pecu-
liaridades culturales de los pueblos Indígenas especialmente en lo relativo a la educaclón
formal y que atenderá asu defensa contra la regresión demográfica, la depredaclón de su
hábltat, la contamlnaclón ambientai, la explotación económica y la alienaclón cultural.
En el Capítulo Séptlmo, ·de la: Educación y la Cultura, se destacan entre otras normas, el
artículo 73, relativo ai Derecho a la Educación y a sus fines, que sei\ala que toda persona tlene
derecho a la educación Integral y permanente, que como sistema y proceso. se realiza en el
contexto de la cultura de la comunldad. Entre sus fines enumera: el desarrollo pleno de la
personalidad humana, la promoción de la libertad y la paz, el respeto a los derechos humanos, la
aflrmaclón de la identldad cultural y la formaclón intelectual, moral y cívica, entre otros.
Aslmismo, el artículo 74, en relación ai Derecho de Aprender y a la Libertad de Ensei\ar,
eri.· su primera parte, nos dice que se gararitlzan el derecho de 'aprender y la Igualdad de
oportunidades ai acceso a los beneficios de la cultura humanística, de la clencla y de la tecno- .
logía, sin dlscrimlnación alguna.Por suparte, el artículo 81, dei Patrimonlo Cultural, expre-
sarhente dlspone:.Se arbitrarân lós medios para la conservaclón, el rescate y la restauraclón
de los Qbjetos, documentos y espacios de valor hlstóriCo,ar~ueológlco;-paleontológlco,a rtístico
o científico, así como de los respectivos entornos físicos, que hacen parte dei patrimonlo cul-
tural de la Nación.EI Estado definirá y registrará aquéllos que se encuentren en el país y, en
suo caso, gestionará -Ia recuperación de los que se hallen em el extranjero. Los organismos
competentes se encargarân de la salvaguarda y dei rescate de las diversas expreslones de la
cultura oral y de la memoria colectlva de la nación, cooperando con los particulares que per-
sigan el mismo objetivo. Quedan prohibidos el uso Inapropiado y el empleo desnaturalizante
de dichos bienes, su destrucción, su alteración dolosa, la remoción de sus lugares origlnarlos
y su enajenación con fines de exportaclón•.
Por otro lado, el artículo 82, respecto ai Reconocimiento de la Iglesia Católica, establece
que se reconoce su protagonlsmo en la formación histórica y cultural de la Nación. Por últi-
mo, en este Capítulo, el artículo 83, en referencla a la Dlfuslón Cultural y a la Exoneraclón de
los Impuestos, establece en su primera parte que los objetos, las publicaciones y las actlvlda-
des que posean valor significativo para la dlfusión cultural y para la educaclón, no se grava-
rán con Impuestos -fIscales til munldpales.
Más adelante, la Parte Tercera, dei Ordenamlento Político de la República, Título PrI-
mero, de la Nación y dei Estado, Capítulo Primero, relativo a las Declaraclones Generales,
expresa en el artículo 140, de los Idiomas, que: .EI Paraguay es un país pluricultural y bilin-
güe. Son idiomas oficiales el castellano y el guaranI. La ley establecerá las modalidades de
utilización de uno y otro. Las lenguas indígenas, así como lãs de otras minorías, forman parte
dei patrlmonlo cultural de la Nación'.
EI Capítulo Segundo, de las Relaciones Internacionales, incorpora el artículo 145, rela-
tivo ai Orden Jurídico Supranacional, que, en su prlmera parte, expresa: .La República dei
Paraguay, en condiciones de Igualdad con otros Estados, admite un orden jurídico supranacional
que garantlce la vigencia de los derechos humanos, de la paz, de lajustlcia, de la cooperaclón
y dei desarrollo, en lo político, económlco, social y cultura1«.
Por su parte, en el Capítulo Cuarto, dei Ordenamlento Territorial de la República, Sec-
ción Tercera, de los Munlcipios, se enumeran en el artículo 168 las atrlbuclones de las mu-
nicipalidades en su jurlsdlcclón territorial y con arreglo a la ley y, entre ellas, se destaca en
el inciso 1 lo slguiente: .La libre gestlón en materlas de su competencla, particularmente en
la de urbanismo, ambiente, abasto, educación, cultura, deporte, turismo, aslstencia sanita-
ria y social, Instltuciones de crédito, cuerpos de Inspecclón y de policía•.
EI artículo 171, relativo a las diferentes Categorías y Regímenes Munlcipales, dlce en
su primera parte que éstos serân establecldos por ley, atendlendo a las condiciones de pobla-
. ción, de desarrollo económico, de situación geográfica, ecológica, cultural, histórica y a otros
factores determinantes de su desarrollo.
Por último, el Capítulo Sexto, de la Política Económlca dei Estado, Secclón Prtmera,
relativa ai Desarrollo Económlco Nacional, establece en el artículo 176 prlmera parte, de la
Política Económica y la Promoclón dei Desarrollo, que ésta tendrá como fines, fundamental-
mente, 'Ia promoclón dei desarrollo económlco, social y cultural.
75
PARLAMEIVTO CULTURAL DEL MF.RCOSUR (PARCUM)

CONSTITUCIÓN DE LA REPúBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY


La Carta Magna de la República Ortental dei Uruguay en su Seccióp Segunda. Capítulo
Prtmero. relativo a los Derechos. Deberes y Garantías fundamentales de la Persona, estable-
ce en su artículo 34 expresamente: .Toda la rtqueza artística o histórtca deI pais. sea quien
fuere su dueflo, constltuye el tesoro cultural de la Nación. estará bajo la salvaguardia deI
Estado y la Ley establecerá lo que estime oportuno para su defensa•.
Por su parte, en el Capítulo Segundo de la mlsma sección, el artículo 69 seflala: .Las'
instituciones de enseflanza prtvada y las culturales de la misma naturaleza estarán exone-
radas de impuestos naclon'ales y munlclpales como subvenclón por sus servlclos.,
Aslmismo,medlante el artículo 71, prtmera parte. se declara de utilldad social la gratuldad de
la enseflanza oficiai prtmarta, media, supertor, Industrtal y artística y de la educaclón física,
como también la creación de becas de perfeccionanliento y especialJzación cultural, científi-
ca y obrera, y el establecimiento de bibIJotecas populares.
Por último. Ia Sección Décimo Sexta, relativa ai Gobiemo y Administración de los de-
partamentos, en su Capítulo Diez. enumera en el artículo 297 las fuentes de recursos de los
Goblemos departamentales, que decretados y administrados por éstos serán. entre otras, .Ios
Impuestos a la propaganda y avisos de toda c1ase. Están exceptuados la propaganda y los avisos
de la prensa radial, escrtta y televisada, los de carácter político, reIJgioso. gremial, cultural o
deportivo, y todos aquéllos que la ley determina por mayoría absoluta de votos deI total deI
componentes de cada Câmara'. (inciso 7).

76
CONSTITUCIÓN
DELANACIÓN
ARGENTINA
CONSTlTUCIÓN DE LA NACIÓN ARGENTINA

ANTECEDENTESYREFORMAS
DE LA CONSTITUCIÓN
DE LA NACIÓN ARGENTINA

L
argo y penoso fue el trayecto que el pueblo argentino recorrió desde que rompiera las
cadenas que lo unían a Espana. en 1810. hasta la sanción de su Constitución. el l Q de
mayo de 1853.
EI Virreinato dei Rio de la Plata. con Buenos Aires a la cabeza. fue la primera colonia en
insurreccionarse frente ai poderío espanol y la última en Latinoamérica en dlctar su Carta
Magna. Sin embargo. varios Intentos fallidos de constltución se sucedieron durante esos 43
anos de enfrentanllentos que dieron lugar a la Ley Fundamental de la Argentina. expresión
de su Institucionalización como Naclón soberana y democrática.
La Revolución de Mayo de 1810 significó la eclosión de un sistema caduco y obsoleto. y
la primera insubordinaclón contra el absolutismo espanol. ya que el pueblo porteiio reunido
en Cabildo Ablerto depuso ai vlrrey. AI haber caducado la autoridad real. el pueblo la reasumió
para nombrar a la Primera Junta de Goblerno. EI 28 de mayo de 1810. dlcha Junta dictó su
propio Reglamento Interno que se constltuyó en el primer antecedente constitucional.
Con la incorporación de los dlputados deI interior deI país. Ia Primera Junta creció en
número. se transformó en Junta Grande. y en incapacidad. Por ese motivo fue posteriormen-
te creado el Triunvirato como órgano ejecutlvo. EI 22 de octubre de 1811 éste dlctó el Regla-
mento Orgánlco. Se trató de una verdadera constltución que atribuía a la Junta Grande el
ejercicio de funciones legislativas y le asignaba las facultades de declarar la guerra. celebrar
tratados. establecer impuestos, crear tribunales y empleos. y nombrar a los miembros deI
Triunvirato.
Luego de la deposición dei Primer Triunvirato. se convocó en 1812 a una Asamblea
Constituyente que. a pesar de haber preparado diversos proyectos de constituciones. ninguno
de ellos lIegó a sancionarse. EI denominador común de todos ellos era que establecía un esta-
do unitario. punto esenclal ai cual se opusieron los dlputados deI interior que bregaban por un
modelo confederado.
AI ano siguiente. se lIamó a otra Asamblea Constituyente que tampoco logró la sanción
de la independencia ni de una constitución. Sin embargo. Ia denominada Asamblea dei Afio
XlII tomó significativas decisiones de gran trascendencia institucional futura y de igualdad
civil de los habitantes, algunas de las cuales fueron: la aboliclón de los títulos de nobleza. Ia
libertad de vientres (fueron declarados lIbres todos los h~os de esclavos), la abolición de las
torturas. la supresión de los serviclos personales de los Indios (mita. encomienda. yanaconazgo)
y la supresión de los prlvileglos de los hijos mayores (mayorazgo).
En 1815 la Asamblea se disolvió y el Cabildo de Buenos Aires volvió a asumir el poder.
constituyendo un gobierno unlpersonal encabezado por un dlrector supremo. La función le-
gislativa era ejercida por la Junta de Observación que dictó un Estatuto Provisional que esta-
bleció un sistema de gobierno basado en la autorldad dei Cabildo de Buenos Aires. Por primera
vez, se sentaron normas precisas sobre la elección de los diferentes funcionarios que inte-
graban el gobierno nacional y las provincias.
Finalmente. el 9 de julio de 1816 un Congreso reunido eIl la provlncia de Tucumán
declaró la Independencia. En 1817 sancionó un Reglamento que. en !ineas generales. seguía
aI Estatuto de 1815, aunque fijaba un régimen absolutamente unitario en el que los goberna-
dc'es de la provincias serían nombrados por el director supremo.
79
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Otros dos fracasos constitucionales se dieron en 1819 y en 1826. Su error radicó en la


insistencia de un marcado carácter unitario que provocó el lógico rechazo de las provincias.
En 1820. con la derrota a manos de los caudillos de las provincias de Santa Fe y Entre
Ríos dei Directorio porteflo. último intento de los iniciados en 1810 que aspiraba a continuar
el modelo centralizado virreinal. nació la provincia de Buenos Aires y las demás provincias
asumieron su autonomía sancionando algunas sus constituciones y definiendo sus modos de
gobierno locales. Hasta 1853 éstas mantuvieron vínculos gracias a los acuerdos interpro-
vinciales que dieron paso paulatino a una nueva forma de gobierno: la confederada. El prime-
ro de esos tratados fue el de Pilar. que se celebró en 1820 entre Buenós Aires. Santa Fe y
Entre Ríos. y estableció las bases para la unidad dei pais y la necesidad de organizar aI Estado
en base a un sistema federal.
Le sucedieron el tratado de Benegas. el dei Cuadrilátero. hasta lIegar ai Pacto Federal
dei 4 de enero de 1831 que sentó las bases de una federación y la creación de una Comisión
Representativa. cuyas funciones serían las de ejercer la representación de las provincias
frente a terceras naciones. con las atribuciones de celebrar tratados y declarar la guerra.
entre otras. EI gobernador de la provincia de Buenos Aires. brigadier general Juan Manuel de
ROSAS. asumió las funciones de dicha Comisión hasta su desplazamiento en 1852. con la
batalla de Caseros. por parte dei general entrerriano Justo José de URQUIZA.
Con esta víctoria. URQUlZA logró convocar a todas las províncias para la firma dei Acuerdo
de San Nicolás. en el que fueron sentadas las bases definitivas deI ordenamiento institucional
argentino. Fue debido a dicho acuerdo que se convocó en la provincia de Santa Fe un Congre-
so Constituyente que. en abril de 1853, sancionó la Constitución. EI 12 de mayo de 1853 ésta
fue jurada y comenzó así su vigencia en todo el âmbito nacional. a excepción de la província
de Buenos Aires que fue la única que no participó de la Convención por insistir en la aplica-
ción deI sistema unitario que la favorecía por sobre las demás.
EI enfrentamiento entre la Confederación Argentina y el Estado de Buenos Aires con-
cluyó con la batalla de Cepeda (octubre de 1859) en la que el general URQUIZA derrotó a las
fuerzas bonaerenses aI mando dei general Bartotomé MffRK ~-celebr.ó f'ntonces el pacto de
San José de Flores por el cual se resolvíó la incorporación de Buenos Aires a la Confecteración
y. mediante el cual, esta última provincia se reservó el derecho de enrnendar la Constitución
Nacional.
La primera reforma constitucional se realizó en 1860. en la que fueron aceptadas las
modificaciones propuestas por Buenos Aires. De esta manera, la Nación Argentina quedó
definitivamente integrada bajo el manto de la Constitución Nacional. Sin embargo, faltó toda-
vía una batalla más, la de Pavón (1861), en la que volvieron a enfrentarse los ejércitos de la
Confederación. conducidos por URQUIZA, y los de la província de Buenos Aires, bajo el mando
de MITRE. Un extraflo retiro deI general entrerriano deI campo de batalla. dejó el campo Iibre
para que los porteflos y MITRE impusieran. a partir de allí. su modelo aI resto de las provincias
argentinas.
Posteriormente. la Constltución sufrió rnodificaciones de forma en 1866 y 1898, Y otra
de fondo en 1949.
En 1866 se enmendó un artículo para permitir que los derechos de exportación perma-
necleran bajo el control dei gobierno central. En 1898 se varió la proporción de diputados y se
amplió a ocho el número de ministerios.
En 1949. durante el gobierno dei general Juan Domingo PERÓN. se sanclonó una pro-
funda reforma a la Constltución Nacional, que permitió la reelección inmediata deI presiden-
te. que anteriormente no era posible si no había transcurrido un período de seis aflos. como
mínimo. desde la terminación de su mandato. La ley de convocatoria fue tachada de inconsti-
tucional por los partidos de la oposición. pese a lo cual se convocó a la elecclón de constituyen-
tes y el oflcialismo obtuvo una abrumadora víctoria que le otorgó la mayoría absoluta de con-
vencionales. quienes sancionaron el proyecto impulsado por el peronismo.
En 1957. el goblerno de facto que derrocó a PERÓN. restableció por decreto la vigencia de
la Constitución de 1853, con sus tres primeras reformas; y, mediante una Constituyente
convocada en un marco proscriptivo. se le incorporó un nuevo artículo (14 bis) que trata sobre
los derechos sociales.
80
CONSTlTUCIÓN DE LA NACIÓN ARGENTINA / ANTECEDENTES y REFORMAS

Mención especial merece la reforma constitucional de 1994 debido a su cercania en el


tiempo y a la trascendencia que tuvo en la vida política e institucional deI pais. Mediante un
pacto entre los dos principales partidos políticos argentinos, el justicialismo (peronismo) y el
radicalismo, se dictó una ley por la cual se declaraba la necesidad de la reforma y la elección
de una Asamblea Constituyente.
Se agmpó en el llamado núcleo de coincidencias básicas un listado de trece puntos a
reformar, que fueron: creación de la jefatura de gabinete: reelección presidencial y acorta-
miento dei mandato a cuatro aflos: eliminación deI requisito de fe católica para acceder a la
Presidencia: sistema de doble vuelta o "ballotage" para elegir la fórmula presidencial, en re-
emplazo deI Colegio Electoral: elección directa deI intendente porteflo y autonomia de la Capi-
tal Federal: facultad deI Poder Ejecutivo para dictar decretos de necesidad y urgencia: prolon-
gación deI periodo de sesiones ordinarias deI Congreso: agilízación de los pasos para la aproba-
ción de leyes en el Congreso: incorporación de un tercer senador por cada distrito; reducción
de los mandatos senatoriales de nueve a seis aflos: creación dei Consejo de la Magistratura:
creación deI Jurado de Enjuiciamiento: la Auditoria General de la Nación corno órgano de
contralor de la administración y presidida por un representante deI primer partido opositor: y
necesidad de mayorias legislativas especiales para proyectos de leyes que modifiquen el régi-
men electoral y de partidos políticos. Todos ellos fueron incorporados a la Constitución.
En lo que respecta a sus características esenciales, la Constitución es la ley fundamen-
taI de la Nación, no hay por encima norma suprema. Las demás normas existentes se subor-
dinan a la misma. En el orden de prelación de nomlas, se encuentran los tratados sobre
derechos humanos incorporados: los demás tratados: las leyes de la Nación: y, por último, las
constituciones y leyes provinciales.
En el preámbulo se expresan y sintetizan las intenciones de los constituyentes. Se
confirma, en primer término, la soberania popular: y luego se alude aI cumplimiento de pac-
tos preexistentes, ya que, como se vio anteriormente, los pactos provinciales constituyeron el
cauce instrumental para la realización de la unidad nacional. En él también se consagran los
grandes objetivos que la Constitución propone para la Nación: unión nacional, justicia, paz
interior, defensa común, bienestar general y libertado
La Constitución está compu esta por dos partes: una es la llamada parte dogmática, y la
otra es la parte orgánica, que se refiere a los órganos dei poder, tanto dei Estado federal como
de las provincias.
La Constitución adopta para su gobiemo la forma republicana, representativa y federal.
Se consagra la división de poderes: Ejecutivo, Legislativo y Judicial.
EI Poder Ejecutivo es unipersonal, el sistema es presidencialista y la duración dei man-
dato es de cuatro aflos. EI Poder Legislativo reside en dos cámaras: la de Senadores y la de
Diputados. EI Poder Judicial es ejercido por la Corte Suprema de Justicia, las Cámaras Fede-
rales y los Jueces Ordinarios, los Jueces de Paz y las Cámaras de Apelaciones.
En consonancia con el articulo primero que adopta la fonna federal de la Nación, este
segundo titulo reconoce las autonomias provinciales; es decir, las provincias gozan de la po-
testad de dictarse sus propias constituciones y leyes, siempre y cuando no contradigan la ley
suprema.
Por último, cabe mencionar que con relación a los tratados de integración, le atribuye aI
Poder Legislativo la aprobación de aquéllos que deleguen competencias yjurisdicción a orga-
nizaciones supraestatales en condiciones de reciprocidad e igualdad, y que respeten el orden
democrático y los c1erechos humanos.

81
CONSTlTUCIÓN DE LA NACIÓN ARGENTINA / TEXTO

PREÁMBULO
Nos Los representantes deL pueblo de La Nación Argentina, reunidos en Congreso GeneraL
Constituyente por voLuntad y eLecdón de las provindas que La componen. en cumpLimiento
de pactos preexistentes, con eL objeto de constituir La unión nadonaL afianzar Lajusticia,
consolidar La paz interior, proveer a La deJensa común. promover eL bienestar generaL y
asegurar Los benefidos de La Libertad, para nosotros, para nuestra posteridad, y para
todos Los hombres deL mundo que quieran habitar en eL sueLo argentino; invocando La
protección de Dios,juente de toda razón yjusticia: ordenamos, decretamos y estabLece-
mos esta Constitución para La Nadón Argentina.

PRIMERA PARTE
CAPÍTULO PRIMERO
DECLARACIONES, DERECHOS Y GARANTiAS
Articulo 1. La Nación Argentina adopta para su goblemo la fonna representativa republicana
federal, según la establece la presente Constituclón.
Articulo 2. EI Gobierno federal sostiene el culto católico apostólico romano.
Articulo 3. Las autoridades que ejercen el Goblerno federal, reslden en la cludad que se
declare CapItal de la Repúbllca por una ley especial dei Congreso, prevIa ceslón hecha por
una o más LegIslaturas provlnclales, dei terrltorlo que haya de federallzarse.
Articulo 4. EI Gobiemo federal provee a los gastos de la Nación con los fondos dei Tesoro
nacional, fonnado dei producto de derechos de Importaclón y exportaclón: dei de la venta o
locaclón de tlerras de propledad nacional: de la renta de correos; de las demás contrlbuclones
que equltativa y proporcionalmente a la población impooga el Congreso general, y de los em-
préstitos y operaciones de crédito que decrete el mismo Congreso para urgencias de la Naclón
o para empresas de utilldad nacional.
Articulo 5. Cada provlncia dictará para si una Constitución bajo el sistema representativo
republicano, de acuerdo con los prlnciplos, declaraciones y garantias de la Constltuclón Na-
cional, y que asegure su admlnistraclón de justlcia, su réglmen munIcIpal, y la educación
primaria. Bajo de estas condiciones, el Goblemo federal garante a cada provlncla el goce y
ejerclcio de sus Instltuclones.
Articulo 6. EI Gobierno federal Intervlene en el terrltorlo de las provlnclas para garantir la
fonna republicana de goblerno, o repeler Invaslones exteriores, y a requlslclón de sus autori-
dades constltuldas para sostenerlas o restablecerlas, si hublesen sido depuestas por la sedl-
ción, o por invaslçm de otra provlncia.
Articulo 7. Los actos públicos y procedimientos juplclales de una provincla gozan de entera fe
en las demás: y el Congreso puede por leyes generales detennlnar cuál será la fonna probato-
ria de estos actos y procedlmientos, y los efectos legales que produclrán.
Articulo 8. Los ciudadanos de cada provlncla gozan de todos los derechos, prlvileglos e Inmu-
nldades Inherentes ai título de ciudadano en las demás, La extradlclón de los crlmlnales es
de obllgaclón recíproca entre todas las provlnclas.
Articulo 9. En todo el terrltorlo de la Nación no habrá más aduanas que las naclonales, enlas
cuales reglrán las tarifas que sancione el Congreso.
Articulo 10. En el Interior de la Repúbllca es lIbre de derechos la circulaclón de los efectos de
producclón o fabrlcación nacional, así como la de los géneros y mercancías de todas clases,
despachadas en las aduanas exterIores.
Articulo 11. Los artÍCulos de producción o fabrlcaclón nacional o extranJera, así como los
ganados de toda especle, que pasen por terrltorlo de una provincla a otra, serán lIbres de los
derechos llamados de tránslto, sléndolo tamblén los carruajes, buques o bestlas en que se
transporten: y nlngún otro derecho podrá imponérseles en adelante, cualqulera que sea su
denominación, por el hecho de transitar el terrltorlo.
Articulo 12. Los buques destinados de una provlncla a otra no serán obligados a entrar, an-
83
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

clar y pagar derechos por causa de tránsito: sin que en ningún caso puedan concederse pre-
ferencias a un puerto respecto de otro, por medio de leyes o reglamentos de comercio.
Artículo 13. Podrán admitirse nuevas provincias en la Nación: pero no podrá eIigirse una
provinda en el terIitoIio de otra u otras, ni de valias formarse una sola, sln el consentimien-
to de la Legislatura de las provincias interesadas y deI Congreso.
Artículo 14. Todos los habitantes de la Nación gozan de los siguientes derechos conforme a
las leyes que reglamenten su ejercicio: a saber: de trabajar y ejercer toda industria lícita: de
navegar y comerciar: de peticionar a las autoridades: de entrar, permanecer, transitar y salir
deI terIitoIio argentino: de publicar sus ideas por la prensa sin censura previa: de usar y
disponer de su propiedad: de asociarse con fines útiles: de profesar Iibremente su culto: de
enseflar y aprender.
Artículo 14 bis. EI trabaJo en sus diversas formas gozará de la protección de las leyes,
las que asegurarán aI trabajador: condiciones dignas y equitativas de labor: jornada limitada:
descanso y vacaciones pagados: retribución justa: salalio mínimo vital móvil: igual remune-
ración por igual tarea: participación en las ganancias de las empresas, con control de la
producción y colaboración en la dirección: protección contra el despido arbitralio: estabilidad
deI empleado público: organización sindicallibre y democrática, reconocida por la simple ins-
cIipción en un registro especial.
Queda garantizado a los gremios: concertar convenios colectivos de trabajo: recurrir a
la conciliación y aI arbitraje: el derecho de huelga. Los representantes gremiales gozarán de
las garantías necesarias para el cumplimiento de su gestión sindical y las relacionadas con
la estabilidad de su empleo.
El Estado otorgará los beneficios de la seguridad social, que tendrá carácter de integral
e irrenunciable. En especial, la ley establecerá: el seguro social obligatoIio, que estará a
cargo de entidades nacionales o provinciales con autonomía financiera y económica, admi-
nistradas por los interesados con participación deI Estado, sin que pueda existir superposi-
ción de aportes: jubilaciones y pensiones móviles: la protección integral de la familia: la
defensa deI bien de familia: la compensación económica familiar y el acceso a una vivienda
digna.
Artículo 15. En la Nación Argentina no hay esclavos: los pocos que hoy existen quedan Iibres
desde la jura de esta Constitución; y una ley especial reglará las indemnizaciones a que dé
lugar esta declaración. Todo contrato de compra y venta de personas es un cIimen de que
serán responsables los que lo celebrasen, y el escIibano o funcionalio que lo autoIice. Y los
esclavos que de cualquier modo se introduzcan quedan libres por el solo hecho de pisar el
territorio de la República.
Artículo 16. La Nación Argentina no admite prerrogativas de sangre, ni de nacimiento: no
hay en ella fueros personales ni títulos de nobleza. Todos sus habitantes son iguales ante la
ley, y admisibles en los empleos sin otra condíción que la idoneidad. La igualdad es la base deI
impuesto y de las cargas públicas.
Artículo 17. La propiedad es inviolable, y níngún habitante de la Nación puede ser pIivado de
ella, sino en virtud de sentencia fundada en ley. La expropiación por causa de utilidad pública
debe ser calificada por ley y previamente indemnizada. Sólo el Congreso impone las contIibu-
ciones que se expresan en el artículo 4. Ningún semcio personal es exigible, sino en virtud
de ley o de sentencia fundada en ley. Todo autor o inventor es propietalio exclusivo de su obra,
invento o descubrimiento, por el término que le acuerde la ley. La confiscación de bienes
queda borrada para siempre deI Código Penal argentino. Ningún cuerpo armado puede hacer
requisiciones, ni exigir auxilios de ninguna especie.
Artículo 18. Ningún habitante de la Nación puede s~r penado slnjuicio previo fundado en ley
anteIior aI hecho deI proceso, ni juzgado por comisiones especiales, o sacado de los jueces
designados por la ley antes deI hecho de la causa. Nadie puede ser obligado a declarar contra
sí mismo: ni arrestado sino en virtud de orden escrita de autoIidad competente. Es inviolable
la defensa en juicio de la persona y de los derechos. EI domicilio es inviolable, como también
la correspondencia epistolar y los papeles privados: y una ley determinará en qué casos y con
qué justificativos podrá procederse a su allanamiento y ocupación. Quedan abolidos para siem-
pre la pena de muerte por causas políticas, toda especie de tormento y los azotes. Las cárceles
çe la Nación serán sanas y Iimpias, para seguIidad y no para castigo de los reos detenidos en
84
CONSTITUCIÓN OE LA NACIÓN ARCENI1NA / TEXro

ellas, y toda medida a pretexto de precaución conduzca a mortificarlos mas allá de lo que
aquélla exija, hará responsable ai juez que la autorice.
Artículo 19. Las acciones privadas de los hombres que de ningún modo ofendan ai orden y a la
moral pública, ni perjudiquen a un tercero. están sólo reservadas a Dios. y exentas de la
autoridad de los magistrados. Ningún habitante de la Nación será obligado a hacer lo que '10
manda la ley. ni privado de lo que ello no prohíbe.
Artículo 20. Los extranjeros gozan en el territorio de la Nación de todos los derechos civiles
dei cíudadano: pueden ejercer su industria. comercio y profesíón: poseer bíenes raíces. com-
prarlos y enajenarlos: navegar los rios y costas: ejercer libremente su culto: testq,r y casarse
conforme a las leyes. No están obligados a admítir la ciudadanía, ni a pagar contríbuciones
forzosas extraordinarias. Obtienen nacionalización residiendo dos afios continuos en la Na-
ción: pero la autOlidad puede acortar este término a favor dei que lo solicite, alegando y pro-
bando servicios a la República.
Artículo 21. Todo ciudadano argentino está obligado a armarse en defensa de la patria y de
esta Constítución, conforme a las leyes que ai efecto dícte el Congreso y a los decretos dei
Ejecutivo nacional. Los cíudadanos por naturalización son libres de prestar o no este servicío
por el término de diez anos contados desde el dia en que obtengan su carta de ciudadanía.
Artículo 22. EI pueblo no delibera ni gobierna. sino por medio de sus representantes yautori-
dades creadas por esta Constitución. Toda fuer.la amlada o reunión de personas que se atri-
buya los derechos dei pueblo y peticione a nombre de éste. comete delito de sedición.
Artículo 23. En caso de conmoción interior o de ataque exterior que pongan en peligro el
ejerCicio de esta Constitución y de las autoridades creadas por ella. se declarará en estado de
sitio la provincia o territorio en donde exista la perturbación dei orden, quedando suspensas
allí las garantías constitucíonales. Pero durante esta suspensión no podrá el presidente de la
República condenar por sí ni aplicar penas. Su poder se limitará en tal caso respecto de las
personas. a arrestarlas o trasladarias de un punto a otro de la Nación, si ellas no prefiriesen
salir fuera dei territorio argentíno.
Artículo 24. EI Congreso promoverá la reforma de la actuallegislación en todos sus ramos, y
el establecimíento dei juicio por jurados.
Artículo 25. EI Gobierno federal fomentará la inmigración europea: y no podrá restringir,
limitar ni gravar con impuesto alguno la entrada en .el territorio argentino de los extranjeros
que traigan por objeto labrar la tierra, mejorar las industrias, e introducir y ensefiar las
ciencias y las artes.
Artículo 26. La navegación de los rios interiores de la Nación es libre para todas las banderas.
con sujeción únicamente a los reglamentos que dicte la autoridad nacional.
Artículo 27. EI Gobierno federal está obligado a afianzar sus relaciones de paz y comercio con
las potencias extranjeras por medio de tratados que estén en conformidad con los principios
de derecho público establecidos en esta Constitución.
Artículo 28. Los principios. garantias y derechos reconocidos en los anteriores artículos, no
podrán ser alterados por las leyes que reglamenten su ejercícío.
Artículo 29. EI Congreso no puede conceder ai Ejecutivo nacional. ní las legíslaturas provin-
cíales a los gobernadores de províncía,Jacultades extraordinarias, ní la suma deI poder público. ni
Lltorgarles sumisiones o supremacias por las que la vida. el honor o las fortunas de los argenti-
nos queden a merced de gobiernos o persona alguna. Actos de esta naturaleza llevan consigo
una nulidad insanable, y sujetarán a los que los formulen. consientan o fimlen. a la respon-
sabilidad y pena de los infames traidores a la patria.
Artículo 30. La Constitución puede refornlarse en el todo o en cualquiera de sus partes. La
necesidad de refornm debe ser declarada por el Congreso con el voto de dos terceras partes, ai
menos. de sus miembros: pera no se efectuará sino por una convención convocada aI efecto.
Artículo 31. Esta Constitución. Ias leyes de la Nación que en su consecuencia se dicten por el
Congreso y los tratados con las potencias extranjeras son la ley suprema de la Nación: y las
autoridades de cada provincia están obligadas a conformarse a ella, no obstante cualquiera
disposición en contrario que contengan las leyes o constituciones provinciales, salvo para la
85
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

provincia de Buenos Aires. los tratados ratificados después deI Pacto de 11 de noviembre de
1859. .
Articulo 32. EI Congreso federal no dictará leyes que restrinjan la Iibertad de Imprenta o
establezcan sobre ella la jUlisdlcción federal.
Articulo 33. Las declaraciones. derechos y garantias que enumera la Constitución. no serán
entendidos corno negaclón de otros derechos y garantias no enumerados. pero que nacen dei
principio de la soberania deI pueblo y de la fonna republicana de gobiemo.
Articulo 34. Los jueces de las cortes federales no podrán serlo al mismo tiempo de los tribu-
nales de provincla. ni el servicio federal. tanto en lo civil corno en lo militar. da residencia en
la provincia en que se ejerza. y que no sea la deI domicilio habitual deI empleado. entendlén-
dose esto para los efectos de optar a empleos en la provincia en que accidentalmente se
encuentre.
Articulo 35. Las denominaclones adoptadas sucesivamente desde 1810 hasta el presente. a
saber: Provúlcias Unidas del Rio de la Plata; RepúbUcaArgentina, Confederación Argentina. serán
en adelante nombres oflciales indistintamente para la designación dei Gobiemo y territorio
de las provincias. empleándose las palabras "Nación Argentina" en la fonnación y sanción de
las leyes.

CAPíTULO SEGUNDO
NUEVOS DERECHOS Y GARANTiAS
Artículo 36. Esta Constitución mantendrá su Imperio aun cuando se interrumpiere su ob-
servancia por actos de fuerza contra el orden institucional y el sistema democrático. Estos
actos serán insanablemente nulos.
Sus autores serán pasibles de la sanción prevista en el artículo 29. inhabilitados a
perpetuidad para ocupar cargos públicos y excluidos de los beneficios deI indulto y la conmuta-
ción de penas.
Tendrán las mismas sanciones quienes. corno consecuencia de estos actos. usurparen
funciones previstas para las autoridades de esta Constitución o las de las provincias. los que
responderán civil y penalmente de sus actos. Las acciones respectivas serán imprescriptibles.
Todos los cludadanos tienen el derecho de resistencla contra quienes ejecutaren los
actos de fuerza enunciados en este articulo.
Atentará asimismo contra el sistema democrático quien incurriere en grave delito
doloso contra el Estado que conlleve enriquecimiento. quedando inhabilitado por el tiempo
que las leyes detenninen para ocupar cargos o empleos públicos.
EI Congreso sancionará una ley sobre ética publica para el ejerclclo de la funciÓn.
Artículo 37. Esta Constituclón gàrantiza el pleno ejercicio de los derechos políticos. con arre-
glo ai principio de la soberania popular y de las leyes que se dicten en consecuencia. EI sufra-
gio es universal. igual. secreto y obligatorio.
La igualdad real de oportl.\l11dades entre varones y mujeres para el acceso a cargos
electivos y partidarios se garantizará por acciones positivas en la regulaclón de los partidos
políticos y en el régimen electoral.
Articulo 38. Los partidos políticos son instituciones fundamentales dei sistema democrático.
Su creación y el ejercicio de sus actividades son libres dentro deI respeto a esta Cons-
titución. la que garantlza su organización y funcionamiento democráticos. Ia representación
de las minorias. Ia competencia para la postulación de candidatos a cargos públicos electivos.
el acceso a la infonnación publica y la difuslón de sus ideas.
EI Estado contribuye aI sostenimiento económlco de sus actividades y de la capacita-
ción de sus dirigentes.
Lcs partidos políticos deberán dar publicidad dei origen y destino de sus fondos y patri-
monio.
Artículo 39. Los ciudadanos tienen el derecho de iniciativa para presentar proyectos de ley
en la Cámara de Diputados. EI Congreso deberá darles expreso tratamlento dentro deI ténni-
no de doce meses.
EI Congreso. con el voto de la mayoria absoluta de la totalidad de los miembros de cada
86
CONSTlTUC/ÓN DE LA NAC/ÓN ARGENTINA / TEXTO

Cámara. sancionará una ley reglamentaria que no podrá exigir más dei tres por ciento dei
padrón electoral nacional. dentro dei cual deberá contemplar una adecuada distrlbución terri-
torial para suscribir la iniciativa.
No serán objeto de iniciativa popular los proyectos referidos a reforma constitucional.
tratados internacionales. tributos. presupuesto y materla penal.
Articulo 40. EI Congreso. a iniciativa de la Cámara de Diputados. podrá someter a consulta
popular un proyecto de ley. La ley de convocatorla no podrá ser vetada. EI voto afirmativo dei
proyecto por el pueblo de la Nación lo convertirá en ley y su promulgación será automática.
EI Congreso o el presidente de la Nación, dentro de sus respectivas competencias, po-
drán convocar a consulta popular no vinculante. En este caso el voto no será obligatorlo.
EI Congreso. con el voto de la mayorla absoluta de la totalidad de los miembros de cada
Cámara. reglamentará las materlas, procedimientos y oportunidad de la consulta popular.
Articulo 41. Todos los habitantes gozan deI derecho a un ambiente sano, equilibrado, apto
para el desarrollo humano y para que las actlvidades productivas satisfagan las necesidades
presentes sin comprometer las de las generaciones futuras; y tienen el deber de preservarlo.
EI dano ambiental generará prioritariamente la obligaciónde recomponer. según lo establez-
ca la ley.
Las autoridades proveerán a la protección de este derecho. a la utllización racional de
los recursos naturales. a la preservación dei patrlmonio natural y cultural y de la diversldad
biológica. y a la información y educación ambientales.
Corresponde a la Nación dictar las normas que contengan los presupuestos mínimos de
protección. y a las provincias, las necesarias para complementarias, sln que aquéllas alteren
las jurlsdicciones l o c a l e s . · .
Se prohíbe el ingreso aI terrltorlo nacional de reslduos actual o potencialmente peligro-
sos, y de los radlactivos.
Articulo 42. Los consumidores y usuarlos de blenes y servicios tienen derecho, en la rela-
ción de consumo, a la protecclón de su salud, segurldad e intereses económlcos; a una infor-
maclón adecuada y veraz; a la Iibertad de elecclón y a condiciones de trato equltatlvo y digno.
Las autoridades proveerán a la protecclón de esos derechos, a la educaclón para el
consumo. a la defensa de la competencia contra toda forma-de distorslórLde los mercados, ai
control de los monopolios naturales y legales. ai de la calidad y eflclencla de los serviclos
públicos, y a la constltución de asociaclones de consumidores y de usuarios.
La leglslaclón establecerá procedimientos eficaces para la prevención y solución de
conflictos. y los marcos regulatorlos de los servicios públicos de competencia nacional, pre-
viendo la necesarla particlpación de las asociaciones de consumidores y usuarlos y de las
provincias interesadas. en los organismos de control.
Articulo 43. Toda persona puede interponer acclón expedita y rápida de amparo. siempre que
no exista otro medio judicial más idóneo, contra todo acto u omlsión de autoridades públicas o
de particulares. que en forma actual o Inmlnente leslOne, restrinja. altere o amenace, con
arbitrarledad o i1egalidad manlflesta. derechos y garantías reconocldos por esta Constltuclón.
un tratado o una ley. En el caso. eljuez podrá declarar la Inconstituclonalidad de la norma en
que se funde el acto u omislón lesiva.
Podrán Interponer esta acción contra cualquier forma de discrlminación y en lo relativo
a los derechos que protegen ai ambiente. a la competencla. aI usuarlo y ai consumidor. así
como a los derechos de Incldencla colectiva en general. el afectado, el defensor dei pueblo y
las asociaciones que propendan a esos fines. registradas conforme a la ley. Ia que determina-
rá los requisitos y formas de su organización.
Toda persona podrá Interponer esta acclón para tomar conoclmlento de los datos a ella
referidos y de su f1nalidad. que consten en registros o bancos de datos públicos. o los privados
destinados a proveer informes. y en caso de falsedad o dlscrlmlnación, para exigir la supre-
slón. rectlficaclón. confldenclalidad o actualizaclón de aquéllos. No podrá afectarse el secreto
de las fuentes de infomlación perlodística.
Cuando el derecho leslonado, restringido. alterado o amenazado fuera la libertad física.
o encaso de agravamlento ilegítimo en la forma o condiciones de detención, o en el de des-
aparlclón forzada de personas, la acción de hábeas corpus podrá ser Interpuesta por el afecta-
do o por cualquiera en su favor y el juez resolverá de Inmedlato, aun durante la vlgencla dei
estado de sitio.
87
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

SEGUNDA PARTE
AUTORIDADES DE LA NACIÓN
TíTULO PRIMERO
GOBIERNO FEDERAL
SECCIÓN PRIMERA
DEL PODER LEGISLATIVO
Artículo 44. Un Congreso compuesto de dos Cámaras, una de diputados de la Nación y otra de
senadores de las provincias y de la ciudad de Buenos Aires, será investido dei Poder Legisla-
tivo de la Nación.

CAPíTULO PRIMERO
DE LA CÁMARA DE DIPUTADOS
Artículo 45. La Cámara de Diputados se compondrá de representantes elegidos directamente
por el pueblo de las provincias, de la ciudad de Buenos Aires, y de la Capital en caso de trasla-
do, que se consideran a este fin como distrttos electorales de un solo Estado y a simple plura-
lidad de sufragios. EI número de representantes será de uno por cada treinta y tres mil habi-
tantes o fracción que no baje de dieciséis mil quinientos. Después de la realización de cada
censo, el Congreso fijará la representación con arreglo aI mismo, pudiendo aumentar pera no
disminuir la base expresada para cada diputado.
Artículo 46, Los diputados para la prtmera Legislatura se nombrarán en la proporción si-
guiente: por la provincia de Buenos Aires, doce; por la de Córdoba, seis; por la de Catamarca,
tres: por la de Comentes, cuatro: por la de Entre Rí.os, dos; por la de Jujuy, dos: por la de
Mendoza, tres: por la de La Rioja, dos; por la de Salta, tres; por la de Santiago, cuatra; por la de
San Juan, dos: por la de Santa Fe, dos: por la de San Luis, dos, y por la de Tucumán, tres.
Artículo 47. Para la segunda Legislatura deberá realizarse el censo general, y arreglarse el
número de diputados; pera este censo sólo podrá renovarse cada diez anos.
Artículo 48. Para ser diputado se requiere haber cumplido la edad de veinticinco anos, tener
cuatro anos de ciudadanía en ejercicio y ser natural de la provincia que lo elija, o con dos anos
de residencia inmediata en ella. .
Artículo 49. Por esta vez las Legislaturas de las provincias reglarán los medias de hacer
efectiva la elección directa de los diputados de la Nación; para lo sucesivo el Congreso expedi-
rá una ley general.
Artículo 50. Los diputados durarán en su representación por cuatro anos, y son reelegibles:
pera la Sala se renovará por mitad cada bienio; a cuyo efecto los nombrados para la primera
Legislatura, luego que se reúnan, sortearán los que deban salir en el prtmer periodo.
Artículo 51. En caso de vacante, el gobiemo de provincia o de la Capital hace proceder a
elección legal de un nuevo miembro.
Artículo 52. A la Cámara de Diputados corresponde exclusivamente la iniciativa de las leyes
sobre contribllciones y reclutamiento de tropas.
Artículo 53. Sólo ella ejerce el derecho de acusar ante el Senado ai presidente, vicepresiden-
te, aI jefe de gabinete de ministros, a los ministros y a los miembros de la Corte Suprema, en
las causas de responsabilidad que se intenten contra ellos, por mal desempeno o por delito en
el ejercicio de sus funciones: o por crímenes comunes, después de haber conocido de ellos y
declarado haber lugar a la formación de causa por la mayorta de dos terceras partes de SllS
miembros presentes.
CAPíTULO SEGUNDO
DEL SENADO
Artículo 54. EI Senado se compondrá de tres senadores por cada provincia y tres por la ciudad
de Buenos Aires, elegidos en forma directa y conjunta, correspondiendo dos bancas aI partido
político que obtenga el mayor número de votos, y la restante ai partido político que le siga en
número de votos. Cada senador tendrá un voto.
88
CONSTlTUC/ÓN DE LA NAC/ÓN ARGENTINA / TEXTO

Artículo 55. Son requisitos para ser elegido senador: tener la edad de treinta afios. haber sido
seis afios ciudadano de la Nación. disfnltar de una renta anual de dos mil pesos fuertes o de
una entrada equivalente. y ser natural de la provincia que lo elija. o con dos afios de residen-
cia inmediata en ella.
Artículo 56. Los senadores duran seis afios en el ejercicio de su mandato. y son reelegibles
indefinidamente, pera el Senado se renovará a razón de una tercera parte de los distIitos
electorales cada dos afios.
Artículo 57. EI vicepresidente de la Nación será presidente dei Senado: pero no tendrá voto
sino en el caso que haya empate en la votación.
Artículo 58. EI Senado nombrará un presidente provisorio que lo presida en caso de ausencia
deI vicepresidente, o cuando éste ejerce las funciones de presidente de la Nación.
Artículo 59. AI Senado corresponde j uzgar en juicio público a los acusados por la Cámara de
Diputados. debiendo sus miembros prestar juramento para este acto. Cuando el acusado sea
el presidente de la Nación. el Senado será presidido por el presidente de la Corte Suprema.
Ninguno será declarado culpable sino a mayoría de los dos tercios de los miembras presentes,
Artículo 60. Su fali o ne tendrá más e(ecto que destituir aI acusado, y aun declararle incapaz
de ocupar ningún empleo de honor, de confianza o a sueldo en-IaNaciónc-Pero-la-parte-conde-
nada quedará. no obstante, sujeta a acusación. juicio y castigo confonne a las leyes ante los
tribunales ordinaríos.
Artículo 61. Corresponde también ai Senado autorizar aI presidente de la Nación para que
declare en estado de sitio uno o varios puntos de la República en caso de ataque exterior.
Artículo 62. Cuando vacase alguna plaza de senador por muerte. renuncia u otra causa, el
Gobierno a que corresponda la vacante hace proceder inmediatamente a la elección de un
nuevo miembro.

CAPíTULO TERCERO
DlSPOSICIONES COM UNES A AMBAS CÁMARAS
Ar.tícul() R3. Ambas Câmaras se reunirán por si mismas en sesiones ordinarias todos los
afios desde el 1 Q de marzo hasta el30 de noviembre-. f'ueden también ser convocadas extraor-
dinariamente por el presidente de la Nación o prorrogadas sus sesiones.
Artículo 64. Cada Cán1ara es juez de las elecciones, derechos y títulos de sus miembros en
cuanto a su validez. Ninguna de ellas entrará en sesión sin la mayoría absoluta de sus miem-
bros: pero un número menor podrá compeler a los miembros ausentes a que concurran a las
sesiones. en los ténninos y bajo las penas que cada Câmara establecerá.
Artículo 65. Ambas Câmaras empiezan y concluyen sus sesiones simultáneamente. Ningu-
na de ellas, mientras se hallen reunidas. podrá suspender sus sesiones más de tres dias, sin
el consentimiento de la otra.
Artículo 66. Cada Cámara hará su reglamento, y podrá con dos tercios de votos corregir a
cualquiera de sus miembros por desorden de conducta en el ejercicio de sus funciones, o
removerlo por inhabilidad física o moral sobreviniente a su incorporación, y hasta excluirle
de su seno; pero bastará la mayoría de uno sobre la mitad de los presentes para decidir en las
renuncias que voluntariamente hicieren de sus cargos.
Artículo 67. Los senadores y diputados prestarán. en el acto de su incorporación, juramento
de desempenar debidamente el cargo, y de obrar en todo en confonnidad a lo que prescribe
esta Constitución.
Artículo 68. Ninguno de los miembr05 dei Congreso puede ser acusado. interrogado judicial-
mente. ni molestado por las opiniones o discursos que emita desempenando su mandato de
legislador.
Artículo 69. Ningún senador o diputado, desde el dia de su elección hasta el de su cese, puede
ser arrestado: excepto el caso de ser sorprendido Ú1fraganti en la ejecuciÓn de algún crímen
que merezca pena de muerte, infamante, u otra aflictiva: de lo que se dará cuenta a la Cáma-
ra respectiva con la infonnación sumaria deI hecho.
Artículo 70. Cuando se forn1e querella por escIito ante las justicias ordinarias contra cual-
89
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

quler senador o dlputado. examinado el mérito dei sumario enjulclo publico. podrá cada Cá-
mara. con dos terclos de votos. suspender en sus funciones aI acusado y ponerlo a dlsposlclón
deI juez competente para su juzgamlento.
Articulo 71. Cada una de las Cámaras puede hacer venlr a su Sala a los ministros dei Poder
Ejecutlvo para recibir las explicaclones e informes que estime convenientes.
Articulo 72. Ningún mlembro deI Congreso podrá reclblr empleo o comlslón deI Poder Ejecu-
tlvo. sin previo consentlmiento de la Cámara respectiva. excepto los empleos de escala.
Articulo 73. Los eclesiásticos regulares no pueden ser mlembros deI Congreso. ni los gober-
nadores de provlncla por la de su mando.
Articulo 74. Los servicios de los senadores y diputados son remunerados por el Tesoro de la
Nación, con una dotaclón que seiialará la ley.

CAPíTULO CUARTO
ATRIBUCIONES DEL CONGRESO
Articulo 75. Corresponde aI Congreso:
1. Legislar en materla aduanera. Establecer los derechos de Importación y exportación.
los cuales, así como las avaluaciones sobre las que recaigan. serán uniformes en toda
la Nación.
2. Imponer contrlbuclones indirectas como facultad concurrente con las provincias.
Imponer contrlbuciones directas. por tiempo determinado. proporcionalmente Iguales
en todo el terrltorlo de la Nación. siempre que la defensa, segurldad común y blen gene-
ral dei Estado lo exijan. Las contrlbuciones previstas en este inciso, con excepción de la
parte o el total de las que tengan asignación especifica. son coparticipables.
Una ley convenio, sobre la base de acuerdos entre la Naclón y las provincias.
instituirá regímenes de coparticlpaclón de estas contrlbuciones. garantizando la auto-
matlcidad en la remisión de los fondos.
La distrlbución entre la Nación. Ias provinclas y la ciudad de Buenos Aires y entre
éstas. se efectuara en relación dlrecta a las competencias, serviclos y funciones de
cada una de ellas contemplando crlterlos objetivos de reparto; será equitatlva. solldarla
y dará prlorldad aI logro de un grado equivalente de desarrollo. calldad de vida e Igualdad
de oportunldad en todo el terrltorlo nacional.
La ley convenio tendrá como Cámara de orlgen el Senado y deberá ser sancionada
con la mayoría absoluta de la totalldad de los miembros de cada Cámara, no podrá ser
modificada unilateralmente ni reglamentada y será aprobada por las provincias.
No habrá transferencia de competenclas, servlclos o funciones sln la respectiva
reslgnación de recursos. aprobada por la ley dei Congreso cuando correspondlere y por la
provincla interesada o la ciudad de Buenos Aires en su caso.
Un organismo fiscal federal tendrá a su cargo el control y flscalización de la ejecu-
clón de lo establecido en este inciso, según lo determine la ley, la que deberá asegurar la
representación de todas las provinclas y la ciudad de Buenos Aires en su composlclón.
3. Establecer y modificar asignaclones específicas de recursos copartlcipables. por tiempo
deternllnado. por la ley especial aprobada por la mayoría absoluta de la totalldad de los
miembros de cada Cámara.
4. Contraer empréstltos sobre el crédito de la Naclón.
5. Dlsponer deI uso y de la enajenaclÓn de las tierras de propiedad nacional.
6. Establecer y reglamentar un banco federal con facultad de emitir moneda. así como
otros bancos naclonales.
7. Arreglar el pago de la deuda interior y exterior de la Naclón.
8. Fljar anualmente. conforme a las pautas establecidas en el tercer pãrrafo deI inciso
2 de este artículo. el presupuesto general de gastos y cálculo de recursos de la adminls-
traclón nacional, en base ai programa general de goblemo y aI plan de Inversiones
públicas y aprobar o desechar la cuenta de inversión.
9. Acordar subsidios dei Tesoro nacional a las provinclas: cuyas rentas no alcancen,
según sus presupuestos. a cubrir sus gastos ordlnarlos.
90
CONSTITUCIÓN DELA NACIÓN ARGENTINA / TEXTO

10. Reglamentar la Iibre navegaclón de los rios Interiores. habilitar los puertos que
considere convenientes. y crear o suprimir aduanas.
11. Hacer sellar moneda. fljar su valor y el de las extranjeras: y adoptar un sistema
uniforme de pesas y medidas para toda la Nación.
12. Dictar los códigos Civil. Comercial. Penal, de Mineria. y dei Trabajo y Segurldad
Social. en cuerpos unificados o separados. sin que tales códigos alteren las jurisdiccio-
nes locales. correspondiendo su aplicación a los tribunales federales o provinciales.
según que las cosas o las personas cayeren bajo sus respectivas jurlsdicciones: yespe-
cialmente leyes generales para toda la Nación sobre naturalización y nacionalidad. con
sujeción aI principio de nacionalidad natural y por opción en beneficio de la argentina:
así como sobre bancarrotas. sobre falsificación de la moneda corrlente y documentos
públicos dei Estado. y las que requiera el establecimiento dei juicio por jurados.
13. Reglar el comercio con las naciones extranjeras. y de las provincias entre si.
14. Arreglar y establecer los correos generales de la Nación.
15. Arreglar definitivamente los limites deI terrltorlo de la Naclón. fijar los de las pro-
vincias. crear otras nuevas. y determinar por una legislación especial la organización.
administración y gobierno que deben tener los terrltorios nacionales que queden fuera
de los limites que se asignen a las provlncias.
t6. Proveer a la seguridad de las fronteras.
17. Reconocer la preexlstencia étnica y cultural de los pueblos indígenas argentinos.
Garantizar el respeto a su identldad y el derecho a una educación bilingüe e
intercultural: reconocer la personeriajuridlca de sus comunidades. y la poseslón y pro-
pledad comunitarias de las tieITas que tradicionalmente ocupan: y regular la entrega
de otras aptas y suficientes para el desarrollo humano: ninguna de ellas será en~ena­
ble. transmisible ni susceptible de gravámenes o embargos. Asegurar su partlcipación
en la gestión referida a sus recursos naturales y a los demás intereses que los afecten.
Las provlncias pueden ejercer concurrentemente estas atrlbuclones.
18. Proveer lo conducente a la prosperidad deI país. ai adelanto y blenestar de todas las
provincias. y aI progreso de la i1ustración. dictando planes de Instrucción general y
universitarla. y promoviendo la industrla. Ia inmlgraclón. Ia construcclón de ferrocarri-
les y canales navegables. Ia colonización de tieITas de propiedad nacional, la introduc-
ción y establecimiento de nuevas industrlas. Ia Importaclón de capitales extranjeros y
la exploración de los rios interiores. por leyes protectoras de estos fines y por concesio-
nes temporales de privllegios y recompensas de estímulo.
19. Proveer lo conducente aI desarrollo humano. aI progreso económlco con justicia
social. a la productivldad de la economía nacional. a la generación de empleo. a la for-
mación profesional de los trabajadores. a la defensa deI valor de la moneda. a la investi-
gación y aI desarrollo científico y tecnológico. su difusión y aprovechamlento.
Proveer aI creclmlento armónlco de la Nación y aI poblamiento de su terrltorio:
promover políticas diferenciadas que tiendan a equilibrar el desigual desarrollo relativo
de provinclas y reglones. Para estas iniciativas. el Senado será Cámara de origen.
Sancionar leyes de organización y de base de la educación que consoliden la uni-
dad nacional respetando las particularidades provinciales y locales: que aseguren la
responsabilidad indelegable deI Estado. Ia participación de la familia y la sociedad. Ia
promoclón de los valores democráticos y la igualdad de oportunidades y posibilidades sin
discriminación alguna: y que garanticen los princlpios de gratuidad y equidad de la
educación pública estatal y la autonomia y autarquia de las universidades naclonales.
Dlctar leyes que protejan la identidad y pluralidad cultural. Ia Iibre creación y
clrculación de las obras dei autor: el patrlmonio artístico y los espaclos culturales y
audiovisuales.
20. Establecer tribunales inferiores a la Corte Suprema de Justicia: crear y suprimir
empleos. f1jar sus atrlbuclones. dar pensiones. decretar honores. y conceder amnistías
generales.
21. Admitir o desechar los motivos de dimlsión dei presidente o vicepresidente de la
República: y declarar el caso de proceder a nueva elección.

91
PARLAMENTO CULTURAL DEL MIfRCOSUR (PARCUM)

22. Aprobar o desechar tratados concluidos con las demás naciones y con las organiza-
ciones internacionales ylos concordatos con la Santa Sede. Los tratados y concordatos
tienen jerarquia supeIior a las leyes.
La Declaración Americana de los Derechos y Deberes dei Hombre: la Declaración
Universal de Derechos Humanos: la Convención Americana sobre Derechos Humanos:
el Pacto Internacional de Derechos Económicos, Sociales y Culturales: el Pacto Interna-
cional de Derechos Civiles y Políticos y su Protocolo Facultativo: la Convención sobre la
Prevención y la Sanción deI Delito de Genocidio: la Convención Internacional sobre la
Eliminación de todas las Formas de DiscIiminación Racial: la Convención sobre la Eli-
minación de todas las Formas de Discriminación contra la Mujer: la Convenc.ión contra
la Tortura y otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes: la Convención
sobre los Derechos deI Nino: en las condicione~ de su vigencla, tienen jerarquia consti-
tucional, no derogan artículo alguno de la pIimera parte de esta Constitucíón y deben
entenderse complementalios de los derechos y garantias por ella reconocidos. Sólo po-
drán ser denunciados, en su caso, por el Poder Ejecutivo nacional, previa aprobación de
las dos terceras parte de la totalidad de los miembros de cada Cámara.
Los demás tratados y convenciones sobre derechos humanos, luego de ser aproba-
dos por el Congreso, requeIirán dei voto de las dos terceras partes de la totalidad de los
miembros de cada Cámara para gozar de lajerarquía constitucional.
23. Legislar y promover medidas de acción positiva que garanticen la igualdad real de
oportunidades y de trato, y el pleno goce y ejercicio de los derechos reconocidos por esta
Constitución y por los tratados internacionales vigentes sobre los derechos humanos,
en particular respecto de los ninos, las mujeres, los ancianos y las personas con
discapacidad.
Dictar un régimen de seguIidad social especial e integral en protección dei nino en
situación de desamparo, desde el embarazo hasta la finalización dei peIiodo de ense-
nanza elemental, y de la madre durante el embarazo y el tiempo de lactancia.
24. Aprobar tratados de integración que deleguen competencias y juIisdicción a organi-
zaciones supraestatales en condiciones de reciprocidad e igualdad, y que respeten el
orden democrático y los derechos humanos. Las normas dictadas en su consecuencia
tienen jerarquia supeIior a las leyes.
La aprobación de estos tratados con Estados de LatinoaméIica requeIirá la mayoría
absoluta de la totalidad de los miembros de cada Cámara. En el caso de tratados con
otros Estados. el Congreso de la Nación, con la mayoría absoluta de los miembros pre-
sentes ele cada Cán1ara. declarará la conveniencia de la aprobación deI tratado y sólo
podrá ser aprobado con el voto ele la mayoría absoluta de la totalidad de los miembros de
cada Cámara. después de ciento veinte dias dei acto declarativo.
La denuncia de los tratados referidos a este inciso, exigirá la previa aprobación de
la mayoría absoluta de la totalidad de los miembros de cada Cámara.
25. Autorizar aI Poder Ejecutivo para declarar la guerra o hacer la paz.
26. Facultar ai Poder Ejecutivo para ordenar represalias. y establecer reglamentos para las
presas.
27. Fijar las fuerzas armadas en tiempo de paz y guerra. y elictar las normas para su
organización y gobierno.
28. Pem1itir la introducción de tropas extranjeras en el terIitoIio de la Nación, y la
salida de las fuerzas nacionales fuera ele él.
29. Declarar en estado de sitio uno o vali os puntos de la Nación, en caso de conmoción
interior, y aprobar o suspender el estado de sitio declarado, durante su receso. por el
Poder Ejecutivo.
30. Ejercer una legislación exclusiva en el territorio de la capital de la Nación y dictar la
leglslación necesaria para el cumplimiento de los fines específicos de los estableci-
mientos de utllldad nacional en el terIitorío de la República. Las autoIidades provincia-
les y munlcipales conservarán los poderes de policía e Imposición sobre estos estableci-
mientos, en tanto no interfieran en el cumplimiento de aquellos fines.
31. Disponer la intervención federal a una provlncia o a la ciudad de Buenos Aires.
Aprobar o revocar la intervención decretada. durante su receso, por el Poder Ejecutivo.

92
CONSTI7VCIÓN DELA NACIÓNARGENTINA / TEXTO

32. Hacer todas las leyes y reglamentos que sean convenientes para poner en ejercicio
los poderes antecedentes. y todos los otros concedIdos por la presente Constltuclón al Gobier-
no de la Nación Argentina.
Artículo 76. Se prohibe la delegación legislativa en el Poder Ejecutlvo. salvo en materias
determinadas de administración o de emergencia pública. con plazo fljado para su ejercicio y
dentro de las bases de la delegación que el Congreso establezca.
La caducidad resultante dei trascurso dei plazo previsto en el pãrrafo anterior no impor-
tará revisión de las relaciones jurídicas nacidas ai amparo de las normas dictadas en conse-
cuencia de la delegaclón legislativa.

CAPíTULO QUINTO
DE LA FORMACIÓN V SANCIÓN DE LAS LEVES
Artículo 77. Las leyes pueden tener principio en cualquiera de las Cámaras dei Congreso. por
proyectos presentados por sus miembros o por el Poder Ejecutivo. salvo las excepciones que
~stablece esta Constitución.
Los proyectos de ley que modifiquen el régimen electoral y de partidos políticos deberán
ser aprobados por mayoría absoluta dei total de los miembros de las Câmaras.
Artículo 78. Aprobado un proyecto de ley por la Câmara de su origen. pasa para su discusión
a la otra Câmara. Aprobado por ambas. pasa ai Poder Ejecutivo de la Naclón para su examen;
y si también obtiene su aprobación. lo promulga como ley.
Artículo 79. Cada Câmara. luego de aprobar un proyecto de ley en general. puede delegar en
sus comisiones la aprobación en particular dei proyecto. con el voto de la mayoría absoluta dei
total de sus miembros. La Câmara podrá. con igual número de votos. dejar sin efecto la dele-
gaclón y retomar el trâmite ordinarlo. La aprobación en comisión requerlrá el voto de la
mayoría absoluta dei total de sus miembros. Una vez aprobado el proyecto en comisión, se
seguirá el trâmite ordlnario.
Artículo 80. Se reputa aprobado por el Poder Ejecutivo todo proyecto no devuelto en el término
de diez dias útiles. Los proyectos desechados parcialmente no podrán ser aprobados en la
parte restante. Sln embargo. Ias partes no observadas solamente podrán ser promulgadas si
tienen autonomia normativa y su aprobación parcial no altera el espiritu nl la unidad dei
proyecto sancionado por el Congreso. En este caso será de aplicación el procedimiento previs-
to para los decretos de necesidad y urgencia.
Artículo 81. Ningún proyecto de ley desechado totalmente por una de las Câmaras podrá
repetirse en las sesiones de aquel ano. Ninguna de las Câmaras puede desechar totalmente
un proyecto que hubiera tenido origen en ella y luego hubiese sido adicionado o enmendado
por la Câmara revisora. Si el proyecto fuere objeto de adiciones o correcciones por la Câmara
revisora. deberá indicarse el resultado de la votación a fin de establecer si tales adiciones o
correcciones fueron realizadas por mayoría absoluta de los presentes o por las dos terceras
partes de los presentes. La Câmara de origen podrá por mayoría absoluta de los presentes
aprobar el proyecto con las adiciones o correcciones introducidas o insistir en la redacción
originaria. a menos que las adiciones o correcciones las haya realizado la revisora por dos
terceras partes de los presentes. En este último caso, el proyecto pasará ai Poder Ejecutlvo
con las adiciones o correcciones de la Câmara revisora. salvo que la Câmara de origen insista
en su redacción originaria con el voto de las dos terceras partes de los presentes. La Câmara
de orlgen no podrá introduCJr nuevas adiciones o correcciones a las realizadas por la Câmara
revisora.
Artículo 82. La voluntad de cada Câmara debe manifestarse expresamente; se excluye. en
todos los casos. Ia sanción tácita o ficta.
Artículo 83. Desechado en el todo o en parte un proyecto por el Poder Ejecutlvo. vuelve con
sus objeciones a la Câmara de su origen; ésta lo discute de nuevo. y silo confirma por mayoría
de dos tercios de votos. pasa otra vez a la Câmara de revisión. Si ambas Cámaras lo sancionan
por igual mayoría, el proyecto es ley y pasa ai Poder Ejecutivo para su promulgación. Las
votaciones de ambas Câmaras serán en este caso nomlnales. por sí o por no; y tanto los
nombres y fundamentos de los sufragantes. como las objeclones dei Poder Ejecutivo. se publl-

93
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

carán Inmediatamente por la prensa. Si las Cámaras difieren sobre las objeciones, el proyec-
to no podrá repetlrse en las sesiones de aquel afio.
Articulo 84. En la sanción de las leyes se usará de esta fórmula: El Senado y la Cámara de
Diputados de la NaciónArgentina, rewlidos en Congreso... decretan o sancionan conJuerza de ley.

CAPíTULO SEXTO
DE LA AUDITORiA GENERAL DE LA NACIÓN
Articulo 85. EI control externo dei sector público nacional en sus aspectos patrimonlales,
económicos, financieros y operativos, será una atribución propia dei Poder Legislativo.
EI examen y la oplnión dei Poder Legislativo sobre el desempeno y sltuaclón general de
la admlnistración pública estarán sustentados en los dictámenes de la Auditoria General de
la Nación.
Este organismo de asistencia técnica deI Conl1'reso, con autonomia funcionai, se inte-
grará dei modo que establezca la ley que reglamenta su creación y funclonamlento, que debe-
rá ser aprobada por maY0IÍa absoluta de los miembros de cada Cámara. EI presidente deI
organismo será designado a propuesta dei partido político de oposlción con mayor número de
legisladores en el Congreso.
Tendrá a su cargo el control de legalidad, gestión y auditoIÍa de toda la actividad de la
adrnlnlstración pública centralizada y descentralizada, cualquiera fuera su modalidad de orga-
nización, y las demás funciones que la ley le otorgue. Intervendrá necesariamente en el trámite
de aprobación o rechazo de las cuentas de percepción e inverslón de los fondos públicos.

CAPíTULO SÉPTIMO
DEL DEFENSOR DEL PUEBLO
Articulo 86. EI Defensor deI Pueblo es un órgano independiente instltuido en el ámbito dei
Congreso de la Nación, qtle-actuaI'á-con_plena_ª.Ytonomía funcional, sin recibir Instrucclones
de ninguna autoridad. Su misíón es la defensa y protección de losaerechos humanos-y-demás
derechos, garantias e intereses tutelados en esta Constitución y las leyes, ante hechos, actos
u omisiones de la Adminlstración; y el control deI ejerclcio de las funciones administrativas
públicas.
EI Defensor dei Pueblo tiene legltimación procesal. Es designado y removido por el Con-
greso con el voto de las dos terceras partes de los miembros presentes de cada una de las
Cámaras. Goza de las inmunldades y privilegios de los legisladores. Durará en su cargo cinco
afios, pudiendo ser nuevamente deSignado por una sola vez.
La organización y el funcionamiento de esta instituclón serán regulados por una ley
especial.
SECCIÓN SEGUNDA
DEL PODER EJECUTIVO

CAPíTULO PRIMERO
DE SU NATURALEZA Y DURACIÓN
Articulo 87. EI Poder Ejecutlvo de la Nación será desempenado por un ciudadano con el título
de "presidente de la Naclón Argentina".
Articulo 88. En caso de enfermedad, ausencla de la Capital, muerte, renuncia o destitución
deI presidente, el Poder Ejecutlvo será ejercido por el v1cepresldente de la Naclón. En caso de
destltución, muerte, dimlslón o inhabilidad deI presidente y vlcepresldente de la Naclón, eJ
Congreso determinará qué funcionario público ha de desempenar la Presidencla, hasta que
haya cesado la causa de la inhabilldad o un nuevo presidente sea electo.
Articulo 89. Para ser elegido presidente o vicepresldente de la Nación, se requlere haber
nacido en eJ tenitorio argentino, o ser hijo de cludadano nativo, habiendo nacldo en país
extranjero; y las demás calidades exigidas para ser elegido senador.
Articulo 90. EI presidente y vicepresldente duran en sus funciones el término de cuatro anos
y podrán ser reelegidos o sucederse reciprocamente por uo. solo peIÍodo consecutivo. SI han
94
CONsnroclóN DE LA NACIÓN ARGENTINA / TEXTO

sido reelectos o se han sucedido recíprocamente no pueden ser elegidos para nlnguno de
ambos cargos. sino con el InteIValo de un período.
Articulo 91. EI presidente de la Naclón cesa en el poder el mlsmo día en que expira su período
de cuatro anos; sln que evento alguno que lo haya Interrompido. pueda ser motivo de que se
le complete más tarde.
Articulo 92. EI presidente y vlcepresldente dlsfrutan de un sueldo pagado por el Tesoro de la
Naclón. que no podrá ser alterado en el período de sus nombramlentos. Durante el mlsmo
período no podrán ejercer otro empleo. nl reclblr nlngún otro emolumento de la Naclón. nl de
provlncla a1guna.
Articulo 93. AI tomar poseslón de su cargo el presidente y vlcepresldentes prestarán jura-
mento. en manos dei presidente dei Senado y ante el Congreso reunido en Asamblea. respe-
tando sus creenclas religiosas. de: "desempefiar con lealtad y patriDtismo el cargo de presidente
(o vicepresidenteJ de la Nadón y observar y hacer observarfielmente la Constitución de la Nación
Argentina".

CAPíTULO SEGUNDO
DE LA FORMA Y TIEMPO DE LA ELECCIÓN
DEL PRESIDENTE Y DEL VICEPRESIDENTE DE LA NACIÓN
Articulo 94. EI presidente y el vlcepresldente de la Naclón serán elegidos dlrectamente por el
pueblo. en doble vuelta. según lo establece esta Constltuclón. A este f1n el terrltorío nacional
conformará un distrito único.
Articulo 95. La elección se efectuará dentro de los dos meses anteriores a la concluslón dei
mandato dei presidente en ejercicio.
Articulo 96. La segunda vuelta electoral. si correspondiere. se realizará entre las dos fórmu-
las de candidatos más votados. dentro de los treinta días de celebrada la anterior.
Articulo 97. Cuando la fórmula que resultare más votada en la prlmera vuelta. hubiere obte-
nldo más dei cuarenta y cinco por clento de los votos afirmativos válidamente emitidos. sus
Integrantes serán proclamados como presidente y vlcepresidente de la Naclón.
Articulo 98. Cuando la fórmula que resultare más votada en la prlmera vuelta hublere obte-
nldo el cuarenta por clento por lo menos de los votos afirmativos válidamente emitidos y.
además. exlstlere una diferencia mayor de dlez puntos porcentuales respecto dei total de los
votos afirmativos válidamente emitidos sobre la fórmula que le slgue en número de votos. sus
integrantes serán proclamados como presidente y vlcepresldente de la Naclón.

CAPíTULO TERCERO
ATRIBUCIONES DEL PODER EJECUTIVO
Articulo 99. EI presidente de Ia Nación tiene las sigulentes atrlbuclones:
1. Es eljefe supremo de la Naclón. jefe dei goblemo y responsable político de la admlnls-
traclón general dei país.
2. Explde las Instrucciones y reglamentos que sean necesarlos para laejecuclón de las
leyes de la Naclón. cuidando de no alterar su espírltu con excepclones reglamentarlas.
3. Participa de la formación de las leyes con arreglo a la Constltuclón. Ias promulga y
hace publicar.
EI Poder Ejecutlvo no podrá en ningún caso bajo pena de nulidad absoluta e insa-
nable. emitir disposlciones de carácter legislativo.
Solamente cuando clrcunstanclas excepcionales hlcleran Imposlble seguir los
trâmites ordinarlos previstos por esta Constltución para la sanción de las leyes. y no se
trate de nom1as que regulen materla penal. tributaria. electoral o el réglmen de los
partidos políticos. podrá dictar decretos por razones de necesldad y urgencia. los que
serán decididos en acuerdo general de ministros que deberán refrendarlos. conjunta-
mente con el jefe de gabinete de ministros.
EI jefe de gabinete de ministros personalmente y dentro de los dlez días someterá
la medida a conslderaclón de la Comislón Blcameral Permanente. cuya composlción

95
PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

deberá respetar la proporclõn de las representaclones políticas de cada Cámara. Esta


comlslón elevará su despacho en un plazo de dlez dias ai plenario de cada Cámara para
su expreso tratamlento. el que de Inmediato considerarán las Cámaras. Una ley espe-
cial sancionada con la mayoria absoluta de la totalidad de los mlembros de cada Cámara
regulará el trámlte y los alcances de la Intervenclón dei Congreso.
4. Nombra los magistrados de la Corte Suprema con acuerdo dei Senado por dos tercios
de sus miembros presentes. en seslón pública. convocada ai efecto.
Nombra los demás jueces de los tribunales federales inferiores en base a una
propuesta vinculante en tema dei Consejo de la Magistratura. con acuerdo dei Senado.
en sesión pública. en la que se tendrá en cuenta la Idoneidad de los candidatos.
Un nuevo nombramlento. precedido de Igual acuerdo. será necesario para mante-
ner en et cargo a cualqulera de esos magistrados. una vez que cumplan la edad de
setenta y cinco anos. Todos los nombramlentos de magistrados cuya edad sea la indica-
da o mayor se harán por cinco anos. y podrán ser repetidos indefinidamente. por el
mlsmo trámlte.
5. Puede indultar o conmutar las penas por delitos sujetos a la jurlsdlcclón federal.
prevlo informe dei tribunal correspondiente. excepto en los casos de acusaclón por la
Cámara de Dlputados.
6. Concede jubilaclones. retiros. licencias y pensiones conforme a las Ieyes de Ia Nación.
7. Nombra y remueve a los embajadores. ministros pIenlpotenclarios y encargados de
negoclos con acuerdo deI Senado; por si solo nombra y remueve ai jefe de gabinete de
ministros y a los demás ministros deI despacho. los oflclales de su secretaria. los agen-
tes consulares y los empIeados cuyo nombramlento no está regIado de otra forma por
esta Constituclón.
8. Hace anualmente la apertura de Ias seslones deI Congreso. reunidas ai efecto ambas
Cámaras. dando cuenta en esta ocaslón deI estado de Ia Naclón. de Ias reformas prome-
tidas por la Constituclón. y recomendando a su conslderaclón Ias medidas que juzgue
necesarias y convenientes.
9. Prorroga las seslones ordinarias deI Congreso. o lo convoca a seslones extraordina-
rias. cuando un grave interés de orden o de progreso lo requiera.
10. Supervisa el ejerciclo de Ia facultad dei jefe de gabinete de ministros respecto de Ia
recaudación de Ias rentas de la Nación y de su Inverslón. con arregIo a Ia Iey o presu-
puesto de gastos naclonales.
11. Concluye y firma tratados. concordatos y otras negociaciones requerlct'as para eI
mantenimlento de buenas relaciones con las organtzaclones Intemaclonales y Ias na-
ciones extranjeras. recibe sus ministros y admite sus cónsuIes.
12. Es comandante enjefe de todas las fuerzas armadas de Ia Naclón.
13. Provee los empleos militares de la Naclón: con acuerdo deI Senado. en Ia concesión
de los empIeos o grados de oflclales superiores de Ias fuerzas armadas; y por si solo en el
campo de batalIa.
14. Dispone de las fuerzas armadas. y com" con su organtzaclón y dlstribuclón según
Ias necesldades de la Naclón.
15. Declara Ia guerra y ordena represallas con autorlzaclón y aprobaclón deI Congreso.
16. Declara en estado de sitio uno o varlos puntos de Ia Naclón en caso de ataque exte-
rior y por un término limitado. con acuerdo deI Senado. En caso de conmoclón Interior.
sólo tlene esta facuItad cuando el Congreso está en receso. porque es atribución 'que
corresponde a este cuerpo. EI presidente Ia ejerce con Ias limltaclones prescritas en el
artículo 23.
17. Puede pedir ai jefe de gabinete de ministros y a los jefes de todos los ramos y depar-
tamentos de Ia admlnlstraclón. y por su condueto a los demás empIeados. los Informes
que crea convenientes. y eIIos están obllgados a darlos.
18. Puede ausentarse dei terrttorlo de Ia Naclón. con permlso deI Congreso. En eI receso
de éste. sóIo podrá hacerIo sln licencia por razones justificadas de serviclo público.
19. Puede Ilenar Ias vacantes de los empIeos. que requleran el acuerdo deI Senado. y
96
CONSTm.JCIÓN DELA NACIÓN ARGEN77NA / TEXTO

que ocurran durante su receso, por medlo de nombramlentos en comlslón que explra-
rán al f1n de la próxima Legislatura,
20. Decreta la IntelVenclón federal a una provlncla o a la cludad de Buenos AIres en
caso de receso dei Congreso. y debe convocarlo slmultáneamente para su tratamlento.

CAPITULO CUARTO
DEL JEFE DE GABINETE
Y DEMÁS MINISTROS DEL PODER EJECUTIVO
ArtIculo 100. Eljefe de gabinete de ministros y los demás ministros secretarlos cuyo número
y competencla será estableclda por una ley especial. tendrán a su cargo el despacho de los
negoclos de la Naclón. y refrendarán y legallzarán los actos dei presidente por medlo de su
firma. sln cuyo requisito carecen de eflcacla.
AI jefe de gabinete de ministros. con responsabllldad política ante el Congreso de la
Nación. le corresponde:
1. Ejercer la admlnistraclón general dei país.
2. Expedir los actos y reglamentos que sean necesarlos para ejercer las facultades que
le atribuye este artículo y aquellas que le delegue el presidente de la Naclón. con el
refrendo dei ministro secretario dei ramo ai cual el acto o reglamento se refiera.
3. Efectuar los nombramientos de' los empleados de la admlnlstración. excepto los que
correspondan al presidente.
4. Ejercer las funciones y atribuclones que le delegue el presidente de la Nación y, en
acuerdo de gabinete resolver sobre las materias que le Indique el Poder Ejecutlvo, o por
su propla dectsión. en aquellas que por su Importancia estime neçesarlo. en el ámbito
de su competencia.
5. Coordlnar. preparar y convocar las reuniones de gabinete de ministros. presldléndo-
las en caso de ausencla dei presidente.
6. Enviar ai Congreso los proyectos de ley de Minlsterios y de Presupuesto nacional.
prevlo tratamlento en acuerdo de gabinete y aprobaclón dei Poder Ejecutlvo.
7. Hacer recaudar las rentas de la Naclón y ejecutar la ley de Presupuesto'nacionat'
8. Refrendar los decretos reglamentarios de las leyes. los decretos que dlspongan la
prórroga de las seslones ordlnarias dei Congreso o la convocatoria de sesiones extraor-
dinarias y los mensajes dei presidente que promuevan la Iniciativa legislativa.
9. Concurrir a las sesiones dei Congreso y participar en sus debates. pel'o no votar.
10. Una vez que se inlclen las seslones ordlnarias dei Congreso. presentar junto a los
restantes ministros una memoria detallada dei estado de la Naclón en lo relativo a los
negocios de los respectivos departamentos.
11. Productr los Informes y expllcaclones verbales o escritos que cualqulera de las Cá-
maras sollcite ai Poder Ejecutlvo.
12. Refrendar los decretos que ejercen facultades delegadas por el Congreso. los que
estarán sujetos al control de la Comlslón Blcameral Permanente.
13. Refrendar conjuntamente con los demás ministros los decretos de necesldad y ur-
gencla y los decretos que promulgan parcialmente leyes. Someterá personalmente y
dentro de los diez días de su sanclón estos decretos a consideraclón de la Comlsión
Blcameral Permanente.
EI jefe de gabinete de ministros no podrá desempenar slmultáneamente otro mlnisterio.'
ArtIculo 101. Eljefe de gabinete de ministros debe concurrir al Congreso ai menos una vez
por mes. alternativamente a cada una de sus Cámaras. para informar de la marcha dei go-
blerno. sin peIjulclo de lo dispuesto en el artículo 71. Puede ser interpelado a los efectos dei
tratamiento de una moción de censura. por el voto de la mayoría absoluta de la totalldad de los
miembros de cualqulera de las Cámaras. y ser removido por el voto de la mayoría absoluta de
los mlembros de cada una de las Cámaras.
ArtIculo 102. Cada ministro es responsable de los actos que legaliza: y solldariamente de los
que acuerda con sus colegas.
ArtIculo 103. Los ministros no pueden por sí solos. en nlngún caso. tomar resoluclones. a
97
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

excepción de lo concemlente aI rêglmen ·económico y administrativo de sus respectivos de-


partamentos.
Articulo 104. Luego que el Congreso abra sus sesiones. deberán los ministros deI despacho
presentarle una memorla detallada deI estado de la Naclón, en lo relativo a los negoclos de
sus respectivos departamentos.
Articulo 105. No pueden ser senadores nl dlputados. sln hacer dlmlslón de sus empleos de
ministros.
Articulo 106. Pueden los ministros concurrlr a las seslones deI Congreso y tomar parte en
sus debates. pero no votar.
Articulo 107. Gozarán por sus servlcios de un sueIdo establecldo por la ley, que no podrá ser
aumentado ni dlsminuldo en favor o peIjulclo de los que se hallen en ejerclclo.

SECCIÓN TERCERA
DEL PODER JUDICIAL
CAPíTULO PRIMERO
DE SU NATURALEZA YDURACIÓN
Articulo lOS. EI Poder Judicial de la Nación será ejercldo por una Corte Suprema de Justlcia y
por los demás trlbunales Inferiores que el Congreso estableclere en el terrltorlo de la Naclón.
Articulo 109. En nlngún caso el presidente de la Nación puede ejercer funciones judiciales.
arrogarse el conoclmiento de causas pendientes o restablecer las fenecidas.
Articulo 110. Los jueces de la Corte Suprema y de los tribunales inferiores de la Nación
.conservarán sus empleos mientras dure su buena conducta, y recibirán por sus servicios
una compeJ;lsaciÓn que detenninara la ley, y que no podrá ser disminuida en manera a1guna.
mientras pennaneciesen en sus funciones.
Articulo 111. Ninguno podrá ser miembro de la Corte Suprema de Justicla, sin ser abogado
de la Nación con ocho anos de ejercicio. y tener las calldades requeridas para ser senador.
Articulo 112. En la primera instalación de la Corte Suprema. los individuos nombrados pres-
tarán juramento en manos dei presidente de la Nación, de desempenar sus obligaciones,
administrando justicia bien y legalmente, y en confonnldad a lo que prescribe la Constitu-
ción. En lo sucesivo lo prestarán ante el presidente de la misma Corte.
Articulo 113. La Corte Suprema dictará su reglamento interior y nombrará a sus empleados.
Articulo 114, El Consejo de la Magistratura, regulado por una ley especial sancionada por la
mayorla absoluta de la totalidad de los miembros de cada Câmara, tendrá a su cargo la selec-
ción de los magistrados y la administraclón dei Poder Judicial.
, EI Consejo será integrado perlódicamente de modo que se procure el equilibrlo entre la
representación de los órganos políticos resultantes de la elecclón popular. de los jueces de
todas las Instancias y de los abogados de la matricula federal. Será integrado, aslmlsmo. por
otras personas deI âmbito acadêmico y científico. en el número y la fonna que indique la ley.
Serán sus atribuclones:
1. Seleccionar mediante concursos públicos los postulantes a las magistraturas infe-
riores.
2. Emitir propuestas en temas vinculantes, para el nombramiento de los magistrados
de los trlbunales inferiores.
3. AdmiJ;listrar los recursos y ejecutar el presupuesto que la ley aslgne a la admlnistra-
clón de justlcla.
4. Ejercer facultades disciplinarias sobre magistrados.
'5. Decidir la apertura deI procedlmlento de remoción de magistrados, en su caso orde-
nar la suspensión, y fonnular la acusación correspondlente.
6. Dictar los reglamentos relacionados con la organizaclón judicial y todos aquellos que
sean necesarlos para asegurar la independencia de los jueces y la eficaz prestación de los
servicios de justicia.
Articulo 115. Los jueces de los tribunales inferiores de la Nación serán removidos por las
98
CONsnTVClóN DE LA NACIÓN ARGENTINA / TEXTO

causales expresadas en el artículo 53. por un jurado de enjulciamiento Integrado por legIsla-
dores. magistrados y abogados de la matricula federal.
Su fallo. que será irrecurrlble, no tendrá más efecto que destituir ai acusado. Pera la
parte condenada quedará no obstante sujeta a acusaclón. julcio y castigo conforme a las leyes
ante los trlbunales ordlnarlos.
Corresponderá archlvar las actuaclones y. en su caso, reponer ai juez suspendido, si
transcurrleren clento ochenta dias contados desde la declslón de abrir el procedimlento de
remoción, sin que haya sido dlctado el fallo.
En la ley especial a que se reflere el artículo 114. se determinará la integraclón y
procedlmlento de este jurado.

CAPíTULO SEGUNDO
ATRIBUCIONES DEL PODER JUDICIAL
Articulo 116. Corresponde a la Corte Suprema y a los tIibunales inferiores de la Nación:. el
conocimiento y decisión de todas las causas que versen sobre puntos regidos por la Constitu-
ción. y por las leyes de la Nación, con la reserva hecha en ellnciso 12 dei artículo 75; y por los
tratados con las naciones extranjeras; de las causas concemlentes a embajadores, ministros
públicos y cónsules extranjeros; de las causas de almlrantazgo y jurlsdlcción maritima; de los
asuntos en que la Naclón sea parte; de las causas que se susclten entre dos o más provlnclas;
entre una provlncla y los vecinos de otra; entre los vecinos de diferentes provlncias; y entre
una provlncla o sus vecinos. contra un Estado o cludadano extranjero.
Articulo 117. En estos casos la Corte Suprema ejercerá sujurlsdicclón por apelación según
las regias y excepciones que prescrlba el Congreso; pero en todos los asuntos concemientes a
embajadores, ministros y cónsules extranjeros. y en los que alguna provlncia fuese parte. Ia
ejercerá originaria y exclusivamente.
Articulo 118. Todos los julcios crlmlnales ordlnarlos que no se derlven dei derecho de acusa-
clón concedido a la Cámara de Diputados. se terminarán por jurados. luego que se establezca
en la República esta institución. La actuaclón de estas juiclos se hará en la misma provlncla
donde se hubiere cometido el delito; pero cuando éste se cometa fuera de los límites de la
Nación. contra el derecho de gentes. el Congreso determinará por una ley especial ellugar en
que haya de seguirse el juicio.
Articulo 119. La traición contra la Nación consistirá únicamente en tomar las armas contra
ella. o en unlrse a sus enemlgos prestándoles ayuda y socorro. EI Congreso fijará por una ley
especial la pena de este delito; pera ella no pasará de la persona dei delincuente. ni la imamla
dei reo se transmitirá a sus parlentes de cualquier grado.

SECCIÓN CUARTA
DEL MINISTERIO PÚBLICO
Articulo 120. EI Ministerlo Público es un órgano independiente con autonomia funcionai y
autarquia flnanciera, que tiene por funclón promover la actuación de la justlcia en defensa
de la legalidad, de los Intereses generales de la socledad. en coordlnaclón con las demás
autoridades de la República.
Está integrado por un procurador general de la Nacion y un defensor general de la Na-
ción y los demás miembros que la ley establezca.
Sus mlembros gozan de inmunldades funcionales e intanglbilidad de remuneraciones.

TíTULO SEGUNDO
GOBIERNOS DE PROVINCIA
Articulo 121. Las provincias conservan todo el poder no delegado por esta Constltuclón ai
Gobiemo federal. y el que expresamente se hayan reservado por pactos especiales aI tiempo
de su incorporaclón.
Articulo 122. Se dan sus proplas Instituclones locales y se rlgen por ellas. Eligen sus gober-
nadores. sus legisladores y demás funcionarlos de provlncla. sln Intervención dei Gobiemo
federal.
99
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

ArUculo 123. Cada província dicta su propia constituClón. confonne a lo dlspuesto por el
artículo 5 asegurando la autonomia municipal y reglando su alcance y contenldo en el orden
institucional. político. administrativo. económlco y flnanclero.
ArUculo 124. Las provlnclas podrán crear reglones para el desarrollo económlco y social y
establecer órganos con facultades para el cumpllmlento de sus fines y podrán tamblén cele-
brar convenlos internacionales en tanto no sean Incompatlbles con la política exterior de la
Nación y no afecten las facultades delegadas al Goblerno federal o el crédito publico de la
Nación; con conoclmlento dei Congreso Nacional. La cludad de Buenos AIres tendrã el régl-
men que se establezca a tal efecto.
Corresponde a las provlnclas el domlnlo orlglnarlo de los recursos naturales existentes
en su terrltorlo.
ArUculo 125. Las provlnclas pueden celebrar tratados parclales para fines de admlnlstraclón
de justicla. de Intereses económlcos y trabajos de utllidad común. con conoclmlento dei Con-
greso federal; y promover su industrla. Ia Inrnlgraclón. la construcclón de ferrocarrlles y ca-
nales navegables. Ia colonlzaclón de tlerras de propledad provincial. Ia Introducclón y estable-
clmiento de nuevas Industrlas. Ia Importaclón de capltales extranjeros y la exploraclón de
s~s rios. por leyes protectoras de estos fines. y con sus recursos proplos.
Las províncias y la ciudad de Buenos Aires pueden conservar organismos de segurldad
social para los empleados públicos y los profeslonales; y promover el progreso económlco. el
desarrollo humano. la generación de empleo. Ia educaclón. Ia clencla. el conoclmlento y la
cultura.
ArUculo 126. Las provlncias no ejercen el poder delegado a la Naclón. No pueden celebrar
tratados parciales de carãcter político; nl expedir leyes sobre comercio. o navegaclón interior
o exterior; ni establecer aduanas provinclales; nl acufiar moneda; nl establecer bancos con
facultades de emitir billetes. sln autorlzaclón dei Congreso federal; ni dlctar los Códigos Civil.
Comercial. Penal y de Mineria. después que el Congreso los haya sancionado; nl dictar espe-
cialmente leyes sobre ciudadania y naturalizaclón. bancarrotas. falslflcaclón de moneda o
documentos dei Estado; ni establecer derechos de tonelaje; nl armar buques de guerra o le-
vantar ejércltos. salvo el caso de invaslón exterior o de un pellgro tan Inmlnente que no
admita dllación dando luego cuenta ai Goblerno federal; nl nombrar o reciblr agentes extran-
jeros.
Articulo 127. Nlnguna provlncia puede declarar nl hacer la guerra a otra província. Sus
quejas deben ser sometidas a la Corte Suprema de Justlcla y dlrlmldas por ella. Sus hostili-
dades de hecho son actos de guerra civil. callficados de sedlción o asonada. que el Goblerno
federal debe sofocar y reprimir confonne a la ley.
ArUculo 128. Los gobernadores de provlncla son agentes naturales dei Goblerno federal para
hacer cumpllr la Constituclón y las leyes de la Naclón.
ArUculo 129. La cludad de Buenos AIres tendrã un réglmen de goblerno autónomo. con facul-
tades propias de leglslaclón y jurlsdlcclón. y sujefe de goblerno serã elegido dlrectamente por
el pueblo de la cludad.
Una ley garantlzarã los Intereses dei Estado nacional. mlentras la cludad de Buenos
Aires sea capital de la Naclón.
En el marco de lo dlspuesto en este artículo. el Congreso de la Naclón convocarã a los
habitantes de la cludad de Buenos AIres para que. mediante los representantes que elijan a
ese efecto. dicten el estatuto organlzatlvo de sus Instltuclones.

DISPOSICIONES TRANSITORIAS
PRIMERA.- La Nación Argentina ratifica su legitima e Imprescrlptlble soberania sobre las
islas Malvlnas. Georgias dei Sur y Sandwich dei Sur y los espaclos marítimos e Insulares
correspondientes. por ser parte integrante dei terrltorlo nacional.
La recuperación de dlchos terrltorlos y el ejerclclo pleno de la soberania. respetando el
modo de vida de sus habitantes. y confonne a los prlnclplos dei derecho Internacional. consti-
tuyen un objetivo pennanente e lrrenunclable dei pueblo argentino.
SEGUNDA.- Las acclones positivas a que alude el articulo 37 en su último pãrrafo no podrán
100
CONSTITUCIÓN DELA NACIÓN ARGENTINA / TEXTO

ser Inferiores a las vigentes aI tlempo de sancionarse esta Constltuclón y durarán lo que la
ley determine. (Corresponde aI artículo 37).
TERCERA.- La ley que regIamente el ejerclcio de la Iniciativa popular deberá ser aprobada
dentro de los dleclocho meses de esta sanción. (Corresponde aI artículo 39).
CUARTA.- Los actuales integrantes deI Senado de la Naclón desempefiarán su cargo hasta la
extlnclón deI mandato correspondlente a cada uno.
En ocaslón de renovarse un terclo deI Senado en 1995. por finallzaclón de los mandatos
de todos los senadores elegidos en 1986. será designado además un tercer senador por distrito
por cada Legislatura. EI c::onjunto de los senadores por cada distrito se integrará. en lo poslble.
de modo que correspondan dos bancas aI partido político o allanza electoral que tenga el mayor
número de mlembros en la Legislatura. y la restante aI partido político o allanza electoraI que
le siga en número de mlembros de ella. En caso de empate. se hará prevalecer aI partido
político o allanza electoraI que hublera obtenido mayor cantldad de sufraglos en la elecclón
legislativa provincial Inmedlata anterior.
La elecclón de los senadores que reemplacen a aquellos cuyos mandatos vencen en
1998. así como la elecclón de qulen reemplace a cualqulera de los actuales senadores en caso
de apllcaclón deI artículo 62. se hará por estas mlsmas regias de deslgnaclón. Empero. el
partido político o allanza electoral que tenga el mayor número de miembros en la Legislatura
aI tlempo de la elecclón deI senador. tendrá derecho a que sea elegido su candidato. con la
sola IImltaclón de que no resulten los tres senadores de un mlsmo partido político o allanza
electoraI.
E,stas regIas serán tamblén apllcables a la elecclón de los senadores por la ciudad de
Buenos Aires. en 1995 por el cuerpo electoral. y en 1998. por el órgano legislativo de la cludad.
La elecclón de todos los senadores a que se refiere esta cláusula se lIevará a cabo con
una antlclpaclón no menor de sesenta nl mayor de noventa días aI momento en que el sena-
dor deba asumlr su función.
En todos los casos. los candidatos a senadores serán propuestos por los partidos políticos
o aIlanzas electorales. EI cumpllmlento de las exlgencias legaIes y estatutarlas para ser pro-
clamado candidato será certificado por la Justlcia Electoral Nacional y comunicado a la Legis-
latura.
Toda vez que se ellja un senador nacional se designará un suplente. qulen asumlrá en
los casos dei artículo 62
Los mandatos de los senadores elegidos por apllcación de esta cláusula transltorla du-
rarán hasta el 9 de dlciembre deI 2001. (Corresponde aI artículo 54).
QUINTA.- Todos los integrantes deI Senado serán elegidos en la forma Indicada en el artículo
54 dentro de los dos meses anteriores aI 10 de diciembre deI 2001. decldléndose por la suerte.
luego que todos se reúnan. qulénes deban saIir en el prlmero y segundo blenlo. (Corresponde
aI artículo 56).
8EXTA.- Un réglmen de copartlcipaclón conforme lo dispuesto en el Inciso 2 deI artículo 75 y
la reglamentaclón deI organismo fiscal federal. serán establecidos antes de la flnallzación deI
afio 1996: la dlstrlbuclón de competenclas. servicios y funciones vigentes a la sanción de
esta reforma. no podrá modlficarse sln la aprobación de la provincla interesada; tampoco
podrá modlficarse en desmedro de las provincias la distrlbuclón de recursos vigente a la saIl-
ción de esta reforma y en ambos casos hasta el dlctado deI mencionado régimen de copartici-
paclón.
La presente cláusula no afecta los reclamos administrativos o judlciales en trâmite ori-
ginados por diferencias por dlstrlbuclón de competenclas. servicios. funciones o recursos
entre la Naclón y las provlnclas. (Corresponde aI artículo 75. inciso 2).
SÉPTIMA.- EI Congreso ejercerá en la cludad de Buenos Aires. mlentras sea capital de la
Naclón. Ias atrlbuclones legislativas que conserve con arreglo aI artículo 129. (Corresponde aI
artículo 75. inciso 30).
OCTAVA.- La leglslaclón delegada preexistente que no contenga plazo establecido para su
ejerclclo caducará a los cinco afios de la vlgencla de esta disposiclón. excepto aquella que el
Congreso de la Naclón ratifique expresamente por una nueva ley. (Corresponde aI artículo 76).
NOVENA.- EI mandato deI presidente en ejerclclo aI momento de sanclonarse esta reforma.
deberá ser considerado como prlmer período. (Corresponde ai artículo 90).
101
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

DÉCIMA.- EI mandato deI presidente de la Naclón que asuma su cargo el8 de julio de 1995, se
extinguirá el 10 de dlclembre de 1999 (Corresponde al artículo 90).
UNDÉCIMA.- La caducldad de los nombramlentos y la duraclón limitada prev1stas en el artículo
99, Inciso 4, entrarán en v1gencla a los cinco anos de la sanclón de esta reforma constitucional.
(Corresponde al artículo 99. inciso 4).
DUODÉCIMA.- Las prescrlpclones establecldas en los artículos 100 Y 101 deI capítulo cuarto
de la secclón segunda. de la segunda parte de esta Constituclón referidas al jefe de gabinete
de ministros, entrarán en vlgencla el 8 de julio de 1995.
EI jefe de gabinete de ministros será designado por prlmera vez el 8 de julio de 1995,
hasta esa fecha sus facultades serán ejercltadas por el presidente de là República. (Correspon-
de a los artículos 99, inciso 7. 100 Y 101).
DECIMOTERCERA.- A partir de los tresclentos sesenta días de la v1gencla de esta reforma.
los magistrados Inferiores solamente podrán ser designados por el procedlmlento prev1sto en
la presente Constituclón. Hasta tanto se aplicará el sistema v1gente con anterlorldad. (Co-
rresponde el artículo 114).
DECIMOCUARTA.- Las causas en trâmite ante la Câmara de Dlputados al momento de Insta-
larse el Consejo de la Magistratura. les serán remitidas a 'efectos deI inciso 5 deI artículo 114.
Las ingresadas en el Senado contlnuarán allí hasta su termlnaclón. (Corresponde al artículo
115).
DECIMOQUINTA.- Hasta tanto se constltuyan los poderes que smjan deI nuevo réglmen de
autonomía de la cludad de Buenos Aires. el Congreso ejercerá una legislaclón exclusiva sobre
su terrltorlo, en los mlsmos términos que hasta la sanclón de la presente.
Eljefe de goblerno será elegido durante el ano 1995.
La ley prev1sta en los párrafos segundo y tercero deI articulo 129. deberá ser sancionada
dentro deI plazo de dosclentos setenta dias a partir de la v1gencla de esta Constituclón.
Hasta tanto se haya dlctado el Estatuto Organlzatlvo la deslgnaclón y remoclón de los
jueces de la cludad de BuenosAires se reglrá por las dlsposlclones de los artículos 114 Y 115
de esta Constltuclón. (Corresponde al artículo 129).
DECIMOSEXTA.- Esta reforma entra en vlgencla aI día sigulente de su publicaclón. Los mlem-
bros de la Convenclón Constltuyente. el presidente de la Naclón Argentina, los presidentes de
las Câmaras Legislativas y el presidente de la Corte Suprema de Justlcla prestan juramento
en un mlsmo acto el dia 24 de agosto de 1994. en el Palacio San José, Concepclón deI Uru-
guay, prov1ncia de Entre Ríos.
Cada poder deI Estado y las autoridades prov1nclales y munlclpales dlsponen lo necesa-
rio para que sus mlembros y funcionarlos juren esta Constltuclón.
DECIMOSÉPTIMA.- EI texto constitucional ordenado. sancionado por esta Convenclón Cons-
tltuyente. reemplaza aI hasta ahora vigente.
DADA EN LA SALA DE SESIONES DE LA CONVENCIÓN NACIONAL CONSTITUYENTE. EN
LA CIUDAD DE SANTA FE, A LOS VEINTIDóS DIAs DEL MES DE AGOSTO DEL ANO MIL
NOVECIENTOS NOVENTA Y CUATRO.

Esta uersión sigue la edición .Consütl.'ción de la NaciónArgentina. Texto de 1853. con las reformas
de 1860.1866.1898.1949, 1957y 1994. Conla:fedeerratas'deIBoletínOflCialdeI24/8/94y
según la uersión publicada ellO/1/95, coriforme a lo dispuesto por la ley 24.430,. Ediciones
Depalma Buenos Aires. 1995.

102
CONSTITUCIÓN
pOLíTICA
DEL ESTADO
DE LA REPÚBLICA
DE BOLIVIA
CONSTl7VCIÓN POLIrICA DEL EsTADO DELA REPÚBUCA DE BOUVIA

ANTECEDENTES Y REFORMAS DE LA
CONSTITUCIÓN pOLíTICA DEL ESTADO
DE LA REPÚBLICA DE BOLIVIA

nnlnada la guerra de la Independencla. estando el Alto Peru ocupado por las tropas

'D libertarias comandadas por Antonio José de Sucre. se dlctó el Decreto deI 9 deJebrero de
1825 que dlsponía la reunlón de una asamblea de dlputados que debía deliberar acerca
de los destinos de las provinclas y sobre el réglmen provlsorlo de goblemo.
La Asamblea se reunló el día 10 de julio de 1825 en la cludad de La Plata. hoy Sucre. con
los representantes de las provinclas que constituían la Real Audlencla de Charcas: Chuqulsaca.
La Paz. Potosí y Santa Cruz. La mayoría de los constituyentes decldle:ron erigir un estado
soberano e Independlente de todas las naclones. tanto dei vlejo como dei nuevo mundo. EI
Acta de la Independencla fue flnnada finalmente el día 6 de agosto de 1825.
EI 13 de agosto de 1825 se dlctó la prlmera ley constitucional que establecló las bases de
la República regidas por los slgulentes prlriciplos: goblemo representativo republicano; siste-
ma de goblemo concentrado. general. unltarlo y ejercldo por tres poderes: Legislativo. Ejecu-
tivo y Judicial.
Hasta la fecha se han promulgado dleclséls constituclones. aunque para a1gunos-espe~
clalistas en la materla totaltzan dleclslete. puesto que conslderan que las refonnas nevadas
a cabo en elano 1947 dleron lugar a una nueva constituclón.
No obstante las diversas refonnas que ha experimentado. Ia constituclón boliviana ha
mantenldo hasta la actualldad alguna.. características esenclales. tales como su carâcter de
república Independlente. unltarla y un réglmen democrãtico y representativo. La soberanía
reside en el pueblo y es delegada por el sufraglo a los tres poderes dei Estado: Legislativo.
Ejecutlvo y Judicial.
Descrlblremos a continuaclón las refonnas suceslvas y sus características más sobre-
salientes.
La constltuclón promulgada el 19 de novlembre 1826 fuelnsplrada por Slmón BOLÍVAR.
La mlsma hlzo radicar la soberanía en el pueblo. Instauró la presldencla vltallcla de la repú-
blica y creó cuatro poderes dei Estado.
EI Poder Electoral constltuldo por la cludadaxpa que debía sufragar para fonnar los cuer-
pos electorales. designando un elector por cada clen cludadanos.
EI Poder Legislativo quedaba compuesto por tres câmaras: la de los TrIbunos. Ia de Sena-
dores y la de los Censores.
EI Poder Ejecutlvo era ejercldo por el Presidente de la República. el Vlcepresldente y tres
Ministros.
EI Poder Judicial estaba constltuldo por la Corte Suprema de Justlcla y los diferentes
juzgados en todo el terrltoiio nacional. •
La Constltuclón bollvarlana fue sustltulda por la dei 14 de agosto de 1831 que suprimló
el Poder Electoral y proclamó la vlgencla de los poderes Legislativo. Ejecutivo y Judicial. tal
como hasta hoy se conserva sln modlflcaclón alguna.
EI Congreso estaba compuesto por las câmaras de Senádores y Dlputados. Se f!jó para el
Presidente de la República un período constitucional de cuatro anos. Consagró el régimen
presidencialista y creó un Consejo de Estado compuesto de slete mlembros elegidos por el
Congreso.
105
PARLAMENrO CUL7VRAL DEL 't'ERCOSUR (PARCUM)

La Constitución deI 16 de octllbre de 1834 se caracterlzó por establecer seslones btanuales


deI Poder Legislativo. sltuación que se repltló en algunos goblemos de fuerza en el slglo pasado.
La Constitución deI 26 de octllbre de 1834 modlflcó la anterior y establecló el carácter
nacional de senadores y dlputados. Suprlmló la Vicepresldencla de la República e Introdujo
los Concejos Munlclpales.
La Constitución deI 11 deJWlio de 1843 volvló a restablecer la reunlón blanual deI Poder
Legislativo y fljó el período constitucional de ocho afios. AI no exlsttr la Vlcepresldencla de la
República. se dlspuso que en caso necesarlo se haría cargo de la Presldencla de la República
el presidente deI Consejo Nacional, que era un cuerpo de carácter consultivo. Ellmlnó el
capítulo referente ai réglmen municipal y lo hlzo dependlente deI Poder Ejecutlvo.
La Constitucibn deI 20 de septiembre de 1851 fue la que consagró. por prlmera vez, los
derechos y garantias tndlvlduales. Modlflcó el períddo constitucional deI presidente y de los
parlamentarlos fljándolo en cinco afios.
La Constitución deI 29 deJul10 de 18611ncorporó el estado de sitio. Establecló que el Poder
Legislativo fuera ejercldo por una Asamblea Integrada por dlputados. Redujo otra vez el perío-
do presidencial fijándolo en tres afios.
La Constitucibn deI 17 de septiembre de 1868 organlzó la Câmara de Senadores y la de
Representantes. Volvló a modificar el período presidencial establecléndolo en cuatro afios.
La Constitución deI 9 de octllbre de 1871 Impuso nuevamente aI sistema unicameral.
creando una Asamblea de Dlputados que debía reunlrse blanualmente.
La Constitución deI 14 deJebrero de 1878 contlnuó con la tncorporaclón de tnstltutos
afines con los prlnclplos liberales. continuando con la tendencla Iniciada por su similar deI
afio 186l.
EI Poder Legislativo estaba compuesto por la Câmara de Senadores y la Câmara de Dlpu-
tados. Prescribléi el procedlmlento mediante el cual la Corte Suprema de Justlcla debía ser
designada por la Câmara de Dlputados. a propuesta en tema de la Câmara de Senadores.
EI Poder Ejecutlvo estaba formado por el presidente de la República y por los ministros
con un período de cuatro afios. Creó la Vlcepresldencla de la República que debía eleglrse
conjuntamente con el Presidente. Se le reconocló ai Poder Legislativo la facultad fiscalizadora
para censurar a los Ministros deI Gabinete.
La Constitucibn deI afio 1880 declaró la vlgencla de la Constltuclón de 1878. pero la
reformó sustanclalmente en algunos aspectos. Establecló el principio de descentrallzaclón. el
cual se mantuvo como un enunciado, puesto que hasta el presente no se ha dlctado la corres-
pondlente ley reglamentarla.
La Constitucibn deI 24 de enero de 1921 tntrodujo algunas reformas, entre éstas. la su-
preslón de la Vlcepresidencla.
Mediante el procedlmiento de referéndum realizado el 11 de enero de 1931 fueron tn-
corporados, por primera vez, el hábeas corpus, la autonomía unlversltarla y el réglmen econó-
mico social. EI período constitucional se fljó en cuatro afios y se establecló la Imposlbl1ldad de
la reelecclón para el período Inrnedlato para los cargos de presidente y vlcepresldente de la
República. Se Incorporó a la Contraloría General de la República y se tntrodujo la declaraclón
de la descentrallzaclón administrativa.
La Constitucibn deI 30 de octllbre de 1938 se caracterizó por receptar las Influencias deI
constitucionalismo social. Como consecuencla de ello modlflcó algunos de los prlnclplos con-
sagrados en la constltuclón liberal deI afio 1878. En este orden de Ideas, Introdujo los reglme-
nes social. faml1lar. cultural y dei campeslnado. Relatlvlzó el derecho de propledad considera-
do hasta entonces como absoluto. quedando aquél supedltado allnterés social.
La Constitución deI 24 de noviembre de 1945 Incorporó nuevas reformas de contenldo
social .. Establecló la norma según la cuallos Impuestos deben representar un sacrlflclo Igual
para todos en forma proporcionai y progreslva. Otorgó la cludadanía a las mujeres para el
sufragto en elecclones munlclpales. Fijó el período presidencial de seis afios.
La Constitucibn deI 4 de agosto de 1961 consagró el voto universal e Incorporó las refor-
mas logradas por la Revoluclón Nacional de 1952. entre las que cabe mencionar. Ia reforma
agrarla y la naclonallzaclón de las minas.
106
CONSTlTUC/ÓN POL/TlCA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE BOLN/A / ANrECEDEN7F:S Y REFORMAS

La Constitución deI 2 deJebrero de 1967 adoptó una distinta sistemática. dlvldléndose en


cuatro partes que se Inlclan con un título preliminar que contlene dlsposlclones generales
mediante las que se define la naturaleza dei Estado boliviano y su forma de gobiemo: la parte
prlmera que Incluye los titulos dedicados a los derechos y deberes fundamentales de la perso-
na. sus garantias. Ia naclonalidad y la c1udadania: la parte segunda sobre la organlzaclón y
funclonamlento de los poderes Legislativo. Ejecutlvo y Judicial: la parte tercera se refiere ai
réglmen económlco y financlero. ai réglmen de domlnlo sobre los blenes. a la política econó-
mica dei Estado. a las rentas y presupuestos dei Estado. ai réglmen social. agrarlo y campesi-
no. ai réglmen cultural. ai réglmen familiar. ai réglmen municipal. ai réglmen de las fuerzas
armadas. ai réglmen de la policía nacional. ai réglmen eleetora1, a los partidos y a los órganos
políticos. Cabe destacar que las normas relativas ai réglmen electoral y a los partidos políticos
fueron Incorporadas por prlmera vez en la constltución boliviana de 1967. dado que con ante-
rlorldad esta materla era regulada por la ley electoral. Tamblén signlficó un aporte de rele-
vancia la consagración dei recurso de amparo.
La parte cuarta trata sobre la prlmacía y la reforma de la constltuclón. A dicho efecto
establecía un ngldo procedlmlento que Imposibilltó su modlficación por largo tlempo. La ley
de declaraclón de la necesldad de la reforma podia ser objeto de conslderaclón reclén ai produ-
cirse la renovaclón deI Poder Legislativo. durante las prlmeras seslones dei nuevo penodo
constitucional. oportunidad en la cual debia ser aprobada por ambas câmaras con los dos
tercios de votos.
Por otra parte. Ia constltuclón de 1967 Introdujo modlficaclones en lo referido a la elec-
clón dei presidente y vlcepresldente de la República. Fljó la mayona absoluta de votos para la
elecclón dlrecta y la duraclón dei mandato en cuatro anos Improrrogables. Dlspuso que la
renovaclón total dei Poder Legislativo ctebe efectuarse transcurrtdo Igual penodo.
La últl~a reforma se lIevó a cabo mediante la ley 1585 dei 12 de agosto de 1994. Además
de las caractenstlcas anterlomente definidas en lo que atane a su forma de goblemo demo-
crática y representativa. y a su sistema de estado unltarlo. Ia nueva constltuclón Incorporó
-)05 concepto~-de naclón multlétnica y plurlcultural.
EI terrl'torlo fue dividido polítlcamente en Departamentos. EI Poder Ejecutlvo a nlvel
departamental quedó a cargo de un Prefecto y se ejerce de acuerdo a un réglmen de descen-
trallzaclón administrativa.
Fueron Incorporadas las slgulentes Instltuclones: el TrIbunal Constitucional. el Con-
sejo de la Judicatura. el Mlnlsterlo Público. el Defensor dei Pueblo y la Contralona General de
la República.
Se establecló la prlmacía constitucional y fue previsto un procedlmlento de reforma
más fiexible.

107
CONsmvCIÓN PoLlnCA D~L ESTADO DELA REPúBUCA DEBOUV/A / TEXTO

TíTULO PRE.LIMINAR
DISPOSICIONES GENERALÉS
Articulo 1. Bollvla. IIbre. Independlente. soberana. multlêtnlca y plurlcultural. constltulda
en República unltarla. adopta para su goblerno la forma democrãtlca representativa. fundada
en la unlón y la solldarldad de todos los bolivianos.
Articulo 2. La soberanía reside en el pueblo; es Inallenable e Imprescrlptlble; su ejerclclo
estã delegado a los poderes Legislativo. Ejecutlvo y Judicial. La Independencla y coordlnaclón
de estos poderes eslla base deI Goblemo. Las funciones deI poder público: legislativa. ejecuti-
va y judicial. no pueden ser reunidas en el mlsmo órgano.
Articulo 3. El Estado recdnoce y sostiene la rellglón católica. apostólica y romana. Garantlza
el ejerclclo público de todo otro culto. Las relaciones con la Iglesla Católica se reglrãn me-
diante concordatos y acuerdos entre el Estado Boliviano y la Santa Sede.
Articulo 4.
I. EI pueblo no delibera nl goblema. sino por medlo de sus representantes y de las auto-
ridades creadas por ley.
11. Toda fuerza armada o reunlón de personas Que se atrlhuya la soberanía deI pueblo
comete delito de sedlción.

PARTE PRIMERA
LA PERSONA coMO MIEMBRO DEL ESTADO

TITULO PRIMERO
DERECHOS Y DEBERES FUNDAMENTALES DE LAPERSONA
Articulo 5. No se reconoce nlngún gênero de servidumbre y nadle podrã ser obllgado a prestar
trabajos personales. sln su pleno consentlmlento y justa retrlbuclón. Los serviclos persona-
les sólo podrãn ser exiglbles cuando así lo establezcan las leyes.
Articulo 6.
I. Todo ser humano tlene personalldad y capacldadjuridlca. con arreglo·a las leyes.Goza
de los derechos. IIbertades y garantías reconocldos por esta Constltuclón. sln dlstlnclón
de raza. sexo. Idioma. rellglón. oplnlón política o de otra índole. orlgen. condlclóri econó-
mica o social. u otra cualqulera.
lI. La dlgnldad y la IIbertad de la persona son Invlolables. Respetarlas y protegerias es
deber primordial deI Estado.
Articulo 7. Toda persona tlene los slgulentes derechos fundamentales. conforme a las leyes
que reglamenten su ejerclclo:
a. A la vida. Ia salud y la segurldad;
b. A emitir IIbremente sus Ideas y oplnlones. por cualquier medio de dtfuslón;
c. A reunirse y asociarse para fines lícitos;
d. A trabajar y dedlcarse aI comercio. Ia Industrla o a cualquier activldad lícita. en con-
diciones que no peIjudlquen ai bien colectlvo;
e. A reclblr instrucción y adquirir cultura;
f. A ensenar bajo la vlgtlancla deI Estado;
g. A Ingresar. permanecer. transitar y sallr deI terrltorlo nacional;
h. A formulai peticiones individuaI y colecttvamente;
I. A la propiedad privada. individuai o colectlvamente. siempre que cumpla una función
social;
j. A una remuneración justa por su trabajo que le asegure para sí y su famt1ta una
existencia digna deI ser humano;
k. A la segurldad social. en la forma determinada por esta Constltución y las leyes.
Articulo 8. Toda persona tlene los siguientes deberes flmdamentales:
109
PARLAMENTO CULTURAL
, , DEL MERCOSUR (PARCUM)

a. De acatar y cumplir la Constltución y las Leyes de la República;


b. De trabajar, según su capacldad y poslbilidades, en actlvidades socialmente útiles;
c. De adquirir instrucclón por lo menos primaria;
d. De contribuir, en proporclón a su capacldad económlca, ai sostenlmlento de los servl-
cios públicos;
e. De aslstlr, alimentar y educar a sus hljos menores de edad, asi como de proteger y
socorrer a sus padres cuando se,hallen en sltuaclón de enfermedad, mlseria o desam-
paro;
f. De pr6star los se'rvlclos clviles y militares que la Naclón requlera para su desarrollo,
defensa Iy conservaclón; , '
g. De cooperar con los órganos deI Estado y la Comunidad en el servlcio y la seguridad
soclales;
h. De resgtlardar y proteger los blenes e intereses de la colectlvidad.

TÍTULO SEGUNDO
GARANTiAS DE LA PERSONA
Articulo 9.
I. Nadle puede ser detenido, arrestado ni puesto en prisión sino en los casos y según las
formas establecldas por ley, requiriêndose para la ejecución deI respectivo mandamiento
que êste emane de autoridad competente y sea Intimado por escrito.
11. La incomunicaclón no podrá imponerse sino en casos de notoria gravedad y de nin-
gún modo por más deveintlcuatro horas.
Articulo 10. Todo delincuente "In fragantl" puede ser aprehendido, aún sin mandamiento,
por cualquier persona, para el único objeto de ser conducido ante la autoridad o el juez compe-
tente, quien deberá tomarle su declaración en el plazo máximo de veintlcuatro horas.
Articulo 11. Los enc'ai-gados de las prislones no reciblrán a nadle como detenido, arrestado o
preso sin copúrr en su registro el mandamiento correspondlente. Podrán, sln embargo, reclbir
en el recinto de la prisión a los condticidos, con el objeto de ser presentados, cuando más
dentro de las 24 horas, aI juez competente.
Articulo 12. Queda prohibida toda especle de torturas, coacciones, exacciones o cualquier
forma de violencia física o moral bajo pena de destltuclón Inmedlata y sin perjuicio de las
sanciones a que se harán paslbles quienes las aplicaren, ordenaren, Instlgaren o consintleren.
Articulo 13. Los atentados contra la seguridad personal hacen responsables a sus autores
inmedlatos, sin que pueda servirles de excusa el haberlos cometido por orden superior.
Articulo 14. Nàdie puede ser juzgado por comlsiones especlales o sometldo a otros jueces que
los designados con anterioridad aI hecho de la causa, ni se lo podrá obligar a declarar contra si
mismo en materia penal, o contra sus parientes consanguineos hasta el cuarto grado inclu-
sive, o sus afines hasta el segundo, de acuerdo aI cómputo civil.
Articulo 15. Los funclonarios públicos que, sln haberse dlctado el estado de sitio, tomen me-
didas de persecuclón, confinamlento o destlerro de cludadanos y las hagan ejecutar, asi como
los que c1ausuren tmprentas y otros medlos de expreslón deI pensamiento e incurran en
depredaclones u otro gênero de abusos están sujetos ai pago de una indemnizaclón de danos
y perjulcios, siempre que se compruebe, dentro de julcio civil que podrá seguirse Indepen-
dlentemente de la acclón penal que corresponda, que tales medidas o hechos se adoptaron en
contravenclón a los derechos y garantias que establece esta Constituclón.
Articulo 16.
I. Se presume la inocencia deI encausado mientras no se pruebe su culpabilldad.
11. EI derecho dedefensa de ia persona en julcio es Inviolable.
m. Desde el momento de su detención o apresamiento, los detenidos t1enen derecho a
. ser aslstldos por un defensor.,
IV. Nadie puede ser condenado a pena alguna sln haber sido oido y juzgado previamente
en proceso legal; nl la sufrirá si no ha sido Impuesta por sentencia ejecutoriada y por
autoridad competente. La condena penal debe fundarse en una ley anterior ai proceso y
sólo se aplicarán las leyes posteriores cuando sean más favorables ai encausado.
CONsrrruC/ÓN POLtrtCA DEL ESTADO DE ui REPÚBLICA DE SOL/V/A / TEXTO

Articulo 17. No existe la pena de Infamla. nlla de muerte civil. En los casos de aseslnato.
parrlcldlo y tralclón a la Patrla. se aplicará la pena de trelnta anos de presldlo, sln derecho a
Indulto. Se entlende por tralclón. Ia compllcldad con el enemigo durante el estado de guerra
extranjera.
Articulo 18.
I. Toda persona que creyere estar Indeblda o Ilegalmente perseguida. detenlda. proce-
sada o presa podrá ocurrlr. por sí o por cualqulera a su nombre. con poder notarlado o sln
él. ante la Corte Superior dei Distrito o ante cualquler Juez de Partido. a elecclón suya,
en demanda de que se guarden las formalidades legales. En los lugares donde no hublere
Juez de Partido la demanda podrá Interponerse ante unJuez Instructor.
11. La autoridad judicial seftalará de Inmedlato día y hora de audlencla pública, dlspo-
nlendo que el autor sea conducldo a su presencia. Con dlcha orden se practlcará c1ta-
clón personal o por cédula en la oficina de la autoridad demandada. orden que será
obedecida sln observaclón nl excusa. tanto por aquélla cuanto por los encargados de las
cárceles o lugares de detenclón sln que éstos. una vez citados. puedan desobedecer
arguyendo orden superior.
111. En nlngún caso podrá suspenderse la audlencla. Instrulda de los antecedentes. Ia
autoridad judicial dlctará sentencia en la mlsma audlencla ordenando la IIbertad. ha-
clendo que se reparen los defectos legales o ponlendo ai demandante a dlsposlclón dei
juez competente. EI fallo deberá ejecutarse en el acto. La declslón que se pronuncie se
elevará en reVlslón, de oficio. ante el TrIbunal Constitucional. en el plazo de velntlcua-
tro horas. sln que por ello se suspenda la ejecuclón dei fallo.
IV. SI el demandado después de aslstlr a la audlencla la abandona antes de escuchar la
sentencia. ésta será notificada válldamente en estrados. SI no concurrlere. Ia audlen-
cla se lIevará a efecto en su rebeldía, y oída la exposlclón dei actor o su representante.
se dlctará sentencia.
V. Los funclonarlos públicos o personas particulares que reslstan las declslones judl-
clales. en los casos previstos por este artículo. serán remitidos. por orden de la autori-
dad que conocló el "hábeas corpus". ante el Juez en lo Penal. para sujuzgamlento como
reos de atentado contra las garantias constltuclonales.
VI. La autoridad judicial que no procedlera conforme a lo dlspuesto por este artículo
quedará sujeta a sanclón con arreglo ai Art. 123. atrlbuclón 3 de esta Constltuclón.
Articulo 19.
I. Fuera dei recurso de "habeas corpus" a que se reflere el artículo anterior. se establece
el recurso de amparo contra los actos lIegales o las omlslones Indebldas de los funclona-
rios o particulares que restrlnjan. supriman o amenacen restringir o suprimir los dere-
chos y garantias de la persona reconocldos por esta Constltuclón y las leyes.
11. EI recurso de amparo se Interpondrá por la persona que se creyere agravlada o pór
otra a su nombre con poder suficiente -salvo lo dlspuesto en el Art. 129 de esta Constl-
tuclón- ante las Cortes Superiores en las capltales de Departamento o ante los Jueces
de Partido en las proVlnclas. tramltándoselo en forma sumaríslma. EI Mlnlsterio Públi-
co podrá tamblén Interponer de oficio este recurso cuando no lo hlciere o no pudlere
hacerlo la persona afectada.
111. La autoridad o la persona demandada será citada en la forma prevista por el articulo
anterior a objeto de que preste Informaclón y presente. en su caso. los actuados concer-
nlentes ai hecho denunciado, en el plazo máximo de cuarenta y ocho horas.
IV. La resoluclón final se pronunciará en audlencla pública Inrnedlatamente de reclbl-
da la Informaclón dei denunciado y. a falta de ella, lo hará sobre la base de la prueba que
ofrezca el recurrente. La autoridad judicial examinará la competencla dei funclonarlo o
los actos deI particular y, encontrando cierta y efectlva la denuncia. concederá el ampa-
ro solicitado siempre que no hublere otro medio o recurso legal para la protecclón Inme-
dlata de los derechos y garantias restringidos. suprimidos o amenazados. elevando de
oficio su resoluclón ante el TrIbunal Constitucional para su reVlslón. en elplazo de
velntlcuatro horas.
V. Las determlnaclones previas de la autoridad judicial y la declslón final que conceda
lU
PARLAMENro CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

el amparo serán ejecutadas inrnediatamente y sin observación. aplicándose. en caso de


resistencia. lo dispuesto en el artículo anterior.
ArUculo20.
I. Son inviolables la correspondencia y los papeles privados. los cuales no podrán ser
incautados sino en los casos detennlnados por las leyes y en virtud de orden escrita y
motivada de autoridad competente. No producen efecto legal los documentos privados
que fueren violados o sustraídos.
11. Nila autoridad pública. ni persona u organismo alguno podrán interceptar conversa-
ciones y comunicaclones privadas mediante instalación que las controle o centralice.
ArUculo 21. Toda casa es un asilo inviolable; de noche no se podrá entrar en ella sin consen-
tlmiento dei que la habita. y de día sólo se franqueará la entrada a requisición. escrita y
motivada de autoridad competente. salvo el caso dei delito "in fragantl".
ArUculo22.
I. Se garantlza la propiedad privada siempre que el uso que se haga de ella no sea
perjudiclal al interés colectlvo.
11. La expropiación se impone por causa de utllldad público o cuando la propiedad no
cumple una función social. calificada confonne a ley y previa indemnización justa.
ArUculo 23. Jamás se aplicará la confiscación de bienes como castigo político.
ArUculo 24. Las empresas y súbditos extranjeros están sometldos a las leyes bolivianas. sin
que en ningún caso puedan invocar situación excepcional ni apelar a reclamacionesdiplo-
mátlcas.
ArUculo 25. Dentro de cincuenta kilómetros de las fronteras. los extranjeros no pueden ad-
quirir ni poseer. por ningún título. suelo ni subsuelo. directa o indirectamente. individual-
mente o en sociedad. bajo pena de perder. en beneficio dei Estado. Ia propiedad adquirida.
excepto el caso de necesidad nacional declarada por ley expresa.
ArUculo 26. Ningún Impuesto es obligatorio sino cuando ha sido establecido confonne a las
prescripciones de la Constltución. Los perjudlcados pueden interponer recursos ante el Tri-
bunal Constitucional contra los impuestos i1egales. Los impuestos municipales son obllgato-
rios cuando en su creación han sido observados los requisitos constltucionales.
ArUculo 27. Los lmpuestos y demás cargas públicas obligan igualmente a todos. Su creación.
distribuéión y supresión tendrán carácter general. debiendo detenninarse en relación a un
sacrificio igual de los contribuyentes en fonna proporcional o progresiva. según los casos.
ArUculo 28. Los bienes de la Iglesia. de las órdenes y congregaciones religiosas y de las
instltuciones que ejercen labor educativa. de asistencia y de beneficencia. gozan de los mis-
mos derechos y garantías que los pertenecientes a los particulares.
ArUculo 29. Sólo el Poder Legislativo tlene facultad para alterar y modificar los códigos. así
como para dictar reglamentos y disposiciones sobre procedimientos judiciales.
ArUculo 30. Los poderes públicos no podrán delegar las facultades que les confiere esta Cons-
tltución. ni atribuir ai Poder Ejecutlvo otras que las que expresamente les están acordadas
por ella.
ArUculo 31. Son nulos los actos de los que usurpen funciones que no les competen. así como
los actos de los que ejerzan jurisdicción o potestad que no emane de la ley.
ArUculo 32. Nadie será obligado a hacer lo que la Constltución y las leyes no manden. ni a
privarse de lo que ellas no prohiban.
ArUculo 33. La ley sólo dispone para lo venidero y no tlene efecto retroactivo. excepto en
materia social cuando lo detennine expresamente. y en materia penal cuando beneficie al
delincuente.
ArUculo 34. Los que vulneren derechos y garantías constltucionales quedan sujetos a la
jurisdicción ordinarla.
ArUculo 35. Las declaraciones. derechos y garantías que proclama esta Constltución no se-
rán entendidos como negación de otros derechos y garantias no enunciados que nacen de la
soberania deI pueblo y de la fonna republicana de gobiemo.

112
CONSTITUCIÓN POLfrlCA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE BOLlVIA / TEXTO

TITULO TERCERO
NACIONALIDAD Y CIUDADANIA
CAPITULO I
NACIONALIDAD
Articulo 36. Son bolivianos de orlgen:
1. Los nacldos en el terrltorlo de la República. con excepclón de los hljos de extranjeros
que se encuentren en Bollvla ai servlclo de su goblemo.
2. Los nacldos en el extranjero de padre o madre bolivianos por el sólo hecho de avecln-
darse en el terrltorlo nacional o de Inscrlblrse en los consulados.
Articulo 37. Son bolivianos por naturallzaclón:
1. Los espaiíoles y latlnoamerlcanos que adquleran la naclonalldad boliviana sln hacer
renuncia de la de su orlgen. cuando existan. a título de reclprocldad. convenlos de na-
clonalldad plural con sus goblemos respectivos.
2. Los extranjeros que hablendo residido dos afios en la República declaren su voluntad
de adquirir la naclonalidad boliviana y obtengan carta de naturallzaclón conforme a ley.
EI tlempo de permanencla se reduclrá a un afio tratándose de extranjeros que se en-
cuentren en los casos slgulente~:
a. Que tenga cónyuge o hljos bolivianos.
b. Que se dedlquen regularmente ai trabajo agrlcola o Industrial.
c. Que ejerzan funciones educativas. cientificas o técnicas.
3. Los extranjeros que a la edad legalmente requerida presten el servlclo militar.
4. Los extranjeros que por sus servlclos ai país la obtengan de la Câmara de Senadores.
Articulo 38. La mt~er boliviana casada con extranjero no plerde su naclonalldad. La mujer
extranjera casada con boliviano adqulere la naclonalidad de su marido. slempre que resida
en el país y manlfleste su conformldad; y no la plerde aún en los casos de viudez o de divorciO:
Articulo 39. La naclonalldad boliviana se plerde por adquirir naclonalldad extranjera. bas-
tando para recobrarIa domlcillarse en Bollvla exceptuando a qulenes se acojan ai réglmen de
naclonalldad plural en vlrtud de convenlos que a este respecto se flnnen.
CAP[TULO 11
CIUDADANIA
Articulo 40. La cludadanía consiste:
1. En concurrlr como elector o eleglble a la formaclón o ai ejerclclo de los poderes públicos.
2. En el derecho a ejercer funciones públicas. sln otro requisito que la Idoneldad. salvo
las excepclones establecldas por ley.
Articulo 41. Son cludadanos los bolivianos. varones y mujeres mayores de dleclocho afios de
edad. cualesqulera sean sus niveles de Instrucclón. ocupaclón o renta.
Articulo 42. Los derechos de cludadanía se suspenden:
1. Por tomar armas o prestar servlclos en ejérclto enemlgo en tlempo de guerra.
2. Por defraudaclón de caudales públicos o qulebra fraudulenta declarada. previa sen-
tencia ejecutorlada y condenatorla a pena corporal.
3. Por aceptar funciones de goblemo extranjero. sln perrnlso deI Senado. excepto los
cargos y mlslones de los organismos Intemaclonales. religiosos. unlversltarlos y cultu-
rales en general.

TITULO CUARTO
FUNCIONARIOS PÚBLICOS
Articulo 43. Una leyespeclal establecerá el Estatuto de Funclonarlo Público sobre la base deI
principio fundamental de que los funclonarlos y empleados públicos son servidores exclusivos
de los lntereses de la colectlvldad y no de parclalldad o partido político alguno.
Articulo 44. EI Estatuto deI Funclonarlo Público establecerá los derechos y deberes de los
113
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

funcionarlos y empleados de la Administración y contendrá las disposiciones que garanticen


la carrera administrativa, asi como la dignidad y eficacia de la función pública.
Artículo 45. Todo funcionarlo público, civil, militar o eclesiástico está obligado, antes de to-
mar posesión de un cargo público, a declarar expresa y especificamente los bienes o rentas
que tuviere, que serán verificados en la forma que determine la ley.

PARTE SEGUNDA
EL ESTADO BOLIVIANO
TÍTULO I
PODER LEGISLATIVO

CAPíTULO I
DISPOSICIONES GENERALES
Artícul046.
1. EI Poder Legislativo reside en el Congreso Nacional compuesto de dos Câmaras: una
de Diputados y otra de Senadores.
2. EI Congreso Nacional se reunirá ordinariamente cada afio en la capital de la Repúbli-
ca, el dia seis de agosto, aun cuando no hubiese convocatoria. Sus sesiones durarán
noventa dias útiles, prorrogables hasta ciento veinte, a juicio dei mismo Congreso o a
petición deI Poder Ejecutivo. Si ajuicio de éste conviniese que el Congreso no se reúna
en la capital de la República, podrá expedir la convocatoria seiialando otro lugar.
Artículo 47. EI Congreso puede reunirse extraordinariamente por acuerdo de la mayoria ab-
soluta de sus miembros o por convocatoria dei Poder Ejecutivo. En cualquiera de estos casos
sólo se ocupará de los negocios consignados en la convocatoria.
Artículo 48. Las Câmaras deben funcionar con la mayoría absoÍuta de sus miembros, a un
mismo tiempo, en el mismo lugar, y no podrá comenzar o terminar la una sus funciones en
un dia distinto de la otra.
Artículo 49. Los Senadores y Diputados podrán ser elegidos Presidente o Vicepresidente de la
República, o designados Ministros de Estado, o Agentes Diplomáticos, o Prefectos de Departa-
mento, quedando suspensos de sus funciones legislativas por el tiempo que desempeiien
aquel10s cargos. Fuera de el10s no podrán ejercer otros dependientes de los poderes Ejecutivo
o Judicial.
Artículo 50. No podrán ser elegidos representantes nacionales:
1. Los funcionarios y empleados civiles, los militares y policias en servicio activo y los
eclesiásticos con jurisdicción que no renuncien y cesen en sus funciones y empleos
por lo menos sesenta dias antes dei veriflcativo de la elección. Se exceptúan de esta
disposición los rectores y catedráticos de Universidad.
2. Los contratistas de obras y servicios públicos: los administradores, gerentes y direc-
tores, mandatarios y representantes de sociedades o establecimientos en que tiene
participación pecuniarla el Fisco y los de empresas subvencionadas por el Estado: los
administradores y recaudadores de fondos públicos mientras no finiquiten sus contra-
tos y cuentas.
Artículo 51. Los Senadores y Diputados son Inviolables en todo tiempo por las opiniones que
emitan en el ejercicio de sus funciones.
Artículo 52. Nlngún Senador o Diputado, desde el dia de su elección hasta la finalización de
su mandato, sin discontinuldad, podrá ser acusado, perseguido o arrestado en ninguna mate-
ria, si la Cánlara a la que pertenece no da licencia por dos tercios de votos. En materia civil no
podrá ser demandado ni arraigado desde sesenta dias antes de la reunión dei Congreso hasta
el término de la distancia para que se restituya a su domicilio.
Artículo 53. EI Vicepresidente de la República goza en su carácter de Presidente nato deI
Congreso Nacional y deI Senado, de las mismas Inmunidades y prerrogativas acordadas a
Senadores y Dlputados.
114
CONSTrruCIÓN POLfrlCA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE SOL/VIA / TEXTO

Articulo 54.
I. Los Senadores y Dlputados no podrán adquirir nl tomar en arrendamiento. a su nom-
bre o en el de tercero. blenes públicos. nl hacerse cargo de contratos de obra o de apro-
vlsionamlento con el Estado. nl obtener deI mismo conceslones u otra clase de ventajas
personales. Tampoco podrán. durante el período de su mandato. ser funclonarlos. em-
pleados. apoderados nl asesores o gestores de entidades autárquicas. nl de sociedades o
de empresas que negoclen con el Estado.
11. La contravención a estos preceptos importa pérdlda deI mandato popular. mediante
resoluclón de la respecttva Cámara. conforme aI articulo 67. atribución 4 de esta Cons-
tituclón.
Articulo 55. Durante el periodo constitucional de su mandato los Senadores y Diputados po-
drán dirigir representaciones a los funcionarlos dei Poder Ejecuttvo para el cumplimlento de
las disposiciones legales. Podrán también gestionar mejoras para sattsfacer las necesidades
de, sus distritos electorales.
Articulo 56. Cuando un ciudadano sea elegido Senador y Diputado. aceptará el mandato que
él prefiera. SI fuese elegido Senador o Dlputado por dos o más Departamentos. lo será por el
distrito que él escoja.
Articulo 57. Los Senadores y Dlputados pueden ser reelectos y sus mandatos son renunciables.
Articulo 58. Las sesiones deI Congreso y de ambas Cámaras serán públicas. y sólo podrán
hacerse secretas cuando dos tercios de sus mlembros asi lo determinen.
Articulo 59. Son atribuclones deI Poder Legislativo:
1. Dlctar leyes. abrogarIas. derogarlas. modificarIas e Interpretarias.
2. A Iniciativa dei Poder Ejecutivo. Imponer contribuclones de cualquler clase o natura-
leza. suprimir las existentes y determinar su carácter nacional. departamental o unl-
versltarlo. asi como decretar los gastos flscales. Sln embargo. el Poder Legislativo. a
pedido de uno de sus mlembros. podrá requerir deI Ejecutivo la presentación de proyec-
tos sobre aquellas materias. Si el Ejecutivo. en el término de velnte dias. no presentase
el proyecto solicitado. el representante que lo requlrió u otro parlamentarlo podrá pre-
sentar el suyo para su consideraclón y aprobaclón. Las contribuclones se decretarán
por tlempo indefinido. salvo que las leyes respectivas seiialen un plazo determinado
para su vigencia.
3. FiJar. para cada gestión financlera. los gastos de la Admlnlstraclón Pública. previa
presentación deI proyecto de presupuestopor el Poder Ejecutivo.
4. Considerar los planes de desarrollo que el Poder Ejecutivo pase a su conoclmlento.
5. Autorlzar y aprobar la contratación de empréstltos que comprometan las rentas genera-
les dei Estado. asi como los contratos relativos a la explotación de las riquezas nacionales.
6. Conceder subvenciones o garantias de Interés para la realización e Incremento de
obras públicas y de necesldad social.
7. Autorizar la enajenaclón de blenes naclonales. departamentales. municipales. unl-
versltarlos y de todos los que sean de dominlo público.
8. Autorizar ai Ejecutlvo la adqulslclón de bienes Inmuebles.
9. Autorizar a las universidades la contrataclón de empréstltos.
10. Establecer el sistema monetarlo y el de pesas y medidas.
11. Aprobar aflualmente la cuenta de gastos e inverslones que debe presentar el Ejecu-
tivo en la primera sesión de cada legislatura.
12. Aprobar los tratados. concordatos y convenlos Internaclonales.
13\Ejercltar Influencia diplomática sobre actos no consumados o compromlsos Interna-
clonales dei Poder Ejecutivo.
14. Àprobar. en cada legislatura, la fuerza militar que ha de mantenerse en tiempo de paz.
15. Permitir el trânsito de tropas extranjeras por el terrltorio de la República. determi-
nando el tiempo de su permanencla.
16. Autorizar la sallda de tropas naclonales dei terrltorio' de la República. determinando
el tiempo de su ausencla.
115
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

17. A Iniciativa deI Poder EJecutlvo. crear y suprimir empleos públicos. senalar sus
.atrlbuclones y fijar sus emolumentos.
EI Poder Legislativo podrá aprobar. rechazar o dismlnulr los servicios. empleos o
emolumentos propuestos. pero no podrá aumentarIos. salvo los que correspondan al
Congreso Nacional.
18. Crear nuevos departamentos. provinclas. secclones de provincias y cantones, así
como fijar sus Iímites, habilitar puertos mayores y establecer aduanas.
19. Decretar amnistia por delitos políticos y conceder indulto. previo informe de la Corte
Suprema de Justlcia.
20. Nombrar. en sesión deI Congreso. a los Ministros de la Corte Suprema de Justlcla, a los
Magistrados deI Tribunal Constitucional. a los Consejeros de la Judicatura. al Fiscal Ge-
neral de la República y al defensor deI Pueblo, por dos tercios de votos de sus rnlembros.
21. Designar representantes ante las Cortes Electorales.
22. Ejercer, a través de las Comisiones de ambas Câmaras. Ia facultad de fiscallzación
sobre las entidades autónomas, autárquicas, semiautárquicas y sociedades de econo-
mia mixta. .

CAPíTULO"
CÁMARA DE DIPUTADOS
Articulo 60.
I. La Câmara de Diputados se compone de ciento treinta miembros.
11. En cada departamento. Ia mitad de los Diputados se eligen en circunscrlpciones
uninominales. La otra mitad en circunscripciones plurinominales departamentales,
de listas encabezadas por los candidatos a Presidente. Vicepresidente y Senadores de Ia
República. Los candidatos son postulados por los partidos políticos.
m. Las clrcunscripciones uninomlnales deben tener contlnuidad geográfica. aflnidad y
armonia territorial. no trascender los limites de cada departamento y basarse en crite-
rios de población. La Corte Nacional Electoral delimitará las circunscrlpciones
uninominales.
IV. Los Diputados son elegidos en votación universal. dlrecta y secreta. En las circuns-
crlpciones uninomlnales por simple mayoría de sufragios. En las circunscripciones
plurínominales mediante el sistema de representación que establece la ley.
V. EI número de Diputados debe reflejar la votación proporcional obtenida por cada partido.
VI. La distrlbución deI total de escafios entre los departamentos se determina por ley en
base aI número de habitantes de cada uno de ellos, de acuerdo al último Censo Nacio-
nal. Por equidad la ley asignará un número de escafios mínimo para los departamentos
con menor población y con menor grado de desarrollo económico. Si la distrlbuclón de
escafios para cualquier departamento resultare impar. se dará preferencia a la asigna-
clón de escafios uninomlnales.
VII. Los Diputados ejercen sus funciones por cinco afios y la renovación de la Câmara
será total.
Articulo 61. Para ser Dlputado se requiere:
1. Ser boliviano de origen y haber cumplido los deberes militares.
2. Tener veinticinco afios de edad cumplidos el dia de la elección.
3. Estar Inscrito en el Registro Electoral.
4. Ser postulado por un partido político o por agrupaclones cívicas rc'!presentativas de las
fuerzas vivas deI pais. con personalidadjurídica reconocida. formando bloques o frentes
con los partidos políticos.
5. No haber sido condenado a pena corporal. salvo rehabilltación concedida por el Sena-
do; nl tener pliego de cargo o auto de culpa eJecutoriados. ni estar comprendldo en los
casos de exclusión y de incompatibilldad establecidos por la ley.
Articulo 62. Corresponde a la Câmara de Diputados:
1. La iniciativa en el ejerclclo de las atríbuclones 3. 4. 5 Y 14 deI Art. 59.
2. Considerar la cuenta deI estado de sitio que debe presentar el Ejecutivo. aprobándola
o abriendo responsabllldad ante el Congreso.
116
CONSTITUCIÓN POLfrlCA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE SOLlVIA / TEXTO

3. Acusar ante el Senado a los Ministros de la Corte Suprema. a los Magistrados dei
Tribunal Constitucional, a los Consejeros de la Judicatura y Fiscal General de la Repú-
blica por delitos cometidos en el ejerclclo de sus funciones.
4. Proponer temas ai Presidente de la República para la deslgnaclón de presidentes de
entidades económlcas y soclales en que participe el Estado.
5. Ejercer las demás atribuclones que le senalen la Constltuclón y las leyes.

CAPíTULO 111
CÁMARADESENADORES
Articulo 63. EI Senado se compone de tres Senadores por cada Departamento, elegidos me-
diante voto universal dlrecto: dos por mayoría y uno por mlnoría, de acuerdo a ley.
Articulo 64. Para ser Senador se neceslta tener trelnta y cinco anos cumplidos y reunir los
requisitos exigidos para Dlputado.
Articulo 65. Los Senadores ejercerán sus funciones por el término senalado para los Diputa-
dos. con renovaclón total ai cumplimlento de este período.
Articulo 66. Sono atribuclones de esta Cámara:
1. Tomar conoclmlento de las acusaciones hechas por la Cámara de Diputados a los
Ministros de la Corte Suprema, Magistrados dei Tribunal Constitucional. Consejeros de
la Judicatura y Fiscal General de la República. conforme a esta Constltuclón y la ley.
EI Senado juzgará en única Instancla a los Ministros de la Corte Suprema, a los
Magistrados dei Tribunal Constitucional, a los Consejeros de la Judicatura y ai Fiscal
General de la República Imponléndoles la sanclón y responsabllldad correspondlentes
por acusaclón de la Cámara de Dlputados motivada por querella de los ofendidos o a
denuncia de cualquler cludadano.
En los casos previstos por los párrafos anteriores será necesario el voto de dos
terclos de los mlembros presentes. Una ley especial dlspondrá el procedimlento y for-
malidades de estos julclos.
2. Rehabllltar como bolivianos, o como ctudadanos, a los que hublesen perdido estas
calldades.
3. Autorizar a los bolivianos el ejerclclo de empleos y la admlslón de títulos o emólu-
mentos de goblemo extranjero.
4. Aprobar las ordenanzas munlclpales relativas a tasas y patentes.
5. Decretar honores públicos a qulenes lo merezcan por servlcios eminentes a la Naclón.
6. Proponer temas ai Presidente de la República para la elecclón de Contralor General
de la República y Superintendente de Bancos.
7. Conceder premlos pecunlarios, por dos terclos de votos.
8. Aceptar o negar, en votaclón secreta, los ascensos a General de Ejérclto, de Fuerza
Aérea, de Dlvlslón, de Brigada, Almirante. Vlcealmlrante, Contralmlrante de las Fuer-
zas Armadas de la Naclón, y General de la Policia Nacional, propuestos por el Poder
Ejecutlvo.
9. Aprobar o negar el nombramlento de Embajadores y Ministros Plenlpotenciarios pro-
puestos por el Presidente de la República.

CAPíTULO IV
ELCONGRESO
Articulo 67. Son atribuctones de cada Cámara:
1. Callficar las credenclales otorgadas por las Cortes Electorales.
Las demandas de inhabllldad de los elegidos y de nulidad de las elecciones sólo
podrán ser interpuestas ante la Corte Nacional Electoral. cuyo fallo será trrevlsable por
las Cámaras. SI ai callficar credenciales no demandadas ante la Corte Nacional Electo-
ral la Cámara encontrare motivos de nulidad, remitirá el caso. por resoluclón de dos
terclos de votos, a conoclmiento y declsión de dicho tribunal. Los fallos se dlctarán en el
plazo de quince días.
117
PARLAMENTO CUL7VRAL OEL MERCOSUR (PARCUMJ

2. Organizar su Mesa Dlrectlva.


3. Dlctar su reglamento y correglr sus Infracclones.
4. Separar temporal o definitivamente, con el acuerdo de dos tercios de votos, a cuales-
qulera de sus miembros por graves faltas cometidas en el ejerciclo de sus funciones.
5. Fljar las dietas que percibirán los legisladores; ordenar el pago de sus presupuestos;
nombrar y remover su personal administrativo y atender todo los relativo a su economia
y réglmen Interior.
6. Realizar las investlgaclones que fueren necesanas para su funclón constitucional,
pudlendo designar comlsiones entre sus miembros para que faclllten esa tarea.
7. Aplicar sanciones a qulenes cometan faltas contra la Câmara o sus mlembros, en la
forma que establezcan sus reglamentos, deblendo asegurarse en éstos, el derecho de
defensa.
Articulo 68. Las Câmaras se reunirán en Congreso para los slgulentes fines:
1. Inaugurar y clausurar sus sesiones.
2. Verificar el escrutlnlo de las actas de elecciones de Presidente y Vlcepresidente de la
República, o designarlos cuando no hubieran reunido la pluralldad absoluta de votos,
conforme a las disposiciones de esta Constltuclón.
3. Recibir el juramento de los dignatanos mencionados en el párrafo anterior.
4. Admitir o negar la renuncia de los mismos.
5. Ejercitar las atrlbuclones a que se refleren los Incisos 11 y 13 deI Art. 59.
6. Considerar las leyes vetadas por el Ejecutlvo.
7. Resolver la declaratorla de guerra a petlclón deI Ejecutivo.
8. Determinar el número de efectlvos de las Fuerzas Armadas de la Nación.
9. Considerar los proyectos de Ley que. aprobados en la Câmara de origen. no lo fueren
por la Câmara revisora.
10. Ejercitar las facultades que les corresponden conforme a los articulos 111. 112. 113
Y 114 de esta Constltución.
11. Autorizar el enjulclamiento deI Presidente y Vlcepresldente de la República, Minis-
tros de Estado y Prefectos de Departamento con arreglo a la atrlbuclón 5 deI Art. 118 de
esta Constltuclón.
12. Designar a los Ministros de la Corte Suprema de Justlcla. a los Magistrados deI
TrIbunal Constitucional. a los Consejeros de la Judicatura. ai Fiscal General de la Re-
pública y ai Defensor deI Pueblo. de acuerdo a lo previsto en los artículos 117. 119. 122,
126 Y 128 de esta Constltuclón.
Articulo 69. En nlngún caso podrá delegar el Congreso a uno o más de sus mlembros, ni a otro
Poder. Ias atrlbuclones que tlene por esta Constltución.
Articulo 70.
I . A Iniciativa de cualquler parlamentano. Ias Câmaras pueden pedir a los Mlinlstros
de Estado Informes verbales o escritos con fines legislativos, de Inspecclón o flscaliza-
clón y proponer Investlgaciones sobre todo asunto de Interés nacional.
11. Cada Câmara puede, a iniciativa de cualquier parlamentano. Interpelar a los Minis-
tros de Estado. IndividuaI o colectlvamente y acordar la censura de sus actos por mayo-
ria absoluta de votos de los representantes nacionales presentes.
m. La censura tlene por flnalidad la modlflcaclón de las políticas y deI procedlmlento
Impugnados. e Implica la renuncia deI o de los Ministros censurados. Ia mlsma que
podrá ser aceptada o rechazada por el Presidente de la República.

CAPíTULO V
PROCEDIMIENTO LEGISLATIVO
Articulo 71.
I. Las leyes. exceptuando los casos previstos por las atrlbuClones 2.3.4, 5 Y 14 deI Art.
59. pueden tener orlgen en el Senado o en la Câmara de Dlputados. a proposlclón de uno
o más de sus mlembros, dei Vlcepresidente de la República. o por mensaje deI Poder
118
CONSTITUCIÓN POLfrlCA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE SOLlVIA / TEXTO

Ejecutlvo a condlclón. en este caso. de que el proyecto sea sostenldo en los debates por el
Ministro dei respectivo despacho.
11. La Corte Suprema podrá presentar proyectos de ley en materlajudlclal y reforma de
los códigos mediante mensaje dirigido al Poder Legislativo.
Articulo 72. Aprobado el proyecto de ley en la Câmara de orlgen. pasará Inmedlatamente
para su dlscuslón a la Câmara revisora. SI la Câmara revisora lo aprueba. será enviado ai
Poder Ejecutlvo para su promulgaclón.
Articulo73. EI proyecto de ley que fuere desechado en la Câmara de orlgen no podrá ser
nuevamente propuesto. en nlnguna de las Câmaras. hasta la legislatura slgulente.
Articulo 74.
I. SI la Cámara revisora se limita a enmendar o modificar el proyecto. éste se conside-
rará aprobado. en caso de que la Cámara de orlgen acepte por mayoría absoluta las
enmlendas o modlflcaclones.Pero si no las acepta o si las corrige y altera. Ias dos Cá-
maras se reunirão a convocatorla de cualqulera de sus Presidentes dentro de los veln-
te dias para deliberar sobre el proyecto.
11. En caso de aprobaclón será remitido al Ejecutlvo para su promulgaclón como ley de la
República; mas. si fuese desechado. no podrá ser propuesto de nuevo sino en una de las
Legislaturas slgulentes.
Articulo 75. En caso de que la Cámara revisora deje pasar velnte dias sln pronunclarse sobre
el proyecto de ley. Ia Câmara de orlgen reclamará su despacho. con un nuevo término de dlez
dias. al cabo de los cuales será considerado en sesión de Congreso.
Articulo 76.
1. Toda ley sancionada por el Poder Legislativo podrá ser observada por el Presidente de
la República en el término de dlez dias desde aquél en que la hublere recibido.
2. La ley no observada dentro de los dlez dias. será promulgada. SI en este término
recesare el Congreso. el Presidente dela República publicará el mensa,je de sus obser-
vaclones para que se considere en la próxima Legislatura.
Articulo 77.
I. Las observaclones dei Ejecutlvo se dirlglrán a la Câmara de orlgen. SI ésta y la revi-
sora reunidas en Congreso. Ias hallan fundadas y modlflcan la ley conforme a ellas. Ia
devolverão ai Ejecutlvo para su promulgaclón.
11. SI el Congreso declara Infundadas las observaclones. por dos terclos de los mlembros
presentes. el Presidente de la República promulgará la ley dentro de otros dlez dias.
Articulo 78. Las leyes no vetadas o no promulgadas por el Presidente de la República en el
término de dlez dias. desde su recepclón. serão promulgadas por el Presidente dei Congreso.
Articulo 79. Las resoluclones camarales y legislativas no necesltan promulgaclón dei Ejecu-
tlvo.
Articulo 80.
I. La promulgaclón de las leyes se hará por el Presidente de la República en esta forma:
.Por cuanto. el Congreso Nacional ha sancionado la slgulente ley•.
•Por tanto. Ia promulgo para que se tenga y cumpla como ley de la República•.
11. Las declslones parlamentarlas se promulgarão en esta forma:
.EI Congreso Nacional de la República. Resuelve.:
.Por tanto. cúmplase con arreglo a la Constltuclón•.
Articulo 81. La ley es obligatorla desde el dia de su publicaclón. salvo dlsposlclón contraria
de la mlsma ley.

CAPíTULO VI
COMISIÓN DE CONGRESO
Articulo 82.
1. Durante el receso de las Câmaras funcionará una Comlslón dei Congreso compues-
ta de nueve Senadores y dleclocho Dlputados. qulenes con sus respectivos suplentes.
119
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

serán elegidos por cada Cámara de modo que reflejen en lo poslble la composlclón teni-
tOrlal deI Congreso.
2. Estará presidida por el Vlcepresidente de la Repúbllca y la integrarán el Presidente
Electivo deI Senado y el Presidente de la Cámara de Dlputados. en calldad de Vlce-
presidentes prlmero y segundo. respectivamente.
3. EI reglamento correspondlente establecerá la forma y oportunldad de elecclón de la
Comisión deI Congreso y su réglmen interno.
ArticulG 83. Son atrlbuclones de la Comislón deI Congreso:
1. Velar por la observancia de la Constituclón y el respeto a las garantias cludadanas. y
acordar para estos fines las medidas que sean procedentes.
2. Ejercer funciones de investigaclón y supervigilancla general de la Admlnistraclón
Públlca. dirlgiendo ai Poder Ejecutivo las representaclones que sean pertinentes.
3. Pedir ai Ejecutivo. por dos tercios de votos deI total de sus mlembros. Ia convocatoria
a sesiones extraordlnarlas dei Congreso cuando asi lo exija la Importancla y urgencia
de algún asunto.
4. Informar sobre todos los asuntos que queden sin resolución a fln de que sigan
tramitándose en el periodo de seslones.
5. Elaborar proyectos de ley para su conslderaclón por lasCámaras.
Articulo 84. La Comisión deI Congreso dará cuenta de sus actos ante las Cámaras en sus
prlmeras sesiones ordinarlas.

TíTULO SEGUNDO
PODER EJECUTIVO
CAPíTULO I
PRESIDENTE DE LA REPÚBLICA
Articulo 85. EI Poder Ejecutivo se ejerce por el Presidente de la República conjuntamente con
los Ministros de Estado.
Articulo 86. EI Presidente de la República será elegido por sufraglo directo. AI mlsmo tiempo
y en igual forma se elegirá ai Vicepresidente.
Articulo 87.
I. EI mandato improrrogable deI Presidente de la Repúbllca es de cinco afios. EI Presi-
dente puede ser reelecto por una sola vez después de transcunido cuando menos un
período constitucional.
11. EI mandato Improrrogable deI Vlcepresidente es tamblén de cinco afios. EI Vlcepresl-
dente no puede ser elegido Presidente nl Vicepresidente de la Repúbllca en el período
sigulente aI que ejerctó su mandato.
Articulo 88. Para ser elegido Presidente o Vicepresidente de la Repúbllca se requlere las
mlsmas condiciones exigidas para Senador.
Articulo 89. No pueden ser elegidos Presidente nl Vlcepresldente de la Repúbllca:
1. Los Ministros de Estado o presidentes de entidades de funclón económlca o social en
las que tenga partlclpaclón el Estado que no hubleren renunciado ai cargo seis meses
antes deI dia de la elecclón.
2. Los parlentes consanguineos y afines dentro deI segundo grado. de acuerdo ai cómpu-
to civil. de quienes se hallaren en ejerciclo de la Presldencla o Vicepresldencla de la
República durante el último afio anterlor a la elecclón.
3. Los mlembros de las Fuerzas Armadas en serv1clo activo. los deI clero y los ministros
de cualquier culto rellgloso.
Articulo 90.
I. SI en las elecclones generales ninguna de las fórmulas para Presidente y Vlcepresi-
dente de la Repúbllca obtuviera la mayoría absoluta de sufraglos válidos. el Congreso
elegirá por mayoría absoluta de votos válidos. en votación oral y nominal. entre las dos
fórmulas que hubieran obtenido el mayor número de sufragios válidos.
120
CONSTITUCION POLfrlCA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE BOLlVIA / TEXTO

11. En caso de empate, se repetirá la votaclón por dos veces consecutivas. en forma oral y
nominal. De persistir el empate. se proclamará Presidente y Vlcepresldente a los candi-
datos que hubleran logrado la mayoría slmple de sufraglos válidos en la elecclón general.
111. La elecclón y el cómputo se harán en seslón pública y permanente por razón de
tiempo y materla.
Articulo 91. La proclamaclón de Presidente y Vicepresidente de la República se hará me-
diante ley.
Articulo 92. AI tomar poseslón dei cargo, el Presidente y Vlcepresldente de la República,
jurarán solemnemente. ante el Congreso. fldelldad a la República y a la Constituclón.
Articulo 93.
I. En caso de Impedimento o ausencla temporal deI Presidente de la República, antes o
después de su proclamaclón. lo reemplazará el Vlcepresldente y. a falta de éste y en
forma suceslva, el Presidente deI Senado, el de la Câmara de Dlputados o el de la Corte
Suprema de Justicia.
11. EI Vlcepresidente asumlrá la Presldencla de la República si ésta quedare vacante
antes o después de la proclamaclón deI Presidente Electo, y la ejercerá hasta la finaliza-
clón deI período constitucional.
111. A falta dei Vlcepresldente hará sus veces el Presidente deI Senado y, en su defecto,
el Presidente de la Câmara de Dlputados y el de la Corte Suprema de Justicla. en es-
trlcta prelaclón. En este último caso, si aún no hubleran transcurrldo tres anos deI
período presidencial, se procederá a una nueva elecclón dei Presidente y Vlcepreslden-
te. sólo para completar dlcho período.
Articulo 94. Mlentras el Vlcepresldente no ejerza el Poder Ejecutivo, desempenará el cargo
de Presidente deI Senado, sin peIjulclo de que esta Câmara ellja su Presidente para que haga
las veces de aquél en su ausencla.
Articulo 95. EI Presidente de la República no podrá ausentarse deI terrltorlo nacional sln
permlso deI Congreso.
Articulo 96. Son atrlbuclones deI Presidente de la República:
1. Ejecutar y hacer cumpllr las leyes, expldlendo los decretos y órdenes convenientes,
sln definir privativamente derechos, alterar los definidos por la ley nl contrariar sus
disposlclones. guardando las restIicclones consignadas en esta Constituclón.
2. Negociar y concluir tratados con naclones extranjeras: canjearlos. previa ratifica-
ción deI Congreso.
3. Conduclr las relaciones exteIiores. nombrar funclonarios diplomáticos y consulares.
admitir a los funclonarios extranjeros en general.
4. Concurrlr a la formaclón de códigos y leyes mediante mensajes especiales.
5. Convocar ai Congreso a sesiones extraordlnaIias.
6. Administrar las rentas nacionales y decretar su Inverslón por intermedlo dei respec-
tivo MinlsteIio, con arreglo a las leyes y con estIicta sujeclón aI presupuesto.
7. Presentar aI Legislativo, dentro de las trelnta pIimeras seslones ordinarias. los pre-
supuestos nacional y departamentales para la slgulente gestión financlera y proponer.
durante su vigencla, las modlficaclones que estime necesarias. La cuenta de los gastos
públicos conforme aI presupuesto se presentará anualmente.
8. Presentar ai Legislativo los planes de desarrollo que sobrepasen los presupuestos
ordlnaIios en mateIia o en tlempo de gestión.
9. Velar por las resoluclones munlclpales. especialmente las relativas a rentas e Im-
puestos, y denunciar ante el Senado las que sean contrartas a la Constituclón y a las
leyes. slempre que la Munlcipalldad transgresora no cediese a los requeIimlentos deI
Ejecutlvo.
10. Presentar anualmente aI Congreso. en la Primera Seslón Ordinarta. mensaje es-
cIito acerca dei curso y estado de los negocios de la admlnlstración durante el ano,
acompanando las memoIias ministeIiales.
11. Prestar a las Câmaras. mediante los Ministros. los Informes que sollclten. pudiendo
reservar los relativos a negoclaclones diplomáticas que a sujulclo no deban publlcarsej
121
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

12. Hacer cumplir las sentencias de los trIbunales.


13. Decretar amnlstía por delitos políticos. sln peIjulclo de las que pueda conceder el
Legislativo.
14. Nombrar al Contralor General de la República y ai Superintendente de Bancos. de
las temas propuestas por el Senado Nacional. y a los presidentes de las entidades de
funclón económlca y social en las cuales tlene Intervenclón el Estado, de las temas
propuestas por la Câmara de Dlputados.
15. Nombrar a los empleados de la admlnlstración cuya deslgnaclón no esté reservada
por ley a otro poder. y expedir sus títulos.
16. Nombrar Intertnamente. en caso de renuncia o muerte. a los empleados que deban
ser elegidos por otro poder cuando éste se encuentre en receso.
17. Aslstlr a la Inauguraclón y clausura dei Congreso.
18. Conservar y defender el orden Interno y la segurtdad extertor de la República. con-
forme a la Constltuclón.
19. Designar al Comandante en Jefe de las Fuerzas Armadas y a los Comandantes dei
Ejérclto. Fuerza Aérea. Naval Y' al Comandante General de la Polida Nacional.
20. Proponer ai Senado. en caso de vacancla. ascensos a General de Ejérclto. de Fuerza
Aérea. de Dlvlsión. de Brtgada. a Almirante. Vlcealmirante. Contralmlrante de las Fuer-
zas Armadas de la Nación. y a General de la Polida Nacional con Informe de sus servi-
elos y promociones.
21. Confertr. durante el estado de guerra internacional. los grados a que se refiere la
atrtbución precedente en el campo de batalla.
22. Crear y habilitar puertos menores.
23. Designar a los representantes dei Poder Ejecutlvo ante las Cortes Electorales.
24. Ejercer la autortdad máxima dei Serviclo Nacional de Reforma Agrarta. ütorgar títu-
los ejecutortales en virtud de la redlstrlbución de las tierras. conforme a las disposicio-
nes de la Ley de Reforma Agrarta. asi como los de Colonizaclón.
25. Interponer el recurso abstracto y remedlal. hacer las Impugnaclones y formular las
consultas ante el Tribunal Constitucional previstas en las atrlbuclones 1. 3 Y 8 dei
artículo 120 de esta Constltuclón.
Articulo 97. EI grado de Capltãn General de las Fuerzas Armadas es Inherente a las funcio-
nes de Presidente de la República.
Articulo 98. EI Presldenté de la República visitará los distintos centros dei país. por lo menos
una vez durante el período de su mandato. para conocer sus necesldades.

CAPITULO 11
MINISTROS DE ESTADO
Articulo 99. Los negoclos de la Admlnlstraclón Pública se despachan por los Ministros de
Estiido. cuyo número y atrtbuclones determina la ley. Para su nombramlento o remoclón
bastará decreto dei Presidente de la República.
Articulo 100. Para ser Ministro de Estado se requlere las mlsmas condiciones que para Dlpu-
tado.
Articulo 101.
I. Los Ministros de Estado son responsables de los actos de admlnlstraclón en sus res-
pectivos ramos. juntamente con el Presidente de la República.
11. Su responsabllldad será solidarta por los actos acordados en Consejo de Gabinete.
Articulo 102. Todos los decretos y dlsposlclones dei Presidente de la República deben ser
firmados por el Ministro correspondlente. No serãn válidos nlobedecldos sln este requisito.
Articulo 103. Los Ministros de Estado pueden concurrir a los debates de cualqulera de las
Câmaras. deblendo retlrarse antes de la votaclón.
Articulo 104. Luego que el Congreso abra sus seslones. los Ministros presentarãn sus res-
pectivos Informes acerca dei estado de la admlnlstraclÓn. en la forma que se expresa en el
Art. 96. atrlbuclón 10.
122
CONSTlTUC/ÓN POLfr/CA DEL ESTADO DE LA REPÚBLICA DE SOLlV/A / TEXTO

Artículo 105.
I. La cuenta de lnverslón de las rentas. que el Ministro de Hacienda debe presentar ai
Congreso. l1evará la aprobaclón de los demás Ministros en lo que se reflere a sus res-
pectivos despachos.
11. A la elaboración dei Presupuesto General concurrirán todos los Ministros.
Artículo 106. Ninguna orden verbal o escrita dei Presidente de la República exime de respon-
sabilidad a los Ministros.
Artículo 107. Los Ministros serán juzgados confoIi:ne a la Ley de Responsabilidad por los deli-
tos que cometieren en el ejercicio de sus funciones y con arreglo a la atribución 5 dei articulo
118 de esta Constitución.

CAPíTULO 111
RÉGIMEN INTERIOR
Artículo 108. El terrltorio de la República se divide políticamente en departamentos. provin-
cias. secciones de provlncias y cantones.
Artículo 109. En cada Departamento el Poder Ejecutivo está a cargo y se administra por un
Prefecto. designado por el Presidente de la República.
I. El Prefecto ejerce la funclón de Comandante General dei Departamento, designa y
tiene bajo su dependencia a los subprefectos en las provincias y a los corregidores en los
cantones. asi como a las autoridades administrativas departamentales cuyo nombra-
mlento no esté reservado a otra instancia.
11. Sus demás atribuciones se fljan por ley.
1Il. Los Senadores y Diputados podrán ser designados Prefectos de Departamento. que-
dando suspensos de sus funciones parlamentarias por el tiempo que desempeõen el
cargo.
Artículo 110.
I. EI Poder Ejecutlvo a nivel departamental se ejerce de acuerdo a un régimen de des-
centralización administrativa.
11. En cada departamento existe un Consejo Departamental. presidido por el Prefecto.
cuya composición y atribuciones les establece la ley.

CAPíTULO IV
CONSERVACIÓN DEL ORDEN PÚBLICO
Artículo IH .
.I. En los casos de grave peligro por causa de conmoción interna o guerra internacional
el Jefe dei Poder Ejecutivo podrá, con dictamen afinnativo dei Consejo de Ministros,
declarar el estado de sitio en la extensión dei terrltorio que fuere necesarlo.
li. Si el Congreso se reuniese ordinarla o extraordinariamente. estando la República o
una parte de el1a bajo el estado de sitio, la continuación de éste será objeto de una
autorización legislativa. En igual fonna se procederá si el Decreto de Estado de Sitio
fuese dictado por el Poder Ejecutlvo estando las Câmaras en funciones.
llI. Si el estado de sitio no fuere suspendido antes de noventa dias. cumplido este ténni-
no caducará de hecho. salvo el caso de guerra civil o internacional. Los que hubieren
sido objeto de apremlo serán puestos en libertado a menos de haber sido sometidos a la
jurisdicción de tribunales competentes.
IV. El Ejecutlvo no podrá prolongar el estado de sitio más al1á de noventa dias, ni declarar
otro dentro dei mismo aõo sino con asentimiento dei Congreso. A1 efecto, lo convocará a
sesiones extraordinarlas si ocurrlese el caso durante el receso de las Câmaras.
Artículo 112. La declaración de estado de sitio produce los siguientes efectos:
1. EI EJecutivo podrá aumentar el número de efectivos de las Fuerzas Annadas y l1amar
ai servicio las reservas que estime necesarias.
2. Podrá imponer la anticipaclón de contribuciones y rentas estatales que fueren in-
123
PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

dlspensables. asi como negociar y exigir empréstitos slempre que los recursos ordlna-
rios fuesen Insuficientes. En los casos de empréstito forzoso el Ejecutlvo aslgnará las
cuotas y las distribuirá entre los contrlbuyentes conforme a su capacldad económlca.
3. Las garantias y los derechos que consagra esta Constltuclón no quedarán suspensos
de hecho y en general con la sola declaratoria dei estado de sitio; pero podrán serlo
respecto de seiialadas personas fundadamente slndlcadas de tramar contra el orden
público, de acuerdo a lo que establecen los slgulentes párrafos.
4. Podrá la autoridad legitima expedir órdenes de comparendo o arresto contra los slndi-
cados. pero en el plazo máximo de cuarenta y ocho horas los pondrá a dlsposlción deI
juez competente. a qulen pasará los documentos que hublesen motivado el arresto. Si
la conservaclón deI orden público exlgiese el alejamiento de los slndlcados. podrá orde-
narse su conflnamlento a una capital de Departamento o de Província que no sea mal-
sana. Queda prohlbido el destlerro por motivos políticos: pero ai confinado. perseguido o
arrestado por estos motivos, que pida pasaporte para el exterior. no podrá serle negado
por causa alguna deblendo las autoridades otorgarle las.garantias necesarias aI efecto.
5. Los ejecutores de órdenes que vlolen estas garantias podrán ser enjuiclados en cual-
quier tiempo. pasado que sea el estado de sitio, como reos de atentado contra las garantias
constltuclonales. sln que les favorezca la excusa de haber cumplldo órdenes superiores.
6. En caso de guerra Internacional. podrá establecerse censura sobre la corresponden-
cia y todo medlo de publicaclón.
Articulo 113. EI Goblerno rendirá cuentas ai próximo Congreso de los motivos que dieron
lugar a la declaraclón deI estado de sitio y deI uso que hublese hecho de las facultades que le
conflere este capitulo, Informando deI resultado de los enjulclamientos ordenados y sugirien-
do las medidas Indispensables para satisfacer las obligaclones que hubiese contraído por prés-
tamos dlrectos y percepclón antlcipada de impuestos.
Articulo 114.
I. EI Congreso dedicará sus prlmeras sesiones ai examen de la cuenta a que se reflere
el articulo precedente. pronunciando su aprobaclón o declarando la responsabl1ldad deI
Poder Ejecutlvo.
11. Las Câmaras podrán. aI respecto. hacer las Investlgaclones que crean necesarias y
pedir aI Ejecutlvo la explicaclón y justlflcaclón de todos sus actos relacionados con el
estado de sitio. aunque no hubiesen sido ellos mencionados en la cuenta rendida.
Articulo 115.
I. NI el Congreso, ni asociaclón alguna o reunlón popular pueden conceder ai Poder
Ejecutlvo facultades extraordlnarias ni la suma deI Poder Público. ni otorgarle suprema-
cías por las que la vida. el honor y los bienes de los habitantes queden a merced deI
goblerno. ni de persona alguna.
11. La invlolabl1ldad personal y las Inmunldades establecldas por esta Constltución no
se suspenden durante el estado de sitio para los representantes nacionales.

TÍTULO TERCERO
PODER JUDICIAL
CAPÍTULO I
D1SPOSICIONES GENERALES
Articulo 116.
I. EI Poder Judicial se ejerce por la Corte Suprema de Justlcla de la Naclón. el TrIbunal
Constitucional. Ias Cortes Superiores de Distrito, los trlbunales y jueces de Instancia y
demás tribunales y juzgados que establece la ley. La ley determinará la organlzaclón y
atribuclones de los tribunales y juzgados de la República. EI Consejo de la Judicatura
forma parte deI Poder Judicial.
11. No pueden establecerse tribunales o juzgados de excepción.
111. La facultad de juzgar en la via ordlnaria. contenciosa y contencloso-adrnnlstratlva y
la de hacer ejecutar lo juzgado corresponde a la Corte Suprema y a los trlbunales y
jueces respectivos. bajo el principio de unldad jurisdicclonal.
124
CONSTITUCIÓN POL/rICA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE BOL/VIA / TEXTO

IV. EI control de constltuclonalldad se ejerce por el Tribunal Constitucional.


V. El Consejo de la Judicatura es el órgano admnlstratlvo y dlsclpllnarlo dei Poder Judicial.
VI. Los Magistrados y Jueces son Independientes en la admlnlstraclón de justlcla y no
están sometldos sino a la Constltuclón y la ley. No podrán ser destltuldos de sus funcio-
nes, sino previa sentencia ejecutorlada.
VII. La ley establece el Escalafón Judicial y las condiciones de inamovilidad de los Mi-
nistros, Magistrados, Consejeros y Jueces.
VIII. El Poder Judicial tlene autonomia económica y admnlstratlva. EI Presupuesto Ge-
neral de la Naclón asignará una partida anual centralizada en el Tesoro Judicial, que
depende dei Consejo de la Judicatura. EI Poder Judicial no está facultado para crear o
establecer tasas nl derechos judiclales.
IX. EI ejerciclo de lajudicatura es Incompatlble con toda otra actlvldad pública y privada
remunerada, con excepclón de la cátedra unlversltarla.
X. La gratuldad. publicldad, celerldad y probldad en los julclos son condiciones esencla-
les de la admlnlstraclón de justlcia. EI Poder Judicial es responsable de proveer defensa
legal gratuita a los Indigentes. asi como servlclos de traducclón cuando su lengua ma-
terna no sea el castellano.

CAPÍTULO"
CORTE SUPREMA DE JUSTICIA
Articulo 117.
I. La Corte Suprema es el máximo tribunal de justlcla ordlnarla, contenciosa y conten-
cioso-administrativa de la República. Tlene su sede en la cludad de Sucre.
11. Se compone de doce Ministros que se organlzan en salas especializadas, con suje-
ción a la ley.
lll. Para ser Ministro de la Corte Suprema se requlere las condiciones exigidas por los
artículos 64 y 61 de esta Constltuclón con la excepclón de los numerales 2 y 4 dei
artículo 61, tener título de Abogado en Provislón Nacional. y haber ejercldo con idonel-
dad la judicatura. Ia profeslón o la cátedra unlversltarla por lo menos durante dlez anos.
IV. Los Ministros son elegidos por el Congreso Nacional por dos terclos de votos dei total
de sus mlembros, de nómlnas propuestas por el Consejo de la Judicatura. Desempenan
sus funciones por un periodo personal e Improrrogable de diez anos. computables desde
el dia de su poseslón y no pueden ser reelegidos sino pasado un tlempo igual ai que
hublesen ejercido su mandato.
V. EI Presidente de la Corte Suprema es elegido por la Sala Plena por dos terclos de votos
dei total de sus mlembros. Ejerce sus funciones de acuerdo a la ley.
Articulo 118.
I. Son atrlbuclones de la Corte Suprema:
1. Representar ai Poder Judicial:
2. Designar, por dos terclos de votos de los miembros de la Sala Plena. a los vocales de
las Cortes Superiores de Distrito. de nómlnas propuestas por el Consejo e la Judicatura:
3. Resolver los recursos de nulidad y casaclón en la jurlsdicclón ordlnarla y
admnlstratlva:
4. DIrimir las competenclas que se susclten entre las Cortes Superiores de Distrito:
5. Fallar en losjulclos de responsabilldad contra el Presidente y el Vicepresldente de la
República. Ministros de Estado y Prefectos de Departamento por delitos cometidos en el
ejerciclo de sus funciones, a requerlmiento deI. Fiscal General de la República. previa
autorlzación dei Congreso Nacional, fundadajurídlcamente y concedida por dos terclos
de votos dei total de sus miembros. en cuyo caso el sumario estará a cargo de la Sala
Penal y si ésta se pronuncia por la acusación. eI juiclo se sustanclará por las demás
Salas. sln recurso ulterior:
6. Fallar en única Instancla, en las causas de responsabilldad penal seguidas, a reque-
rtmiento dei Fiscal General de la República, previa acusaclón de la Sala Penal. contra el
Contralor General de la República, Vocales de las Cortes Superiores. Defensor dei Pue-
125
PARLAMEN7V CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

blo. Vocales de la Corte Nacional Electoral y Supertntendentes establecidos por ley. por
delitos cometidos durante el ejerclclo de sus funciones;
7. Resolver las causas contenciosas que resulten de los contratos. negociaclones y con-
ceslones deI Poder Ejecutlvo y las demandas contencioso-administrativas a que dieren
lugar las resoluclones deI mlsmo.
8. Decidir las cuestlones de limites que se suscitaren entre los departamentos. provln-
cias. secclones y cantones.
11. La organlzaclón y funclonamlento de la Corte Suprema de Justlcla se establecen
porley.

CAPíTULO 111
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
Artículo 119.
I. EI Tribunal Constitucional es independlente y está sometido sólo a la Constituclón.
·Tlene su sede en la cludad de Sucre.
11. Está integrado por cinco Magistrados que conforman una sola sala y son designados
por el Congreso Nacional por dos tercios de votos de los mlembros presentes.
m. EI Presidente dei Tribunal Constitucional es elegido por dos tercios de votos dei total
de sus miembros. Ejerce sus funciones de acuerdo a la ley.
IV. Para ser Magistrado dei Trtbunal Constitucional se requieren las mismas condicio-
nes que para ser Ministro de la Corte Suprema de Justlcia.
V. Desempeiian sus funciones por un período personal de diez afios improrrogables y
pueden ser reelectos pasado un tiempo igual ai que hublesen ejercido su mandato.
VI. EI enjuiciamiento penal de los Magistrados dei Tribunal Constitucional por delitos
cometidos en .el ejerclcio de sus funciones. se rtge por las normas establecidas para los
Ministros de la Corte Suprema de Justicia.
Artículo 120. Son atrtbuciones dei Tribunal Constitucional conocer y resolver:
1. En única instancia. los asuntos de puro derecho sobre la Inconstitucionalidad de leyes.
decretos y cualquler género de resoluciones no judiclales. Si la acclón es de carácter
abstracto y remedial, sólo podrân Interponerla el Presidente de la República. o cualquier
Senador o Diputado. el Fiscal General de la República o el Defensor dei Pueblo:
2. Los confllctos de competenclas y controversias entre los Poderes Públicos. Ia Corte
Nacional Electoral. los departamentos y los munlclpios;
3. Las impugnaclones dei Poder Ejecutivo a la resoluciones camarales. prefecturales y
municipales:
4. Los recursos contra trtbutos. impuestos. tasas. patentes. derechos o contrtbuciones
creados. modificados o suprtmidos en contravención a los dlspuesto en esta Constitución.
5. Los recursos contra resoluciones dei Poder Legislativo o una de sus Câmaras. cuando
tales resoluclones afecten a uno o más derechos o garantias concretas. cualesquiera
sean las personas afectadas;
6. Los recursos dlrectos de nulidad Interpuestos en resguardo deI artículo 31 de esta
Constitución;
7. La revisión de los recursos de amparo constitucional y .hábeas corpus.;
8. Absolver las consultas dei Presidente de la República. el Presidente dei Honorable
Congreso Nacional y el Presidente de la Corte Suprema de Justlcia. sobre la
constltuclonalidad de· proyectos de ley. decretos o resoluclones. o de leyes. decretos o
resoluclones aplicables a un caso concreto. La oplnlón dei Tribunal Constitucional es
obligatorta para el órgano que efectúa la consulta:
9. La constltucionalidad de tratados o convenlos con goblemos extranjeros u organis-
mos Intemacionales;
10. Las demandas respecto a procedimlentos de la reforma de la Constitución.
Articulo 121.
I. Contra las sentencias deI Tribunal Constitucional no cabe recurso ultertor alguno.
126
CONSTITucróN POLfrlCA DEL ESTADO DE LA REPÚBLfCA DE BOLfVIA / TEXTO

11. La sentencia que declara la Inconstituclonalldad de una ley. decreto o cualquler


género de resoluclôn no judicial. hace Inapllcable la norma Impugnada y surte plenos
efectos respecto a todos. La sentencia que se reflera a un derecho subjetivo controverti-
do. se limitará a declarar su Inapllcabilldad ai caso concreto.
III. Salvo que la sentencia dlsponga otra cosa. subsistirá la vlgencla de la norma en las
partes no afectadas por la Inconstituclonalldad. La sentencia de Inconstituclonalldad no
afectará a sentencias anteriores que tengan calldad de cosajuzgada.
IV. La ley reglamenta la organlzaclôn y funclonarnlento dei Tribunal Constitucional. así
como las condiciones para la admlslôn de los recursos y sus procedlmlentos.

CAPíTULO IV
CON5EJO DE LA JUDICATURA
Articulo 122.
I. EI Consejo de la Judicatura es el ôrgano admnlstratlvo y dlsclpllnarlo dei Poder Judi-
cial. Tlene su sede en la cludad de Sucre.
11. EI Consejo es presidido por el Presidente de la Corte Suprema de Justlcla y está
Integrado por cuatro miembros denominados Consejeros de la Judicatura. con título de
abogado en Provlslôn Nacional y con dlez anos de ejerclcio Idôneo de la profesiôn o la
cátedra unlversltarla.
III. Los consejeros son designados por el Congreso Nacional por el voto de dos terclos de
sus mlembros presentes. Desempenan sus funciones por un período de diez afios no
pudlendo ser reelegidos sino pasado un tiempo igual ai que hublesen ejercldo su man-
dato.
Articulo 123.
I. Son atrlbuclones dei Consejo de la Judicatura:
1. Proponer ai Congreso Nacional nôminas para la designaclôn de los Ministros de
la Corte Suprema de Justicla. y a esta última para la deslgnaclôn de los Vocales de
las Cortes Superiores de Distrito;
2. Proponer nômlnas a las Cortes Superiores de Distrito para la deslgnaclôn de
jueces. notarlos y registradores de Derechos Reales;
3. Administrar el Escalafôn Judicial y ejercer poder dlsclpllnarlo sobre los vocales.
jueces y funclonarlos judlclales. de acuerdo a ley;
4. Elaborar el Presupuesto Anual dei Poder Judicial de conformldad a lo dlspuesto
por el artículo 59. numeral 3 de la presente Constltuclôn. Ejecutar su presupuesto
conforme a ley y bajo control fiscal;
5. Ampliar las nômlnas a que se refleren las atrlbuclones 1 y 2 de este artículo. a
instancia dei ôrgano elector correspondlente.
11. La ley determina la organlzaciôn y demás atrlbuclones administrativas y disciplina-
rias dei Consejo de la Judicatura. .

TíTULO CUARTO
DEFEN5A DE LA 50CIEDAD

CAPíTULO I
MINI5TERIO PÚBLICO
Articulo 124. EI Mlnlsterio Público tiene por flnalldad promover la acclôn de lajusticia. defen-
der la legalldad. los Intereses dei Estado y la socledad. conforme a lo establecldo en la Constl-
tuclôn y las leyes de la República.
Articulo 125.
I. EI Mlnlsterlo Público representa ai Estado y a la socledad en el marco de la ley. Se
ejerce por las comlslones que deslgnen las Cámaras Legislativas. por el Fiscal General
de la República y demás funcionarlos designados conforme a ley.
127
PARLAMEIVTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

11. El Ministerio Públlco tiene a su cargo la dirección de las diligencias de policíajudicial.


Articulo 126.
I. EI Fiscal General de la República es designado por el Congreso Nacional por dos ter-
cios de votos de sus miembros presentes. Tiene su sede en la ciudad de Sucre.
11. El Fiscal General de la Repúbllca desempena sus funciones por el plazo improrroga-
ble de diez afios y puede ser reelecto después de transcurrido un tiempo igual aI que
hubiese ejercido su mandato. No puede ser destituidG sino en virtud de sentencia con-
denatoria previa acusación de la Cámarade Diputados y Juicio en única instancia en la
Câmara de Senadores. A tiempo de decretar acusación. Ia Câmara de Dlputados sus-
penderá de sus funciones aI encausado.
111. Para ser Fiscal General de la República se requieren las mismas condiciones que
para ser Ministro de la Corte Suprema.
IV. El Fiscal General dei Repúbllca dará cuenta de sus actos al Poder Legislativo por lo
menos una vez aI afio. Puede ser citado por las comisiones de las Câmaras Legislativas
y coordina sus funciones con el Poder Ejecutivo.
V. La ley establece la estructura. organización y funcionamiento deI Mjnisterio Públlco.

CAPíTULO 11
DEFENSOR DEL PUEBLO
Articulo 127.
I. EI Defensor deI Pueblo vela por la vigencia y el cumplimiento de los derechos y garan-
tias de las personas en relación a la actividad administrativa de todo el sector públlco.
Aslmismo. vela por la defensa. promoción y divulgación de los derechos humanos.
11. EI Defensor deI Pueblo no recibe instrucciones de los Poderes Públlcos. EI Presupues-
to deI Poder Legislativo contemplará una partida para el funcionamiento de esta insti-
tución.
Articulo 128.
I. Para ejercer las funciones de Defensor deI Pueblo se requiere tener como mínimo.
treinta y cinco afios de edad y las condiciones que establece el artículo 61 de esta Cons-
titución. con excepción de los numerales 2 y 4.
lI. EI Defensor deI Pueblo es elegido por dos tercios de votos de los miembros presentes
deI Congreso Nacional. No podrá ser enjuiciado. perseguido ni detenido por causa deI
ejerciclo de sus funciones. salvo la comisión de delitos. en cuyo caso se apllcará el
procedimiento previsto en el artículo 118. atribución 6. de esta Constitución.
111. El Defensor deI Pueblo desempena sus funciones por un penodo de cinco afios y
puede ser reelecto por una sola vez.
IV. EI cargo de Defensor deI Pueblo es incompatible con el desempeno de cualquier otra
actividad pública. o privada renumerada a excepción de la docencia universitaria.
Articulo 129.
I. EI Defensor deI Pueblo tiene la facultad de interponer los recursos de inconstitucionalldad.
directo de nulldad. amparo y .hábeas corpus-o sin necesidad de mandato.
11. EI Defensor deI Pueblo. para ejercer sus funciones. tiene acceso Iibre a los centros de
detención. recIusión e intemación.
111. Las autoridades y funcionarios de la Administración pública ttenen la obllgación de
proporcionar aI Defensor dei Pueblo la información que solicite en relación aI ejercicio
de sus funciones. En caso de no ser debidamente atendido en su sollcitud. el Defensor
deberá poner el hecho en conocimiento de las Câmaras Legislativas.
Articulo 130. EI Defensor deI Pueblo dará cuenta de sus actos aI Congreso Nacional por lo
menos una vez al ano. en la forma que determine la ley. y podrá ser convocado por cualquiera
de las comisiones camarales. en relación aI ejercicio de sus funciones.
Articulo 131. La organización y demás atribuciones deI Defensor deI Pueblo y la forma de
designación de sus delegados adjuntos. se establecen por ley.
128
CONSTITUCIÓN POLITICA DEL ESTADO DE LA REPÚBLICA DE SOLlVIA / TEXTO

PARTETERCERA
REGíMENES ESPECIALES

TíTULO PRIMERO
RÉGIMEN ECONÓMICO Y FINANCIERO
CAPíTULO I
DISPOSICIONES GENERALES
Artículo 132. La organlzaclón económlca debe responder esenclalmente a prlnclplos de jus-
t1cla social que tiendan a asegurar para todos los habitantes, una existencia digna dei ser hu-
mano.
Artículo 133. EI régimen económico propenderá ai fortalecimlento de lalndependencia na-
cional y ai desarrollo dei país mediante la defensa y el aprovechamiento de los recursos natu-
rales y humanos en resguardo de la seguridad deI Estado y en procura deI bienestar deI pueblo
boliviano.
Artículo 134. No se permitirá la acumulaclón privada de poder económlco en grado tal que
ponga en peligro la independencia económlca deI Estado. No se reconoce nlnguna forma de
monopolio privado. Las concesiones de serviclos públicos, cuando excepcionalmente se ha-
gan, no podrân ser otorgadas por un período mayor de cuarenta anos.
Articulo 135. Todas las empresas establecidas para explotaciones. aprovechamiento o nego-
cios en el país se conslderarân nacionales y estarân sometidas a la soberanía. a las leyes y a
las autoridades de la República.

CAPíTULO 11
BIENES NACIONALES
Artículo 136.
I. Son de dominio origlnario dei Estado. además de los bienes a los que la ley les da esa
calidad. el suelo y el subsuelo con todas sus riquezas naturales. Ias aguas lacustres.
fluviales y medicinales. asl como los elementos y fuerzas físicas susceptibles de aprove-
chamiento.
11. La ley establecerá las condiciones de este domlnlo. así como las de su concesión y
adjudicación a los particulares.
Artículo 137. Los bienes dei patrimonio de la Nación constituyen propledad pública. Inviola-
ble, slendo deber de todo habitante deI territorio nacional respetarla y protegerIa.
Artículo 138. Pertenecen aI patrimonlo de la Naclón los grupos mineros nacionalizados como
una de las bases para el desarrollo y dlversiflcación de la economía dei país. no pudiendo
aquéllos ser transferidos o adjudicados en propledad a empresas privadas por nlngún título. La
dlrecclón y admlnlstración superiores de la industria minera estatal estarân a cargo de una
entidad autárquica con las atribuclones que determina la ley.
Articulo 139. Los yacimlentos de hldrocarburos. cualqulera que sea el estado en que se
encuentren o la forma en que se presenten. son dei domlnlo dlrecto. Inalienable e
Imprescriptible dei Estado. Nlnguna conceslón o contrato podrá conferir la propledad de los
yaclmlentos de hldrocarburos. La exploraclón, explotaclón. comerclallzaclón y transporte de
los hldrocarburos y sus derivados. corresponden ai Estado. Este derecho lo ejercerá mediante
entidades autárquicas. o a través de concesiones y contratos por tlempo limitado. a socieda-
des mlxtas de operación conjunta o a personas privadas. conforme a ley.
Artículo 140. La promoción y desarrollo de la energia nuclear es función dei Estado.

CAPíTULO 111
pOLíTICA ECONÓMICA DEL ESTADO
Artículo 141. EI Estado podrá regular. mediante ley. el ejercicio dei comercio y de la Indus-
tria. cuando así lo requieran. con carácter Imperioso. Ia seguridad o necesidad públicas. Podrá
129
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

también, en estos casos, asumir la dirección superior de la economia nacional. Esta inter-
vención se ejercerá en forma de control, de estimulo o de gestión dírecta.
Articulo 142, EI Poder Ejecutivo podrá, con cargo de aprobación legislativa en Congreso, esta-
blecer el monopolio fiscal de determinadas exportaciones, siempre que las necesidades dei
pais asi lo requieran.
Articulo 143. EI Estado determinará la politica monetaria, bancaria y crediticla con objeto de
mejorar las condiciones de la economia nacional. Controlará asimlsmo, las reservas monetarias.
Artículo 144.
I. La programación dei desarrollo económico dei país se realizará en ejercicio y procura de
la soberania nacional. EI Estado formulará periódicamente el plan general de desarrollo
económico y social de la República, cuya ejecución será obllgatoria. Este planeamiento
comprenderá los sectores estatal, mixto y pnvado de la economia nacional.
11. La iniciativa privada recibirá el estimulo y la cooperación dei Estado cuando contri-
buya aI meJoramiento de la economia nacional.
Articulo 145. Las explotaciones a cargo deI Estado se reallzarán de acuerdo a planificación
económica y se ejecutarán preferentemente por entidades autónomas, autárquicas o socie-
dades de economia mixta. La dirección y administración superior de éstas se ejercerán por
dírectorios designados conforme a ley. Los dlrectores no podrán ejercer otros cargos públicos
ni desempenar actividades industriales, comerciales o profesionales relacionadas con aque-
l1as entidades.

CAPíTULO IV
RENTAS Y PRESUPUESTOS
Articulo 146.
I. Las rentas deI Estado se divid'en en nacionales, departamentales y municipales, y se
invertirán independientemente por sus tesoros conforme a sus respectivos presupues-
tos, y en relación ai plan general de desarrol1o económicoy social deI país.
11. La ley c1asificará los ingresos nacionales, departamentales y municipales.
m. Los recursos departamentales, municipales, judiciales y unlversitarios, recaudados
por oficinas dependientes deI Tesoro Nacional, no serán centralizados en dicho tesoro.
IV. EI Poder Ejecutivo determinará las normas destinadas a la elaboraclón y presenta-
ción de los proyectos de presupuestos de todo el sector público.
Articulo 147.
I. EI Poder EJecutivo presentará ai Legislativo, dentro de las treinta primeras sesiones
ordinarias, los proyectos de ley de los presupuestos nacionales y departamentales.
11. Recibidos los proyectos de ley de los presupuestos, deberán ser considerados en
Congreso dentro dei término de sesenta dias.
m. Vencido el plazo indicado, sln que los proyectos hayan sido aprobados, éstos tendrán
fuerza de ley.
Articulo 148.
I. EI Presidente de la República, con acuerdo dei Consejo de Ministros, podrá decretar
pagos no autorizados por la ley deI presupuesto, únlcamente para atender necesidades
Impostergables derivadas de calamidades públicas, de conmoclón interna o dei agota-
miento de recursos destinados a mantener los servicios cuya paralizaclón causaria
graves danos. Los gastos destinados a estos fines no excederán deI uno por clento dei
total de egresos autorizados por el Presupuesto Nacional.
11. Los Ministros de Estado y funcionarios que den curso a gastos que contravengan lo
dispuesto en este articulo serán responsables solidariamente de su reintegro y culpa-
bles dei delito de malversación de caudales públicos.
Articulo 149. Todo proyecto de ley que implique gastos para el Estado debe indicar, al propio
tiempo, la manera de cubrirlos y la forma de su inversión.
Articulo 150. La deuda pública está garantizada. Todo compromlso dei Estado, contraído con-
forme a las leyes, es inviolable.
130
CONSTlTUCIÓN POLfTICA DEL ESTADO OELA REPÚBLICA DE SOLlVIA / TEXTO

Articulo 151. La cllenta general de los Ingresos y egresos de cada gestión flnanclera será
presentada por el Ministro de Haclenda ai Congreso en la primera seslón ordlnarla.
Articulo 152. Las entidades autónomas y autárquicas tamblén deberán presentar anual-
mente ai Congreso la cuenta de sus rentas y gastos. acompanada de un Informe de la
Contraloria General.
Articulo 153.
I. Las Prefecturas de Departamento y los Munlclplos no podrán crear sistemas protecto-
res ni prohlbitlvos que afecten a los Intereses de otras circllnscripclones de la Repúbli-
ca, nl dictar ordenanzas de favor para los habitantes dei Departamento. nl de exclusión
para otros bolivianos.
11. No podrán existir aduanl\las, retenes. nl trancas de nlnguna naturaleza en el terrt,
torto de la República. que no hubleran sido creadas por leyes expresas.

CAPíTULO V
CONTRALORÍA GENERAL
Articulo 154. Habrá una oficina de contabilldad y contralor fiscales que se denominará
Contraloria General de la República. La ley determinará las atribuclones y responsabilidades
dei Contralor General y de los funclonarios de su dependencla. EI Contralor General depende-
rá directamente dei Presidente de la República, será nombrado por éste de la terna propuesta
por el Senado y gozará de la mlsma Inamovilidad y periodo que los Ministros de la Corte Supre-
ma de Justicia.
Articulo 155. La Contraloria General de la República tendrá el control fiscal sobre las opera-
clones de entidades autônomas, autárquicas y sociedades de economia mixta. La gestión
anual será sometida a revlsiones de auditoria especializada. Anualmente publicará memo-
rias y estados demostrativosde su situación financlera y rendlrá las cuentas que senala la
ley. EI Poder Legislativo mediante sus comislones tendrá amplia facultad de f1scalizaclôn de
dlchas entidades. Ningún funcionario de la Contraloria General de la República formará parte
de los directortos de las entidades autárquicas cuyo control esté a su cargo, nl perclblrá emo-
lumentos de dlchas entidades.

TíTULO SEGUNDO
RÉGIMEN SOCIAL
Articulo 156. EI trabajo es un deber y un derecho y constltuye la base dei orden social y
económico.
Articulo 157.
I. EI trabajo y el capital gozan de la protección dei Estado. La ley regulará sus relaciones
estableclendo normas sobre contratos Indlviduales y colectivos, salario mínimo, jorna-
da máxima. trabajo de mujeres y menores, descansos semanales y anuales remunera-
dos. feriados, agulnaldos. primas u otros sistemas de particlpaclón en las utilidades de
la empresa. Indemnizaclón por tiempo de serviclos. desahuclos. formación profesional
y otros beneficios sociales y de protección a los trabajadores.
11. Corresponde ai Estado crear condiciones que garanticen para todos posibllldades de
ocupaclón laboral, estabilidad en el trabajo y remuneración justa.
Articulo 158.
I. EI Estado tiene la obligación de defender el capital humano protegiendo la salud de la
poblaclón; asegurará la continuidad de sus medlos de subslstencla y rehabilitaclón de
las personas inutilizadas; propenderá aslmlsmo aI mejoramlento de las condiciones de
vida dei grupo familiar.
11. Los regímenes de seguridad social se insplrarán en los princlpios de universalidad.
solldaridad. lInidad de gestión. economia. oportunldad y eflcacla. cubriendo las contin-
genclas de enfermedad. maternidad, riesgos profeslonales, Invalidez, vejez. muerte,
paro forzoso. aslgnaclones familiares y vivlenda de interés social.
Articulo 159.
I. Se garantiza la libre asoclaclón patronal. Se reconoce y garantiza la IIbre sindica-
131
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

lización como medio de defensa. representación. asistencia, educación y cultura de los


trabajadores. así como el fuero sindical en cuanto garantía para sus dirigentes por las
actividades que desplieguen en el ejercicio específico de su mandato, no pudiendo éstos
ser perseguidos ni presos.
11. Se establece. asimismo, el derecho de huelga como el ejercicio de la facultad legal de
los trabajadores de suspender labores para la defensa de sus derechos. prevlo cumpli-
miento de las formalidades legales.
Artículo 160. EI Estado fomentará. mediante legislación adecuada. Ia organización de coope-
rativas.
Artículo 161. EI Estado, mediante trlbunales u organismos especiales, resolverá los conflic-
tos entre patronos y trabajadores o empleados, así como los emergentes de la segurldad social.
Artículo 162.
I. Las disposiciones sociales son de orden público. Serán retroactivas cuando la ley
expresamente lo determine.
11. Los derechos y beneficios reconocidos en favor de los trabajadores no pueden renunciarse.
y son nulas las convenciones contrarias o que tiendan a burlar sus efectos.
Artículo 163. Los beneméritos de la Patrla merecen gratitud y respeto de los poderes públicos
y de la ciudadanía. en su persona y patrlmonio legalmente adquirido. Ocuparán preferente-
mente cargos en la Administración Pública o en las entidades autárquicas o semiautárquicas.
según su capacidad. En caso de desocupación forzosa. o en el de carecer de medios económi-
cos para su subsistencia, recibirian dei Estado pensión vltalicia de acuerdo a ley. Son inamo-
vibles en los cargos que desempenen salvo casos de impedimento legal establecido por sen-
tencia ejecutorlada. Quienes desconozcan este derecho quedan obligados ai resarcimiento
personal. ai benemérito perjudicado, de danos económicos y morales tasados en juicio.
Artículo 164. EI servlcio y la asistencia sociales son funciones dei Estado y sus condiciones
serán determinadas por ley. Las normas relativas a la salud pública son de carácter coercitivo
y obligatorlo.

TíTULO TERCERO
RÉGIMEN AGRARIO Y CAMPESINO
Artículo 165. Las tierras son deI dominio ordinarlo de la nación y corresponde al Estado la
distribución, reagrupamientos y redistribución de la propiedad agrarla conforme a las necesi-
dades económico-sociales y de desarrollo rural.
Artículo 166. EI trabajo es la fuente fundamental para la adquisición y conservación de la
propiedad agrarla. y se establece el derecho deI campesino a la dotación de tierras.
Artículo 167. EI Estado no reconoce ellatifundio. Se garantiza la existencia ,!e las propiedades
comunarlas. cooperativas y privadas. La ley fljará sus formas y regulará sus transformaciones.
Artículo 168. El Estado planificará y fomentará el desarrollo económico y social de las comu-
nidades campesinas y de las cooperativas agropecuarlas.
Artículo 169. El solar campesino y la pequena propledad se declaran indMsibles: constituyen el
minimo vital y tienen el carácter de patrlmonio familiar inembargable de acuerdo a ley. La
mediana propiedad y la empresa agropecuarla reconocidas por ley gozan de la protección deI
Estado en tanto cumplan una funclón económico-social de acuerdo con los planes de desarrollo.
Artículo 170. El Estado regulará el régimen de explotación de los recursos naturales renova-
bles precautelando su conservación e incremento.
Artículo 171.
I. Se reconocen. respetan y protegen en el marco de la ley, los derechos sociales, econó-
micos y culturales de los pueblos indígenas que habitan en el terrltorlo nacional, espe-
cialmente los relativos a sus tierras comunitarlas de origen. garantizando el uso y
aprovechamiento sostenible de los recursos naturales. a su identidad, valores, lenguas.
costumbres e instituciones.
11. EI Estado reconoce la personalidadJurídica de las comunidades indígenas y campesi-
nas y de las asociaciones y sindicatos campesinos.
132
C ONSTITUCIÓN POLlTICA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE BOLMA / TEXTO

m. Las autoIidades naturales de las comunidades indígenas y campesinas podrán ejer-


cer funciones de administración y aplicaclón de normas propias como soluclón alterna-
tiva de conflictos. en conformldad a sus costumbres y procedimientos. siempre que no
sean contraIias a esta Constitución y las leyes. La ley compatibilizará estas funciones
con las atIibuciones de los Poderes dei Estado.
Articulo 172. EI Estado fomentará planes de colonización para el logro de una racional distIi-
bución demográfica y mejor explotaclón de la tierra y los recursos naturales dei país. contem-
plando pIioritaIiamente las áreas fronteIizas.
Articulo 173. EI Estado tiene la obligación de conceder créditos de fomento a los campesinos
para elevar la producclón agropecuaIia. Su conceslón se regulará mediante ley.
Articulo 174. Es función dei Estado la supervlgílancia e impulso de la alfabetización y educa-
ción dei campesino en los ciclos fundamental. técnico y profeslonal. de acuerdo a los planes
y programas de desarrollo rural. fomentando su acceso a la cultura en todas sus manifesta-
clones.
Articulo 175. EI Servicio Nacional de Reforma AgraIia tiene jurisdicción en todo el terIitoIio
de la República. Los títulos ejecutoIiales son definitivos. causan estado y no admiten ulteIior
recurso; estableciendo perfecto y pleno derecho de propiedad para su inscripción definitiva en
el Registro de Derechos Reales.
Articulo 176. No corresponde a la justicia ordinaIia revisar. modificar y menos anular las
decisiones de la judicatura agraIia cuyos fali os constituyen verdadesjuódlcas. comprobadas.
inamovibles y definitivas.

TíTULO CUARTO
RÉGIMEN CULTURAL
Articulo 177.
I. La educación es la más alta función dei Estado. y. en ejerclcio de esta función. deberá
fomentar la cultura dei pueblo.
11. Se garantiza la Iibeitad de enseiianza bajo la tuición dei Estado.
m. La educaclón fiscal es gratuita y se la imparte sobre la base de la escuela unificada
y democrática. En el cicIo pIimaIio es obligatoIia.
Articulo 178. EI Estado promoverá la educación vocaclonal y la enseiianza profesional técni-
ca oIientándola en función deI desarrollo económico y la soberanía dei pais.
Articulo 179. La alfabetizaclón es una necesidad social a la que deben contIibuir todos los
habitantes.
Articulo 180. EI Estado auxiliará a los estudiantes sin recursos económicos para que tengan
acceso a los ciclos supeIiores de enseiianza de modo que sean la vocación y la capacidad las
condiciones que prevalezcan sobre la poslción social o económica.
Articulo 181. Las escuelas de carácter particular estarán sometidas a las mismas autoIidades
que las públicasy se regirán por los planes. programas y reglamentos oficialmente aprobados.
Articulo 182. Se garantiza la Iibertad de enseiianza religiosa.
Articulo 183. Las escuelas sostenidas por instituciones de beneficencla recibirán la coope-
ración dei Estado.
Articulo 184. La educaclón fiscal y pIivada en los ciclos pre-escolar. pIimaIio. secundaIio. nor-
mal 'y especial. estará regida por el Estado mediante el MlnlsteIio dei ramo y de acuerdo ai
Código de Educaclón. EI personal docente es inamovible bajo las condiciones estipuladas por ley.
Articulo 185.
I. Las universidades públicas son autónomas e iguales en jerarquia. La autonomia con-
siste en la Iibre admlnistraclón de sus recursos. el nombramiento de sus rectores.
personal docente y administrativo. Ia elaboración y aprobaclón de sus estatutos. planes
de estudlo y presupuestos anuales. Ia aceptaclón de legados y donaciones y la celebra-
clón de contratos para realizar sus fines y sostener y perfeccionar sus institutos y facul-
tades. Podrán negociar empréstitos con garantia de sus bienes y recursos. previa apro-
bación legislativa.
133
PARLAMENTO CUL"T7.IRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

I!. Las universidades públicas constltulrán. en ejerclcio de su autonomía. Ia Unlversl-


dad Boliviana. Ia que coordlnará y programará sus fines y funciones mediante un orga-
nismo central de acuerdo a un plan nacional de desarroIlo unlversitarlo.
Artículo 186. Las universidades púbI1cas están autorizadas para extender diplomas académl-
cos y títulos en provlsión nacional.
Artículo 187. Las universidades públicas serán obllgatorla y suficientemente subvenciona-
das por el Estado con fondos naclonales, independlentemente de sus recursos departamenta-
les, municlpales y propios, creados o por crearse.
Articulo 188.
I. Las universidades privadas. reconocidas por el Poder Ejecutlvo. están autorizadas
para expedir diplomas académicos. Los títulos en Provlslón Nacional serán otorgados
por el Estado.
I!. EI Estado no subvencionará a las universidades privadas. EI funcionamlento de és-
tas, sus estatutos, programas y planes de estudlo requerlrán la aprobación previa dei
Poder Ejecutlvo.
m. No se otorgará autorlzación a las universidades privadas cuyos planes de estudlo no
aseguren una capacltaclón técnica. científica y cultural ai servlclo de la Naclón y dei
pueblo y no estén dentro dei espírltu que Informa la presente Constltución.
N. Para el otorgamlento de los diplomas académlcos de las universidades privadas. los
trlbunales examinadores, en los exámenes de grado. serán Integrados por delegados de
las universidades estatales, de acuerdo a ler.
Artículo 189. Todas las universidades dei país tlenen la obllgaclón de mantener institutos des-
tinados a la capacitación cultural, técnica y social de los traba,jadores y sectores populares.
Artículo 190. La educación. en todos sus grados. se halla sujeta a la tuición dei Estado ejerci-
da por Intermedio dei Ministerlo dei ramo.
Articulo 191.
I. Los monumentos y objetos arqueológicos son de propledad dei Estado. La riqueza artís-
tica colonial, la arqueológica. Ia histórica y documental. así como la procedente dei culto
religioso son tesoro cultural de la Nación, están bajo el amparo dei Estado y no pueden
ser exportadas.
11. EI Estado organizará un registro de la riqueza artística. histórica. religiosa y docu-
mentai, proveerá a su custodia y atenderá a su conservación.
m. EI Estado protegerá los ediflclos y objetos que sean declarados de valor histórico o
artístico.
Artículo 192. Las manifestaciones dei arte e industrlas populares son factores de la cultura
nacional y gozan de especial protecclón dei Estado. con el fln de conservar su autenticidad e
incrementar su producción y difuslón.

TíTULO QUINTO
RÉGIMEN FAMILIAR
Articulo 193. EI matrlmonio, la familla y la matemidad están bajo la protecclón dei Estado.
Artículo 194.
I. EI matrlmonlo descansa en la Igualdad de derechos y deberes de los cónyuges.
I!. Las uniones IIbres o de hecho. que reúnan condiciones de establlldad y slngularldad
y sean mantenldas entre personas con capacldad legal para contraer enlace. producen
efectos stmllares a los dei matrlmonlo en las relaciones personales y patrlmonlales de
los convlvlentes y en lo que respecta a los hijos nacldos de eIlas.
Artículo 195.
I. Todos los hljos, sin dlstlnción de opgen, tlenen Iguales derechos y deberes respecto a
sus progenitores.
I!. La filiaclón se establecerá por todos los medlos que sean conducentes la) demostrar-
la. de acuerdo ai réglmen que determine la ley.
Artículo 196. En los casos de separaclón de los cónyuges. Ia sltuaclón de los hijos se definirá
teniendo en cuenta el mejor cuidado e Interés moral y material de éstos. Las convenciones
134
CONSTlTUC/ÓN POLtr/CA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE SOLlV/A / TEXTO

que celebraren o las proposlclones que hlcleren los padres pueden aceptarse por la autoridad
judicial slempre que consulten dlcho Interés.
Articulo 197.
I. La autoridad dei padre y de la madre. así como la tutela. se establecen en Interés de
los hljos. de los menores y de los Inhabilltados. en armonía con los Intereses de la
famllia y de la socledad. La adopclón y las Instltuclones afines aella se organlzarán
Igualmente en beneficio de los menores.
11. Un código especial regulará las relaciones familiares.
Articulo 198. La ley determinará los bienes que formen el patrlmonio famillar Inalienable e
Inembargable. así como las asignaciones familiares de acuerdo ai réghnen de segurldad social.
Articulo 199.
I. EI Estado protegerá la salud fislca. mental y moral de la Infancia. y defenderá los
derechos deI nino ai hogar y a la educación.
11. Un código especial regulará la protección dei menor en armonía con la leglslación
general.

TíTULO SEXTO
RÉGIMEN MUNICIPAL
Articulo 200.
I. El gobiemo y la administración de los municlpios están a cargo de Gobiemos Munici-
pales autónomos y de igual jerarquia. En los cantones habrá agentes municipales bajo
supeIVisión y control dei Gobiemo Municipal de su jurlsdicción.
11. La autonomía municipal consiste en la potestad normativa. ejecutlva. administrati-
va y técnica en el âmbito de su jurisdicción y competencia territorial.
m. EI Gobiemo Municipal está a cargo de un Concejo y un Alcaide.
IV. Los Concejales son elegidos en votación universal. directa y secreta por un periodo
de cinco afios. siguiendo el sistema de representaclón proporcional determinado por
ley. Los agentes municipales se eleglrán de la misma forma. por simple mayoria de
sufragios.
V. Son candidatos a Alcaide quienes están inscritos en prlmer lugar en las listas de
Concejales de los partidos. EI Alcaide será elegido por mayoria absoluta de votos válidos.
VI. Si ninguno de los candidatos a Alcaide obtuvlera la mayoria absoluta. el Concejo
tomará a los dos que hubieran logrado el mayor número de sufragios válidos y de entre
ellos hará la elección por mayoria absoluta de votos válidos deI total de miembros dei
Concejo. mediante votación oral y nominal. En caso de empate se repetirá la votación
oral y nominal por dos veces consecutivas. De persistir el empate se proclamará Alcaide
ai candidato que hublere logrado la mayoria shnple en la elección municipal. La elec-
clón y el cómputo se harán en sesión pública y permanente por razón de tlempo y mate-
ria y la proclamación mediante Resoluclón Municipal.
VII. La ley determina el número de miembros de los Concejos Munlclpales.
Articulo 201.
I. EI Concejo Municipal tlene potestad normatlvay fiscalizadora. Los Gobiemos Munici-
pales no podrán establecer tributos que no sean tasas o patentes cuya creaclón requie-
re aprobación previa de la Câmara de Senadores. basada en un dictamen técnico dei
Poder Ejecutlvo. EI AlcaIde Municipal tlene potestad ejecutlva. administrativa y técnica
en el âmbito de su competencla.
lI. Cumplido por lo menos un afio desde la posesión dei AlcaIde que hubiese sido elegido
conforme ai párrafo VI dei artículo 200. el Concejo podrá censurarlo y removerlo por tres
quintos dei total de sus miembros mediante voto constructlvo de censura siempre que
simultáneamente elija ai sucesor de entre los Concejales. EI sucesor así elegido ejer-
cerá el cargo hasta concluir el periodo respectivo. Este procedhniento no podrá volverse
a Intentar sino hasta cumplido un afio después dei cambio de un AlcaIde. ni tampoco en
el último afio de gestlón municipal.
Articulo 202. Las municipalidades pueden asociarse o mancomunarse entre sí y convenir
135
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSLfR (PARCUM)

todo tipo de contratos con personas individuales o colectlvas de derecho público y privado para
el mejor cumpllmlento de sus fines. con excepclón de lo preselito en la atIibuclón 5 dei artículo
59 de esta· Constltuclón.
Articulo 203. Cada Munlcipio tlene unajulisdicción terrttolial continua determinada por ley.
Articulo 204. Para ser elgldo Concejal o Agente Cantonal se requlere tener como mínimo
velntlún anos de edad y estar domiciliado en la julisdlcclón municipal respectiva durante el
ano antelior a la elecclón. .
Articulo 205. La ley determina la organizaclón y atIibuclones deI Goblerno Municipal.
Articulo 206. Dentro dei radlo urbano los propletaIios no podrán poseer extenslones de sueIo
no edificadas mayores que las f!jadas por la ley. Las superflcles excedentes podrán ser expro-
piadas y destinadas a la construcclón de vlvlendas (de interéS social).

TíTULO SEPTIMO
RÉGIMEN DE LAS FUERZAS ARMADAS
Articulo 207. Las Fuerzas Armadas de la Nación están orgánlcamente constltuldas por el
Comando en Jefe. Ejérclto. Fuerza Aérea y Fuerza Naval. cuyos efectlvos serán fijados por el
Poder Legislativo. a proposiclón dei Ejecutivo.
Articulo 208. Las Fuerzas Armadas tienen por mlslón fundamental defender y conservar la
independencia nacional. Ia segulidad y establlldad de la República y el honor y soberania
naclonales; asegurar el impelio de la Constltución Política. garantizar la establlidad dei Go-
bierno legalmente constituido y cooperar en el desarroIlo integral dei país.
Articulo 209. La organlzaclón de las Fuerzas Armadas descansa en su jerarquia y disciplina.
Es esencialmente obediente. no delibera y está sujeta a las leyes y reglamentos militares.
Como organismo institucional no realiza acción política. pero indiv1dualmente sus mlembros
gozan y ejercen los derechos de cludadania en las condiciones establecldas por ley.
Articulo 210.
I. Las Fuerzas Armadas dependen dei Presidente de la República y reclben sus órdenes,
en lo administrativo. por intermedio dei Ministro de Defensa Nacional; y en lo técnico.
dei Comandante en Jefe.
11. En caso de guerra el Comandante en Jefe de las Fuerzas Armadas dlIiglrá las opera-
clones.
Articulo 211.
I. Nlngún extranjero ejercerá mando nl empleo o cargo administrativo en las Fuerzas
Armadas sln previa autoIizaclón dei Capltán General.
11. Para desempenar los cargos de Comandante en Jefe de las Fuerzas Armadas. Jefe dei
Estado Mayor General. Comandantes y Jefes de Estado Mayor deI Ejérclto. Fuerza Aérea.
Fuerza Naval y de grandes unidades. es indlspensable ser boliviano de naclmlento y
reunir los requisitos que senala la ley. Iguales condiciones serán necesaIias para ser
SubsecretaIio dei Mlnlstelio de Defensa Nacional.
Articulo 212. EI Consejo Supremo de Defensa Nacional. cuya composlción. organizaclón y atri-
buclonesdeterminará la ley. estará presidido por el Capttán General de las Fuerzas Armadas.
Articulo 213. Todo boliviano está obllgado a prestar serviclo militar de acuerdo a ley.
Articulo 214. Los ascensos en las Fuerzas Armadas serán otorgados conforme a la ley res-
pectiva.

TíTULO OCTAVO
RÉGIMEN DE LA POLIciA NACIONAL
Articulo 215.
I. La Polida Nacional. como fuerza pública. tlene la mlsión específica de la defensa de la
socledad y la conservaclón dei orden público y el cumpllmlento de las leyes en todo el
terrttolio nacional. Ejerce la funclón policiai de manera Integral y bajo mando único. en
conformidad con su Ley Orgánlca y las Leyes de la República.
136
CONST7TUC/ÓN POLfr/CA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE SOLlVlA / TEXTO

11. Como Instltuclónno delibera nl participa en acclón política partldarta. pero indivi-
dualmente sus mlembros gozan y ejercen sus derechos cludadanos de acuerdo a ley.
Articulo 216. Las Fuerzas de la Policia Nacional dependen dei Presidente de la República por
Intermedlo deI Mlnlsterlo de Goblerno.
Articulo 217. Para ser designado Comandante General de la Policia Nacional. es Indlspensa-
ble ser boliviano de naclmlento. General de la Instltuclón y reunir los requisitos que seiíala
la ley.
Articulo 218. En caso de guerra Internacional. Ias fuerzas de la Policia Nacional pasan a
depender dei Comando en Jefe de las Fuerzas Armadas por el tlempo que dure el confllcto.

TíTULO NOVENO
RÉGIMEN ELECTORAL
CAPíTULO I
ELSUFRAGIO
Articulo 219. El sufraglo constltuye la base dei réglmen democrático representativo y se
funda en el voto universal, dlrecto e Igual. Individuai y secreto, libre y obligatorlo, en el escru-
tlnlo público y en el sistema de representaclón proporcional.
Articulo 220.
I. Son electores todos los bolivianos mayores de dleclocho anos de edad. cualqulera sea
su grado de Instrucclón y ocupaclón, sln más requisito que su Inscrlpclón obligatorla en el
Registro ElectoraI.
11. En las elecclones munlclpales votarán los cludadanos extranjeros en las condiciones
que establezca la ley.
Articulo 221. Son eleglbles los cludadanos que reúnan los requisitos establecldos por la
Constltuclón y la ley.

CAPITULO 11
LOS PARTIDOS POLfTICOS
Articuio 222. Los ciudadanos tlenen el derecho de organlzarse en partidos políticos con arre-
glo a la presente Constltuclón y la Ley Electoral.
Articulo 223. La representaclón popular se ejerce por medlo de los partidos políticos o de los
frentes o coallclones formadas por éstos. Las agrupaclones civlcas representativas de las
fuerzas vivas dei pais. con personalldad reconoclda, podrán formar parte de dlchos frentes o
coa\lclones de partidos y presentar sus candidatos a Presidente y Vlcepresldente de la Repú-
blica, Senadores, Dlputados y Concejales.
Articulo 224. Los partidos políticos se reglstrarán y harán reconocer su personalldad por la
Corte Nacional ElectoraI.

CAPíTULO 111
LOS 6RGANOS ELECTORALES
Articulo 225. Los órganos electorales son:
1) La Corte Nacional Electoral;
2) Las Cortes Departamentales;
3) Los Juzgados Electorales;
4) Los Jurados de las Mesas de Sufraglos;
5) Los Notarlos Electorales y otros funclonarlos que la ley respectiva Instltuya.
Articulo 226. Se establece y garantlza la autonomia. Independencla e Imparclalldad de los
órganos electorales.
Articulo 227. La composlclón asi como Iajurlsdlcclón y competencla de los órganos electora-
les serán establecldas por ley.
137
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

PARTE CUARTA
PRIMACíA Y REFORMA DE LA CONSTITUCIÓN

TíTULO I
PRIMACíA DE LA CONSTITUCIÓN
Articulo 228. La Constitución Política dei Estado es la ley suprema deI ordenarniento juridico
nacional. Los tribunales. jueces y autoridades la aplicarán con preferencla a las leyes, y éstas
con preferencia a cualesquiera otras resoluciones.
Articulo 229. Los principios, garantias y derechos reconocidos por esta Constitución no pue-
den ser alterados por las leyes que regulen su ejerciclo ni necesitan de reglarnentación pre-
via para su cumplimiento.

TíTULO SEGUNDO
REFORMA DE LA CONSTITUCIÓN
Articulo 230.
I. Esta Constltución puede ser parcialmente reformada, previa declaración de la nece-
sidad de la reforma, la que se determinaria con precisión en una ley ordinarla aprobada
por dos tercios de los miembros presentes en cada una de las Câmaras.
11. Esta ley puede ser iniciada en cualquiera de las Câmaras, en la forma establecida
por esta Constitución.
111. La ley declaratoria de la reforma será enviada ai Ejecutlvo para su promulgación, sin
que éste pueda vetarIa.
Articulo 231.
I. En las prlrneras seslones de la legislatura de un nuevo periodo constitucional se
considerará el asunto por la Câmara que proyectó la reforma y, si ésta fuere aprobada
por dos tercios de votos, se pasará a la otra para su revisión, la que tarnbién requerlrá
dos tercios.
lI. Los demás trâmites serán los mismos que la Constltución seiíala para las relaciones
entre las dos Câmaras.
Articulo 232.
I. Las Cámaras deliberarán y votarán la reforma ajustándola a las disposiciones que
determlnen la ley de declaratoria de aquélla.
11. La reforma sancionada pasará el Ejecutivo para su promulgación, sin que el Presi-
dente de la República pueda observarIa.
Articulo 233. Cuando la enmienda sea relativa ai periodo constitucional dei Presidente de la
República, será cumplida sólo en el siguiente periodo.
Articulo 234. Es facultad deI Congreso dictar leyes interpretativas de la Constltución. Estas
leyes requieren dos tercios de votos para su aprobación y no pueden ser vetadas por el Presi-
dente de la República.
Articulo 235. Quedan abrogadas las leyes y disposiciones que se opongan a esta Constltución.

DISPOSICIONES TRANSITaRIAS
Articulo 1. En tanto el Tribunal Constitucional y el Consejo de la Judicatura no se designen
por el Congreso Nacional, el Poder Judicial continuará trabajando de acuerdo ai Título 111,
Parte Segunda, de la Constltución Política dei Estado de 2 de febrero de 1967.
Articulo 2. EI nombrarniento de Ministros de la Corte Suprema de Justlcia, Vocales, Jueces y
personal subalterno de las Cortes Departamentales, hasta que no se promulgue la ley que
regule el funcionarniento deI Consejo de la Judicatura, se reglrá por lo dispuesto en el Título
111, Parte Segunda de la Constltución Política deI Estado de 2 de febrero de 1967 y la Ley de
Organizaclón Judicial.
Articulo 3. Los nuevos periodos constitucionales dei Presidente y Vicepresldente de la Repú-
138
CONSTITUCIÓN POLfrlCA DEL ESTADO DELA REPÚBLICA DE SOL/VIA / TEXTO

blica y de los Senadores y Dlputados, AlcaIdes y Concejales a los que se reflere la presente ley
se apllcarán a partir de la fecha de la renovaclón deI correspondlente poder. órgano o autOli-
dado En el caso de la prlmera elección para Concejales. Alcaides y Agentes Munlclpales bajo
las normas de la presente ley, los mlsmos ejercerán su mandato por un perlodo compatlble
con el que se requlera para su renovación a mltad dei período constitucional de cinco anos.
Artículo 4: Los juicios de responsabilldad contra el Presidente y el Vicepresldente de la Repú-
blica. Ministros de Estado y Prefectos de Departamento, mlentras no sea promulgada una
nueva Ley de Resposanbilldades, se substanclarán y resolverán de acuerdo a las prevlslones
de la Constltuclón Políttca deI Estado de 2 de febrero de 1967 y las Leyes especlales de 31 de
octubre de 1884 y 23 de octubre de 1944.
Artículo 5. Las adecuaciones y concordanclas de la Constltuclón Política deI Estado a las que
se reflere el artículo transltorlo de la Ley N° 1473 de 1° de abril de 1993. se aprobarán por ley
ordlnaria, con dos terclos de los miembros de cada Câmara, y contendrâ el texto completo de
la Constttuclón.
Remítase ai Poder Ejecuttvo para fines constttuclonales.

Sala de Seslones deI H. Congreso Nacional


La Paz. 30 de enero de 1995.

La Constltución Polltlca deI Estado de la República de Bolivia fue sancionada por la H. Asam-
blea Constltuyente 1966-1967. Promulgada el2 de febrero de 1967. Reformada por la Ley N°
1473 de 1° de abril de 1993 (Ley de Necesldad de Reforma de la Constltuclón Política deI
Estado); Ley N° 1585 de 12 de agosto de 1994 (Ley de Reforma de la Constttuclón Política dei
Estado) y Ley N° 1615 de 6 de febrero de 1995 (Ley de Adecuaclones y Concordancias de la
Constttución Política dei Estado. Texto Completo). Para esta edlclón se ha seguido el texto de
,Constltuclón Política deI Estado. 6 de febrero de 1995. Concordada», Servando Serrano Torlco.
Abogado. Editor Autorizado, Editorial Serrano. Editores e Impresores. Cochabamba, República
de Bolivia, 1995.
139
CONSTITUICÁO
3

DA REPÚBLICA
FEDERATIVA
DO BRASIL
CONSTITUiÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ANTECEDENTES DE LA CONSTITUCIÓN
DE LA REPÚBLICA FEDERATIVA DEL BRASIL

L
a evoluclón constitucional brasilefia cuenta con dos importantes momentos específi-
cos. Por una parte. Brasil tuvo durante un amplio período dei siglo XIX una forma monár-
quica de goblerno, durante cuyo transcurso estuvo vigente la Constitución del25 de mar-
zo de 1824. Ia que fue ampliamente reformada en el afio 1834.
Por otra parte, con la Implantacíón de la república el 15 de noviembre de 1889. se esta-
bleció una estructura federal, que se Incorporó en la Constitución del 24 defebrero de 1891 y
que se relteró en las similares dei 16 deJulio de 1934 Y dei 18 de septiembre de 1946, a excep-
ción de la Constitución del 19 de noviembre de 1937, aprobada por Iniciativa dei presidente
Getulio VARGAS.
La Constitución actualmente vigente ha sido elaborada en el marco dei proceso de aper-
tura dei réglmen militar Instaurado en el afio 1964, bajo cuya vlgencla se mantuvo la apa-
riencia de réglmen constitucional matizado por una serle de actas Instituclonales.
Ese proceso de cambio se Inlcló con las elecclones munlclpales y legislativas de 1982.
en las cuales se destacan los resultados positivos obtenldos por la oposlclón pese ai triunfo dei
Partido Democrático Social, en cuyo contexto tuvo lugar en el afio 1985 la elecclón de Tancredo
NEVES como presidente y de José SARNEY como vlcepresldente. ambos avalados por el Partido
dei Movlmlento Democrático Brasilefio (PMDB) y el Partido dei Frente Liberal frente ai candi-
dato oficial. Paulo MALUF.
EI 15 de novlembre de 1986 se celebraron las elecclones constituyentes que arrojaron
un claro triunfo dei PMDB. el cual había liderado la oposlclón ai réglmen militar. El proceso
constituyente quedó concluldo el 5 de octubre de 1988, fecha en la cual quedó promulgada la
nueva constitución que Incluyó innovaclones de relevante importancia para el constitucio-
nalismo brasilefio.
SIn embargo, aquélla dejó abierto el proceso constltuyente dado que su dlsposiclón tran-
sitoria segunda prescribía la reallzaclón de un plebiscito a celebrarse el 7 de septiembre de
1993 mediante el cual el electorado debia definir la forma de goblerno, 'república o monarquia
constitucional,. y el sistema de gobiemo, 'parlamentarismo o presidencialismo'. que debía regir
en el pais. Aslmlsmo. la dlsposlclón transltoria tercera. dlspuso que el mismo afio, el Congre-
so Nacional debía realizar la revlslón de la constltuclón por el voto de la mayona absoluta de
sus Integrantes reunidos en seslón unicameral.
Su constltuclón ai referirse a sus prlnclplos fundamentales (Titulo 1), definló su forma
de goblerno como un Estado democrático de derecho. ejercldo por medlo de sus representan-
tes y bajo un sistema de Unlón de Estados y Munlclplos en República Federal.
En la parte final dei mencionado título, dlspone que la República Federativa dei Brasil
buscará la Integraclón económlca, política, social y cultural con los pueblos de América Lati-
na. con vistas a la formaclón de una comunldad latlnoamericana de naclones.
Se efectuaron numerosas enmlendas constltuclonales desde 1994 hasta la fecha, las
que están Incorporadas aI texto publicado y flguran consignadas específlcamente al fln deI
mlsmo.

143
CONSTITUIÇÃO
Da República Federativa do Brasil

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia


Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático,
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais,
a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igual-
dade e a justiça como valores supremos de uma sociedade frater-
na, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus,
a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.

145
TÍTULO I
. Dos Princípios Fundamentais

Art. l~ A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de
direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
11 - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de repre-
sentantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2~ São Poderes da União, independentes e hannônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário. .

Art. 3~ Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
11 - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4~ A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
11 - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII -repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econô-
mica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formaçào de
uma comunidade latino-americana de nações.

Dos Princípios Fundamentais


146
TÍTULO 11
Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I
Dos Direitos e Deveres
Individuais e Coletivos

Art. 5! Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantin-
do-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degra-
dante;
IV - é livre a manifestação do pensamento; sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da inde-
nização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
IhTe exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais
de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artistica, cientifica e de co-
municação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
XI - a casa é asilo inviolável do individuo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou pará
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial,
rias hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fms de investigação criminal ou
instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, oficío ou profissão, atendidas
as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Dos Direitos e Garantias Fundamentais 147


XIV - é assegurado a todos o acesso à infonnação e resguardado o sigilo da
fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qual-
quer pessoa, nos tennos da lei, nele entrar, pennanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anterionnente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fms lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na fonna da lei, a de cooperativas indepen-
dem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só podemo ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a pennanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legi-
timidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade
ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim defmida em lei, desde que trabalha-
da pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de fmanciar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos tennos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução
da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem
ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações
sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio tempo-
rário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade
das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

--------------=-------;----.:-:----=--:------;------,
148 Constituiçõo da República Federativa do Brasil
Art. 52

xxx - é garantido o direito de herança;


XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela
lei brasileira em beneficio do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII -- todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de :;0;;:':
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da
lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
à segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato juódico perfeito e a
coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der
a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal; .
XL- a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito
à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
defmidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

Dos Direitos e Garantias Fundamentais 149


XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as
seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo· em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com
a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade fisica e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer
com seus filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
i,lícito de entorpecentes e drogas afms, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de
opinião;
LlII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal,
salvo nas hipóteses previstas em lei;
LlX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

150 Constituiçõo da República Federativa do Brasil


Art. 52

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, defmidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permane::-~r
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou
por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadim-
plemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegali-
dade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurançapara proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoajuridica no
exercício de atribuições do poder público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente consti-
tuída e em funcionamento há pelo menos um ano, emdefesa dos interesses
de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
reguÍamentadora tome inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do im-
petrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades gover-
namentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise
a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que O Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que com-
provarem insuficiência de recursos;

Dos Direitos e Garantias FundamentaiS 151


LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o
que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
§ 1~ As normas defmidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.
§ 2~ Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.

CAPÍTULO 11
Dos Direitos Sociais

Art. 6~* São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à inf'ancia, a assistência
aos desamparados, na forma desta Constituição.

Art. 7~** São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que vi-
sem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa,
nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
11 - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de aten-
der às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com rea-
justes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor
da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
* EC nQ 26/2000.
** EC nQ
20/98 e EC nQ 28/2000.

152 Constituição da República Federativa do Brasil


Am. 5.!a 71

x - proteção do salário na fonna da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;


XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração,
e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em
lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução dajornada, median-
te acordo ou convenção coletivade-traba1h(}f-
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos
de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cin-
qüenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos espe-
cíficos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de
trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saú-
de, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubrés ou
perigosas, na forma da lei; .
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até
seis anos de idade em creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na fonna da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo úu culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
a) (Revogada).
b) (Revogada).

Dos Direitos e Garantias Fundamentais 153


xxx - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de crité-
rio de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios
de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual
ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito-e-de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXXIV - igualdade-dedireitos-entreotrabalhadorcom :v-ÍDculoempr.egatício
pennanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os
direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem
como a sua integração à previdência social.

Art. 8~ É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao poder público a interferência
e a intervenção na organização sindical;
11 - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer
grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesmabase territori-
al, que será defmida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo
ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou indivi-
duais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da repre-
sentação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais:
VIII - é vedada a dispensa do empregado si:ldicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente,
até um ano após o fmal do mandato, salvo se cometer falta grave nos tennos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindica-
tos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9~ É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a


oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que jevam por meio dele defender.
§ 12 A lei defmirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendi-
mento das necessidades inadiáveis da comunidade.

154 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 72 a 12

§ 2~ Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.


Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos
colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários
sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de
um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
direto com os empregadores.

CAPÍTULO III
Da Nacionalidade

Art. 12.* São brasileiros:


I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;'
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde
que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qual-
quer.tempo~peJanacionalidade brasileira;
11 - naturalizados:
a) os que, na fonna da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federa-
tiva do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal,
desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1~ Aos portugueses com residência permanente no Pais, se houver reciprocidade
em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os
casos previstos nesta Constituição.
§ 2~ A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturaliza-
dos, salvo nos casos previstos nesta Constituiçã,).
§ 3~ São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
11 - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;

• ECR n~ 3/94 e EC n~ 23/99.

Dos Direitos e Garantias Fundamentais 155


VI - de oficial das Forças Annadas;
VII-- de Ministro de Estado da Defesa.
* 4" Será declarada a perda da nacionalidade do bra..ileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional;
11 - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
u) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
h) de imposição de naturalização, pela nonna estrangeira, ao brasileiro resI-
dente em Estado estrangeiro, como condição para pennanência em seu
território ou para o exercício de direitos civis.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
*I" São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as annas
e o selo nacionais.
* 2" Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
CAPÍTULO IV
Dos-Dirdlos PoIítlco-s-

Ar't. 14.* A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos tennos da lei, mediante:
I - plebiscito;
11 - referendo;
III -- iniciativa popular.
* I" O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
11 - facultativos para:
u) os analfabetos;
h) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos,
* 2" Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos.
* 3° São condições de elegibilidade, na fonna da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
11 - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

* ECR n" 4/94 e EC n~ 16/97.

156 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 12 a 15

v - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 42 São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 52 O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal,
os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão
ser reeleitos para um único período subseqüente.
§ 62 Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores
de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos man-
datos até seis meses antes do pleito.
§ 72 São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afms, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República,
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 82 O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
11 - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade supe-
rior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
§ 9 2 Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o
exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exer-
cício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do
poder econômico, corrupção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, res-
pondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se
dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
11 - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

Dos Direitos e Garantias Fundamentais 157


IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa,
nos termos do art. 5~, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4~.
Art. 16.* A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

CAPÍTULO V
Dos Partidos Políticos

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,


resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
11 - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à.Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ l~ É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de
fidelidade e disciplina partidárias.
§ 2~ Os partidos políticos, após adquirirem personalidade juridica, na forma da
lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3~ Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
§ 4~ É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

* EC n2 4/93.

158 Constituição da República Federativa do Brasil


TÍTULO 111
Da Organização do Estado

CAPÍTIJLOI
Da Organização Politico-Administrativa

Art. 18.· A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição.
§ 12 Brasília é a Capital Federal.
§ 22 Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 32 Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.
§ 42 A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-
se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publioados na forma da lei.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
11 - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

CAPÍTIJLo 11
Da União

Art. 20. São bens da União:


I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
11 - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações
e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio,
ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam

• EC n2 15/96.

Da Organização do Estado 159


a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as
praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as
praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas
no art. 26, 11;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica
exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ l~ É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
fmanceira por essa exploração.
§ 2~ A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa
do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Art. 21.* Compete à União:


I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações
internacionais;
11 - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII -emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de
natureza fmanceira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as
de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território
e de desenvolvimento econômico e social;

• EC n2 8/95 e EC n2 19/98.

160 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 20 e 21

x - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;


XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão,
os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização
dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético
dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os
potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros
e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou
Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de pas-
sageiros;
f) os portos maritimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defenso-
ria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência fmanceira ao Distrito Federal
para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia
e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de
programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades
públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e defmir
critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
_ XXII - executar os serviços de polícia maritima, aeroportuária e de fronteiras;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda ativi~de nuclear em território nacional somente será admitida para
fms pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;

Da Organização do Estado 161


b) sob regime de concessão ou pennissão, é autorizada a utilização de radio-
isótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e
atividades análogas;
c) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de
culpa;
XXIV - organizar, mankI' e executar a ins.1'eção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de
garimpagem, em fonna associativa.

Art. 22.* Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aero-
náutico, espacial e do trabalho;
11 - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de
guerra;
IV - águas, energia, infonnática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício
de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública
do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI- nonnas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias,convo-
cação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

* EC n2 19/98.

162 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 21 a 23

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária


federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
-X-X\ll- atividades nucleares 4~ qualquer natureza;
XXVII - nonnas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades,
para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Esta-
dos, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos tennos do art. 173, § l~, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e
mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões esp.ecíficas das matérias relacionadas neste artigo.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e
conservar o patrimônio público;
11 - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico
e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte ede
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas fonnas;
VII - preservar as florestas, a fauna e .a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo
a integração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Lei complementar fixará nonnas para a cooperação entre a
União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Da Organização do Estado 163


Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrente-
mente sobre:
I - direito tributário, fmanceiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
11 - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
, VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e
dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turistico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à inf'ancia e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ I!! No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
§ 2!! A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a com-
petência suplementar dos Estados.
§ 3~ Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4~ A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da
lei estadual, no que lhe for contrário.

CAPÍTULom
Dos Estados Federados

Art. 25.* Os Estados organizam~se e regem-se pelas Constituições e leis que ado-
tarem, observados os princípios desta Constituição.
§ I!! São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas
por esta Con~tituição.
§ 2~ Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços

* EC n2 5/95.
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164 Constituição da República Federativa do Brasil
Arts. 24 a 28

locais de gás canalizado, na fonna da lei, vedada a edição de medida provisória para a
sua regulamentação.
§ 32 Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiõeS., constituídas por agrupamentos de Municí-
pios limítrofes, para integrar a organiza~ão, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum. .
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,
ressalvadas, neste caso, na fonna da lei, as decorrentes de obras da União;
11 - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não ~ompreendidas entre as .da União.

Art. 27.* O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao tri-


pio da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de
trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de
doze.
§ 12 Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-Ihes
as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças
Annadas.
§ 22 O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da
Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele
estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os
arts. 39, § 4 2, 57, § 72,150,11,153, m, e 153,§ 22, I.
§ 32 Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno,
polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 42 A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Art. 28.** A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato


de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
ténnino do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro
do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art.n.
§ 12 Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na
administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso
público. e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
§ 22 Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dosSecretários de Estado
serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem
os arts. 37, XI, 39, § 42,150,11,153, m, e 153, § 22, I.

'" EC n2 1192 e EC n2 19/98.


*'" EC nQ 16/97 e EC n2 19/98.

Da Organização do Estado 165


CAPÍ1lJLON
Dos Municípios
Art. 29.* O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprováda por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a pronrolgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição,
na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de
quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
Il- eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de
outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as
regras do art. 77 no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia l~ de janeiro do ano subse-
qüente ao da eleição;
N - número de Vereadores proporcional à população do Município, observados
os seguintes limites:
a) mínimo de nove e máximo de vinte e um nos Municípios de até um milhão
de habitantes;
b) mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios de mais
de um milhão e menos de cinco milhões de habitantes;
c) mínimo de quarenta e dois e máximo de cinqüenta e cinco nos Municípios
de mais de cinco milhões de habitantes;
. V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados
por lei de iniciativa da Câmara MUIÚcipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39,
§ 4~, 150, n, 153, m, e 153, § 2~, I;
VI - o subsídio dos Vereadores será fIxado pelas respectivas Câmaras
Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta
Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os
seguintes limites máximos:
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio
máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos
Deputados Estaduais;
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio
máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio
dos Deputados Estaduais;
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio
máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio
dos Deputados Estaduais;
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsí-
dio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsí-
dio dos Deputados Estaduais;

• EC n~ 1/92, EC n~ 16/97, EC n~ 19/98 e EC il~ 25/2000.

166 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 29 a 29-A

j) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo


dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos
Deputados Estaduais;
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores hão poderá
ultrapassar o montante de cinco por cento da rec.eita do Município;
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município;
IX - proibições e incoJP.patibilidades, no exercício da vereança, similares, no
que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional
e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa;
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;
XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município,
da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do
eleitorado;
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único l •

Art. 29-A.· O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os


subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar
os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferên-
cias previstas no § 52 do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no
exerêício anterior:
I - oito por cento para Municípios com população de até cem mil habitantes;
11 - sete por cento para Municípios com população entre cem mil e um e trezen-
tos mil habitantes;
III - seis por cento para Municípios com população entre trezentos mil eum
e quinhentos mil habitantes;
IV - cinco por cento para Municípios com população acima de quinhentos mil
habitantes.
§ 12 A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com
folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
§ 22 Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:
I - efetuar repasse que supere os limites defmidos neste artigo;
11 - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
§ 32 Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o
desrespeíto ao § 12 deste artigo.

1 Leia-se "§ 12", por força do disposto na EC n2 19/98, art. 22,


... EC n2 25/2000.

Da Organização do Estado 167


Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
11 - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar
suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes
nos prazos fIxados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem
caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e fmanceira da União e do Estado,
programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;
Vli- prestar, com a cooperação técnica e fmanceira da União e do Estado,
serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo munici-
pal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executi-
vo municipal, na forma da lei.
§ 1~ O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2~ O parecer prévio, emitido pelo órgão competente, sobre as contas que o
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos membros da Câmara Municipal.
§ 3~ As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questio-
nar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4~ É vedada a criação de tribunais, Conselhos ou órgãos de contas municipais.

CAPÍTULO V
Do Distrito Federal
e dos Territórios

SEÇÃO I
Do Distrito Federal

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei
orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabe-
lecidos nesta Constituição.

168 Constituiçõo da República Federativa do Brasil


Arts. 30 a 34

§ 12 Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas


aos Estados e Municípios. .
§ 22 A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art.
77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Esta-
duais, para mandato de igual duração.
§ 32 Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 42 Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das
polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.

SEçÃon
Dos Territórios
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa ejudiciária dos Territórios.
§ 1 Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará,
2
no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 22 As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional,
com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 32 Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador,
nomeado na forma desta. Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda
instâncias, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá
sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

CAPÍTULO VI
Da Intervenção

Art. 34.* A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
11 - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
. IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da
Federação;
V - reorganizar as fmanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos conse·
cutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Cons-
tituição dentro dos ~razos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observ,cia dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

• EC n!! 14/96 e EC n2 29/2000.

Da Organização do Estado 169


b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
.d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desen-
volvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 35. * O Estado nao intervirá emseus-Municípios, nem-a União nes-Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixm- de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos,
a dívida fundada;
11 - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manuten-
ção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a
observância de princípios indicados na Constituição estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder
Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a
coação for exercida contra o Poder Judiciário;
11 - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do
Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior
Eleitoral;
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII;
IV - de provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do
Procurador-Geral da República, no caso de recusa à execução de lei federal.
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições
de execução e que,se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do
Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e
quatro horas.
§ 22 Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa,
far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciaçlo pelo
Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar·se·á a suspen·
der a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
normalidade.
§ 42 Cessados os motivos da intervençlo, as autoridades afastadas de Seul car-
gos a estes voltarlo, salvo impedimento lesal.

• EC ni 29/2000.

170 Conltltuic;Oo da República F.deratlvo do Brasil


Arts. 34 a 37

CAPÍTULO VII
Da Administração Pública

SEÇÃO I
Disposições Gerais

Art. 37.* A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedeceráam.princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma
da lei;
11 - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea-
ções para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
111- o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
pri()ridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupan-
tes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX -- a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4~ do
art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a ini-
ciativaprivativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data
e sem distinção de indices;
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empre-
gos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,

• EC n!! 18/98, EC nQ 19/98 e EC nQ 20/98.

Da Organização do Estado 171


pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, inclu-
ídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário
não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remunera-
tórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados para fms de concessão de acréscimos ulteriores;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e
nos arts. 39, §~, 150,11, 153,III,e 153, § 2Q,I;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso odisposto no
inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos privativos de médico;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indrretamente, pelo poder público;
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de
suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores adminis-
trativos, na forma da lei;
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo
à lei complementar, neste último caso, defmir as áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias
das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer
delas em empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
§ lQ A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos ór-
gãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pes-
soal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2Q A não-observância do disposto nos incisos 11 e III implicará a nulidade do
ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

172 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 37 e 38

§ 3!! A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração


pública direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asse-
guradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica,
externa e interna, da qualidade dos serviços;
11 - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre
atos de governo, observado o disposto no art. 52, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de
cargo, emprego ou função na administração pública.
§ 4!! Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 52 A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento.
§ 62 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
§ 7!! A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou
emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações
privilegiadas.
§ 8!! A autonomia gerencial, orçamentária e fmanceira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado
entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas
de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
11 - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações
e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
§ 9!! O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de
economia mista e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados,
do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral.
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes
do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função
pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Art. 38.* Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional,


no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

• EC nº 19/98.

Da Organização do Estado
173
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado
de seu cargo, emprego ou função;
11 - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sqa remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração
do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso
anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento;
V - para efeito de beneficio previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.

SEçÃon
Dos Servidores Públicos*
Art. 39.** A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servi-
dores designados pelos respectivos Poderes.
§ 12 A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema
remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes de cada carreira;
11 - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 22 A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a
formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação
nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebra-
ção de convênios ou contratos entre os entes federados.
§ 32 Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art.
72, IV, VII, VllI, IX, XII, Xln, :xv, XVI, xvn, XVIn, XIX,:XX, XXII e:XXX, podendo
a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do
cargo o exigir.
§ 42 O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado
e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por sub-
sídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional,
abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em
qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. .
§ 52 Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá
estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

• EC nQ 18/98.
•• EC nQ 19/98.

174 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 38 a 40

§ 62 Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os


valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.
§ 72 Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará
a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de
programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional
ou prêmio de produtividade.
§ 82 A remuneração dos seÍvidores públicos organizados em carreira poderá ser
fixada nos termos do § 4!i.

Art. 40.* Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegura-
do regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios que preservem
o equilíbrio fmanceiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 12 Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo
serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na
forma do § 32:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei;
11 - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais
ao tempo de contribuição;
m- voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo
exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposenta-
doria, observadas as seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e
cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se
mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 22 Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua conces-
são, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em
que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
§ 32 Os proventos da aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão cal-
culados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a
aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneraçijo.
§ 42 É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão
de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os
casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudi-
quem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar.
§ 52 Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, em relação ao disposto no § 12, I1I, a, para o professor que comprove exclusiva-

'" EC n2 3/93 e EC n2 20/98.

Da Organização do Estado
175
mente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio.
§ 6~ Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma
desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
regime de previdência previsto neste artigo.
§ 7~ Lei disporá sobre a concessão do beneficio da pensão por morte, que será igual
ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito
o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no § 3~.
§ 8~ Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de aposentadoria e pensões
serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a
remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposenta-
dos e aos pensionistas quaisquer beneficios ou vantagens posteriormente concedi-
das aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou
reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão, na forma da lei.
§ 9~ O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efei-
to de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de
contribuição fictício.
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inati-
vidade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos,
bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previ-
dência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com
remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores
públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios
fixados para o regime geral de previdência social.
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego
público, aplica-se o regime geral de previdência social.
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam
regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de·
cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem con-
cedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os
beneficios do regime geral de previdência social de que trata o art. 20 I.
§ 15. Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre as normas
gerais para a instituição de regime de previdência complementar pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titulares
de cargo efetivo.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15
poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da
publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência comple-
mentar.

Constituição da República Federativa do Brasil


176
Arts. 40 a 43

Art. 41.* São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 12 O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
11 - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, assegurada ampla defesa.
§ 22 Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, .se estável, reconduzido ao cargo de
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibi-
lidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 32 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu ade-
quado aproveitamento em outro cargo.
§ 42 Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa fmalidade.

SEçÃom
Dos Militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios*'"

Art. 42.*** Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares,


instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 12 Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 82; do art. 40, § 92; e do
art. 142, §§ 22 e 32, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art.
142, § 32, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos gover-
nadores.
§ 2 2 Aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e a seus
pensionistas, aplica-se o disposto no art. 40, §§ 72 e 82.

SEÇÃO IV
Das Regiões

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo
complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das
desigualdades regionais.

• EC nQ 19/98.
•• EC nQ 18/98.
••• EC n2 3/93, EC nQ 18/98 e EC nQ 20/98.

Da Organização do Estado 177


§ I~ Lei complementar disporá sobre:
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
11 - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os
planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e
social, aprovados juntamente com estes.
§ 2~ Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de
responsabilidade do poder público;
11 - juros favorecidos para fmanciamento de atividades prioritárias;
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos
por pessoas fisicas ou juridicas;
IV - prioridade para o aproveitamento econQmico e social dos rios e das massas
de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas
periódicas.
§ 3~ Nas áreas a que se refere o § 2Q, IV, a União incentivará a recuperação de
terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o esta-
belecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

178 Constituiçõo da República Federativa do Brasil


TíTULO IV
Da Organização dos Poderes

CAPÍTULO I
Do Poder Legislativo

SEÇÃO I
Do Congresso Nacional

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos,
pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ I ~ O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo
Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população,
procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma
daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
§ 2~ Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito
Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
§ I~ Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de
oito anos.
§ 2~ A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro
em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3~ Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa
e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta
de seus membros.

SEÇÃO 11
Das Atribuições do Congresso Nacional

Art. 48.* Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,


não exigida esta para o especificado nos arts. 49,51 e 52, dispor sobre todas as matérias
de competência da União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
11 - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de
crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;

• EC 0 2 19/98.

Do Organização dos Poderes 179


III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e maritimo e bens do domínio
da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou
Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defen-
soria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministério Público
e da Defensoria Pública do Distrito Federal;
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas;
XI - criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da adminis-
tração pública;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria fmanceira, cambial e monetária, instituições fmanceiras e suas
operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal;
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, por lei
de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39,
§ 4Q, 150,11,153, I1I, e 153, § 2Q, I.
Art. 49.* É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver defmitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
11 - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a
permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem
do País, quando a ausência exceder a quinze dias;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de
sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39. § 4 Q, 150,11,153, I1I, e 153, § 2 Q, I;
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e
dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4Q, 150,11,
153, I1I, e 15?, § 2Q, I;

• EC nQ 19/98.

180 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 48 a 51

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e


apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos
do Poder Executivo, incluídos os da admínistração indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição
normativa dos outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de
rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de
recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com
área superior a dois mil e quinhentos hectares.
Art. 50.* A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas co-
missões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos dire-
tamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente,
informações sobre assunto previamente determinado, importando em crime de respon-
sabilidade a ausência sem justificação adequada.
§ 12 Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara
dos Deputados ou a qualquer de suas comissões, por sua iniciativa e mediante enten-
dimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.
§ 22 As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar
pedidos escritos de informação a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas
no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não-
atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.

SEÇÃO III
Da Câmara dos Deputados

Art. 51.** Compete privativamente à Câmara dos Deputados:


I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra
o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
11 - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apre-
sentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;

* ECR n2 2/94.
** EC n2 19/98.

Da Organização dos Poderes 181


IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transfor-
mação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de
lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

SEÇÃO IV
Do Senado Federal

Art. 52.* Compete privativamente ao Senado Federal:


I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes
de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
11 - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-
Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas_da União indicados pelo Presidente da .
República;
c) Governador de Território;
d) presidente e diretores do Banco Central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta,
a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza fmanceira, de interesse da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o
montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito
externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas
autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União
em operações de crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobi-
liária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitu-
cional por decisão defmitiva do Supremo Tribunal Federal;

... EC nQ 19/98 e EC nQ 23/99.

182 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 51 a 54

XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício,


do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, trans-
formação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa
de lei para a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabeleci-
dos na lei de diretrizes orçamentárias;
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e 11, funcionará como Presi-
dente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será
proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabili-
tação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais
sanções judiciais cabíveis.

SEÇÃO V
Dos Deputados e dos Senadores

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos.
§ 12 Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados crimi-
nalmente sem prévia licença de sua Casa.
§ 22 O indeferimento do pedido de licença ou a ausência de deliberação suspende
a prescrição enquanto durar o mandato.
§ 32 No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro
de vinte e quatro horas, à Casa respectiva, para que, pelo voto secreto da maioria de
seus membros, resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação de culpa.
§ 42 Os Deputados e Senadores serão submetidos a julgamento perante o Supre-
mo Tribunal Federal.
§ 52 Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre infor-
mações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas
que lhes confiaram ou deles receberam informações.
§ 62 A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora mili-
tares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
§ 72 As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de
sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos, praticados fora do recinto do Congresso, que sejam
incompatíveis com a execução da medida.

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:


I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de
serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

Da Organização dos Poderes 183


b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de
que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela
exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades
referidas no inciso I, a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se
refere o inciso I, a;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 55. * Perderá o mandato o Deputado ou Senador:


I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
.V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
§ 1Q É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos defmidos no regi-
mento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional
ou a percepção de vantagens indevidas.
§ 2 Q Nos casos dos incisos I, 11 e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara
dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante
provQcação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso
Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 3Q Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da
Casa respectiva, de oficio ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou
de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 4Q A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à
perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as delibera-
ções finais de que tratam os §§ 2Q e 3Q•

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:


I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Se-
cretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe
de missão diplomática temporária;
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultra-
passe cento e vinte dias por sessão legislativa.
,
* ECR n~ 6/94.

184 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 54 a 57

§ 12 O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções


previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
§ 22 Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se
faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.
§ 32 Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração
do mandato.

SEÇÃO VI
Das Reuniões

Art. 57.* O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de


15 de fevereiro a 30 de junho e de 12 de agosto a 15 de dezembro.
§ 12 As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia
útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 22 A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei
de diretrizes orçamentárias.
§ 32 Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados
e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I - inaugurar a sessão legislativa;
11 - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às
duas Casas;
III- receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
§ 42 Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 12 de
fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das
respectivas Mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo
cargo na eleição imediatamente subseqüente.
§ 52 A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado
Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
§ 62 A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa
ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio
e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;
11 - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e
do Senado Federa!, ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em
caso de urgência ou interesse público relevante.
§ 72 Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente delibe-
rará sobre a matéria para a qual foi convocado, vedado o pagamento de parcela inde-
nizatória em valor superior ao do subsídio mensal.

* EC n2 19/98.

Da Organização dos Poderes 185


SEÇÃO VII
Das Comissões

Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e tem-
porárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimen-
to ou no ato de que resultar sua criação.
§ l~ Na constituição das Mesas e de cada comissão, é assegurada, tanto quanto
possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da respectiva Casa.
§ 2~ Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a com-
petência do plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
11 - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos
inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer
pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
§ 3~ As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou
separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração
de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas
ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
§ 4 Q Durante o recesso, haverá uma comissão representativa do Congresso
Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com
atribuições defmidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto pos-
sível, a proporcionalidade da representação partidária.

SEÇÃO VIII
Do Processo L1egislativo

SUBSEÇAoI
Disposição Geral

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:


I - emendas à Constituição;
11 - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;

186 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 58 a 61

VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação,
alteração e consolidação das leis.

SUBSEÇÃO 11
Da Emenda à Constituição
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal;
11 - do Presidente da República;
IH - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 12 A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal,
de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 22 A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos
dos respectivos membros.
§ 32 A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos De-
putados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 42 Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a fonna federativa de Estado;
11 - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 52 A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudi-
cada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

SUBSEÇÃO III
Das Leis

Art. 61.* A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer mem-
bro ou' comissão da Câmara dos Deputados, do Sen~,do Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição.
§ 12 São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
1- ftxem ou modiftquem os efetivos das Forças Armadas;
H - disponham sobre:

• EC 0 2 18/98.

Da Organização dos Poderes 187


a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta
e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária,
serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento
de cargos, estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem
como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defen-
soria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
.e) criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração
pública;
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos,
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a re-
serva.
§ 2 A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos De-
2
putados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacio-
nal, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá ado-
tar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente
para se reunir no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se
não forem convertidas em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo
o CongreSso Nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado
o disposto no art. 166, §§ 32 e 4 2 ;
11 - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara
dos Deputados, do Senado Federal, dos tribunais federais e do Ministério Público.

Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da


República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na
Câmara dos Deputados.
§ 12 O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de
projetos de sua iniciativa.
§ 22 Se, no caso do parágrafo anterior, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
não se manifestarem, cada qual, sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobre
a proposição, será esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto
·aos demais assuntos, para que se ultime a votação.
§ 32 A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-
se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

Constituição da República Federativa do Brasil


188
Arts. 61 a 68

§ 42 Os prazos do § 22 não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional,


nem se aplicam aos projetos de código.

Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só
turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora
o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 12 Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no
prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebírnento, e comunicará, dentro de
quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 22 O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de
inciso ou de alínea.
§ 32 Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República
importará sanção.
§ 42 O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de
seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputa-
dos e Senadores, em escrutínio secreto.
§ 52 Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao
Presidente da República.
§ 62 Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 42, o veto será colocado
na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua vota-
ção final, ressalvadas as matérias de que trata o art. 62, parágrafo único.
§ 72 Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente
da República, nos casos dos §§ 32e 52, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este
não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presídente do Senado faze-lo.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que de-
verá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 12 Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal,
a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a
garantia de seus membros;
11 - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Da Organização dos Poderes 189


§ 2~ A delegação ao Presidente da República terá a fonna de resolução do Con-
gresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os tennos de seu exercício.
§ 3~ Se a resolução detenninar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional,
este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.

SEÇÃO IX
Da Fiscalização Contábil,
Financeira e Orçamentária

Art. 70.* A fiscalização contábil, fmanceira, orçamentária, operacional e patrimonial


da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legi-
timidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exer-
cida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações
de natureza pecuniária.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento;
11 - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário
publico;
III - apreciar, para fms de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,
a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo poder público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, refonnas e pensões, ressalva-
das as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza
contábil, fmanceira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades adminis-
trativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas
no inciso 11;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital
social a União participe, de fonna direta ou indireta, nos tennos do tratado constitutivo;

* EC nQ 19/98.

190 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 68 a 73

VI - fiscalizar a aplica, u de quaisquer recursos repassados pela União,


mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao
Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer
de suas Casas, ou por qualquer das respectivas comissões, sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos respopsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregu-
laridade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras
cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências neces-
sárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 12 No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 22 Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias,
não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tfibunal decidirá a respeito.
§ 32 As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão
eficácia de título executivo.
§ ·42 O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente,
relatório de suas atividades.
Art. 72. A comissão mista permanente a que se refere o art. 166, § 12 , diante de
indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não
programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governa-
mental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ ~ Não prestados os ese-lareeime-nte&;-ou-ronsiderados estes insuficientes, a
comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo
de trinta dias.
§ 22 Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a comissão, se julgar que o gasto
possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso
Nacional sua sustação.
Art. 73.* O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede
no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território naci-
onal, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
§ 12 Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasi-
leiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

* EC n2 20/98.

Da Organização dos Poderes 191


11 - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos juridicos, contábeis, econômicos e fmanceiros
ou de administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profISsional
que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 22 Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal,
sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto
ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigui-
dade e merecimento;
11 - dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 32
Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior
Tribunal de Justiça, aplicand0-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas
constantes do art. 40.
§ 42 O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atríbuições da judicatura,
as de juiz de Tribunal Regional Federal.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma inte-


grada, sistema de controle interno com a fmalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
11 - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da adminis-
tração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 12 Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária.
§ 22 Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima
para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de
Contas da União.
Art. 75. As normas estabelecidas nesta Seção aplicam-se, no que couber, à organi-
zação, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito
Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de
Contas respectivos, que serão integrados por sete conselheiros.

192 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 73 a ao

CAPÍTULO 11
Do Poder Executivo
SEÇÃO I
Do Presidente e do
Vice-Presidente da República

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado


pelos Ministros de Estado.

Art. 77.* A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á,


simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do
mandato presidencial vigente.
§ l~ A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com
ele registrado.
§ 2~ Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido polí-
tico, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3~ Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-
á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os
dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria
dos votos válidos.
§ 4~ Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedi-
mento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5~ Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais
de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão
do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a
união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presi-
dente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo,
este será declarado vago.
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de
vaga, o Vice-Presidente.
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições
que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que
por ele convocado para missões especiais.
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância
dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal
Federal.

* EC n
Q
16/97.

Da Organização dos Poderes 193


Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-
á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1~ Ocorrendo a vacância nos últimos áois anos do período presidencial, a eleição
para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso
Nacional, na forma da lei.
§ 2~ Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus ante-
cessores.
Art. 82. * O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em
primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.

Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença


do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob
pena de perda do cargo.

SEÇÃO 11
Das Atribuições do
Presidente da República
Art. 84. ** Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
11 - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
administração federal;
111 - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos
e regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal,
na forma da lei;
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo
do Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao ,"'ongres!>0 Nacional por oca-
sião da abertura da sessão legislativa, expondo .a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos
órgãos instituídos em lei;
* ECR n!l5/94 e EC n2 16/97.
** EC n2 23/99.

194 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 8la 85

XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os


Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-ge-
nerais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo
Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Pro-
curador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros
servidores, quando determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de
Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o
Advogado-Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Con-
gresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legis-
lativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estran-
geiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias
após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições
mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os
limites traçados nas respectivas delegações.

SEÇÃO III
Da Responsabilidade
do Presidente da República

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do .Presidente da República que


atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - li existência da União;

Da Organização dos Poderes 195


11 - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão defmidos em lei especial, que estabelecerá
as nonnas de processo e julgamento.

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal
Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.
§ 12 O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo
Supremo Tribunal Fe::deral;
11 - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado
Federal.
§ 22 Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver con-
cluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento
do processo.
§ 32 Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presi-
dente da República não estará sujeito a prisão.
§ 42 O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser respon-
sabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

SEÇÃO IV
Dos Ministros de Estado

Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte
e um anos e no exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições
estabelecidas nesta Constituição e na lei:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da
administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos
assinados pelo Presidente da República;
11 - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no
Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou
delegadas pelo Presidente da República.

Art. 88. A lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições dos Ministérios.

-. Constituiçõo da República Federativa do Brasil


196
Arts. 85 a 91

SEÇÃO V
Do Conselho da República
e do Conselho de Defesa Nacional

SUBSEÇÃO I
Do Conselho da República

Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da


República, e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
11 - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade,
sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal
e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução.

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:


I - intervenção federal, estado de defe.sa e estado de sítio;
11 - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ I ~ O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar
da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo
Ministério.
§ 2~ A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.

SUBSEÇÃO 11
Do Conselho de Defesa Nacional

Art. 91. * O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da


República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa·do Estado
democrático, e dele participam como membros natos:
I - o Vice-Presidente da República;
11 - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa;

* EC n2 23/99.

Da Organização dos Poderes 197


VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento;
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica-.
§ I!! Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos
termos desta Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio-e da
intervenção federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à
segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa
de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais
de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompannar o desenvolvimento de iniciativas necessárias
a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
§ 2!! A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

CAPÍTULO III
Do Poder Judiciário
SEÇÃO I
Disposições Gerais

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:


I - o Supremo Tribunal Federaí;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais'
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Têrritórios.
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional.

Art. 93. * Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Fe<ieral,disporá


sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, através de
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados
do Brasil em todas as suas fases, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de
classificação;

* EC 02 19/98 e EC 0 2 20/98.

198 Constituição da República Federoliva.do Brasil


Arts. 91 a 93

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e


merecimento, atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou
cinco alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respec-
tiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade
desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento pelos critérios da presteza e segurança no exercício
da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos reconhecidos
de aperfeiçoamento;
d) na apuração da antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais
antigo pelo voto de dois terços de seus membros, conforme procedimento
próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e mereci-
mento, alternadamente, apurados na última entrância ou, onde houver, no Tribunal de
Alçada, quando se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça, de acordo com o
inciso II e a classe de origem;
IV - previsão de cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de
magistrados como requisitos para ingresso e promoção na carreira;
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa
e cÍllco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em
nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária
nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou
inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio men-
sal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto
nos arts. 37, XI, e 39, § 4~.
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes obser-
varão o disposto no art. 40;
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca;
VIII- o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do respectivo tribunal,
assegurada ampla defesa;
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse
público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes;
X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, sendo as disci-
plinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cínco mem-
bros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da competência
do tribunal pleno.

Do Organização dos Poderes 199


Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos tribunais
dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais. de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das res-
pectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, en-
viando-a ao Poder Executivo, que, rios vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus
integrantes para nomeação.

Art. 95. * Os juízes gozam das seguintes garantias:


I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do-tribunal a
que o juiz estiver vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em
julgado;
11 - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art.
93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI,
39, § 42,150,11,153, I1I, e 153, § 22, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma
de magistério;
11 - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se a atividade político-partidária.

Art. 96. * Compete privativamente:


I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com ob-
servância das normas de processo e das garantias processuais das partes,
dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dosjuízos que lhes
forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional res-
pectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira
da respectivajurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido
o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à adminis-
tração da justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;

.. EC n~ 19/98.

200 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 94 a 99

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes


e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
11 - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais
de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxi-
liares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fIxação do
subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores,
onde houver, ressalvado o disposto no art. 48, XV;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais edo Distrito Federal e
Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de
responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros
do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo do poder público.
Art. 98.* A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, com-
petentes para a conciliação., o julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedi-
mentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e
o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
11 - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei,
celebrar casamentos, verifIcar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o
processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráterjurisdicional,
além de outras previstas na legislação.
Parágrafo único. Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no
âmbito da Justiça Federal.
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e fmanceira.
§ 12 Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites esti-
pulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 22 O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados,
compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos
Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
11 - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes
dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

* EC n~ 22/99.

Da Organização dos Poderes 201


Art. 100.* À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos
pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-
se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta
dos créditos respectivos, proibida a designação de-CaSOS--OO--àe-pessoas nas dotações
orçamenta:riãs e nos créaitos adicionais abertos para este fim.
§ I ~ É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de
verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em
julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até I ~ de julho, fazendo-
se o pagamento até o fmal do exercício seguinte, quando terão seus valores atualiza-
dos monetariamente.
§ l~-A Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de
salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, beneficios previ-
denciários e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil,
em virtude de sentença transitada em julgado.
.§ 2~ As dotações orçamentárias e os créâíros abertos serão consignados direta-
mente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão
exeqüenda determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito, e autori-
zar, a requerimento do credor, e exclusivamente para0 caso de preterimento de seu
direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito.
§ 3~ O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios,
não se aplica aos pagamentos de obrigações defmidas em lei como de pequeno valor
que a Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal deva fazer em virtude de
sentença judicial transitada em julgado.
§ 4~ A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 3~ deste artigo,
segundo as diferentes capacidades das entidades de direito público.
§ 5~ O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo,
retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de
responsabilidade.

SEÇÃO 11
Do Supremo Tribunal Federal

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos


dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade,
de notável saber juridico e reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados
pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal.
Art. 102.** Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:

• EC n~ 20/98 e EC n~ 30/2000.
•• EC n~ 3/93, EC n~ 22/99 e EC n~ 23/99.

202 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 100 a 102

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou


estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato norma-
tivo federal;
b) -nas-infrações-pena1s comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente,
os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o
Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores,
os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de
caráter permanente;
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alí-
neas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do
Presidente da República, das Mesas da.Câmara dos Deputados "O
do rederaf, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da Re-
Sena-

pública e do próprio Supremo Tribunal Federal;


e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o
Estado, o Distrito Federal ou o Território;
j) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito
Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da admi-
nistração indireta;
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
h) a homologação das sentenças estrangeiras e a concessão do exequatur às
cartas rogatórias, que podem ser conferidas pelo regiment0 interno a seu
Presidente;
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coa-
tor ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos
diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de cri-
me sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
/) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade
de suas decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, faculta-
da a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indireta-
mente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do trIbunal
de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quais-
quer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro
tribunal;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for
atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara

Da Organização dos Poderes 203


dos Deputados, do Senado Federal, da Mesa de wna dessas Casas Legislativas,
do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do
próprio Supremo Tribunal Federal;
11 - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de
injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão;
b) o crime político;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou
última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Consti-
tuição.
§ 12 A argüição de descwnprimento de preceito fundamental, decorrente desta Cons-
tituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
§ 22 As decisões defmitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Fede-
ral, nas ações declaratórias de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal,
produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos
do Poder Judiciário e ao Poder Executivo.

Art. 103.* Podem propor a ação de inconstitucionalidade:


I - o Presidente da República;
11 - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa;
V - o Governador de Estado;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 12 O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações
de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal
Federal.
§ 22 Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva
norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das
providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em
trinta dias.

• EC n2 3/93.

Constituição da República Federativa do Brasil


204
Arts. 102 a 105

§ 32 Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em


tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da
União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
§ 42 Ação declaratória de constitucionalidade poderá ser proposta pelo Presidente
da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados ou
pelo Procurador-Geral da República.

SEÇÃO III
Do Superior Tribunal de Justiça

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três
Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados
pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos
de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de
aprovada a escolha pelo Senado Federal, sendo:
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre
desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo
próprio Tribunal;
11 - um terço, em partes iguais, dentre advog~dos e membros do Ministério
Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e dos Territórios, alternadamente, indi-
cados na forma do art. 94.
Art. 1OS. * Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério
Público da União que oficiem perante tribunais;
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de
Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do
próprio Tribunal;
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas
mencionadas na alínea a, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua
jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército
ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto
no art. 102, I, o, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e
entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

* EC nQ 22/99 e EC nQ 23/99.

Da Organização dos Poderes


205
j) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade
de suas decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias
da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas
de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da nonna regulamentadora
for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração
direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal
Federal e dos órgãós da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do
Trabalho e da Justiça Federal;
11 - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando denegatória a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo interna-
cional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domici-
liada no País;
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última ins-
tância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
.. b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.
Parágrafo único. Funcionarájunto ao Superior Tribunal de Justiça o Conselho
da Justiça Federal, cabendo-lhe, na fonna da lei, exercer a supervisão administrativa
e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.

SEÇÃO IV
Dos Tribunais Regionais Federais
e dos Juízes Federais

Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:


I - os Tribunais Regionais Federais;
11 - os Juízes Fedet:ais.

Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República
dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional e membros doMinistério Público Federal com mais de dez anos de carreira;

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


206
Arts. 105 a 109

11 - oJdemais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos


de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente.
Parágrafo único. A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos
Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede.
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar
e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os
membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral;
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes
federais da região;
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal
ou de juiz federal;
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;
e) os conflitos de competência entrejuízes federais vinculados ao Tribunal;
11 - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e
pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal
forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho;
11 - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município
ou pessoa domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estran-
geiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de
bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e
da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, ini-
ciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou
reciprocamente;
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por
lei, contra o sistema fmanceiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o
constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a
outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

Da Organização dos Poderes


207
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a com-
petência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a exe-
cução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a
homologação, as causas referentes à nacionaliqade, inclusive a respectiva op-
ção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
§ l~ As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde
tiver domicílio a outra parte.
§ 2~ As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária
em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu
origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
§ 3~ Serão processadas e julgadas na Justiça estadual, no foro do domicílio dos
segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência
social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também
processadas e julgadas pela Justiça estadual.
§ 4~ Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tri-
bunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciá-
ria, que terá por sede a respectiva capital, e varas localizadas segundo o estabelecido
em lei.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, ajurisdição e as atribuições cometi-
das aos juízes federais caberão aos juízes da Justiça local, na forma da lei.
SEÇÃO V
Dos Tribunais e Juízes do Trabalho
Art. 111.* São órgãos da Justiça do Trabalho:
I - o Tribunal Superior do Trabalho;
11 - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - Juízes do Trabalho.
§ l~ O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros,
togados e vitalícios, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos
de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação
pelo Senado Federal, dos quais onze escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais
do Trabalho, integrantes da carreira da magistratura trabalhista, três dentre advoga-
dos e três dentre membros do Ministério Público do Trabalho.
I - (Revogado).
11 - (Revogado).

208 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 109 a 117

§ 22 O Tribunal encaminhará ao Presidente da República listas tríplices, obser-


vando-se, quanto às vagas destinadas aos advogados e aos membros do Ministério
Público, o disposto no art. 94; as listas tríplices para o provimento de cargos destina-
dos aos juízes da magistratura trabalhista de carreira deverão ser elaboradas pelos
Ministros togados e vitalícios.
§ 32 A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Art. 112.* Haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado
e no Distrito Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas
onde não forem instituídas, atribuir sua jurisdição aos .tuÍzes de direito.

Art. 113.* A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência,


garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.

Art. 114.** Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais


e coletivos entre trabalhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito públi-
co externo e da administração pública direta e indireta dos Municípios, do Distrito
Federal, dos Estados e da União, e, na forma da lei, outras controvérsias decorrentes
da relação de trabalho, bem como os litígios que tenham origem no cumprimento de
suas próprias sentenças, inclusive coletivas.
§ 12 Frustrada a negociação ~oletiva,-as-par.teS-poderãoeleger árbitros.
§ 22 Recusando-se qualquer das partes à negociação ou à arbitragem, é facultado
aos respectivos sindicatos ajuizar dissídio coletivo, podendo a Justiça do Trabalho
estabelecer normas e condições, respeitadas as disposições convencionais e legais
mínimas de proteção ao trabalho. .
§ 32 Compete ainda à Justiça do Trabalho executar, de oficio, as contribuições
sociais previstas no art. 195, I, a, e 11, e seus acréscimos legais, decorrentes das sen-
tenças que proferir.

Art. 115.* Os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de_ juízes


nomeados pelo Presidente da República, observada a proporcionalidade estabele-
cida no § 22 do art. 111.
Parágrafo único. Os magistrados dos Tribunais Regionais do Trabalho serão:
I - juízes do trabalho, escolhidos por promoção, alternadamente, por antigui-
dade e merecimento;
11 - advogados e membros do Ministério Público do Trabalho, obedecido o
disposto no art. 94;
III - (Revogado).

Art. 116.* Nas Varas doTrabalho, ajurisdição será exercida por umjuiz singular.
Parágrafo único. (Revogado).

Art. 117.* (Revogado).

• EC nQ 24/99.
•• EC nQ 20/98.

Da Organização dos Poderes 209


SEÇÃO VI
Dos Tribunais e Juízes Eleitorais

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:


I - o Tribunal Superior Eleitoral;
11 ~ os Tribunais' Regionais Eleitorais;
III - os Juí~es Eleitorais; "
IV -as Juntas Eleitorais.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros,


escolhidos: ;'
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes ,dentre os Mi~istros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
, '11 - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo
Tribunal Federal.
Parágrafo único. ' O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-
Presidente dentre oS Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o corre~edor eleitoral
dentre os Ministros do Superior Tripunal de Justiça.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regiona~ Eleitoral na capital de cada Estado e no


Distrito Federal.
§ lQ, Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto: ,
a) de dois juízes,dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito; escolhidos p'e1o Tribunal de
Justiça;
11 - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital do-Estado ou
no Distrito Federal, ou" não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso,
pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de
Justiça.
§ 2Q O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente
dentre os desembargadores.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos


Tribunais, dos juízes de direito e das Juntas Eleitorais.
§ lQ Os membros dos Tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas
Eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas
garantias e serão inamovíveis.

210 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 118 a 124

§ 22 Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por


dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os subs-
titutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para
cada clltegoria.
§ 32 São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que
contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de
segurança.
§ 42 Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso
quando:
I =Jorem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de
lei;
11 - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais
Eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições
federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais
ou estaduais;
V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou
mandado de injunção.

SEÇÃO VII
Dos Tribunais e Juizes Militares

Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:


I - o Superior Tribunal Militar;
11 - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.

Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios,


nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado
Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-gene-
rais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do
posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da
República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:
I - três dentre advogados de notório saberjurídico e conduta ilibada, com mais
de dez anos de efetiva atividade profissional;
11 - dois, por escolha paritária, dentre juízes-auditores e membros do Ministério
Público da Justiça Militar.
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares defmi-
dos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a com-
petência da Justiça Militar.

Da Organização dos Poderes 211


SEÇÃO VIII
Dos Tribunais e Juízes dos Estados

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabeleci-


dos nesta Constituição.
§ 12 A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo
a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 22 Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de
leis ou atos normati'Vos estaduais ou municipais em face da Constituição estadual,
vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
§ 32 A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça
Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos Conselhos de Justiça e, em
segundo, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos
Estados em que o efetivo da polícia militar seja superior a vinte mil integrantes.
§ 42 Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os policiais militares
e bombeiros militares nos crimes militares definidos em lei, cabendo ao tribunal
competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação
das praças.
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça designará juízes
de entrância especial, com competência exclusiva para questões agrárias.
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o
juiz far-se-á presente no local do litígio.

CAPÍTULO IV
Das Funções Essenciais à Justiça

SEÇÃO I
Do Ministério Público

Art. 127.* O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função juris-


dicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrá-
tico e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
§ 12 São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade
e a independência funcional.
§ 22 Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa,
podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e
ex-tinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de
provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei dispo-
rá sobre sua organização e funcionamento.
§ 32 O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

.. EC n2 19/98.

212 Constituição da República Federativa do Brasil


Arts. 125 a 128

Art. 128.* O Ministério Público abrange:


I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
11 - os Ministérios Públicos dos Estados.
§ 12 O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta
e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do
Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
§ 22 A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da
República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 32 Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e 'Territórios
formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para
escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo,
para~andato de dois anos, permitida uma recondução.

§ 42 Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão


ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da
lei complementar respectiva. '
§ 52 Leis complementares daUnião e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respeetivos Procuradores-Gerais,estabelecerão a organização, as atribuições e o esta-
tuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo
senão por sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão
do órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois
terços de seus membros, assegurada ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4 2, e ressalvado
o disposto nos arts. 37, X e XI, 150,11,153, I1I, 153, § 22, I;
11 - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens
ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo
uma de magistério;

* EC n~ 19/98,

Da Organização dos Poderes 213


e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei.

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:


I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
11 - zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas neces-
sárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patri-
mônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fms de
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua compe-
tência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei
complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei comple-
mentar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial,
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis
com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica
de entidades públicas.
§ 12 A legitimação do Ministério Público'para as ações civis previstas neste artigo
não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição
e na lei.
§ 22 As funções de Ministério Público só poqem ser exercidas por integrantes da
carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação.
§ 32 O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títu-
los, assegurada participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, e
6bservada, nas nomeações, a ordem de classificação.
§ 42 Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93, 11 e VI.
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas apli-
cam-se as disposições desta Seção pertinentes a direitos, vedações e forma de inves-
tidura. .

SEÇÃO 11
Da Advocacia Pública*

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através


de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe,

* EC n~ 19/98.

214 Constituiçõo da República Federativa do Brasil


Arts. 128 a 135

nos tennos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamen-
to, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1Q A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de
livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco
anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
§ 2Q O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este
artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
§ 3Q Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União
cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.

Art. 132.* Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em


carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advoganos do Brasil em todas as suas fases, exercerão a
representação judicial e a cons"Ji~oria jurídica das respectivas unidades federadas.
Parágrafo único. Aos procuradores reh:ridos neste artigo é assegurada estabilida-
de após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os
órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.

SEÇÃO III
Da Advocacia e da Defensoria Pública

Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável


por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos ne-
cessitados, na fonna do art. 5Q, LXXIV.
Parágrafo único. Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União
e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá nonnas gerais para sua organização
nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso
público de provas e títulos, asseguradl1 a seus integrantes a garantia da inamovibilidade
e vedado o exercício da advocacia fora das atribl lições institucionais.
Art. 135.* Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções 11 e III
deste Capítulo serão remunerados na fonna do art. 39, § 4Q.

'" EC nQ 19/98.

Da Organização dos Poderes


215
TÍTULO V
Da Defesa do Estado
e das Instituições Democráticas

CAPÍTULO I
Do Estado de Defesa e do Estado de Sítio

SEÇÃO I
Do Estado de Defesa

Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o


Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou pronta-
mente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidarlp~
de grandes proporções na natureza.
§ I Q O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração,
especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
11 - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
§ 2Q O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias,
podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que
justificaram a sua decretação. . .
§ 3Q Na vigência do estado de defesa:
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida,
será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não
for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
11 - a comunicação será acompanhada de declaração., pela autoridade, do estado
físico e men.tal do detido no momento de sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez
dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
§ 4Q Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República,
dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao
Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. .
§ 5Q Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinaria-
mente, no prazo de cinco dias.

Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas


217
§ 62 O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu
recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 72 Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.

SEÇÃO 11
Do Estado de Sítio

Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o


Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para
decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que com-
provem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
11 - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar
o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos detenninantes do pedido,
devendo o Congresso Nac.ional decidir por maioria absoluta.
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as nonnas necessárias
a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de pu-
blicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as
áreas abrangidas.
§ 12 O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de
trinta dias, nem.prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso 11, poderá
ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
§ 2 2 Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parla-
mentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente
o Congresso NacionaI-para se reunir dentro de cmco dias, a fim de apreciar o ato.
§ 32 O Congresso Nacional pennanecerá em funcionamento até o ténnino das
medidas coercitivas.

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I,
só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de pennanência em localidade det1enninada;
11 - detenção em edificio não destinado a acusados ou condenados por crimes
comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das
comunicações, à prestação de infonnações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e
televisão, na fonna da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.

Constituição da República Federativa do Brasil


218
Arts. 136 a 142

Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronuncia-
mentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada
pela respectiva Mesa.

SEÇÃO III
Disposições Gerais
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará
Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execu-
ção das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus
efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores
ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as
medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em
mensagem ao Congres-gõNaclonal, com especificação e justificação das providências
adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.

CAPÍTULO 11
Das Forças Armadas

Art. 142.* As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da Repú-
blica, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ I ~ Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adótadas na organi-
zação, no preparo e no emprego das Forças Armadas.
§ 2~ Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militare.s.
§ 3~ Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-
se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são con-
feridas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa,
da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, junta-
mente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;
11 - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil
permanente será transferido para a reserva, nos termos da lei;
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego
ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta,
ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa
situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas
para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de
afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei;

• EC nQ 18/98 e EC n2 20/98.

Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas


219
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
, V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar ftliado ~ partidos políticos;
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato
ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em
tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar à pena privativa de
liberdade superior a dois anos; por sentença transitada em julgado, será submetido ao
julgamento previsto no inciso anterior; ,
VIII- aplica-se aos militares' ó disposto no art. 7~, incisos VIII, XII, XVII,
~VIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII,XIV e XV;
IX - aplica~se aos militares e a seus pensionistas o disposto no art: 40, §§ 7~ e 8~;
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a
estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direi-
tos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos mili-
'tares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas
por força de compromissos internacionais e de guerra. .

Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.


§ I ~ Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos
que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entenden-
do~se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política,
para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2~ As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório
em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

CAPÍTULO III
Da Segurança Pública
Art. 144.* A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem públi-:a e da incolumidade das pessoas
e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal; ,
11- políciarodoviári~federal;
III- polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militafes.
, '§ I ~ A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: "
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento
de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou
* EC n2 19/98.

Constituição da República Federativa do Brasil


220
Arts. 142 a 144

internacional e exija repressão unifonne, segundo se dispuser em lei;


11 - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afms, o con-
trabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públi-
cos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ 2~ A polícia rodoviária federal, órgão pennanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se, na fonna da lei, ao patrulhamento ostensivo
das rodovias federais.
§ 3~ A polícia ferroviária federal, órgão pennanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se, na fonna da lei, ao patrulhamento ostensivo
das ferrovias federais.
§ 4~ Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares.
§ 5~ Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de defesa civil.
§ 6~ As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxi.liares e
reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governa-
dores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 7~ A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis
pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8~ Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção
de seus bens, serviços e instalações, confonne dispuser a lei.
§ 9~ A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados
neste artigo será fixada na fonna do § 4~ do art. 39.

Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas


221
TíTULO VI
Da Tributação e do Orçamento

CAPÍTULO I
Do Sistema Tributário Nacional
SEÇÃO I
Dos Princípios Gerais

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir


os seguintes tributos:
I - impostos;
11 - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte
ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ l~ Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.
§ 2~ As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
11 - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
IH - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,
especialmente sobre:
a) defmição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases
de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas socie-
dades cooperativas.
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o
Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos munici-
pais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos com-
pulsórios:

Da Tributação e do Orçamento
223
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência;
11 - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interes-
se nacional, observado o disposto no art. 150, m, b.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo com-
pulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de in-


tervenção no dominio econômico e de interesse das categorias profissionais ou eco-
nômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o dispos-
to nos arts. 146, m, e 150, I e m, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 62, relati-
vamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão insti-
tuir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em beneficio destes, de
sistemas de previdência e assistência social.

SEÇÃO 11
Das Limitações
do Poder de Tributar
Art. 150.* Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
11 - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situa-
ção equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,
títulos ou direitos;
m- cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei
que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício fmanceiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou; ,
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio ge tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização
de vias conservadas pelo poder público;
VI - instituir'impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas funda-

>I< EC n~ 3/93.

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


224
Arts. 148 a 152

ções, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação


e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§ 12 A vedação do inciso m, b, não se aplica aos impostos previstos nos arts. 153,
1,11, IV e V, e 154,11.
§ 22 A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituí-
das e mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 32 As vedações do inciso VI, a, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patri-
mônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contra-
prestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exoneram o promitente
comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
§ 42 As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das enti-
dades nelas mencionadas.
§ 52 A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca
dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
§ 62 Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão relativos a impostos, taxas ou contribuições só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusi-
vamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição,
sem prejuízo do disposto no art. 155, § 22, XII, g.
§ 72 A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocor-
rer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso
não se realize o fato gerador presumido.

Art. 151. É vedado à União:


I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Muni-
cípio, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados
a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes
regiões do País;
11 - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos
agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus
agentes;
m - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios.

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino.

Da Tributação e do Orçamento
225
SEÇÃO III
Dos Impostos da União

Art. 153.* Compete à União instituir impostos sobre:


I - importação de produtos estrangeiros;
11 - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, _nos termos de lei complementar.
§ 12 É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabele-
cidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, 11, IV e V.
§ 22 O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da
progressividade, na forma da lei;
11 - (Revogado).
§ 32 O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
11 - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
com o montante cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
§ 42 O imposto previsto no inciso VI terá suas alíquotas fIxadas de forma a deses-
timular a manutenção de propriedades improdutivas e não incidirá sobre pequenas
glebas rurais, defmidas em lei, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário
que não possua outro imóvel.
§ 52 O ouro, quando defInido em lei como ativo fmanceiro ou instrumento cambial,
sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput
deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota minima será de um por cento,
assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme
a origem;
11 - setenta por cento para o Município de origem.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde
que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios
dos discriminados nesta Constituição;

* EC n2 20/98.

Constituição da República Federativa do Brasil


226
Arts. 153 a 155

11 - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, com-


preendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradati-
vamente, cessadas as causas de sua criação.

SEÇÃO IV
Dos Impostos dos Estados
e do Distrito Federal
Art. 155.* Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
11 - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de ser-
viços de transporte interestadual e intennunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior;
IIJ - propriedade de veículos automotores.
§ 12 O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos; compete ao Estado da
situação do bem, ou ao Distrito Federal;
11 - relativamente a bens moveis, títulos e créditos, compete ao"Estado onde se
processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito
Federal;
IIJ - terá a competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu
inventário processado no exterior;
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal.
§ 22 O imposto previsto no inciso 11 atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido ém cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado
nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
11 - a isenção ou não-incidência, salvo detenninação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas ope-
rações ou prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
IIJ - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços;
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República
ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros,
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e
de exportação;

* EC n2 3/93.

Da Tributação e do Orçamento
227
v - é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução
de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito
específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de ini-
ciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos
termos do disposto no inciso XII, g, as alíquotas internas, nas operações relativas à
circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às
previstas para as operações interestaduais;
VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;
VIII - na hipótese da alínea a do inciso anterior, caberá ao Estado da localiza-
ção do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual;
IX - incidirá também:
a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se
tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, as-
sim como sobre serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Esta-
do onde estiver situado o estabelecimento destinatário da mercadoria ou
do serviço;
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com
serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
X - não incidirá:
a) sobrepperações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluí-
dos os semi-elaborados definidos em lei complementar;
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrifi-
cantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 52;
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa
a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador
dos dois impostos;
XII - cabe à lei complementar:
a) definir seus contribuintes;
b) dispor sobre substituição tributária;
c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

Constituição de; República Federativa do Brasil


228
Arts. 155 e 156

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento respon-


sável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das
prestações de serviços;
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços
e outros produtos além dos mencionados no inciso X, a;
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro
Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
§ 32 À exceção dos impostos de que tratam o inciso 11 do caput deste artigo e o
art. 153, I e 11, nenhum outro tributo poderá incidir sobre operações relativas a ener-
gia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e mi-
nerais do País.

SEÇÃO V
Dos Impostos dos Municípios

Art. 156.* Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


I - propriedade predial e territorial urbana;
11 - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imó-
veis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, 11, defmidos
em lei complementar;
IV - (Revogado).
§ 12 Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4 2,
inciso 11, o imposto previsto no inciso I poderá:
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e
Il-~iferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
§ 22 O imposto previsto no inciso 11:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patri-
mônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens
ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda
desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
11 - compete ao Município dasiruação do bem.
§ 32 Em relação ao imposto prev,isto no inciso m, cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas;
11 - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.
§ 4 2 (Revogado).

* EC n2 3/93 e EC n2 29/2000.

Da Tributação e do Orçamento
229
SEÇÃO VI
Da Repartição
das Receitas Tributárias

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:


I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por
eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
11 - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir
no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por
eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
11 - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre
a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados;
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado
sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado
sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencio-
nadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus
territórios;
11 - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos
Territórios, lei federal.
Art. 159. A União entregará:
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de
qualquer natureza e sobre produtos industrializados, quarenta e sete por cento na
seguinte forma:
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação
dos Estados e do Distrito Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação
dos Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao se-
tor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de
suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os pla-
nos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


230
Arts. 157 a 162

do Nordeste a metade dos recursos destinados à região, na fonna que


a lei estabelecer;
11 - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados,
dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das res-
pectivas exportações de produtos industrializados.
§ 12 Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no
inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de
qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos
tennos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2 2 A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte
por cento do montante a que se refere o inciso 11, dev~ndo o eventual excedente ser
distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de
partilha nele estabelecido.
§ 32 Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento
dos recursos que receberem nos termos do inciso 11, observados os critérios estabele-
cidos no art. 158, parágrafo único, I e 11.

Art. 160.* É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos


recursos atribuídos, nesta Seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Esta-
dos de condicionarem a entrega de recursos:
I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias;
11 - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 22 , incisos 11 e m.

Art. 161. Cabe à lei complementar:


1- defmir valor adicionado para fms do disposto no art. 158, parágrafo único, I;
11 - estabelecer nonnas sobre a entrega dos recursos de que trata o art.
159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inci-
so I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre
Municípios;
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas
e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas
referentes aos fundos de participação a que alude o inciso 11.

Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o


último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos
arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a
entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado
e por Município; os dos Estados, por Município.

• EC n2 3/93 e EC n2 29/2000.

Do Tributação e do Orçamento
231
CAPÍTULO 11
Das Finanças Públicas

SEÇÃO I
Normas Gerais

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:


I - finanças públicas;
11 - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e
demais entidades controladas pelo poder público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização das instituições fmanceiras;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União,
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao
desenvolvimento regional.
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamen-
te pelo Banco Central.
§ 1~ É vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição fmanceira.
§ 2~ O Banco Central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro
Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3~ As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central;
as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do
poder público e das empresas por ele controladas, em instituições fmanceiras oficiais,
ressalvados os casos previstos em lei.

SEÇÃO 11
Dos Orçamentos

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
11 - as diretrizes orçamentárias;
111 - os orçamentos anuais.
§ 1~ A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de fotnla regiona-
lizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas
de duração continuada.
§ 2~ A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício fman-

Constituição da República Federativa do Brasil


232
Arts. 163 a 166

ceiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as


alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
fmanceiras oficiais de fomento.
§ 3Q O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4Q OS planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Cons-
tituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.
§ SQ A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo poder público;
11 - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo poder público.
§ 6Q O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regiona-
lizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e beneficios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7Q OS orçamentos previstos no § SQ, I e 11, deste artigo, compatibilizados com o
plano plurianual, terão entre: suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional.
§ 8Q A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei.
§ 9Q Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamen-
tária anual;
11 - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,


ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ I Q Caberá a uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as
contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
11 - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais
e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização

Da Tributação e do Orçamento
233
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional
e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2~ As emendas serão apresentadas na comissão mista, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo plenário das duas Casas do Congresso
Nacional.
§ 3~ As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orça-
mentárias;
11 - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o
Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4~ As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5~ O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a
votação, na comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6~ Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do
orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacio-
nal, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9~.
§ 7~ Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o
disposto nesta Seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8~ Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de
lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e especí-
fica autorização legislativa.
Art. 167.* São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluldos na lei orçamentária anual;
11- a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam
os créditos orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de créditos que e'~cedam o montante das despesas
de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais
com fmalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
• EC nQ 3/93, EC nQ 19/98, EC nQ 20/98 e EC n2 29/2000.

Constituição da República Federativa do Brasil


234
Arts. 166 a 168

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, res-


salvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem
os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de
saúde e para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado, res-
pectivamente, pelos arts. 198, § 22, e 212, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 82, bem como o
disposto no § 42 deste artigo;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos or-
çamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de
empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. l65,§ 52;
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização le-
gislativa;
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, in-
clusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas
instituições fmanceiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que
trata o art. 195, I, a, e 11, para a realização de despesas distintas do pagamento de
beneficios do regime geral de previdência social de que trata o art, 201.
§ 12 Nenhum investimento cuja-exeeu~apassewnexercíciofinanceiro p0-
derá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
§ 22 Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro
em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
.quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.
§ 32 A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
§ 42 É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se
referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e
b, e 11, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de
débitos para com esta.
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos
os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo
e Judiciário e do Ministério Público, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês,
na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 92.

Da Tributação e do Orçamento
235
Art. 169.* A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distri-
to Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei com-
plementar.
§ 12 A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação
de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo po-
der público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
11 - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 22 Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo
para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos
os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios queJlà.O-obsenmreIaos referidos limites.
§ 32 Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante
o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em co-
missão e funções de confiança;
11 - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 42 Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes
para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste
artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de
cada um-dos J»oderesespecifique a atividade-funcional, o órgão ou-Unidadeadminis,-
trativa objeto da redução de pessoal.
§ 52 O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a
indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 62 O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considera-
do extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
§ 72 Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação
do disposto no § 4 2•

.. EC n2 19/98.

Constituição da República Federativa do Brasil


236
TÍTULO VII
Da Ordem Econômica e Financeira

CAPÍTULO I
Dos Princípios Gerais
da Atividade Econômica

Art. 170.* A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na


livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social, observados os seguintes princípio~:
I - soberania nacional;
11 - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas
sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei.
Art. 171.* (Revogado).
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de
capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.
Art. 173.** Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta
de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme defini-
dos em lei.
§ IQ A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista ede suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
11 - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

• EC n2 6/95 .
.. EC n2 19/98.

Da Ordem Econômica e Financeira


237
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observa-
dos os princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal,
com a participação de acionistas minoritários;
V - os maridatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos admi-
nistradores.
§ 22 As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar
de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 32 A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4 2 A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mer-
cados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 52 A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa
jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis
com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e fmanceira e contra
a economia popular.

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado


exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo
este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
§ 12 A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento
nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regio-
nais de desenvolvimento.
§ 2 2 A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associa-
tivismo.
§ 32 O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas,
levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos
garimpeiros.
§ 42 As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na auto-
rização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garim-
páveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21,
XXV, na forma da lei.

Art. 175. Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços
públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condi-
ções de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
11 - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Constituiçõo da República Federativa do Bras~


238
Arts. 173 a 177

Art. 176.* As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais


de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de
exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a
propriedade do produto da lavra.
§ l~ A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais
a que se refere o caput deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autoriza-
ção ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa consti-
tuída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da
lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolve-
rem em faixa de fronteira ou terras indígenas.
§ 2~ É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na
forma e no valor que dispuser a lei.
§ 3~ A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autori-
zações e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas,
total ou parcialmente, sem prévia anuência do Poder concedente.
§ 4~ Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial
de energia renovável de capacidade reduzida.
Art. 177.** Constituem monopólio da União:
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocar-
bonetos fluidos;
11 - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes
das atividades previstas nos incisos anteriores;
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados
básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto,
de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização
e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados.
§ 1~ A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das
atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo, observadas as condições estabele-
cidas em lei.
§ 2~ A lei a que se refere o § 1~ disporá sobre:
I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território
nacional;
11 - as condições de contratação;
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União;
§ 3~ A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no
território nacional;

* EC n2 6/95.
** EC n2 9/95.

Da Ordem Econômica e Financeira


239
Art. 178.1< A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre,
devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos fmnados
pela União, atendido o princípio da reciprocidade.
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei estabelecerá as
condições em que o transporte de mercadorias na cabotagem e a navegação interior
poderão ser feitos por embarcações estrangeiras.
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim defmidas em lei, tratamento
jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução
destas por meio de lei.
Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e
incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou informação de natureza co-
mercial, feita por autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa IlSica ou
jurídica residente ou domiciliada no País dependerá de autorização do Poder competente.

CAPÍTULO 11
Da Política Urbana

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público muni-
cipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desen-
volvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 12 O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvi-
mento e de expansão urbana.
§ 2 2 A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 32 As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa inde-
nização em dinheiro.
§ 42 É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado apro-
veitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
11 - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo;
III - desapropriação com pagamentomediante títulos da dívida pública de emis-
são previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os
juros legais.

* EC n2 7/95.

Constituição da República Federativa do Brasil


240
Arts. 178 a 186

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-Ihe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ l~ O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à
mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2~ Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3~ Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

CAPÍTULO III
Da Política Agrícola e Fundiária
e da Reforma Agrária

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e
justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e
cuja utilização será definida em lei.
§ l~ As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2~ O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fms de reforma
agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 3~ Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de
rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.
§ 4~ O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária,
assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no
exercício.
§ 5~ São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu
proprietário não possua outra;
11 - a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e
fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.

Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultanea-
mente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes
requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
11 - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do
meio ambiente;

Da Ordem Econômica e Financeira


241
111 - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a
participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores
rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transpor-
tes, levando em conta, especialmente:
I - os instrumentos creditícios e fiscais;
11 - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercia-
lização;
111 - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
IV - a assistência técnica e extensão rural;
V - o seguro agrícola;
VI - o cooperativismo;
VII - a eletrificação rural e irrigação;
VIII - a habitação para o trabalhador rural.
§ 12 Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agroindustriais, agropecuá-
rias, pesqueiras e florestais.
§ 22 Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária.
Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a
política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária.
§ 12 A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área
superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por
interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
§ 22 Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as conces-
sões de terras públicas para fins de reforma agrária.
Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária
receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez
anos.
Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao
homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e
condições previstos em lei.
Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade
rural por pessoa física ou juridica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão
de autorização do Congresso Nacional.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural,
não superior a cinqüenta hectares, tomando-a produtiva por seu trabalho ou de sua
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

242 Constituição do República Federativo do Brasil


Arts. 186 a 192

CAPÍTULO IV
Do Sistema Financeiro Nacional

Art. 192. * O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o de-


senvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, será regu-
lado em lei complementar, que disporá, inclusive, sobre:
I - a autorização para o funcionamento das instituições fmanceiras, assegurado
às instituições bancárias oficiais e privadas acesso a todos os instrumentos do mercado
fmanceiro bancário, sendo vedada a essas instituições a participação em atividades
não previstas na autorização de que trata este inciso;
11 - autorização e funcionamento dos estabelecimentos de seguro, resseguro,
previdência e capitalização, bem como do órgão oficial fiscalizador;
III - as condições para a participação do capital estrangeiro nas instituições a
que se referem os incisos anteriores, tendo em vista, especialmente:
a) os interesses nacionais;
b) os acordos internacionais;
IV - a organização, o funcionamento e as atribuições do Banco Central e demais
instituições fmanceiras públicas e privadas;
V - os requisitos para a designação de membros da diretoria do Banco Central e
demais instituições financeiras, bem como seus impedimentos após o exercício do cargo;
VI - a criação de fundo ou seguro, com o objetivo de proteger a economia
popular, garantindo créditos, aplicações e depósitos até determinado valor, vedada a
participação de recursos da União;
VII - os critérios restritivos datransfer ência depoupanÇlnte-regiões com tenda
inferior à média nacional para outras de maior desenvolvimento;
VIII - o funcionamento das cooperativas de crédito e os requisitos para que
possam ter condições de operacionalidade e estruturação próprias das instituições
fmanceiras.
§ I ~ A autorização a que se referem os incisos I e 11 será inegociável e intransferivel,
permitida a transmissão do controle da pessoa jurídica titular, e concedida sem ônus,
na forma da lei do sistema fmanceiro nacional, a pessoajurídica cujos diretores tenham
capacidade técnica e reputação ilibada, e que comprove capacidade econômica com-
patível com o empreendimento.
§ 2~ Os recursos financeiros relativos a programas e projetos de caráter regional,
de responsabilidade da União, serão depositados em suas instituições regionais de
crédito e por elas aplicados.
§ 3~ As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remune-
rações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser supe-
riores a doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será conceituada como
crime de usura, punidó, em todas as suas modalidades, nos termos que a lei determinar.

• EC nQ 13/96.

Da Ordem Econômica e Financeira


243
TÍTULO VIII
Da Ordem Social

CAPÍTULO I
Disposição Geral

Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o
bem-estar e a justiça sociais.

CAPÍTULO 11
Da Seguridade Social

SEÇÃO I
Disposições Gerais

Art. 194.* A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de


iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos rela-
tivos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a se-
guridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
11 - uniformidade e equivalência dos beneficios e serviços às populações
urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos beneficios e serviços;
IV ~ irredutibilidade do valor dos beneficios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de fmanciamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados
e do Governo nos órgãos colegiados.
Art. 195.* A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma di-
reta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribui-
ções sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa fisica que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício;

• EC n2 20/98.

Da Ordem Social
245
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
11 - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdên-
cia social de que trata o art. 20 I;
m- sobre a receita de concursos de prognósticos.
§ lQ As receitas dos, Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à
seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento
da União.
§ 2Q A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma inte-
grada pelos órgãos responsáveis pela saúde, 'previdência social e assistência social,
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,
assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3Q A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como esta-
belecido em lei, não poderá contratar com o poder público nem dele receber beneficios
ou incentivos fiscais ou creditícios. '
§ 4Q A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. '
§ 5Q Nenhum beneficio ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majo-
rado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6Q As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou mo-
dificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, m, b.
§ 7Q São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes
de assistência social que atendam às exigências,estabelecidas em lei.
§ 8Q O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesa-
nal,bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade so-
cial mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da
produção e farão jus aos beneficios nos termos da lei.
§ 9Q As contribuições sociais previstas no inciso 1deste artigo poderão ter alíquotas
ou bases de cálculo diferenciadas, em 'razão da atividade econômica ou da utilização
intensiva de mão-de-obra.
, § 10. A lei defmirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único
de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida
de recursos.
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de
que tratam os incisos I, a, e 11 deste artigo, para débitos em montante superior ao
fixado em lei complementar.

Constituição da República Federativa do ,Brasil


246
Arts. 195 a 198

SEÇÃO 11
Da Saúde

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políti-
cas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder
público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198.* As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada
e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguin-
tes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera, de governo;
11 - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
§ 12 O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com re-
cursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, além de outras fontes.
§ 22 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anual-
mente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplica-
ção de percentuais calculados sobre:
I - no caso da União', na forma definida nos termos da lei complementar pre-
vista no § 32 ;
11 - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157,eJ59,
inciso I, alínea a, e inciso 11, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respec-
tivos Municípios;
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação
dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159,
inciso I, alínea b e § 32 •
§ 32 Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, esta-
belecerá:
I - os percentuais de que trata o § 22;
11 - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde desti-
na,dosaos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destina-
dos a seus respectivos Municípios, objet~vando a progressiva redução das dispa-
ridades regionais;

* EC nQ 29/2000.

Da Ordem Social 247


III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde
nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União.
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ I ~ As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema
único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fms lucrativos.
§ 22 É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos.
§ 32 É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros
na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 42 A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de
órgãos, tecidos e substâncias humanas para fms de transplante, pesquisa e tratamento,
bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo
vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos ter-
mos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse
para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobioló-
gicos, hemoderivados e outros insumos;
11 - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as
de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV --" participar da formulação da política e da execução das ações de sanea-
mento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e
tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
SEÇÃOIlI
Da Previdência Social
Art. 201.* A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

* EC n2 20/98.

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


248
Arts. 198 a 201

11 - proteção à maternidade, especialmente à gestante;


III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de
baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou compa-
nheiro e dependentes, observado o disposto no § 2~.
§ l~ É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão
de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados
os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade fisica, definidos em lei complementar.
§ 2~ Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento
do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
§ 3~ Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de beneficio
serão devidamente atualizados, na fotIna da lei.
§ 4~ É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.
§ 5~ É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de
segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
§ 6~ A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor
dos proventos do mês de dezembro de cada ano.
§ 7~ É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos
da lei, obedecidas as seguintes condições:
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição,
se mulher;
11 - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se
mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os
sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
§ 8~ Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão redu-
zidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensiná
fundamental e médio.
§ 9~ Par.. efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo
de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hi-
pótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeira-
mente, segundo critérios estabelecidos em lei.
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser
..ttendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor
privado.
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados
ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em
beneficios, nos casos e na forma da lei.

Da Ordem Social
249
Art. 202.* O regime de previdência privada, de caráter complementar e organiza-
do de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será
facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o beneficio contratado,
e regulado por lei complementar.
§ IQ A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de
planos de beneficios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações
relativas à gestão de seus respectivos planos.
§ 2Q As contribuições do empregador, os beneficios e as condições contratuais
previstas nos estatutos, regulamentos e planos de beneficios das entidades de previ-
dência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à
exceção dos beneficios concedidos, não integram a remuneração dos participantes,
nos termos da lei.
§ 3Q É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União,
Estados', Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de pa-
trocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá
exceder a do segurado.
§ 4Q Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Fe-
deral ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia
mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de
entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de
previdência privada.
§ 5Q A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que
couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de ser-
viços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.
§ 6Q A lei complementar a que se refere o § 4Q deste artigo estabelecerá os requi-
S!tos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previ-
dência.privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias
de decisa'(H(m que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.

SEÇÃO IV
Da Assistência Social

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente-
mente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à mau:rnidade, à inf'ancia, à adolescência e à velhice;
11 - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a pro-
moção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de beneficio mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

• EC 0 2 20/98.

Constituição da República Federativo doBrâliI


250
Arts. 202 a 207

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas


com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras
fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as nor-
mas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas
às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência
social;
11 - participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.

CAPÍTULO III
Da Educação, da Cultura
e do Desporto

SEÇÃO I
Da Educação

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promo-
vida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvi-
mento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho. .

Art. 206.* o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
11 -liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o,pensamento, a arte
e o saber; .
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos
de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
VI - gestão democrática dó ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.

Art. 207. ** As universidades gozam de autonomia didático-científica,


administrativa e de gestão fmanceira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de in-
dissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§ I ~ É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estran-
geiros, na forma da lei.
§ 2~ O 'disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e
tecnológica.

• EC nQ 19/98.
.. EC nQ 11/96.

Da Ordem Social
251
Art. 208.* O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamentai obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua ofer-
ta gratuita para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria;
11 - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, pre-
ferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artís-
tica, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à
saúde.
§ 1Q O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2 Q O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3Q Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamentai,
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:


I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
11 - autorização e avaliação de qualidade pelo poder público.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de manei-
ra a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos,
nacionais e regionais.
§ I Q O ensino religioso, de matricula facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamentai.
§ 2Q O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegu-
rada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e pro-
cessos próprios de aprendizagem.

Art. 211.* A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em


regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1Q A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, fmanciará
as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função
redistribuitiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e
fmanceira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
§ 2Q OS Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamentai e na educa-
ção infantil.

... EC n2 14/96.

Constituição da República Federativa do Brasil


252
Arts. 208 a 214

§ 3~ Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino funda-


mental e médio.
§ 4~ Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios deftni-
rão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatóriq.
Art. 212.* A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resul-
tante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
§ I ~ A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não
é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a
transferir.
§ 2~ Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão conside-
rados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na
forma do art. 213.
§ 3~ A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento
das necessidades do ensino obrigat6rio,nos termos do plano nacional de educação.
§ 4~ Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos
no art. 208, VII, serão fmanciados com recursos provenientes de contribuições sociais
e outros recursos orçamentários.
§ 5~ O ensino fundamental público terá como fonte adicional de ftnanciamento a
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou ftlantrópicas, deftnidas em lei, que:
I - comprovem fmalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes fmanceiros
em educação;
I1- assegurem a destinaç&o de seu patrimõnio a outra escola comunilá.rla~ fi-
lantrópica ou confessional, ou ao poder público, no caso de encerramento de suas
atividades.
§ 1~ Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo
para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insu-
ftciência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública
na localidade da residência do educando, ftcando o poder público obrigado a investir
prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
§ 2~ As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio
fmanceiro do poder público.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual,
visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à
integração das ações do poder público que conduzam à:
I - erradicação do analfabetismo;

... EC 02 14/96.

Da Ordem Social
253
11 - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

SEÇÃO 11
Da Cultura
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e aces-
so às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais.
§ I ~ O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-
brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
§ 2~ A lei disporá sobre a ftxação de datas comemorativas de alta significação
para os diferentes segmentos étnicos nacionais.

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e


imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à iden-
tidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira,
nos quaís se incluem:
I - as formas de expressão;
11 - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demaís espaços destinados
às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paísagístico, artístico,
arqueológico, pllleont.ológico, ecológico e científico.
§ I ~ O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá
o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tomba-
mento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
§ 2~ Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação
govemamentále as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§.3~ A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e
valores culturais.
§ 4~ Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
§ 5~ Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências
históricas dos antigos quilombos.

SEÇÃO III
Do Desporto
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais,
como direito de cada um, observados:

Constituição da República Federativa do Brasil


254
Arts. 214 a 220

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a


sua organização e funcionamento;
11 - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto
educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional;
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.
§ l~ O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às
competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva,
regulada em lei.
§ 2~ A justiça desportiva terá o prazo máximo de' sessenta dias, contados da ins-
tauração do processo, para proferir decisão fmal.
§ 3~ O poder público incentivará o lazer, como forma de promoção social.

CAPÍTULO IV
Da Ciência e Tecnologia

. Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pes-


quisa e a capacitação tecnológicas. .,
§ 1~ A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo
em vista o bem público e o progresso das ciências.
§ 2~ A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos
problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional. e
regional.
§ 3~ O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência,
pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições espe-
ciais de trabalho.
§ 4~ A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de
tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos hurilanos e
que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do
salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.
§ 5~ É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita
orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e
tecnológica. '

Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de


modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da
população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

CAPÍTULO V
Da Comunicação Social

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação,


sob qualquer forma, processo ou veículo, não·sofrerão qualquer restrição, observado
o disposto nesta Constituição.

Da Ordem Social
255
§ I ~ Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liber-
dade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado
o disposto no art. 5~, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2~ É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
§ 3~ Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao poder público
informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e
horários em que sua apresentação se mostre inadequada;
11 - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibili-
dade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que
contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e
serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
§ 4~ A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medica-
mentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso 11 do parágrafo
anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os maleficios decorrentes
de seu uso.
§ 5~ Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser
objeto de monopólio ou oligopólio.
§ 6~ A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de
autoridade.
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atende-
rão aos seguintes princípios:
I - preferência a fmalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
11 - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção indepen-
dente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística ejornalística, conforme per-
centuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons
e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, aos
quais caberá a responsabilidade por sua administração e orientação intelectual.
§ I ~ É vedada a participação de pessoa jurídica no capital social de empresa jor-
nalística ou de radiodifusão, exceto a de partido político e de sociedades cujo capital
pertença exclusiva e nominalmente a brasileiros.
§ 2~ A participação referida no parágrafo anterior só se efetuará através de capital
sem direito a voto e não poderá exceder a trinta por cento do capital social.
Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e
autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o
princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.
§ l~ O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, §§ 2~e4~, a contar
do recebimento da mensagem.

Constituição da República Federativa do Brasil


256
Arts. 220 a 225

§ 22 A não-renovação da concessão ou pennissão dependerá de aprovação de, no


mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.
§ 32 O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após delibe-
ração do Congresso Nacional, na fonna dos parágrafos anteriores.
§ 42 O cancelamento Ja concessão ou pennissão, antes de vencido o prazo, depende
de decisão judicial.
§ 52 O prazo da concessão ou pennissão será de dez anos para as emissoras de
rádio e de quinze para as de televisão.
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste Capítulo, o Congresso Nacional insti-
tuirá, como órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na fonna da lei.

CAPÍTULO VI
Do Meio Ambiente

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 12 Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
11 - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - defmir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
pennitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a inte-
gridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na fonna da lei, para instalação de obra ou atividade potencial-
mente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, méto-
dos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscien-
tização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na fonna da lei, as práticas que colo-
quem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam
os animais a crueldade.
§ 22 Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na fonna da lei.
§ 32 As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão
os infratores, pessoas fisicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, inde-
pendentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Da Ordem Social
257
§ 4~ A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á,
na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente,
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5~ São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
-§#' As-usinas que operemÇ9m reator nuclear deverão ter sua localização defmi-
da em lei federal, s~m o que não poderão ser mstãladas.

CAPÍTULO VII
Da FamOia, da Criança, do Adolescente e do Idoso

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.


§ l~ O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2~ O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3~ Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o
hºrnem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento.
§ 4~ Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por
qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5~ Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente
pelo homem e pela mulher.
§ 6~ O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação
judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de
fato por mais de dois anos.
§ 7~ Fundado nos princípios da dign~dade da pessoa humana e da paternidade
responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado
propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada
qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8~ O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a
integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Art. 227. É dever da família, da sociedad.e e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à edu-
cação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e
à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ l~ O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e
do adolescente, admitida a participação de entidades não-governamentais e obede-
cendo aos seguintes preceitos:
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assis-
tência matemo-infantil;
11 - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os
portadores de deficiência fisica, sensorial ou mental, bem como de integração social
I
Constituição do República Federativo do Brasil
258
Arts. 225 a 230

do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a


convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação
de preconceitos e obstáculos arquitetônico'!.
§ 22 A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edificios de
uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso
adequado às pessoas portadoras de deficiência.
§ 32 O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissào ao trabalho, observado o
disposto no art. 72, XXXIII;
11 - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola;
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional,
igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo
dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à con-
dição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer me-
dida privativa da liberdade;
VI - estimulo do poder público, através de assistênciajurídica, incentivos fiscais
e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou
adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao ado-
lescente dependente de entorpecentes e drogas afins.
§ 4 2 A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança
e do adolescente.
§ 52 A adoção será assistida pelo poder público, na forma da lei, que estabelecerá
casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.
§ 62 Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os
mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias
relativas à filiação.
§ 72 No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se-á em con-
sideração o disposto no art. 204.
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às
normas da legislação especial.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os
filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfer-
midade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas
idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e
bem-estare garantindo-lhes o direito à vida.
§ 12 Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em
seus lares.

Da Ordem Social
259
§ 2Q Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transpor-
tes coletivos urbanos.

CAPÍTULO VIII
Dos Índios

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus
bens.
§ IQ São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em
caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis
à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a
sua reprodução fisica e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2Q As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos
lagos nelas existentes.
§ 3Q O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos,
a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados
comautorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes
assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4Q As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos
sobre elas, imprescritíveis.
§ 5Q É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, ad referendum
do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso
Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6Q São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham
por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a
exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressal-
vado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar,
não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União,
salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé.
§ 7 Q Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, §§ 3Qe 4Q.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para
ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério
Público em todos os atos do processo.

Constituição do República Federativo do Brasil


260
TÍTULO IX
Das Disposições Constitucionais Gerais

Art. 233.* (Revogado).

Art. 234. É vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decorrência da


criação de Estado, encargos referentes a despesas com pessoal inativo e com encargos
e amortizações da dívida interna ou externa da administração pública, inclusive da
indireta.

Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as se-
guintes normas básicas:
I - a Assembléia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a popu-
lação do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro se igualou
superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil;
11 - o Governo terá no máximo dez Secretarias;
III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador
eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber;
IV - o Tribunal de Justiça terá sete desembargadores;
V - os primeiros desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito,
escolhidos da seguinte forma:
a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em
exercício na área do novo Estado ou do Estado originário;
b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de
comprovada idoneidade e saber juridico, com dez anos, no mínimo, de
exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na Constituição;
VI - no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros
desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do
País;
VII - em cada comarca, o primeiro juiz de direito, o primeiro promotor de
justiça e o primeiro defensor público serão nomeados pelo Governador eleito após
concurso público de provas e títulos;
VIII - até a promulgação da Constituição estadual, responderão pela Procura-
doria-Geral, pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de
notório saber, com trinta e cinco anos de idade, no mínimo, nomeados pelo Governador
eleito e demissíveis ad nutum;
IX - se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a
transferência de encargos fmanceiros da União para pagamento dos servidores optantes
que pertenciam à administração federal ocorrerá da seguinte forma:

.. EC n2 28/2000.

Das Disposições Constitucionais Gerais


261
a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encar-
gos fmanceiros para fazer face ao pagamento dos servidores públicos, fi-
cando ainda o restante sob a responsabilidade da União;
b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento
e, no oitavo, dos restantes cinqüenta por cento;
X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados
neste artigo, serão disciplinadas na Constituição estadual;
XI - as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinqüenta
por cento da receita do Estado.

Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por
delegação do poder público.
§ 12 Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal
dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e defmirá a fiscalização de
seus atos pelo Poder Judiciário.
§ 22 Lei federal estabele'cerá normas gerais para fixação de emolumentos relati-
vos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro.
§ 32 O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público
de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura
de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.
Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa
dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.
Art. 238. A lei ordenará a venda e revenda de combustíveis de petróleo, álcool
carburante e outros combustíveis derivados de matérias-primas renováveis, respeita-
dos os princípios desta Constituição.

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integra-


ção Social, criado pela Lei Complementar n2 7, de 7 de setembro de 1970, e para o
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei
Complementar n2 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta
Constituição, a fmanciar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desem-
prego e o abono de que trata o § 32 deste artigo.
§ 12 Dos recursos mencionados no caput deste artigo, pelo menos quarenta por
cento serão destinados a financiar programas de desenvolvimento econômico, através
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remu-
neração que lhes preservem o valor.
§ 22 Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do Progra-
ma de Formação do Patrimônio do Servidor Público são preservados, mantendo-se os
critérios de saque nas situações previstas nas leis específicas, com exceção da retirada
por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da arrecadação de que trata o
caput deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes.
§ 32 Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Pro-
grama de Integração Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor

Constituiçõo do República Federativo do Brasil


262
Arts. 235 a 245

Público, até dois salários mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento


de um salário mínimo anual, computado neste valor o rendimento das contas indivi-
duais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data da
promulgação desta Constituição.
§ 4~ O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicio-
nal da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio
da rotatividade do setor, na forma estabelecida por lei.

Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições com-
pulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades priva-
das de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.

Art. 241.* A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão


por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transfe-
rência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade
dos serviços transferidos.

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais
oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação
desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente mantidas com recur-
sos públicos.
§ l~ O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferen-
tes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.
§ 2~ O Colégio Pedro 11, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na
órbita federal.

Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas
ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente
destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e
medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em de-
corrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afms será confiscado e reverterá
em beneficio de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de
viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, preven-
ção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.
Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edificios de uso público
e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso ade-
quado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2~.

Art. 245. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o poder público dará
assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso,
sem prejuízo da responsabilidade civil do autor do ilícito.

... EC n2 19/98.

Das Disposições Constitucionais Gerais


263
Art. 246. * É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo
da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada a
partir de 1995.
Art. 247.** As leis previstas no inciso III do § l~ do art. 41 e no § 7~ do art. 169
estabelecerão critérios e garantias especiais para a perda do cargo pelo servidor públi-
co estável que, em decorrência das atribuições de seu cargo efetivo, desenvolva ativi-
dades exclusivas de Estado.
Parágrafo único. Na hipótese de insuficiência de desempenho, a perda do cargo
somente ocorrerá mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa.
Art. 248.*** Os beneficios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo
regime geral de previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não
sujeitos ao limite máximo de valor fixado para os beneficios concedidos por esse
regime observarão os limites fixados no art. 37, XI.
Art. 249.*** Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proven-
tos de aposentadoria e pensões concedidas aos respectivos servidores e seus
dependentes, em adição aos recursos dos respectivos tesouros, A União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos, integrados pelos recursos
provenientes de contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, me-
diante lei que disporá sobre a natureza e a administração desses fundos.
Art. 250.*** Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefi-
cios concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de
sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos
de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse
fundo.
Brasília,5 de outubro de 1988. - Ulysses Guimarães, Presidente - Mauro
Benevides, 1~ Vice-Presidente -Jorge Arbage, 2~ Vice-Presidente - Marcelo Cordeiro,
1~ Secretário - Mário Maia, 2~ Secretário - Arnaldo Faria de Sá, 3~ Secretário -
Benedita da Silva, 1~ Suplente de Secretário - Luiz Soyer, 2~ Suplente de Secretário-
Sotero Cunha, 3~ Suplente de Secretário - Bernardo Cabral, Relator Geral- Adolfo
Oliveira, Relator Adjunto - Antônio Carlos Konder Reis, Relator Adjunto - José
Fogaça, Relator Adjunto - AbigailFeitosa - Acival Gomes - Adauto Pereira - Ademir
Andrade - Adhemar de Barros Filho - Adroaldo Streck - Adylson Motta - Aécio de
Borba - Aécio Neves - Affonso Camargo - AfifDomingos - Afonso Arinos - Afonso
Sancho - Agassiz Almeida - Agripino de Oliveira Lima - Airton Cordeiro - Airton
Sandoval - Alarico Abib - Albano Franco - Albérico Cordeiro - Albérico Filho -
Alceni Guerra - Alcides Saldanha - Aldo Arantes - Alércio Dias - Alexandre Costa -
Alexandre Puzyna - Alfredo Campos - Almir Gabriel- Aloisio Vasconcelos - Aloysio
Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - .Álvaro Antônio -
.Álvaro Pacheco - .Álvaro Valle - Alysson Paulinelli - Amaral Netto - Amaury Müller-

• EC 0 2.6/95 e EC 0 2 7/95 .
•• EC 0 2 19/98 .
••• EC 0 2 20/98.

Constituição da República Federativa do Brasil


264
Amilcar Moreira - Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos -
Antero de Barros - Antônio Câmara - Antônio Carlos Franco - Antonio Carlos Mendes
Thame - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira - Antonio Gaspar - Antonio Mariz -
Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - Antonio Ueno - Arnaldo Martins - Arnaldo
Moraes - Arnaldo Prieto - Arnold Fioravante - Arolde de Oliveira - Artenir Werner-
Artur da Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila Lira - Augusto Carvalho-
Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito Gama - Beth Azize -
Bezerra de Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada - Bosco França - Brandão
Monteiro - Caio Pompeu - Carlos Alberto - Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides-
Carlos Cardinal - Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos De 'Carli - Carlos
Mosconi - Carlos Sant 'Anna - Carlos Vinagre - Carlos Virgílio - Carrel Benevides -
Cássio Cunha Lima - Célio de Castro - Celso Dourado - César Cals Neto - César
Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - Chagas Rodrigues - Chico Humberto -
Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia de Carvalho - Cláudio Ávila -
Cleonâncio Fonseca - Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha Bueno - Dálton
Canabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra - Davi Alves Silva - Del
Bosco Amaral- Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionisio Dal Prá -
Dionísio Hage - Dirce Tutu Quadros - Dirceu Carneiro - Diyaldn SuruagJl- Djena1 .
Gonçalves - Domingos Juvenil- Domingos Leonelli - Doreto Campanari - Edésio
Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta - Edme Tavares - Edmilson Valentim -
Eduardo Bonfim - Eduardo ,Jorge - Eduardo Moreira - Egídio Ferreira Lima -
Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer Moreira - Enoc Vieira - Eraldo Tinoco -
Eraldo Trindade - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Etevaldo Nogueira - Euclides
Scalco - Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expedito Machado - Ézio Ferreira-
Fábio Feldmann - Fábio Raunheitti - Farabulini Júnior- Fausto Fernandes - Fausto
Rocha - Felipe Mendes - Feres Nader - Fernando Bezerra Coelho - Fernando
Cunha - Fernando Gasparian - Fernando Gomes - Fernando Henrique Cardoso-
Fernando Lyra - Fernando Santana - Fernando Velasco - Firmo de Castro - Flavio
Palmier da Veiga - Flávio Rocha - Florestan Fernandes - Floriceno Paixão - França
Teixeira - Francisco Amaral- Francisco Benjàmim - Francisco Carneiro - Francisco
Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francisco Küster- Francisco
Pinto - Francisco Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Furtado Leite-
Gabriel Guerreiro - Gandi Jamil - Gastone Righi - Genebaldo Correia - Genésio
Bernardino - Geovani Borges - Geraldo Alckmin Filho - Geraldo Bulhões - Geraldo
Campos - Geraldo Fleming - Geraldo Melo - Gerson Camata - Gerson Marcondes -
Gerson Peres - Gidel Dantas - Gil César - Gilson Machado - Gonzaga Patriota -
Guilherme Palmeira - Gumercindo Milhomem - Gustavo de Faria - Harlan Gadelha-
Haroldo Lima - Haroldo Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque - Hélio Manhães -
Hélio Rosas - Henrique Córdova - Henrique Eduardo Alves - Heráclito Fortes-
Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos - Humberto Lucena - Humberto
Souto - Iberê Ferreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodrigues-
Iram Saraiva - Irapuan Costa Júnior - Irma Passoni - Ismael Wanderley - Israel
Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo - Ivo Lech - Ivo Mainardi - Ivo Vanderlinde-
Jacy Scanagatta - Jairo Azi - Jairo Carneiro - Jalles Fontoura - Jamil Haddad -
Jarbas Passarinho - Jayme Paliarin - Jayme Santana - Jesualdo Cavalcanti - Jesus
Tajra - Joaci Góes - João Agripino - João Alves - João Calmon - João Carlos
Bacelar - João Castelo - João Cunha - João da Mata - João de Deus Antunes -
João Herrmann Neto - João Lobo - João Machado Rollemberg - João Menezes -

Das Disposições Constitucionais Gerais


265
João Natal - João Paulo - João Rezek - Joaquim Bevilácqua -Joaquim Francisco -
Joaquim Hayckel -Joaquim Sucena -Jofran Frejat - Jonas Pinheiro -Jonival Lucas-
Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite - Jorge Uequed - Jorge Vianna - José
Agripino - José Camargo - José Carlos Coutinho - José Carlos Grecco - José Carlos
Martinez - José Carlos Sabóia - José Carlos Vasconcelos - José Costa - José da
Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias - José Fernandes - José Freire-
José Genoíno - José Geraldo - José Guedes - José Ignácio Ferreira - José Jorge -
José Lins - José Lourenço - José Luiz de Sá - José Luiz Maia - José Maranhão -
José Maria Eymael - José Maurício - José Melo - José Mendonça Bezerra - José
Moura - José Paulo Bisol - José Queiroz - José Richa - José Santana de Vasconcellos-
José Serra - José Tavares - José Teixeira - José Thomaz Nonô - José Tinoco - José
U/ísses de Oliveira - José Viana - José Yunes - Jovanni Masini - Juarez Antunes -
Júlio Campos - Júlio Costamilan - Jutahy Júnior - Jutahy Magalhães - Koyu Iha -
Lael Varella - Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio Souza - Leopoldo Peres - Leur
Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice da Mata - Louremberg Nunes Rocha -
Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia - Lúcio Alcântara - Luís Eduardo -
Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - Luiz Gushiken - Luiz
Henrique - Luiz Inácio Lula da Silva - Luiz Leal - Luiz Marques - Luiz Salomão -
Luiz Viana - Luiz Viana Neto - Lysâneas Maciel - Maguito Vi/ela - Maluly Neto -
Manoel Castro - Manoel Moreira - Manoel Ribeiro - Mansueto de Lavor - Manuel
Viana - Márcia Kubitschek - Márcio Braga - Márcio Lacerda - Marco Maciel -
Marcondes Gadelha - Marcos Lima - Marcos Queiroz - Maria de Lourdes Abadia-
Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário de Oliveira - Mário Lima -
Marluce Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos- MaJ,Jrício Correa-
Maurício Fruet - Maurício Nasser - Maurício Pádua - Maurílio Ferreira Lima -
Mauro Borges - Mauro Campos - Mauro Miranda - Mauro Sampaio - Max
Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire - Mello Reis - Mendes Botelho - Mendes
Canale - Mendes Ribeiro - Messias Góis - Messias Soares - Michel Temer - Milton
Barbosa - Milton Lima - Milton Reis-- Mira/do-Gomes - Miro Teixeira - Moema
Soo Thiago -- MoysesPimentel - Mozarildo Cavalcanti - Mussa Demes - Myrian
Portella - Nabor Júnior- Naphtali Alves de Souza - Narciso Mendes - Nelson Aguiar-
Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá - Nelson Seixas - Nelson Wedekin-
Nelton Friedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson Gibson -
Nion Albernaz - Noel de Carvalho - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Odacir Soares-
Olavo Pires - Olívio Dutra - Onofre Corrêa - Orlando Bezerra - Orlando Pacheco -
Oscar Corrêa - Osmar Leitão - Osmir Lima - Osmundo Rebouças - Osvaldo Bender-
Osvaldo Coelho - Osvaldo Macedo - Osvaldo Sobrinho - Oswaldo Almeida - Oswaldo
Trevisan - Ottomar Pinto - Paes de Andrade - Paes Landim - Paulo Delgado -
Paulo Macarini - Paulo Marques - Paulo Mincarone - Paulo Paim - Paulo Pimentel-
Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva - Paulo Zarzur-
Pedro Canedo - Pedro Ceolin - Percival Muniz Pimenta da Veiga - Plínio Arruda
_o

Sampaio - Plínio Martins - Pompeu de Sousa - Rachid Saldanha Derzi - Raimundo


Bezerra - Raimundo Lira - Raimundo Rezende - Raquel Cândido- Raquel Capiberibe-
Raul Belém - Raul Ferraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi - Renato Johnsson -
Renato Vianna - Ricardo Fiuza - Ricardo Izar - Rita Camata - Rita Furtado -
Roberto Augusto - Roberto Balestra - Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto
D 'Avila - Roberto Freire - Roberto Jefferson - Roberto Rollemberg- Roberto Torres-
Roberto Vital - Robson Marinho - Rodrigues Palma - Ronaldo Aragão - Ronaldo

Constituição da República Federativa do Brasil


266
Carvalho - Ronaldo Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa - Rosa Prata -
Rose de Freitas - Rospide Netto - Rubem Branquinho - Rubem Medina - Ruben
Figueiró - Ruberval Pilotto - Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Sadie Hauache - Salatiel
Carvalho - Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furtado - Sarney Filho -
Saulo Queiroz - Sérgio Brito - Sérgio Spada - Sérgio Werneck - Severo Gomes -
Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu - Simão Sessim - Siqueira Campos - Sólon Borges
dos Reis- Stélio Dias- Tadeu França - Telmo Kirst- Teotonio Vilela Filho - Theodoro
Mendes - Tito Costa - Ubiratan Aguiar- Ubiratan Spinelli - Uldurico Pinto - Valmir
Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves - Vicente Bogo - Victor Faccioni - Victor
Fontana - Victor Trovão - Vieira da Silva - Vilson Souza - Vingt Rosado - Vinicius
Cansanção - Virgildásio de Senna - Virgílio Galassi - Virgílio Guimarães - Vitor
Buaiz - Vivaldo Barbosa - Vladimir Palmeira - Wagner Lago - Waldec Ornélas -
Waldyr Pugliesi - Walmor de Luca - Wilma Maia - Wilson Campos - Wilson Martins-
Ziza Valadares.
PARTICIPANTES: Alvaro Dias-Antônio Britto - Bete Mendes- Borges da Silveira
- Cardoso Alves - Edivaldo Holanda - Expedito Júnior - Fadah Gattass - Francisco
Dias - Geovah Amarante - Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo Napoleão-
Iturival Nascimento - Ivan Bonato - Jorge Medauar - José Mendonça de Morais -
Leopoldo Bessone - Marcelo Miranda - Mauro Fecury - Neuto de Conto - Nivaldo
Machado - Oswaldo Lima Filho - Paulo Almada - Prisco Viana - Ralph Biasi -
Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Tidei de Lima.
IN MEMüRIAM: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto
Schwantes - Virgílio Távora.

Das Disposições Constitucionais Gerais


267
ATO DAS DISPOSIÇÕES
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS

Art. 1~ O Presidente da República, o Presidente do Supremo Tribunal Federal e os


membros do Congresso Nacional prestarão o compromisso de manter, defender e
cumprir a Constituição, no ato e na data de sua promulgação.

Art. 2~ 2 No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado defmirá, através de plebiscito,


a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo
ou presidencialismo) que devem vigorar no País.
§ I!! Será assegurada gratuidade na livre divulgação dessas formas e sistemas,
através dos meios de comunicação de massa cessionários de serviço público.
§ 2!! O Tribunal Superior Eleitoral, promulgada a Constituição, expedirá as normas
regulamentadoras deste artigo.

Art. 3~ A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da pro-
mulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso
Nacional, em sessão unicameral.

Art. 4~ O mandato do atual Presidente da República terminará em 15 de março de


1990.
§ I!! A primeira eleição para Presidente da República após a promulgação da
Constituição será realizada no dia 15 de novembro de 1989, não se lhe aplicando o
disposto no art. 16 da Constituição.
§ 2!! É assegurada a irredutibilidade da atual representação dos Estados e do Distrito
Federal na Câmara dos Deputados.
§ 3!! Os mandatos dos Governadores e dos Vice-Governadores eleitos em 15 de
novembro de 1986 terminarão em 15 de março de 1991.
§ 4!! Os mandatos dos atuais Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores terminarão no
dia I!! de janeiro de 1989, com a posse dos eleitos.

Art. 5~ Não se aplicam às eleições previstas para 15 de novembro de 1988 o dis-


posto no art. 16 e as regras do art. 77 da Constituição.
§ I!! Para as eleições de 15 de novembro de 1988 será exigido domicílio eleitoral
na circunscrição pelo menos durante os quatro meses anteriores ao pleito, podendo os
candidatos que preencham este requisito, atendidas as demais exigências da lei, ter
seu registro efetivado pela Justiça Eleitoral após a promulgação da Constituição.
§ 2!! Na ausência de norma legal específica, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral
editar as normas necessárias à realização das eleições de 1988, respeitada a legislação
vigente.

2 Ver redação da EC n22/92.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


269
§ 3~ Os atuais parlamentares federais e estaduais eleitos Vice-Prefeitos, se convo-
cados a exercer a função de Prefeito, não perderão o mandato parlamentar.
§ 4~ O número de Vereadores por Município será fixado, para a representação a
ser eleita em 1988, pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral, respeitados os limites
estipulados no art. 29, IV, da Constituição.
§ 5~ Para as eleições de 15 de novembro de 1988, ressalvados os que já exercem
mandato eletivo, são inelegíveis para qualquer cargo, no território de jurisdição do
titular, o cônjuge e os parentes por consangüinidade ou afmidade, até o segundo grau,
ou por adoção, do Presidente da República, do Governador de Estado, do Governador
do Distrito Federal e do Prefeito que tenham exercido mais da metade do mandato.

Art. ~ Nos seis meses posteriores à promulgação da Constituição, parlamentares


federais, reunidos em número não inferior a trinta, poderão requerer ao Tribunal
Superior Eleitoral o registro de novo partido político, juntando ao requerimento o
manifesto, o estatuto e o programa devidamente assinados pelos requerentes.
§ l~ O registro provisório, que será concedido de plano pelo Tribunal Superior
Eleitoral, nos termos deste artigo, defere ao novo partido todos os direitos, deveres e
prerrogativas dos atuais, entre eles o de participar, sob legenda própria, das eleições
que vierem a ser realizadas nos doze meses seguintes a sua formação.
§ 2~ O novo partido perderá automaticamente seu registro provisório se, no prazo
de vinte e quatro meses, contados de sua formação, não obtiver registro defmitivo no
Tribunal Superior Eleitoral, na forma que a lei dispuser.

Art. 7~ O Brasil propugnará pela formação de um tribunal internacional dos direi-


tos humanos.
Art. 8~ É concedida anistia aos que, no período de 18 de setembro de 1946 até a
data da promulgação da Constituição, foram atingidos, em decorrência de motivação
exclusivamente política, por atos de exceção, institucionais ou complementares, aos
que foram abrangidos pelo Decreto Legislativo n~ 18, de 15 de dezembro de 1961, e
aos atingidos pelo Decreto-Lei n~ 864, de 12 de setembro de 1969, asseguradas as
promoções, na inatividade, ao cargo, emprego, posto ou graduação a que teriam direito
se estivessem em serviço ativo, obedecidos os prazos de permanência em atividade
previstos nas leis e regulamentos vigentes, respeitadas as características e peculiari-
dades das carreiras dos servidores públicos civis e militares e observados os respectivos
regimes jurídicos.
§ I!! O disposto neste artigo somente gerará efeitos fmanceiros a partir da promul-
gação da Constituição, vedada a remuneração de qualquer espécie em caráter retroativo.
§ 2~ Ficam assegurados os beneficios estabelecidos neste artigo aos trabalhadores do
setor privado, dirigentes e representantes sindicais que, por motivos exclusivamente po-
líticos, tenham sido punidos, demitidos ou compelidos ao afastamento das atividades
remuneradas que exerciam, bem como aos que foram impedidos de exercer atividades
profissionais em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos.
§ 3~ Aos cidadãos que foram impedidos de exercer, na vida civil, atividade profissi-
onal específica, em decorrência das Portarias Reservadas do Ministério da Aeronáutica
n~ S-50-GM5, de 19 de junho de 1964, e n~ S-285-GM5, será concedida reparação de

270 Constituição da República Federativa do Brasil


ADCT Arts. S!! a 11

natureza econômica, na fonna que dispuser lei de iniciativa do Congresso Nacional e a


entrar em vigor no prazo de doze meses a contar da promulgação da Constituição.
§ 42 Aos que, por força de atos institucionais, tenham exercido gratuitamente
mandato eletivo de Vereador serão computados, para efeito de aposentadoria no serviço
público e previdência social, os respectivos períodos.
§ 52 A anistia concedida nos tennos deste artigo aplica-se aos servidores públicos
civis e aos empregados em todos os níveis de governo ou em suas fundações, empresas
públicas ou empresas mistas sob controle estatal, exceto nos Ministérios militares,
que tenham sido punidos ou demitidos por atividades profissionais interrompidas em
virtude de decisão de seus trabalhadores, bem como em decorrência do Decreto-Lei
n2 1.632, de 4 de agosto de 1978, ou por motivos exclusivamente políticos, assegurada
a readmissão dos que foram atingidos a partir de 1979, observado o disposto no § 12•
Art. 9~ Os que, por motivos exclusivamente políticos, foram cassados ou tiveram
seus direitos políticos suspensos no período de 15 de julho a 31 de dezembro de 1969,
por ato do então Presidente da República, poderão requerer ao Supremo Tribunal
Federal o reconhecimento dos direitos e vantagens interrompidos pelos atos puniti-
vos, desde que comprovem terem sido estes eivados de vício grave.
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal proferirá a decisão no prazo de
cento e vinte dias, a contar do pedido do interessado.
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 72, I, da
Constituição: .
I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da por-
centagem prevista no art. 62, caput e § 12, da Lei n2 5.107, de 13 de setembro de 1966;
11 - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de pre-
venção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após
o fmal de seu mandato;
b) da empregada gestante, desde a confinnação da gravidez até cinco m.eses
após o parto.
§ 12 Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 72, XIX, da Constituição,
o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.
§ 22 Até ulterior disposição legal, a cobrança das contribuições para o custeio das
atividades dos sindicatos rurais será feita juntamente com a do imposto territorial
rural, pelo mesmo órgão arrecadador.
§ 32 Na primeira comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas pelo
empregador rural, na fonna do art. 233 3, após a promulgação da Constituição, será
certificada perante a Justiça do Trabalho a regularidade do contrato e das atualizações
das obrigações trabalhistas de todo o período.
Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Cons-
tituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição
Federal, obedecidos os princípios desta.

l Esse artigo foi revogado pela EC n2 28/2000.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


271
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal,
no prazo de seis meses, votar a lei orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e
votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição estadual.
Art. 12. Será criada, dentro de noventa dias da promulgação da Constituição, co-
missão de estudos territoriais, com dez membros indicados pelo Congresso Nacional
e cinco pelo Poder Executivo, com a finalidade de apresentar estudos sobre o territó-
rio nacional e anteprojetos relativos a novas unidades territoriais, not.adamente na
Amazônia Legal e em áreas pendentes de solução.
§ 12 No prazo de um ano, a comissão submeterá ao Congresso Nacional os resul-
tados de seus estudos para, nos termos da Constituição, serem apreciados nos doze
meses subseqüentes, extinguindo-se logo após.
§ 22 Os Estados ~ os Municípios deverão, no prazo de três anos, a contar da pro-
mulgação da Constituição, promover, mediante acordo ou arbitramento, a demarcação
de suas linhas divisórias atualmente litigiosas, podendo para isso fazer alterações e
compensações de área que atendam aos acidentes naturais, critérios históricos, conve-
niências administrativas e comodidade das populações limítrofes.
§ 32 Havendo solicitação dos Estados e Municípios interessados, a União poderá
encarregar-se dos trabalhos demarcatórios.
§ 4 2 Se, decorrido <> prazo de três anos, a contar da promulgação da Constituição,
os trabalhos demarcatórios não tiverem sido concluídos, caberá à União determinar
os limites das áreas litigiosas.
§ 52 Ficam reconheCIdos e homologados os atuais limites do Estado do Acre com
os Estados do Amazonas e de Rondônia, conforme levantamentos cartográficos e
geodésicos realizados pela comissão tripartite integrada por representantes dos Estados
e dos serviços técnico-especializados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Art. 13. É criado o Estado do Tocantins, pelo desmembramento da área descrita
neste artigo, dando-se sua instalação no quadragésimo sexto dia após a eleição previs-
ta no § 32, mas não antes de 12 de janeiro de 1989.
§ 12 O Estado do Tocantins integra a Região Norte e limita-se com o Estado de
Goiás pelas divisas norte dos Municípios de São Miguel do Araguaia, Porangatu,
Formoso, Minaçu, Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Campos Belos, conservando
a leste, norte e oeste as divisas atuais de Goiás com os Estados da Bahia, Piauí,
,Maranhã,), Pará e Mato Grosso.
§ 22 O Poder Executivo designará uma das cidades do Estado para sua capital
provisória até a aprovação da sede definitiva do governo pela Assembléia Constituinte.
§ 32 O Governador, o Vice-Governador, os Senadores, os Deputados Federais e
os Deputados Estaduais serão eleitos, em um único turno, até setenta e cinco dias após
a promulgação da Constituição, mas não antes de 15 de novembro de 1988, a critério
do Tribunal Superior Eleitoral, obedecidas, entre outras, as seguintes normas:
I - o prazo de filiação partidária dos candidatos será encerrado setenta e cinco
dias antes da data das eleições;
11 - as datas das convenções regionais partidárias destinadas a deliberar sobre
coligações e escolha de candidatos, de apresentação de requerimento de registro dos

Constituição da República Federativa do Brasil


272
ADCT Arts. 11 a 16

candidatos escolhidos e dos demais procedimentos legais serão fixadas, em calendário


especial, pela Justiça Eleitoral;
III - são inelegíveis os ocupantes de cargos estaduais ou municipais que não
se tenham deles afastado, em caráter defmitivo, setenta e cinco dias antes da data das
eleições previstas neste parágrafo;
IV - ficam mantidos os atuais diretórios regionais dos partidos políticos do
Estado de Goiás, cabendo às comissões executivas nacionais designar comissões
provisórias no Estado do Tocantins, nos termos e para os fms previstos na lei.
§ 4 Q OS mandatos do Governador, do Vice-Governador, dos Deputados Federais
e Estaduais eleitos na forma do parágrafo anterior extinguir-se-ão concomitantemen-
te aos das demais unidades da Federação; o mandato do Senador eleito menos votado
extinguir-se-á nessa mesma oportunidade, e os dos outros dois, juntamente com os
dos Senadores eleitos em 1986 nos demais Estados.
§ 5Q A Assembléia Estadual Constituinte será instalada no quadragésimo sexto
dia da eleição de seus integrantes, mas não antes de lQ de janeiro de 1989, sob a
presidência do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás, e dará
posse, na mesma data, ao Governador e ao Vice-Governador eleitos.
§ 6Q Aplicam-se à criação e instalação do Estado do Tocantins, no que couber, as
normas legais disciplinadoras da divisão do Estado de Mato Grosso, observado o
disposto no art. 234 da Constituição.
§ 7Q Fica o Estado de Goiás liberado dos débitos e encargos decorrentes de
empreendimentos no território do novo Estado, e autorizada a União, a seu critério, a
assumir os referidos débitos.

Art. 14. Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em


Estados Federados, mantidos seus atuais limites geográficos.
§ 1Q A instalação dos Estados dar-se-á com a posse dos Governadores eleitos em
1990.
§ 2Q Aplicam-se à transformação e instalação dos Estados de Roraima e Amapá
as normas e os critérios seguidos na criação do Estado de Rondônia, respeitado o
disposto na Constituição e neste Ato.
§ 3Q O Presidente da República, até quarenta e cinco dias após a promulgação da
Constituição, encaminhará à apreciação do Senado Federal os nomes dos Governadores
dos Estados de Roraima e do Amapá que exercerão o Poder Executivo até a instalação
dos novos Estados com a posse dos Governadores eleitos.
§ 4Q Enquanto não concretizada a transformação em Estados, nos termos deste arti-
go, os Territórios Federais de Roraima e do Amapá serão beneficiados pela transferência
de recursos prevista nos arts. 159, I, a, da Constituição, e 34, § 2Q, 11, deste Ato.

Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha, sendo sua área
reincorporada ao Estado de Pernambuco.

Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2Q, da Constituição, caberá ao
Presidente da República, com a aprovação do Senado Federal, indicar o Governador
e o Vice-Governador do Distrito Federal.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


273
§ I ~ A competência da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até que se instale,
será exercida pelo Senado Federal.
§ 2~ A fiscalização contábil, fmanceira, orçamentária, operacional e patrimonial
do Distrito Federal, enquanto não for instalada a Câmara Legislativa, será exercida
pelo Senado Federal, mediante controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas
do Distrito Federal, observado o disposto no art. 72 da Constituição.
§ 3~ Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser
atribuídos pela União na forma da lei.
Art. 17. Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem como
os proventos de aposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com a
Constituição serão imediatamente reduzidos aos limites dela decorrentes, não se
admitindo, neste caso, invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qual-
quer título.
§ I ~ É assegurado o exercício cumulativo de dois cargos ou empregos privativos
de médico que estejam sendo exercidos por médico militar na administração pública
direta ou indireta.
§ 2~ É assegurado o exercício~uIati~ítd~doia..cargos ou empregos privativos
de profissionais de saúde que estejam sendo exercidos na administração pública direta
ou indireta.
Art. 18. Ficam extintos os efeitos jurídicos de qualquer ato legislativo ou
administrativo, lavrado a partir da instalação da Assembléia Nacional Constituinte,
que tenha por objeto a concessão de estabilidade a servidor admitido sem concurso
público, da administração direta ou indireta, inclusive das fundações instituídas e
mantidas pelo poder público.
Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fuildações públicas, em
exercício na data da promulgação_ da_Constitui-ç.ão.,há.-p_ilimenos cinc_o anos conti-
nuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37 da Constitui-
ção, são considerados estáveis no serviço público.
§ I ~ O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como
título quando se submeterem a concurso para fms de efetivação, na forma da lei.
§ 2~ O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e
empregos de confiança ou em comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração,
cujo tempo de serviç6 não será computado para os fms do caput deste artigo, exceto
se se tratar de servidor.
§ 3~ O disposto neste artigo-não se aplica aos professores de nível superior, nos
termos da lei.

Art. 20. Dentro de cento e oitenta dias, proceder-se-á à revisão dos direitos dos
servidores públicos inativos e pensionistas e à atualização dos proventos e pensões a
eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto na Constituição.
Art. 21. Os juízes togados de investidura limitada no tempo, admitidos mediante C0n-
curso público de provas e títulos e que estejam em exercício na data da promulgação da

Constituição da República Federativa do Brasil


274
ADCT Arts. 16 a 26

Constituição, adquirem estabilidade, observado o estágio probatório, e passam a compor


quadro em extinção, mantidas as competências, prerrogativas e restrições da legislação a
que se achavam submetidos, salvo as inerentes à transitoriedade da investidura.
Parágrafo único. A aposentadoria dos juízes de que trata este artigo regular-se-
á pelas normas fixadas para os demais juízes estaduais.
Art. 22. É assegurado aos defensores públicos investidos na função até a data de
instal~ção da Assembléia Nacional Constituinte o direito
de opção pela carreira, com
a observância das garantias e vedações previstas no art. 134, parágrafo único, da
Constituição.
Art. 23. Até que se edite a regulamentação do art. 21, XVI, da Constituição, os atuais
ocupantes do cargo de censor federal continuarão exercendo funções com este compativeis,
no Departamento de Polícia Federal, observadas as disposições constitucionais.
Parágrafo único. A lei referida disporá sobre o aproveitamento dos censores
federais, nos termos deste artigo.
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios editarão leis que
estaheleçam critérios para a compatibilização de seus quadros de pessoal ao disposto
no art. 39 da Constituição e à reforma administrativa dela decorrente, no prazo de
dezoito meses, contados da sua promulgação.
Art. 25. Ficam revogados, a partir de cento e oitenta dias da promulgação da Cons-
tituição, sujeito este prazo a prorrogação por lei, todos os dispositivos legais que
atribuam ou deleguem a órgão do Poder Executivo competência assinalada pela Cons-
tituição ao Congresso Nacional, especialmente no que tange a:
I - ação normativa;
11 - alocação ou transferência de recursos de qualquer espécie.
§ 1~ Os decretos-leis em tramitação no Congresso Nacional e por este não apre-
ciados até a promulgação da Constituição terão seus efeitos regulados da seguinte
forma:
I - se editados até 2 de setembro de 1988, serão apreciados pelo Congresso
Nacional no prazo de até cento e oitenta dias a contar da promulgação da Constituição,
não computado o recesso parlamentar;
11 - decorrido o prazo defmido no inciso anterior, e não havendo apreciação,
os decretos-leis ali mencionados serão considerados rejeitados;
III - nas hipóteses definidas nos incisos I e 11, terão plena validade os atos
praticados na vigência dos respectivos decretos-leis, podendo o Congresso Nacional,
se necessário, legislar sobre os efeitos deles remanescentes.
§ 2~ Os decretos-leis editados entre 3 de setembro de 1988 e a promulgação da
Constituição serão convertidos, nesta data, em medidas provisórias, aplicando-se-
lhes as regras estabelecidas no art. 62, parágrafo único.
Art. 26. No prazo de um ano a contar da promulgação da Constituição, o Congres-
so Nacional promoverá, através de comissão mista, exame analítico e pericial dos
atos e fatos geradores do endividamento externo brasileiro.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


275
§ l~ A comissão terá a força legal de comissão parlamentar de inquérito para os
fins de requisição e convocação, e atuará com o auxílio do Tribunal de Contas da
União.
§ 2~ Apurada irregularidade, o Congresso Nacional proporá ao Poder Executivo
a declaração de nulidade do ato e encaminhará o processo ao Ministério Público Federal,
que formalizará, no prazo de sessenta dias, a ação cabível.

Art. 27. O Superior Tribunal de Justiça será instalado sob a presidência do Supre-
mo Tribunal Federal.
§ 1~ Até que se instale o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Fede-
ral exercerá as atribuições e competências definidas na ordem constitucional prece-
dente.
§ 2~ A composição inicial do Superior Tribunal de Justiça far-se-á:
I - pelo aproveitamento dos Ministros do Tribunal Federal de Recursos;
11 - pela nomeação dos Ministros que sejam necessários para completar o nú-
mero estabelecido na Constituição.
§ 3~ Para os efeitos do disposto na Constituição, os atuais Ministros do Tribunal
Federal de Recursos serão considerados pertencentes à classe de que provieram, quando
de sua nomeação.
§ 4~ Instalado o Tribunal, os Ministros aposentados do Tribunal Federal de
Recursos tornar-se-ão, automaticamente, Ministros aposentados do Superior Tribu-
nal de Justiça.
§ 5~ Os Ministros a que se refere o § 2~, 11, serão indicados em lista tríplice pelo
Tribunal Federal de Recursos, observado o disposto no art. 104, parágrafo único, da
Constituição.
§ 6~ Ficam criados cinco Tribunais Regionais Federais, a serem instalados no
prazo de seis meses a contar da promulgação da Constituição, com a jurisdição e sede
que lhes fixar o Tribunal Federal de Recursos, tendo em conta o número de processos
e sua localização geográfica. .
§ 7~ Até que se instalem os Tribunais Regionai( Federais, o Tribunal Federal de
Recursos exercerá a competência a eles atribuída em todo;) território nacional,
cabendo-lhe promover sua instalação e indicar os candidatos a todos os cargos da
composição inicial, mediante lista tríplice, podendo desta constar juízes federais de
qualquer região, observado o disposto no § 9~.
§ 8~ É vedado, a partir da promulgação da Constituição, o provimento de vagas
de Ministros do Tribunal Federal de Recursos.
§ 9~ Quando não houver juiz federal que conte o tempo mínimo previsto no art.
107, 11, da Constituição, a promoção poderá contemplar juiz com menos de cinco
anos no exercício do cargo.
§ 10. Compete à Justiça Federal julgar as ações nela propostas até a data da
promulgação da Constituição, e aos Tribunais Regionais Federais, bem como ao
Superior Tribunal de Justiça, julgar as ações rescisórias das decisões até então profe-
ridas pela Justiça Federal, inclusive daquelas cuja matéria tenha passado à competência
de outro ramo do Judiciário.

Constituição da República Federativa do Brasil


276
ADCT Arts. 26 a 33

Art. 28. Os juízes federais de que trata0 art. 123, § 2~, da Constituição de 1967, com
a redação dada pela Emenda Constitucional n~ 7, de 1977, ficam investidos na titularida-
de de varas na seção judiciária para a qual teOham sido nomeados ou designados; na
inexistência de vagas, proceder-se-á ao desdobramento das varas existentes.
Parágrafo único. Para efeito de promoção por antiguidade, o tempo de serviço
desses juízes será computado a partir do dia de sua posse.

Art. 29. Enquanto não aprovadas as leis complementares relativas ao Ministério


Público e à Advocacia-Geral da União, o Ministério Público Federal, a Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional, as Consultorias Jurídicas dos Ministérios, as Procurado-
rias e Departamentos Jurídicos de autarquias federais com representação própria e os
membros das Procuradorias das universidades fundacionais públicas continuarão a
exercer suas atividades na área das respectivas atribuições.
§ 1'2 O Presidente da República, no prazo de cento e vinte dias, encaminhará ao
Congresso Nacional projeto de lei' complementar dispondo sobre a organização e o
funcionamento da Advocacia-Geral da União.
§ 2~ Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será
facultada a opção, de forma irretratável, entre as carreiras do Ministério Público Federal
e da Advocacia-Geral da União.
§ 3~ Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o
membro do Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, obser- .
vando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data desta.
§ 4~ Os atuais integrantes do quadro suplementar dos Ministérios Públicos do
Tra,balho e Militar que tenham adquirido estabilidade nessas funções passam a integrar
o quadro da respectiva carreira.
§ 5'2 Cabe à atual Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, diretamente ou por
delegação, que pode ser ao MinistérioPúblico estadual, representar judicialmente a
União nas causas de natureza fiscal, na área da respectiva competência, até a promul-
gação das leis complementares previstas neste artigo.
Art. 30. A legislação que criar a justiça de paz manterá os atuais juízes de paz até
a posse dos novos titulares, assegurando-lhes os direitos e atribuições conferidos a
estes, e designará o dia para a eleição prevista no art. 98, 11, da Constituição.
Art. 31. Serão estatizadas as serventias do foro judicial, assim definidas em lei,
respeitados os direitos dos atuais titulares.
Art. 32. O disposto no art. 236 não se aplica aos serviços notariais e de registro que
já tenham sido oficializados pelo poder público, respeitando-se o direito de seus ser-
vidores.
Art. 33. Ressalvados os créditos de natureza alimentar, o valor dos precatórios
judiciais pendentes de pagamento na data da promulgação da Constituição, incluído o
remanescente de juros e correção monetária, poderá ser pago em moeda corrente,
com atualização, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de oito
anos, a partir de l~ de julho de 1989, por decisão editada pelo Poder Executivo até
cento e oitenta dias da promulgação da Constituição.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


277
Parágrafo único. Poderão as entidades devedoras, para o cumprimento do
disposto neste artigo, emitir, em cada ano, no exato montante do dispêndio, títulos de
dívida pública não computáveis para efeito do limite global de endividamento.

Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do
quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da
Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda n2 I, de 1969, e pelas poste-
riores.
§ 12 Entrarão em vigor com a promulgação da Constituição os arts. 148, 149,
150, 154, I, 156, III, e 159, I, c, revogadas as disposições em contrário da Constitui-
ção de 1967 e das emendas que a modificar~, especialmente de seu art. 25, 111.
§ 22 O Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e o Fundo de
Participação dos Municípios obedecerão às seguintes determinações:
I - a partir da promulgação da Constituição, os percentuais serão,
respectivamente, de dezoito por cento e de vinte por cento, calculados sobre o produto
da arrecadação dos impostos referidos no art. 153, III e IV, mantidos os atuais critérios
de rateio até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 161, 11;
11 - o percentual relativo ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
Federal será acrescido de um ponto percentual no exercício financeiro de 1989 e, a
partir de 1990, inclusive, à razão de meio ponto por exercício, até 1992, inclusive,
atingindo em 1993 o percentual estabelecido no art. 159, I, a;
III - o percentual relativo ao Fundo de Participação dos Municípios, a partir
de 1989, inclusive, será elevado à razão de meio ponto percentual por exercício fman-
ceiro, até atingir o estabelecido no art. 159, I, b.
§ 32 Promulgada a Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão editar as leis necessárias à aplicação do sistema tributário nacio-
nal nela previsto.
§ 42 As leis editadas nos termos do parágrafo anterior produzirão efeitos a partir
da entrada em vigor do sistema tributário nacional previsto na Constituição.
§ 52 Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da
legislação anterior, no que não seja incompatível com ele e com a legislação referida
nos §§ 32 e 4 2.
§ 62 Até 31 de dezembro de 1989, o disposto no art. 150, III, b, não se aplica aos
imp,ystos-de que tratam os arts. 155, I, a e b, e 156,11 e III, que podem ser cobrados
trinta dias após a publicação da lei que os tenha instituído ou aumentado.
§ 72 Até que sejam fixadas em lei complementar, as alíquotas máximas do imposto
municipal sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos não excederão a
três por cento.
§ 82 Se, no prazo de sessenta dias contados da promulgação da Constituição, não
for editada a lei complementar necessária à instituição do imposto de que trata o art.
155, I, b, os Estados e o Distrito Federal, mediante convênio celebrado nos termos da
Lei Complementar n 2 24, de 7 de janeiro de 1975, fixarão normas para regular provi-
soriamente a matéria.

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


278
ADCT Arts. 33 a 35

§ 92 Até que lei complementar disponha sobre a matéria, as empresas distribuidoras


de energia elétrica, na condição de contribuintes ou de substitutos tributários, serão as
responsáveis, por ocasião da saída do produto de seus estabelecimentos, ainda que
destinado a outra unidade da Federação, pelo pagamento do imposto sobre operações
relativas à circulação de mercadorias incidente sobre energia elétrica, desde a produção
ou importação até a última operação, calculado o imposto sobre o preço então praticado
na operação fmal e assegurado seu recolhimento ao Estado ou ao Distrito Federal,
conforme o local onde deva ocorrer essa operação.
§ 10. Enquanto não entrarem vigor a leiprevistano art. 159, I, c, cuja promulga-
ção se fará até 31 de dezembro de 1989, é assegurada a aplicação dos recursos previstos
naquele dispositivo da seguinte maneira:
I - seis décimos por cento na Região Norte, através do Banco da Amazônia
S.A.;
11 - um inteiro e oito décimos por cento na Região Nordeste, através do Banco
do Nordeste do Brasil S.A.;
III - seis décimos por cento na Região Centro-Oeste, através do Banco do
Brasil S.A.
§ 11. Fica criado, nos termos da lei, o Banco de Desenvolvimento do Centro-
Oeste, para dar cumprimento, na referida região, ao que determinam os arts. 159, I, c,
e 192, § 22, da Constituição.
§ 12. A urgência prevista no art. 148,11, não prejudica a cobrança do empréstimo
compulsório instituído, em beneficio das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletro-
brás), pela Lei n2 4.156, de 28 de novembro de 1962, com as alterações posteriores.
Art. 35. O disposto no art. 165, § 7 2, será cumprido de forma progressiva, no prazo
de até dez anos, distribuindo-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em
razão proporcional à população, a partir da situação verificada no biênio 1986-87.
§ 12 Para aplicação dos critérios de que trata este artigo, excluem-se das despesas
totais as ~elativas:
I - aos projetos considerados prioritários no plano plurianual;
11 - à segurança e defesa nacional;
III - à manutenção dos órgãos federais no Distrito Federal;
IV - ao Congresso Nacional, ao Tribunal de Contas da União e ao Poder Judi-
ciário;
V - ao serviço da dívida da administração direta e indireta da União, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público federal.
§ 22 Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 92, I
e 11, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o fmal do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


279
11 - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses
e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
m - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do exercício fmanceiro e devolvido para sanção até o encerra-
mento da sessão legislativa.
Art. 36. Os fundos existentes na data da promulgação da Constituição, excetuados
os resultantes de isenções fiscais que passem a integrar patrimônio prívado e os que
interessem à defesa nacional, extinguir-se-ão se não forem ratificados pelo Congresso
Nacional no prazo de dois anos.
Art. 37. A adaptação ao que estabelece o art. 167, m, deverá processar-se no prazo
de cinco anos, reduzindo-se o excesso à base de, pelo menos, um quinto por ano.
Art. 38. Até a promulgação da lei complementar referida no art. 169, a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão despender com pessoal mais
do que sessenta e cinco por cento do valor das respectivas receitas correntes.
Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, quando
a respectiva despesa de pessoal exceder o limite previsto neste artigo, deverão retomar
àquele limite, reduzindo o percentual excedente à razão de um quinto por ano.
Art. 39. Para efeito do cumprimento das disposições constitucionais que impliquem
variações de despesas e receitas da União, após a promulgação da Constituição, o
Poder Executivo deverá elaborar e o Poder Legislativo apreciar projeto de revisão da
lei orçamentária referente ao exercício financeiro de 1989.
Parágrafo único. O Congresso Nacional deverá votar no prazo de doze meses a
lei complementar prevista no art. 161, 11.
Art. 40. É mantida a Zona Franca de Manaus, com suas características de área
livre de comércio, de exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo prazo de
vinte e cinco anos, a partir da promulgação da Constituição.
Parágrafo único. Somente por lei federal podem ser modificados os critérios
que disciplinaram ou venham a disciplinar a aprovação dos projetos na Zona Franca
de Manaus.
Art. 41. Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios reavaliarão todos os incentivos fiscais de natureza setorial ora em vigor,
'propondo aos Poderes Legislativos respectivos as medidas cabíveis.
§ 12 Considerar-se-ão revogados após dois anos, a partir da data da promulgação
da Constituição, os incentivos que não forem confirmados por lei.
§ 22 A revogação não prejudicará os direitos que já tiverem sido adquiridos, àquela
data, em relação a incentivos concedidos sob condição e com prazo certo.
§ 32 Os incentivos concedidos por convênio entre Estados, celebrados nos termos do
art. 23, § 62, da Constituição de 1967, com aredaçãodaEmendan2 1,de 17 de outubro de
1969, também deverão ser reavaliados e reconfirmados nos prazos deste artigo.
Art. 42. Durante quinze anos, a União aplicará, dos recursos destinados à irrigação:

280
ADCT Arts. 35 a 46

I - vinte por cento na Região Centro-Oeste;


11 - cinqüenta por cento na Região Nordeste, preferencialmente no Semi-Árido.

Art. 43. Na data da promulgação da lei que disciplinar a pesquisa e a lavra de


recursos e jazidas minerais, ou no prazo de um ano, a contar da promulgação da
Constituição, tornar-se-ão sem efeito as autorizações, concessões e demais títulos
atributivos de direitos minerários, caso os trabalhos de pesquisa ou de lavra não ha-
jam sido comprovadamente iniciados nos prazos legais ou estejam inativos.
Art. 44. As atuais empresas brasileiras titulares de al,ltorização de pesquisa,
concessão de lavra de recursos minerais e de aproveitamento dos potenciais de ener-
gia hidráulica em vigor terão quatro anos, a partir da promulgação da Constituição,
para cumprir os requisitos do art. 176, § 12•
§ 12 Ressalvadas as disposições de interesse nacional previstas no texto cons-
titucional, as empresas brasileiras ficarão dispensadas do cumprimento do disposto
no art. 176, § 12, desde que, no prazo de até quatro anos da data da promulgação
da Constituição, tenham o produto de sua lavra e beneficiamento destinado a
industrialização no território nacional, em seus próprios estabelecimentos ou em
empresa industrial controladora ou controlada.
§ 22 Ficarão também dispensadas do cumprimento do disposto no art. 176, § 12,
as empresas brasileiras titulares de concessão de energia hidráulica para uso em seu
processo de industrialização.
§ 32 As empresas brasileiras referidas no § 12 somente poderão ter autorizações
de pesquisa e concessões de lavra ou potenciais de energia hidráulica, desde que a -
energia e o produto da lavra sejam utilizados nos respectivos processos industriais.
Art. 45. Ficam excluídas do monopólio estabelecido pelo art. 177, 11, da Constituição
as refmarias em funcionamento no País amparadas pelo art. 43 e nas condições do art.
45 da Lei n2 2.004, de 3 de outubro de 1953.
Parágrafo único. Ficam ressalvados da vedação do art. 177, § 12, os contratos
de risco feitos com a Petróleo Brasileiro S.A. (petrobrás), para pesquisa de petróleo,
que estejam em vigor na data da promulgação da Constituição.
Art. 46. São sujeitos à correção monetária desde o vencimento, até seu efetivo
pagamento, sem interrupção ou suspensão, os créditos junto a entidades submetidas
aos regimes de intervenção ou liquidação extrajudicial, mesmo quando esses regimes
sejam convertidos em falência.
Parágrafo únicrJ. O disposto neste artigo aplica-se também:
I - às operações realizadas posteriormente à de<:retação dos regimes referidos
no caput deste artigo;
11 - às operações de empréstimo, fmanciamento, refmanciamento, assistência
fmanceira de liquidez, cessão ou sub-rogação de créditos ou cédulas hipotecárias,
efetivação de garantia de depósitos do público ou de compra de obrigações passivas,
inclusive as realizadas com recursos de fundos que tenham essas destinações;
III - aos créditos anteriores à promulgação da Constituição;

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


281
IV - aos créditos das entidades da administração pública anteriores à promul-
gação da Constituição, não liquidados até l Q de janeiro de 1988.
Art. 47. Na liquidação dos débitos, inclusive suas renegociações e composições
posteriores, ainda que ajuizados, decorrentes de quaisquer empréstimos concedidos
por bancos e por instituições financeiras, não existirá correção monetária desde que o
empréstimo tenha sido concedido:
I - aos micro e pequenos empresários ou seus estabelecimentos no periodo de
28 de fevereiro de 1986 a 28 de fevereiro de 1987;
11 - aos mini, pequenos e médios produtores rurais no período de 28 de feve-
reiro de 1986 a 31 de dezembro de 1987, desde que relativos a crédito rural.
§ I Q Consideram-se, para efeito deste artigo, microempresas as pessoas jurídicas
e as fInDas individuais com receitas anuais de até dez mil obrigações do Tesouro
Nacional, e pequenas empresas as pessoasjuridicas e as fInDas individuais com recei-
ta anual de até vinte e cinco mil obrigações do Tesouro Nacional.
§ 2Q A classificação de mini, pequeno e médio produtor rural será feita obedecen-
do-se às normas de crédito rural vigentes à época do contrato.
§ 3Q A isenção da correção monetária a que se refere este artigo só será concedida
nos seguintes casos:
I - se a liquidação do débito inicial, acrescido de juros legais e taxas judiciais,
vier a ser efetivada no prazo de noventa dias, a contar da data da promulgação da
Constituição;
11 - se a aplicação dos recursos não contrariar a fmalidade do fmanciamento,
cabendo o ônus da prova à instituição credora;
III - se não for demonstrado pela instituição credora que o mutuário dispõe de
meios para o pagamento de seu débito, excluído desta demonstração seu estabeleci-
mento, a casa de moradia e os instrumentos de trabalho e produção;
IV - se o financiamento inicial não ultrapassar o limite de cinco mil obrigações
do Tesouro Nacional;
V - se o beneficiário não for proprietário de mais de cinco módulos rurais.
§ 4Q OS benefícios de que trata este artigo não se estendem aos débitos já quitados
e aos devedores que sejam constituintes.
§ 5Q No caso de operações com prazos de vencimento posteriores à data-limite de
liquidação da dívida, havendo interesse do mutuário, os bancos e as instituições
fmanceiras promoverão, por instrumento próprio, alteração nas condições contratuais
originais de forma a ajustá-las ao presente benefício.
.§ 6~ A conce.ss.à.o do .l2resente benefício por bancos comerciais privados em
nenhuma lupótese acarretará ônus para o poder público, ailldâ que através de refnran;.
ciamento e repasse de recursos pelo Banco Central.
§ 7Q No caso de repasse a agentes financeiros oficiais ou cooperativas de crédito,
o ônus recairá sobre a fonte de recursos originária.
Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da
Constituição, elaborará código de defesa do consumidor.
r {
Constituiçõo da República Federativa do Brasil
282
ADCT Arts. 46 a 53

Art. 49. A lei disporá sobre o instituto da enfiteuse em imóveis urbanos, sendo
facultada aos foreiros, no caso de sua extinção, a remição dos aforamentos mediante
aquisição do domínio direto, na conformidade do que dispuserem os respectivos
contratos.
§ 12 Quando não existir cláusula contratual, serão adotados os critérios e bases
hoje vigentes na legislação especial dos imóveis da União.
§ 22 Os direitos dos atuais ocupantes inscritos ficam assegurados pela aplicação
de outra modalidade de contrato.
§ 32 A enfiteuse continuará sendo aplicada aos terrenos de marinha e seus
acrescidos, situados na faixa de segurança, a partir da orla marítima.
§ 42 Remido o foro, o antigo titular do domínio direto deverá, no prazo de noven-
ta dias, sob pena de responsabilidade, confiar à guarda do registro de imóveis compe-
tente toda a documentação a ele relativa.
Art. 50. Lei agrícola a ser promulgada no prazo de um ano disporá, nos termos da
Constituição, sobre os objetivos e instrumentos de política agrícola, prioridades,
planejamento de safras, comercialização, abastecimento interno, mercado externo e
instituição de crédito fundiário.
Art. 51. Serão revistos pelo Congresso Nacional, através de comissão mista, nos
três anos a contar da data da promulgação da Constituição, todas as doações, vendas
e concessões de terras públicas com área superior a três mil hectares, realizadas no
período de 12 de janeiro de 1962 a 31 de dezembro de 1987.
§ 12 No tocante às vendas, a revisão será feita com base exclusivamente no critério
de legalidade da operação.
§ 22 No caso de concessões e doações, a revisão obedecerá aos critérios de lega-
lidade e de conveniência do interesse público.
§ 32 Nas hipóteses previstas nos parágrafos anteriores, comprovada a ilegalidade,
ou havendo interesse público, as terras reverterão ao patrimônio da União, dos Estados,
do Distrito Federal ou dos Municípios.
Art. 52. Até que sejam fIXadas as condições a que se refere o art. 192, 111, são
vedados:
I - a instalação, no País, de novas agências de instituições fmanceiras domici-
liadas no exterior;
11 - o aumento do percentual de participação, no capital de instituições finan-
ceiras com sede no País, de pessoas fisicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no
exterior.
Parágrafo único. A vedação a que se refere este artigo não se aplica às autoriza-
ções resultantes de acordos internacionais, de reciprocidade, ou de interesse do Governo .
brasileiro.
Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações béli-
cas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei n25.315, de 12 de setembro
de 1967, serão assegurados os seguintes direitos:

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


283
I - aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso, com es-
tabilidade;
11 - pensão especial correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças
Annadas, que poderá ser requerida a qualquer tempo, sendo inacumulável com
quaisquer rendimentos recebidos dos cofres públicos, exceto os beneficios previden-
ciários, ressalvado o direito de opção;
111 - em caso de morte, pensão à viúva ou companheira ou dependente, de
fonna proporcional, de valor igual à do inciso anterior;
IV - assistência médica, hospitalar e educacional gratuita, extensiva aos
dependentes;
V - aposentadoria com proventos integrais aos vinte e cinco anos de serviço
efetivo, em qualquer regime jurídico;
VI - prioridade na aquisiyão da easa própria, para os que não a possuam ou
para suas viúvas ou companheiras.
Parágrafo único. A concessão da pensão especial do inciso 11 substitui, para
todos os efeitos legais, qualquer outra pensão já concedida ao ex-combatente.
Art. 54. Os seringueiros recrutados nos tennos do Decreto-Lei nQ5.813, de 14 de
setembro de 1943, e amparados pelo Decreto-Lei nQ9.882, de 16 de setembro de
1946, receberão, quando carentes, pensão mensal vitalícia no valor de dois salários
mínimos.
§ 1Q O beneficio é estendido aos seringueiros que, atendendo a apelo do Governo
brasileiro, contribuíram para o esforço de guerra, trabalhando na produção de borracha,
na Região Amazônica, durante a Segunda Guerra Mundial.
§ 2Q OS beneficios estabelecidos neste artigo são transferíveis aos dependentes
reconhecidamente carentes.
§ 3Q A concessão do beneficio far-se-á confonne lei a ser proposta pelo Poder
Executivo dentro de cento e cinqüenta dias da promulgação da Constituição.
Art. 55. Até que seja aprovada a lei de diretrizes orçamentárias, trinta por cento,
no mínimo, do orçamento da seguridade social, excluído o seguro-desemprego, serão
destinados ao setor de saúde.
Art. 56. Até que a lei disponha sobre o art. 195, I, a arrecadação decorrente de, no
mínimo, cinco dos seis décimos percentuais correspondentes à alíquota da contribui-
ção de que trata0 Decreto-Lei nQ1.940, de 25 de maio de 1982, alterada pelo Decreto-
Lei nQ2.049, de lQ de agosto de 1983, pelo Decreto nQ91.236, de 8 de maio de 1985,
e pela Lei nQ7.611, de 8 de julho de 1987, passa a integrar a receita da seguridade
social, ressalvados, exclusivamente no exercício de 1988, os compromissos assumidos
com programas e projetos em andamento.
Art. 57. Os débitos dos Estados e dos Municípios relativos às contribuições previ-
denciárias até 30 de junho de 1988 serão liquidados, com correção monetária, em
cento e vinte parcelas mensais, dispensados os juros e multas sobre eles incidentes,
desde que os devedores requeiram o parcelamento e iniciem seu pagamento no prazo
de cento e oitenta dias a contar da promulgação da Constituição.

Constituição da República Federativa do Brasil


284
ADCT Arts. 53 a 60

§ 12 O montante a ser pago em cada um dos dois primeiros anos não será inferior
a cinco por cento do total do débito consolidado e atualiZado, sendo o restante dividido
em parcelas mensais de igual valor.
§ 22 A liquidação poderá incluir pagamentos na forma de cessão de bens e prestação
de serviços, nos termos da Lei n2 7.578, de 23 de dezembro de 1986.
§ 32 Em garantia do cumprimento do parcelamento, os Estados e os Municípios
consignarão, anualmente, nos respectivos orçamentos as dotações necessárias ao
pagamento de seus débitos.
§ 42 Descumprida qualquer das condições estabelecidas para concessão do parce-
lamento, o débito será considerado vencido em sua totalidade, sobre ele incidindo
juros de mora; nesta hipótese, parcela dos recursos correspondentes aos fundos de
participação, destinada aos Estados e Municípios devedores, será bloqueada e repas-
sada à previdência social para pagamento de seus débitos.

Art. 58. Os beneficios de prestação continuada, mantidos pela previdência social


na data da promulgação da Constituição, terão seus valores revistos, a fim de que seja
restabelecido o poder aquisitivo, expresso em número de salários-mínimos, que tinham
na data de sua concessão, obedecendo-se a esse critério de atualização até a implantação
do plano de custeio e beneficios referidos no artigo seguinte.
Parágrafo único. As prestações mensais dos beneficios atualizadas de acordo
com este artigo serão devidas e pagas a partir do sétimo mês a contar da promulgação
da Constituição.
Art. 59. Os projetos de lei relativos à organização da seguridade social e aos pla-
nos de custeio e de beneficio serão apresentados no prazo máximo de seis meses da
promulgação da Constituição ao Congresso Nacional, que terá s,:,is meses para apre-
ciá-los.
Parágrafo único. Aprovados pelo Congresso Nacional, os planos serão
implantados progressivamente nos dezoito meses seguintes.
Art. 60.* Nos dez primeiros anos da promulgação desta Emenda, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios destinarão não menos de sessenta por cento dos
recursos a que se refl"re o caput do art. 212 da Constituição Fedem, à manutenção e
ao desenvolvimento do ensino fundamental, com o objetivo de assegurar a
universalização de seu atendimento e a remuneração condigna do magistério.
§ 12 A distrihuição de responsabilidades e recursos entre os Estados e seus Municí-
pios a ser concretizada com parte dos recursos defmidos neste artigo, na forma do dispos-
to no art. 211 da Constituição Federal, é assegurada mediante a criação, no âmbito de
cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, de natureza contábil.
§ 22 O Fundo referido no parágrafo anterior será constituído por, pelo menos,
quinze por cento dos recursos a que se referem os arts. 155, inciso 11; 158, inciso IV;
e 159, inciso I, alineas a e b; inciso 11, da Constituição Federal, e será distribuído entre
cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos nas respecti-
vas redes de ensino fundamental.
* EC nQ
14/96.

.Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


285
§ 3~ A União complementará os recursos dos Fundos a que se refere o § 1~, sempre
que, em cada Estado e no Distrito Federal, seu valor por aluno não alcançar o mínimo
definido nacionalmente.
§ 4~ A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ajustarão progressi-
vamente, em um prazo de cinco anos, suas contribuições ao Fundo, de forma a garantir
um valor por aluno correspondente a um padrão mínimo de qualidade de ensino,
definido nacionalmente.
§ 5~ Uma proporção não inferior a sessenta por cento dos recursos de cada Fundo
referido no § 1~ será destinada ao pagamento dos professores do ensino fundamental
em efetivo exercício no magistério.
§ 6~ A União aplicará na erradicação dó analfabetismo e na manutenção e no
desenvolvimento do ensino fundamental, inclusive na complementação a que se refere
o § 3~, nunca menos que o equivalente a trinta por cento dos recursos a que se refere
o caput do art. 212 da Constituição Federal.
§ 7~ A lei disporá sobre a organização dos Fundos, a distribuição proporcional de
seus recursos, sua fiscalização e controle, bem como sobre a forma de cálculo do
valor mínimo nacional por aluno.
Art. 61. As entidades educacionais a que se refere o art. 213, bem como as funda-
ções de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei, que preencham
os requisitos dos incisos I e 11 do referido artigo e que, nos últimos três anos, tenham
recebido recursos públicos, poderão continuar a recebê-los, salvo disposição legal em
contrário.
Art. 62. A lei criará o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) nos
moldes da legislação relativa ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SE-
NAI) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (SENAC), sem prejuízo
das atribuições dos órgãos públicos que atuam na área.
Art. 63. É criada uma comissão composta de nove membros, sendo três do Poder
Legislativo, três do Poder Judiciário e três do Poder Executivo, para promover as
comemorações do centenário da proclamação da República e da promulgação da
primeira Constituição republicana do País, podendo, a seu critério, desdobrar-se em
tantas subcomissões quantas forem necessárias.
Parágrafo único. No desenvolvimento de suas atribuições, a comissão promoverá
estudos, debates e avaliações sobre a evolução política, social, econômica e cultural
do País, podendo articular-se com os governos estaduais e municipais e com instituições
públicas e privadas que desejem participar dos eventos.
Art. 64. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, promoverão edição popular do texto inte-
gral da.Constituição, que será posta à disposição das escolas e dos cartórios, dos
sindicatos, dos quartéis, das igrejas e de outras instituições representativas da comu-
nidade, gratuitamente, de modo que cada cidadão brasileiro possa receber do Estado
um exemplar da Constituição do Brasil.
Art. 65. o Poder Legislativo regulamentará, no prazo de doze meses, o art. 220, § 4~
Constituição da República Federativa do Brasil
286
ADCT Arts. 60 a 72

Art. 66. São mantidas as concessões de serviços públicos de telecomunicações atual-


mente em vigor, nos termos da lei.

Art. 67. A União concluirá a demarcação das terras indígenas no prazo de cinco
anos a partir da promulgação da Constituição.

Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando
suas terras é reconhecida a propriedade defmitiva, devendo o Estado emitir-lhes os
títulos respectivos.

Art. 69. Será permitido aos Estados manter Consultorias Jurídicas separadas de suas
Procuradorias-Gerais ou Advocacias-Gerais, desde que, na data da promulgação da Cons-
tituição, tenham órgãos distintos para as respectivas funções.

Art. 70. Fica mantida a atual competência dos tribunais estaduais até que a mesma
seja defmida na Constituição do Estado, nos termos do art. 125, § 12, da Constituição.

Art. 71.* É instituído, nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995, bem assim nos
períodos de 12 de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997 e 12 de julho de 1997 a 31 de
dezembro de 1999, o Fundo Social de Emergência, com o objetivo de saneamento fman-
ceiro da Fazenda Pública Federal e de estabilização econômica, cujos recursos serão
aplicados prioritariamente no custeio das ações dos sistemas de saúde e educação, incluindo
a complementação de recursos de que trata o § 32 do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, beneficios previdenciários e auxílios assistenciais de pres-
tação continuada, inclusive liquidação de passivo previdenciário, e despesas orçamentá-
rias associadas a programas de relevante interesse econômico e social.
§ 12 Ao Fundo criado por este artigo não se aplica o disposto na parte fmal do
inciso lI, do § 92 do art. 165 da Constituição.
§ 22 O Fundo criado por este artigo passa a ser denominado Fundo de Estabili-
zação Fiscal a partir do início do exercício fmanceiro de 1996.
§ 3 2 O Poder Executivo publicará demonstrativo da execução orçamentária, de
periodicidade bimestral, no qual se discriminarão as fontes e usos do Fundo criado
por este artigo.

Art. 72.* Integram o Fundo Social de Emergência:


I - o produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer
natureza incidente na fonte sobre pagamentos efetuados, a qualquer título, pela União,
inclusive suas autarquias e fundações;
11 - a parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e pro-
ventos de qualquer natureza e do imposto sobre operações de crédito, câmbio e
seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários, decorrente das alterações
produzidas pela Lei n 2 8.894, de 21 dejunho de 1994 e pelas Leis n~ 8.849 e 8.848,
ambas de 28 de janeiro de 1994 e modificações posteriores;
III - A parcela do produto de arrecadação resultante da elevação da alíquota
da contribuição social sobre o lucro dos contribuintes a que se refere o § 12 do art. 22

• ECR n2 \/94, EC n2 \0/96 e EC n2 \7/97.

Ato dos Disposições Constitucionais Transitórios


287
da Lei n~ 8.212, de 24 de julho de 1991, a qual nos exercícios fmanceiros de 1994 e
1995, bem assim no período de 1~ de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997, passa a
ser de trinta por cento, sujeita a alteração por lei ordinária, mantidas as demais nor-
mas da Lei n~ 7.689, de 15 de dezembro de 1988;
IV - vinte por cento do produto da arrecadação de todos os impostos e contri-
buições da União, já instituídos ou a serem criados, excetuado o previsto nos incisos
I, 11 e m, observado o disposto nos §§ 3~ e 4~;
V - a parcela do produto da arrecadação da contribuição de que trata a Lei Com-
plementar n~ 7, de 7 de setembro de 1970, devida pelas pessoas jurídicas a que se refere
o inciso III deste artigo, a qual será calculada, nos exercícios fmanceiros de 1994 a 1995,
bem assim nos períodos de l~ de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997 e-de l~-de julho
de 1997 a 31 de dezembro de 1999, mediante a aplicação da alíquota de setenta e cinco
centésimos por cento, sujeita a alteração por lei ordinária posterior, sobre a receita bruta
operacional, como definida na legislação do imposto sobre renda e proventos de qual-
quer natureza;
VI - outras receitas previstas em lei específica.
§ l~ As alíquotas e a base de cálculo previstas nos incisos m e V aplicar-se-ão a
partir do primeiro dia do mês seguinte aos noventa dias posteriores à promulgação
desta Emenda.
§ 2~ As parcelas de que tratam os incisos I, 11, m e V, serão previamente deduzidas
da base de cálculo de qualquer vinculação ou participação constitucional ou legal,
não se lhes aplicando o disposto nos arts. 159,212 e 239 da Constituição.
§ 3~ A parcela de que trata o inciso IV será previamente deduzida da base de
cálculo das vinculações ou participações constitucionais previstas nos arts. 153, § 5~,
157,11,212 e 239 da Constituição.
§ 4~ O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos recursos previstos nos
arts. 158,11 e 159 da Constituição.
§ 5~ A parcela dos recursos provenientes do imposto sobre renda e proventos de
qualquer natureza, destinada ao Fundo Social de Emergência, nos termos do inciso 11
deste artigo, não poderá exceder a cinco inteiros e seis décimos por cento do total do
produto da sua arrecadação.
Art. 73.* Na regulação do Fundo Social de Emergência não poderá ser utilizado o
instrumento previsto no inciso V do art. 59 da Constituição.
Art. 74.** A União poderá instituir contribuição provisória sobre movimentação ou
transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza fmanceira.
§ 1~ A alíquota da contribuição de que trata este artigo não excederá a vinte e
cinco centésimos por cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou restabelecê-la,
total ou parcialmente, nas condições e limites fixados em lei.
§2~ À contribuição de que trata este artigo não se aplica o disposto nos arts. 153,
§ 5~, e 154, I, da Constituição.

* ECR n2 1194.
** EC n2 12/96.

Constituição da República Federativa do Brasil


288
ADCT Arts. 72 a 77

§ 3~ O produto da arrecadação da contribuição de que trata este artigo será desti-


nado integralmente ao Fundo Nacional de Saúde, para fmanciamento das ações e
serviços de saúde.
§ 4~ A contribuição de que trata este artigo terá sua exigibilidade subordinada ao
disposto no art. 195, § 6~, da Constituição, e não poderá ser cobrada por prazo supe-
rior a dois anos.
Art. 75.* É prorrogada, por trinta e seis meses, a cobrança da contribuição provi-
sória sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natu-
reza fmanceira de que trata o art. 74, instituída pela Lei n~ 9.311, de 24 de outubro de
1996, modificada pela Lei n~ 9.539, de 12 de dezembro de 1997, cuja vigência é
também prorrogada por idêntico prazo.
§ I~ Observado o disposto no § 6~ do art. 195 da Constituição Federal, a alíquota
da contribuição será de trinta e oito centésimos por cento, nos primeiros doze meses,
e de trinta centésimos, nos meses subseqüentes, facultado ao Poder Executivo reduzi-
la total ou parcialmente, nos limites aqui defmidos.
§ 2~ O resultado do aumento da arrecadação, decorrente da alteração da alíquota,
nos exercícios fmanceiros de 1999, 2000 e 2001, será destinado ao custeio da previ-
dência social.
§ 3~ É a União autorizada a emitir títulos da dívida pública interna, cujos recursos
serão destinados ao custeio da saúde e da previdência social, em montante equivalen-
te ao produto da arrecadação da contribuição, prevista e não realizada em 1999.

Art. 76.** É desvinculado de órgão, fundo ou despesa, no período de 2000 a 2003,


vinte por cento da arrecadação de impostos e contribuições sociais da União, já insti-
tuídos ou que vierem a ser criados no referido periodo, seus adicionais e respectivos
acréscimos legais.
§ 1~ O disposto no caput deste artigo não reduzirá a base de cálculo das transfe-
rências a Estados, Distrito Federal e Municípios na forma dos arts. 153, § 5~; 157, I;
158, I e 11; e 159, I, a e b, e 11, da Constituição, bem como a base de cálculo das
aplicações em programas de fmanciamento ao setor produtivo das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste a que se refere o art. 159, I, c, da Constituição.
§ 2~ Excetua-se da desvinculação de que trata o caput deste artigo a arrecadação
da contribuição social do salário-educação a que se refere o art. 212, § 5~, da Consti-
tuição.

Art. 77.*** Até o exercício fmanceiro de 2004, os recursos mínimos aplicados nas
ações e serviços públicos de saúde serão equivalentes:
I - no caso da União:
a) no ano 2000, o montante empenhado em ações e serviços públicos de
saúde no exercício fmanceiro de 1999 acrescido de, no mínimo, cinco por
cento;

• EC n2 21/99.
•• EC n2 27/2000.
••• EC n2 29/2000.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


289
b) do ano ioo 1 ao ano 2004, o valor apurado no ano anterior, corrigido pela
variação nominal do Produto Interno Bruto - Pffi;
11 - no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto da
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os
arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso 11, deduzidas as parcelas que forem transfe-
ridas aos respectivos Municípios; e
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze por cento do produto
da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os
arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 32.
§ 12 Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que apliquem percentuais
inferiores aos fIxados nos incisos 11 e III deverão elevá-los gradualmente, até o exer-
cício fmanceiro de 2004, reduzida a diferença à razão de, pelo menos, um quinto por
ano, sendo que, a partir de 2000, a aplicação será de pelo menos sete por cento.
§ 22 Dos recursos da União apurados nos termos deste artigo, quinze por cento,
no mínimo, serão aplicados nos Municípios, segundo o critério populacional, em ações
e serviços básicos de saúde, na forma da lei.
§ 32 Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados às
ações e serviços públicos de saúde e os transferidos pela União para a mesma fInalidade
serão aplicados por meio de Fundo de Saúde que será acompanhado e fIscalizado por
Conselho de Saúde, sem prejuízo do disposto no art. 74 da Constituição Federal.
§ 42 Na ausência da lei complementar a que se refere o art. 198, § 32, a partir do
exercício fmanceiro de 2005, aplicar-se-á à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios o disposto neste artigo.
Art. 78.* Ressalvados os créditos defrnidos em lei como de pequeno valor, os de
natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucio-
nais Transitórias e suas complementações e os que já tiverem os seus respectivos
recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data de pro-
mulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuízadas até 31 de de-
zembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, aCTe~cido
de juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez
anos, permitida a cessão dos créditos.
§ l2É permitida ,a decomposição de parcelas, a critério do credor.
§ 22 As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liqui-
dadas até o fInal do exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de
tributos da entidade devedora.
§ 32 O prazo referido no caput deste artigo fIca reduzido para dois anos, nos
casos de precatórios judiciais originários de desapropriação de imóvel residencial do
credor, desde que comprovadamente único à época da imissão na posse.
§ 42 O Presidente do Tribunal competente deverá, vencido o prazo ou em caso
de omissão no orçamento, ou preterição ao direito de precedência, a requerimento do
credor, requisitar ou determinar o seqüestro de recursos fmanceiros da entidade exe-
cutada, sufIcientes à satisfação da prestação.

* EC n~ 30/2000.

Constituição da República Federativa do Brasil


290
ADCT Arts. 77 a 81

Art.79.* É instituído, para vigorar até o ano de 2010, no âmbito do Poder Executi-
vo Federal, o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, a ser regulado por lei
complementar com o objetivo de viabilizar a todos os brasileiros acesso a níveis dig-
nos de subsistência, cujos recursos serão aplicados em ações suplementares de nutri-
ção, habitação, educação, saúde, reforço de renda familiar e outros programas de
relevante interesse social voltados para melhoria da qualidade de vida.
Parágrafo único. O Fundo previsto neste artigo terá Conselho Consultivo e de
Acompanhamento que conte com a participação de representantes da sociedade civil,
nos termos da lei.
Art. 80.* Compõem o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza:
I - a parcela do produto da arrecadação correspondente a um adicional de oito
centésimos por cento, aplicável de 18 de junho de 2000 a 17 de junho de 2002, na
alíquota da contribuição social de que trata o art. 75 do Ato das Disposições Constitu-
cionais Transitórias;
11 - a parcela do produto da arrecadação correspondente a um adicional de
cinco pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados -
IPI, ou do imposto que vier a substituí-lo, incidente sobre produtos supérfluos e apli-
cável até a extinção do Fundo;
III - o produto da arrecadação do imposto de que trata o art. 153, inciso VII, da
Constituição;
IV - dotações orçamentárias;
V - doações, de qualquer natureza, de pessoas fisicas ou jurídicas do País ou
do exterior;
VI - outras receitas, a serem definidas na regulamentação do referido Fundo.
§ 12 Aos recursos integrantes do Fundo de que trata este artigo não se aplica o
disposto nos arts. 159 e 167, inciso IV, da Constituição, assim como qualquerdesvin-
culação de recursos orçamentários.
§ 2° A arrecadação decorrente do disposto no inciso I deste artigo, no período
compreendido entre 18 de junho de 2000 e o início da vigência da lei complementar
a que se refere o art. 79, será integralmente repassada ao Fundo, preservado o seu
valor real, em títulos públicos federais, progressivamente resgatáveis após 18 de ju-
nho de 2002, na forma da lei.
Art. 81.* É instituído Fundo constituído pelos recursos recebidos pela União em
decorrência da desestatização de sociedades de economia mista ou empresas públicas
por ela controladas, direta ou indiretamente, quando a operação envolver a alienação
do respectivo controle acionário a pessoa ou entidade não integrante da Administra-
ção Pública, ou de participação societária remanescente após a alienação, cujos rendi-
mentos, gerados a partir de 18 de junho de 2002, reverterão ao Fundo de Combate e
Erradicação de Pobreza.
§ 12 Caso o montante anual previsto nos rendimentos transferidos ao Fundo de
Combate e Erradicação da Pobreza, na forma deste artigo, não alcance o valor de

.. EC n2 3112000.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


291
quatro bilhões de reais, far-se-á complementação na forma do art. 80, inciso IV, do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2~ Sem prejuízo do disposto no § l~, o Poder Executivo poderá destinar ao
Fundo a que se refere este artigo outras receitas decorrentes da alienação de bens da
União.
§ 3~ A constituição do Fundo a que se refere o caput, a transferência de recursos
ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza e as demais disposições referentes ao
§ l~ deste artigo serão disciplinadas em lei, não se aplicando o disposto no art. 165, §
9~, inciso 11, da Constituição.

Art. 82. * Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem instituir Fundos de


Combate à Pobreza, com os recursos de que trata este artigo e outros que vierem a
destinar, devendo os referidos Fundos ser geridos por entidades que contem com a
participação da sociedade civil. -
§ I ~ Para o fmanciamento dos Fundos Estaduais e Distrital, poderá ser criado
adicional de até dois pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços - ICMS, ou do imposto que vier a substituí-lo, sobre os pro-
dutos e serviços supérfluos, não se aplicando, sobre este adicional, o disposto no art.
158, inciso IV, da Constituição.
§ 2~ Para o financiamento dos Fundos Municipais, poderá ser criado adicional
de até meio ponto percentual na alíquota do Imposto sobre Serviços ou do imposto
que vier a substituí-lo, sobre serviços supérfluos.
Art. 83. * Lei federal defmirá os produtos e serviços supérfluos a que se referem
os arts. 80, inciso 11, e 82, §§ l~ e 2~.
Brasília, 5 de outubro de 1988. - Ulysses Guimarães, Presidente - Mauro Benevi-
des, l~ Vice-Presidente - Jorge Arbage, 2~ Vice-Presidente - Marcelo Cordeiro, l~
Secretário - Mário Maia, 2~ Secretário - Arnaldo Faria de Sá, 3~ Secretário - Bene-
dita da Silva, l~ Suplente de Secretário - Luiz Soyer, 2~ Suplente de Secretário -
Sotero Cunha, 3~ Suplente de Secretário - Bernardo Cabral, Relator Geral- Adolfo
Oliveira, Relator Adjunto - Antônio Carlos Konder Reis, Relator Adjunto - José
Fogaça, Relator Adjunto - Abigail Feitosa - Acival Gomes - Adauto Pereira - Ade-
mir Andrade - Adhemar de Barros Filho - Adroaldo Streck - Adylson Motta - Aécio
de Borba - Aécio Neves - Affonso Camargo - Afif Domingos - Afonso Arinos -
Afonso Sancho - Agassiz Almeida - Agripino de Oliveira Lima - Airton Cordeiro -
Airton Sandoval - Alarico Abib - Albano Franco - Albérico Cordeiro - Albérico
Filho - Alceni Guerra - Alcides Saldanha - Aldo Arantes - Alércio Dias - Alexandre
Costa - Alexandre Puzyna - Alfredo Campos - Almir Gabriel- Aloisio Vasconcelos
- Aloysio Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - Alvaro
Antônio - Alvaro Pacheco - Alvaro Valle - Alysson Paulinelli - AmaralNetto - Amaury
Müller - Amilcar Moreira - Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Bar-
cellos - Antero de Barros - Antônio Câmara - Antônio Carlos Franco - Antonio
Carlos Mendes Thame - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira - Antonio Gaspar-
Antonio Mariz - Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - Antonio Ueno - Arnaldo
Martins - Arnaldo Moraes - Arnaldo Prieto - Arnold Fioravante - Arolde de Oliveira

*EC n 31,'2000.
2

Constituiçõo do República Federativo do Brasil


292
ADCT Arts. 81 a 83

- Artenir Werner - Artur da Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila Lira -
Augusto Carvalho - Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito
Gama - Beth Azize - Bezerra de Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada -
Bosco França - Brandâo Monteiro - Cqio Pompeu - Carlos Alberto - Carlos Alberto
Caó - Carlos Benevides - Carlos Cardinal- Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos
De 'Carli - Carlos Mosconi - Carlos Sant 'Anna - Carlos Vinagre - Carlos Virgílio -
Carrel Benevides - Cássio Cunha Lima - Célio de Castro - Celso Dourado - César
Cals Neto - César Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - Chagas Rodrigues -
Chico Humberto - Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia de Carvalho
- Cláudio Ávila - Cleonâncio Fonseca - Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha
Bueno - Dálton Canabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra - Davi
Alves Silva - Del Bosco Amaral - Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro -
Dionisio Dal Prá - Dionísio Hage - Dirce Tutu Quadros - Dirceu Carneiro - Dival-
do Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil- Domingos Leonelli - Doreto
Campanari - Edésio Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta - Edme Tavares -
Edmilson Valentim - Eduardo Bonfim - Eduardo Jorge - Eduardo Moreira - Egídio
Ferreira Lima - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer Moreira - Enoc Vieira -
Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Etevaldo
Nogur;ira - Euclides Scalco - Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expedito Macha-
do - Ezio Ferreira - Fábio Feldmann - Fábio Raunheitti - Farabulini Júnior- Fausto
Fernandes - Fausto Rocha - Felipe Mendes - Feres Nader - Fernando Bezerra
Coelho - Fernando Cunha - Fernando Gasparian - Fernando Gomes - Fernando
Henrique Cardoso - Fernando Lyra - Fernando Santana - Fernando Velasco - Firmo
de Castro - Flavio Palmier da Veiga - Flávio Rocha - Florestan Fernandes - Florice-
no Paixão - França Teixeira - Francisco Amaral- Francisco Benjamim - Francisco
Carneiro - Francisco Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francis-
co Küster - Francisco Pinto - Francisco Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco
Sales - Furtado Leite - Gabriel Guerreiro - Gandi Jamil- Gastone Righi - Genebaldo
Correia - Genésio Bernardino - Geovani Borges - Geraldo Alckmin Filho - Geraldo
Bulhões - Geraldo Campos - Geraldo Fleming - Geraldo Melo - Gerson Camata -
Gerson Marcondes - Gerson Peres - Gidel Dantas - Gil César- Gilson Machado-
Gonzaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumercindo Milhomem - Gustavo de Faria-
Harlan Gadelha - Haroldo Lima - Haroldo Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque -
Hélio Manhães - Hélio Rosas - Henrique Córdova - Henrique Eduardo Alves -
Heráclito Fortes - Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos - Humberto
Lucena - Humberto Souto - Iberê Ferreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira-
Irajá Rodrigues - Iram Saraiva - Irapuan Costa Júnior - Irma Passoni - Ismael
Wanderley - Israel Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo - Ivo Lech - Ivo Mai-
nardi - Ivo Vanderlinde-Jacy &anagatta-Jairo Azi -Jairo Carneiro - Jalles Fontou-
ra -Jamil Haddad -Jarbas Passarinho -Jayme Paliarin -Jayme Santana -Jesual-
do Cavalcanti - Jesus Tajra - Joaci Góes - João Agripino - João Alves - João
Calmon - João Carlos Bacelar - João Castelo - João Cunha - João da Mata - João
de Deus Antunes - João Herrmann Neto - João Lobo - João Machado Rollemberg-
João Menezes - João Natal - João Paulo - João Rezek - Joaquim Bevilácqua -
Joaquim Francisco - Joaquim Hayckel- Joaquim Sucena - Jofran Frejat - Jonas
Pinheiro - Jonival Lucas - Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite - Jorge
Uequed - Jorge Vianna - José Agripino - José Camargo - José Carlos Coutinho -
José Carlos Grecco - José Carlos Martinez - José Carlos Sabóia-José Carlos Vas-
concelos - José Costa - José da Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias -

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


293
José Fernandes - José Freire - José Genoíno - José Geraldo - José Guedes - José
Ignácio Ferreira - José Jorge - José Lins - José Lourenço - José Luiz de Sá - José
Luiz Afaia - José Maranhão - José Maria Eymael- José Maurício - José Melo - José
Mendonça Bezerra - José Moura - José Paulo Bisol- José Queiroz - José Richa -
José Santana de Vasconcellos - José Serra - José Tavares - José Teixeira - José
Thomaz Nonô - José Tinoco - José Ulísses de Oliveira - José Viana - José Yunes -
Jovanni Masini -Juarez Antunes-Júlio Campos-Júlio Costamilan - Jutahy Júnior-
Jutahy Magalhães - Koyu Iha - Lael Varella - Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio
Souza - Leopoldo Peres - Leur Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice da
Mata - Louremberg Nunes Rocha - Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia-
Lúcio Alcântara - Luís Eduardo - Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz
Freire - Luiz Gushiken - Luiz Henrique - Luiz Inácio Lula da Silva - Luiz Leal - Luiz
Marques - Luiz Salomão - Luiz Viana - Luiz V.iana Neto - Lysâneas Maciel- Maguito
Vilela - Maluly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira - Manoel Ribeiro - Mansu-
eto de Lavor - Manuel Viana - Márcia Kubitschek - Márcio Braga - Márcio Lacerda
- Marco Maciel- Marcondes Gadelha - Marcos Lima - Marcos Queiroz - Maria de
Lourdes Abadia - Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário de Oliveira -
Mário Lima - Marluce Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos -
Maurício Correa - Maurício Fruet - Maurício Nasser - Maurício Pádua - Maurílio
Ferreira Lima - Mauro Borges - Mauro Campos - Mauro Miranda - Mauro Sam-
paio - Max Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire - Mello Reis - Mendes Botelho
- Mendes Canale - Mendes Ribeiro - Messias Góis - Messias Soares - Michel Temer
- Milton Barbosa - Milton Lima - Milton Reis - Miraldo Gomes - Miro Teixeira -
Moema São Thiago - Moysés Pimentel- Mozarildo Cavalcanti - Mussa Demes - Myrian
Portella - Nabor Júnior- Naphtali Alves de Souza - Narciso Mendes - Nelson Aguiar
- Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá - Nelson Seixas - Nelson Wedekin-
Nelton Friedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson Gibson
- Nion Albernaz - Noel de Carvalho - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Odacir
Soares - Olavo Pires - Olívio Dutra - Onofre Corrêa - Orlando Bezerra - Orlando
Pacheco - Oscar Corrêa - Osmar Leitão - Osmir Lima - Osmundo Rebouças - Osvaldo
Bender-Osvaldo Coelho- Osvaldo Macedo - Osvaldo Sobrinho - Oswaldo Almeida-
Oswaldo Trevisan - Ottomar Pinto - Paes de Andrade - Paes Landim - Paulo Delgado
- Paulo Macarini - Paulo Marques - Paulo Mincarone - Paulo Paim - Paulo Pimen-
tel - Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva - Paulo
Zarzur- Pedro Canedo - Pedro Ceolin - Percival Muniz- Pimenta da Veiga - Plínio
Arruda Sampaio - Plínio Martins - Pompeu de Sousa - Rachid Saldanha Derzi -
Raimundo Bezerra - Raimundo Lira - Raimundo Rezende - Raquel Cândido - Ra-
quel Capiberibe - Raul Belém - Raul Ferraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi -
Renato Johnsson - Renato Vianna - Ricardo Fiuza - Ricardo Izar - Rita Camata - Rita
Furtado - Rqberto Augusto - Roberto Balestra - Roberto Brant - Roberto Campos-
Roberto D 'Avi/a - Roberto Freire - Roberto Jefferson - Roberto Rollemberg - Ro-
berto Torres - Roberto Vital- Robson Marinho - Rodrigues Palma - Ronaldo Ara-
gão - Ronaldo Carvalho - Ronaldo Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa -
Rosa Prata - Rose de Freitas - Rospide Netto - Rubem Branquinho - Rubem Medina
- Ruben Figueiró - Ruberval Pi/otto - Ruy Bacelar - Ruy Nedel- Sadie Hauache-
Salatiel Carvalho - Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furtado - Sarney
Filho - Saulo Queiroz - Sérgio Brito - Sérgio Spada - Sérgio Werneck - Severo
Gomes - Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu - Simão Sessim - Siqueira Campos -
Sólon Borges dos Reis - Stélio Dias - Tadeu França - Telmo Kirst - Teotonio Vilela

Constituiçõo do República Federativo do Brasil


294
Filho - Theodoro Mendes - Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli - Uldu-
rico Pinto - Valmir Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves - Vicente Bogo - Victor
Faccioni - Victor Fontana - Victor Trovão - Vieira da Silva - Vilson Souza- Vingt
Rosado - Vinicius Cansanção - Virgildásio de Senna - Virgílio Galassi"':' Virgílio
Guimarães - Vitor Buaiz - Vivaldo Barbosa - Vladimir Palmeira - Wagner Lago-
Waldec Ornélas - Waldyr Pugliesi - Walmor de Luca - Wilma Maia - Wilson Cam-
pos - Wilson Martins - Ziza Valadares.
PARTICIPANTES: Alvaro Dias - Antônio Britto - Bete Mendes - Borges da
Silveira - Cardoso Alves - Edivaldo Holanda - Expedito Júnior - Fadah Gattass -
Francisco Dias - Geovah Amarante - Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo
Napoleão - Iturival Nascimento - Ivan Bonato -Jorge Medauar-José Mendonça de
Morais - Leopoldo Bessone - Marcelo Miranda - Mauro Fecury - Neuto de Conto-
Nivaldo Machado - Oswaldo Lima Filho - Paulo Almada - Prisco Viana - Ralph
Biasi - Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Tidei de Lima.
IN MEMüRIAM: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto
Schwantes - Virgílio Távora.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 295


Emenda Constitucional n!! 1, de 1992*

Dispõe sobre a remuneração dos Deputados Es-


taduais e dos Vereadores.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 32 do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 12 O § 22 do art. 27 da Constituição passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 27.

§ 22 A remuneração dos Deputados Estaduais será fixada em cada


legislatura, para a subseqüente, pela Assembléia Legislativa, observado
o que dispõem os arts. 150,11, 153, I1I, e 153, § 22 , I, na razão de, no
máximo, setenta e cinco por cento daquela estabelecida, em espécie,
para os Deputados Federais.

Art. 2!! São acrescentados ao art. 29 da Constituição os seguintes incisos, VI e VII,


renumerando-se os demais:

"Art. 29.

VI - a remuneração dos Vereadores corresponderá a, no máximo, setenta


e cinco por cento daquela estabelecida, em espécie, para os Deputados
Estaduais, ressalvado o que dispõe o art. 37, XI;
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não pode-
rá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município;
"
Art. 3 2 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 31 de março de 1992.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Deputado Ibsen Pinheiro,
Presidente - Deputado Waldir Pires, 22 Vice-Presidente - Deputado Cunha Bueno, 32
Secretário - Deputado Max Rosenmann, 42 Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: Senador Mauro Benevides, Presidente-


Senador Alexandre Costa, 12 Vice-Presidente - Senador Carlos De 'Carli, 22 Vice-Presi-
dente - Senador Dirceu Carneiro, 12 Secretário - Senador Márcio Lacerda, 2 2 Secre-
tário - Senàdor Iram Saraiva, 42 Secretário.

• Publicada no Diário qjicial. de 6 de abril de 1992.

Emendas Constitucionais
297
Redação Original

Art. 27:
"§ 2~ A remuneração dos Deputados Estaduais será fIxada em cada
legislatura, para a subseqüente, pela Assembléia Legislativa, observado o
que dispõem os arts. 150, lI, 153, III, e 153, § 2~, 1."

Constituição da República Federativa do Brasil


29ó
Emenda Constitucional nQ 2, de 1992*

Dispõe sobre oplebiscitoprevisto no art. 2~ do Ato


das Disposições Constitucionais Transitórias.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3~


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto consti-
tucional:
Artigo único. O plebiscito de que trata o art. 2~ do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias realizar-se-á no dia 21 de abril de 1993.
§ 1~ A fonna e o sistema de governo definidos pelo plebiscito terão vigência em
1~ de janeiro de 1995.
P-A-ki-pod€fádispor sobre a realização do plebiscito, inclusive sobre a gratui-
dade da livre divulgação das fonnas e sistemas de governo, através dos meios de
comunicação de massa concessionários ou pennissionários de serviço público, asse-
gurada igualdade de tempo e paridade de horários.
§ 3~ A nonna constante do parágrafo anterior não exclui a competência do Tribunal
Superior Eleitoral para expedir instruções necessárias à realização da consulta plebis-
citária.
Brasília, 25 de agosto de 1992.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Deputado Ibsen Pinheiro,
Presidente - Deputado Genésio Bernardino, 1~ Vice-Presidente - Deputado Waldir
Pires, 2~ Vice-Presidente - Deputado Inocêncio Oliveira, l~ Secretário - Deputado
Etevaldo Nogueira, 2~ Secretário - Deputado Cunha Bueno, 3~ Secretário - Deputado
Max Rosenmann, 4~ Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Senador Mauro Benevides, Presidente-
Senador Alexandre Costa, l~ Vice-Presidente - Senador Carlos De'Carli, 2~ Vice-
Presidente - Senador Dirceu Carneiro, 1~ Secretário - Senador Márcio Lacerda, 2~
Secretário - Senador Rachid Saldanha Derzi, 3~ Secretário - Senador Iram Saraiva,
4~ Secretário.

>I< Publicada no Diário Qficial, de 12 de setembro de 1992.

Emendas Constitucionais
299
Emenda Constitucional nl! 3, de 1993*

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3~ do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1~ Os dispositivos da Constituição Federal abaixo enumerados passam a vigo-


rar com as seguintes alterações:

"Art. 40.

§ 6~ As aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão


custeadas com recursos provenientes da União e das contribuições dos
servidores, na forma da lei."
"Art. 42. . ..

§ 10. Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, e a seus pensio-
nistas, o disposto no art. 40, §§ 4~, 5~ e 6~.

"Art. 102. . .
1- .
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal
ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal;

§ I ~ A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente


desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na
forma da lei.
§ 2~ As decisões defInitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal
Federal, nas ações declaratórias de constituciünalidade de lei ou ato
normativo federal, produzirão efIcácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e ao Poder Executivo."
"Art. 103. . .

§ 4~ A ação declaratória de constitucionalidade poderá ser proposta


pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa
da Câmara dos Deputados ou pelo Procurador-Geral da República."
"Art. 150. . .

§ 6~ Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, con-


cessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos,
taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específtca,
federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias

* Publicada no Diário Oficial. de 18 de março de 1993.

300 Constituiçõo da República Federativa do Brasil


acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem
prejuízo do disposto no art. 155, § 2~, XII, g.
§ 7~ A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador
presumido."
"Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
11 - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunica-
ção, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
111 - propriedade de veículos automotores.
§ l~ O imposto previsto no inciso I:

§ 2~ O imposto previsto no inciso 11 atenderá ao seguinte:

§"i~''A'~~~~~ã~'d~~'~~~~t~~'d~'~~~'~~'~'~~i~~'Ii'd~'~~;~;'d~~te
artigo e o art. 153, I e 11, nenhum outro tributo poderá incidir sobre
operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações,
derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País."
"Art. 156. . .

m - serviços de qualquer natureza, não-compreendidos no art. 155, 11,


definidos em lei complementar.

§ 3~ Em relação ao imposto previsto no inciso m, cabe à lei comple-


mentar:
I -'fixar as suas alíquotas máximas;
11 - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior."
'jArt. 160. . .
Parágrafo'Único. A vedação prevista neste artigo não impede a União
e os Estados de condicionarem a entrega de recursos ao pagamento de
seus créditos, inclusive de suas autarquias."
"Art. 167. . .

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para manutenção
e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 212, e a pres-
tação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita,
previstas no art. 165, § 8~, bem assim o disposto no § 4~ deste artigo;

§" 4~" t· p~~itid~'.~.. ~i~~~i~çã~' d~' '~~~~ii~~" ~;6p'~i~~" g~~~d~~" ~~i~s


impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que
tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e 11, para a prestação de garantia
ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta."

Emendas Constitucionais
301
Art. 2!! A União poderá instituir, nos tennos de lei complementar, com vigência
até 31 de dezembro de 1994, imposto sobre movimentação ou transmissão de valores
e de créditos e direitos de natureza fmanceira.
9 12 A alíquota do imposto de que trata este artigo não excederá a vinte e cinco
centésimos por cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou restabelecê-la, total
ou parcialmente, nas condições e limites fixados em lei.
§ 22 Ao imposto de que trata este artigo não se aplica o art. 150, m, b, e VI, nem
o disposto no § 52 do art. 153 da Cons~ituição.
§ 32 O produto da arrecadação do imposto de que trata este artigo não se encontra
sujeito a qualquer modalidade de repartição com outra entidade federada.
§ 42 (Revogado)4.

Art. 3!! A eliminação do adicional ao imposto de renda, de competência dos Esta-


dos, decorrente desta Emenda Constitucional, somente produzirá efeitos a partir de 12
de janeiro de 1996, reduzindo-se a correspondente alíquota, pelo menos, a dois e
meio por cento no exercício fmanceiro de 1995.

Art. 4!! A eliminação do imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e


gasosos, de competência dos Municípios, decorrente desta Emenda Constitucional, so-
mente produzirá efeitos a partir de 12 de janeiro de 1996, reduzindo-se a correspondente
alíquota, pelo menos, a um e meio por cento no exercício fmanceiro de 1995.

Art. S!! Até 31 de dezembro de 1999, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


somente poderão emitir títulos da dívida pública no montante necessário ao refmancia-
mento do principal devidamente atualizado de suas obrigações, representadas por
essa espécie de títulos, ressalvado o disposto no art. 33, parágrafo único, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.

Art. 6!! Revogam-se o inciso IV e o § 42 do art. 156 da Constituição Federal.

Brasília, 17 de março de 1993.

A MESA DA cÂMARA DOS DEPUTADOS: Deputado Inocêncio Oliveira,


Presidente - Deputado Adylson Motta, 12 Vice-Presidente - Deputado Fernando Lyra,
22 Vice-Presidente - Deputado Wilson Campos, 12 Secretário - Deputado Cardoso
Alves, 22 Secretário - Deputado B. Sá, 4!! Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: Senador Humberto Lucena, Presidente-


Senador Chagas Rodrigues, 12 Vice-Presidente - Senador Levy Dias, 22 Vice-Presi-
dente - Senador Júlio Campos, 12 Secretário - Senador Nabor Júnior, 22 Secretário-
Senadora Júnia Marise, 3! Secretária - Senador Nelson Wedekin, 42 Secretário.

4 Texto original revogado pela ECR n~ 1/94: u§ ~ Do proâuto da arrecadação do imposto de que trata este
artigo serão destinados vinte por cento para custeio de programas de habitação popular."

Constituição da República Federativa do Brasil


302
Redação Original

Art. 42:
"§ 10. Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, e a seus
pensionistas, o disposto no art. 40, §§ 4~ e 5~."

Art. 102, I:
"a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato nonnativo federal
ou estadual." .
"Parágrafo único. A argüição de descumprimento de preceito fim-
damental decorrente desta Constituição será apreciada pelo Supremo
Tribunal Federal, na fonna da lei."

Art. 150:
"§ 6~ Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou
previdenciária só poderá ser concedida através de lei específica, federal,
estadual ou municipal."
Art. 155:
"Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir:
I - impostos sobre:
a) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
b) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intennunicipal e de comunica-
ção, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
c) propriedade de veículos automotores;
H - adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas
fisicas ou juridicas domiciliadas nos respectivos territórios, a título do
imposto previsto no art. 153, IH, incidente sobre lucros, ganhos e
rendimentos de capital.
"§ lQ O imposto previsto no inciso I, a:"
"§ 2Q O imposto previsto no inciso I, b, atenderá ao seguinte:"
"§ 3~ À exceção dos impostos de que tratam o inciso I, b, do caput
deste artigo e os arts. 153, I e 11, e 156, I1I, nenhum outro tributo inci-
dirá sobre operações relativas a energia elétrica, combustíveis líquidos
e gasosos, lubrificantes e minerais do País."

Art. 156:
"I1I - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo
diesel;
IV - serviços de qualquer natureza, não-compreendidos no art. 155, I,
b, definidos em lei complementar."
"§ 3Q O imposto previsto no inciso III não exclui a incidência do imposto
estadual previsto no art. 155, I, b, sobre a mesma operação."
"§ 4~ Cabe à lei complementar:
I - fixar as alíquotas máximas dos impostos previstos nos incisos III e IV;

Emendas Constitucionais
303
11 - excluir da incidência do imposto previsto no inciso IV exportações
de serviços para o exterior."

Art. 160:
"Parágrafo único. Essa vedação não impede a União de condicionar
a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos."

Art. 167:
"IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para manutenção
e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 212, e a pres-
tação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita,
previstas noart. 165, § 8~;"

Constituição da República Federativa da Brasil


304
Emenda Constitucional n!! 4, de 1993*

Dá nova redação ao art. 16 da Cotlstituição


Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal', nos tennos do § 3l!


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitu-
cional:
Artigo único. O art. 16 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na
data de sua publicação, não se aplicando à eleiçãO que ocorra até um
ano da data de sua vigência."
Brasília, 14 de setembro de 1993.
A MESA DA cÂMARA DOS DEPUTADOS: Deputado Inocêncio Oliveira,
Presidente - Deputado Wilson Campos, 1l! Secretário - Deputado Cardoso Alves, 2~
Secretário - Deputado B. Sá, 4~ Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Senador Humberto Lucena, Presidente-
Senador Chagas Rodrigues, 1~ Vice-Presidente - Senador Levy Dias, 2!! Vice~Presi­
dente - Senador Júlio Campos, 1~ Secretário - Senador Nabor Júnior, 2~ Secretário.

Redação Original

Art. 16:
"Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral s6 entrará em vigor
um ano após sua promulgação."

• Publicada no Diário Oficial. de 15 de setembro de 1993.

Emendas Constitucionais
305
Emenda Constitucional n~'5, de 1995*

. Altera o §2~" do art. 25 da Constituição Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3~


do art 60 da Constituição Federal,promulgama seguinte emenda constitucional:
Artigo único. O parágrafo 2~ do art. 25 da Constituição Federal passa a vigorar
com a seguinte redação:

"Art. 25.
§·2 Q Cabe aos' Estados explorar diretamente, ou mediante concessão,
'" os serviços locais de gás canalizado, na fonna da lei, vedada a edição de
medida provisória para a suategulamentaçaõ:"
Brasília, 15 de agosto de 1995.
A MESA DA CÂMARA D0S DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente -
Ronaldo Perim, 1~ Vice-Presidente - Beto Mansur, 2~ Vice-Presidente - Wilson
Campos, 1~ Secretário - Leopoldo Bessone, 2~ Secretário - Benedito Domingos, 3~
Secretário - João Henrique, 4.~ Secretário.
< .; • ; ' . , ' '~

" A MESA DO SENAbo FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-
la Filho, 1~ Vice-Presidente -Júlio' Campos, 2~ Vice-Presidente - Odacir Soares, 1~
Secretário - Renan Calheiros, 2~ Secretário - Levy Dias, 3~ Secretário - Ernandes
Amorim, 4~ Secretário.

Art. 25:
"§ 2~ Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante conçessão a
empresa estatal, com exclusividade de distribuição, os serviços locais
de gás cânalizâdo."

* Publicada no Diário q{icial, de 16 de agosto de 1995.

Constituição da República Federativa dô Brasil


306
Emenda Constitucional nl! 6, de 1995*

Altera o inciso IX do art. J 70, o art. J 7J e o § J~


do art. J 76 da Constituição Federal. .

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3~


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda: constitucional:
Art. 1~ O inciso IX do art. 170 e o § l~ do art. 176 da Constituição Federal passam
a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 170.

I-X - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituí-


das sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País."
Art. 176. . .
§ 1~ A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos
potenciais a que se refere o caput deste artigo somente poderão ser
efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse
nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e
que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que esta-
belecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem
em faixa de fronteira ou terras indígenas."
Art. 2~ Fica incluído o seguinte art. 246 no Título IX - "Das Disposições Constitu-
cionais Gerais":

"Art. 246. É vedada a adoção de medida provisória na regulamenta-


ção de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio
de emenda promulgada a partir de 1995."5
Art. 3~ Fica revogado o art. 171 da Constituição Federal.
Brasília, 15 de agosto de 1995.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente-
Ronaldo Perim, l~ Vice-Presidente - Beto Mansur, 2~ Vice-Presidente - Wilson
Campos, l~ Secretário - Leopoldo Bessone, 2~ Secretário - Benedito Domingos, 3~
Secretário - João Henrique, 4~ Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-
la Filho, l~ Vice-Presidente -Júlio Campos, 2~ Vice-Presidente - Odacir Soares, l~
Secretário - Renan Calheiros, 2~ Secretário - Levy Dias, 3~ Secretário - Ernandes
Amorim, 4~ Secretário.

* Publicada no Diário Qflcial. de 6 de abril de 1992.


5 Esse texto foi repetido na redação da EC n2 7/95.

Emendas Constitucionais
307
Redação Original

Art. 170:
"IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital
nacional de pequeno porte."
Art. 171:
"Art. 171. São consideradas:
I - empresa brasileira a constituída sob as leis brasileiras e que tenha
sUa ,sede e administração no Pais;
11 - empresa brasileira de capital nacional aquela cujo controle efetivo
esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de
pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidades de
direito público interno, entendendo-se por controle efetivo da empresa
a titularidade da maioria de seu capital votante e o exercício de fato e
de direito, do poder decisório para gerir suas atividades.
§ I ~ A lei poderá, em relação à empresa brasileira de capital nacional:
I - conceder proteção e benefícios especiais temporários para desen-
volver atividades consideradas estratégicas para a defesa nacional ou
imprescindíveis ao desenvolvimento do País;
11 - estabelecer, sempre que considerar um setor imprescindível ao
desenvolvimento tecnológico nacional, entre outras condições e requi-
sitos:
a) a exigência de que o controle referido no inciso 11 do caput se esten-
da às atividades tecnológicas da empresa, assim entendido o exercício,
de fato e de direito, do poder decisório para desenvolver ou absorver
tecnologia;
b) percentuais de participação, no capital, de pessoas físicas domiciliadas
e residentes no País ou entidades de direito púhlico interno.
§ 2~ A aquisição de bens e serviços, o Poder Público dará tratamento
preferencial, nos termos da lei, à empresa brasileira de capital nacional."
Art. 176:
"§ I ~'- A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos
potenciais a que se refere o caput deste artigo somente poderão ser
efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse
nacional, por brasileiros ou empresa brasileira de capital nacional, na
forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas
atividades se desenvolverem eni faixa de fronteira ou terras indígenas."

Constituição da República Federativa do Brasil


308
Emenda Constitucional n!! 7, de 1995*

Altera o art. 178 da Constituição Federal e dis-


põe sobre a adoção de Medidas Provisórias.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal~ri0s tennos do § 32


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda constitucional:

Art. 12 O art. 178 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo,


aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte
internacional, observar os acordos fInnados pela União, atendido o prin-
cípio da reciprocidade.
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei
estabelecerá as condições em que o transporte de mercadorias na cabo-
tagem e a navegação interior poderão ser feitos por embarcações es-
trangeiras."

Art. 2~ Fica incluído o seguinte art. 246 no Título IX - "Das Disposições


.Constitucionais Gerais":

"Art. 246. É vedada a adoção de medida provisória na regulamenta-


ção de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio
de emenda promulgada a partir de 1995."6

Brasília, 15 de agosto de 1995.

A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente -


Ronaldo Perim, 12 Vice-Presidente - Beto Mansur, 22 Vice-Presidente - Wilson
Campos, }2 Secretário - Leopoldo Bessone, 22 Secretário - Benedito Domingos, 32
Secretário - João Henrique, 42 Secretário. \

A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-


la Filho, }2 Vice-Presidente - Júlio Campos, 22 Vice-Presidente - Odacir Soares, }2
Secretário - Renan Calheiros, 22 Secretário - Levy Dias, 32 Secretário - Ernandes
Amorim, 42 Secretário.

* Publicada no Diário Oficial. de 16 de agosto de 1995.


6 Esse texto já constava da redação da EC n 2 6/95.

Emendas Constitucionais
3'09
Redação Original.

Art. 178.:
"Art. 178. A lei disporá sobre:
I - a ordenação dos transportes aéreo, marítimo e terrestre;
11 - a predominância dos annadores nacionais e navios de bandeira e
registros brasileiros e do país exportador ou importador;
III - o transporte de granéis;
IV - a utilização de embarcaçÕes de pesca e outras.
§ 12 A ordenação do transporte internacional cumprirá os acordos
firmados pela União, atendido o princípio de reciprocidade.
§ 22 Serão brasileiros os annadores, os proprietários, os comandantes
e dois terços, pelo menos, dos tripulantes de embarcações nacionais.
§ 3 2 A navegação de cabotagem e a interior são privativas de
embarcações nacionais, salvo caso de necessidade pública, segundo
dispuser a lei."

Constituiçõo do República Federativo do Brasil


310
Emenda ConstitucionalnQ 8, de 1995* .

"a"
Altera" o jnciso Xl e alínea do inciso XlI do
art. 21 daCons,tituição Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 32


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda constitucional:
Art. I~ O inciso XI e a alínea a do inciso XII do art. 21 da Constituição Federal
passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 21. Compete à União:

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou


pennissão, os serviços de telecomunicações, nos tennos da lei, que
disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regu-
lador e outros aspectos institucionais;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
pennissão: .'
a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;

Art. 2~ É vedada a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no


inciso XI do art. 21 com a redação dada por esta emenda constitucional.
Brasília, 15 de agosto de 1995.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente -
Ronaldo Perim, 12 Vice-Presidente - Beto Mansur, 22 Vice-Presidente - Wilson
Campos, 12 Secretário - Leopoldo Bessone, 22 Secretário - Benedito Do~ingos, 32
SecretáriÇl- João Henrique, 42 Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-
la Filho, 12 Vice-Presidente -Júlio Campos, 22 Vice-Presidente - OdgcirSoares, 12
Secretário - Renan Calheiros, 22 Secretário - Levy Dias, 32 Secretário - Ernandes
Amorim, 42 Secretário.

Redação Original

Art. 21:
"XI - explorar, diretamente ou mediante concessão a empresas sob.con-
trole acionário estatal, os serviços telefônicos, telegráficos, de trans-

... Publicada no Diário Oficial. de 16 de agosto de 1995.

Emendas Constitucionais
311
missão de dados e demais serviços públicos de telecomunicações, asse-
gurada a prestação de serviços de informações por entidades de direito
privado através da rede pública de telecomunicações explorada pela
União;"
XII, "a) os serviços de radiodifusão sonora, de sons e imagens e demais
serviços de telecomunicações;"

312 Constituição da República Federativo do Brasil


Emenda Constitucional n~ 9, de 1995*

Dá nova redação ao art. J 77 da Constituição


Federal, alterando e inserindo parágrafos.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do art.


60, § 3Q da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. I!! O § lQ do art. 177 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte
redação:

"Art. 177.

§ lQ A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a


realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo obser-
vadas as condições estabelecidas em lei."
Art. 2!! Inclua-se um parágrafo, a ser enumerado como § 2Q, com a redação seguin-
te, passando o atual § 2Q para § 3Q, no art. 177 da Constituição Federal:

"Art. 177.

§ 2Q A lei a que se refere o § IQdisporá sobre:


I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o
território nacional;
11 - as condições de contratação;
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da
União."
Art. 3!! É vedada a edição de medida provisória para regulamentação da matéria
prevista nos incisos I a IV e dos §§ lQ e 2 Q do art. 177 da Constituição Federal.
Brasília, 9 de novembro de 1995.

A MESADA cÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente-


Ronaldo Perim, IQ Vice-Presidente - Beto Mansur, 2Q Vice-Presidente - Wilson
Campos, lQ Secretário - Leopoldo Bessone, 2Q Secretário - Benedito Domingos, 3Q
Secretário -João Henrique, 4Q Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-


la Filho, lQ Vice-Presidente - Júlio Campos, 2Q Vice-Presidente - Odacir Soares, lQ
Secretário - Renan Calheiros, 2Q Secretário - L?vy Dias, 3Q Secretário - Ernandes
Amorim, 4Q Secretário.

• Publicada no Diário Oficial. de 10 de novembro de 1995.

Emendas Constitudonais
313
Redação Original

Art. 177:
"§ 12 O monopólio previsto neste artigo inclui os riscos e resultados
deco~nte~_das atividades nele mencionadas, sendo vedado à União .
ceder ou conceder qualquer tipo de participação, em espécie ou em
valor, na exploração de jazidas de petróleo ou gás natural, ressalvado o
disposto no art. 20, § 12 ." ,

Constituição da República Federativado Brasil


314
Emenda Constitucional n~ 10, de1996*

Altera os arts. 71 e 72 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias, introduzidos pela
Emenda Constitucional de Revisão n~ 1, de 1994.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3~


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1~ O art. 71 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigo-


a
r~ com seguinte redação:

"Art. 71. Fica instituído nos exercícios financeiros de 1994 e 1995,


bem assim no penodo de I ~ de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997,
o Fundo Social de Emergência, com o objetivo de saneamento finan-
ceiro da Fazenda Pública Federal e <k e~tabilização econômíca, cujos
recursos serão aplicados prioritariamente no custeio das ações dos
sistemas de saúde e educação, beneficios previdenciários e auxílios
assistenciais de prestação continuada, inclusive de liquidação de passivo
previdenciário e despesas orçamentárias associadas a programas de
relevante interesse econômico e social.
§ I ~ Ao Fundo criado por este artigo não se aplica o disposto na parte
fmal do inciso 11 do § 9~ do art. 165 da Constituição.
§ 2~ O Fundo criado por este artigo passa a ser denominado Fundo de
Estabilização Fiscal a partir do início do exercício fmanceiro de 1996.
§ 3~ O Poder Executivo publicará demonstrativo da execução orça-
mentária, de periodicidade bimestral, no qual se discriminarão as fontes
e usos do Fundo criado por este artigo."
Art. 2~ O art. 72 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, passa a vi-
gorar com a seguinte redação:

"Art. 72. Integram o Fundo Social de Emergência:


1- .
11 - a parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e pro-
vento de qualquer natureza e do imposto sobre operações de cr~dito,
câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários, decorrentes
das alterações produzidas pela Lei n2 8.894, de 21 de junho de 1994 e
pelas Leis n2! 8.849 e 8.848, ambas de 28 de janeiro de 1994 emodifi-
cações posteriores:

* Publicada no Diário Q/icial. de 4 de março de 1996.

Emendas Constitucionais
315
III - A parcela do produto da arrecadação resultante da elevação da
alíquota da contribuição social sobre o lucro dos contribuintes a que se
refere o § l~ do art. 22 da Lei nQ8.212, de 24 de julho de 1991, a qual
nos exercícios financeiros de 1994 e 1995, bem assim no período de lQ
de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997, passa a ser de trinta por
cento, sujeita a alteração por lei ordinária, mantidas as demais normas
da Lei n~ 7.689, de 15 de dezembro de 1988;
IV - vinte por cento do produto de arrecadação de todos os impostos e
contribuições da União, j á instituídos ou a serem críados, excetuado o
previsto nos incisos I, 11 e I1I, observado o disposto nos §§ 3~ e 4Q;
V - A parcela do produto da arrecadação da contribuição de que trata a
Lei Complementar nQ7, de 7 de setembro de 1970, devida pelas pessoas
jurídicas a que se refere o inciso III deste artigo, a qual será calculada
nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995, bem assim no período de lQ
de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997, mediante a aplicação da
alíquota de setenta e cinco centésimos por cento, sujeita a alteração por
lei ordináría,sobre a receita bruta operacional como defmida na legis-
lação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza; e
VI- .
§ lQ ..

§ 2Q As parcelas de que tratam os incisos I, 11, III e V, serão previamente


deduzidas da base de cálculo de qualquer vinculação ou participação
constitucional ou legal, não se lhes aplicando o disposto nos arts. 159,
212 e 239 da Constituição.
§ 3~ A parcela de que trata o inciso IV será previamente deduzida da
base de cálculo das vinculações ou participações constitucionais
previstas nos arts. 153, § 5Q, 157,11,212 e 239 da Constituição.
§ 4Q O disposto no parágrafo anterior não se aplica aosreeursos pre-
vistos nos arts. 158,11 e 159 da Constituição.
§ 5Q A parcela dos recursos provenientes do imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza, destinada ao Fundo Social de Emer-
gência, nos termos do inciso 11 deste artigo, não poderá exceder a cinco
inteiros e seis décimos por cento do total do produto da sua arrecadação."

Art. 3! Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 4 de março de 1996.

A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente-


Ronaldo Perim, lQ Vice-Presidente - Beto Mansur, 2QVice-Presidente - Wilson
Campos, lQ Secretário - Leopoldo Bessone, 2Q Secretário - Benedito Domingos, 3Q
Secretário -João Henrique, 4~ Secretário.

A MESA DO SENADO FEOERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-


la Filho, l~ Vice-Presidente -Júlio Campos, 2QVice-Presidente - Odacir Soares, lQ
Secretário - Renan Calheiros, 2QSecretário - Levy Dias, 3QSecretário - Ernandes
Amorim, 4QSecretário.

Constituição da República Federativa do Brasil


316
Redação Anterior

ADCT, Art. 71:


"Art. 71. Fica instituído, nos exercícios financeiros de 1994 e 1995,
o Fundo Social de Emergência, com o objetivo de saneamento fmanceiro
da Fazenda Pública Federal e de estabilização econômica, cujos recursos
serão aplicados no custeio das ações dos sistemas de saúde e educação,
beneficios previdenciários e auxílios assistenciàis de prestação conti-
nuada, inclusive liquidação de passivo previdenciário, e outros progra-
mas de relevante interesse econômico e social.
Parágrafo único. Ao Fundo criado por este artigo não se aplica, no
exercício fmanceiro de 1994, o disposto na parte final do inciso 11 do §
9Q do art. 165 da Constituição."

ADCT, Art. 72:


"11 - a parcela do produto da arrecadação do imposto sobre propriedade
territorial rural, do imposto sobre renda e proventos de qualquer natu-
reza e do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos e valores mobiliários, decorrente das alterações pro-
duzidas pela Medida Provisória nQ 419 e pelas Leis n~ 8.847, 8.849 e
8.848, todas de 28 de janeiro de 1994, estendendo-se a vigência da
última delas até 31 de dezembro' de 1995;
III - a parcela do produto da arrecadação resultante da elevação da alí-
quota da contribuição social sobre o lucro dos contribuintes a que se
refere o § 1Q do art. 22 da Lei nQ 8.212, de 24 de julho de 1991, a qual,
nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995, passa a ser de trinta por
cento, mantidas as demais normas da Lei nQ 7.689"de 15 de dezembro
de 1988; .
IV - vinte por cento do produto da arrecadação de todos os impostos e
contribuições da União, excetuado o previsto nos incisos I, 11 e III;
V - a parcela do produto da arrecadação da contribuição de que trata a
Lei'Complementarn2 7, de 7 de setembro de 1970, devida pelas pessoas
jurídicas a que se refere o inciso III deste artigo, a qual será calculada,
nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995, mediante a aplicação da
alíquota de setenta e cinco centésimos por cento sobre a receita bruta
operacional, como defmida na legislação do imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza;

§ 12 As alíquotas e a,base de cálculo previstas nos incisos III e Vapli-


car-se-ão a partir do primeiro dia do mês seguinte aos noventa dias
posteriores à promulgação desta Emenda.
§ 22 As parcelas de que tratam os incisos I, 11, III e V serão previamen-
te deduzidas dabase de cálculo de qualquer vinculação ou participação

Emendas Constitucionais
317
constitucional ou legal, não se lhes aplicando o disposto nos arts. 158,
11, 159, 212 e 239 da Constituição.
§ 32 A parcela de que trata o inciso IV será previamente deduzida da
base de cálculo das vinculações ou participações constitucionais pre-
vistas nos arts. 153, § 52, 157,11, 158,11,212 e 239 da Constituição.
§ 42 O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos recursos previstos
no art. 159 da Constituição.
§ 52 A parcela dos recursos provenientes do imposto sobre
propriedade territorial rural e do imposto sobre renda e proventos
de qualquer natureza, destinada ao Fundo Social de Emergência, nos
termos do inciso 11 deste artigo, não poderá exceder:
I - no caso do imposto sobre propriedade territorial rural, a oitenta e
seis inteiros e dois décimos por cento do total do produto da sua arreca-
dação;
11 - no caso do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza,
a cinco inteiros e seis décimos por cento do total do produto da sua
arrecadação."

Constituição da República Federativa do Brasil


318
Emenda Constitucional n!! 11, de 1996*

Permite a admissão de professores, técnicos e


cientistas estrangeiros pelas universidades
brasileiras e-concede autonomia às instituições
de pesquisa científica e tecnológica.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tetmos do pará-


grafo 32 do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto
constitucional:

Art. 12 São acrescentados ao art. 207 da Con~tituiçãoFederal dois parágrafos com


a seguinte redação:
"Art. 207. . ..
§ 12 É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cien-
tistas estrangeiros, na fotma da lei.
§ 22 O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa cien-
tífica e tecnológica."

Art. 22 Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de abril de 1996.

A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente-


Ronaldo Perim, 12 Vice-Presidente - Beto Mànsur, 22 Vice-Presidente - Wilson
Campos, 12 Secretário - Leopoldo Bessone, 22 Secretário - Benedito Domingos, 32
Secretário -João Henrique, 42 Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-
la Filho, 12 Vice-Presidente -Júlio Campos, 22Vice-Presidente - Odacir Soares, 12
Secretário --; Renan Calheiros, 22 Secretário - Levy Dias, 32 Secretário - Ernandes
Amorim, 42 Secretário.

• Publicada no Diário Qficial. de 2 de maio de 1996.

Emendas Constitucionais
319
Emenda Constitucional n!! 12, de 1996*

Outorga competência à União para instituir


contribuição provisória sobre movimentação ou
transmissão de valores e de créditos e direitos de
naturezafinanceira.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal promulgam, nos ter-


mos do parágrafo 32 do art. 60 da Constituição Federal, a seguinte emenda ao texto
constitucional:
Artigo único. Fica incluído o art. 74 no Ato das Disposições Constitucionais Tran-
sitórias, com a seguinte redação:

"Art. 74. A União poderá instituir contribuição provisória sobre mo-


vimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natu-
reza fmanceira.
§ 12 A alíquota da contribuição de que trata este artigo não excederá a
vinte e cinco centésimos por cento, facultado ao Poder Executivo redu-
zi-la ou restabelecê-la, total ou parcialmente, nas condições e limites
fIxados em lei.
§ 22 À contribuição de que trata este artigo não se aplica o disposto nos
arts. 153, § 52, e 154, I, da Constituição.
§ 32 O produto da arrecadação da contribuição de que trata este artigo
será destinado integralmente ao Fundo Nacional de Saúde, para fman-
ciamento das ações e serviços de saúde.
§ 42 A contribuição de que trata este artigo terá sua exigibilidade
subordinada ao disposto no art. 195, § 62, da Constituição, e não poderá
ser c\)bfada~perprazo superior a dois anos."
Brasília, 15 de agosto de 1996.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente-
Ronaldo Perim, 12 Vice-Presidente - Beto Mansur, 22 Vice-Presidente - Wilson
Campos, 12 Secretário - Leopoldo Bessone, 22 Secretário - Benedito Domingos, 32
Secretário -João Henrique, 42 SecretáJjo.
A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-
la Filho, 12 Vice-Presidente - Júlio Campos, 22 Vice-Presidente - Odacir Soares, 12
Secretário - Renan Calheiros, 22 Secretário - Ernandes Amorim, 42 Secretário - Eduar-
do Suplicy, Suplente de Secretário.

* Publicada no Diário Pficial. de 16 de agosto de 1996.

Constituiçõo da Repúbliça Federativa do Brasil


3'20
Emenda Constitucional n~ 13, de 1996*

Dá nova redação ao inciso II do art. 192 da Cons-


tituição Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do pará-


grafo 3Q do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto
constitucional:

Artigo único. O inciso 11 do art. 192 da Constituição Federal passa a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 192 .

11 - autorização e funcionamento dos estabelecimentos de seguro, resse-


guro, previdência e capitalização, bem como do órgão fiscalizador."

Brasília, 21 de agosto de 1996.

A MESA DA cÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente -Ronaldo


.Perim. l QVice-Presidente - Beto Mansur, 2QVice-Presidente - Wilson Campos, lQ
Secretário - Leopoldo Bessone, 2QSecretário - Benedito Domingos, 3Q Secretário-
João Henrique, 4Q Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-


la Filho, l QVice-Presidente - Júlio Campos, 2QVice-Presidente - Odacir Soares, lQ
Secretário - Renan Calheiros, 2Q Secretário - Ernandes Amorim, ~ Secretário - Eduar-
do Suplicy, Suplente de Secretário.

Redação Original

Art. 192:
"11 - autorização e funcionamento dos estabelecimentos de seguro,
previdência e capitalização, bem como do órgão oficial fiscalizador e do
órgão oficial ressegurador;"

• Publicada no Diário Oficial, de 22 de agosto de 1996.

Emendas Constitucionais
321
Emenda Constitucional n!! 14, de 1996*

Modifica os arts. 34, 208, 211 e 212 da Consti-


tuição Federal e dá nova redação ao art. 60 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3~


·do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 1~ É acrescentada no inciso VII do art. 34, da Constituição Federal, a alínea e,
com a seguinte redação:

"Art. 34. . .
VII- .
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos esta-
duais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolviiiJ.ento do ensino."
Art. 2~ É dada nova redação aos incisos I e 11 do art. 208 da Constituição Federal
nos seguintes termos:

"Art. 208. . .
I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua
oferta gratuita para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria;
11- progressiva universalização do ensino médio gratuito;"
Art. 3~ É dada nova redação aos §§ l~ e 2~ do art. 211 da Constituição Federal e
nele são inseridos mais dois paragráfos, passando a ter a seguinte redação:

"Art. 211.

§ 1~ A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territó-


rios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá,
em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a
garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo
de qualidade do ensino mediante assistência técnica e fmanceira aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
§ 2~ Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e
na educação infantil.
§ 3~ Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e médio.
§ 4~ Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Muni-
cípios defmirão formas de colaboração, de modo a assegurar a univer-
salização do ensino obrigatório."

* Publicada no Diário Q/icial. de 13 de setembro de 1996.

Constituição da República Federativa do Brasil


322
Art. 4~ É dada nova redação ao § 5~ do art. 212 da Constituição Federa1.nos seguin-
tes termos:

"Art. 212. . : ; ; ; ; ..
§ 5~ O ensino fundamental público terá como fonte adicional de fman-
ciamento a contribuição social do salário-educação,. rec'olhida pelas
empresas, na forma da lei."

A rt. 5~ É alterado o art. 60 do Ato das Disposições Constitucio~aisTransitó~iase


nele são inseridos novos parágrafos, passando o artigo a ter a seguinte redação:

"Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação desta Emenda,os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão não menos de
sessenta por cento dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da
Constituição Federal, à manutenção e ao desenvolvimento do ensino
fundamental, com o objetivo de assegurar a universalização de seu aten-
dimento e a remuneração condigna do magistério.
§ l~ A distribuição de responsabilidades e recursos entre os Estados
e seus Municípios a ser concretizada com parte dos recursos defi-
nidos neste artigo, na forma do disposto no art. 211 da Constitui-
ção Federal, é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada
Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e De-
senvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização' do Ma-
gistério, de natureza contábil.
§ 2~ O Fundo referido no parágrafo anterior será constituído por, pelo
menos, quinze por cento dos recursos a que se réferem os arts. 155,
inciso 11; 158, inciso IV; e 159, inciso I, alíneas ae b; inciso 11, da
Constituição Federal, e será distribuído entre cada Estado e seus Muni-
cípios, proporcionalmente ao número de alunos nas respectivas redes
de ensino fundamental. .
§ 3~ A União complementará os recursos dos Fundos a' que se refere o §
1~' sempre que, em cada Estado e no Distrito Federal, seu valor por aluno
.não alcançar o mínimo defmido nacionalmente.
§ 4~ A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ajustarão
progressivamente, em um prazo de cinco anos, suas contribuições ao
Fundo, de forma a garantir um valor por aluno correspondente a um
padrão mínimo de qualidade de ensino, definido nacionalmente.
§ 5~ Uma proporção não inferior a sessenta por cento dos recursos de
cada Fundo referido no § 1~ será destinada ao pagamento dos professores
do ensino fundamental em efetivo exercício no magistério.
§ 6~ A União aplicará na erradicação do analfabetismo e na manutenção
e no desenvolvimento do ensino fundamental, inclusive na comple-'
mentação a que se refere o § 3~, nunca menos que o equivalente a trinta
por cento dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição
Federal.
§ 7~ A lei disporá sobre a organização dos Fundos, a distribuição pro-
porcional de seus recursos, sua fiscalização e controle, bem como sobre
a forma de cálculo do valor mínimo nacional por aluno."

Emendas Constitucionais
323
Art. 6~ Esta Emenda entra em vigor a primeiro de janeiro do ano subseqüente ao
de sua promulgação.

Brasília, 12 de setembro de 1996.


A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, :t?residente-
Ronaldo Perim, l~ Vice-Presidente - Beto Mansur, 2~ Vice-Presidente - Wilson
Campos, l~ Secretário - Leopoldo,Bessone, 2~ Secretário - Benedito Domingos, 3~
Secretário - João Henrique, 4~ Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-


la Filho, l QVice-Presidente -Júlio Campos, 2Q Vice-Presidente - Odacir Soares, lQ
Secretário - Renan Calheiros, 2~ Secretário - Ernandes Amorim, ~ Secretário - Eduar-
do Suplicy, Suplente de Secretário.

Redação Original

Art. 208:
"I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para 'Os que a
ele não tiveram acesso na idade própria;
11 - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino
médio;"
Art. 211:
"§ lQ A União organizará e financiará o sistema federal de ensino e o
dos Territórios, e prestará assistência técnica e financeira aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus
sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.
§ 2~ Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e
pré-escolar."
Art. 212:
"§ 5~ O ensino fundamental público terá como fonte adicional de
fmanciamento a contribuição social do salário-educação, recolhida, na .
forma da lei, pelas empresas, que dela poderão deduzir a aplicação
realizada no ensino fundamental de seus empregados e dependentes."
ADCT,Art. 60:
"Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação da Constituição,
o Poder Público desenvolverá esforços, com a mobilização de todos os
setores organizados da sociedade e com a aplicação de, pelo menos,
cinqüenta por cento dos recursos a que se refere o art. 212 da Consti-
tuição, para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino Íl11\da-
mental.

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


324
Parágrafo único. Em igual prazo, as universidades públicas
descentralizarão suas atividades, de modo a estender suas unidades de
ensino superior às cidades de maior densidade populacional."

Emendas Constitucionais
325
Emenda Constitucional nl! 15, de 1996*

Dá nova redação ao § 4Q do art. 18 da Consti-


tuição Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3Q do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Artigo único. O § 4~ do art. 18 da Constituição.Federal passa a vigorar com a seguinte
redação:

"Art. 18. .. ..
§ 4~ A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Muni-
cípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período detenninado por lei
complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na
fonna da lei."

Brasília, 12 de setembro de 1996.


A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Luís Eduardo, Presidente -
Ronaldo Perim, l~ Vice-Presidente - Beto Mansur, 2~ Vice-Presidente - Wilson
Campos, l~ Secretário - Leopoldo Bessone, 2~ Secretário - Benedito Domingos, 3~
Secretário - João Henrique, 4~ Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: José Sarney, Presidente - Teotonio Vile-


la Filho, l~ Vice-Presidente - Júlio Campos, 2~ Vice-Presidente - Odacir Soares, I!!
Secretário - Renan Calheiros, 2~ Secretário - Ernandes Amorim, 4~ Secretário - Eduar-
do Suplicy, Suplente de Secretário.

Redação Original

Art. 18:
"§ 4!! A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios preservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural
do ambiente urbano, far-se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos
previstos em lei complementar estadual, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas."

.. Publicada no Diário qficial, de 13 de setembro de 1996.

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


326
Emenda Constitucional n~ 16, de 1997*

Dá nova redação ao § 5~ do art. 14, ao caput do


art. 28, ao inciso II do art. 29, ao caput do art. 77
e ao art. 82 da Constituição Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3Qdo


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. I!! O § 5Q do art. 14, o caput do art. 28, o inciso II do art. 29, o caput do art. 77
e o art. 82 da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 14. . .
§ 5Q O Presidente da ,República, os Governadores de Estado e do Dis-
trito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no
curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subse-
qüente."
"Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Esta-
do, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do ténnino do mandato de
seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano
subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77."
"Art. 29. . .
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo
de outubro do ano anterior ao ténnino do mandato dos qile devam
suceder, aplicadas as regras do art. 77 no caso de Municípios com mais
de duzentos mil eleitores."
"Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da Repúbli-
ca realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro,
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo tur~
no, se houver, do ano anterior ao do ténnino do mandato presidencial
vigente."
"Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e
terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição."
Art. 2!! Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 4 de junho de 1997.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente -
Heráclito Fortes, lQ Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2Q Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, lQ Secretário - Nelson Trad, 2Q Secretário - Efraim Morais, 4Q Se-
cretário.

* Publicada no Diário Qficial. de 5 de junho de 1997.

Emendas Constitucionais
327
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente -
Geraldo Melo, I ~ Vice-Presidente - Ronaldo Cunha Lima, I~ Secretário - Carlos Patro-
cínio, 2~ Secretário - Flaviano Melo, 3~ Secretário - Lucídio Portella, 4.2 Secretário.

Redação Original

Art. 14:
"§ 5~ São inelegíveis para os mesmos cargos, no período subseqüente,
o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído nos
seis meses anteriores ao pleito."
Art. 28:
"Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Esta-
do, para mandato de quatro anos, realizar-se-á noventa dias antes do
término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá no dia l~
de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto
no art. 77."
Art. 29:
"11 - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito até noventa dias antes do
término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;"
Art. 77:
"Art. 77. A eleiç~o do Presidente e do Vice-Presidente da Repúbli-
ca realizar-se-á, simultaneamente, noventa dias antes do término do
mandato presidencial vigente."
Art. 82:
"Art. 82. O mandato do Presidente da República é de cinco anos,
vedada a reeleição para o período subseqüente, e terá início em I ~ de
janeiro do ano seguinte ao da sua eleição."

Constituição da República Federativa do Brasil


328
Emenda Constitucional n!! 17, de 1997*

Altera dispositivos dos arts. 71 e 72 do Ato das


Disposições Constitucionais Transitórias, intro-
duzidos pela Emenda Constitucional de Revisão
n~ 1, de 1994.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 32 do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda: ao texto constitucional:
Art. I! O caput do art. 71 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 71. É instituído, nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995,


bem assim nos períodos de 12 de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997
e 12 de julho de 1997 a 31 de dezembro de 1999, o Fundo Social de
Emergência, com o objetivo de saneamento fmanceiro da Fazenda Pú-
blica Federal e de estabilização econômica, cujos recursos serão apli-
cados priorítariamente no custeio das ações dos sistemas de saúde e
educação, incluindo a complementação de recursos de que trata o § 32
do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, benefI-
cios previdenciários e auxílios assistenciais de prestação continuada,
inclusive liquidação de passivo previdenciário, e despesas orçamentá-
rias associadas a programas de relevante interesse econômico e social."

Art. 2! O inciso V do art. 72 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias .


passa a vigorar com a seguinte redação:

"V - a parcela do produto da arrecadação da contribuição de que trata


a Lei Complementar n~ 7, de 7 de setembro de 1970, devida pelas pessoas
jurídicas a que se refere o inciso III deste artigo, a qual será calculada,
nos exercícios fmanceiros de 1994 a 1995, bem assim nos períodos de
12 de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997 e de 12 de julho de 1997 a
31 de dezembro de 1999, mediante a aplicação da alíquota de setenta e
cinco centésimos por cento, sujeita a alteração por lei ordinária posterior,
sobre a receita bruta operacional, como dcfmida na legislação do imposto
sobre renda e proventos de qualquer natureza;"

Art. 3! A União repassará aos Municípios, do produto da arrecadação do Imposto


sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza, tal como considerado na constituição
dos fundos de que trata o art. 159, I, da Constituição, excluída a parcela referida no
art. 72, I, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, os seguintes percentuais:

>I< Publicada no Diário Oficial. de 25 de novembro de 1997.

Emendas Constitucionais
329
"I - um inteiro e cinqüenta e seis centésimos por cento, no período de
1Qde julho de 1997 a 31 de dezembro de 1997;
11 - um inteiro e oitocentos e setenta e cinco milésimos por cento, no
período de lQ de janeiro de 1998 a 31 de dezembro de 1998;
III - dois inteiros e cinco décimos por cento, no período de 1Qde janeiro
de 1999 a 31 de dezembro de 1999.
Parágrafo único. O repasse dos recursos de que trata este artigo obe-
decerá à mesma periodicidade e aos mesmos critérios de repartição e
normas adotadas no Fundo de Participação dos Municípios, observado
o disposto no art. 160 da Constituição."
Art. 4~ Os efeitos do disposto nos arts. 71 e 72 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, com a redação dada pelos arts. 1Qe 2Q desta Emenda, são
retrOl:ltivos a 1Qde julho de 1997.

"Parágrafo único. As parcelas de recurso destinados ao Fundo de


Estabilização Fiscal e entregues na forma do art. 159, I, da Constitui-
ção, no período compreendido entre lQ de julho de 1 Q97 e a data de
promulgação desta Emenda, serão deduzidos das cotas subseqüentes,
limitada a dedução a um décimo do valor total entregue em cada mês."
Art. 5~ Observado o disposto no artigo anterior, a União aplicará as disposições do
art. 3Qdesta emenda retroativamente a 1Qde julho de 1997.

Art. 6~ Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de novembro de 1997.

A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-


Heráclito Fortes, lQ Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2Q Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, lQ Secretário - Nelson Trad, 2Q Secretário - Paulo Paim, 3QSecre-
tário - Efraim Morais, 4Q Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente -


Geraldo Melo, 1QVice-Presidente -Júnia Marise, 2~ Vice-Presidente - Ronaldo Cunha
Lima, 1QSecretário - Carlos Patrocínio, 2QSecretário - Flaviano Melo, 3QSecretário.

Redação Anterior

Art. 71:
"Art. 71. Fica instituído nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995,
bem assim no período de 1Qde janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997,
o Fundo Social de Emergência, com o objetivo de saneamehto finan-
ceiro da Fazenda Pública Federal e de estabilização econômica, cujos

Constituição da República Federativa do Brasil


330
recursos serão aplicados prioritariamente no custeio das ações dos
sistemas de saúde e de educação, beneficios previdenciários e auxílios
assistenciais de prestação continuada, inclusive de liquidação de passivo
previdenciário e despesas orçamentárias associadas a programas de
relevante interesse econômico e social."
Art. 72:
"V - A parcela do produto da arrecadação da contribuição de que trata
a Lei Complementar n2 7, de 7 de setembro de 1970, devida pelas pessoas
jurídicas a que se refere o inciso III deste artigo, a qual será calculada
nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995, bem assim no período de 12
de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997, mediante a aplicação da
alíquotà de setenta e cinco centésimos por cento, sujeita a alteração por
lei ordinária, sobre a receita bruta operacional, como defmida na legis-
lação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza;"

Emendas Constitucionais
331
Emenda Constitucional n~ 18, de 1998*

Dispõe sobre o regime constitucional dos


militares.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3~ do


Art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1~ O art. 37, inciso XV, da Constituição passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 37. . .
xv - os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis, e a
remuneração observará o que dispõem os arts. 37, XI e XII, 150,11,
153, III e § 2~, I;"

Art. 2~ A Seção II do Capítulo VII do Título III da Constituição passa a denomi-


nar-se "DOS SERVIDORES PÚBLICOS" e a Seção III do Capítulo VII do Título III
da Constituição Federal passa a denominar-se "DOS MILITARES DOS ESTADOS,
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS", dando-se ao art. 42 a seguinte
redação:
"Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombei-
ros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disci-
plina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 1~ Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art.
14, §8 Q; doart: 40; §~3!!; e do art. 1'l2, g § ~ e 1~, cabendo à lei estadual
específica dispor sobre as matérias do art. 142; § 3~, inciso X, sendo as
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos Governadores.
§ 2~ Aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e
a seus pensionistas, aplica-se o disposto no art. 40, §§ 4~ e 5~; e aos
militares do Distrito Federal e dos Territórios, o disposto no art.
40, § 6~."
Art. 3~ O inciso II do § 1~ do art. 61 da Constituição passa a vigorar com as seguin-
tes alterações:
'~Art. 61. . .
§ I~ ..
II - .
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, pro-
vimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

* Publicada no Diário Oficial, de 6 de fevereiro de 1998.

Constituição da República Federativa do Brasil


332
f) militares das Forças Armadas~ seu regime jurídico, provimento de
cargos, promoções, estabilidade,remuneração, reforma e transferência
para a reserva."
Art. 4!! Acrescente-se o seguinte § 3!! ao art. 142 da Constituição:

"Art. 142. . ..
§ 3!! Os membros das Forças Armadas são denominados militares, apli-
cando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes
disposições:
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes,
são conferidas pelo Presidente daRepública e asseguradas em plenitude
aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos
os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o
uso dos uniformes das Forças Armadas;
11 - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público
civil permanente será transferido para a reserva, nos termos da lei;
III - o militar da ativa que, de ac.ordo com a lei, tomar posse em cargo,
emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da
administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente
poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por anti-
güidade, contando-se-lhe o tempo ue serviço apenas para aquela pro-
moção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de
afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos
da lei;
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos
políticos;
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de
caráter permanente, em tempo de paz, ou de tnbunal especial, em tempo
de guerra;
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar à pena privativa
de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado,
será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior;
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7!!, incisos VIII, XII,
XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37,-incisos XI, XIII, XIV e XV;
IX - aplica-se aos militares e a sel1S pensionistas o disposto no art. 40,
§§ 4!!, 5!! e 6!!;
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limítes de
idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para
a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e
outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades
de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compro-
missos internacionais e de guerra."

Art. S!! Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília,5 de fevereiro de 1998.

Emendas Constitucionais
333
A MESA DA'CÂMARA DOS DEPUTADOS: Deputado Michel Temer, Pre-
sidente - Deputado Heráclito Fortes, 12 Vice-Presidente - Deputado Severino
Cavalcanti 22Vice- Presidente - Deputado Ubiratan Aguiar, 12 Secretário - Deputa-
do Nelson Trad, 22 Secretário - Deputado Paulo Paim, 32 Secretário - Deputado
Efraim Morais, 42 Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Senador Antonio Carlos Magalhães, Pre-
sidente - Senador Geraldo Melo, 12 Vice- Presidente - Senadora Júnia Marise, 2a
Vice-Presidente - Senador Ronaldo Cunha Lima, 12 Secretário - Senador Carlos
Patrocínio, 22 Secretário - Senador Flaviano Melo, 32 Secretário - Senador Lucídio
Portella, 42 Secretário.

Redação Anterior

Art. 37:
"XV - os vencimentos dos servidores públicos, civis e militares, são
irredutíveis e a remuneração observará o que dispõem os arts. 37, XI,
XII, 150,11, 153, m, e 153, § 22, I;"
Título 111, Capítulo VII, Seção 11:
"Dos Servidores Públicos Civis"
Título 111, Capítulo VII, Seção 111:
"Dos Servidores Públicos Militares"
Art. 42:
"Art. 42. São servidores militares federais os integrantes das Forças
Armadas e servidores militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal
os integrantes de suas polícias militares e de seus corpos de bombeiros
militares.
§ 12 As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes,
são asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou refor-
mados das Forças Armadas, das polícias militares e dos corpos de
bombeiros militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal,
sendo-lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.
§ 22 As patentes dos oficiais das Forças Armadas são conferidas pelo
Presidente da República, e as dos oficiais das polícias militares e corpos
de bombeiros militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal, pelos
respectivos Governadores.
§ 32 O militar em atividade que aceitar cargo público civil permanente
será transferido para a reserva.
§ 42 O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função pública
temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agre-
gado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa
situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de

Constituição do República Federativo do Brasil


334
serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva,
sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido
para a ínatividade.
§ 5~ Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.
§ 6~ O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a
partidos políticos.
§ 7~ O oficial das Forças Armadas só perderá o posto e a patente se for
julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de
tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal
especial, em tempo de guerra.
§ 8~ O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa
de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado,
será submetido ao julgamento previsto no parágrafo anterior.
§ 9~ A lei disporá sobre os limites de idade, a estabilidade e outras
condições de transferência do servidor militar para a inatividade.
§ 10. Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, e a seus
pensionistas, o disposto no art. 40, §§ 4~ e 5~.
§ 11. Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo o disposto no
art. 7~, VIII, XII, XVII, XVIII e XIX."
Art. 61, § 1!,II:
"c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico,
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e
transferência de militares para a inatividade;"

Emendas Constitucionais
335
-
Emenda Constitucional n~ 19, de 1998*

Modifica o regime e dispõe sobre princípios e


normas de Administração Pública, servidores e
agentes políticos, controle de despesas e finan-
ças públicas e custeio de atividades a cargo do
Distrito Federal, e dá outras providências.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3 2


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam esta emenda ao texto constitucional:

Art. 12 Os incisos XIY e XXII do art. 21 e XXVII do art. 22 da Constituição Fede-


ral passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 21. Comp-ete à União:

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de


bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência
fmanceira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos,
por meio de fundo próprio;

XXII - executar os serviços de polícia maritima, aeroportuária e de


fronteiras;
"
"Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

XXVII - nonnas gerais de licitação e contratação, em todas as modali-


dades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e funda-
cionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o
disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades
de economia mista, nos tennos do art. 173, § 12,111;

Art. 2~ O § 22 do art. 27 e os incisos V e VI do art. 29 da Constituição Federal


passam a vigorar com a seguinte redação, inserindo-se § 22 no art. 28 e renumerando-
se para § 12 o atual p_arágrafo único:

"Art; 27. .. ..
§ 2~ O subsídio dos Deputados Estaduais será fIxado por lei de iniciativa
da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por
cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais,
observado o que dispõem os arts. 39, § 4 2,57, § 72 , 150,11, 153, I1I, e
153, § 22, I.

* Publicada no Diál'ió Qficiai. de5 de junho de 1998.

Constituição da República Federativa do Brasil


336
"Art. 28. .. ..
§ 12 Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função
na administração pública direta ou mdireta, ressalvada a posse em virtude
de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
§ 22 Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários
de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 42, 150,11,153, I1I, e
153, § 22, L"
"Art. 29. .. .
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais
fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 42,150,11,153, I1I, e 153, § 22, I;
VI - subsídio dos Vereadores fixado por lei de iniciativa da Câmara
Municipal, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele
estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais, observado o
que dispõem os arts. 39, § 42, 57, § 72, 150,11, 153, I1I, e 153, § 22, I;
"
Art. 32 O caput, os incisos I, 11, V, VII, X, XI, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XIX e
o § 32 do art. 37 da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação,
acrescendo-se ao artigo os §§ 72 a 92 :

"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei;
11 - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma pre-
vista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão decla-
rado em lei de livre nomeação e exoneração;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preen-
chidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites defmidos
em lei específica;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o


§42 do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei especí-
fica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisiio
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Emendas Constitucionais
337
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos
demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies re-


muneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados para ftns de concessãode-aeréseímos
ulteriores;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV
deste artigo e nos arts. 39, § 4 2, 150,11, 153, III, e 153, § 22, I;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científtco;
c) a de dois cargos privativos de médico;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas publicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público;

XIX - somente por lei específtca poderá ser criada autarquia e autori-
zada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista
e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, defmir
as áreas de sua atuação;

§ 32 A lei disciplinará as formas de participação do usuário na admi-


nistração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral,
asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a
avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
11 - o aceSSQ dos usuários a registros administrativos e a informações
sobre atos de governo, observado o disposto no art. 52, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abu-
sivo de cargo, emprego ou função na administração pública.

§ 72 A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de


cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o
acesso a informações privilegiadas.
§ 82 A autonomia gerencial, orçamentária e fmanceira dos órgãos e
entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada medi-

Constituição da República Federativa do Brasil


338
ante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público,
que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão
ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obri-
gações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
§ 9~ O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às socie-
dades de economia mista e suas subsidiárias, que receberem recursos
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral."
Art. 4~ O caput do art. 38 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte
redação.

"Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes
disposições:

Art. 5~ O art. 39 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ins-


tituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal,
integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
§ l~ A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes
do sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 2~ A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de
governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos,
constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios
ou contratos entre os entes federados.
§ 3~ Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no
art. 7~, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir.
§ 4~ O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros
de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acrés-
cimo de qualquer gratiftcação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer
caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§ 5~ Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.
37, XI.

Emendas Constitucionais
339
§ 6Q OS Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anual-
mente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos
públicos.
§ 7Q Lei ela União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da eco-
nomia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação,
para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e pro-
dutividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelha-
mento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de
adicional ou prêmio de produtividade.
§ 8Q A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira
poderá ser fixada nos termos do § 4Q."
Art. 6 Q O art. 41 da Constituição Federa! passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
§ lQ O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
11- mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,
na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2Q Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, recon-
duzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional
ao tempo de serviço.
§ 3Q Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4Q Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
fmalidade. "
Art. 7~ O art. 48 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido do seguinte
inciso XV:

"Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente


da República, não exigida esta para0 especificado nos arts. 49, 51 e 52,
dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente
sobre:

XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,


por lei de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara
dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal,
observado o que dispõem os arts. 39, § 4Q, 150,11,153, In, e 153, § 2Q, I."
Art. 8~ Os incisos VII e VIII do art. 49 da Constituição Federal passam a vigorar
com a seguinte redação:

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


340
"Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senado-


res, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 42,150,11,153, III,
e 153, § 22, I;
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da Repú-
blica e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37,
XI, 39, § 42, 150,11, 153, III, e 153, § 22, I;

Art. 92 O inciso IV do art. 51 da Constituição Federal passa a vigorar com a se-


guinte redação:

"Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,


transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus
serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamen-
tárias;

Art. 10. O inciso XIII do art. 52 da Constituição Federal passa a vigorar com a
seguinte redação:

"Art~ 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,


transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus
serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamen-
tárias;

Art. n. O § 72 do art. 57 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte


redação:
"Art. ·57. . .
§ 72 Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente
deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, vedado o paga-
mento de parcela indenizatória em valor superior ao do subsídio mensal."

Art. 12. O parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal passa a vigorar com
a seguinte redação:
"Art. 70. . ..
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária."

Emendas Constitucionais
341
Art. 13. O inciso V do art. 93, o inciso m do art. 95 e a alínea b do inciso 11 do art.
96 da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 93. . ..
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a
noventa e cinco por cento do subsídio mensal fIxado para os Ministros
do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados
serão fIxados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo
a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a
cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio
mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer
caso, o disposto nos arts. 37,:XI, e 39, § 4~;

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

I1I- irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X


e XI, 39, § 4~, 150,11, 153, m, e 153, § 2~, I.
Art. 96. Compete privativamente:

11- ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos


Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado
o disposto no art. 169:

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços


auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fIxação
do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais infe-
riores, onde houver, ressalvado o disposto no art. 48, XV;
"
Art. 14. O § 2~ do art. 127 da Constituição Federal passa a vigorar com-a seguinte
redação:

"Art. 127. . ..
§ 2~ Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e admi-
nistrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a
política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua
organização e funcionamento.
"
Art. 15. A alínea c do inciso I do § 5~ do art. 128 da Constituição Federal passa a
vigorar com a seguinte redação:

"Art. 128. . .
§ 5~ Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é
facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organi-
zação, as atribuições e o estatuto de cada Ministério -Público, observadas,
relativamente a seus membros:

Constituição da República Federativa do Brasil


342
I - as seguintes garantias:

c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4~, e


ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150,11, 153, m, 153, § 2~, I;
"
Art. 16. A Seção 11 do Capítulo IV do Título IV da Constituição Federal passa a
denominar-se "DA ADVOCACIA PúBLICA".
Art. 17. O art. 132 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, orga-


nizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a
consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.
Parágrafo único. .Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada
estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de
desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado
das corregedorias."

Art. 18. O art. 135 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Se-


ções 11 e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4~."
Art. 19. O § 1~ e seu inciso m e os §§ 2~ e 3~ do art. 144 da Constituição Federal
passam a vigorar com a seguinte redação, inserindo-se no artigo § 9~:

"Art. 144. .. ' .


§ 1~ A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, orga-
nizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:

111 - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de


fronteiras;

§ 2~ A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e man-


tido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei,
ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
§ 3~ A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e
mantido peia União e estruturado em carreira, destina-se, na forma
da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

§ 9~ A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos


relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4~ do art. 39."

Art. 20. O caput do art. 167 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido de
inciso X, com a seguinte redação:

Emendas Constitucionais
343
"Art. 167. São vedados:

x - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,


inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais
e suas instituições fmanceiras, para pagamento de despesas com pessoal
ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

Art. 21. O art. 169 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os
limites estabelecidos em lei complementar.
§ I Q A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras,
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive funda-
ções instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2Q Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida nes-
te artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediata-
mente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os
referidos limites.
§ 3Q Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo,
durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes
providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos
em comissão e funções de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4Q Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem
suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei com-
plementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo,
desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique
a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal.
§ 5Q O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará
jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de
serviço.
§ 6Q O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprçgo ou função
com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
§ 7 Q Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na
efetivação do disposto no § 4Q."

- ,.--- ._---------=----~-=-----:-;-;------=~--~--=---;
Constituição da República Federativa do Brasil
344
Art. 22. O § 1~ do art. 173 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte
redação:

"Art. 173. . .
§ 1~ A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da socie-
dade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de
serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela socie-
dade;
11 - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclu-
sive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações,
observados os princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração
e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos
administradores.

Art. 23. O inciso V do art. 206 da Constituição Federal passa a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princí-
pios:

V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da


lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial pro-
fissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos;

Art. 24. O art. 241 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de
cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de
serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transfe-
ridos."

Art. 25. Até a instituição do fundo a que se refere o inciso XIV do art. 21 da Cons-
tituição Federal, compete à União manter os atuais compromissos financeiros com a
prestação de serviços públicos do Distrito Federal.
Art. 26. No prazo de dois anos da promulgação desta Emenda, as entidades da
administração indireta terão seus estatutos revistos quanto à respectiva naturezajurí-
dica, tendo em conta a fmalidade e as competências efetivamente executadas.

Emendas Constitucionais
345
Art. 27. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação desta
Emenda, elaborará lei de defesa do usuário de serviços públicos.
Art. 28. É assegurado o prazo de dois anos de efetivo exercício para aquisição da
estabilidade aos atuais servidores em estágio probatório, sem prejuízo da avaliação a
que se refere o § 42 do art. 41 da Constituição Federal.
Art. 29. Os subsídios, vencimentos, remuneração, proventos da aposentadoria e
pensões e quaisquer outras espécies remuneratórias adequar-se-ão, a partir da
promulgação desta Emenda, aos limites decorrentes da Constituição Federal, não se
admitindo a percepção de excesso a qualquer título.
Art. 30. O projeto de lei complementar a que se refere o art. 163 da Constituição
Federal será apresentado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional no prazo
máximo de cento e oitenta dias da promulgação desta Emenda.
Art. 31. Os servidores públicos federais da administração direta e indireta, os ser-
vidores municipais e os integrantes da carreira policial militar dos ex-Territórios
Federais do Amapá e de Roraima, que comprovadamente encontravam-se no exercí-
cio regular de suas funções prestando serviços àqueles ex-Territórios na data em que
foram transformados em Estados; os policiais militares que renham sido admitkbs
por força de lei federal, custeados pela União; e, ainda, os servidores civis nesses
Estados com vínculo funcional já reconhecido pela União, constituirão quadro em
extinção da administração federal, assegurados os direitos e vantagens inerentes aos
seus servidores, vedado o pagamento, a qualquer título, de diferenças remuneratórias.
§ 12 Os servidores da carreira policial militar continuarão prestando serviços aos
respectivos Estados, na condição de cedidos, submetidos às disposições legais e regu-
lamentares a que estão sujeitas as corporações das respectivas Polícias Militares,
observadas as atribuições de função compatíveis com seu grau hierárquico.
§ 22 Os servidores civis continuarão prestando serviços aos respectivos Estados,
na condição de cedidos, até seu aproveitamento em órgão da administração federal.
Art. 32. A Constituição F~deral passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:

"Art. 247. As leis previstas no inciso III do § 12 do art. 41 e no § 72


do art. 169 estabelecerão critérios e garantias especiais para a perda do
cargo pelo servidor público estável que, em decorrência das atribuições
de seu cargo efetivo, desenvolva atividades exclusivas de Estado.
Parágrafo único. Na hipótese de :msuficiência de desempenho, a perda
do cargo somente ocorrerá mediante processo administrativo em que
lhe sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa."
Art. 33. Consideram-se servidores não estáveis, para os fins do art. 169, § 3 2,11, da
Constituição Federal aqueles admitidos na administração direta, autárquica e funda-
cional sem concurso público de provas ou de provas e títulos após o dia 5 de outubro
de 1983.
Art. 34. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua promulgação.

Brasília, 4 de junho de 1998.

Constituição da República F.~derativa do Brasil


346
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente - He-
ráclito Fortes, 12 Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 22 Vice-Presidente - Ubiratan
Aguiar, 12 Secretário - Nelson Trad, 22Secretário - Paulo Paim, 32 Secretário - Efraim
Morais, 42 Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-


Geraldo Melo, 12 Vice-Presidente -Júnia Marise, 2~ Vice-Presidente - Ronaldo Cu-
nha Lima, 12 Secretário- Carlos Patrocínio, 22Secretário - Flaviano Melo, 32Secre-
tário - Lucídio Portella, 42 Secretário.

Redação Anterior

Art. 21:
"XIV - organizar e manter a polícia federal, a polícia rodoviária e a
ferroviária federais, bem como a polícia civil, a polícia militar e o corpo
de bombeiros militar do Distrito Federal e dos Territórios;"
"XXII - executar os serviços de polícia marítima, aérea e de frontei-
ra;"
Art. 22:
"XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as moda-
lidades, para a administração pública, direta e indireta, incluídas as fun-
dações instituídas e mantidas pelo Poder Público, nas diversas esferas
de governo, e empresas sob seu controle;"
Art. 27:
"§ 22 A remuneração dos Deputados :gstaduais será fixada em cada
legislatura, para a subseqüente, pela Assembléia Legislativa, observado
o que dispõem os arts. 150,11, 153, I1I, e 153, § 22,1."
Art. 29:
"V - remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores fixada
pela Câmara Municipal em cada legislatura, para a subseqüente, obser-
vado o que dispõem os arts. 37, XI, 150,11,153, I1I, e 153, § 22, I;
VI - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos
no exercício do mandato e na circunscrição do Município;"
Art. 37:
"Art. 37. A administração pública direta, indireta ou fundacional,
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalida-
de, moralidade, publicidade e, também, ao seguinte: .
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros
que preencham os requisitos estabelecidos em. lei;
11 - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomea-
ção e exoneração;"

Emendas Constitucionais
347
"V-os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos,
preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica
ou profissional, nos casos e condições previstos em lei;"
"VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites defmidos
em lei complementar;"
"X - a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem
distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, far-se-á
sempre na mesma data;
XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e
a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites
máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos
como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do
Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros de Supremo Tri-
bunal Federal e seus correspondentes nos Estados, no Distrito Federal
e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores percebidos como
remuneração, em espécie, pelo Prefeito;"
"XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o
disposto no inciso anterior e no art. 39, § l~;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento;
XV - os vencimentos dos servidores públicos, civis e militares, são ir-
redutíveis, e a remuneração observará o que dispõem os arts. 37, XI,
XII, 150,11, 153, III e 153, § 2~, I;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos privativos de médico;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista
e fundações mantidas pelo Poder Público;"
"XIX - somente por lei específica poderão ser criadas empresa públi-
ca, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública;"
"§ 3~ As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão
disciplinadas em lei."
Art. 38:
"Art. 38. Ao servidor ptiblico em exercício de mandato eletivo apli-
cam-se as seguintes disposições:"
Art. 39:
"Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos
de carreira para os servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas.
§ 1~ A lei assegurará, aos servidores da administração direta, isonomia
de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do
mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e

Constituição da República Federativa do Brasil


348
Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas
à natureza ou ao local de trabalho.
§ 2~ Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7~, IV, VI, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e
XXX."
Art. 41:
"Art. 41. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servi-
dores nomeados em virtude de concurso público.
§ 1~ O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sen-
tença judicial transitada em julgado ou mediante processo administra-
tivo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
§ 2~ Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade.
§ 3~ Extihto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável
ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo."
Art. 49:
"VII - fixar idêntica remuneração para os Deputados Federais e os Se-
nadores, em cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dis-
põem os arts. 150,11, 153, I1I, e 153, § 2~, I;
VIII - fixar para cada exercício fmanceiro a remuneração do Presidente
e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado
o que dispõem os arts. 150,11, 153, I1I, e 153, § 2~, I;"
Art. 51:
"IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus
serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâme-
tros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;"
Art. 52:
"XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus ser-
viços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;"
Art. 57:
"§ 7~ Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional
somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado."
Art. 70:
"Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa fisica ou entidade
pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em
nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária."
Art. 93:
"V - os vencimentos dos magistrados serão fixados com diferença não
superior a dez por cento de uma para outra das categorias da carreira,

Emendas Constitucioncis 349


não podendo, a título nenhum, exceder os dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal;"
Art. 95:
"Ill - irredutibilidade de vencimentos, obs~ado, quanto à remuneração,
o que dispõem os arts. 37, XI, 150,11, 153, Ill, e 153, § 22, L"
Art. 96,11:
"b) a criação e a extinção de cargos e a ftxação de vencimentos de seus
membros, dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver,
dos serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados;"
Art. 127:
"§ 22 Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e ad-
ministrativa, podendo, obs~ado o disposto no art. 169, propor ao Poder
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
prO\~etido-os por concurSo público de provas e de provas e títulos; a lei
disporá sobre sua organização e funcionamento."
Art. 128, §S!, I:
"c) irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração,
o que dispõem os arts. TI, XI, 150,11, 153, m, 153, § 22, I;"
Título IV, Capítulo IV, Seção 11:
.'Da Advocacia-Geral da União"
Art. l32:
"Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal
exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das
respectivas unidades federadas, organizados em carreira, na qual o
ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, obser-
vadó Qdisposto no art. 135."
Art. 135:
"Art. 135. Às carreiras disciplinadas neste Título aplicam-se o
princípio do art. 37, XII, e o art. 39, § 12."
Art. 144:
"§ 12.A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estru-
turado em carreira, destina-se a:

III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras;

§ 22 -A polícia rodoviária federal, órgão permanente, estruturado em


carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
rodovias federais.
§ 32 A polícia ferroviária federal, órgão permanente, estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais."
Art. 169:
"Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os
limites estabelecidos em lei complementar.

350 Constituição da República Federativa do Brasil


Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras,
bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações ins-
tituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
11 - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamen-
tárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de econo-
mia mista."
Art. 173:
"§ lQ A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras enti-
dades que explorem atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico
próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações traba-
lhistas e tributárias."
Art. 206:
"V - valorização dos profissionais do ensino, garantido, na forma da
lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial
profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas
e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições
mantidas pela União;"
Art. 241:
"Art. 241. Aos delegados de polícia de carreira aplica-se o princípio
do art. 39, § lQ, correspondente às carreiras disciplinadas no art. 135
desta Constituição."

Emendas Constitucionais 351


Emenda Constitucional n!! 20, de 1998*

Modifica o sistema de previdência social, estabe-


lece normas de transição e dá outras providências.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3~ do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1~ A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações:


"Art. 7~ ..
XII- salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de
baixa renda nos tennos da lei;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a


menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

"Art. 37. .. ..
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de
cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na fonna desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração."
"Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias
e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo,
observados critérios que preservem o equilíbriofinanceiro e atuarial e
o disposto neste artigo.
§ 1~ Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata
este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos
valores fixados na fonna do § 3~:
I - por invalidez pennanente, sendo os proventos proporcionais ao tem-
po de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, mo-
léstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especifi-
cada em lei;
11 - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos propor-
cionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos
de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo
em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

* Publicada no Diário Oficial. de 16 de dezembro de 1998.

352 Constituição da República Federativa do Brasil


a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e
cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade,
se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 2~ Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua
concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor,
no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
rência para a concessão da pensão.
§ 3~ Os proventos da aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em
que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totali-
dade da remuneração.
§ 4~ É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata
este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente
sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade fisica,
definidos em lei complementar.
§ 5~ Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos
em cinco anos, em relação ao disposto no § l~, 111, a, para o professor
que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§ 6~ Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma
aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.
§ 7~ Lei disporá sobre a concessão do beneficio da pensão por morte,
que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor
dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu
falecimento, observado o disposto no § 3~.
§ 8~ Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de aposentadoria
e pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre
que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo
também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer bene-
ficios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em ativi-
dade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassifica-
ção do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão, na forma da lei.
§ 9~ O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será con-
tado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente
para efeito de disponibilidade.
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de
tempo de contribuição fictício.
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos
de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos
ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contri-
buição para o regime geral de previdência social, e ao montante resul-
tante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

Emendas Constitucionais
353
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos ser-
vidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os
requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro
cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de
previdência social.
§ 14. A União, Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde
que instituam regime de previdência complementar para os seus
respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o
valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de
que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
§ 15. Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá so-
bre as nonnas gerais para a instituição de regime de previdência com-
plementar pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para aten-
der aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos
§§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no
serviço público até a data da publicação do ato de instituição do
correspondente regime de previdência complementar."
"Art. 42. . .
§ lQ Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art.
14, § 8Q; do art. 40, § 9Q; e do art. 142, §§ 2Q e 3Q, cabendo a lei estadual
específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3Q, inciso X, sendo as
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
§ 2Q Aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e
a seus pensionistas, aplica-se o disposto no art. 40, §§ 7Q e 8Q."
"Art. 73. . .
§ 3Q OS Ministros do Tribunal de Contas -da Uniã<' terão as mesmas
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos
Ministros do Superior Trib.unal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à
aposentadoria e pensão, as nonnas constantes do art. 40.

"Art. 93. . .
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes
.:>bservarão o dispost,? no art. 40;

"Art. 100. . .
§ 3Q O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de
precatórios, não se aplica aos pagamentos de obrigações defmidas em
lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal
deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado."
"Art. 114. . .
§ 3Q Compete ainda à Justiça do Trabalho executar, de ofício, as con-
tribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e 11, e seus acréscimos
legais, decorrentes das sentenças que proferir."

Constituição da República Federativa do Brasil


354
"Art. 142.
§ 3~ ..
IX - aplica-se aos militares e a seus pensionistas o disposto no art. 40,
§§ 7~ e 8~;

"Art. 167. . ..
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais
de que trata o art. 195, I, a, e 11, para a realização de despesas distintas
do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de
que trata o art. 201.

"Art. 194. . ..
Parágrafo único. . .
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empre-
gadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados."
"Art. 195. . .
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma
da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou credi-
tados, a qualquer título, à pessoa fisica que lhe preste serviço, mesmo
sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
11 - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo
regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

§ 8~ O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador


artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas ativi-
dades-em regime de economIa familiar, sem empregados permanentes,
contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alí-
quota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos
beneficios nos termos da lei.
§ 9~ As contribuições sociais previstas no inyiso I deste artigo poderão
ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade
econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra.
§ la. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o
sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
§ 11. E vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições
sociais de que tratam os incisos I, a, e 11 deste artigo, para débitos em
montante superior ao fixado em lei complementar."
"Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regi-
me geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá,
nos termos da lei, a:

Emendas Constitucionais
355
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
11 - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segu-
rados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
comp~eiro e dependentes, ol)servado o disposto no § 2 2•
§ 12 E vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previ-
dência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condi-
ções especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos
em lei complementar.
§ 22 Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o
rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário
mínimo.
§ 32 Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de
benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei.
§ 42 É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes,
em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.
§ 52 É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qua-
lidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio
de previdência.
§ 62 A gratificação natalína dos aposentados e pensionistas terá por
base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.
§ 72 É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência so-
cial, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de con-
tribuição, se mulher;
11 - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de ida-
de, se mulher, reduzido em cinco anos o limite paraos-trabalhadores
rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em
regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o ga-
rimpeiro e o pescador artesanal.
§ 82 Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão
reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusiva-
mente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio.
§·92 Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca
do tempo de contribuição na administração pública e na atividade pri-
vada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência
social se compensarão fmanceiramente, segundo critérios estabelecidos
em lei.
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a
ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social
e pelo setor privado.
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão in-
corporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e con-
seqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei."

Constituição da República Federativa do Brasil


356
"Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar
e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdên-
cia social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garan-
tam o beneficio contratado, e regulado por lei complementar.
§ 12 A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao partici-
pante de planos de benefícios de entidades de previdência privàda o
pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos.
§ 22 As contribuições do empregador, os beneficios e as condições
contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios
das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho
dos participantes, assim como, à exceção dos beneficios concedidos,
não i~tegram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. .
§ 32 E vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras
entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual,
em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do
segurado.
§ 42 Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados,
Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações,
sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indire-
tamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdên-
cia privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada.
§ 52 A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á,
no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias
de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades
fechadas de previdência privada.
§ 62 A lei complementar a que se refere o § 42 deste artigo estabelecerá
os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades
fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos partici-
pantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses
sejam objeto de discussão e deliberação."
Art. 22 A Constituição Federal, nas Disposições Constitucionais Gerais, é acresci-
da dos seguintes artigos: .

"Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão


responsável pelo regime geral de previdência social, ainda que à conta
do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite máximo de valor fixa-
do para os beneficios concedidos por esse regime observarão os limites
fixados no art. 37, XI.
Art. 249. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento
de proventos de aposentadoria e pensões concedidas aos respectivos
servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos
tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribui-
ções e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que
disporá sobre a natureza e a administração desses fundos.

Emendas Constitucionais
357
Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento
dos beneficios concedidos pelo regime geral de previdência social, em
adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fun-
do integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante
lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo."
Art. 3~ É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos
servidores públicos e aos segurados do regime geral de previdência social, bem como
aos seus dependentes, que, até a data da publicação desta Emenda, tenham cumprido
os requisitos para a obtenção destes beneficios, com base nos critérios da legislação
então vigente.
§ 1~ O servidor de que trata este artigo, qúe tenha completado as exigências para
aposentadoria integral e que opte por permanecer em atividade fàrá jus à isenção da
contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria contidas
no art. 40, § lQ, m, a, da Constituição Federal.
§ 2Q OS proventos da aposentadoria a ser concedida aos servidores públicos refe-
ridos no caput, em termos integrais ou proporcionais ao tempo de serviço já exercido
até a data de publicação desta Emenda, bem como as pensões de seus dependentes,
serão calculados de acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidas
as prescrições nela estabelecidas para a concessão destes beneficios ou nas condições
da legislação vigente.
§ 3Q São mantidos todos os direitos e garantias assegurados nas disposições consti-
tucionais vigentes à data de publicação desta Emenda aos servidores e militares, ina-
tivos e pensionistas, aos anistiados e aos ex-combatentes, assim como àqueles que já
cumpriram, até aquela data, os requisitos para usufruirem tais direitos, observado o
disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal.
Art. 4~ ObserVado o disposto no art. 40, § 10, da Constituição Federal, o tempo de
serviço considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido
até que a lei discipline a matéria, será contado como tempo de contribuição.
Art. 5~ O disposto no art. 202, § 3~, da Constituição Federal, quanto à exigência de
paridade entre a contribuição da patrocinadora e a contribuição do segurado, terá vigên-
cia no prazo de dois anos a partir da publicação desta Emenda, ou, caso ocorra antes, na
data de publicação da lei complementar a que se refere o § 4Q do mesmo artigo.
Art. 6~ As entidades fechadas de previdência privada patrocinadas por entidades
públicas, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, deverão rever,
no prazo de dois anos, ~ contar da publicação desta Emenda, seus planos de beneficios
e serviços, de modo a ajustá-los atuarialmente a seus ativos, sob pena de intervenção,
sendo seus dirigentes e os de suas respectivas patrocinadoras responsáveis civil e
criminalmente pelo descumprimento do disposto neste artigo.
Art. 7~ Os projetos das leis complementares previstas no art. 202 da Constituição
Federal deverão ser apresentados ao Congresso Nacional no prazo máximo de noventa
dias após a publicação desta Emenda.
Art. 8~ Observado o disposto no art. 4Qdesta Emenda e ressalvado o direito de
opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas, é assegurado o direito à
aposentadoria voluntária com proventos calculados de acordo com o art. 40, § 3Q, da

Constituição da República Federativa do Brasil


358
Constituição Federal, àquele que tenha ingressado regulannente em cargo efetivo na
Administração Pública, direta, autárquica e fundacional, até a data de publicação
desta Emenda, quando o servidor, cumulativamente:
I - tiver cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de
idade, se mulher;
11 - tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a
aposentadoria;
m - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta e 'cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do
tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o
limite de tempo constante da alínea anterior.
§ I ~ O servidor de que trata este artigo, desde que atendido o disposto em seus
incisos I e 11, e observado o disposto no art. 4~ desta Emenda, pode aposentar-se com
proventos proporcionais ao tempo de: contribuição, quando atendidas as seguintes
condições:
I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do
tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o
limite de tempo constante da alínea anterior;
11 - os proventos da aposentadoria proporcional serão equivalentes a setenta
por cento do valor máximo que o servidor poderia obter de acordo com o caput,
acrescido de cinco por cento por ano de contribuição que supere a soma a que se
refereo inciso anteríor, até o limite de cem por cento.
§ 2~ Aplica-se ao magistrado e ao membro do Ministério Público e de Tribunal de
Contas o disposto neste artigo.
§ 3~ Na aplicação do ctisposto no parágrafo anterior, o magistrado ou o membro do
Ministério Público ou de Tribunal de Contas, se homem, terá o tempo de serviço exerci-
do até a publicação desta Emenda contado com o acréscimo de dezessete por cento.
§ 4~ O professor, servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios, incluídas suas autarquias e fundações, que, até a data da publicação desta
Emenda, tenha ingressado, regulannente, em cargo efetivo de magistério e que opte
por aposentar-se na forma do disposto no caput, terá o tempo de serviço exercido até
a publicação desta Emenda contado com o acréscimo de dezessete por cento, se homem,
e de vinte por cento, se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de
efetivo ex~rcício nas funções de magistério.
§ 5~ O servidor de que trata este artigo, que, após completar as exigências para
aposentadoria estabelecidas no caput, permanecer em atividade, fará jus à isenção da
contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria contidas
no art. 40, § l~, m, a, da Constituição Federal.

Art. 9~ Observado o disposto no art. 4~ desta Emenda e ressalvado o direito de


opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas para o regime geral de pre-
vidência social, é assegurado o direito à aposentadoria ao segurado que se tenha fili-
ado ao regime geral de previdência social, até a data de publicação desta Emenda,
quando, cumulativamente, atender aos seguintes requisitos:

Emendas Constitucionais
359
I - contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito
anos de idade, se mulher; e
11 - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do
tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o
limite de tempo constante da alínea anterior.
§ 1Q O segurado de que trata este artigo, desde que atendido o disposto no inciso I do
caput, e observado o disposto no art. 4Q desta Emenda, pode aposentar-se com valores
proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes condições:
I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do
tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o
limite de tempo constante da alínea anteríor;
11 - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a setenta por cento
do valor da aposentadoria a que se refere o caput, acrescido de cinco por cento por
ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de
cem por cento.
§ 2Q O professor que, até a data da publicação desta Emenda, tenha exercido
atividade de magistério e que opte por aposentar-se na forma do disposto no caput,
terá o tempo de serviço exercido até a publicação desta Emenda contado com o acrés-
cimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, desde que se
aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício de atividade de magistério.
Art. 10. O regime de previdência complementar de que trata o art. 40, §§ 14, 15 e
16, da Constituição Federal, somente poderá ser instituído após a publicação da lei
complementar prevista no § 15 do mesmo artigo.
Art. 11. A vedação prevista no art. 37, § 10, da Constituição Federal, não se aplica
aos membros de poder e aos inativos, servidores e militares, que, até a publicação
desta Emenda, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público
de provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição
Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo regime
de previdência a que se refere o art. 40 da Constituição Federal, aplicando-se-lhes, em
qualquer hipótese, o limite de que trata o § 11 deste mesmo artigo.

Art. 12. Até que produzam efeitos as leis que irão dispor sobre as contribuições de
que trata o art. 195 da Constituição Federal, são exigíveis as estabelecidas em lei,
destinadas ao custeio da seguridade social e dos diversos regimes previdenciários.
Art. 13. Até que a lei discipline o acesso ao salário-família e auxílio-reclusão para
os servidores, segurados e seus dependentes, esses beneficios serão concedidos ape-
nas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e
sessenta reais), que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices
aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social.

Art. 14. O limite máximo para o valor dos beneficios do regime geral de previ-
dência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal é fixado em R$ 1.200,00

Constituição da República Federativa do Brasil


360
(um mil de duzentos reais), devendo, a partir da data da publicação desta Emenda, ser
reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, seu valor real, atualizado
pelos mesmos índices aplicados aos beneficios do regime geral de previdência social.

Art. 15. Até que a lei complementar a que se refere o art. 201, § 12, da Constituição
Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos arts. 57 e 58 da Lei n 2
8.213, de 24 de julho de 1991 ,_na redação vigente à data da publicação desta Emenda.
Art. 16. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 17. Revoga-se o inciso 11 do § 22 do art. 153 da Constituição Federal.


Brasília, 15 de dezembro de 1998.

A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-


Heráclito Fortes, 12 Vice-Presidente-:;: Severino Cavalcanti, 22 Vice-Presidente- Ubi-
ratan Aguiar, 12 Secretário - Nelson Trad, 22 Secretário - Paulo Paim, 3 2 Secretário
- Efraim Morais, 42 Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-
Geraldo Melo, 12 Vice-Presidente -Júnia Marise, 2~ Vice-Presidente - Ronaldo Cu-
nha Lima, 12 Secretáiio - Carlos Patrocínio, 22 Secretário - Flaviano Melo, 32Secre-
tário - Lucídio Portella, 42 Secretário.

Redação Anterior

"XII - salário-família para os seus dependentes;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos


menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos,
salvo na condição de aprendiz;"

Art. 40:
"Art. 40. O servidor será aposentado:
I - por invalidez permanente, sendo OH proventos integrais quando
decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença
grave, contágiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais
nos demais casos;
11 - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos propor-
cionais ao tempo de serviço;
III - voluntariamente: .
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher,
com proventos integrais; . .
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se
professor, ç vinte e cinco, se professora, com proventos integrais;

Emendas Constitucionais
361
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vi.nte e cincQ, se mulher,
com proventos proporcionais a esse tempo; .
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se
mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
§ 12 Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no
inciso m, a e c, no caso de exercício de atividades consideradas peno-
sas, insalubres ou perigosas.
§ 22 A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos tem-
porários.
§ 32 O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será
computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e de dispo-
nibilidade.
§ 4 2 Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma propor-
ção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos
servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer
beneficios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em
atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassIficação
do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.
§ 52 O beneficio da pensão por morte corresponderá à totalidade dos
vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido
em lei, observado o disposto no parágrafo anterior.
§ 62 As aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão
custeadas com recursos provenientes da União e das contribuições dos
servidores, na forma da lei."

Art. 42:
"§ 12 Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art.
14, § 82; do art. 40, § 32; e do art. 142, §§ 22 e 32, cabendo à lei estadual
específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 32, inciso X, sendo as
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos Governadores.
§ 22 Aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e a
seus pensionistas, aplica-se o disposto no art. 40, §§ 42 e 52; e aos militares
do Distrito Federal e dos Territórios, o disposto no art. 40, § 62."
Art. 73:
"§ 32 Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos
Ministros do Superior Tribunal de Justiça e somente poderão aposen-
tar-se com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetiva-
mente por mais de cinco anos."
Art. 93:
"VI - a aposentadoria com proventos integrais é compulsória por inva-
lidez ou aos setenta anos de idade, e facultativa aos trinta anos de serviço,
após cinco anos de exercício efetivo na judicatura;"
Art. 142, § 3~:
"IX - aplica-se aos militares e a seus pensionistas o disposto no art. 40,
§§ 42, 52 e 62."

Constituição da República Federativa do Brasil


'362
Art. 153, § 2!!:
"11 - não incidirá, nos termos e limites fixados em lei, sobre rendimentos
provenientes de aposentadoria e pensão, pagos pela previdência social
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a pessoa
com idade superior a sessenta e cinco anos, cuja renda total seja cons-
tituída, exclusivamente, de rendimentos do trabalho."

Art. 194, Parágrafo único:


"VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa,
com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, em-
presários e aposentados."

Art. 195:
"I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o fatura-
mento e os lucros;
11 - dos trabalhadores;"
"§ 8!! O produtor, o parceiro. o meeiro e o arrendatário rurais, o garim-
peiro e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que
exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empre-
gados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da
produção e farão jus aos beneficios nos termos da lei."

Art. 201:
"Art. 201. Os planos de previdência social, mediante contribuição, aten-
derão, nos termos da lei, a:
I .,.. cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte, incluídos os
resultantes de acidentes do trabalho, velhice e reclusão;
11 - ajuda à manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda;
III - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
IV - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
V - pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes, obedecido o disposto no § 5!! e no art. 202.
~ I!! Qualquer pessoa poderá participar dos beneficios da previdência
social, mediante contribuição na forma dos planos previdenciários.
§ 2!! É assegurado o reajustamento dos beneficios para preservar-lhes,
em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em
lei:
§ 3!! Todos os salários de contribuição considerados no cálculo de
beneficio serão corrigidos monetariamente.
§ 4!! Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incor-
porados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conse-
qüente repercussão em beneficios, nos casos e na forma da lei.
§ 5!! Nenhum beneficio que substitua o salário de contribuição ou o
rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário
mínimo.
§ 6!! A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por
base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.

Emendas Constitucionais
363
§ 7~ A previdência social manterá seguro coletivo, de caráter comple-
mentar e facultativo, custeado por contribuições adicionais.
§ 8~ É vedado subvenção ou auxílio do poder público às entidades de
previdência privada com fins lucrativos.
Art. 202:
"Art. 202. É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, calculando-
se o benefício sobre a média dos trinta e seis últimos salários de contri-
buição, corrigidos monetariamente mês a mês, e comprovada a regula-
ridade dos reajustes dos salários de contribuição de modo a preservar
seus valores reais e obedecidas as seguintes condições:
I - aos sessenta e cinco anos de idade, para o homem, e aos sessenta,
para a mulher, reduzido em cinco anos o limite de idade para os traba-
lhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades
em regime de economia familiar, neste incluídos o produtor rural, o
garimpeiro e o pescador artesanal;
11 -- após trinta e cinco anos de trabalho, ao homem, e, após trinta, à
mulher, ou em tempo inferior, se sujeitos a trabalho sob condições es-
peciais,(fUe-prejudiquem-asaúde-Ou-a-integridade física, definidas em
lei;
III - após trinta anos, ao professor, e após vinte e cinco, à professora,
por ef~tivo exercício de função de magistério.
§ 1~ E facultada aposentadoria proporcional, após trinta anos de
trabalho, ao homem, e após vinte e cinco, à mulher.
§ 2~ Para efeito de aposentadoria, é assegurada a cOJ:ltagem recíproca
do tempo de contribuição na administração pública e na atividade
privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos sistemas de previ-
dência social se compensarão fmanceiramente, segundo critérios esta-
belecidos em lei."

364 Constituição da Repvblica Federativa do Brasil


Emenda Constitucional n!! 21, de 1999*

Prorroga, alterando a alíquota, a contribuição


provisória sobre movimentação ou transmissão
de valores e de créditos e de direitos de natureza
financeira, a que se refere o art. 74 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3Qdo


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art.l~ Fica incluído o art. 75 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
com a seguinte redação:

"Art. 75. É prorrogada, por trinta e seis meses, a cobrança da contri-


buição provisória sobre movimentação ou transmissão de valores e de
créditos e direitos de natureza financeira de que trata o art. 74, institu-
ída pela Lei nQ9.311, de 24 de outubro de 1996, modificada pela Lei nQ
9.539, de 12 de dezembro de 1997, cuja vigência é também prorrogada
por idêntico prazo.
§ lQ Observado o disposto no § 6~ do art. 195 da Constituição Federal,
a alíquota da contribuição será de trinta e oito centésimos por cento,
nos primeiros doze meses, e de trinta centésimos, nos meses subse-
qüentes, facultado ao Poder Executivo reduzi-la total ou parcialmente,
nos limites aqui definidos.
§ 2Q O resultado do aumento da arrecadação, decorrente da alteração
da alíquota, nos exercícios financeiros de 1999, 2000 e 2001, será des-
tinado ao custeio da previdência social.
§ 3Q É a União autorizada a emitir títulos da dívida pública interna,
cujos recursos serão destinados ao custeio da saúde e da previdência
social, em montante equivalente ao produto da arrecadação da contri-
buição, prevista e não realizada em 1999."
Art. 2~ Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 18 de março de 1999.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente - He-
ráclito Fortes, 1QVice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2QVice-Presidente - Ubiratan
Aguiar, 1QSecretário - Nelson Trad, 2~ Secretário - Efraim Morais, 4QSecretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente -
Geraldo Melo, 1QVice-Presidente - Ronaldo Cunha Lima, 1~ Secretário - Carlos Patro:..
cínio, 2QSecretário - Nabor Júnior, 3QSecretário - Casildo Maldaner, 4Q Secretário.

* Publicada no Diário Q/icial. de 19 de março de 1999.

Emendas Constitucionais
365
Emenda Constitucional nl! 22, de 1999*

Acrescenta parágrafo único ao art. 98 e altera as


alíneas "i" do inciso I do art. 102, e "c" do inci-
so I do art. 105 da Constituição Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 32 do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 12 É acrescentado ao art. 98 da Constituição Federal o seguinte parágrafo único:

"Art. 98. . .
Parágrafo único. Lei federal disporá sobre a criação de juizados es-
peciais no âmbito da Justiça Federal."
Art. 2! A alínea i do inciso I do art. 102 da Constituição Federal passa a vigorar
com a seguinte redação:

"Art.l02.
I- "
"i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando
o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam
sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se
trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;"
"
Art. 3 2 A alínea c do inciso I do art. 105 da Constituição Federal passa a vigorar
com a seguinte redação:

"Art.l0S.
I- "
"c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das
pessoas mencionadas na alínea a, quando coator for tribunal, sujeito à
sua jurisdição, ou Ministro de Estado, ressalvada a competência da Jus-
tiça Eleitoral;"
" "
Art. 42 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, .18 de março de 1999.
A MESA DA cÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente - He-
ráclito Fortes, 12 Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 22Vice-Presidente - Ubiratan
Aguiar, 12 Secretário - Nelson Trad, 22 Secretário - Efraim Morais, 42 Secretário.

• Publicada no Diário Oficiai. de 19 de março de 1999.

Constituição da República Federativa do Bto:;il


366
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente -
Geraldo Melo, I Q Vice-Presidente - Ronaldo Cunha Lima, I Q Secretário - Carlos Patro-
cínio, 2Q Secretário - Nabor Júnior, 3QSecretário - Casildo Maldaner, 4Q Secretário.

Redação Original

Art. 102, I:
"i) o habeas corpus, quando o coator ou o paciente for tribunal, autori-
dade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diietamente à jurisdi-
ção do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma
jurisdição em uma única instância;"

Art. lOS, I:
"c) os habeas corpus, quando o coator ou o paciente for quaisquer das
pessoas mencionadas na alínea a, ou quando o coator for Ministro de
Estado, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;"

Emendas Constitucionais
367
Emenda Constitucional n!! 23, de 1999*

Altera os arts. 12,52,84,91,102 e 105 da Consti-


tuição Federal (criação do Ministério da Defesa).

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 32 do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art.1! Os arts. 12,52,84,91, 102 e 105 da Constituição Federal, passam.a vigorar
com as seguintes alterações:
"Art.12. . .

§ 32 ..
"
"VII - de Ministro de Estado da Defesa."
"Art. 52. . "
"I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República
nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da
mesma natureza conexos com aqueles;"
"
"Art. 84. . .

"XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Co-


mandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus ofi-
ciais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;"
"
" Art. 91.

"V - o Ministro de Estado da Defesa;"


" "
"VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica."
" "
"Art.102. . .
I- , ..

"c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os


Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Ex;ército e da
Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tri-
bunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de
missão diplomática de caráter permanente;"
" "
"Art.105 .

Constituição da República Federativa do Brasil


368
I- "
"b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro
de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
ou do próprio Tribunal;"
"c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pes-
s~as mencionadas na alínea a, ou quando o coator for tribunal sujeito à
sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exér-
cito ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;"
"
Art. 2! Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 2 de setembro de 1999.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-
Heráclito Fortes, 12 Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 22 Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, 12 Secretário - Nelson Trad, 22 Secretário - Jaques Wagner, 32
Secretário - Efraim Morais, 42 Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-
Geraldo Melo, 12 Vice-Presidente - Ademir Andrade, 22 Vice-Presidente - Carlos
Patrocínio, 22 Secretário, no exercício da I! Secretaria - Nabor Júnior, 32 Secretário
- Casi/do Maldaner, 42 Secretário.

Redação Anterior

Art. 52:
"I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República
nos crimes de responsabilidade e os Ministros de Estado nos crimes da
mesma natureza conexos com aqueles;"
Art. 84:
"XliI - exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;"
Art. 91:
"V - os Ministros militares;"
Art. 102, I:
"c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os
Ministros de Estado, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros
dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes
de missão diplomática de caráter permanente;"
Art. 105, I:
"b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro
de Estado ou do próprio Tribunal;"
"c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das
pessoas mencionadas na alínea a, quando coator for tribunal, sujeito à
sua jurisdição,· ou Ministro de Estado, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral :" , '

Emendas Constitucionais
369
Emenda Constitucional n!! 24, de 1999*

Altera dispositivos da Constituição Federal


pertinentes à representação classista na Justiça
do Trabalho.

. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3~ do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art.1~ Os arts. 111, 112, 113, 115 e 116 da Constituição Federal passam a vigorar
com a seguinte redação:

"Art. 111.

·III - Juízes do Trabalho.


§ 1~ O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-ã de dezessete Minis-
tros, togados e vitalícios, escolhidos dentre brasileiros com maís de
trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presi-
dente da República, após aprovação pelo Senado Federal, dos quaís
onze escolhidos dentre juízes dos Tribunaís Regionaís do Trabalho,
integrantes da carreira da magistratura trabalhista, três dentre advoga-
dos e três dentre membros do Ministério Público do Trabalho.
I - (Revogado).
11 - (Revogado).
§2~ O Tribunal encaminharã ao Presidente da República listas trípli-
ces, observando-se, quanto às vagas destinadas. aos advogados e aos
membros do Ministério Público, o disposto no art. 94; as listas tríplices
para o provimento de cargos destinados aos juízes da magistratura tra-
balhista de carreira deverão ser elaboradaS pelos Ministros togados e
vitalícios.
"
"Art. 112. Haverã pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho
em cada Estado e no Distrito Federal, e a lei instituirã as Varas do
Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem instituídas, atribuir
sua jurisdição aos juízes de direito."
"Art. 113. A lei disporã sobre a constituição, investidura, jurisdição,
competência, garantias e condições de exercício, dos órgãos da Justiça
do Trabalho." .
"Art. 115. Os Tribunaís Regionais do Trabalho serão compostos de
juízes nomeados pelo Presidente da República, observada a'proporcio-
nalidade estabelecida no §2 2 do art. 111. .
Parágrafo único. . .

* Publicada no Diário Oficial. de 10 de dezembro de 1999.

Constituição da República Federativa do Brasil


370
III - (Revogado)." . .
"Art. 116. Nas Varas do Trabalho, ajurisdição será exercida por um
juiz singular. .
Parágrafo único. (Revogado)."
Art. 2~ É assegurado o cumprimento dos mandatos dos atuais ministros classistas
temporários do Tribunal Superior do Trabalho e do atuais juízes classistas temporá-
rios dos Tribunais Regionais do Trabalho e das Juntas de Conciliação e Julgamento.
Art. 3~ Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de ~uapublicação.
Art. 4~ Revoga-se o art. 117 da Constituição Federal.
Brasília, 9 de dezembro de 1999.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel-I'emer,Presídente ~
Heráclito Fortes, l~ Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2~ Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, 1~ Secretário - Nelson Trad, 2~ Secretário - Jaques Wagner, 3~
Secretário - Efraim Morais, 4~ Secretário..
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-
Geraldo Melo, l~ Vice-Presidente - Ademir Andrade, 2~ Vice-Presidente - Ronaldo
Cunha Lima, P Secretário - Carlos Patrocínio, 2~ Secretário - Nabor Júnior; 3~ Se-
cretário - Casildo Maldaner, 4~ Secretário.

Redação Original

Art. 111:
"III - as Juntas de Conciliação e Julgamento.
§ l~ O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete
Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco
e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da
República após aprovação pelo Senado Federal, sendo:
I - dezessete togados e vitalícios, dos quais onze escolhidos dentre
juízes de carreira da magistratura trabalhista, três dentre advogados e
três dentre membros do Ministério Público do Trabalho;
11 - dez classistas temporários, com representação paritária dos
trabalhadores e empregadores.
§ 2~ O Tribunal encaminhará ao Presidente da República listas trípli-
ces, observando-se, quanto às vagas destinadas aos advogados e aos
membros do Ministério Público, o disposto no art. 94, e, para as de
classistas, o resultado de indicação de colégio eleitoral integrado pelas
diretorias das confederações nacionais de trabalhadores ou emprega-
dores, conforme o caso; as listas tríplices para o provimento de cargos
destinados aos juízes da magistratura trabalhista de carreira deverão
ser elaboradas pelos Ministros togados e vitalícios."

Emendas Constitucionais
371
Art. 112:
"Art. 112. Haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho
em cada Estado e no Distrito Federal, e a lei instituirá as Juntas de
Conciliação e Julgamento, podendo, nas comarcas onde não forem ins-
tituídas, atribuir sua jurisdição aos juízes de direito."
Art. 113:
"Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura,jurisdição,
competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça
do Trabalho, assegurada a paridade de representação de trabalhadores
e empregadores."
Art.115:
"Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de
juízes nomeados pelo Presidente da República, sendo dois terços de
juízes-.togados -vita~m terço de-juízes- classistasLemporários,
observada, entre os juízes togados, a proporcionalidade estabelecida
no art. 111, § l~, L"
"III - classistas indicados em listas tríplices pelas diretorias das
federações e dos sindicatos com base territorial na região."
Art. 116:
"Art. 116. A Junta de Conciliação e Julgamento será composta de
um juiz do trabalho, que a presidirá, e dois juízes classistas temporári-
os, representantes dos empregados e dos empregadores.
Parágrafo único. Os juízes classistas das Juntas de Conciliação e
Julgamento serão nomeados pelo Presidente do Tribunal Regional do
Trabalho, na forma da lei, permitida uma recondução."

Constituição da República Federativa do Brasil


372
Emenda Constitucional nl! 25, de 2000*

Altera o inciso VI do art. 29 e acrescenta o art.


29-A à Constituição Federal, que dispõem sobre
limites de despesas com o Poder Legislativo Mu-
nicipal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3!l do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1~ O inciso VI do art. 29 da Constituição Federal passa a vigorar com a se-
guinte redação:

"Art. 29.

"VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas


Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observa-
do o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabeleci-
dos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:"
"a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponder~ a vinte por cento do subsídio dos Deputados
Estaduais'"
"b) em M~nicípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsí-
dio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsí-
dio dos Deputados Estaduais;"
"c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o sub-
sídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por centó do
subsídio dos Deputados Estaduais;"
"d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento
do subsídio dos Deputados Estaduais;"
"e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes,
o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento
do subsídio dos Deputados Estaduais;"
"f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio
máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais;"
"
Art. 2~ A Constituição Federal passa a vigorar acrescida do seguinte art. 29-A:

"Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal,


incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inati-

• Publicada no Diário ()ficial. de 15 de fevereiro de 2000.

Emendas Constitucionais 373


vos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao so-
matório da receita tributária e das transferências previstas no § 52 do
art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício ante-
rior:"
"I - oito por cento para Municípios com população de até cem mil
habitantes;"
"11 ..:.. sete por cento para Municípios com população entre cem mil e
um e trezentos mil habitantes;"
"11I - seis por cento para Municípios com população entre trezentos
mil e um e quinhentos mil habitantes;"
"IV - cinco por cento para Municípios com população acima de qui-
nhentos mil habitantes."
"§ 12 A Câmara Municipal nã()'gastará mais de setenta por cento de
sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio
de seus Vereadores."
"§ 22 Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:"
"I - efetuar repasse que supere os limites defmidos neste artigo;"
"11 - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou"
"III - enviá-lo a menor em relação à proporção fIxada na Lei Orçamen-
·tária."
"§ 32 Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara
Municipal o desrespeito ao § 12 deste artigo."
Art. 32 Esta Eménda Constitucional entra em vigor em 12de janeiro de 2001.
Brasília, 14 de fevereiro de 2000.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente -
Heráclito Fortes, 12 Vice-Presidente - Severino Cavalcantl, 22Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, 12 Secretário - Nelson Trad, 22 Secretário - Jaques Wagner, 32
Secretário - Efraim Morais, 42 Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-
Geraldo Melo, 12 Vice-Presidente - Ademir Andrade, 22 Vice-Presidente - Ronaldo
Cunha Lima, 12 Secretário - Carlos Patrocínio, 22 Secretário - Nabor Júnior, 32 Se-
cretário - Casildo Maldaner, 42 Secretário.

Redação Anterior

Art. 29:
"VI - subsídio dos vereadores fIxado por lei de iniciativa da Câmara
Municipal, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele
estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais, observado o
que dispõem os arts. 39, § 42, 57, § 72,150,11,153, III, e 153, § 22, I;"

374 Constituição da República Federativa do Brasil


Emenda Constitucional n~ 26, de 2000*

Altera a redação do art. 6~ da Constituição


Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3~ do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1~ O art. 6~ da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 6~ São dir~itos sõciais aeduêação, a saúde', o trabalho, a mora-


dia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade
e à inf'ancia, a assistência aos desamparados, na fonna desta Constitui-
ção."
Art.' 2~ Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 14 de fevereiro de2000.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-
Heráclito Fortes, l~ Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2~ Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, l~ Secretário - Nelson Trad, 2~ Secretário - Jaques Wagner, 3~
Secretário - Efraim Morais, 4~ Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-
Geraldo Melo, 1~ Vice-Presidente - Ademir Andrade, 2~ Vice-Presidente - Ronaldo
Cunha Lima, 1~ Secretário - Carlos Patrocínio, 2~ Secretário - Nabor Júnior, 3~ Se-
cretário - Casildo Maldaner, 4~ Secretário. .

Redação Original

Art. 6~:

"Art. 6~ São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer,


a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à inf'an-
cia, a assistência aos desamparados, na fonna desta Constituição."

• Publicada no Diário Oficial. de 15 de fevereiro de 2000.

Emendas Constitucionais
375
Emenda Constitucional n!! 27, de 2000*

Acrescenta o art. 76 ao Ato das Disposições Cons-


titucionais Transitórias, instituindo a desvincu-
lação de arrecadação de impostos e cO'!tribui-
ções sociais da União.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Sen.ado Federal, nos tennos do § 3~ do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1~ É incluído o art. 76 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,


com a seguinte redação:

"Art. 76. É desvinculado de órgão, fundo ou despesa, no período de


2000 a 2003, vinte por cento da arrecadação de impostos e contribui-
ções sociais da União, já instituídos ou que vierem a ser criados no
referido periodo, seus adicionais e respectivos acréscimos legais."
"§ 12 O disposto no caput deste artigo não reduzirá a base de cálculo
das transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios na fonna
dos arts. 153. § 52; 157, I; 158, I e 11; e 159, I, a e b, e 11, da Constitui-
ção, bem como a base de cálculo das aplicações em programas de fi-
nanciamento ao setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-
Oeste a que se refere o art. 159, I, c, da Constituição."
"§ 22 Excetua-se da desvinculação de que trata o caput deste artigo a
arrecadação da contribuição social do salário-educação a que se refere
o art. 212, § 52, da Constituição."

Art. 22 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 21 de março de 2000.


A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-
Heráclito Fortes, 12 Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2~ Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, 12 Secretário - Nelson Trad, 22 Secretário - Jaques Wagner, 3~
Secretário - Efraim Morais, 42 Secretário.
A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-
Geraldo Melo, 12 Vice-Presidente - Ademir Andrade, 2~ Vice-Presidente - Ronaldo
Cunha Lima, 12 Secretário - Carlos Patrocínio, 22 Secretário - Nabor Júnior, 3~ Se-
cretário - Casildo Maldaner, 4~ Secretário.

* Publicada no Diário Qficial. de 22 de março de 2000.

Constituição da República Federativa do Brasil


376
Emenda Constitucional n!! 28, de 2000*

Dá nova redação ao inciso XXIX do art. 7~ e


revoga o art.-233 da Constituição Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3~ do


art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. I! O inciso XXIX do art. 7~ da Constituição Federal passa a vigorar com a se-
guinte redação:

"XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de traballio,


com prazo prescricional de cinco anos para os traballiadores urbanos e
rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de traballio;"
"a) (Revogada)."
"h) (Revogada)."

Art. 2! Revoga-se o art. 233 da Constituição Federal.


Art. 3! Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de maio de 2000.

A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-


Heráclito Fortes, I! Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2! Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, I! Secretário - Nelson Trad, 2! Secretário - Jaques Wagner, 3!
Secretário - Efraim Morais, 4! Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-


Geraldo Melo, I! Vice-Presidente - Ademir Andrade, 2! Vice-Presidente - Ronaldo
Cunha Lima, I! Secretário - Carlos Patrocínio, 2! Secretário - Casi/do Maldaner, 4!
Secretário.

Redação Original

Art~ 7!:
" XXIX - ação, quanto a créditos resultantes das relações de trabalho,
com prazo prescricional de:

• Publicada no Diário Qficial, de 26 de maio de 2000, com retificação em 29 de maio de 2000.

Emendas Constitucionais
377
a) cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após
a extinção do contrato;
b) até dois anos após a extinção do contrato, para o trabalhador rural;"

Art. 233:
"Art. 233. Para efeito do art. 7~, XXIX, o empregador rural compro-
vará, de cinco em cinco anos, perante a Justiça do Trabalho, o cumpri-
mento das suas obrigações trabalhistas para com o empregado rural, na
presença deste e de seu representante sindical.
§ I ~ Uma vez comprovado o cumprimento das obrigações menciona-
das neste artigo, fica o empregador isento de qualquer ônus decorreníé
daquelas obrigações no período respectivo. Caso o empregado e seú
representante não concordem com a comprovação do empregador, ca-
berá à Justiça do Trabalho a solução da controvérsia.
§ 2~ Fica ressalvado ao empregado, em qualquer hipótese, o direito de
postular, judicialmente, os créditos que entender existir, relativamente
aos últimos cinco anos.
§ 3~ A comprovação mencionada neste artigo poderá ser feita em pra-
zo inferior a cinco anos, a critério do empregador."

Constituição da República Federativa do Brasil


378
Emenda Constitucional n!! 29, de 2000*

Altera os arts. 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da


Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias,
para assegurar os recursos mínimos para o fi-
nanciamento das ações é serviços públicos de
saúde.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3Q


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitu-
cional:
Art. IQ A alínea e do inciso VII do art. 34 passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 34.

"VII- .
"
"e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos esta-
duais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde."
Art. 2! O inciso III do art. 35 passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 35.
"
um - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públi-
cos de saúde;"
Art. 3! O § lQ do ,art. 156 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte
redação:

"Art. 156. . "


"§ 1Q Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art.
182, § 4 Q, inciso 11, o imposto previsto no inciso I poderá:"
"I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e"
"11 - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do
.imóvel." .
..............................................................................................................."

'" Publicada no Diário Qficial, de 14 de setembro de 2000.

Emendas Constitucionais
379
Art. 4~ o parágrafo único do art. 160 passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 160. . "
"Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União
e os Estados de condicionarem a entrega de recursos:"
"I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias;"
"11 - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 22, incisos 11 e III."
Art. 5~ O inciso IV do art. 167 passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 167.
"
"IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e
serviços públicos de saúde e para manutenção e desenvolvimento do
ensino, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2 2, e
212, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação
de receita, previstas no art. 165, § 82, bem como o disposto no § 42
deste artigõ;"
"
Art. ~ O art. 198 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 2~ e 32, numerando-
se o atual parágrafo único como § 12 :

"Art. 198.

"§ 12 (parágrafo único original) _ "


"§ 22 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplica-
rão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos míni-
DlOS_derivados_daapllcação de percentuais calculados sobre:"
"I - no caso da União, na forma defmida nos termos da lei complemen-
tar prevista no § 32 ;"
"11 - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecada-
ção dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam
os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a:. e inciso 11, deduzidas as parcelas
que forem transferidas aos respectivos Municípios;"
"III- no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arre-
cadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que
tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 32."
"§ 32 Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco
anos, estabelecerá:"
"I - os percentuais de que trata o § 22;"
"11 - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde
destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos
Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a pro-
gressiva redução das disparidades regionais;"
"111 - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com
saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;"

Constit~ição da República Federativa do Brasil


380
"IV - as nonnas de cálculo do montante a ser aplicado pela União."

Art. 7~ O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acres-


cido do seguinte art. 77:

"Art. 77. Até o exercício fmanceiro de 2004, os recursos minimos


aplicados nas ações e serviços públicos de saúde serão equivalentes:"
"I - no caso da União:"
"a) no ano 2000, o montante empenhado em ações e serviços públicos
de saúde no exercício fmanceiro de 1999 acrescido de, no minimo,
cinco por cento;"
"b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano anterior, corrigi-
do pela variação nominal do Produto Interno Bruto - PIB;"
"11 - no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto
da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de
que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alinea a, e inciso 11, deduzidas as
parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; e"
"III - no caso dos Municipios e do Distrito Federal, quinze por cento
do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos
recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alinea b e § 3~."
"§ 1~ Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que apliquem
percentuais inferiores aos fixados nos incisos 11 e 111 deverão elevá-los
gradualmente, até o exercicio fmançeiro de 2004, reduzida a diferença
à razão de, pelo menos, um quinto por ano, sendo que, a partir de 2000,
a aplicação será de pelo menos sete por cento."
"§ 2Q Dos recursos da União apurados nos tennos deste artigo, quinze
por cento, no minimo, serão aplicados nos Municipios, segundo o critério
populacional, em ações e serviços básicos de saúde, na fonna da lei."
"§3 Q OS recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
destinados às ações e serviços públicos de saúde e oS transferidos pela
União para a mesma fmalidade serão aplicados por meio de Fundo de
Saúde que será acompanhado e fiscalizado por Conselho de Saúde,
sem prejuizo do disposto no art. 74 da Constituição Federal."
"§ 4Q Na ausência da lei complementar a que se refere o art. 198, § 3~,
a partir do exercicio fmanceiro de 2005, aplicar-se-á à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios o disposto neste artigo."
Art. 8~ Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua puhlicação.
Brasilia, 13 de setembro de 2000.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-
Heráclito Fortes, lQ Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2QVice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, lQ Secretário - Nelson Trad, 2QSecretário - Jaques Wagner, 3Q
Secretário - Efraim Morais, 42 Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-


Geraldo Melo, lQ Vice-Presidente - Ademir Andrade, 2Q Vice-Presidente - Ronaldo
Cunha Lima, 1QSecretário - Carlos Patrocínio, 2~ Secretário - Nabor Júnior, 3~ Se-
cretário.

Emendas Constitucionais
381
Redação Anterior

Art. 34, VII:


"e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção
e desenvolvimento do ensino."
Art. 35:
"m - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do ensino;"
Art. 156:
"§ l~ O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos ter-
mos de lei municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função
social da propriedade."
Art.160:
"Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União
e os Estados de condicionarem a entrega de recursos ao pagamento de
seus créditos, inclusive de suas autarquias."
Art.167:
"IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para manuten-
ção e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 212, e a
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de re-
ceita, previstas no art. 165, § 8~, bem assim o disposto no § ~ deste
artigo;"
Art. 198:
"Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organi-
zado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
11 - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
m - participação da comunidade.
Parágrafo único. O sistema único de saúde será fmanciado, nos ter-
mos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de ou-
tras fontes."

Constituição da República Federativa do Brasil


382
Emenda Constitucional n!! 30, de 2000*

Altera a redação do art. 100 da Constituição


Federal e acrescenta o art. 78 no Ato das Dis-
posições Constitucionais Transitórias, referente
ao pagamento de precatórios judiciários.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos tennos do § 3!!


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitu-
cional:
Art. 1! O art. 100 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 100. . "


"§ I!! É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito
público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de
sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários,
apresentados até I!! de julho, fazendo-se o pagamento até o fmal do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetaria-
mente."
"§ l!!-A Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles de-
correntes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas comple-
mentações, beneficios previdenciários e indenizações por morte ou in-
validez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença tran-
sitada em julgado."
"§ 2!! As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consigna-
dos diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribu-
nal que proferir a decisão exeqüenda detenninar o pagamento segundo
as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e
exclusivamente PílTa o caso de preterimento de seu direito de precedên-
cia, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito."
"§ 3!! O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de
precatórios, não se aplica aos pagamentos de obrigações defmidas em
lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual, Distrital
ou Municipal deva fazer em virtude de sentençajudicial transitada em
julgado."
"§ 4.Q A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 3!!
deste artigo, segundo as diferentes capacidades das entidades de direito
público."
"§ 5!! O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou
omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório
incorrerá em crime de responsabilidade." ,

• Púb1icada no Diário Qficial. de 14 de setembro de 2000.

Emendas Constitucionais
383
Art. 2! É acrescido, no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o art. 78,
com a seguinte redação:
"Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno
valor, os de natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os
que jã tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados
emjuízo, os precatórios pendentes na data de promulgação desta Emenda
e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de
1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acresci-
do de juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo
máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos."
"§ I~ É permitida a decomposição de parcelas, a critério do cre-
dor."
"§ 2~ As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão,
se não liquidadas até o fmal do exercício a que se referem, poder libe-
ratório do pagamento de tributos da entidade devedora."
"§ 3~ O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois
anos, nos casos de precatórios judiciais originãrios de desapropriação
de imóvel residencial do credor, desde que comprovadamente único à
época da imissão na posse."
"§ 4~ O Presidente do Tribunal competente deverã, vencido o prazo
ou em caso de omissão no orçamento, ou preterição ao direito de pre-
cedência, a requerimento do credor, requisitar ou determinar o seqües-
tro de recursos fmanceiros da entidade executada, suficientes à satisfa-
ção da prestação."
Art. 3! Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, em 13 de setembro de 2000.
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-
Heráclito Fortes, I~ Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2~ Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, I~ Secretãrio - Nelson Trad, 2~ Secretãrio - Jaques Wagner, 3~
Secretãrio - Efraim Morais, 4~ Secretãrio.

A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-


Geraldo Melo, I~ Vice-Presidente - Ademir Andrade, 2~ Vice-Presidente - Ronaldo
Cunha Lima, I ~ Secretãrio - Carlos Patrocínio, 2~ Secretãrio - Nabor Júnior, 3~ Se-
cretãrio.

Redação Anterior

Art. 100:
"Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os paga-
mentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em vir-
tude-ue-sentença-judiciária; far-se.oo-exclusivamente-fla-Ol'dem-erno-
lógica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respecti-

Constituição da República Federativa do Brasil


384
vos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orça-
mentárias e nos créditos adicionais abertos para este ftm.
§ l~ É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito
público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos constantes
de precatórios judiciários, apresentados até l~ de julho, data em que
terão atualizados seus valores, fazendo-se o pagamento até o fmal do
exercício seguinte.
§ 2~ As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consigna-
dos ao Poder Judiciário, recolhendo-se as importâncias respectivas à
repartição competente, cabendo ao Presidente do tribunal que proferir
a decisão exeqüenda determinar o pagamento, segundo as possibilida-
des do depósito, e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamen-
te para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqües-
tro da quantia necessária à satisfação do débito.
§ 3~ O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de
precatórios, não se aplica aos pagamentos de obrigações defmidas em
lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual ou Munici-
pal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado."

Emendas Constitucionais
385
Emenda Constitucional nl! 31, de 2000*

Altera o Ato das Disposições Constitucionais


Transitórias, introduzindo artigos que criam o
Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3!!


do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto cons-
titucional:
Art. I! A Constituição Federal, no Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias, é acrescida dos seguintes artigos:
"Art. 79. É instituído, para vigorar até o ano de 2010, no âmbito
do Poder Executivo Federal, o Fundo de Combate e Erradicação da
Pobreza, a ser regulado por lei complementar com o objetivo de
viabilizar a todos os brasileiros acesso a níveis dignos de subsis-
tência, cujos recursos serão aplicados em ações suplementares de
nutrição, habitação, educação, saúde, reforço de renda familiar e
outros programas de relevante interesse social voltados para me-
lhoria da qualidade de vida."
"Parágrafo único. O Fundo previsto neste artigo terá Conselho Con-
sultivo e de Acompanhamento que conte com a participação de repre-
sentantes da sociedade civil, nos termos da lei."
"Art. 80. Compõem o Fundo de Combate e Erradicação daPobreza;-"
"I - a parcela do produto da arrecadação correspondente a um adi-
cional de oito centésimos por cento, aplicável de 18 de junho de
2000 a 17 de junho de 2002, na alíquota da contribuição social de
que trata o art. 75 do Ato das Disposições Constitucionais Transi-
tórias;"
"11 - a parcela do produto da arrecadação correspondente a um adi-
cional de cinco pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre
Produtos Industrializados - IPI, ou do imposto que vier a substituí-
lo, incidente sobre produtos supérfluos e aplicável até a extinção
do Fundo;"
"III - o produto da arrecadação do imposto de que trata o art. 153,
inciso VII, da Constituição;"
"IV - dotações orçamentárias;"
"V - doações, de qualquer natureza, de pessoas fisicas ou jurídicas do
País ou do exterior;"
"VI - outras receitas, a serem defmidas na regulamentação do referido
Fundo."

• Publicada no Diário Oficial, de 18 de dezembro de 2000.

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


386
"§ l~ Aos recursos integrantes do Fundo de que trata este artigo não
se aplica o disposto nos arts. 159 e 167, inciso IV, da Constituição,
assim como qualquer desvinculação de recursos orçamentários."
"§ 22 A arrecadação decorrente do disposto no inciso I deste artigo,
no período compreendido entre 18 de junho de 2000 e o início da vi-
gência da lei complementar a que se refere o art. 79, será integralmen-
te repassada ao Fundo, preservado o seu valor real, em títulos públicos
federais, progressivamente resgatáveis após 18 de junho de 2002, na
forma da lei."
"Art. 81. É instituído Fundo constituído pelos recursos recebi-
dos pela União em decorrência da desestatização de sociedades de
economia mista ou empresas públicas por ela controladas, direta
ou indiretamente, quando a operação envolver a alienação do res-
pectivo controle acionário a pessoa ou entidade não integrante da
Administração Pública, ou de participação societária remanescen-
te após a alienação, cujos rendimentos, gerados a partir de 18 de
junho-de 2002, reverterão ao Fundo de Combate e Erradicação- de
Pobreza."
"§ l~ Caso o montante anual previsto nos rendimentos transferidos ao
Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, na forma deste artigo,
não alcance o valor de quatro bilhões de reais, far-se-á complementa-
ção na forma do art. 80, inciso IV, do Ato das Disposições Constitu-
cionais Transitórias."
"§ 2~ Sem prejuízo do disposto no § l~, o Poder Executivo poderá
destinar ao Fundo a que se refere este artigo outras receitas decorrentes
da alienação de bens da União."
"§ 3~ A constituição do Fundo a que se refere o caput, a transfe-
rência de recursos ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza
e as demais disposições referentes ao § l~ deste artigo serão disci-
plinadas em lei, não se aplicando o disposto no art. 165, § 9~, inci-
so' 11, da Constituição."
"Art. 82. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem
instituir Fundos de Combate à Pobreza, com os recursos de que
trata este artigo e outros que vierem a destinar, devendo os referi-
dos Fundos ser geridos por entidades que contem com a participa-
ção da sociedade civil."
"§ l~ Para o financiamento dos Fundos Estaduais e Distrital, poderá
ser criado adicional de até dois pontos percentuais na alíquota do Im-
posto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, ou do im-
posto que vier a substituí-lo, sobre os produtos e serviços supérfluos,
não se aplicando, sobre este adicional, o disposto no art. 158, inciso IV,
da Constituição."
"§ 2~ Para o fmanciamento dos Fundos Municipais, poderá ser criado
adicional de até meio ponto percentual na alíquota do Imposto sobre
Serviços ou do imposto que vier a substituí-lo, sobre serviços
supérfluos."
"Art. 83. Lei federal defmirá os produtos e serviços supérfluos a
que se referem os arts. 80, inciso 11, e 82, §§ l~ e 2~."

Emendas Constitucionais
387
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 14 de dezembro de 2000.

A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Michel Temer, Presidente-


Heráclito Fortes, 1º Vice-Presidente - Severino Cavalcanti, 2º Vice-Presidente -
Ubiratan Aguiar, lº Secretário - Nelson Trad, 2º Secretário - Jaques Wagner, 3!!
Secretário- Efraim Morais, 4º Secretário.

A MESA DO SENADO FEDERAL: Antonio Carlos Magalhães, Presidente-


Geraldo Melo, lº Vice-Presidente -Ademir Andrade, 2º Vice-Presidente - Ronaldo
Cunha Lima, 1!! Secretário - Carlos Patrocínio, 2º Secretário - Nabor Júnior, 3º Se-
cretário.

Constituição da República Federativa do Brasil


388
Emenda Constitucional de Revisão n~ 1, de 1994*

A Mesa do Congresso Nacional, nos tenhos do art. 60 da Constituição Federal,


combinado com o art. 32 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, pro-
mulga a seguinte emenda constitucional:
Art. I! Ficam incluídos os arts. 71,72 e 73 no Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, com a seguinte redação:

"Art. 71. Fica instituído, nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995,


o Fundo Social de Emergência, com o objetivo de saneamento fmanceiro
da Fazenda Pública Federal e de estabilização econômica, cujos recursos
serão aplicados no custeio das ações dos sistemas de saúde e educação,
beneficios previdenciários e auxílios assistenciais de prestação conti-
nuada, inclusive liquidação de passivo previdenciário, e outros progra-
mas de relevante interesse econômico e social.
Parágrafo único. Ao Fundo criado por este artigo não se aplica, no
exercício fmanceiro de 1994, o disposto na parte fmal do inciso 11 do §
92 do art. 165 da Constituição.
Art. 72. Integram o Fundo Social de Emergência:
I - o produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de
qualquer natureza incidente na fonte sobre pagamentos efetuados, a
qualquer título, pela União, inclusive suas autarquias e fundações;
11 - a parcela do produto da arrecadação do imposto sobre propriedade
territorial rural, do imposto sobre renda e proventos de qualquer natu-
reza e do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários, decorrente das alterações pro-
duzidas pela Medida Provisória n2 419 e pelas Leis n~ 8.847,8.849 e
8.848, todas de 28 de janeiro de 1994, estendendo-se a vigência da
última delas até 31 de dezembro de 1995;
III - a parcela do produto da arrecadação resultante da elevação da alí-
quota da contribuição social sobre o lucro dos contribuintes a que se
refere o § 12 do art. 22 da Lei n2 8.212, de 24 de julho de 1991, a qual,
nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995, passa a ser de trinta por
cento, mantidas as demais normas da Lei nQ 7.689, de 15 de dezembro
de 1988;
IV - vinte por cento do produto da arrecadação de todos os impostos e
contribuições da União, excetuado o previsto nos incisos I, 11 e III;
V - a parcela do produto da arrecadação da contribuição de que trata a
Lei Complementar n27, de 7 de setembro de 1970, devida pelas pessoas
jurídicas a que se refere o inciso III deste artigo, a qual será calculada,
nos exercícios fmanceiros de 1994 e 1995, mediante a aplicação da

• Publicada no Diário Oficial. de 2 de março de 1994.

Emendas Constitucionais de Revisão


389
alíquota de setenta e cinco centésimos por cento sobre a receita bruta
operacional, como defmida na legislação do imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza;
VI - outras receitas previstas em lei específica.
§ 1S' As alíquotas e a base de cálculo previstas nos incisos III e V apli-
car-se-ão a partir do primeiro dia do mês seguinte aos noventa dias
posteriores à promulgação desta Emenda.
§ 2S' As parcelas de que tratam os incisos I, 11, III e V serão previamen-
te deduzidas da base de cálculo de qualquer vinculação ou participação
constitucional ou legal, não se lhes aplicando o disposto nos arts. 158,
11, 159, 212 e 239 da Constituição.
§ 3S' A parcela de que trata o inciso IV será previamente deduzida da
base de cálculo das vinculações ou participações constitucionais
previstas nos arts. 153, § 5S', 157,11, 158,11,212 e 239 da Constituição.
§ 4S' O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos recursos previstos
no art. 159 da Constituição.
§ 5S' A parcela dos recursos provenientes do imposto sobre propriedade
territorial rural e do imposto sobre renda e proventos de qualquer natu-
reza, destinada ao Fundo Social de Emergência, nos termos do inciso 11
deste artigo, não poderá exceder:
I - no caso do imposto sobre propriedade territorial rural, a oitenta e
seis inteiros e dois décimos por cento do total do produto da sua arreca-
dação;
11 - no caso do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza,
a cinco inteiros e seis décimos por cento do total do produto da sua
arrecadação.
Art. 73. Na regulação do Fundo Social de Emergência não poderá ser
utilizado o instrumento previsto no inciso V do art. 59 da Constituição."
Art. 2S' Fica revogado o § 4S' do art. 2S' da Emenda Constitucional nS' 3, de 1993.
Art. 3S' Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 1S' de março de 1994.

A MESA DO CONGRESSO NACIONAL: Humberto Lucena, Presidente -


Adylson Motta, 1S' Vice-Presidente- Levy Dias, 2S' Vice-Presidente- Wilson Campos,
1S' Secretário - Nabor Júnior, 2S' Secretário - Aécio Neves, 3S' Secretário - Nelson
Wedekin, 4S' Secretário.

Constituição da República Federativa do Brasil


390
Emenda Constitucional de Revisão nl! 2, de 1994*

A Mesa do Congresso Nacional, nos tennos do art. 60 da Constituição Federal,


combinado com o art. 32 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, pro-
mulga a seguinte emenda constitucional:
Art. I! É acrescentada a expressão "ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República" ao texto do art. 50 da Constituição, que
passa a vigorar com a redação seguinte:

"Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer


de suas comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer"
titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República
para prestarem, pessoalmente, infonnações sobre assunto previamente
detenninado, importando em crime de responsabilidade a ausência sem
justificação adequada."
Art. 22 É acrescentada a expressão "ou a qualquer das pessoas referidas no caput
deste artigo" ao § 22 do art. 50, que passa a vigorar com a redação seguinte: "

"Art. 50. . .
§ 22 As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão
encaminhar pedidos escritos de infonnação a Ministros de Estado; ou a
qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em
crime de responsabilidade a recusa, ou o não-atendimento no prazo de
trinta dias, bem como a prestação de infonnações falsas."
Art. 3 2 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 7 de junho de 1994.
A MESA DO CONGRESSO NACIONAL: Humberto Lucena, Presidente -
Adylson Motta, 12 Vice-Presidente - Levy Dias, 22 Vice-Presidente - Wilson Campos,
12 Secretário - Nabor Júnior, 2 2 Secretário - Aécio Neves, -3 2 Secretário - Nelson
Wedekin, 42 Secretário.

Redação Original

Art. 50:
"Art. 50. A Câmara dos Deputados ou o Senado Federal, bem como
qualquer de"suas Comissões, poderão convocar Miftistro de Estado para
prestar, pessoalmente, infonnações sobre assunto previamente deter-

• Publicada no Diário Q/icial, de 9 de junho de 1994.

Emendas Constitucionais de Revisão


391
minado, importando crime de responsabilidade a ausência semjustifi-
cação adequada."
"§ 2Q As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal pode-
rão encaminhar pedidos escritos de informação aos Ministros de Esta-
do, importando crime de responsabilidade a recusa, ou o não-atendi-
mento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações
falsas."

Constituiçõo da República Federativa do Brasil


392
Emenda Constitucional de Revisão n!! 3, de 1994*

A Mesa do Congresso Nacional, nos tennos do art. 60 da Constituição Federal,


combinado com o art. 3~ do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, pro-
mulga a segUinte emenda constitucional:
Art. 1~ A alínea c do inciso I, a alínea b do inciso 11, o § l~ e o inciso 11 do § 4~ do
art. 12 da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 12. .. .
1- ..
a) .
b) .
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;
11 - ..
a) .
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República
Federati",a.dQBrasil há mais de q~inze anos inintenuptos e sem conde-
nação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ l~ Aos portugueses com residência pennanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos ine-
rentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
§ 2~ ..
§ 3~ .
§ 4~ ..
1- ..
11 - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela nonna estrangeira, ao brasileiro
residente em Estado estrangeiro, como condição para pennanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis."

Art. 2~ Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 7 de junho de 1994


A MESA DO CONGRESSO NACIONAL: Humberto Lucena, Presidente -
Adylson Motta, I ~ Vice-Presidente - Levy Dias, 2~ Vice-Presidente - Wilson Campos,
l~ Secretário - Nabor Júnior, 2~ Secretário - Aécio Neves, 3~ Secretário - Nelson
Wedekin, 4~ Secretário.

... Publicada no Diário Oficial. de 9 de junho de 1994.

Emendas Constitucionais de Revisão


393
Redação Original

Art. 12:
I, "c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente, ou
venham a residir na República Federativa do Brasil antes da maiorida-
de e, alcançada esta, optem em qualquer tempo pela nacionalidade
brasileira;"
11, ..b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de trinta anos ininterruptos e sem conde-
nação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ I ~ Aos portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor dos brasileiros, serão atribuídos os direitos ine-
rentes ao brasileiro nato, salvo os casos previstos nesta Constituição."
§ 4~, "11 - adquirir outra: nacionalidade por naturalização voluntária."

Constituição da República Federativa do Brasil


394
Emenda Constitucional de Revisão n!! 4, de 1994*

A Mesa do Congresso Nacional, nos tennos do art. 60 da Constituição Federal,


combinado com o art. 3Q do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, pro-
mulga a seguinte emenda constitucional:

Art. I! São acrescentadas ao § 9Q do art. 14 da Constituição as expressões: "a pro-


bidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida
pregressa do candidato, e", após a_expressàQ'~afim de proteger", passando o disposi-
tivo a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 14.

§ 9Q Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e


os prazos de sua cessação, a fIm de proteger a probidade administrativa,
a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa
do candidato, e a nonnalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo
ou emprego na administração direta ou indireta.
"
Art. 2! Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 7 de junho de 1994.

A MESA DO CONGRESSO NACIONAL: Humbert~ Lucena, Presidente -


Adylson Motta, lQ Vice-Presidente - Levy Dias, 2Q Vice-Presidente - Wilson Campos,
IQ Secretário - Nabor Júnior, 2QSecretário - Aécio Neves, 3QSecretário - Nelson
Wedekin, 4Q Secretário.

Redação Original

Art. 14:
"§ 9Q Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e
os prazos de sua cessação, a fIm de proteger a nonnalidade e legitimi-
dade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso
do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou
indireta."

• Publicada no Diário Oficial. de 9 de junho de 1994.

Emendas Constitucionais de Revisão


395
Emenda Constitucional de Revisão n!! 5, de 1994*

A Mesado Congresso Nacional, nos tennos do art. 60 da Constituição Federal,


combinado com o art. 32 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, pro-
mulga a seguinte emenda constitucional:
Art. 12 No art. 82 fica substituída a expressão "cinco anos" por "quatro anos".
Art. 22 Esta Emenda Constitucional entra em vigor no dia 12 de janeiro de 1995.
Brasília, 7 de junho de 1994.

A MESA DO CONGRESSO NACIONAL: Humberto Lucena, Presidente -


Adylson Motta, 12 Vice-Presidente - Levy Dias, 22 Vice-Presidente - Wilson Campos,
12 Secretário - Nabor Júnior, 22 Secretário - Aécio Neves, 32 Secretário - Nelson
Wedekin, 42 Secretário.

Redação Original

Art. 82:
"Art. 82. O mandato do Presidente da República é de cinco anos,
vedada a reeleição para o período subseqüente, e terá início em 12 de
janeiro do ano seguinte ao da sua eleição."

• Publicada no Diário Qficial. de 9 de junho de 1994.

Constituição da República Federativa do Brasil


396
CONSTITUCIÓN
POLÍTICA
DELA
REPÚBLICA
DE CHILE
CONSTTTlJCIÓN POLtnCA DE:LA RE:PÚBUCA DE:CHILé

ANTECEDENTESYREFORMAS
DE LA CONSTITUCIÓN pOLíTICA
DE LA REPÚBLICA DE CHILE

C
orno desencadenante de la Invaslón de las fuerzas napoleónlcas en terrltorlo espaftol,
las colonlas americanas se sumergen en movlmlentos revoluclonarlos de autogestión.
Bajo esta motlvaclón, en la Capitania General de Chile se designa, en septlembre de
1810, un prlmer goblerno autónomo. A partir de esta fecha. y hasta la reconquista espaftola
de la penlnsula en 1814, diversos reglamentos constltuclonales provlsorlos organlzaron el
goblerno chileno de manera Incipiente.
La Independencia se declaró en 1818 graclas a los esfuerzos conjuntos de Bernardo de
O'HIGG1NS y José de SAN MARTÍN y, luego de dlcha proclamaclón, Chile Ingresó en un perio-
do de diversos ensayos constltuclonales: la Carta de 1818, la de 1822, la Constltuclón Provlsorla
de marzo de 1823, la Constltuclón de dlclembre de 1823, el Reglamento Federal de enero de
1826 y la Constltuclón de 1828. Ésta. a pesar de contar con una construcclón clentíficamente
más perfecta que las anteriores, no respondló a la realldad política y social deI país.
Pero es realmente con la Constltuclón de 1833 que el Estado chileno adqulrló forma, ya
que organlzó. el poder estatal en armonía con las necesldades de su propla realldad. Sólo
excepclonales eventos revoluclonarlos conslguleron quebFar la época de estabilidad constitu-
cional que se Inlcló con dlcha Carta Magna.
Mediante esta Constltuclón se buscó establecer un goblerno fuerte en el cual sobresa-
lía la figura presidencial, qulen nombraba y destituía a los ministros de Estado.
Durante la vlgencla de la Constltuclón de 1833 se obtuvo una perfecclón deI sistema
electoral y se logró dotar de transparencla aI ãmblto político, a pesar de lo cual se produjo un
deterioro de la acclón gubernamental, debldo a los suceslvos camblos mlnlsterlales.
La gran prosperldad, favorecida por la Prtmera Guerra Mundial (1914-1919), ocultó du-
rante muchos aftos las graves diferencias que afectaban a la mayoria de la socledad. Con el
advenimlento de Arturo ALESSANDRl PALMA, en 1920, se Inlcló una fase de gran Inestabili-
dado De esta manera. en septlembre de 1924 se Interrumpló el réglmen constitucional pro-
dueto de la crlsis financiera, económica y social por la que el país atravesaba y de un fuerte
confllcto de poderes entre el Presidente de la República y la mayoria parlamentarla.
Se sucedieron diversas Juntas Militares, comprometléndose la última de éstas a resta-
blecer el sistema constitucional y a convocar ai presidente ALESSANDRl en el exllio a reasu-
mir sus funciones. EI régimen democrático se restltuyó, aunque emanó de otro poder constl-
tuyente. dado que en el afto 1925 se modlficó la Constltuclón.
A diferencia de la Constltuclón de 1833, que no respondia claramente aI-modelo
presidencialista, la Carta Magna que se sanclonó en 1925 si lo consagra de manera pura, ya
que se caractel:izó por una separaclón estrlcta de poderes, un pre!fldente elegido por sufraglo
universal dlrecto y facultado para desenvolver las funciones de jefe de Estado y de Gobierno. EI
Congreso, compuesto por la Cámara de Dlputados y Senadores, ejercia una función
coleglsladora. EI Estado era unltarlo con poslbilidad de descentra1lzación provincial.
La nueva Constltución reformada consagró un Estado Social de Derecho que fue perfec-
c1onándose hasta 1973, permitlendo el accesode los sectores.medi05,Y_popuJare.s-llegando-a
constlt1:l1r €htle una de las democracias más estables y legitimadas de América Latina.
399
PARLAMENTO CUL"l7.JRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

"En las etecclones presldenciales de 1970 resultó ganado-ra la co-allclón de izqiHerda:


denominada Unldad Popular. que lIevó ai poder ai socialista Salvador ALLENDE. Durante el
Inicio de su mandato el confllcto sobre los proyectos Ideológicos se acentuó. asi como tamblén
la crisls económlca. Ia escasez. Ia constante problemática social. Ias huelgas patronales. Ias
campanas periodisticas de derecha y las manlfestaclones públicas. provocaron el caos y un
gran descontento popular. EI fln de su presldencia acaecló el 11 de septiembre de 1973 con el
golpe militar encabezado por el general Augusto PINOCHET. ALLENDE murió junto con un
grupo de colaboradores. en la defensa deI Palaclo de la Moneda. Una junta militar asumló el
poder. clausuró el Parlamento y dlsolvló el Tribunal Constitucional y los partidos políticos.
Luego de varias actas constitucionales. en 1976 se decldló consolidar un nuevo régl-
rrien juridlco mediante una Constituclón que abrió paso a una democracia protegida. Para
cumplir con dlcho objetivo se Instruyó a la Comlslón de Estudlos de la Nueva Constitución
para brindarles las dlrectlvas correspondlentes para la reallzaclón deI trabajo. La Comislón
estaba Integrada por personas de conflanza dei Jefe de Estado. EI nuevo texto de la Constltu-
clón fue ratificado mediante plebiscito nacional el 11 de septiembre de 1980. el cual además
resolvló la pennanencla dei general PINOCHET como presidente de la República durante un
período de translclón de ocho anos.
Una dlsposlclón transltoria de la Carta de 1980 establecló que en el ano 1988 el pueblo
debía ratificar o rechazar la proposlclón hecha por los Comandantes en Jefe de las Fuerzas
Annadas y por el General Dlrector de Carablneros. deI candidato único a Presidente de la
República. el general PINOCHET. EI referéndum se celebró el5 de octubre de 1988. en el cual
el 54.68 % de los votantes decldló que el general no debia seguir en la Presldencla.
Esta votaclón abrió una real etapa de translclón hacla la democracia y a las elecclones
presldenclales y parlamentarias de dlclembre de 1989. en las que resultó vencedor el demó-
crata cristiano Patriclo AYLWIN.
Antes de realizarse dlchas elecclones. se refonnó la Carta de 1980. Las 54 modlflcaclo-
nes Incluldas fueron aprobadas por consenso entre el goblemo y la oposlclón democrática.
Las mlsmas afectaron buena parte de los preceptos e Instituclones constituclonales: sobera-
nia. derecho de sufraglo. libertad de expreslón. derecho de slndlcaclÓn. dlsfrute de derechos.
sltuaclones de excepclón. presldencla de la República. Senado; Tribunal Constitucional. Fuer-
zas Annadas. entre otras.
Con posterloridad. se han realizado distintas modlflcaclones mediante las leyes. Ia últi-
ma de ellas. Incorporada a esta edlclón. deI 16 dejunlo de 1999.

400
CONS7TfUCIÓN POUTlCA DELA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

CAPíTULO I
BASES DE LA INSTITUCIONALIDAD
Articulo 1. Los hombn:s nacen IIbres e Iguales en dlgnldad y derechos.
La famllia es el núcleo fundamental de la socledad.
EI Estado reconoce y ampara a los grupos Intermedlos a través de los cuales se organiza
y estructura la sociedad y les garantiza la adecuada autonomia para cumpllr sus propios fines
específicos.
El Estado está ai servicio de la persona humana y su flnalidad es promover el blen
común. para lo cuai debe contribuir a crear las condiciones sociales que permltan a todos y a
cada uno de los Integrantes de la comunldad nacional su mayor reallzación espiritual y mate-
rial poslble. con pleno respeto a los derechos y garantias que esta Constltuclón establece.
Es deber dei Estado resguardar la seguridad nacional. dar protecclón a la población y a la
familia. propender ai fortaleclmlento de ésta. promover la Integraclón armónlca de todos los
sectores de la Nación y asegurar el derecho de las personas a participar con igualdad de
oportunidades en la vida nacional.
Articulo 2. Son emblemas nacionales la bandera nacional. el escudo de armas de la Repúbli-
ca y el himno nacional.
Articulo 3. El Estado de Chile es unitario. Su territorio se divide en reglones.
Su admlnlstraclón será funcional y territorlalmente descentralizada. o desconcentrada
en su caso. en conformidad con la ley.
Articulo 4. Chile es una república democrática.
Articulo 5. La soberania reside esenclalmente en la Naclón.
Su ejerclclo se realiza por el pueblo a través dei plebiscito y de elecclones periódicas y.
también. por las autoridades que esta Constltución establece. Nlngún sector dei pueblo ni
Individuo alguno puede atribuirse su ejerciclo.
El ejercicio de la soberania reconoce como IImltación el respeto a los derechos esencla-
les que emanan de la naturaleza humana.
Es deber de los órganos dei Estado respetar y promover tales derechos. garantlzados por
esta ConstituclóIl. asi como por los tratados internaclonales ratificados por Chile y que se
encuentren vigentes.
Articulo 6. Los órganos dei Estado deben someter su acclón a la Constltuclón y a las normas
dlctadas conforme a eJla.
Los preceptos de esta Constltución obligan tanto a los titulares o Integrantes de dlchos
órganos como a toda persona, institución o grupo.
La infracción de esta norma generará las responsabilldades y sanciones que determi-
ne la ley.
Articulo 7. Los órganos dei Estado actúan válidamente previa Investidura regular de sus
integrantes. dentro de su competencla y en la forma que prescriba la ley.
Ninguna magistratura. nlnguna persona ni grupo de personas pueden atribuirse, nl
aun a pretexto de clrcunstancias extraordinarias. otra autoridad o derechos que los que ex-
presamente se les hayan conferido en vlrtud de la Constltuclón o las leyes.
Todo acto en contravención a este artículo es nulo y originará las responsabilldades y
sanciones que la ley senale.
Articulo 8. Derogado.
Articulo 9. EI terrorismo, en cualquiera de sus formas. es por esencla contrario a los dere-
chos humanos.
Una ley de quórum califlcado determinará las conductas terroristas y su penalldad.
Los responsables de estos delitos quedarán Inhabilitados por ,el plazo de quince anos
para ejercer funciones o cargos públicos, sean o no de elección popular, o de rector o dlrector
de estableclmiento de educación. o para ejercer en eJlos funciones de ensenanza; par<\ explo-
tar un medlo de comunlcaclón social o ser director o administrador dei mlsmo, o para desem-
penar en él funciones relacionadas con la emlslón o dlfuslón de oplnlones o Informaciones;
ni podrán ser dirigentes de organizaclones políticas o relacionadas con la educación o de
401
PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

carácter vecinal, profeslonal, empresarial, sindical, estudlantll o gremlal en general, du-


rante dicho plazo,
Lo anterior se entlende, sin peIjuiclo de otras Inhabllldades o de las que por mayor
tlempo establezca la ley.
Los delitos a que se refiere el Inciso anterior serán considerados slempre comunes y no
políticos para todos los efectos legales y no procederá respecto de ellos el indulto particular,
salvo para conmutar la pena de muerte por la de presidio perpetuo.

CAPíTULO 11
NACIONALlDADY CIUDADANíA
Articulo 10. Son chilenos:
i. Los nacldos en el territorio de Chile, con excepción de los hIJos de extranjeros que se
encuentren en Chile en servlcio de su Gobierno, y de los hljos de extranjeros tran-
seúntes, todos los que, sin embargo, podrán optar por la nacionalidad chilena:
2. Los hijos de padre o madre chilenos nacldos en territorio extranjero, hallándose cual-
qulera de éstos en actual servicio de la República, qulenes se conslderarán para todos
los efectos como nacidos en el territorio chileno;
3. Los hijos de padre o madre chilenos, nacldos en terrltorio extranjero, por el sólo hecho
de avecindarse por más de un afto en Chile;
4. Los extranjeros que obtuvieren carta de naclonalizaclón en conforrnldad a la ley, re-
nunciando expresarnente a su naclonalidad anterior.
No se exigirá esta renuncia a los nacldos en país extranjero que, en virtud de un
tratado Internacional, conceda este mlsmo beneficio a los chilenos.
Los nacionalizados en conforrnidad a este número tendrán opclón a cargos públicos de
elección popular sólo después de cinco afios de estar en paseslón de sus cartas de
nacionalizaclón: y
5. Los que obtuvieren especial gracia de nacionalizaclón por ley.
La ley reglarnentará los procedlmientos de opclón por la naclonalldad chilena; de otor-
garnlento, negativa y cancelación de las cartas de naclonalizaclón, y la forrnaclón de
un registro de todos estos actos.
Articulo 11. La naclonalidad chilena se pierde:
1. Por naclonalización en país extranjero, salvo en elcaso de aquellos chilenos compren-
dldos en los números I, 2 Y3 deI artículo anterior que hubleren obtenldo otra naclona-
Iidad sln renunciar a su nacionalidd chilena y de acuerdo con lo estableclc!o eu el N° 4
deI mlsmo artículo,
La causal de perdida de la naclonalidad chilena sefialada precedenteme. ',':" no reglrá
respecto de los chilenos que, en vlrtud de dlsposlclones constltuclonales, legales o
administrativas deI Estado en cuyo territorio resldan, adopten la naclonalldad extran-
jera como condición de su permanencia en él'o de igualdad jurídica en el ejercicio de
los derechos clviles con los nacionales deI respectivo país;
2, Por decreto supremo, en caso de prestación de servicios durante una guerra eXterior a
enemigos de Chile o de sus aliados:
3. Por sentencia judicial condenatoria por delitos contra la dlgnidad de la patria o los intere-
ses esenciales y permanentes deI Estado, así considerados por ley aprobada con quórum
calificado,
En estos procesos, los hechos se apreciaran siempre en conciencia;
4. Por cancelación de la carta de nacionalización, y
5. Por ley que revoque la nacionalización concedida por gracia.
Los que hubieren perdido la naclonalldad chilena por cualqulera de las causales esta-
blecldas en este artículo, sólo podrán ser rehabilltados por ley.
,Articulo 12. La persona afectada por acto o resoluclón de autoridad administrativa que la
prive de su naclonalidad chilena o se la desconozca, podrá recurrir, por si o por cualquiera a
su nombre, dentro deI plazo de treinta días, ante la Corte Suprema, la que conocerá como
jurado y en tribunal pleno.
La interposlción deI recurso suspenderá los efectos deI acto o resoludón recurridos.
402
CONST77VCIÓN POLlnCA DELA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

Articulo 13. Son ciudadanos los chilenos que hayan cumplido dieciocho anos de edad y que no
hayan sido condenados a pena aflictiva.
La calidad de cludadano otorga los derechos de sufragio. de optar a cargos de elección
popular y los demás que la Constitución o la ley confleran.
Articulo 14. Los-ext;ranjeros avecindados en Chile por más de cinco anos. y que cumplan con
los requisitos seiialados en el inciso primero dei artículo 13. podrân ejercer el derecho de
sufragio en los casos y formas que determine la ley.
Articulo 15. En las votaclones populares. el sufraglo será personal. igualitario y secreto.
Para los ciudadanos será. además, obligatorio.
Sólo podrá convocarse a votación popular para las elecciones y plebiscitos expresamen-
te previstos en esta Constitución.
Articulo 16. EI derecho de sufragio se suspende:
1. Por lnterdicción en caso de demencia;
2. Por hallarse la persona procesada por delito que merezca pena aflictiva o por delito que
la ley califlque como conducta terrorista, y
3. Por haber sído sancíonado por el Tribunal Constitucional en conformidad al inciso
séptimo dei número 15 dei artículo 19 de esta Constitución.
Los que por esta causa se hallaren privados dei ejercicio dei derecho de sufragio lo
recuperarân ai término de cinco anos, contado desde la declaración dei Tribunal.
Esta suspensión no producirá otro efecto legal, sln peIjuicio de lo dispuesto en el inci-
so séptimo dei número 15 dei artículo 19.
Articulo 17. La calidad de ciudadano se pierde:
1. Por pérdida de la nacionalidad chilena;
2. Por condena a pena aflictiva. y
3. Por condena por delitos que la ley califlque como conducta terrorista.
Los que hubieren perdido la ciudadanía por la causal seiialada en el número 2 podrân
solicitar su rehabilltación ai Senado. una vez extinguida su responsabilldad penal.
Los que hubieren perdido la ciudadanía por la causal prevista en el número 3 sólo podrân
ser rehabilitados en virtud de una ley de quórum califlcado, una vez cumpllda la condena.
Articulo 18. Habrá un sistema electoral público.
Una ley orgânica constitucional determinará su organlzación y funcionamiento. regu-
lará la forma en que se realizarán los procesos electorales y plebiscitarios, en todo lo no
previsto por esta Constitución y, garantlzará siempre la plena igualdad entre los indepen-
dientes y los miembros de partidos políticos tanto en la presentación de candidaturas como en
su particlpación en los seiialados procesos.
EI resguardo dei orden público durante los actos electorales y plebiscitarios correspon-
derá a las Fuerzas Armadas y Carabineros dei modo que indique la ley.

CAPÍTULO 111
DE LOS DERECHOS Y DEBERES CONSTITUCIONALES
Articulo 19. La Constitución asegura a todas laspersonas:
1. EI derecho a la vida y a la integridad fisica y psíquica de la persona.
La ley protege la vida dei que está por nacer.
La pena de muerte sólo podrá establecerse por delito contemplado en ley aprobada
con quórum califlcado.
Se prohlbe la aplicación de todo apremlo ilegítimo;
2. La igualdad ante la ley.
En Chile no hay persona ni grupo privilegiados.
En Chile no hay esclavos y el que pise su terrítorio queda Iibre. Hombres y muje-
res son iguales ante la ley.
Ni la ley ni autoridad alguna podrân establecer diferencias arbitrarias;
3. La igual protección de la ley en el ejerciclo de sus derechos.
Toda persona tiene derecho a defensa jurídica en la forma que )", ley seiiale y
ninguna autoridad o individuo podrá impedir, restringir o perturbar la debida inter-
vención dei letrado si hubiere sido requerida.
403
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Tratándose de los integrantes de las Fuerzas Armadas y de Orden y Seguridad


Pública. este derecho se regirá. en lo concemiente a lo administrativo y disciplinaria.
por las normas pertinentes de sus respectivos estatutos.
La ley arbitrará los medias para otorgar asesoramiento y defensa jurídica a quie-
nes no puedan procurárselos por si mismos.
Nadie puede ser juzgado por comisiones especiales. sino por el tribunal que le
seiiale la ley y que se halle establecido con anteriondad por ésta.
Toda sentencia de un órgano que ejerzajurisdicción debe fundarse en un proceso
previa legalmente tramitado.
Corresponderá ai legislador establecer siempre las garantias de un racional y juS-
to procedimiento.
La ley no podrá presumir de derecho la responsabilidad penal.
Ningún delito se castigará con otra pena que la que seiiale una ley promulgada
con antenondad a su perpetración. a menos que una nueva ley favorezca ai afectado.
Ninguna ley podrá establecer penas sin que la conducta que se sanciona esté
expresamente descrita en ella;
4. EI respeto y protección a la vida pnvada y pública y a la honra de la persona y de su
familia.
La infracción de este precepto. cometida a través de un media de comunicación
social, y que consistiere en la lmputación de un hecho o acto falso. o que cause
injustificadamente dano o descrédito a una persona o a su familia. será constitutiva
de delito y tendrá la sanción que determine la ley.
Con todo, el media de comunicación social podrá excepcionarse probando ante el
tnbunal correspondiente la verdad de la imputación, a menos que ella constituya por
si misma el delito de injuna a particulares. Además, los propietarios, editores, direc-
tores y administradores deI media de comunicación social respectivo serán solidaria-
mente responsables de las indemnizaciones que procedan;
5. La inviolabilidad deI hogar y de toda forma de comunicación pnvada.
El hogar sólo puede allanarse y las comunicaciones y documentos pnvados inter-
ceptarse. abnrse o registrarse en los casos y formas determinados por la ley;
6. La libertad de conciencia. Ia manifestación de todas las creencias y el ejercicio Iibre
de todos los cultos que no sé opongan a la moral. a las buenas costumbres o ai orden
público.
Las confesiones religiosas podrán engir y conservar templos y sus dependencias
bajo las condiciones de segundad e higiene fijadas por las leyes y ordenanzas. Las
iglesias, las confesiones e instituciones religiosas de cualquier culto tendrán los de-
rechos que otorgan y reconocen. con respecto a los bienes, las leyes actualmente en
vigor.
Los templos y sus dependencias, destinados exclusivamente ai servicio de un cul-
to. estarán exentos de toda c1ase de contnbuciones;
7. EI derecho a la libertad personal y a la segundad individual.
En consecuencia;
a) Toda persona tiene derecho a residir y permanecer en cualquier lugar de la
República. trasladarse de uno a otro y entrar y salir de su terIitono. a condición de
que se guarden las normas establecidas en la ley y salvo siempre el peIjuicio de
terceros;
b) Nadie puede ser privado de su libertad personal ni ésta restringida sinO en los
casos y en la forma determinados por la Constitución y las leyes;
c) Nadie puede ser arrestado o detenido sino por orden de funcionario público ex-
presamente facultado por la ley y después de que dicha orden le s.ea intimada en
forma legal.
Sin embargo. podrá ser detenido el que fuere sorprendido en delito flagrante.
con el sólo objeto de ser puesto a disposición deI juez competente dentro de las
veinticuatro horas siguientes.
Si la autondad hiciere arrestar o detener a alguna persona. deberá. dentro
de las cuarenta y ocho horas siguientes. dar aviso ai juez competente, poniendo a
su disposición ai afectado.
404
CONSTI7VCIÓN PoLtncA DE LA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

EI juez podrá, por resolución fundada, ampliar este plazo hasta por cinco
dias, y hasta por dlez dias. en el caso que se investigaren hechos callflcados por la
ley como conductas terroristas; .
d) Nadie puede ser arrestado o detenido. sujeto a prlsión preventiv<fo preso, sino
en S'u casa o en lugares vu1Jllcos destrnados a esre õ1Jjeto.
Los encargados de las prlslones no pueden recibir en ellas a nadie en cali-
dad de arrestado o detenido, procesado o preso, sin dejar constancia de la orden
correspondiente. emanada de autoridad que tenga facultad legal, en un registro
que será público.
Ninguna incomunicación puede impedir queel funcionarlo encargado de la
casa de detención visite aI arrestado o detenido, procesado o preso, que se en-
cuentre en ella.
Este funcionarlo está obligado, slempre que el arrestado o detenido lo re-
quiera, a transmitir aI juez competente la copia de la orden de detención, o a
reclamar para que se le dé dicha copia, o a dar él mismo un certificado de lfallarse
detenido aquel individuo. si aI tiempo de su detención se hubiere omitido este
requisito:
e} La Iibertad provisional procederá a menos que la detención o la prlsión preven-
tiva sea considerada por el juez como necesaria para las investigaciones deI su-
mario o para la seguridad deI ofendido o de la sociedad.
La ley establecerá los requisitos y modalidades para obtenerla.
La resoluclón que otorgue la Iibertad provisional a los procesados por los
delitos a que se refiere el artículo 9. deberá elevarse siempre en consulta. Ésta y
la apelación de la resoluclón que se pronuncie sobre laexcarcelación serán cono-
cidas por el Tribunal superior que corresponda integrado exclusivamente por mlem-
bros titulares.
La resolución que apruebe u otorgue la libertad requerirá ser acordada por
unanimidad.
Mlentras dure la libertad provisional el reo quedará siempre sometido a las
medidas de vigilancia de la autorldad que la ley contemple:
f) Eu las causas crlminales no se podrá cbligar aI inculpado a que declare bajo
juramento sobre hecho propio: tampoco podrán ser obligados a declarar en contra
de éste sus ascendientes, descendlentes, cónyuge y demás personas que, según
los casos y circunstancias, senale la ley:
g) No podrá imponerse la pena de confiscación de bienes. sin perjuicio deI comiso
en los casos establecidos por las leyes: pero dicha pena será procedente respecto
de las asociaciones ilícitas:
h) No podrá aplicarse como sanción la pérdida de los derechos previsionales, e
il Una vez dictado sobreseimiento definitivo o sentencia absolutorla. el que hubiere
sido sometido a proceso o condenado en cualquier instancia por resolución que la
Corte Suprema declare injustificadamente errónea o arbitraria. tendrá derecho a
ser indemnizado por el Estado de los perjuiclos patrlmoniales y morales que haya
sufrldo.
La indemnización será determinada judicialmente en procedimiento breve
y sumario y en él la prueba se apreciará en conciencia:
8. EI derecho a vivlr en un medio ambiente Ilbre de contaminación.
Es deber deI Estado velar para que este derecho no sea afectado y tutelar la preser-
vación de la naturaleza.
La ley podrá establecer restrlcciones específicas aI ejercicio de determinados dere-
chos o Ilbertades para proteger el medio ambiente:
9. EI derecho a la protección de la salud.
EI Estado protege elllbre e igualltarlo acceso a las acciones de promoción, protec-
ción y recuperaclón de la salud y de rehabilltación deI individuo.
Le corresponderá. asimlsmo. la coordinación y control de las acciones relaciona-
das con la salud.
Es deber preferente deI Estado garantizar la ejecución de las acciones de salud,
sea que se presten a través de instituciones públicas o privadas, en la forma y condi-
ciones que determine la ley. la que podrá establecer cotizaciones obligatorlas.
405
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Cada persona tendrá el derecho a eleglr el sistema de salud al que desee acoger-
se, sea éste estatal o privado:
10. EI derecho a la educaclón.
La educaclón tiene por objeto el pleno desarrollo de la persona en las distintas
etapas de su vida.
Los padres tienen el derecho preferente y el deber de educar a sus hijos.
Corresponderá ai Estado otorgar especial protección ai ejerclcio de este derecho.
La educaclón básica es obligatoria, debiendo el Estado financiar un sistema gra-
tuito con tal objeto, destinado a asegurar el acceso a ellil de toda la poblaclón.
Corresponderá ai Estado, asimismo. fomentar e1 desarrollo de la educación en
todos sus niveles; estimular la investlgación científica y tecnológica, la creación ar-
tística y la protecclón e incremento dei patrimonlo cultural de la Naclón.
Es deber de la comunidad contribuir ai desarrollo y perfecclonamlento de la educa-
clón;
11. La Iibertad de enseiianza Incluye el derecho de abrir, organizar y mantener estableci-
mlentos educaclonales.
La Iibertad de enseiianza no tiene otras Iimitaciones que las Impuestas por la
moral, las buenas costumbres, e.1 orden público y la seguridad nacional.
La enseiianza reconoclda oficialmente no podrá orientarse a propagar tendencla
político partidista alguna.
Los padres tienen el derecho de escoger el establecimlento de enseiianza para
sus hljos.
Una ley orgãnica constitucional establecerá los requisitos mínimos que deberán
exigirse en cada uno de los niveles de la enseiianza básica y media y seiialará las
nomlas objetivas, de general apllcaclón, que permitan ai Estado velar por su cumpll-
~m~. .
Dicha ley, dei mismo modo. establecerá los requisitos para el reconoclmiento ofi-
cial de los establecimientos educaclonales de todo nivel;
12. La IIbertad de emitir opinión y la de Informar. sin censura previa. en cualquler forma
y por cualquier medlo. sln peIjulclo de responder de los delitos y abusos que se come-
tan en el ejerclcio de estas IIbertades. en conformldad a la ley. Ia que deberá ser de
quómm calificado.
La ley en nlngún caso podrá establecer monopollo estatal sobre los medios de
comunicación social.
Toda persona natural o jurídica ofendida o Injustamente aludida por algún medio
de comunicación social, tiene derecho a que su declaración o rectlflcación sea gratui-
tamente difundida, en las condiciones que la ley determine, por el medlo de comuni-
caclón social en que esa Informaclón hublera sido emitida.
Toda persona natural o juridlca tlene el derecho de fundar. editar y mantener
diarlos, revistas y periódicos, en las condiciones que seiiale la ley.
El Estado, aquellas universidades y demás personas o entidades que la ley deter-
mine, podrãn establecer. operar y mantener estaciones de teJevislón.
Habrá un Consejo Nacional de Radlo y Televisión, autónomo y con personalidad
juridlca, encargado de velar por el correcto funcionamlento de este medlo de comuni-
caclón. Una ley de quómm callflcado seiialará la organlzaclón y demás funciones y
atribuclones dei referido Consejo.
La ley establecerá un sistema de censura para la exhlbición y publlcldad de la
producción cinematográfica:
13. EI derecho a reunlrse pacificamente sin permiso previo y sin armas.
Las reuniones en las plazas, calles y demás lugares de uso público, se reglrãn por
las dlsposiclones generales de policia:
14. EI derecho de presentar peticiones a la autoridad. sobre cualquier asunto de interés
público o privado. sln otra Iimltación que la de proceder en términos respetuosos y
convenientes;
15. El derecho de asoclarse sln permiso previo.
Para gozar de personalldad juridica. Ias asociaclones deberãn constitulrse en con-
formidad a la ley.
Nadle puede ser obllgado a pertenecer a una asociación.
406
CONS77TUCIÓN PoLtncA DE LA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

Prohibense las asociaclones contrarias a la moral, ai orden público y a la seguri-


dad dei Estado.
Los partidos políticos no podrán intervenir en actividades ajenas a las que les son
proplas ni tener privilegio alguno o monopolio de la participaclón ciudadana: la nómi-
na de sus militantes se registrará en el serviclo electoral deI Estado, el que guardará
reserva de la misma, la cual será acceslble a los militantes deI respectivo partido; su
contabllidad deberá ser pública; las fuentes de su flnanciamlento no podrán provenlr
de dineros, bienes, donaciones o aportes ni créditos de origen extranjero; sus estatu-
tos deberán contemplar las normas que aseguren una efectiva democracia interna.
Una ley orgánica constitucional regulará las demás materias que les .conciernan
y las sanciones que se aplicarán por el incumplimlento de sus preceptos, dentro de las
cuales se podrá considerar su disoluclón.
Las asociaclones, movlmlentos, organizaciones o grupos de personas que persi-
gan o relicen actividades propias de los partidos políticos sin ajustarse a las normas
anteriores son ilícitos y serán sancionados de acuerdo a la referida ley orgánica cons-
titucional.
La constitución política garantiza el pluralismo político.
Son inconstitucionales los partidos, movimientos u otras formas de organlzación,
cuyos objetivos, actos o conductas no respeten los principios básicos d,el régimen de-
mocrático y constitucional, procuren el establecimiento de un sistema totalitario, como
asimismo aquéllos que hagan uso de la violencia, la propugnen o inciten a ella como
método de acción política.
Corresponderá ai Tribunal Constitucional declarar esta inconstitucionalldad.
Sln perjulcio de las demás sanciones establecldas en la Constitución o en la ley,
las personas que hubieren tenldo participación en los hechos que motlven la declara-
ción de Inconstituclonalldad a que se reflre el inciso precedente, no podrán participar
en la formaclón de otros partidos políticos, movimlentos, u otras formas de organiza-
ción política, ni optar a cargos públlcos de elección popular ni desempenar los cargos
que se menclonan en los númros 1 a 6 dei artículo 54, por el término de cinco aflos,
contado desde la resolución dei Tribunal.
SI a esa fecha las personas referidas estuvleren en poseslón de las funciones o
cargos Indicados, los perderán de pleno derecho.
Las personas sancionadas en virtud de este precepto no podrán ser objeto de reha-
billtación durante el plazo senalado en el inciso anterior.
La duraclón de las Inhabilldades contempladas en dicho Inciso se elevará ai doble
en caso de relncldencla;
16. La llbertad de trabajo y su protecclón.
Toda persona tiene derecho a la libre contrataclón y a la Iibre elecclón dei trabajo
con una justa retrlbuclón.
Se prohibe cualqulera discriminación que no se base en la capacidad o Idoneldad
personal, sin perjulclo de que la ley pueda exigir la nacionalidad chilena o límltes de
edad para determinados casos.
Nlnguna c1ase de trabajo puede ser prohlbida, salvo que se oponga a la moral, a la
seguridad o a la salubridad públicas, o que lo exija el Interés nacional y una ley lo
declare así.
Ninguna ley o dlsposlclón de autoridad pública podrá exigir la afillación a organi-
zación o entidad alguna como requisito para desarrollar una determinada actlvidad o
trabajo, ni la desafiliación para mantenerse en éstos.
La ley determinará las profeslones que requieren grado o titulo unlversitario y las
condiciones que deben cumpllrse para ejercerlas.
La negoclaclón colectlva con la empresa en que laboren es un derecho de los
trabajadores, salvo los casos en que la ley expresamente no permita negociar.
La ley establecerá las modalldades de la negociaclón colectiva y los procedlmlen-
tos adecuados para lograr en ella una soluclónjusta y pacífica.
La ley senalará los casos en que la negoclación colectiva deba someterse a arbi-
traje obligatorio, el que corresponderá a tribunales especlales de expertos cuya orga-
nizaclón y atribuciones se establecerán en ella.
407
PARLAM'=NTO CUL7VRAL Da MERCOSUR (PARCUM)

No podrán declararse en huelga los funclonarios dei Estado nl de las municipali-


dades.
Tampoco podrán hacerlo las personas que trabajen en corporaclones o empresas,
cualquiera que sea su naturaleza. finalldad o funclón, que atlendan serviclos de utlli-
dad pública o cuya parallzaclón cause grave dano a la salud, a la economia dei país. al
abasteclmlento de la poblaclón o a la segurldad nacional.
La ley establecerá los procedlmlentos para determinar las corporaclones o empre-
sas cuyos trabajadores estarán sometldos a la prohlblclón que establece este inciso;
17. La admlslón a todas las funciones y empleos públicos, sln otros requisitos que los que
Impongan la Constltuclón y las leyes;
1~ El derecho a la segurldad social.
Las leyes que regulen el ejerclcio de este derecho serán de quórum callflcado.
La acclón dei Estado estará dirigida a garantlzar el acceso de todos los habitantes
al goce de prestaclones básicas uniformes, sea que se otorguen a través de Instltuclo-
nes públicas o privadas.
La ley podrá establecer cotlzaclones obligatorlas.
EI Estado supervlgllará el adecuado ejerclclo dei derecho a la segurldad social;
19. EI derecho de slndlcarse en los casos y forma que sefiale la ley.
La aflllaclón sindical será slempre voluntaria.
Las organlzaciones slndlcales gozarán de personalldad jurídica por el solo hecho
de registrar sus estatutos y actas constitutivas en la forma y condiciones que deter-
mine la ley.
La ley contemplará los mecanismos que aseguren la autonomia de estas organi-
zaciones.
Las organlzaclones sindlcales no podrán Intervenlr en actlVidades político-parti-
distas:
20. La Igual repartlclón de los tributos en proporción a las rentas o en la progresión o
forma que flje la ley, y la Igual repartlción de las demás cargas públicas.
En nlngún caso la ley podrá establecer tributos manlflestamente desproporcionados
o Injustos.
Los tributos que se recauden, cualqulera que sea Stl naturaleza, Ingresarán ai
patrlmonio de la Naclón y no podrán estar afectos a un destino determinado.
Sin embargo. Ia ley podrá autorizar que determinados tributos puedan estar afec-
tados a fines proplos de la defensa nacional.
Asimlsmo. podrá autorizar que los que gravan actlVidades o blenes que tengan
una clara Identlflcaclón regional o local puedan ser aplicados, dentro de los marcos
que la mlsma ley sefiale. por las autoridades reglonales o comunales para el
flnanciamiento de obras de desarrollo;
21. EI derecho a desarrollar cualqulera actlv1dad económlca que no sea contraria a la
moral, ai orden público o a la segurldad nacional, respetando las normas legales que la
regulen.
El Estado y sus organismos podrán desarrollar actlVidades empresariales o partici-
par en ellas sólo si una ley de quórum callflcado los autoriza. En tal caso. esas actiVi-
dades estaránsometldas a la leglslaclón común apllcable a los particulares. sin per-
julciO de las excepclones que por motivos justificados establezca la ley, la que deberá
ser, aslmismo. de quórum callflcado:
22. La no dlscrlmlnaclón arbitraria en el trato que deben dar el Estado y sus organismos
en materla económlca.
Sólo en vlrtud de una ley, y slempre que no signifique tal dlscrlmlnaclón, se po-
drán autorizar determinados beneficios dlrectos o Indlrectos en favor de algún sector,
actlvidad o zona geográfica, o establecer gravámenes especlales que afecten a uno u
t:l1:ftls.
En el caso de las franquiclas o benet1clos tnàlrectos, ta estimaeién dei costo de.
éstos deberá inclulrse anualmente en la Ley de Presupuestos:
23. La Iibertad para adquirir el domlnlo de toda c1ase de blenes, excepto aquéllos que la
naturaleza ha hecho comunes a todos los hombres o que deban pertenecer a la Nación
toda y la ley lo declare asi.
408
C ONSTlTUCION POLlT/CA DE LA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

Lo anterior es ;sln peIjulclo de lo prescrito en otros preceptos de esta Constltuclón.


Una ley de quórum calificado y cuando asi lo exija el Interés nacional puede esta-
blecer limltaciones o requisitos para la adquislclón dei domlnlo de algunos blenes;
24. EI derecho de propledad en sus diversas especles sobre toda c1ase de bienes corporales
o Incorporales.
Sólo la ley puede establecer el modo de adquirir la propledad. de usar. gozar y
dlsponer de ella y las Iimltaclones y obligaclones que derlven de su funclón social.
Ésta comprende cuanto exijan los Intereses generales de la Naclón. Ia segurldad
nacional. Ia utllidad y la salubrldad públicas y la conservaclón dei patrlmonlo ambien-
tai.
Nadle puede. en caso alguno. ser privado de !'U propledad. dei bien sobre que recae
o de algunos de los atributos o facultades esendales dei domlnio. sino en vlrtud de ley
general o especial que autorlce la exproplaclónpor causa de uttlldad pública o de Inte-
rés nacional. caltftcada por el legislador.
EI exproplado podrá reclamar de la legaltdad dei acto exproplatorlo ante los trlbu-
nales ordlnarlos y tendrá slempre derecho a Indemnlzación por el dano patrimonial
efectlvamente causado. Ia que se fijará de común acuerdo o en sentencia dlctada
conforme a derecho por dlchos trIbunales.
A falta de acuerdo. Ia Indemnlzaclón deberá ser pagada en dlnero efectlvo ai con-
tado.
La toma de poseslón matertal dei blen expropiado tendrá lugar prevlo pago dei total
de la Indemnizaclón. Ia que. a falta de acuerdo. será determinada provlsionalmente
por perttos en la forma que sefiale la ley. En caso de reclamo acerca de la procedencla
de la expropiaclón. el juez podrá. con el mérito de los antecedentes que se Invoquen.
decretar la suspensión de la toma de posesión.
EI Estado tiene el domlnio absoluto. exclusivo. Inalienable e imprescrlptible de
todas las minas. comprendiéndose en éstas las covaderas. Ias arenas metalíferas. los
salares. los depósitos de carbón e hidrocarburos y las demás sustancias fóslles. con
excepción de las arcillas superficiales. no obstante la propledad de las personas natu-
rales o jurídicas sobre los terrenos en cuyas entrafias estuvleren situadas.
Los predlos superficlales estarán sujetos a las obligaciones y Itmltaclones que la
ley senale para facilitar la exploración. explotaclón y el beneficio de dlchas minas.
Corresponde a la ley determinar qué sustanclas de aquellas a que se reftere el
Inciso precedente. exceptUados los hidrocarburos líquidos o gaseosos. pueden ser obje-
to de concesiones de exploración o de explotaclón.
Dlchas conceslones se constitulrán slempre por resoluclón Judicial y tendrán la
duraclón. confertrán los derechos e impondrán las obllgaciones que la ley exprese. la
que tendrá el carácter de orgánlca constitucional.
La conceslón minera obltga ai duefio a desarrollar la actlvldad necesarla para
satlsfacer el interés público que Justifica su otorgamlento.
Su réglmen de amparo será establecido por dicha ley. tenderá dlrecta o Indlrecta-
mente a obtener el cumpltmiento de esa obllgacl6n y contemplará causales de caducl-
dad para el caso de Incumpllmiento o de slmple exUnclón dei domlnlo sobre la conce-
slón.
En todo caso. dichas causales y sus efectos deben estar establecidos ai momento
de otorgarse la conceslón.
Será de competencia exclusiva de los trlbunales ordlnarlos de jusUcia declarar la
extlnción de tales concesiones.
Las controverslas que se produzcan respecto de la caducldad o exílnción dei doml-
nlo sobre la concesión serán resueltas por ello; y en caso de caducidad. el efectado
podrá requertr de'lajusticia la declaración de subsistencla de su derecho.
EI dominlo dei titular sobre su conceslón minera está protegido por la garantia
constitucional de que trata este número.
La exploración. la explotación o el beneficio de los yaclmlentos que contengan
sustancias no susceptlbles de conceslón. podrán ejecutarse directamente por el Esta-
do o por sus empresas. o JYOT medlo de concesiones administrativas o de contratos
especlales de operación. con los requisitos y bajo las condiciones que el Presidente de
la República fije. para cada caso. por decreto supremo.
409
PARLAMENTO CULTVRAL DEL MERCqSUR (PARCUM)

Esta norma se aplicará tamblén a los yaclmlentos de cualquler especle existen-


tes en las aguas maritlmas sometldas a la jurisdlcclón naclohal y a los situados. en
todo o en parte. en zonas que. conforme a la ley. se determlnen como de Importancla
para la seguridad nacional.
EI Presidente de la República podrá poner término, en cualquler tlempo. sin ex-
preslón de causa y con la Indemnlzaclón que corresponda, a las conceslones adminis-
trativas o a los contratos de operación relativos a explotaclones ublcadas en zonas
declaradas de Importancla para la seguridad nacional.
Los derechos de los particulares sobre las aguas. reconocidos o constltuldos en
conformldad a la ley. otorgarãn a sus titulares la propledad sobre ellos;
25. EI derecho dei autor sobre sus creaclones Intelectuales y artistlcas de cualquler espe·
cle, por el tlempo que seiiale la ley y que no será ~ferior al de la vida dei titular.
EI derecho de autor comprende la propiedad de las obras y otros derechos. como la
paternidad. Ia edición y la integridad de la obra. todo ello en conformldad a la ley.
Se garantlza. tamblén. Ia propledad Industrial sobre las patentes de Invención,
marcas comerciales. modelos. procesos tecnológicos u otras creaclones análogas, por
el tlempo que establezca la ley.
Será aplicable a la propledad de las creaciones intelectuales y artísticas y a la
propiedad industrial lo prescrito en los incisos segundo. tercero. cuarto y quinto dei
número anterior, y
26. La seguridad de que los preceptos legales que por mandato de la Constltución regulen
o complementen las garantías que ésta establece o que las \Imlten en los casos en que
ella lo autoriza. no podrán afectar los derechos en su esencla. nl Imponer condiciones,
tlibutos o requisitos que Impldan su Iibre ejerclcio.
Articulo 20. EI que por causa de actos u omisiones arbitrarios o i1egales sufra privación.
perturbación o amenaza en ellegitlmo eJerticio de los derechos y garantias establecidos en el
artículo 19. números 1.2.3 inciso cuarto. 4.5.6. 9 Inciso final. 11, 12. 13, 15. 16 en lo relativo
a la libertad de trabajo y ai derecho a su \Ibre eJecclón y libre contrataclón, y a lo establecido
en el inciso cuarto. 19. 21, 22, 23. 24 Y25 podrá ocurrir por si o por cualqulera a sunombre. a
la Corte de Apelaclones respectiva. Ia que adoptará de inmediato las providencias que juzgue
necesarias para restablecer el Impelio deI derecho y asegurar la deblda protección dei afecta-
do. sln perjuiclo de los demás derechos que pueda hacer valer ante la autoridad o los tlibuna-
les correspondlentes.
Procederá. tamblén. el recurso de protección en el caso deI N· 8 dei articulo 19, cuando
el derecho a vlvir en un medio ambiente libre de contamlnación sea afectado por un acto
arbitrario e ílegal Imputable a una autor1dad o persona determinada.
Articulo 21. Todo individuo que se hallare arrestado. detenldo o preso con infracción de lo
dlspuesto en la Constitución o en las leyes; podrá ocurrlr por si. o por cualquiera a su nombre.
a la magistratura que seiiale la ley. a fln de que ésta ordene se guarden las formalidades
legales y adopte de inrnediato las providencias que juzgue necesarias para restablecer el
Impelio deI derecho y asegurar la deblda protección dei afectado.
Esa magistratura podrá ordenar que el individuo sea traido a su presencia y su decreto
será precisamente obedecido por todos los encargados de las cárceles o lugares de detención.
Instruida de los antecedentes. decretará su libertad inmediata o hará que se reparen
los defectos legales o pondrá aI individuo a disposlclón deI juez competente. procediendo en
todo breve y sumariamente, y corrigiendo por si esos defectos o dando cuenta a quien corres-
ponda para que los corrija.
EI mismo recurso, y en igual forma. podrá ser deducido en favor de toda persona que
ilegalmente sufra cualquiera otra prlvaclón. perturbación o amenaza en su derecho a la Ii-
bertad personal y seguridad individuai.
La respectiva magistratura dlctará en tal caso las medidas indicadas en los incisos
anteriores que estime conducentes para restablecer el ImpeI10 dei derecho y asegurar la
deblda protección deI afectado.
Articulo 22. Todo habitante de la Repúblk:a debe respeto a Chile y a sus emblemas nacionales.
Los chilenos flenen el debe-r fundamentah'ie-hOllFaI a la patl'la. dl: defendersu sobera-
nía y de contribuir a preservar la seguI1dad nacional y los valores esenclales de la tradición
chilena.
410
CONSTrTUCIÓN POLtrtCA DE:LA RE:PÚBUCA DE: CHILE: / TEXTO

EI servicio militar y demás cargas personales que imponga la ley son obl1gatorlos en los
términos y formas que ésta determine.
Los chilenos en estado de cargar armas deberán hallarse inscrltos en los Registros
Mil1tares. si no están legalmente exceptuados.
Artículo 23. Los grupos intermedios de la comunidad y sus dirlgentes que hagan mal uso de
la autonomia que la Constituclón les reconoce. interviniendo indebidamente en actividades
ajenas a sus fines específicos. serán sancionados en conformidad a la ley.
Son incompatibles los cargos directivos superlores de las organizaciones grgemiales
con los cargos directivos superlores. nacionales y regionales. de los partidos políticos.
La ley establecerá las sanciones que corresponda aplicar a los dlr1gentes gremiales que
intervengan en actlv1dades político partldistas y a los dlr1gentes de los partidos políticos, que
interfieran en el funcionamiento de las organlzaciones' gremiales y demás grupos interme·
dios que la propia ley senale.

CAPíTULO IV
GOBIERNO
PRESIDENTE DE LA REPÚBLICA
Articulo 24. EI gobiemo y la administración dei Estado corresponden aI Presidente de la Repú-
blica. qulen es el Jefe dei Estado. Su autorldad se extiende a todo cuanto tiene por objeto. Ia
conservacióndel orden público en el interlor y la segurldad externa de la República, de acuer-
do con la Constltuclón y las leyes.
EI Presidente de la República. a lo menos una vez ai afio. dará cuenta aI pais dei estado
administrativo y político de la Nación.
Articulo 25. Para ser elegido Presidente de la República se requiere haber nacido en el tern-
torlo de Chile. tener cumplidos cuarenta afios de edad y poseer las demás cal1dades necesa-
rias para ser cludadano con derecho a sufragio.
EI Presidente de la República durará en el ejercicio de sus funciones por el término de
seis anos. y no podrá ser reelegido para el periodo siguiente.
EI Presidente de la Repúbl1ca no podrá salir deI terntorlo nacional por más de treinta
dias ni en los últimos noventa dias de su periodo. sin acuerdo dei Senado.
En todo caso. el Presidente de la República comunicará con la debida anticipación ai
Senado su decisión de ausentarse dei terntorio y los motivos que lajustifican.
Artículo 26. EI Presidente será elegido en votación directa y por mayoria absoluta de los sufra-
gios válidamente emitidos. La elección se realizará, en la forma que determine la ley, noven-
ta dias antes de aquel en que deba cesar en el cargo el que esté en funciones.
Si a la elección de Presidente se presentaren más de dos candidatos y ninguno de ellos
obtuviere más de la mltad de los sufragios válidamente emitidos. se procederá a una segunda
votación que se circunscribirá a los candidatos que hayan obtenido las dos más altas mayo-
rias relativas y en ella resultará electo aquel de los candidatos que obtenga el mayor número
de sufragios.
Esta nueva votación se verificará. en la forma que determine la ley, el trlgésimo dias
después de efectuada la primera. si ese dia correspondiere a un domingo.
SI asi no fuere. ella se realizará el domingo inmediatamente siguiente aI referido trigé-
simo dia.
Articulo 27. EI proceso de cal1ficación de la elecclón presidencial deberá quedar concluido
dentro de los quince dias siguientes a la prlmera o segunda votación. según corresponda
EI Tribunal Calificador de Elecclones comunicará de inmedlato ai Presidente dei Sena-
do la proclamaclón de Presidente electo que haya efectuado.
EI Congreso Pleno. reunido en sesión pública noventa dias después de la primera o
única votación y con los miembros que asistan. tornará conocimiento de la resolución en
virtud de la cual el Tribunal Calificador proclama aI Presidente electo.
En este mismo acto el Presidente electo prestará ante el Presidente deI Senado. jura-
mento o promesa de rleseII\Qen<J,T fielmente eJ cargo de .Pre.sid.ente de la República. consenrar
la independencia de la Nación. guardar y hacer guardar la Constltución y las leyes. y de
Inmediato asumlrá sus funciones.

\' 411
PARLAMENrO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

Artículo 28. Si el Presidente electo se hallare Impedido para tomar poseslón dei cargo, asu-
mirá, mlentras tanto, con el titulo de Vicepresidente de la RepúbUca, el Presidente dei Sena-
do: a falta de éste, el Presidente de la Corte Suprema, y a falta de éste, el Presidente de la
Câmara de Diputados.
Con todo, si el impedimento deI Presidente electo fuere absoluto o debiere durar indefi-
nidamente, el Vicepresidente, en los dlez dias siguientes aI acuerdo deI Senado adoptado en
confonnidad aI articulo 49 N2 7, expedirá las órdenes convenientes para que se proceda, den-
tro deI plazo de sesenta dias, a nueva elección en la fonna prevista por la Constitución y la Ley
de Elecciones.
EI Presidente de la República asi elegido asumirá sus funciones en la oportunldad que
seiíale esa ley, y durará en el ejercicio de ellas hasta el dia en que le habria correspondido
cesar en el cargo aI electo que no pudo asumir y cuyo Impedimento hubiere motivado la
nueva elección.
Articulo 29. Si por impedimento temporal, sea por enfennedad, ausencia deI tenitoIio u otro
grave motivo, el Presidente de la República no pudiere ejercer su cargo, le subrogará, con el
titulo de Vicepresidente de la República, el Ministro titular a quien corresponda de acuerdo
con el orden de precedencia legal.
A falta de éste, la subrogación corresponderá ai Ministro titular que siga en ese orden
de precedencia y, a falta de todos ellos, le subrogarán sucesivamente el Presidente deI Sena-
do, el Presidente de la Corte Suprema y el Presidente de la Câmara de Diputados.
En caso de vacancia dei cargo de Presidente de la República, se produclrá la subrogación
como en las situaciones deI inciso anteIior, y se procederá a e1egir sucesor en confonnidad a
las regIas de los incisos siguientes.
Si la vacancia se produjere faltando menos de dos anos para la próxima elección general
de parlamentartos, el Presidente será elegido por el Congreso Pleno por la mayoría absoluta de
los senadores y diputados en ejercicio y durará en el cargo hasta noventa dias después de esa
elección general.
Conjuntamente, se efectuará una nueva elección presidencial por el período seiialado
en el inciso segundo dei artículo 25.
La elección por el Congreso será hecha dentro de los diez dias siguientes a la fecha de la
vacancia y el elegido asumirá su cargo dentro de los treinta dias siguientes.
SI la vacancla se produjere faltando dos anos o más para la próxima elección general de
parlanlentarios, el Vicepresidente, dentro de los diez pIimeros dias de su mandato, convocará
a los ciudadanos a elección presidencial por el nonagésimo dia después de la convocatoIia.
EI Presidente que resulteb elegido asumirá su cargo el décimo dia después de su procla-
mación y durará en él hasta noventa dias después de la segunda elección general de parla-
mentarios que se veIifique durante su mandato, la que se hará en conjunto con la nueva
dección presidencial.
El Presidente elegido confonne a alguno de los incisos precedentes no podrá postular
como candidato a la elección presidencial siguiente.
Articulo 30. EI Presidente cesará en su cargo el mismo dia en que se complete su período y le
sucederá el recientemente elegido.
Articulo 31. EI Presidente designado por el Congreso Pleno o, en su caso, el Vicepresidente de
la República, tendrá todas las atribuciones que esta Constitución confiere aI Presidente de la
República.
Articulo 32. Son atIibuciones especiales deI Presidente de la República:
I. Concunir a la fonnación de las leyes con arreglo a la Constitución, sancionarIas y
promulgarias:
2. Convocar aI Congreso a legislatura extraordinarla y c1ausurarla:
3. Dlctar, previa delegación de facultades deI Congreso, decretos con fuerza de ley sobre
las mateJias que seiíala la Constitución:
4. Convocar a plebiscito en los casos dei artículo 117;
5. Derogado:
6. Desigpar, en confonnldad ai artículo 45 de esta Constltución, a los integrantes dei
Senado que se indican en dlcho precepto:
7. Declarar los estados de excepción constitucional en los casos y fonnas que se seiialan
en esta Constitución:
412
CONSTlTUCION POLfrlCA DE LA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

8. Ejercer la potestad reglamentaria en todas aquel1as materias que no sean propias dei
dominio legal, sin peIjuicio de la facultad de dictar los demás reglamentos, decretos e
instrucciones que crea convenientes para la ejecuciôn de las leyes:
9. Nombrary remover a su voluntad a los ministros de Estado, subsecretarios, intendentes
y gobemadores:
10. Designar a los embajadores y ministros diplomáticos, y a los representantes ante or-
ganismos internacionales.
Tanto estos funcionarios como los senalados en el N" 9 precedente, serán de la
confianza exclusiva dei Presidente de la República y se mantendrán en sus puestos
mientras cuenten con el1a:
11. Nombrar ai Contralor General de la República con acuerdo dei Senado:
12. Nombrar y remover a los funcionarios que la ley denomina como de su exclusiva con-
fianza y proveer los demás empleos civi\es en conformidad a la ley. La remociôn de los
demás funcionarios se hará de acuerdo a las disposiciones que ésta determine;
13. Conceder jubi\aciones, retiros, montepios y pensiones de gracia, con arreglo a las
leyes:
14. Nombrar a los magistrados y fiscales judiciales de las Cortes de Apelaciones y a los
jueces letrados a proposiciôn de la Corte Suprema y de las Cortes de Apelaciones,
respectivamente: y aI miembro deI Tribunal Constitucional que le corresponde desig-
nar y a los magistrados y fiscales judiciales de la Corte Suprema y ai Fiscal Nacional,
a proposiciôn de dicha Corte y con acuerdo dei Senado, todo e1lo conforme a lo prescrito
en esta Constituciôn:
15. Velar por la conducta ministerial de los jueces y demás empleados dei Poder Judicial y
requerir, con tal objeto, a la Corte Suprema para que, si procede, declare su mal com-
portamiento, o aI minlsterio público, para que reclame medidas disciplinarias deI tri-
bunal competente, o para que, si hubiere mérito bastante, entable la correspondiente
acusaciôn:
16. Otorgar indultos particulares en los casos y formas que determine la ley. EI indulto
será improcedente en tanto no se haya dictado sentencia ejecutoriada en el respecti-
vo proceso.
Los funcionarios acusados por la Cámara de Diputados y condenados por el Sena-
do, sôlo pueden ser indultados por el Congreso:
17. Conducir las relaciones politicas con las potenclas extranjeras y organismos interna-
cionales, y 1levar a cabo las negociaciones: concluir, firmar y ratificar los tratados que
estime convenientes para los intereses dei país, los que deberán ser sometidos a la
aprobaciôn dei Congreso conforme a lo prescrito en el artículo 50, N" 1. Las discusio-
nes y dellberaciones sobre estos objetos serán secretas si el Presidente de la Repúbli-
ca así lo exigiere;
18. Designar y remover a los Comandantes en Jefe dei Ejército, de la Armada, de la Fuerza
Aérea y ai General Director de Carabineros en conformidad ai artículo 93, y disponer
los nombramientos, ascensos y retiros de los Oficiales de las Fuerzas Armadas y de
Carabineros en la forma que senala el artículo 94:
19. Disponer de las fuerzas de aire, mar y tierra, organizarias y distribuirias de acuerdo
con las necesidades de la seguridad nacional:
20. Asumir, en caso de guerra, la jefatura suprema de las Fuerzas Armadas:
21. Declarar la guerra, previa autorizaciôn por ley, debiendo dejar constancia de haber
oido ai Consejo de Seguridad Nacional, y
22. Cuidar de la recaudaciôn de las rentas públicas y decretar su inversiôn con arreglo a
la ley.
EI Presidente de la República, con la firma de todos los Ministros de Estado, podrá
decretar pagos no autorizados por ley, para atender necesidades Impostergables deri-
vadas de calamidades públicas, de agresiôn exterior, de conmoclôn interna, de grave
dano o peligro para la seguridad nacional o dei agotamiento de los recursos destinados
a mantener servicios que no puedan paralizarse sin serio peIjuicio para el país.
El-total-de-Ios-glros que-st\ hagan-eon-estos-aajetos-no-podrá exceder anualmente
dei dos por ciento (2%) dei monto de los gastos que autorlce la Ley de Presupuestos.
Se podrá contratar empleados con cargo a esta misma ley, pel'O sln que el ítem
413
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

respectivo pueda ser incrementado ni disminuido mediante traspasos. Los Ministros


de Estado o funcionarios que autoricen o den curso a gastos que contravengan lo dis-
puesto en este número serán responsables solidaria y personalmente de su reintegro,
y culpables deI delito de malversación de caudales públicos.

MINISTROS DE ESTADO
Articulo 33. Los Ministros de Estado son los colaboradores directos e inmediatos deI Presiden-
te de la República en el gobierno y administración dei Estado.
La ley determinará el número y organización de los Ministerios. como también el orden
de precedencia de los Ministros tltulares. .
EI Presidente de la República podrá encomendar a uno o más Ministros la coordinación
de la labor que corresponde a los Secretarios de Estado y las relaciones deI Gobierno con el
Congreso Nacional.
Articulo 34. Para ser nombrado Ministro se requiere ser chileno, tener cumplidos veintiún
anos de edad y reunir los requisitos generales para el ingreso a la Administración Pública.
En los casos de ausencia, impedimento o renuncia de un Ministro, o cuando por otra
causa se produzca la vacancia deI cargo, será reemplazado en la forma que establezca la ley.
Articulo 35. Los reglamentos y decretos deI Presidente de la República deberán firmarse por
el Ministro respectivo y no serán obedecidos sin este esencial requisito.
Los decretos e instmcciones podrán expedirse con la sola firma deI Ministro respectivo,
por orden deI Presidente de la República. en conformidad a las normas que aI efecto establezca
la ley.
Articulo 36. Los Ministros serán responsables individualmente de los actos que firmaren y
solidariamente de los que suscribieren o acordaren con los otros Ministros.
Articulo 37. Los Ministros podrán, cuando lo estimaren conveniente, asistir a las sesiones
de la Câmara de Diputados o dei Senado, y tomar parte en sus debates, con preferencia para
hacer uso de la palabra, pero sin derecho a voto. Durante la votación podrán, sin embargo,
rectificar los conceptos emitidos por cualquier diputado o senador ai fundamentar su voto.

BASES GENERALES DE LA ADMINISTRACIÓN DEL ESTADO


Articulo 38. Una ley orgánica constitucional determinará la organización básica de la Admi-
nistración Pública, garantizará la carrera funcionaria y los principios de carácter técnico y
profesional en que deba fundarse, y asegurará tanto la igualdad de oportunidades de ingreso a
eIla como la capacitación y el perfeccionamiento de sus integrantes.
Cualquier persona que sea lesionada en sus derechos por la Administración deI Estado,
de sus organismos o de las municipalidades, podrá reclamar ante los tribunales que determi-
ne la ley, sin peIjuicio de la responsabilidad que pudiere afectar aI funcionario que hubiere
causado el dano.

ESTADOS DE EXCEPCIÓN CONSTITUCIONAL


Articulo 39. EI ejercicio de los derechos y garantias que la Constitución asegura a todas las
personas sólo puede ser afectado en las siguientes situaciones de excepción: guerra externa
o interna, conmoción interior, emergencia y calamidad pública.
Articulo 40.
1. En situación de guerra externa, el Presidente de la República, con acuerdo deI Consejo
de Seguridad Nacional, podrá declarar todo o parte dei terrltorio nacional en estado de
asanlblea.
2. En caso de guerra interna o conmoción interior, el Presidente de la República podrá.
con acuerdo deI Congreso, declarar todo o parte dei terrltorio nacional en estado de
sitio.
El.C.ohgn~so. dentro deI plazo de diez dias, contados desde la fecha en que el Presi-
dente de la República someta la declaración de estaão de sitio a su consideración,
deberá pronunciarse aceptando o rechazando la proposición, sin que pueda introducirse

414
CONSTrruCIÓN PoLtrlcA DELA REPÚBLICA OE CHILE / TEXTO

modiflcaclones. SI el Congreso no se pronuncIare dentro de dlcho plazo. se entenderá


que aprueba la proposlclón.
Sin embargo. el PresIdente de la República. previo acuerdo dei Consejo de Segun-
dad NacIonal, podrá aplicar el estado de sitio de Inmedlato, mientras el Congreso se
pronuncia sobre la declaraclón.
Cada rama deI Congreso deberá emltlr'su pronunclamiento. por la mayoría de los
miembros presentes, sobre la declaración de estado de sitio propuesta por el Presiden-
te de la República.
Podrá el Congreso. en cualquler tlempo y·por la mayoría absoluta de los miembros
en ejerclcio de cada Câmara, dejar sln efecto el estado de sitio que hublere aprobado.
La declaración de estado de sitio sólo podráhacersehasta por un plazo máximo de
noventa dias, pero el Presidente de la República podrá sollcitar su prórroga, la que se
tramitará en conformldad a las normas preCedentes.
3. EI Presidente de la República. con acuerdo dei Consejo de Segurídad Nacional. podrá
declarar todo o parte deI terIitorio nacIonal en estado de emergencla, en casos graves
de alteraclón dei orden público, dano o pelJitro para la segundad nacional, sea por
causa de ongen Interno o externo. .
Dlcho estado no podrá exceder de noventa dias. pudiendo declararse nuevamente
sI se mantienen las circunstanclas.
4. En caso de calamidad pública. el PresIdente de la República, con acuerdo deI Consejo
de Segundad Nacional, podrá declarar la zona afectada o cualqulera otra que lo requle-
ra como consecuencla de la calamldad produclda, en estado de catástrofe.
5. EI Presidente de la República podrá decretar slmultáneamente dos o más estados de
excepclón si concurren las causales que permlten su declaraclÓn.
6. EI Presidente de la República podrá. en cualquler tlempo. poner término a dichos
estados.
Articulo 41.
L Por la declaraclón de estado de asamblea el Presidente de la República queda facultado
para suspender o restnnglr la lIbertad personal, el derecho de reuniÓn. Ia lIbertad de
informaclón y de oplnlón y la libertad de trab;:go.
Podrá. tamblén. restringir el ejerclcio dei derecho de asoclaclón y de slndicaclón,
imponer censura a la correspondencia y a las comunicaciones. dlsponer requislclones
de blenes y establecer lImitaclones ai ejerclcio deI derecho de propledad.
2. Por la declaración de estado de sitio. el Presidente de la República podrá trasladar a las
personas de un punto a otro dei terIitono nacional. arrestarlas en sus proplas casas o
en lugares que no sean eárceles nl en otros que estén destinados a la detenclón o
prlsión de reoS comunes. Podrá. además. suspender o restnnglr el ejercicio deI dere-
cho de reunión y restnnglr el ejerclclo de las Iibertades de locomoclón . de informa-
ción y de opinlón.
La medida de traslado deberá cumpllrse en localidades urbanas que reúnan las
condiciones que la ley determine.
3. Los tnbunales de justicla no podrán, en caso alguno. entrar a califlcar los fundamen-
tos ni las clrcunstancias de hecho Invocadas por la autoridad para adoptar las medidas
en el ejerclclo de las facultades excepcionalee que le confiere esta Constitución.
La Interposición y la tramitación de leis recursos de amparo y de protecclón que
conozcan los tnbunales no suspenderá los efectos de las medidas decretadas. sln per-
juiclO de lo que resuelvan en definitiva respecto de tales recursos.
4. Por la declaración de estado de emergencia. se podrá restnngir el ejerclclo de la lIber-
tad de locomoción y deI derecho de reunlón.
5. Por la declaraclón dei estado de catástrofe el Presidente de la República podrá restrin-
gir la circulaclón de las personas y.el transporte de mercaderías, y las Iibertades de
trabajo, de información y de oplnión. y de reunlón.
Podrá. asimlsmo. disponer requlslciont. de bienes y establecer Iimltaciones aI
ejercicio deI derecho de propledad, y adoptar todas las medidas extraordlnarlas de ca-
rácter administrativo que estime necesarlas. .
6. Declarado el estado de emergencla o de catástrofe. las zonas respectivas quedarán
b;:go la dependencla inmediata dei jefe de la· Defensa Nacional que el Gobierno desig-
ne. quien asumirá el mando con las atIibuclones y deberes que la ley senale.
415
PARLAMEIVTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

EI Presidente de la República estará obligado a infonnar aI Congreso de las medi-


das adoptadas en virtud de los estados de emergencia y de catástrofe.
7. Las medidas que se adopten durante los estados de excepción no podrán prolongarse
más aliá de la vigencia de dichos estados.
En ningún caso las medidas de restricción y privación de la Iibertad podrán adoptarse
en contra de los parlamentarios, de los jueces. de los miembros deI Tribunal Constitu-
cional. dei Contralor General de la República y de los miembros deI Tribunal Califica-
dor de Elecciones.
8. Las requisiciones que se practiquen darán lugar a indemnizaciones en confonnidad a
la ley.
También darán derecho a indemnización las Iimitaciones que se impongan aI
derecho de propiedad cuando importen privación de alguno de los atributos o faculta-
des esenclales dei dominlo. y con ello se cause dano.
9. Una ley orgánica constitucional podrá regular los estados de excepción y facultar ai
Presidente de la República para ejercer por si o por otras autoridades las atrlbuciones
senaladas precedentemente. sin peljuicio de lo establecido en los estados de emer-
gencia y de catástrofe.

CAPÍTULO V
CONGRESO NACIONAL
Articulo 42. EI Congreso Nacional se compone de dos ramas: la Cámara de Diputados y el
Senado.
Ambas concurren a la fonnación de las leyes en confonnidad a esta Constitución y
tienen las demás atribuciones que ella establece.

COMPOSICIÓN Y GENERACIÓN DE LA CÁMARA DE DIPUTADOS Y DEL SENADO


Articulo 43. La Cámara de Diputados está integrada por 120 miembros elegidos en votación
directa por los distritos electorales que establezca la ley orgánica constitucional respectiva.
La Cánlara de Diputados se renovará en su totalidad cada cuatro anos.
Artículo 44. Para ser elegido diputado se requiere ser ciudadano con derecho a sufragio.
tener cumplidos veintiún anos de edad. haber cursado la Ensenanza Media o equivalente y
tener residencia en la región a que pertenezca el distrito electoral correspondiente durante
un plazo no inferior a dos anos. contado hacia atrás desde el dia de la elección.
Artículo 45. EI Senado se compone de miembros elegidos en votación directa por circunscrip-
ciones senatodales. en consideración a las trece regiones deI país. Cada región constituirá
una circunscripción. excepto seis de ellas que serán divididas. cada una. en dos clrcunscrip-
ciones por la ley orgánica constitucional respectiva.
A cada clrcunscripción corresponde elegir dos senadores.
Los senadores elegidos por votación directa durarán ocho anos en su cargo y se renova-
rán alternadamente cada cuatro anos. correspondiendo hacerlo en un período a los repr.esen-
tantes de las regiones de número Impar y en el slguiente a los de las regiones de número par
y la regtón metropolitana.
EI Senado estará integrado también por:
a) Los ex Presidentes de la República que hayan desempenado el cargo durante seis
anos en fomla continua. salvo que hubiese tenido lugar lo previsto en el inciso terce-
ro deI número 1 dei artículo 49 de esta ConstituclÓn.
. Estos senadores lo serán por derecho propio y con carácter vitalicio. sin per-
juicio de que les sean apllcables las Incompatibilidades. incapacidades y causales de
cesación en el catigo contempladas en los artículos 55. 56 Y 57 de esta Constituclón;
b) Dos ex Ministros de la Corte Suprema. elegidos por ésta en vo~aciones sucesivas.
que hayan desempenado el cargo a lo menos por dos anos continuos;
c) Un ex ContraIor General de la República. que haya desempenado el cargo a lo
menos por dos anos continuos. elegido también por la Corte Suprema;
d) Un ex Comandante en Jefe deI Ejército. uno de la Annada. otro de la Fuerza Aérea.
416
CONSTrruCIÓN POLfrlCA DELA REPÚBUCA DE CHILE / TEXTO

y un ex General Dlrector de Carablneros que hayan desempenado el cargo a lo me-


nos por dos anos. elegidos por el Consejo de Segurldad Nacional:
e) Un ex rector de unlversldad estatal o reconocida por el Estado, que haya desempe-
nado el cargo por un período no inferior a dos afios continuos, designado por el Presi-
dente de la República. y
t) Un ex Ministro de Estado, que haya ejercido el cargo por más de dos anos continuos.
en periodos presldenclales anteriores a aquél en el cual se realiza el nombramiento,
designado también por el Presidente de la República.
Los senadores a que se refieren las letras bl. cl. dI, e) y t) de este artÍCulo durarán en sus
cargos ocho anos.
SI sólo eJdstieren tres o menos personas que reúnan las calidades y requisitos exigidos
por las letrasbl a t) de este artículo, la deslgnaclón correspondlente podrá recaer en cludada-
nos que hayan desempenado otras funciones relevantes en los organismos, Instituclones o
servlclos mencionados en cada una de las citadas letras.
La designación de estos senadores se efectuará cada ocho afios dentro de los qulnce
dias slgulentes a la elecclón de senadores que corresponda.
No podrán ser designados senadores qulenes hubieren sido destituldos por el Senado
conforme aI articulo 49 de esta Constituclón.
Articulo 46. Para ser elegido senador se requlere ser ciudadano con derecho a sufraglo, dos
afios de resldencia en la respectiva reglón contados hacla atrás desde el dia de la elección.
haber cursado la Ensenanza Media o equivalente y tener cumplidos 40 afios de edad el dia de
la elección.
Articulo 47. Se entenderá que los dlputados y senadores tienen por el solo mlnisterlo de la
ley, su residencla en la reglón correspondlente, mlentras se encuentren en ejerciclo de su
cargo.
Las elecciones de dlputados y de los senadores que corresponda eleglr por votaclón di-
recta se efectuarán conjuntamente.
Los parlamentarlos podrán ser reelegidos en sus cargos.
Las vacantes de dlputados. y las de senadores elegidos por votaclón dlrecta que se pro-
duzcan en cualquier tiempo se proveerán con el ciudadano que, hablendo integrado la lista
electoral deI parlamentarlo que cesó en el cargo, h'abría resultado elegido si a esa lista hubiere
correspondido otro cargo. .
En caso de no ser aplicable la regIa anterior y faltar más de dos anos para el término deI
período dei que hubiere cesado en el cargo. Ia vacante será proveida por la Câmara que corres-
ponda. por mayoría absoluta de sus miembros en ejerciCio, de entre los Incluldos en una
terna propuesta por el partido a que perteneciere qulen hublere motivado la vacante.
EI nuevo diputado o senador durará en sus funciones el término que le faltaba al que
orlglnó la vacante.
Los parlamentarlos elegidos como independlentes que mantuvleren tal calidad a la fe-
cha de produclrse la vacante, no serán reemplazados, a menos que hubieren postulado inte-
grando listas en conjunto con un partido político, En este último caso. se aplicará los dipuesto
en el inciso anteríor.
En ni l1 gún caso procederán elecciones complementarias.

ATRIBUCIONES EXCLUSIVAS DE LA CÁMARA DE DIPUTADOS


Articulo 48. Son atrlbuciones exclusivas de la Cámara de Diputados:
1. Fiscalizar los actos deI Goblerno.
Para ejercer esta atrlbución la Câmara puede. con el voto de la mayoría de los
diputados presentes. adoptar acuerdos o sugerir observaclones que se transmitirán
por escrito ai Presidente de la República. debiendo el Gobierno dar respuesta. por me-
dio deI Ministro de Estado que corresponda, dentro de trelnta dias.
En nlngún caso, dlchos acuerdos u observaclones afectarâ'n la responsabilldad
política de los Ministros, y la obligaclón deI Goblerno se entenderá cumplida por el solo
hecho de entregar su respuesta.
Cualquler dlputado podrá solicitar determinados antecedentes al Gobierno slem-
pre que su proposiclón cliente con el voto favorable de un terclo de los mlembros pre-
sentes de la Câmara, y
417
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

2. Declarar si han o no lugar las acusaclones que no menos de dlez nl más de velnte de
sus miembros formulen en contra de las slgulentes personas:
a) Del Presidente de la República, per-actos de su admlnlstración que hayan com-
prometido gravemente el honor o la segundad de la Naclón, o Infnngldo ablerta-
mente la Constltuclón o las leyes.
Esta acusaclón podrá Interponerse mlentras el Presidente esté en funcio-
nes y en los seis meses siguientes a su explración en elcargo.
Durante este último tlempo no podrá ausentarse de la República sln acuer-
do de la Câmara;'
b} De los Ministros de Estado, por haber comprometido gravemente el honor o la
segundad de la Naclón, por Infnnglr la Constltuclón o las leyes o haber dejado
éstas sln ejecución, y por los delitos de. tralclón, concus\ón, malversaclón de fon-
dos públicos y sobomo: '
c) De los magistrados de los tIibunales supenores de justlcla y deI Contralor Ge-
neral de la República, por notable abandono de sus deberes;
d) De los generales o almirantes de las Instltuclones perteneclentes a las Fuerzas
de la Defensa Nacional, por haber comprometido gravemente el honor o la segun-
dad de la Naclón, y
e) De los Intendentes y gobemadores, por Infracclón de la Constltuclón y por los
delitos de tralción, sedlclón. malversaclón de fondos públicos y concuslón.
La acusaclón se tramitará en conformldad a la ley orgãnlca constitucional relati-
va aI Congreso.
Las acusaciones refendas en las letras b). el, d) Ye} podrãn interponerse mlentras
el afectado esté en funciones o en los tres meses slgulentes a la explraclón en su
cargo.
Interpuesta la acusaclón. el afectado no podrá ausentarse deI pais sln permlso de
la Cámara y no podrá hacerlo en caso alguno si la acusaclón ya estuviere aprobada por
dIa.
Para declarar que ha lugar la acusaclón en contra deI Presidente de la República
se necesltará el voto de la mayoría de los dlputados en ejerclclo.
En los demás casos se requerírá el de la mayoría de los dlputados presentes y el
acusado quedará suspendido en sus funciones desde el momento en que la Câmara
declare que ha lugar la acusación.
La suspensión cesará si el Senado desestlmare la acusaclón o si no se pronunciare
dentro de los treinta dias sigulentes.

ATRIBUCIONES EXCLUSIVAS DEL SENADO


ArtIculo 49. Son atIibuclones exclusivas deI Senado:
1. Conocer de las acusaclones que la Câmara de Dlputados entable con arreglo ai articulo
anterior.
EI Senado resolverá como jurado y se limitará a declarar si el acusado es o no culpa-
ble deI delito, Infracción o abuso de poder que se le tmputa.
La declaraclón de culpabl1ldad deberá ser pronunciada por los dos terelos de los sena-
dores en ejerclcio cuando se trate de una acusaclón en contra deI Presidente de la Repú-
blica, y por la mayoría de los senadores en ejerclclo en los demás casos.
Por la declaraclón de culpabilldad queda el acusado destltuldo de su cargo, y no podrá
desempenar nlnguna funclón pública. sea o no de elecclónpopular, por el término de
cinco anos.
EI funcionaIio declarado culpable serájuzgado de acuerdo a las leyes por el tnbunal
competente, tanto para la apllcación de la pena senalada ai delito, si lo hublere, cuanto
-para hacer efectlva la responsabllldad civil por los danos y peIjulclos causados ai Estado
o a particulares;
2. Decidir si ha o no lugar la admislón de las acclones judlclales que cualquier persona
pretenda iniciar en contra de algún Ministro de Estado, con motivo de los peIjulclos
que pueda haber sufndo Injustamente por acto de éste en el desempeno de su cargo;
3. Conocer de las contlendas de competencla que se susclten entre las autondades
políticas o administrativas y los tIibunales supenores de justlcla;
418
CONSTIWCIÓN POLfrtCA DELA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

4. Otorgar la rehabilltaclón de la ciudadanía en el caso deI artículo 17. número 2. de esta


Constltuclón:
5. Prestar o negar su consentlmlento a los actos deI Presidente de la República. en los
casos en que la Constltuclón o la ley lo requleran.
SI el Senado no se pronunciare dentro de trelnta días después de pedida la urgen-
cla por el Presidente de la República. se tendrá por otorgado su asentlmlento:
6. Otorgar su acuerdo para que el Presidente de la República pueda ausentarse dei país
por más de trelnta días o en los últimos noventa días de su período;
7. Declarar la Inhabilldad deI Presidente de la República o deI Presidente electo cuando
un Impedimento físico o mental lo inhabl\lte para el ejerciclo de sus funciones: y
declarar aslmlsmo. cuando el Presidente de la República haga dlmlslón de su cargo. si
los motivos que la origlnan son o no fundados y. en consecuencla. admitirIa o des-
echarla.
En ambos casos deberá oír previamente aI TrIbunal Constitucional;
8. Aprobar. por la mayoría de sus mlembros en ejerclclo. Ia declaraclón deI TrIbunal
Constitucional, a que se reflere la segunda parte deI N2 8 deI artículo 82:
9. Aprobar. en seslón especialmente convocada aI efecto y con el voto conforme de los dos
terclos de los senadores en ejerclclo. Ia deslgnaclón de los ministros y ftscales judl,
clales de la Corte Suprema y dei Fiscal Nacional. y
10. Dar su dictamen ai Presidente de la República en los casos en que éste lo sollclte.
EI Senado. sus comlslones y susdemás órganos. Incluldos los comités parlamen-
tarios silos hublere.'no podrán en fiscalizar los actos deI Goblemo nl de las entidades
que de él dependan. nl adoptar acuerdos que Impllquen flscallzación.

ATRIBUCIONES EXCLUSIVAS DEL CONGRESO


Articulo 60. Son atríbuclones exclusivas deI Congreso:
1. Aprobar o desechar los tratados Intemaclonales que le presentare el Presidente de la
República antes de su ratiflcaclón. La aprobaclón de un tratado se someterá a los
trâmites de una ley.
Las medidas que el Presidente de la República adopte o los acuerdos que celebre
para el cumpllmlento de un tratado en vigor no requerirán nueva aprobaclón deI Con-
greso. a menos que se trate de materias proplas de ley.
En el mlsmo acuerdo aprobatorio de un tratado. podrá el Congreso autorizar aI
Presidente de la República a fln de que. durante la vlgencla de aquél. dlcte las diSpOsl-
clones con fuerza de ley que estime necesarías para su cabal cumpllmlento. slendo
en tal caso apllcable lo dispuesto en los Incisos segundo y slgulentes deI artículo 61. y
2. Pronunclarse respecto deI estado de sitio. de acuerdo ai número 2 deI artículo 40 de
esta Constituclón.

FUNCIONAMIENTO DEL CONGRJ::SO


Articulo 61. EI Congreso abrirá sus sesiones ordlnarias el día 21 de mayo de cada afio. y las
cerrará el 18 de septlembre.
Articulo 62. EI Congreso podrá ser convocado por el Presidente de la Repúbllca a legislatura
extraordlnarla dentro de los diez últimos dias de una leglslaclón ordlnaria o durante el rece-
so parlamentarlo.
SI no estuvlere convocado por el Presidente de la Repúbllca. el Congreso podrá
autoconvocarse a legislatura extraordinaria a través deI Presidente dei Senado y a sollcltud
escrita de la mayoría de los,mlembros en ejerclclo de cada una de sus ramas.
La autoconvocatoria deI Congreso sólo procederá durante el receso parlamentario y siem-
pre que no hublera sido convocado por el Presidente de la República.
Convocado por el Presidente de la República. el Congreso sólo podrá ocuparse de los
asuntos legislativos o de los tratados Intemacionales que aquél Incluyere en la convocatoría;
sln peIjulclo dei despacho de la Ley de Presupuestos y de la facultad de ambas Câmaras para
ejeicer susatribuclones exclusivas.
Convocado por el Presidente deI Senado podrá ocuparse de cualquler materia de su
Incumbencia.
419
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

EI Congreso se entenderá siempre convocado de pleno derecho para conocer de la decla-


raclón de estado de sitio.
Artículo 53. La Câmara de Diputados y el Senadõ no podrán entrar en sesión ni adoptar
acuerdos sin la concurrencia de la tercera parte de sus miembros en ejercicio.
Cada una de las Câmaras establecerá en su propio reglamento la clausura deI debate
por simple mayoría.

NORMAS COMUNES PARA LOS DIPUTADOS Y SENADORES


Artículo 54. No pueden ser candidatos a diputados ni a senadores:
1. Los Ministros de Estado:
2. Los intendentes. los gobemadores. los alcaides y los mlembros de los consejos regi 0-
nales y los concejales:
3. Los miembros dei Consejo deI Banco Central:
4. Los magistrados de los tribunales superiores de justicia y los jueces de letras;
5. Los miembros dei Tribunal Constitucional. deI Tribunal Califlcador de Elecciones y de
los tribunales electorales regionales:
6. El Contralor General de la República:
7. Las personas que desempenen un cargo directlvo de naturaleza gremlal o veclnal;
8. Las personas naturales y los gerentes o administradores de personas jurídicas que
celebren o caucionen contratos con el Estado, y .
9. EI Fiscal Nacional. los flscales regionales y los flscales adjuntos dei Ministerio Públi-
co.
Las inhabilidades establecidas en este articulo serán aplicables aquienes hubieren
tenido las calidades o cargos antes mencionados dentro dei afio inmediatamente anterior a la
elección: excepto respecto de las personas mencionadas en los números 7) y 8), las que no
deberán reunir esas condiciones ai momento de inscribir su candidatura y de las indicadas
en el número 9J. respecto de las cuales el plazo de la inhabilldad será de los dos aflos inmedia-
tamente anteriores a la elección.
Si no fueren elegidos en una elección. no podrán volver aI mismo cargo ni ser designa-
dos para cargos análogos a los que desempenaron hasta unaflo después deI acto electoral.
Artículo 55. Los cargos de diputados y senadores son incompatibles entre sí y con todo empleo
o comisión retribuidos con fondos deI Fisco, de las municipalidades. de las entidades flscales
autónomas. semiflscales o de las empresas dei Estado o en las que el Fisco tenga interven-
ción por aportes de capital. y con toda otra función o comisión de la mlsma naturaleza.
Se exceptúan los empleos docentes y las funciones o comlslones de igual carácter de la
ensenanza superior, media y especial.
Aslmismo. los cargos de diputados y senadores son incompatibles con las funciones de
directores o consejeros. aun cuando sean ad honorem. en las entidades fiscales ·autónomas.
semiflscales o en las empresas estatales. o en las que el Estado tenga partlclpación por aporte
de capital.
Por el sólo hecho de resultar electo. el diputado o senador cesará en el otro cargo. em-
pleo. funclón o comisión incompatible que desempene. a contar de su proclamaclón por el
Tribunal Califlcador. .
En el caso de los ex Presidentes de la República. el solo hecho de Incorporarse ai Senado
significará la cesaclón inmediata en los cargos. empleos. funciones o comlslones incompati-
bles que estuvleran desempenando. En los casos de los senadores a que se refleren las letras
b) a f) deI inciso tercero dei artículo 45. éstos deberán optar entre dicho cargo y el otro cargo.
empleo. función o comlsión incompatible. dentro de los quince días sigulentes a su designa-
ción y. a falta de esta opción. perderán la calidad de senador.
Artículo 56. Ningún diputado o senador. desde su Incorporación en el caso de la letra a) dei
artículo 45. de~de su proclamación como electo por el Tribunal Calificador o desde el día de su
deslgnación. según el caso. y hasta seis meses después de terminar su cargo. puede ser
nombrado para un empleo. función o comisión de los referidos en el artículo anterior.
Esta disposición no rige en caso de guerra exterior; ni se aplica a los cargos de Presiden-
te de la República. Ministro de Estado y agente diplomático; pero sólo los cargos conferidos en
estfldo de guerra son compatibles con las funciones de diputado o senador.
420
CONSTITUCIÓN POLlI1CA DE LA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

Articulo 57. Cesará en el cargo el diputado o senador que se ausentare dei país por más de
treinta días sln penniso de la Cámara a que pertenezca o. en receso de ella. de su Presidente.
Cesará-en·el·cargo el diputado'o'senador que' durante su ejercicio celebrare o caucionare
contratos con el Estado. el que actuaie como abogado o mandatario en cualquier clase de
julclo contra el Fisco. o como procurador o agente en gestiones particulares de carácter admi-
nistrativo. en la provlsión de empleos públicos. consejerías. funciones o comisiones de sim,-
~~~~a .
En la misma sanción incurrirá el que acepte ser dlrector de banco o de alguna sociedad
anónima. o ejercer cargos de similar importancla en estas actividades.
La inhabilidad a que se reflere el inciso anterior tendrá lugar sea que el dlputado o
senador actúe por si o por interpósita persona. natural o juridica. o por media de una sociedad
de personas de la que fonne parte.
Cesará en su cargo el diputado o senador que ejercite cualquier influencia ante las
autoridades administrativas o judiciales en favor o representación deI empleador o de los
trabajadores en negociaciones o confllctos laborales. sean dei sector público o privado. o que
intervengan en ellos ante cualquiera de las partes.
Igual sanción se aplicará ai parlamentario que actúe o intervenga en actividades estu-
diantiles, cualquiera que sea la rama de la ensenanza. con el objeto de atentar contra su
normal desenvolvimiento.
Sin peIjuiclo de lo dispuesto en el inciso séptimo dei número 15 dei artículo 19. cesará.
asimismo. en sus funciones el diputado o senador que de palabra o por escrito incite a la
alteraclón dei orden público o propicie el cambio deI orden juridico institucional por medios
distintos de los que establece esta Constitución. o que comprometa gravemente la seguridad
o el honor de.la Nación.
Quien perdlere el cargo de diputado o senador por cualqulera de las causales senaladas
precedentemente no podrá optar a nlnguna función o empleo público. sea o no de elecclón
popular. por el témllno de dos afias. salvo los casos dei inciso séptimo dei número 15 dei artículo
19. en los cuales se aplicarân las sanciones aIlí contempladas.
Cesará, asimismo. en sus funciones et diputado o senador que. durante su ejercicio.
pierda algún requisito general de eleglbilidad o incurra en alguna de las causales de inhabi-
Iidad a que se reflere el artículo 54. sln perjuicio de la excepclón contemplada en el inciso
segundo dei artículo 56 respecto de los Ministros de Estado.
Articulo 58. Los diputados y senadores sólo son inviolables por las oplnlones que manifiesten
y los votos que emitan en el desempeno de sus cargos. en sesiones de sala o de comisión.
Nlngún diputado o senador. desde el dia de su elección o deslgnación. o desde el de su
incorporaclón, según el caso, puede ser procesado o privado de su Iibertad. salvo el caso de
delito flagrante. si el Tribunal de A1zada de la jurisdicción respectiva. en pleno, no autoriza
previanlente la acusaclón declarando haber lugar a formaclón de causa. De esta resolución
podrá apelarse ante la Corte Suprema.
En caso de ser arrestado algún diputado o senador por delito flagrante. será puesto Inme-
diatamente a disposición dei Tribunal de Alzada respectivo. con la información sumaria corres-
pondiente.
EI Tribunal procederá. entonces. confonne a lo diSpuesta en el inciso anterior. .
Desde el momento en que se declare. por resolución finne, haber lugar a fonnación de causa.
queda el dlputado o senador acusado suspendido de su cargo y sujeto a1juez competente.
Articulo 59. Los diputados y senadores perclblrân como única renta una dieta equivalente a
la remuneración de un Ministro de Estado incluidas todas las asignaciones que a éstos co-
rrespondan.

MATERIA5 DE LEY
Articulo 60. Sólo son mate rias de ley:
1. Las que en vlrtud de la Constitución deben ser objeto de leyes orgânicas constitucio-
nales:
2. Las que la Constltuclón exija que sean reguladas por una ley:
3. Las que son objeto de codificaclón. sea civil, comercial. procesal, penal u otra:
4. Las materias básicas relativas ai réglmen juridico laboral. sIndical, previsional y de
seguridad social:
421
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

5. Las que regulen honores públicos a los grandes servidores;


6. Las que modlflquen la forma o características de los emblemas naclonales;
7. Las que-autortcen-al-Estado,a-sus-ol"ganlsmos.y-a.Jas municipalidades. para contratar
empréstltos. los que deberán estar destinados a financiar proyectos específicos.
La ley deberá Indicar las fuentes de recursos con cargo a los cuales deba hacerse
el selVlclo de la deuda.
Sln embargo. se requelirá de una ley de quórum califlcado para autorizar la con-
trataclón de aquel10s empréstltos cuyo venclmlento exceda dei término de duraclón
dei respectivo período presidencial.
Lo dlspuesto en este número no se aplicará ai Banco Central;
8. Las que autolicen la celebraclón de cualquler clase de operaclones que puedan com-
prometer en forma dlrecta o indlrecta el crédito o la responsabl11dad financlera dei
Estado. sus organismos y de las municipalidades.
Esta dlsposlción; no se aplicará ai Banco Central;
9. Las que fljen las normas con arreglo a las cuales las empresas dei Estado y aquellas
en que éste tenga participaclón puedan contratar empréstltos. los que en ningún caso.
podrán efectuarse con el Estado. sus organismos o empresas;
10. Las que fljen las normas sobre enajenación de blenes dei Estado o de las municipali-
dades y sobre su arrendamlento o conceslón;
11. Lasque establezcan o modlflquen la dlvlslón política y administrativa dei país;
12. Las que sefialen el valor. tipo y denomlnaclón de las monedas y el sistema de pesos y
medidas;
13. Las que fijen las fuerzas de atre. mar y tlerra que han de mantenerse en pie en tlempo
de paz o de guerra. y las normas para permitir la entrada de tropas extranjeras en el
terlitolio de la República. como. aslmismo. Ia sallda de tropas naclonales fuera de él;
14. Las demás que la Constltuclón sefiale como leyes de Iniciativa exclusiva dei Presi-
dente de la República;
15. Las que autolicen la declaración de guerra. a propuesta dei Presidente de la República;
16. Las que concedan indultos generales y arnnistías y las que f!jen las normas generales
con arreglo a las cuales debe ejercerse la facultad dei Presidente de la República para
conceder indultos particulares y pensiones de gracia.
Las leyes que concedan indultos generales y amnlstías requelirán siempre de
quórum califlcado.
No obstante. este quórum será de las dos terceras partes de los diputados y sena-
dores en ejerclclo cuando se trate de delitos contemplados en el artículo 9;
17. Las que sefialen la cludad en que debe residir el Presidente de la República, celebrar
sus sesiones el Congreso Nacional y funcionar la Corte Suprema y el Tribunal Cons-
titucional;
18. Las que fijen las bases de los pro<;edlmlentos que Iigen los actos de la admlnistraclón
pública;
19. Las que regulen el funcionamiento de loterías. hipódromos y apuestas en general. y
20. Todaotra norma de carácter general y obligatolio que estatuya las bases esenciales
de un ordenamiento jurídico.
Articulo 61. El Presidente de la República podrá solicitar autorización ai Congreso Nacional
para dictar disposiciones con futrza de ley durante un plazo no supeIior a un afio sobre mate-
lias que correspondan ai dominlo de la ley.
Esta autorización no pódrá extenderse a la nacionalldad. Ia cludadanía. Ias elecl:lones
nl ai plebiscito. como tampoco a matelias comprendidaS en las garantias constltuclcinales o
que deban ser objeto de leyes orgánlcas constltuclonales o de quórum callflcado.
La autolizaclón no podrá comprender facultades que afecten a la organlzaclón. atlibu-
clones y réglmen de los funcionalii:ls dei Poder Judicial. dei Congreso Nacional, dei Tribunal
Constitucional nl de la Contraloría General de la República. "
La ley que otorgue la refelida autorizaclón sej'ialará las materlas precisas sobre las que
recaerá la delegaclón y podrá establecer o determinar las Ilrriltaclones, restrlcclones y forma-
lidades que se estlmen convenientes.
A la Contralorla General de la República corresponderá tomar razón de estos decretos
con fuerza de ley. deblendo rechazarlos cuando ellos excedan o contravengan la autorizaclón
referida.
422
CONS77TUC/ÓN POLlT!CA DELA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

Los decretos con fuerza de ley estarán sometidos en cuanto a su publicaclón. vlgencla y
efectos. a las mismas normas que rigen para la ley.

FORMACIÓN DE LA LEY
Articulo 62. Las leyes pueden tener orlgen en la Cámara de Dlputados o en el Senado. por
mensaje que dirija el Presidente de la República o por moción de cualqulera de sus mlembros.
Las mociones no pueden ser firmadas por más de diez diputados ni por más de cinco
senadores.
Las leyes sobre tributos de cualqulera naturaleza que sean, sobre los presupuestos de
la administraclón pública y sobre reclutarnlento, sólo pueden tener orlgen en la Cámara de
Diputados. Las leyes sobre arnnistía y sobre indultos generales sólo pueden tener orlgen en
el Senado.
Corresponderá ai Presidente de la República la iniciativa exclusiva de los proyectos de
ley que tengan relación con la alteración de la división política o administrativa dei país, o con
la administración financiera o presupuestaria dei Estado. incluyendo las modificaciones de la
Ley de Presupuestos. y con las materlas seiíaladas en los números 10 y 13 dei artículo 60.
Corresponderá, asimismo. ai Presidente de la República la iniciativa exclusiva para:
1. Imponer. suprimir. reducir o condonar tributos de cualquier c1ase o naturaleza. esta-
blecer exenclones o modificar las existentes. y determinar su forma, proporcionalidad
o progresión:
2. Crear nuevos servlcios públicos o empleos rentados, sean·fiscales, semiflscales, au-
tónomos o de las empresas dei Estado o munlcipales; suprlmlrlos y determinar sus
funciones o atrlbuclones:
3. Contratar empréstltos o celebrar cualqulera otra c1ase de operaclones que puedan
comprometer el crédito o la responsabilidad financlera dei Estado, de las entidades
semlfiscales. autónomas . de los gobiemos reglonales o de las municipalidades, y con-
donar. reducir o modificar obligaciones. intereses u otras cargas financleras de cual-
quier naturaleza establecidas en favor dei Fisco o de los organismos o entidades refe-
ridos;
4. Fijar. modificar. conceder o aumentar remuneraciones. jubilaciones. pensiones. mon-
tepios, rentas y ctialquiera otra clase de emolumentos. préstamos o beneficios al per-
sonal en servlcio o en retiro y a los beneflciarios de montepío. en su caso, de la admi-
nlstraclón pública y demás organismos y entidades anteriormente seiíalados, como
aslmismo fijar las remuneraclones mínimas de los trabajadores dei sector privado.
aumentar obligatorlamente sus remuneraciones y demás beneficios económlcos o
alterar las bases que slrvan para determinarlos; todo eUo sin peIjuiclo de lo dlspuesto
en los números slguientes;
5. Establecer las modalidades y procedirnientos de la negociación colectiva y determinar
los casos en que no se podrá negociar. y
6. Establecer o modificar las normas sobre segurldad social o que Incidan en eUa. tanto
dei sector público como dei sector privado.
EI Congreso Nacional sólo podrá aceptar. dlsminulr o rechazar los servlclos. empleos.
emolumentos, préstarnos. beneficios. gastos y demás iniciativas sobre la materla que propon-
ga el Presidente de la República.
Articulo 63. Las normas legales que interpreten preceptos constltuclonales necesltarán, para
su aprobación, modiflcación o derogación. de las tres quintas partes de los diputados y senado-
res en ejerclclo.
Las normas legales a las cuales lá Constltución confiere el carácter de ley orgánlca
constitucional requerltán. para su aprobaclón. modiflcación o derogaclón, de las cuatro séptl-
mas partes de los diputados y senadores en ejercicio.
Las normas legales de quórum callficado se establecerán, modlflcarán o derogarán por
la mayoría absoluta de los dlputados y senadores en ejerciclo.
Las demás normas legales requerirán la mayoría de los miembros presentes de cada
Cámara. o las mayorías que sean aplicables conforme a los artículos 65 y slgulentes.
Articulo 64. EI proyecto de la Ley de Presupuestos deberá ser presentado I?ore\ Presidente de
la República ai Congreso Nacional, a lo menos con tres meses de anterlorldad a la fecha en.
423
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

que debe empezar a regir: y si el Congreso no lo despachare dentro de los sesenta dias conta-
dos desde su presentación, regirá el proyecto presentado por el Presidente de la República.
EI Congreso Nacional no podrá aumentar ni disminulr la estlmación de los ingresos:
sólo podrá reduclr los gastos contenidos en el proyecto de Ley de Presupuestos, salvo los que
estén establecidus por ley permanente.
La estlmación dei rendlmlento de los recursos que consulta la Ley de Presupuestos y de
los nuevos que establezca cualqulera otra Iniciativa de ley, corresponderá exclusivamente aI
Presidente, prevlo informe de los organismos técnicos respectivos.
No podrá el Congreso aprobar ningún nuevo gasto con cargo a los fondos de la Nación sin
que se Indlquen, ai mismo tlempo. Ias fuentes de recursos necesarlos para. atender dicho
gasto.
SI la fuente de recursos otorgada por el Congreso fuere Insuficiente para financiar
cualquler nuevo gasto que se apruebe, el Presidente de la República. ai promulgar la ley,
previo Infonne favorable dei servicio o Institución a través dei cual se recaude el nuevo Ingre-
so, refrendado por la Contraloría General de la República. deberá reducir proporcionalmente
todos los gastos, cualqulera que sea su naturaleza.
Artículo 65. EI proyecto que fuere desechado en general en la Cámara de su orlgen no podrá
renovarse sino después de un ano.
Sin embargo, el Presidente de la República, en caso de un proyecto de su iniciativa,
podrá solicitar que el mensaje pase a la otra Cámara y si ésta lo aprueba en general por los
dos tercios de sus miembros presentes, volverá a la de su orlgen y sólo se considerará des-
echado si esta Cámara lo rechaza con el voto de los. dos tercios de sus mlembros presentes.
Artículo 66. Todo proyecto puede ser objeto de adiciones o correcciones en los trámites que
corresponda. tanto en la Cámara de Diputados como en el Senado: pero en nlngún caso se
admitirán las que no tengan relación dlrecta con las ideas matrlces o fundamentales dei
proyecto.
Aprobado un proyecto en la Cámara de su orlgen. pasará inmediatamente a la otra para
su discuslón.
Artículo 67. EI proyecto que fuere desechado en su totalidad por la Cámara revisora será
considerado por una comisión mlxta de igual número de dlputados y senadores. Ia que propon-
drá la forma y modo de resolver las diflcultades.
EI proyecto de la comisión mlxta volverá a la Cámara de orlgen y. para ser aprobado
tanto en ésta como en la revisora. se requerlrá de la mayoría de los mlembros presentes en
cada una de ellas.
SI la comisión mixta no llegare a acuerdo. o·sl la Cámara de orlgen rechazare el proyec-
to de esa comisión, el Presidente de la República podrá pedir que esa Cámara se pronuncie
sobre si insiste por los dos tercios de sus mlembros presentes en el proyecto que aprobó en el
prlmer trámite. Acordada la Insistencia, el proyecto pasará por segunda vez a la Cámara que
lo desechó, y sólo se entenderá que ésta lo reprueba si concurren para ello las dos terceras
partes de sus miembros presentes.
Artículo 68. El proyecto que fuere adicionado o enmendado por la Cámara revisora volverá a
la de su orlgen, y en ésta se entenderán aprobadas las adiciones y enmlendas con el voto de
la mayoría de los mlembros presentes.
Si las adiciones o enmlendas fueren reprobadas, se formará una comlsión mixta y se
proced~rá en la misma forma indicada en el artículo anterior.
En caso de que en la comlslón mixta no se produzca acuerdo para resolver las dlvergen-
clas entre ambas Cámaras. o si alguna de las Cámaras rechazare la proposición de la coml-
slón mixta. el Presidente de la República podrá solicitar a la Cámara de orlgen que considere
nuevamente el proyecto aprobado en segundo trámite por la revisora.
Si la Cámara de orlgen rechazare las adiciones o modiflcaclones por los dos terclos de
los miembros presentes. no habrá ley en esa parte o totalldad; pero, si hublere mayoría para
el rechazo, menor a los dos tercios, el proyecto pasará a la Cámara revisora. y se entenderá
aprobado con el voto conforme de las dos terceras partes de los miembros presentes de esta
última.
Artículo 69. Aprobado un proyecto por ambas Cámaras será remitido aI Presidente de la Re-
pública, quien, si también lo aprueba, dlspondrá su promulgación como ley.
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CONSTITUCIÓN POLtTlCA DELA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

Artículo 70. Si el Presidenttide la República desaprueba el proyecto, lo devolverá a la Câmara


de su origen con las observaclones convenientes, dentro deI ténnino de treinta dias.
En nlngún caso se admitirân las observaciones que no tengan relación directa con las
ideas matrices o fundamentales dei proyecto. a menos que hubieran sido consideradas en el
mensaje respectivo.
Si las dos Cámaras aprobaren las observaciones, el proyecto tendrá fuerza de ley y se
devolverá ai Presidente para su promulgación.
Si las dos Cámaras desecharen todas o algunas de las observaciones e insistieren por
los dos tercios de sus miembros presentes en la totalldad o parte deI proyecto aprobado por
ellas, se devolverá ai Presidente para su promulgación.
Artículo 71. El Presidente de la República podrá hacer presente la urgencia en el despacho de
un proyecto. en uno o en todos sus trâmites, y en tal caso, la Câmara respectiva deberá
pronunciarse dentro deI plazo máximo de treinta dias.
La calificación de la urgencia corresponderá hacerla aI Presidente de la República de
acuerdo a la ley orgânica constitucional relativa ai Congreso, la que establecerá también todo
lo relacionado con la tranlitación interna de la ley.
Artículo 72. Si el Presidente de la República no devolviere el proyecto dentro de treinta dias,
contados desde la fecha de su remislón, se entenderá que lo aprueba y se promulgará como
ley. Si el Congreso cerrare sus sesiones antes de cumplirse los trelnta dias en que ha de
verificarse la devolución, el Presidente lo hará dentro de los diez primeros dias de la legislatura
ordinaIia o extraordinaIia siguiente.
La promulgación deberá hacerse siempre dentro el plazo de diez dias, contados desde
que ella sea procedente.
La publicaclón se hará dentro de los cinco dias hábiles siguientes a la fecha en que
quede totalmente tramitado el decreto promulgatorio.

CAPíTULO VI
PODER JUDICIAL
Artículo 73. La facultad de conocer de las causas clviles y criminales, de resolverias y de
hacer ejecutar lo juzgado, pertenece exclusivamente a los tribunales establecidos por la ley.
NI el Presidente de la República ni el Congreso pueden, en caso alguno, ejercer funcio-
nes judiciales, avocarse causas pendientes, revisar los fundamentos o contenidos de sus
resoluciones o hacer revlvir procesos fenecidos.
Reclamada su intervención en forma legal y en negocios de su competencia, no podrán
excusarse de ejercer su autoridad, nl aun por falta de ley que resuelva la contienda o asunto
sometidos a su decisión.
Para hacer ejecutar sus resoluciones, y practicar o hacer practicar los actos de instnlc-
ción que detennine la ley, los tribunales ordinarios de justicia y los especiales que integran
el Poder Judicial. podrán impartir órdenes directas a la fuerza pública o ejercer los medios de
acción conducentes de que dispusieren.
Los demás tribunales lo harân en la fonna que la .Iey detennine.
La autorldad requerida deberá cumpllr sin más trâmite el mandato judicial y no podrá
calificar su fundanlento u oportunidad. ni lajustlcia o legalidad de la resolución que se trata
de ejecutar.
Artículo 74. Una ley orgánica constitucional, detennlnará la organizaclón y atribuciones de
los tribunales que fueren necesaIios para la pronta y cumplida administraclón de justicla en
todo el territorio de la República. La misma ley senalará las calidades que respectivamente
deban tener los jueces y el número de afios que deban haber ejercido la profeslón de abogado
las personas que fueren nombradas ministros de Corte o Jueces letrados.
La ley orgânica constltuclorial relativa a la organlzación y atribuciones de los tribuna-
les,..sólo_podrá ser modificada oyendo pre\'.iamente a la Corte Suprema de confonnidad a lo
establecido en la ley orgárilCa-cunstltucional respectlya.
La Corte Suprema deberá pronunciarse dentro oel plazo de treinta uias-contados-desde
la recepción deI oficio en que se solicita la opinión pertinente.
425
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Sin embargo. sijel Presidente de la República hubiere hecho presente una urgencia al
proyecto consultado. se comunicará esta circunstancla a la Corte.
En dlcho caso; la Corte deberá evacuar la consulta dentro dei plazo que implique la
urgencia respectiva.
Si la Corte Suprema no emitiere oplnión dentro de los plazos aludidos. se tendrá por
evacuado el trâmite.
Articulo 75. En cuanto al nombramiento de los jueces. Ia ley se ~ustará a los slgulentes
preceptos generales.
La Corte Suprema se compondrá de veintiún ministros.
Los ministros y flscales judlclales de la Corte Suprema serán nombrados por el Presidente
de la República. eligiéndolos de una nómina de cinco personas que. en cada caso. propondrá la
mlsma Corte. y con acuerdo dei Sen<l.do.
Éste adoptará los respectivos acuerdos por los dos tereios de sus mlembros en ejerclclo. en
seslón especialmente convocada al efecto.
SI el Senado no aprobare la proposiclón dei Presidente de la República. Ia Corte Suprema
deberá completar la quina proponiendo un nuevo nombre en sustituclón dei rechazado. repitién-
dose el procedimiento hasta que se apruebe un nombramlento.
Cinco de los miembros de la Corte Suprema deberán ser abogados extraflos a la adrnlnis-
tración de justicia. tener a lo menos qulnce anos de título. haberse destacado en la actividad
profeslonal o universitaria y cumplir los demás requisitos que sefiale la ley orgánica constitu-
cional respectiva.
La Corte Suprema. cuando se trate de proveer un cargo que corresponda a un miembro
proveniente dei Poder Judicial. formará la nómina exclusivamente con integrantes de éste y
deberá ocupar un lugar en ella el mínistro más antiguo de la Corte de Apelaclones que figure en
lista de méritos.
Los otros cuatro lugares se lIenarán en atención a los merecimíentos de los candidatos.
Tratándose de proveer una vacante correspondiente a abogados extranos a la adminlstra-
clón de justicla. Ia nómina se formará exclusivamente. previo concurso público de anteceden-
tes. con abogados que cumplan los requisitos sefialados en elinciso cuarto.
Los ministros y fiscales judiciales de las Cortes de Apelaclones serán designados por el
Presidente de la República. a propuesta en tema de la Corte Suprema.
Los jueces letrados serán designados por el presidente de la República. a propuesta en
tema de la Corte de Apelaciones de la jurisdiCclón respectiva.
EI juez letrado en lo civil o criminal más antiguo de aslento de corte o el juez letrado civil
o criminal más antiguo deI cargo Inmediatamente inferior al que se trata de proveer y que figure
en la lista de mérttos y exprese su interés en el cargo. ocupará un lugar en la tema correspon-
diente.
Los otros dos lugares se lIenarán en atención al mértto de los candidatos.
La Corte Suprema y las Cortes de Apelaciones. en su caso. formarán las quinas o las
temas en pleno especialmente convocado al efecto. en una mlsma y única votación. donde cada
uno de sus Integrantes tendrá derecho a votar por tres o dos personas. respectivamente.
Resultarán elegidos quienes obtengan las cinco o ls tres prtmeras mayorias. según corres-
ponde.
EI empate se resolverá mediante sorteo.
Sln embargo, cuando se trate dei nombramlento de ministros de Corte suplentes. Ia desig-
naclón podrá hacerse por la Corte Suprema y, en el caso de los jueces, por la corte de apelaciones
respectiva.
Estas deslgnaciones no podrán durar más de sesenta días y no serán prorrogables.
En caso de que los trtbunales supertores mencionados no h<J.gan uso de esta facultad o
de que haya vencido el plazo de la suplencla. se procederá a proveer las vacantes en la forma
ordlnaria sefialada precedentemente.
Articulo 76. Los jueces son personalmente responsables por los delitos de cohecho, falta de
obseryJU}Cla en materia sustancial de las leyes que reglan el procedlmlento, denegaclón y
torcida adminlstración de justlcla y. en general, de toda prevartcación en que incurran en el
desempeno de sus funciones.
Tratándose de los mlembros de I" Corte Suprema. Ia ley determinará los casos v el modo
de hacer efectiva esta respofis-abI1lClad.
426
CONSTITUCION POLfrlCA DELA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

Articulo 77. Los jueces permanecerán en sus cargos durante su buen comportamlento; pero los
Inferiores desempeiiarán su respectiva Judicatura por el tlempo que determlnen las leyes.
No obstante lo anterior. los jueces cesarán en sus funciones ai cumplir 75 anos de edad;
o por renuncia o incapacldad lega! sobrevlnlente o en caso de ser depuestos de sus destinos.
por causa legalmente sentenciada.
La norma relativa a la edad no regirá respecto ai Presidente de la Corte Suprema. qulen
continuará en su cargo hasta el término de su período.
En todo caso. Ia Corte Suprema por requerlmlento deI Presidente de la República. a
sollcitud de parte Interesada. o de oficio. podrá declarar que los jueces no han tenldo buen
comportamlento y. prevlo Informe dei inculpado y de la Corte de Apelaclones respectiva. en su
caso. acordar su remoclón por la mayorla dei total de sus componentes.
Estos acuerdos se comunlcarán aI Presidente de la República para su cumplimlento.
La Corte Suprema. en pleno especialmente convocado aI efecto y por la mayoría absolu-
ta de sus miembros en ejerclcio. podrá autorizar u ordenar. fundadamente. el traslado de los
jueces y demás funclonarlos y empleados dei Poder Judicial a otro cargo de Igual categoria..
Artículo 78. Los magistrados de los trlbunales superiores de justlcla. los flscales judiciales y
los jueces letrados que integran el Poder Judicial. no podrán ser aprehendldos sln orden deI
tribunal competente. salvo el caso de crlmen o slmple delito flagrante y sólo para ponerlos
Imnedlatamente a dlsposlclón dei tribunal que debe conocer dei asunto en conformidad a la
ley.
Artículo 79. La Corte Suprema tlene la superlntendencla directiva. correcclonal y económl-
ca de todos los tribunales de la naclón.
Se exceptúan de esta nonna el Tribunal Constitucional. el Tribunal Califlcadorde Elec-
ciones. los trlbunales electorales reglonales y los trlbunales ml1ltares de tlempo de guerra.
Los trlbunales superiores de justlcia. en uso de sus facultades disciplinarias. sólo po-
drán Invalidar resoluciones j urlsdiccionales en los casos y forma que establezca la ley orgáni-
ca constitucional respectiva.
Conocerá. además. de las contlendas de competencia que se susclten entre las autori-
dades políticas o administrativas y los trlbunales de justlcia. que no correspondan ai Senado.
Artículo 80. La Corte Suprema. de oficio o a petlclón de parte. en las materlas de que conoz-
ca, o que le fueren sometldas en recurso lnterpuesto en cualquler gestlón que se siga ante
otro tribunal. podrá declarar inaplicable para esos casos particulares todo precepto legal con-
trario a la Constltuclón.
Este recurso podrá deducirse en cualquier estado de la gestlón. pudlendo ordenar la
Corte la suspensión dei procedimiento.

CAPÍTULO VI-A
MINISTERIO PÚBLICO
Artículo 80 A. Un organismo autónomo, jerarqulzado. con el nombre de Minlsterlo Público.
dirigirá en forma exclusiva la Investlgaclón de los hechos constitutivos de delito. los que
determlnen la participaclón punible y los ql.\e acrediten la Inocencla deI imputado y. en su
caso. ejercerá la acclón penal pública en la forma prevista por la ley.
De igual manera. le corresponderá la adopclón de medidas para proteger a las víctlmas
y a los testlgos.
En caso alguno podrá ejercer funciones jurlsdiccionales.
EI ofendido por el delito y las demás personas que determine la ley podrán ejercer
igualmente la acción penal.
EI Minlsterlo Público podrá Impartlr órdenes directas a las Fuerzas de Orden y Segurldad
durante la Investigaclón.
Sln embargo, las actuaciones que prlven aI imputado o a terceros deI ejerciclo de los
derechos que esta Constltuclón asegura. o lo restrlnjan o perturben. requerlrán de aprobaclón
Judicial previa.
La autorldad requerida deberá cumplfrsin mas trâmite dIcfias ordenes y no pm:Irá caItftcar
su fundamento. oportunidad. justlcla o legalldad. salvo requerlr la exhlblclón de la autorlzación
Judicial previa. en su caso.
427
PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

EI ejercicio de la acción penal pública, y la dirección de las investlgaciones de los hechos


que configuren el delito, de los que deternlinen la participación punible y de los que acrediten
la inocencia deI imputado en las causas que sean de conocimiento de los tIibunales militares,
como asimislllo la adopción de medidas para proteger a las vÍCtimas y a los testigos de tales
hechos corresponderán, en conformidad con las normas deI Código de Justlcia Militar y a las
leyes respectivas, a los órganos y a las personas que ese Código y esas leyes determinen.
Articulo 80 B. Una ley orgánica constitucional determinará la organización y atribuciones
dei Ministerio Público, senalará las calidades y requisitos que deberán tener y cumplir los
fiscales para su nombranliento y las causales de remoción de los flscales adjuntos, en lo no
contemplado en la Constltución.
Las personas que sean designadas fiscales no podrán tener impedimento alguno que
las inhabilite para desempenar el cargo de juez.
Los fiscales regionales y adjuntos cesarán en su cargo 0,1 cumplir los 75 anos de edad.
La ley orgánica constitucional establecerá el grado de independencia y autonomía y la
responsabilidad que tendrán los fiscales en la dirección de la investigación y en el ejercicio
de la acción penal pública, en los casos que tengan a su cargo.
Artículo 80 C. EI Fiscal Nacional será designado por el Presidente de la República, a propuesta
en quina de la Corte Suprema y con acuerdo deI Senado adoptado por los dos tercios de sus
miembros en ejercicio, en sesión especialmente convocada ai efecto.
Si el Senado no aprobare la proposición dei Presidente de la República, la Corte Suprema
deberá completar la quina proponiendo un nuevo nombre en sustitución deI rechazado,
repitiéndose el procedimiento hasta que se apruebe el nombramiento.
EI Fiscal Nacional deberá tener a lo menos diez anos de titulo de abogado, haber cumplido
cuarenta anos de edad y poseer las demás calidades necesarias para ser ciudadano con derecho
a sufragio: durará diez anos en el ejercicio de sus funciones y no podrá ser designado para el
período siguiente.
Artículo 80 D. Existirá un Fiscal Regional en cada una de las regiones en que se divida
administrativamente el país, a menos que la población o la extensión geográfica de la región
hagan necesario nombrar a más de uno.
Los fiscales regionales serán nombrados por el Fiscal Nacional, a propuesta en tema de
la Corte de Apelaciones de la respectiva región.
En caso que en la región exista más de una Corte de Apelaciones, la tema será formada
por un pleno conjunto de todas ellas, especialmente convocado 0,1 efecto por el Presidente de la
Corte de más antigua creación.
Los fiscales regionales deberán tener a lo menos cinco anos de titulo de abogado, haber
cumplido 30 anos de edad y poseer las demás calidades necesarias para ser ciudadano con
derecho a sufragio: durarán diez anos en el ejercicio de sus funciones y no podrân ser
designados como fiscales regionales por el periodo slguiente, lo que no obsta a que puedan ser
nombradosen otro cargo deI Ministerio Público.
Artículo 80 E. La Corte Suprema y las Cortes de Apelaciones, en su caso, llanJarán a concurso
público de antecedentes para la integración de las quinas y temas, las que serán acordada,s
por la mayoria absoluta de sus miembros en ejercicio, en pleno especialmente convocado 0,1
efecto.
No podrán integrar las quinas y las temas los miembros actlvos o pensionados dei Poder
Judicial.
Las quinas y las ternas se fornlarán en una misma y única votación en la cual cada
integrante deI pleno tendrá derecho a votar por tres o dos personas, respectivamente.
Resultarán elegidos quienes obtengan las cinco o las tres primeras mayorías, según
corresponda.
De producirse un empate, éste se resolverá mediante sort.eo.
Artículo 80 F. Existirán fiscales adjuntos que serándesignados por el Fiscal Nacional, a
propuesta en terna deI fiscal regional respectivo, la que deberâ formarse previo concurso
-JlÍ1blico,-en-GOnfernlidad-eon-Ia-Iey-orgánlca-ConstTttICional.
Deberá tener título de abogado y poseer las demás calidades necesarias para ser
cludadano con derecho a sufragio.
Artículo 80 G. EI Fiscal Nacional y los fiscales regionales sólo podrán ser removidos por la
428
CONSTITUCION PoLtncA DE LA REPÚBLICA DE CHILE / TEXTO

Corte Suprema. a requerimiento deI Presidente de la República. de la Cámara de Dlputados.


o de diez miembros. por Incapacidad. mal comportamiento o negligencia manifiesta en el
ejerciclo de sus funciones.
La Corte conocerá dei asunto en pleno especialmente convocado ai efecto y para acordar
la remoción deberá reunir el voto conforme de cuatro séptimos de sus miembros en ejercicio.
La remoclón de los fiscales regionales también podrá ser solicitada por el Fiscal Nacional.
Artículo 80 H. Se aplicará aI Fiscal Nacional. a los fiscales regionales y a los fiscales adjuntos
lo establecido en el artículo 78.
Artículo 80 I. EI Fiscal Nacional tendrá Ia superintendencla directiva. correcclonal y económica
deI Ministerio Público. en confonnidad a la ley orgânica constitucional respectiva.

CAPÍTULO VII
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
Artículo 81. Habrá un Tribunal Constitucional integrado por siete miembros. designados en
la siguiente forma:
a) Tres ministros de la Corte Suprema. elegidos por ésta. por mayoria absoluta. en
votaciones sucesivas y secretas:
b) Un abogado designado por el Presidente de la República:
c) Dos abogados elegidos por el Consejo de Seguridad Nacional:
d) Un abogado elegido por el Senado. por mayoria absoluta de los senadores en ejercicio.
Las personas referidas en las letras bl. c) y d) deberán tener a lo menos qulnce anos de
título. haberse destacado en la actividad profeslonal. unlversltaria o pública. no podrân tener
impedimento alguno que las inhabilite para desempenar el cargo de juez. estarân sometidas
a las nom1as de los artículos 55 Y 56. Y sus cargos serân incompatlbles con el de diputado o
senador. así como también con la calidad de ministro deI Tribunal Calificador de Elecciones.
Los miembros deI Tribunal durarân ocho anos en sus cargos. se renovarân por parciali-
dades cada cuatro anos y serân inamovibles.
Les serân aplicables las disposiciones de los articulo 77. inciso segundo. en lo relativo a
edad. y el artículo 78.
Las personas a que se refiere la letra a) cesarân también en sus cargos si dejaren de
ser ministros de la Corte Suprema por cualquier causa.
En caso de que un miembro dei Tribunal Constitucional cese en su cargo. se procederá
a su reemplazo por quien corresponda de acuerdo con el inciso primero de este articulo y por
el tiempo que falte ai reemplazado para completar su período.
EI quórum para sesionar será de cinco miembros.
EI Tribunal adoptará sus acuerdos por simple mayoria y fallará con arreglo a derecho.
Una ley orgânica constitucional determinará la planta. remuneraclones y estatuto dei
personal dei 'tribunal Constitucional. así como su organízación y funcíonamiento.
Artículo 82. Son atribucíones dei Tribunal Constitucional:
1. Ejercer el control de la constitucionalidad de las leyes orgánicas constítucionales
antes de su promulgación y de las leyes que ínterpreten algún precepto de la Constitu-
cíón:
2. Resolver las cuestiones sobre constitucionalidad que se susclten durante la trami-
taclón de los proyeetos de ley o de reforma constitucional y de los tratados sometldos a
la aprobación dei Congreso:
3. Resolver las cuestiones que se susciten sobre la constitucionalidad de un decreto
con fuerza de ley:
4. Resolver las cuestlones que se susciten sobre constltucionalidad con relaclón a la
convocatoria a un plebiscito. sin perjuicio de las atribuciones que correspondan ai
Tribunal Calificador de Elecciones:
o:-Resolve, lOS redamos en caso de que el presidente de la República no promulgue
una ley cuando deba hacerlo. promulgue un texto diverso deI que constitucionalmente
corresponda o dicte un decreto inconstitucional:

429
PARLAMENrO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

6. Resolver sobre la constltucionalldad de un decreto o resoluclón deI Presidente de la


República que la Contraloría haya representado por estimarlo inconstitucional. cuan-
do sea requerido por el Presidente en conformldad aI artículo 88;
7. Declarar la Inconstltucionalldad de las organlzaclones. y de los movlrnlentos o par-
tidos políticos. como asimlsmo la responsabllidad de las personas que hubleren tenido
participación en los hechos que motlvaron la declaraclón de Inconstltuclonalldad. en
conformldad a lo dlspuesto en los incisos sexto. séptlmo y octavo deI número 15 deI
articulo 19 de esta Constltuclón.
Sln embaro. si la persona afectada fuere el Presidente de la República o el Presi-
dente electo. Ia referida declaración requerirá. además. el acuerdo deI Senado adopta-
do por la mayoría de sus mlembros en ejerclclo;
8. Derogado;
9. Informar ai Senado en los casos a que se refiere el artículo 49 NO 7 de esta Consti-
tuclón;
10. Resolver sobre las inhabilidades constltuclonales o legales que afecten a una per-
sona para ser designada Ministro de Estado. permanecer en dicho cargo o desempenar
slmultáneamente otras funciones;
11. Pronunciarse sobre las Inhabllidades. Incompatibilidades y causales de cesaclón
en el cargo de los parlamentarlos. y
12. Resolver sobre la constituclonalldad de los decretos supremos dlctados en el ejer-
cicio de la potestad reglamentaria dei Presidente de la República. cuando el10s se re-
f1eran a materlas que pudleren estar reservadas a la ley por mandato deI artículo 60.
EI TrIbunal Constitucional podrá apreciar en conclencla los hechos cuando conozca de
las atrlbuciones indicadas en los números 7.9 Y 10. como. asimismo. cuando conozca de las
causales de cesación en el cargo de parlamentario.
En el caso deI número 1. Ia Câmara de origen enviará ai Tribunal Constitucional el
proyecto respectivo dentro de los cinco dias sigulentes a aquél en que quede totalmente trami-
tado por el Congreso.
En el caso dei número 2. el TrIbunal sólo podrá conocer de la materia a requerimiento
deI Presidente de la República. de cualquiera de las Câmaras o de una cuarta parte de sus
miembros en ejercicio. siempre que sea formulado antes de la promulgación de la ley.
EI TrIbunal deberá resolver dentro deI plazo de diez días contado desde que reciba el
requerimiento. a menos que decida prorrogarlo hasta por otros diez días por motivos graves y
callficados.
EI requerimiento no suspenderá la tramitación dei proyecto: pero la parte impugnada de
éste no podrá ser promulgada hasta la expiración deI plazo referido. salvo que se trate deI
proyecto de Ley de Presupuestos o deI proyecto relativo a la declaración de guerra propuesta
por el Presidente de la República.
En el caso dei número 3. Ia cuestlón podrá ser planteada por el Presidente de la Repúbli-
ca dentro deI plazo de dlez dias cuando la Contraloría rechace por Inconstitucional un decreto
con fuerza de ley. También podrá ser promovida por cualqulera de las Câmaras o por una
cuarta parte de sus mlembros en ejerclcio en caso de que la Contraloría hublere tomado
razón de un decreto con fuerza de ley que se impugne de Inconstitucional.
Este requerimiento deberá efectuarse dentro deI plazo de trelnta dias. contados desde la
publicaclón deI respectivo decreto con fuerza de ley.
En el caso deI número 4. Ia cuestión podrá promoverse a requerimiento deI Senado o de
la Câmara de Dlputados. dentro de diez dias contados desde la fecha de publlcación deI decreto
que fije el día de la consulta plebiscltaria.
EI Tribunal establecerá en su resolución el texto definitivo de la consulta plebiscitaria.
cuando ésta fuere procedente.
Si ai tlempo de dictarse la sentencia faltaren menos de trelnta dias para la realización
deI plebiscito. el Tribunal filará en el1a una nueva fecha comprendida entre los treinta y los
sesenta días slgulentes aI fallo.
En los casos deI número 5. Ia cuestlón podrá promoverse por cualqulera de las Câmaras
o por una cuarta parte de sus miembros en ejerclcio. dentro de los trelnta dias siguientes a la
publicación o notiflcación dei texto impugnado o dentro de los sesenta días siguientes a la
fec;ha en que el Presidente de la República debió efectuar la promulgación de la ley.
430
CONSTITUCIÓN POLiTICA DELA REPÚBLiCA DE CHILE / TEXTO

SI el TrIbunal acogiere el reclamo promulgará en su fallo la ley que no lo haya sido o


rectlflcará la promulgaclón incorrecta.
En el caso dei número 9. el Tribunal sólo podrá conocer de la materla a .equerlmlento
de la Cámara de Dlputados o de la cuarta parte de sus miembros en ejerclclo.
Habrá acclón pública para requerlr aI Tribunal respecto de las atrlbuciones que se le
confleren por los números 7 y 10 de este artículo.
Sin embargo, si en el caso dei número 7 la persona afectada fuere el Presidente de la
República o el Presidente electo, el requerlmiento deberá formularse por la Cámara de Dlpu-
tados o por la cuarta parte de sus mlembros en ejerclcio.
En el caso deI número li, el TrIbunal sólo podrá conocer de la materla a requerlmlento
dei Presidente de la República o de no menos de dlez parlamentarlos en ejerclclo.
En el caso deI número 12, el Tribunal sólo podrá conocer de la materia a requerlrnlento
de cualqulera de las Cámaras, efectuado dentro de los trelnta días slguientes a la publlcaclón
o notlflcación deI texto Impugnado.
Artículo 83. Contra las resoluclones deI Tribunal Constitucional no procederá recurso algu-
no, sln peIjuicio de que puede el mlsmo Tribunal, conforme a la ley, rectlflcar los errores de
hecho en que hubiere incurrido.
Las disposiciones que el Tribunal declare inconstltucionales no podrán convertirse en
ley en el proyecto o decreto con fuerza de ley de que se trate.
En los casos de los números 5 y 12 deI artículo 82, el decreto supremo Impugnado quedará
sin efecto de pleno derecho, con el solo mérito de la sentencia deI Tribunal que acoja el reclamo.
Resuelto por el Tribunal que un precepto legal determinado es constitucional, la Corte
Suprema no podrá declararlo inapllcable por el mismo vicio que fue materia de la sentencia.

CAPÍTULO VIII
JUSTICIA ELECTORAL
Articulo 84. Un tribunal especial. que se denominará Tribunal Califlcador de Elecciones.
conocerá el escmtlnio general y de la callflcación de las elecclones de Presidente de la Repú-
bllca. de diputados y senadores: resolverá las reclamaclones a que dleren lugar y proclamará
a los que resulten elegidos.
Dicho Tribunal conocerá, aslmlsmo, de los plebiscitos, y tendrá las demás atrlbuciones
que determine la ley.
Estará constituido por cinco mlembros designados en la slgulente forma:
a) Tres ministros o ex ministros de la Corte Suprema. elegidos por ésta en votaciones
sucesivas y secretas, por la mayoria absoluta de sus miembros:
b) Un abogado elegido por la Corte Suprema en la forma senalada precedentemente y
que reúna los requisitos que senala el Inciso segundo deI artículo 81:
c) Un ex presidente deI Senado o de la Cámara de Diputados que haya ejercido el cargo
por un lapso no inferior a tres afios, el que será elegido por sorteo.
Las designaciones a que se refleren las letras b) y c) no podrán recaer en personas que
sean parlamentarlo, candidato a cargos de elecclón popular, ministro de Estado, nl dirigente
de partido político.
Los miembros de este tribunal durarán cuatro afios en sus funciones y les serán apllca-
bles las disposiciones de los artículos 55 Y 56 de esta Constitución.
EI Tribunal Callflcador procederá como jurado en la apreciaclón de los hechos y senten-
ciará con arreglo a derecho.
Una ley orgánica constitucional regulará la organlzación y funclonamiento dei Tribu-
nal Califlcador.
Articulo 85. Habrá tribunales electorales regionales encargados de conoeer el escmtlnlo ge-
neral y la califlcaclón de las elecclones que la ley le encomiende, así como de resolver las
reclamaciones a que dieren lugar y de proclamar a los candidatos electos.
Sus resoluciones serán apelables para ante el Tribunal Calificador de Elecclone en la
forma que detemline la ley. Aslmlsmo, le corresponderá conocer de la calificaclón de las
elecciones de carácter gremlal y de las que tengan lugar en aquellos grupos intermedlos que
la ley senale.
431
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Estos tribunales estarán constituídos por un ministro de la Corte de Apelaciones respec-


tiva. elegido por ésta. y por dos miembros designados por el Tribunal Calificador de Elecciones
de entre personas que hayan ejercido la profesión de abogado o desempenado la función de
ministro o abogado integrante de la Corte de Apelaciones por un plazo no inferior a tres afios.
Los miel1lbros de estos tribunales durarán cuatro afios en sus funciones y tendrán las
inhabilidades e incompatibilidades que determine la ley.
Estos tribunales procederán como jurado en la apreciación de los hechos y sentencia-
rán con arreglo a derecho.
La ley determinará las demás atribuciones de estos tribunales y regulará su organiza-
ción y funcionamiento.
Articulo 86. Anualmente. se destinarán en la Ley de Presupuesto de la Nación los fondos
necesarios para la organización y funcionamiento de estos tribunales. cuyas plantas. remu-
neraciones y estatuto dei personal serán establecidos por ley.

CAPíTULO IX
CONTRALORíA GENERAL DE LA REPÚBLICA
Articulo 87. Un organismo autónomo con el nombre de Contraloria General de la República
ejercerá el control de la legalidad de los actos de la Administración. fiscalizará el ingreso y la
inversión de los fondos dei Fisco. de las municipalidades y de los demás organismos y servi-
cios que determinen las leyes: exanlinará y juzgará las cuentas de las personas que tengan a
su cargo bienes de esas entidades: llevará la contabilidad general de la Nación. y desempena-
rá las demás funciones que le encomiende la ley orgánica constitucional respectiva.
EI Contralor General de la República será designado por el Presidente de la República
con acuerdo dei Senado adoptado por la mayoria de sus miembros en ejercicio, será inamovi-
ble en su cargo y cesará en él aI cUl1lplir 75 anos de edad.
Articulo 88. En el ejercicio de la función de control de legalidad, el Contralor General tomará razón
de los decretos y resoluciones que. en conformidad a la ley. deben tramitarse por la Contraloria o
representará la ilegalidad de que puedan adolecer: pero deberá darles curso cuando. a pesar de su
representación. el Presidente de la República insista con la firma de todos sus Ministros. caso en
el cual deberá enviar copia de los respectivos decretos a la Cámara de Diputados.
En ningún caso dará curso a los decretos de gastos que excedan ellimite senalado en la
Constitución y remitirá copia íntegra de los antecedentes a la misma Cámara.
Corresponderá, asimismo. ai Contralor General de la República tomar razón de los de-
cretos con fuerza de ley. debiendo representarlos cuando ellos excedan o contravengan la ley
delegatoria o sean contrarios a la Constitución.
Si la representación tuviere lugar con respecto a un decreto con fuerza de ley, a un
decreto prol1lulgatorio de una ley o de una reforma constitucional por apartarse dei texto
aprobado, o a un decreto o resolución por ser contrario a la Constitución. el Presidente de la
República no tendrá la facultad de insistir, y en caso de no conformarse con la representación
de la Contraloria deberá remitir los antecedentes ai Tribunal Constitucional dentro dei plazo
de diez días. a fin de que éste resuelva la controversia.
En lo demás. Ia organización, el funcionamiento y las atribuciones de la Contraloria
General de la República serán l1lateria de una ley orgánica constitucional.
Articulo 89. Las Tesorerias dei Estado no podrán efectuar nlngún pago sino en virtud de un
decreto o resolución expedido por autoridad competente, en que se exprese la ley o la parte dei
presupuesto que autorice aquel gasto. Los pagos se efectuarán considerando. además. el or-
den cronológico establecido en ella y previa refrendación presupuestaria dei documento que
ordene el pago.

CAPíTULO X
FUERZAS ARMADAS, DE ORDEN Y SEGURIDAD PÚBLICA
Articulo 90. Las Fuerzas dependientes dei Ministerio encargado de la Defensa Nacional es-
tán constituidas única y exclusivamente por las Fuerzas Armadas y por las Fuerzas de Orden y
Seguridad Pública.
432
CONSTITUCION POLfrlCA DELA REPÚBUCA DE CHILE/TEXTO

Las Fuerzas Armadas estân Integradas sólo por el Ejérclto. Ia Armada y la Fuerza Aérea.
exlsten para la defensa de la patrla. son esenclales para la segurldad nacional y garantlzan el
orden Institucional de la República. .
Las Fuerzas de Orden y Segurldad Pública estân Integradas sólo por Carabineros e In-
vestigaciones. constltuyen la fuerza pública y existen para dar eflcacla ai derecho. garantlzar
el orden público y la segurldad pública Interior, en la fonna que lo detenninen sus respectivas
leyes orgânicas. Carablneros se Integrará, además. con las Fuerzas Armadas en la mlslón de
garantlzar el orden Institucional de la República.
Las Fuerzas Armadas y Carabineros, como cuerpos armados, son esenclalmente obe-
dientes y no deliberantes.
Las fuerzas dependlentes dei Mlnlsterio encargado de la Defensa Nacional son además
profesiona:les, jerarqulzadas y disciplinadas.
Articulo 91..La incorporación a las plantas y dotaclones de las Fuerzas Armadas y de Carabl-
neros sólo podrá hacerse a través de sus proplas Escuelas, con excepclón de los escalafones
profeslonales y de empleados clviles que detennlne la ley.
Articulo 92. Nlnguna persona, grupo u organlzaclón podrá poseer o tener armas u otros ele-
mentos similares que sefiale una ley aprobada con quórum callflcado, sln autotlzación otor-
gada en conformldad a ésta.
EI Mlnlsterlo encargado de la Defensa Nacional o un organismo de su dependencla
ejercerá la supervlgilancla y control de las annas en la fonna que detennlne la ley.
Articulo 93. Los Comandantes en Jefe deI Ejérclto. de la Armada y de la Fuerza Aérea. y el
General Dlrector de Carablneros serân designados por el Presidente de la República de entre
los cinco oflclales generales de mayor antlgüedad. que reúnan las calldades que los respecti-
vos estatutos Instltucionales exijan para tales cargos: durarân cuatro anos en sus funciones.
no podrân ser nombrados para un nuevo período y gozarân de Inamovilidad en su cargo.
En casos callficados. el Presidente de la República con acuerdo dei Consejo de Segurtdad
Nacional. podrá llamar a retiro a los Comandantes en Jefe dei Ejérclto, de la Armada. de la
Fuerza Aérea o ai General Dlrector de Carablneros. en su caso.
Articulo 94. Los nombramlentos, ascensos y retiros de los oflciales de las Fuerzas Armadas y
Carablneros. se efectuarân por decreto supremo. en confonnidad a la ley orgânica constitu-
cional correspondlente. Ia que detennlnará las nonnas básicas respectivas. asi como las nor-
mas básicas referidas a la carrera profeslonal, Incorporaclón a sus plantas. prevlsión. anti-
güedad, mando, sucesión de mando y presupuesto de las Fuerzas Armadas y Carablneros.
EI Ingreso. los nombramlentos. ascensos y retiros en Investlgaclones se efectuarân en
confonnldad a su ley orgânica.

CAPÍTULO XI
CONSEJO DE SEGURIDAD NACIONAL
Articulo 95. Habrá un Consejo de Segurldad Nacional. presidido por el Presidente de la Repú-
blica e Integrado por los presidentes deI Senado y de la Corte Suprema. por los Comandantes
en Jefe de las Fuerzas Armadas. por el General Dlrector de Carablneros y por el Contralor
General de la República.
Partlclparán tamblén como mlembros dei Consejo. con derecho a voz. los ministros
encargados dei goblemo Interior. de las relaciones exteriores. de la defensa nacional y de la
economia y f1nanzas deI pais.
Actuará como Secretario el Jefe deI Estado Mayor de la Defensa Nacional.
EI Consejo de Segurldad Nacional podrá ser convocado por el Presidente de la República
o a sollcltud de dos de sus mlembros y requerlrá como quórum para seslonar el de la mayoría
absoluta de sus Integrantes.
Para los efectos de la convocatorla aI Consejo y dei quórum para seslonar sólo se consi-
derará a sus Integrantes con derecho a voto.
Los acuerdos se adoptarán por la mayoria absoluta de los mlembros en ejerclclo con
derecho a voto-,- _
Articulo 96. Serán funciones dei Consejo de Segurldad Nacional:
433
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

a) Asesorar ai Presidente de la República en cualquier mateIia vinculada a la segu-


Iidad nacional en que éste lo solicite;
b) Hacer presente, ai Presidente de la República, ai Congreso Nacional o al TrIbunal
Constitucional, su opinión frente algún hecho, acto o mateIia.que. asu-juicio, aten-
te gravemente en contra de las bases de la Institucionalidad o pueda comprometer la
seguridad nacional;
c) Informar, previamente, respecto de las materias a que se reflere el número 13 dei
artículo 60:
d) Recabar de las autoridades y funcionarios de la administración todos los antece-
dentes relacionados con la seguridad exterior e interior dei Estado. En tal caso. el
requerido estará obligado a proporcionarlos y su negativa será sancionada en la for-
ma que establezca la ley, y
e) Ejercer las demás atribuciones que esta Constltución le encomienda.
Los acuerdos u opiniones a que se refiere la letra b) serán públicos o reservados.
según lo detemline para cada caso particular el Consejo.
Un reglamento dictado por el propio Consejo establecerá las demás disposiciopes
concemientes a su organización y funcionamiento.

CAPÍTULO XII
BANCO CENTRAL
Articulo 97. Existirá un organismo autónomo. con patIimonio propio, de carácter técnico,
denominado Banco Central, cuya composición, organlzación, funciones y atIibuciones deter-
minará una ley orgánica constitucional.
Artículo 98. EI Banco Central sólo podrá efectuar operaciones con instituciones financieras.
sean públicas o privadas.
De manera alguna podrá otorgar a ellas su garantia. ni adquiIir documentos emitidos
por el Estado, sus organismos o empresas.
Ningún gasto público o préstamo podrá financiarse con créditos directos o indirectos dei
Banco Central.
Con todo. en caso de guerra exterior o de peligró de ella. que calificará el Consejo de
Seguridad Nacional, el Banco Central podrá obtener. otorgar o financiar créditos ai Estado y
entidades públicas o privadas.
EI Banco Central no podrá adoptar nlngún acuerdo que signifique de una manera direc-
ta o indirecta establecer normas o req\llsitos diferentes o dlscIimlnatorios en relaclón a
personas, instituciones o entidades que realicen operaciones de la misma naturaleza.

CAPíTULO XIII
GOBIERNO Y ADMINISTRACIÓN INTERIOR DEL ESTADO
Artículo 99. Para el gobierno y administración interior dei Estado. el territorio de la Repúbli-
ca se divide en regiones y éstas en provincias. Para los efectos de la admlnistración local. Ias
provincias se dividirán en comunas.
La modiflcaclón de los limites de las regiones y la creación. modiflcaclón y supreslón de
las provincias y comunas. serán materia de ley de quórum califlcado. como aslmlsmo. ·Ia
fijaciÓn de las capitales de las regiones y provinclas; todo ello a proposlción dei Presidente de
la República.

GOBIERNO Y AOMINISTRACIÓN REGIONAL


Artículo 100. EI gobiemo de cada región reside en un Intendente que será de la exlusiva
confianza dei Presidente de la República
EI intendente ejercerá sus funciones con arreglo a las leyes y a las órdenes e instruc-
ciones dei Presidente. de quien es su representante natural e inmedlato en el territoIio de
su jurisdlcción.
434
C ONSTI7UCIÓN PoLtncA DE LA REPUBLiCADE CHILE / TEXTO

Aslmismo. lã rey oq;âITicrcünstitucional- de -municipalidad«:ls-establecerá los procedi-


mientos que deberán observarse en caso de supresión o fusión de una o más comunas.
Articulo 110. Las municipalidades. para el cumplimlento de sus funciones. podrán crear o
suprimir empleos y fijar remuneraciones. como también establecer los órganos o unidades.
que la ley orgánica constitucional· respectiva' permita.
Estas facultades se ejercerán dentro de los límltes y requisitos que. a iniciativa exclu-
siva deI Presidente de la República. determine la ley orgánica constitucional de municipali-
dades.
Articulo 111. Las municipalidades gozarán de autonomia para la adminlstración de sus fi-
nanzas. '
La Ley de Presupuestos de la Nación podrá asignarles recursos para atender sus gastos.
sin perjuicio de los ingresos que dlrectamente se les confieran por la ley o se les otorguen por
los gobiernos regionales respectivos.
Una ley orgánica constitucional contemplará un mecanismo deredistribución solidaria
de los ingresos pro pios entre las municipalidades deI país con la denominación de fondo co-
mún municipal.
Las normas de distribución de este fondo serán materia de ley.

DISPOSICIONES GENERALES
Articulo 112. La ley establecerá formulas de coordinaclón para la admlnlstraclón de todos o
algunos de los municipios, con respecto a los problemas que les sean comunes. así como
entre los municipios y los demás sefVlcios públicos.
Articulo 113. Para ser designado intendente o gobernador y para ser elegido miembro deI
consejo regional o concejal. se requerirá ser cludadano con derecho a sufraglo. tener los
demás requisitos e Idoneidad que la ley senale y residir en la región a lo menos en los últimos
dos afios anteriores a su designación o elección.
Los cargos de intendente, gobemador. mlembro deI consejo regional y concejal serán
incompatibles entre si.
Ningún tribunal procederá criminalmente contra un intendente o gobernador sin que
la Corte de Apelaciones respectiva haya declarado que ha lugar la formación de causa.
Articulo 114. Las leyes orgánicas constitucionales respectivas establecerán las causales de
cesaclón en los cargos de alcaIdes. de miembros dei consejo regional y de concejal.
Articulo 115.' La ley determinará la forma de resolver las cuestiones de competencla que
pudieren suscitarse entre las autoridades nacionales, regionales. provinciales y comunales.
Asimismo, establecerá el modo de dirimir las discrepancias que se produzcan entre e1
intendente y el consejo regional. asi como entre el alcaIde y el concejo.

CAPíTULO XIV
REFORMA DE LA CONSTITUCIÓN
Articulo 116. Los proyectos de reforma de la Constltución podrán ser iniciados por mensaje
dei Presidente de la República o por moción de cualquiera de los miembros deI Congreso
Nacional, con las Iimitaciones senaladas en el inciso primero deI artículo 62.
EI proyecto de refomla necesitará para ser aprobado en cada Cámara el voto conforme
de las tres quintas partes de los diputados y senadores en ejercicio.
SI la refornla recayere sobre los capitulos I, 111. VII. X, XI o XIV. necesitará, en cada
Cámara, la aprobación de las dos terceras partes de los diputados senadores en ejercicio.
Será aplicable a los proyectos de refomla constitucional el sistema de urgenclas.
Articulo 117. Las dos Cámaras, reunidas en Congreso Pleno y en sesión pública. con asisten-
cia de la mayoría deI total de sus miembros. sesenta dias después de aprobado un proyecto en
la forma senalada en el articulo anterior, tomarán conoclmlento de él y procederán a votarlo
sin debate.
Si en el dia senalado no se reuniere la mayoria dei total de los miembros dei Congreso.
la seslón se verificará aI siguiente con los diputados y senadores que asistan.
435
PARLAMENTO CUL77JRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

EI proyecto que apruebe la mayoría dei Congreso Pleno pasará ai Presidente de la Repú-
blica.
Si el Presidente de la República rechazare totalmente un proyecto de reforma aprobado
por el Congreso y ésye insistlere en su totalldad por las dos terceras partes de los mlembros
en ejerclcio de cada Cámara. el Presidente deberá promulgar dlcho proyecto. a menos que
consulte a la cludadanía mediante plebiscito.
Si el Presidente obseIVare parcialmente un proyecto de reforma aprobado por el Congre-
so. Ias obseIVaclones se entenderán aprobadas con el voto conforme de las tres quintas o dos
terceras partes de los mlembros en eJerclclo de cada Cámara. según corresponda de acuerdo
con el articulo antertor. y se devolverá ai Presidente para su promulgaclón.
En caso de que las Cámaras no aprueben todas o algunas de las obseIVaciones dei Pre-
sidente. no habrá reforma constltúcional sobre los puntos en dlscrepancla. a menos que am-
bas Cámaras Inslstleren por los dos terclos de sus mlembros en ejercicio en la parte dei
proyecto aprobado por ellas.
En este último caso. se devolverá ai Presidente la parte dei proyecto que haya sido objeto
de insistencia para su promulgación. salvo que éste consulte a la ciudadanía para que se
pronuncie mediante un plebiscito. respecto de las cuestlones en desacuerdo.
La ley orgánica constitucional relativa ai Congreso regulará en lo demás lo concernlen-
te a los vetos de los proyectos de reforma y a su tramltaclón con el Congreso.
Artículo 118. Derogado.
Artículo 119. La convocatorla a plebiscito deberá efectuarse dentro de los trelnta dias sl-
gulentes à aquél en que ambas Cámaras Inslstan en el proyecto aprobado por ellas. y se
ordenará mediante decreto supremo que fljará la fecha de la votaclón pleblscltarta. la que no
podrá tener lugar antes de trelnta dias ni después de sesenta. contado desde la publlcaclón de
dicho decreto.
Transcurrtdo este plazo sln que el Presidente convoque a plebiscito. se promulgará el
proyecto que hubiere aprobado el Congreso.
EI decreto de convocatorta contendrá. según corresponda. el proyecto aprobado por el
Congreso Pleno y vetado totalmente por el Presidente de la Repúbllca. o las cuestlones deI
proyecto en Ias cuales el Congreso haya insistido.
En este últtmo caso. r:ada una de las cuestlones en desacuerdo deberá ser votada sepa-
radamente en el plebiscito.
EI Tribunal Callflcador comunicará ai Presidente de la Repúbllca el resultado dei plebis-
cito. y especificará el texto dei proyecto aprobado por la cludadania. el que deberá ser promul-
gado como reforma constitucional dentro de los cinco dias slgulentes a dlcha comunlcaclón.
Una vez promulgado el proyecto y desde la fecha de su vlgencla. sus dlsposlciones for-
marán parte de la Constltuclón y se tendrán por Incorporadas a ésta.
Articulo Final. La presente Constltuclón entrará en vlgencla seis meses después de ser
aprobada mediante plebiscito. con excepclón de las dlsposiclones transltortas novena y
vlgestmatercera que tendrán vigor desde la fecha de esa aprobación.
Su texto oficiai será el que consta en este decreto ley.
Un decreto ley determinará la oportunldad en la cual se efectuará el sefialado plebisci-
to. asi como las normas a que él se sujetará. deblendo establecer las regias que aseguren el
sufraglo personal. Igualltarto y secreto y. para los naclonales. obllgatorto.
La nonna contenlda en ellnclso antertor entrará en vlgencla desde la fecha de publlca-
ción deI presente texto constitucional.

DISPOSICIONES TRANSITORIAS
PRIMERA. Mientras se dlctan las dlsposiciones que den cumpllmlento a los prescrtto en el
inciso tercero dei número I dei articulo 19 de esta Constltuclón. contlnuarán rtglendo los
preceptos legales actualmente en vigor.
SEGUNDA. Mientras se dlcta el nuevo Código de Mlnería. que deberã regular. entre otras
matertas. Ia forma. condiciones y efectos de las conceslones mineras a que se refleren los
incisos séptlmo ai décimo dei número 24 dei artículo 19 de esta Constltuclón Política. los
titulares de derechos mineros segutrán regidos por la leglslaclón que estuvlere en vigor ai
m~mento en que entre en vlgencia esta Constltuclón. en calldad de conceslonartos.

436
CONSTI7VCIÓN POLfrlCA DE LA REPUBLlCA DE CHILE / TEXTO

_La administración su erior de cada región radicará en un gobierno regional que tendrá
por objeto el desarrollo social. cultural y económico e la región.
EI gobierno regional estará constituido por el intendente y el consejo regional.
Para el ejercicio de sus funciones, el gobierno regional gozará de personalidad juridica
de derecho público y tendrá patrimonio propio.
Articulo 101. EI Intendente presidirá el consejo regional y le corresponderá la coordinación,
supervigilancia o fiscalizaclón de los servicios públicos creados por ley para el cumplimiento
de las funciones administrativas que operen en la región.
La ley determinará la forma en que el intendente ejercerá estas facultades, las demás
atribuciones que le correspondan y los organismos que colaborarán en el cumplimiento de
sus funciones.
Articulo 102. EI consejo regional será un órgano de caráctr normativo, resolutivo y fiscalizador.
dentro deI âmbito propio de competencia deI gobierno regional, encargado de hacer efectiva la
participación de la ciudadanía regional y ejercer las atribuciones que la ley orgánica consti-
tucional respectiva le encomiende, la que regulará además su integración y organización.
Corresponderá desde luego aI consejo regional aprobar los planes de desarrollo de la
región y el proyecto de presupuesto deI gobierno regional, ajustados a la política nacional de
desarrollo y ai presupuesto de la Nación.
Asimismo, resolverá la inversión de los recursos consultados para la región en el fondo
nacional de desarrollo regional, sobre la base de la propuesta que formule elintendente.
Articulo lOS. La ley deberá determinar las formas en que se descentralizará la adminsitración
deI Estado, así como la transferencia de competencias a los gobiernos regionales.
Sin peIjuiclo de lo anterior. también establecerá, con las excepciones que procedan. Ia
desconcentración regional de los ministerios y de los serviclos públicos.
Asimismo, regulará los procedemientos que aseguren la debida coordinación entre los
órganos de la administración deI Estado para facilitar el ejercicio de las facultades de las
autoridades regionales.
Articulo 104. Para el gobierno y administración interior deI Estado a que se refiere el presen-
te capítulo se observará como principio básico la búsqueda de un desarrollo territorial armóni-
co y equitativo.
Las leyes que se dicten aI efecto deberán velar por el cumplimiento y aplicación de
dicho principio. incorporando asimismo criterios de solidaridad entre las regiones, como aI
interior de ellas, en lo referente a distribución de los recursos públicos.
SIn peIjuicio de los recursos que para su funcionamiento se asignen a los gobiernos regio-
nales en la Ley de Presupuestos de la Nación ':! de aquéllos que provengan de lo diSpuesta en el Nº
20 deI artículo 19, dicha ley contemplará una proporción deI total de los gastos de inversión
pública que determine, con la denominación de fondo nacional de desarrollo regional.
La Ley de Presupuestos de la Nación contemplará. asimismo. gastos correspondientes a
Inversiones sectoriales de asignaclôn regional cuya distribución entre regiones responderá
a criterios de equidad y eflciencia. tomando en consideración los programas nacionales de
inversión correspondientes.
. La asignación de tales gastos aI interior de cada región corresponderá aI gobierno regional.
A iniciativa de los gobiernos regionales o de uno o más ministerios, podrán celebrarse
convenios anuales o plurianuales de programación de inversión pública con la respectiva
región o en el conjunto de reglones que convengan asociarse con tal propósito.
La ley podrá autorizar a los gobiernos regionales y a las empresas públicas para asociar-
se con personas naturales o juridicas a fin de propiciar actividades e Iniciativas sin fines de
lucro que contribuyan aI desarrollo regional.
Las entidades que ai efecto se constituyan se regularán por las normas comunes apli-
cables a los particulares.
Lo dispuesto en el Inciso anterior se entenderá sin peIjuicio de lo establecido en el N°
21 deI artículo 19.
GOBIERNO Y AOMINISTRACIÓN PROVINCIAL
Articulo 105. En cada provincia existirá una gobernación que será un órgano terrltorialmente
desconcentrado dei intendente.
437
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Estará a cargo de un gobernador. quien será nombrado y removido Iibremente por el


Presidente de la República.
Corresponde ai gobernador ejercer. de acuerdo a las instrucciones deI. intendente. Ia
supervigilancia de los servicios públicos existentes en la provincia.
La ley detemlinará las atribuciones que podrá delegarle el Intendente y las demás que
le corresponden.
Artículo 106. Los gobernadores. en los casos y fomla que determine la ley. podrán designar
delegados para el ejercicio de sus facultades en una o más localidades.

AOMINISTRACIÓN COMUNAL
Artículo 107. La admlnistración local de cada comuna o agrupación de comunas que deter-
mine la ley reside en una municipalidad. Ia que estará constituida por el alcaIde. que es su
máxima autoridad. y por el concejo.
La ley orgánica constitucional respectiva establecerá las modalidades y formas que de-
berá asumlr laparticipación de la comunidad local en las actividades municipales.
Los alcaides. en los casos y fonnas que determine la ley orgánica constitucional respec-
tiva. podrán designar delegados para el ejerclcio de su facultades en una o más localidades.
Las municipalidades son corporaciones de derecho público. con personalidad jurídica y
patrimonio propio, cuya finalidad es satisfacer las necesidades de la comunidad local y asegu-
rar su partiCipación en el progreso económico. social y cultural de la comuna.
Una ley orgánica constitucional determinará las funciones y atribuciones de las muni-
cipalidades.
Dicha ley senalará. además. Ias materias de competencia municipal que el alcaIde. con
acuerdo deI concejo o a requerimlento de los 2/3 de los concejales en ejercicio. o de la propor-
ción de ciudadanos que establezca la ley. someterá a consulta no vinculante o a plebiscito. así
como las oportunidades. fonna de la convocatoria y efectos.
, Las municipalidades podrán asociarse entre ellas para el cumplimiento de sus fines
propios.
Asimismo. podrán constituir o integrar corporaciones o fundaciones de derecho privado
sin fines de lucro cuyo objeto sea la promoclóny difusión deI arte. Ia cultura y el deporte.
La particlpación municipal en ellas se regirá por la ley orgánica constitucional respectiva.
Las municipalidades podrán establecer en el ámbito de las comunas o agrupación de
comunas. de conformidad con la ley orgánica constitucional respectiva. territorios denomina-
dos unidades vecinales. con el objeto de propender a un desarrollo equilibrado y a una adecua-
da canalización de la participación ciudadana.
Los servicios públicos deberán coordinarse con el municiplo cuando desarollen su labor
en el territorio comunal respectivo. en conformidad con la ley.
La ley determinará la fomla y el modo en que los ministerias. serviclos públicos y go-
biemos regionales podrán transferir competenclas a las municipalidades. como asimismo el
carácter provisorio o definitivo de la transferencia.
Artículo 108. En cada municipalidad habrá un concejo integrado por concejales elegidos por
sufragio universal en conformidad a la ley orgánica constitucional de municipalidades.
Durarán cuatro anos en sus cargos y podrán ser reelegidos.
La misma ley determinará el número de concejales y la forma de elegir al alcaide.
EI concejo será un órgano encargado de hacer efectiva la participación de la comunidad
local. ejercerá funciones nomlativas. resolutivas y fiscalizadoras y otras atribuclones que se
le encomienden. en la fonna que determine la ley orgánica constitucional respectiva.
La ley orgánica de municipalidades determinará las normas sobre organización y fun-
clonanliento dei concejo y las materias en que la consulta deI alcaIde ai concejo será obligato-
ria y aquéllas en que necesariamente se requerirá el acuerdo de éste.
En todo caso. será necesario dicho acuerdo para la aprobación dei plan comunal de desa-
rrollo. dei presupuesto municipal y de los proyectos de inversión respectivos.
Artículo 109. La ley orgánica constitucional respectiva regulará la admlnistración transita-
ria de las comunas que se creen. el procedimiento de instalación de las nuevas municipali-
dades. de traspaso dei personal municipal y de los servicios y los resguardos necesarios para
cautelar el uso y disposición de los bienes que se encuentren situados en los territorios delas
nuevas comunas.
438
CONSTlTUCIÓN POLtrlCA DE LA REPÚBLICA DE CHILE: / TEXTO

Los derechos mineros a que se refiere el inciso anterior subsistirán bajo el imperio dei
nuevo Código, pero en cuanto a sus goces y cargas y en lo tocante a su extinción. prevalece-
rán las disposiciones de dicho nuevo Código de Minería.
Este nuevo Código deberá otorgar plazo a los concesionarios para cumpllr los nuevos
requisitos que se establezcan para merecer amparo legal.
En el lapso que medie entre el momento en que se ponga en vigencia esta Constltución
y aquél en que entre en vigor el nuevo Código de Mlnería, la constituclón de derechos mlne-
ros con el carácter de concesión seiialado en los incisos séptimo a décimo dei número 24 dei
artículo 19de esta Constituclón. continuará regida por la legislaclón actual. aI igual que las
concesiones mismas que se otorguen.
TERCERA. La gran minería deI cobre y las empresas consideradas como tal. nacionaliZadas
en virtud de lo prescrito en la disposición 17 transitoria de la Constitución Política de 1925,
contimlaráiJ rlgiéndose por las normas constltucionales vigentes a la fecha de promulgación
de esta Constitución.
CUARTA. La primera vez que se constltuya el Tribunal Constitucional. I'os Ministros de la
Corte Suprema a que se refiere la letra a) dei articulo 81, que hayan sido elegidos en la
segunda y tercera votación, y el abogado designado por el Presidente de la República a que se
refiere la letra b) de dicho artículo, durarân cuatro afios en sus cargos y los restantes, ocho
afios.
QUINTA. Se entenderá que las leyes actualmente en vigor sobre materias que conforme a
esta Constltución deben ser objeto de leyes orgánicas constitucionales o aprobadas con quórum
callflcado. cumplen estos requisitos y seguirân aplicándose en lo que no sean contrarias a la
Constltución, mientras no se dicten los correspondientes cuerpos legaJes.
SEXTA. No obstante lo dispuesto en el número 8 dei artículo 32, mantendrán su vigencla los
preceptos legales que a la fecha de la promulgación de esta Constitución hubieren reglado
materias no comprendidas en el artículo 60, mientras ellas no sean expresamente derogadas
por ley.
SÉPTIMA. Sin perjuicio de lo dispuesto en el inciso tercero dei número 28 deI artículo 19.
mantendrán su vigencia las dlsposiciones legales que hayan establecido tributos de afecta-
ción a un destino detenninado. mientras no sean expresamente derogadas.
OCTAVA. Las nornlas relativas a la edad establecidas en el inciso segundo deI artículo 77
reglrán a contar deI 12 de enero de 1998. respecto de los magistrados de los tribunales supe-
riores de justlcia que se hallaban en servicio aI 11 de marzo de 1981.
Las vacantes de ministro de la Corte Suprema correspondientes a las cuatro nuevas
plazas que se crean en virtud de la modificación ai artículo 75 y las que se produzcan en dicho
tribunal aI aplicarse la norma relativa a la edad a que se refiere el inciso precedente, serán
provistas en conformidad a las normas siguientes.
La Corte Suprema, para proveer las cuatro nuevas plazas de ministro, dentro deI plazo
de diez días contados desde la publicación de la presente ley de reforma constitucional, pro-
pondráal Presidente de la República dos nóminas de diez personas cada una.
Una se fornlará con integrantes dei Poder Judicial. debiendo incluir en ella a los dos
ministros de Corte de Apelaciones más antlguos que figuren en lista de méritos y que no
deban cesar en sus cargos por apllcación dei inciso primero de la presente dlsposlclón transi-
toria, y la otra se fonnará con abogados extrafios la adminlstración de justlcla que cumplan
con los 'requisitos seiiaJados en el inciso cuarto dei artículo 75.
Para proveer las vacantes que se produzcan eI 12 de enero de 1998 por aplicación dei
límite de edad a los ministros de la Corte Suprema que tengan cumplidos a dicha fecha 75 o
más afios de edad, la Corte Suprema propondrá ai Presidente de la República. dentro de los
dlez prirneros días deI mes de enero de 1998, dos nuevas nóminas, cada una de las cuales
estará integrada por el equivalente a la rnitad dei quíntuplo dei número de vacantes producl-
das.
Una se fonnará con integrantes dei Poder Judicial. debiendo ocupar en ella un lugar de
cada cinco de los propuestos. los ministros de Corte de Aplicaciones más antiguos que figuren
en la lista de méritos y que no deban cesar en sus cargos por aplicaclón dei inciso primero de
la presente dlsposición transltoria.
439
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

La otra se fonnará con abogados extraflos a la admlnlstraclón de justlcla que cumplan


con los requisitos establecidos en ellnclso cuarto dei artículo 75.
Dentro de tercero día de reclbidas las nóminas a que se refleren los Incisos precedentes
y en las oportunidades respectivas. el Presidente de la República propondrá ai Senado. slmul-
táneamente. tantos nombres como sea el número de vacantes alienar en cada caso.
En cada proposlción. Ia mltad de las personas Incluldas deberán ser Integrantes deI
Poder Judicial y la otra mltad abogados extraflos a la admlnlstraclón de justicla. hasta com-
pletar el número de cinco de estos abogados que deben Integrar la Corte Suprema.
EI Senado. dentro de los seis días slgulentes a cada proposlclón presIdencial. en seslón
especialmente convocada ai efecto y con el voto confonne de los dos terclos de sus mlembros
en ejerclclo. deberá pronunclarse en votaclones separadas y sucesivas por cada una de las
personas propuestas.
En caso que el Senado rechace alguno de los nombres presentados por el PresIdente de
la República. éste le propondrá. dentro dei segundo día. el nuevo nombre de los Incluidos en la
respectiva nómina y el Senado se pronunciará dentro de tercero día de fonnuiada la nueva
propuesta. repltiéndose el procedlmiento hasta que se apruebe una proposiclón presIdencial.
SI se rechazaren cInco nombres de una mlsma nómlna. Ia Corte Suprema deberá com-
pletaria. hasta reunir el total correspondiente. dentro dei plazo de cinco días. durante los
cuales se interrumpirán los ténninos anteriores. Para fonnar las nómlnas correspondientes
a abogados extraííos a la adminsltración de justicla seííaladas en los incisos anteriores. Ia
Corte Suprema Ilamará. dentro de tercero día de publicada la presente ley de refonna consti-
tucional. a concurso público de antecedentes.
EI pleno de la Corte Suprema elegirá a quienes integrarán estas nómlnas y a quienes
reemplazarán a los candidatos rechazados. de entre las personas que se presenten a dicho
concurso.
Las nóminas a que se refieren los incisos precedentes se fonnarán por el pleno de la
Corte Suprema. en una misma y única votación.
Para estos efectos. cada ministro podrá votar hasta por el equivalente a las dos terceras
partes deI total de personas que integrarán dlchas nómlnas. resultando elegidos qulenes
obtengan las más altas votaciones.
Sin peIjuicio de los beneficIos profeslonales que les correspondan de acuerdo a las nor-
mas vigentes. los ministros que deban cesar en su cargos por aplicaclón de la presente dlspo-
siclón transitoria tendrán derecho a un benefIcIo compensatorio adecuado. que fijará la ley.
Los magistrados de los tribunales superiores de justicla a los que se reflere el inciso
primero. que se desepeííen como presIdente de la Corte Suprema. durarán en dlcho cargo dos
aflos.
Dicho plazo se contará a partIr de la fecha dei respectivo nombramlento. Los minIstros
que se deslgnen con anterioridad ai 2 de enero de 1998. asumlrán sus cargos a contar de ese
día.
Durante el período a que se reflere la dlsposlclón declmotercera transltorla la
Inamovilldad de los Comandantes en Jefe de las Fuerzas Armadas y dei General Dlrector de
Carablneros se reglrá por la dlsposlclón transltorla vigésima y no le será aplicable la Iimlta-
clón dei plazo contemplado en el artículo 93 de esta Constltuclón. el que se contará a partIr de
cuatro aflos deI ténnino dei seííalado período presidencial.
NOVENA. Los mlembros deI Tribunal ConstitucIonal a que se reflere el artículo 81. deberán
ser designados con diez días de anticlpación. a lo menos. a la fecha en que comlence el
primer período presidencial.
Para este solo efecto. el Consejo de Seguridad Nacional se constituirá con trelnta días
de anterioridad a la fecha en que comience a reglr esta Constituclón.
DÉCIMA. En tanto no entre en vlgencla la ley orgánlca constitucional relativa a los partidos
políticos a que se reflere el N" 15 deI articulo 19. estará prohlbldo ejecutar o promover toda
activldad. acción o gestión de índole político partidlsta. ya sea por personas naturales O jurídi-
cas. organizaclones. entidades o agrupaclones de personas. Qulenes Infrinjan esta prohlbl-
clón incurrirán en las sancIones prevIstas en la ley.
DECIMOPRIMERA. EI artículo 84 de la Constituclón relativo ai tribunal Callflcador de Elec-
clones. comenzará a regIr en la fecha que corresponda de acuerdo con la ley respectiva. con
440
CONS77TUCIÓN POLtrlCA DELA REPÚBUCA DE CHILE / TEXTO

ocaslón de la prlmef.i elecclón de senadores y dlputados, y sus mlembms deberán estar desIg-
nados con trelnta Jías de antlclpaclón a esa fecha.
DECIMOSEGUNDA. Mlentrasno proceda constituir el Tribunal Callflcador de Elecclones, la
deslgnaclón de los mlembros de los tribunales electorales reglonales. cuyo nombramlento le
corresponde, será hecho por la Corte de Apelaclones respectiva.
DECIMOTERCERA. EI perlodo presidencial que comenzará a reglr a contar de la vlgencla de
esta Constltuclón, durará el tlempo que establece el artículo 25.
Durante ese período serán apllcables todos los preceptos de la Constltuclón. con las
modlflcaciones y salvedades que se Indlcan en las dlsposlclones transltorlas slgutentes.
DECIMOCUARTA Durante el penodo Indicado en la dlsposiclón anterior, continuará como
Presidente de la República el actual Presidente, General de Ejérclto don Augusto Plnochet
Ugarte. qulen durará en el cargo hasta el término de dlcho penodo.
Aslmlsmo. Ia Junta de Goblemo permanecerá Integrada por los Comandantes enJefe
dei Ejérclto. de la Armada y de la Fuerza Aérea', y por el General Dlrector de Carabineros.
Se regirá por las normas que regulen su funclonamlento Interno y tendrá las atribucio-
nes que se senalan en las dlsposlclones transitorlas correspondlentes.
Sln embargo. atendido que el Comandante en Jefe dei Ejérclto. de acuerdo con ellnclso
prlmero de esta disposiclón. es Presidente de la República. no Integrará la Junta de Goblemo
y lo hará. en su lugar. como miembro titular, el OficiaI General de Armas dei Ejército que le
siga en antlgüedad.
Con todo. el Presidente de la República podrá reemplazar a dlcho integrante en cual-
quler momento. por otro Oficiai General de Armas de su Instltuclón slgulendo el orden de
antlgüedad.
DECIMOQUlNTA EI Presidente dela República tendrá las atrlbuclones y obllgaciones que
establecen los preceptos de esta Constltuclón, con las slgulentes modiflcaclones y salveda-
des:
A) Podrá:
1) Decretar por sí mismo los estados de emergencla y de catástrofe. en su caso. y
2) Designar y remover IIbremente a los alcaides de todo el país. sln peIjulclo de que
pueda dlsponer la plena o gradual apllcaclón de lo previsto en el artículo 108.
B) Requerlrá acuerdo de la Junta para:
1) Designar a los Comandantes en Jefe de las Fuerzas Armadas y ai General Dlrector
de Carablneros cuando sea necesarlo reemplazarlos. por muerte, renuncia o cual-
quter clase de imposlbilldad absoluta:
2) Designar ai Contralor General de la República:
3) Declarar la guerra:
4) Decretar los estados de asamblea y de sitio:
5) Decidir si ha o no lugar a la admlslón de las acusaclones que cualquler Individuo
particular presentare contra los Ministros de Estado con motivo de los peIjulclos que
pueda haber sufrldo Injustamente por algún acto cometido por éstos en el ejerciclo
de sus funciones, y
6) Ausentarse deI país por más de trelnta días o en los últimos noventa días de su
penodo.
DECIMOSEXTA En caso de que por impedimento temporal, ya sea por enfermedad, ausencla
dei terrltorlo nacional u otro grave motivo, el Presidente de la República no pudlere ejercer su
cargo. le subrogará con el título de Vlcepresldente de la República. el mlembro titular de la
Junta de Goblerno según el orden de precedencla que corresponda.
DECIMOS:l!:PTIMA En caso de muerte, renuncia o cualquier clase de Imposlbllldad absoluta
dei Presidente de la República, el sucesor, por el período que le falte. será designado por la
unanlmldad de la Junta de Goblemo, la que deberá reunlrse de lnmedlato.
Mlentras no se produzca la deslgnaclón, asumlrá como Vlcepresldente de la República
el mlembro titular de la Junta de Goblemo, según el orden de precedencla que corresponda.
SI transcurrldas cuarenta y ocho horas de reunida la Junta de Goblemo no hublere
unanlmldad pata eleglr ai Presidente de la República. Ia elecclón la efectuará el Consejo de
Segurtdad Nacional, por la mayona absoluta de sus mlembros. Integrándose a él. para este
efecto, el Contralor General de la República.
441
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)
I
SI fuere designado, Pre[;ldente de la República un Oficial Gençral de.Armas o de Orden y
Segurldad, éste de pleno derecho y por el período presidencial que reste, asumlrá la calldad de
Comandante en Jefe-Instltucional.o de General Dlrector de Carabtneros. en su caso, si tuviere
los requisitos para serlo. '
En'este caso, el Oficial General de Armas o de Orden y Segurldad que le siga en antlgüe-
dado en lá respectiva lnstltuc!ãn. pasará a integrar la Junta de Goblerno como miembrotltu-
lar, apllcándose la parte final deI Inciso tercero de la dlsposlclón declIDocuarta transitorla en
cuanto a su Instltución. , '
DECIMOCTAVA. Durante el perío'do a que se'reflere la dlsposíc!ón decimotercera transitorla.
la Junta de Gobierno ejeÍ'cerá, por la unanlrriÚlad de sus mlembros. Ias slgulentes atrlbuclo-
nes' exclusivas: .
AI Ejercer el Podei: Constltuyente sujeto siempre a aprobaclón pleblscltarla. Ia que se
llevará a efecto conforme a las regIas que seiiale la ley.
B) Ejercer el Poder Legislativo;
C) Dlctar las leyes interpretativas de la Constltuclón que fueren necesarlas;
D) Aprobai o desechar los tratados Internaclonales, antes de la ratificaclón presiden-
cial; , ,
E) Prestar su 'acuerdo aI Presidente de la, República en los casos contemplados en la
letra B) de la disposlción declmoqulnta transitorla;
F) Prestar suacuerdo aI Presidente 'de la República. para decretar los estados de asam-
blea y de sitio, en su caso: .
,G) Pennitlr la entrada de tropas extranjeras en el terrltorio de la República, cOmO asl-
mismo, autorizar la salida de tropas nacionales fuera de él;
H) Conocer de las contlendas de competencla que se susclten entre las autoridades
politlcas o administrativas y los trlbunales superiores de justlcla;
I) Otorgar la rehabllltación de la ciudadanía, en los casos a que alude el artículo 17
número 2 de esta Constltución;
J) Declarar en el caso de que el Presidente de la República o los Comandantes en Jefe
de las Fuerzas Armadas y el General Dlrector de Carablneros hlcieren dimislón de su
cargo. si los motivos que la originan son o no fund'ildos y, en consecuencla, admitirIa o
desecharla, y ,
K) Las demás que le otorgan otras disposlciones transltorlas de esta Constltución.
El orden de precedencla de.Ios Integrantes de.la Junta de Goblerno. es el que se Indica
a' contlnuación: '
1. El Comandante en Jefe deI Ejérclto:
2. EI Comandante en Jefe de la Armada;
3. EI Comandante en Jefe de la Fuerza Aérea, y
4. EI General, Director de, Carablneros.
Se alterará el orderi antes .establecido, en lassituaciones senaladas en el Inciso terce-
ro de la disposición decimocuarta transltorla y en el Inciso final de la dlsposlclón declmosép-
tlmo transltorla, y. en tales casos, el integrante de la Junta de Goblerno a que a1uden dichas
dlsposiciones ocupará, como titular. el cuarto orden de precedencla.
Presidirá la Junta de Goblerno el miembro titular de ella que tenga el prlmer lugar de
precedencia de acuerdo a los dos incisos anteriores.
En el caso previsto en la letra fi), número 'I). de la dlsposlclón declrnoqulnta transltoria,
el o los nuevos mlembros que se Incorporen a la Junta de Gobierno conservarán el orden de
precedencla seflalado en el Inciso segundo. ,
Cada uno de los rniembros titulares de la Junta de Gobierno que esté tnlpedldo tempo-
ralmente para éjercer su' cargo, lo subrogará el OficiaI General de Armas Ode,Orden ySegu-
rldad más antlguo, a quien le co'rresponda deacuerdo a las normas sobre suceslón de mando
en la respectiva Instltuclón, lntegrándose a la Junta en el último lugar de precedencia.
Silos subrogantes fuen:n más de uno, se integrarán a la Junta en el orden de prece-
dencia seiialado en el hlCiso seg'tlndo. .
DECIMONOVENA. 1-9s miembros de la Junta de Goblerno tendrán Iniciativa de ley. en todas
aquellas materlas que constitucionalmente no sean de tnl.clatlva exclusiva dei Presidente de
la República,
4~2
CONSTlTUC/ÓN POLtrlcA DE LA REPÚBUCA DE CHILE/TEXTO

La Junta de Gobiemo ejercerá mediante leyes las Potestades Constituyente y Legislativa.


Estas leyes lIevarán la finna de los miembros de la Junta de Gobiemo y dei Presidente
de la República en seiial de promulgación.
Una ley complementaria establecerá los órganos de trabajo y los procedimientos de que se
valdrá la Junta de Gobiemo. para ejercer las aludidas Potestades Constituyente y Legislativ:;l.
Estas nomlas complementarias establecerán. además. los mecanismos que pennitan a
la Junta de Gobiemo requerir la colaboración .de la comunidad para la elaboración de las
leyes.
VIGÉSIMA. En caso de duda acerca de si la imposibi1ldad que priva ai Presidente de la Repú-
blica dei ejercicio de sus funciones es de tal naturaleza que deba hacerse su reemplazo,
corresponderá a los miembros titulares de la Junta de Gobiemo resolver la duda planteada..
Si la duda se refiere a la imposibilldad que priva a un miembro de la Junta de Gobiemo
dei ejercicio de sus funciones y es de igual naturaleza que la referida en el inciso anterior.
corresponderá a los demás miembros titulares de la Junta de Gobiemo resolver la cuestión
planteada
VIGESIMAPRIMERA. Durante el período a que se refiere la decimotercera disposición tran-
sitoria y hasta que entre en funciones el Senado y la Câmara de Diputados, no serán aplica-
bles los siguientes preceptos de esta Constitución:
a) Los articulos 26 ai 31 inclusive. los números 2. 4. 5. 6 Yla segunda parte dei número
16 dei artículo 32: el artículo 37: y el artículo 41. número 7, en su referencia a los
parlanlentarios:
b) EI Capítulo V sobre el Congreso Nacional con excepción de: el número 1 dei artículo
50, los artículos 60. 61, los incisos terceros a quinto dei artículo 62. y el artículo 64. los
que tendrán plena vigencia. .
Las referencias que estos preceptos y el número 3 dei artículo 32, el inciso segundo
deI número 6 dei artículo 41. y los artículos 73 y 88 hacen ai Congreso Nacional o a
alguna de sus ramas. se entenderán hechas a la Junta de Gobiemo.
Asimismo. la.elección a que se refiere la letra d) dei artículo 81. corresponderá hacer-
la a la Junta de Gobierno.
c) En el artículo 82: los números 4. 9. Y 11 de su inciso primero, elinciso segundo en su
referencia ai número 9, y los incisos octavos, noveno, décimo, decimosegundo. decimo-
cuarto y decimoquinto.
Tampoco regirá la referencia que el número 2 hace a la refonna constitucional, ni la
segunda parte dei número 8 deI incíso primero dei mismo artículo en lo atinente ai
Presidente de la República. como tampoco las referencias que hacen a dicho número,
en lo concenliente a la materia, los incisos segundo y decimotercero:
d) EI Capítulo XlV, relativo a la refonna de la Constitución.
La Constitución sólo podrá ser modificada por la Junta de Gobiemo en el ejercicio dei
Poder Constituyente. Sin embargo, para que las modificaciones tengan eftcacia debe-
rán ser aprobadas por plebiscito, el cual deberá ser convocado por el Presidente de la
República.y
e) Cualquier otro precepto que sea contrario a las dlsposiciones que rigen el' período
presidencial a que se refiere la disposición decimotercera transitoria.
VIGESIMASEGUNDA. Para los efectos de lo prescrito en el inciso tercero dei artículo 82 de la
Constitución. Ia Junta de Gobierno deberá remitir ai Tribunal Constitucional el proyecto a
que dicho precepto se refiere, antes de su pnm1Ulgación por el Presidente de la República.
Sin perjuicio de la facultad que se confiere aI Presidente de la República en los Incisos
cuarto y séptimo dei artículo 82, corresponderá también a la Junta de Gobiemo en pleno
fonnular el requerimiento a .que aluden esas nomlas
En el caso de los incisos decimoprimero y decimosexto dei artículo' senalado en el inciso
anterior, corresponderá. asimismo, a la Junta de Gobierno en pleno fonnular el requerirnien-
to respectivo.
VIGESIMATERCERA. Si entre la fecha de aprobación mediante plebiscito de la presente Cons-
titución y la de su vigencia, el Presidente de la República a que se reftere la disposición
decimocuarta transitoria quedare, por cualquler causa, impedido absolutamente de asumir
sus funciones. la Junta de Gobierno. por la unanimidad de sus miembros, designará a la
443
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

persona que asumirá el cargo de Presidente de la República para el período a que se refiere la
dlsposición declmotercera transltoIia.
Para este efecto. Ia Junta de Gobierno se Integrará por los Comandantes en Jefe de la
Armada. Ia Fuerza Aérea, por el General Dlrector de Carablneros y. como miembro titular, por
el Oficial General de Armas más antiguo dei Ejército.
Si constitulda la Junta de Goblerno en la forma indicada en el Inciso precedente, no
hubiere. dentro de las cuarenta y ocho horas de reunida, unanlmldad para elegir Presidente
de la República. se integrarán a ella. para este sólo efecto. el Presidente de la Corte Suprema,
el Contralor General de la República y el Presidente dei Cónsejo de Estado y. as! constituida,
designará. por la mayoria absoluta de sus mlembros, ai Presidente de la República y a éste se
entenderá refeIida la dlsposición decimocuarta transltoria. en su inciso prlmero.
VIGESIMACUARTA. Sin peIjuicio de lo establecido en los artículos 39 y siguientes sobre esta-
dos de excepción que contempla esta Constltución. si durante el periodo a que se reflere la
disposición decimotercera transltoria se produjeren actos de violencla destinados a alterar el
orden público o hublere peligro de perturbación de la paz Interior. el Presidente de la Repúbli-
ca asi lo declarará y tendrá, por seis meses renovables. Ias siguientes facultades:
a) Arrestar a personas hasta por el plazo de cinco dias. en sus propias casas o en lugares
que no sean cárceles.
SI se produjeren actos terroIistas de graves consecuencias, dicho plazo podrá exten-
derIo hasta por quince días más:
b) Restringir el derecho de reunlón y la Iibertad de información, esta última sólo en
cuanto a la fundación. ediclón o circulación de nuevas publicaciones;
cJ Prohibir el ingreso aI territoIio nacional o expulsar de él a los que propaguen las
doctrinas a que alude el artículo 8 de la Constitución, a los que estén slndlcados o
tengan reputacíón de ser activistas de tales doctIinas y a los que realicen actos contra-
rios a los intereses de Chile o constituyan un peligro para la paz interior. y
d) Dlsponer la permanencia obligada de determinadas personas en una localidad urba-
na el territorio nacional hasta por un plazo no superior a tres meses.
Las facultades contempladas en esta disposición las ejercerá el Presidente de la Re-
pública, mediante decreto supremo fimlado por el Ministro deI Interior, bajo la fórmula
,Por orden dei Presidente de la República•.
Las medidas que se adopten en virtud de esta dlsposlción no serán susceptibles de
recurso alguno, salvo el de reconsideración ante la autoridad que las dlspuso.
VIGESIMAQUINTA. Durante el período a que se reflere la dlsposlclón declmotercera, el Con-
sejo de Seguridad Nacional estará presidido por el Presidente de la República e integrado por
los mlembros de la Junta de Gobierno, por el Presidente de la Corte Suprema y por el Presi-
dente deI Consejo de Estado.
VIGESIMASEXTA. Hasta que el Senado entre en funciones continuará funcionando en Con-
sejo de Estado.
VIGESIMASÉPTIMA. Corresponderá a los Comandantes en Jefe de las Fuerzas Armadas yal
General Dlrector de Carabineros, titulares, proponer ai pais, por la unanimidad de ellos, suje-
to a la ratificación de la ciudadanía, la persona que ocupará el cargo de Presidente de la
República en el periodo presidencial siguiente aI refeIido en la dlsposición declmotercera
transitoIia. qulen deberá cumplir con los requisitos establecidos en el artículo 25 Inciso pri-
mero de esta Constitución, sln que le sea aplicable la prohlbiclón de ser reelegido contempla-
da en el inciso segundo de ese mismo artículo.
Con ese objeto se reunirán noventa dias antes, a lo menos. de la fecha en que deba
cesar en el cargo el que esté en funciones.
La designaclón será comunicada ai Presidente de la República. para los efectos de la
convocatorla a plebiscito.
Si transcunidas cuarenta y ocho horas de reunidos los Comandantes en Jefe y el Gene-
ral Director senalados en el inciso anterior, no hubiere unanlmidad. la proposición se hará
de acuerdo con lo prescrito en el inciso segundo de la disposición decimoséptima transitoria
y el Consejo de Seguridad Nacional comunicará aI Presidente de la República su decisión,
para los mismos efectos senalados en el inciso anteIior.
EI plebiscito deberá efectuarse no antes de trelnta ni después de sesenta dias de la
proposición correspondiente y se lIevará a efecto en la forma que disponga la ley.
444
CONSTI71.fCIÓN POLtrtCA DF:LA RF:PÚBUCA DF: CHILF: / TEXTO

VIGESIMAOCTAVA. SI la cludadanía a través deI plebiscito manifestare su voluntad de apro-


bar la proposlción efectuada de acuerdo con la disposlclón que precede. el Presidente de la
República así elegido. asumirá el cargo el mlsmo dia en que deba cesar el anterior y eJercerá
sus funciones por el período Indicado en el inciso segundo dei artículo 25 y se aplicarán todos
los preceptos de la Constltución con las slguientes modalidades:
A. EI Presidente de la República. nueve meses después de asumlr el cargo. convocará a
elecclones generales de senadores y diputados para integrar el Congreso en la forma
diSpuesta en la Constltución.
La elección tendrá lugar no antes de los trelnta nl después de los cuarenta y cinco
días sigulentes a la convocatoria y se efectuará de acuerdo a la ley orgánica respectiva;
B. EI Congreso Nacional se instalará tres meses después de la convocatorla a elecclo-
nes.
Los dlputados de este primer Congreso durarán tres anos en sus cargos.
Los senadores elegidos por las regiones de número Impar durarán. aslmlsmo. tres
anos y los senadores elegidos por las regiones de número par y reglón metropolitana.
slete anos. y
C. Hasta que entre en funciones el Congreso Nacional. la Junta de Goblemo continuará
en el pleno eJerciclo de sus atribuciones. y segulrán en vigor las disposlclones transito-
rias que rlgen el período presidencial a que se reflere la dlsposlción declmotercera.
VIGESIMANOVENA. Si la ciudadanía no aprobare la proposlclón sometida a plebiscito a que
se reflere la dlsposiclón vigeslmaséptima transitorla. se entenderá prorrogado de pleno dere-
cho el período presidencial a que se reflere la dlsposlción declmotercera transltoria. conti-
nuando en funciones por un ano más el Presidente de la República en ejerclclo y la Junta de
Gobiemo. con arreglo a las dlsposiclones que los rlgen.
Vencido este plazo. tendrán plena vigencia todos los preceptos de la Constltución.
Para este efecto. noventa días antes de la explraclón de la prórroga Indicada en ellnclso
anterior. el Presidente en ejerclcio convocará a elecclón de Presidente de la República y de
parlamentarlos en conformldad a los preceptos permanentes de esta Constltuclón y de la ley.
EI Presidente de la República que resulte elegido por aplicación dei inciso anterior dura-
rá en el ejerclclo de sus funciones por el término de cuatro anos. y no podrá ser reelegido para
el período Inmedlato sigulente.
TRIGÉSIMA. En tanto no entre en vlgencia la ley orgánlca constitucional que determine las
seis regiones en cada una de las cuales habrá dos circunscrlpclones senatorlales. se dlvldl-
rán. en esta forma. Ias regiones de Valparaíso. Metropolitana de Santiago. dei Maule. dei Bío-
Bío. de la Araucania y de Los Lagos.
TRIGESIMAPRIMERA. Ellndulto particular será slempre procedente respecto de los delitos a
que se reflere el artículo 9 cometidos antes dei 11 de Mano de 1990.
Una copia dei decreto respectivo se remltlrá. en carácter de reservado. ai Senado.
TRIGESIMASEGUNDA. Mientras no se proceda a la Instalaclón de los gobiemos regionales
que se establecen en esta Constltución. los intendentes y los consejos regionales de desarro-
110 mantendrán su actual composlclón y atrlbuclones. de conformidad a la leglslaclón vigente.
TRIGESIMATERCERA. Los alcaides y consejos de desarrollo comunal contlnuarán en el des-
empeno de sus funciones. de conformidad a la legislación vigente. mientras no asuman los
alcaides y los concejales elegidos en vlrtud de esta reforma constitucional.
Las elecclones populares que se oliginan en esta refomla constitucional se efectuarán
antes dei 30 de junio de 1992. '
Las de los miembros de los consejos reglonales. en la forma que provea la ley orgánlca
constitucional respectiva. se celebrarán qulnce días después de la instalaclón de los concejos.
TRIGESIMACUARTA No obstante lo dlspuesto en el inciso segundo dei artículo 54. para elec-
ciones de diputados y senadores que corresponda realizar en 1993. no podrán ser candidatos
los ciudadanos que resulten elegidos alcaides. miembros de los consejor reglonales o conceja-
les en las elecciones que se celebren en 1992.
TRIGESIMAQUINTA. Las elecciones destinadas a renovar los actuales concejos munlclpales
se reallzarán el día 27 de octubre de 1996.
En todo caso. los concejos se Instalarán el dia 6 de dlciembre dei mlsmo ano.
445
PARLAMENTO CUL71.JRAL OEL MERCOSUR (PARCUM)

EI Secretario Municipal cumplirá las funciones de aquellos concejos que no se constitu-


yan el día senalado, hasta la instalación de éstos,
El período de los alcaides y concejales en ejercicio se extenderá hasta el día 6 de diclem-
bre de 1996.
EI período de los consejeros regionales en ejercicio expirará el 19 de febrero de 1997,
aplicándose en lo demás la ley correspondiente.
TRIGESIMASEXTA. Las normas dei capítulo VI-A .MinisteIio Público" regirán ai momento de
entrar en vigencia la ley orgánica constitucional dei MinisteIio Público.
. Esta ley podrá establecer fechas diferentes para la entrada en vigor de sus disposiclo-
nes, como tamblén determInar su aplicación gradual en las dIversas mateIias y regiones dei
país.
EI capítulo VI-A .MlnlsteIio Público" la ley orgánica constitucIonal dei MinisteIio Públi-
co y Is leyes que, complementando dichas normas, modifiquen el CódIgo Orgánico de Tribuna-
les yel Código de Procedimiento Penal, se aplicarán exclusivamente a los hechos acaecldos
con posteIioridad a la entrada en vigencla de tales disposiciones.
TRIGESIMASÉPTIMA. No obstante lo dispuesto en el articulo 80 E. en la quIna y en cada una
de las temas que se formen para proveer por pIimera vez los cargos de Fiscal Nacional y de
Fiscales Regionales. Ia Corte Suprema y las Cortes de Apelaciones podrán incluir. respectiva-
mente, a un miembro activo dei Poder Judicial.
TRIGESIMAOCTAVA Las atIibuciones otorgadas a las municipalidades en el artículo 110,
relativas a la modificación de la estructura orgánica. de personal y de remuneraciones. serán
aplicables cuando se regulen en la ley respectiva las modalidades. requisitos y Iimitaciones
para el ejercicio de estas nuevas competencias.
TRIGESIMANOVENA. En el afio siguiente a la fecha de publicación de la presente ley consti-
tuçional no podrán figurar en las nómlnas para Integrar la Corte Suprema quienes hayan
desempenado los cargos de Presidente de la República, diputado. senador. Ministro de Estado.
intendente. gobemador o alcaide.

446
CONSTITUCIÓN
DE LA REPÚBLICA
DEL PARAGUAY
CONSTlTUC/ÓN DE LA REPÚBLICA DEL PARAGUAY

ANTECEDENTESYREFORMAS
DE LA CONSTITUCIÓN
DE LA REPÚBLICA DEL PARAGUAY

n 1811, el Paraguay decidió separarse dei Virreinato dei Rio de la Plata con sede en

E Buenos Aires. EI 17 de junio de ese afio el Congreso nombró a una Junta de Gobierno
integrada por cinco miembros y presidida por Fulgencio YEGROS, la cual proclamó la
independencia.
Dichajunta gobernó hasta 1813., En ese afio, el Congreso elaboró el primer documento
jurídico que organizó el nuevo estado paraguayo. Se denominó Reglamento de Gobiemo y esta-
bleció el sistema consular que sustituyó a la anterior Junta Gubernatlva. Fueron designados
dos cónsules quienes figuran expresamente en el documento: Fulgencio YEGROS y José Gaspar
RODRíGUEZ de FRANCIA. Este Consulado habrá de durar un afio, al cabo dei cual el Congreso
convocado en 1814, consagró dictador temporal ai doctor FRANCIA. EI Reglamento cesó en su
vigencla y, en el afio 1816, el Congreso declaró dlctador perpetuo a Francla. Tras su muerte
en el ano 1840, el Congreso aprobó, en 1844, la denominada Ley que establece la Administra-
ción Política delParaguay. que rigló durante los goblernos de Carlos Antonio LóPEZ y Francisco
Solano LóPEZ.
Esta Ley Fundamentallncluia los rudimentos de una constituclón puesto que esbozaba
las modernas estructuras constituclonales, especialmente en cuanto ai intento formal de
distribuir el poder en su cláslca separación: Ejecutlvo, Legislativo v Judicial, aun cuando era
evidente el poder ilimitado dei Presidente de la República.
EI Poder Legislativo era unicameral, se reunia cada cinco afios en forma ordlnaria, y en
forma extraordlnaria cuando lo decidia el Presidente de la República. Entre sus funciones
princlpales se haIlaban las de declarar la guerra, fijar los gastos generales y establecer el
Tribunal de Justlcla.
EI Poder Ejecutivo se hallaba a cargo dei Presidente de la República, que duraba diez
anos y podia ser reelecto. Su poder radicaba en esta norma constitucional: "La autoridad dei
presidente es extraordinaria en los casos de invasión, de conmoción interior y cuantas veces
fuere precisa para conservar el orden y la tranquilidad pública de la República."
No existia en la Carta un organismo especifico que representara aI Poder Judicial, pero
quedó incorporada a la misma un Reglamento de Justlcla de fecha anterior. EI Presidente de
la República era juez privativo de las causas referentes a los delitos politicos.
Después de la derrota de Paraguay en la Guerra de la TripleAlianza, se aprobó la Cons-
tltuclón de 1870, la misma recogló las Ideas liberales en boga y tuvo como propósito terminar
con las autocracias imperantes en los últimos sesenta afios.
La Constitución de 1870 dlo naclmlento a la república y ai estado de derecho. Entre sus
aportes más significativos, cabe mencionar: su politlca de apertura a los extranjeros, el equi-
librio real de poderes, la responsabilldad dei funclonario público, la alternancla en el cargo de
presidente de la República, la libertad de cultos, la supremacia constitucional, los princlplos
deI debido proceso, la libertad de expreslón y la aboliclón de la esclavltud.
La constltuclón liberal de 1870 fue derogada en el afio 1936 y puesta en vigor nuevamente
ai afio slgulente. No obstante ello, al asumlr como presidente de la república el general José
Félix ESTIGARRIBIA, se produjo un Importante cambio cuando en el afio 1940 asumió los pode-
res politicos y la Constltución quedó virtualmente derogada. Se elaboró un nuevo proyecto cons-
titucional que resultó aprobado mediante un referéndum convocado a ese efecto.
449
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Las características esenciales de la Constitución de 1940 fueron: el sistema unicameral,


la reelección presidencial, el veto definitivo a las leyes dei parlamento, la supresión de inicia-
tivas parlamentarias, la facultad dei presidente de la república para disolver el parlamento y
para dictar decretos leyes, el control en la designación dei poder judicial, la censura previa a
la prensa, la supresión dei juiCio politico ai presidente de la república, la discrecionalidad en
la declaración deI estado de emergencia, la regulación de la vida económica y el monopolio
estatal.
La Constitución de 1967 fue sancionada con el propósito de permitir la reelección presi-
dencial deI general Alfredo STROESSNER, quien había asumido el gobierno tras el golpe mili-
tar dei ano 1954.
La nueva constitución paraguaya estableció una república unitaria e indivisible bajo la
forma de una democracia representativa. EI gobierno se ejercía por medio de los poderes
legislativo, ejecutivo 'y judicial bajo un sistema de división, equilibrio e independencia. EI
sufragio era la base de la democracia representativa y se impuso el sistema pluripartidista.
No obstanteadoptar conceptos propios deI sistema republicano, coexistieron algunos
que determinaron una dirección proclive a la concentración dei poder en manos deI Poder
Ejecutivo. Entre las normas que se orientan en este sentido, cabe mencionar la supresión de
la facultad dei Congreso de prolongar sus sesiones y convocar a extraordlnarias, y la subordi-
naclón dei Poder Judicial ai Poder Ejecutlvo.
En lo que respecta a los derechos y deberes fundamentales, la constitución proclamó el
respeto de los derechos humanos. Los principales derechos consagrados fueron el derecho a
la lIbertad de pensamiento y la de opinión, a la libertad de expreslón, de locomoción, al debido
proceso, a la prívacidad, a practicar el culto, a la educación, a la funcion pública, a la integri-
dad fisica, a la propiedad, a la salud, a la segurjdad social, aI asilo político, al honor, al sufragio,
ai trabajo, a organizarse eO partidos políticos, de autor, de huelga, deI menor, de petición, de
reunión, etcétera.
La constitución paraguaya garantizó la propiedad prívada. Su contenido y limite eran
fijados por la ley, atribuyéndose a la misma una función económica y social. Instituyó la
reforma agraria que significó la incorporación efectiva de la poblaclón campesina al desarro-
110 de la nación. Con ese propósito, proclamó la adopción de sistemas justos de distribución, de
propiedad y tenencia de tierras, con organlzación deI crédito, la asistencia técnica y social y
la creación, de cooperativas.
Se contemplaron normas tendientes a Ia protección deI trabajo tales como la duración
de la jornada, los descansos semanales obligatoIios, las vacaciones anuales pagas, el salario
mínimo vital, las bonificaciones familiares, la estabilidad y eI amparo en caso de cesantía o
paro forzozo. Así también el trabajo de los menores y de la mujer, especialmente en cuanto a
sus derechos de maternidad. Quedaron establecidos los regímenes de la seguIidad social, de
,aslstencia social y el de jubilaciones y pensiones.
Se consagró el derecho a la educación. La lengua guaraní fue considerada idioma na-
cional y objeto de protección ai igual que los productos históIicos de la cultura.
EI gobiemo de la república se ejercía por medlo de los poderes Legislativo, Ejecutivo y
Judicial. EI Poder Legislativo representado por la' Cámara de Diputados y la Câmara de Sena-
dores. Ambos eran electos con el presidente de la república y duraban cinco afios en sus
funciones y podían ser reelectos.
En 1991 se inició un nuevo período constitucional que dio lugar a la constitución ac-
tualmente vigente, sancionada y promulgada el 20 de junio de 1992. En virtud de la misma,
Paraguay se define como un estado social de derecho, unitario, Indlvisible y descentralizado.
En lo referido a las relaciones internaclonales, el artículo 145, admite en condiciones
de igualdad con otros Estados, un ordenjwidico supranacional que garantice la vigencia de los
derechos humanos, la paz, lajusticia, la cooperaclón y el desarrollo, en lo político, económlco,
social y cultural. Finalmente, exige la mayoría absoluta de ambas Cámaras para adoptar las
decislones con ese objeto.

450
CONsrrruc/ON DELA REPÚBUCA DEL PARAGUAY / TEXTO

PREÁMBULO
El pueb/.o paraguayo. por medio de sus Iegítirrws representantes reunidos en Convención
Nacional Constituyente. ínvocando a Dios, reconociendo ta dignídad hwnana con elfin de
asegurar ta UJJertad, ta igualdad y tajusticia, reafirmando /.os princípios de ta derrwcracía
repubUcana, representativa, particípativa y pluralista., ratificando ta soberanía e indepen-
dencia naciona/es. e integrado a la comunídad internacional, SANCIONA Y PROMULGA
esta Constitución.
Asunclón, 20 de junlo de.1992

PARTE)
DE LAS DECLARACIONES FUNDAMENTALES, DE LOS DERECHOS,
DE LOS DEBERES Y DE LAS GARANTÍAS
TíTULO I
DE LAS DECLARACIONES FUNDAMENTALES
Articulo 1. DE LA FORMA DEL ESTADO YDE GOBIERNO
La. República dei Paraguay es para slempre IIbre e Independiente. Se constltuye en
Estado social de derecho. unltarlo. Indlvlslble. y descentralizado en la forma que establecen
esta Constltuclón y las leyes.
La República dei Paraguay adopta para su goblerno la democracia representativa.
partlclpatlva y pluralista, fundada en el reconoclmlento de la dlgnldad. humana.
Articulo 2. DE LA SOBERANÍA
En la República dei Paraguay la soberanía reside en el pueblo, que la ejerce. conforme
con lo dlspuesto en esta Constltución.
Articulo 3. DELPODERPúBUCO
EI pueblo ejerce el Poder Público por medio dei sufraglo. EI goblerno es ejercldo por los
poderes Legislativo. Ejecutlvo y Judicial en un sistema de separaclón, equillbrto, coordina-
clón y recíproco controi. Nlnguno de estos poderes puede atrlbulrse, nl otorgar a otro nl a
persona alguna. Individuai o colectlva, facultades extraordlnartas o la suma dei Poder Público.
La dlctadura está fuera de ley.

TÍTULO 11
DE LOS DERECHOS, DE LOS DEBERES Y DE LAS GARANTÍAS
CAPÍTULO I
DE LA VIDA Y DEL AMBIENTE
SECCIÓN I
DE LA VIDA
Articulo 4. DEL DERECHO A LA VIDA
EI derecho a la vida es inherente a la persona humana. Se garantlza su protecclón, en
general, desde la concepclón. Queda abolida la pena de muerte. Toda persona será protegida
por el Estado en su Integrtdad física y psíquica. así como en su honor y en su reputaclón. La
ley reglamentará la i1bertad de las personas para dlsponer de su proplo cuerpo, sólo con fines
científicos o médicos.
Articulo 5. DE LA TORTURA Y DE OTROS DELITOS
Nadle será sometldo a torturas nl a penas o tratos crueles, tnhumanos o degradantes.
EI genocldlo y la tortura, así como la desaparlclón forzosa de personas, el secuestro y. el
horp.lcldlo por razones políticas son Imprescrlptlbles.
Articulo 6. DE LA CALIDAD DE VIDA
La calidad de vida será promovida por el Estado mediante planes y políticas que reconoz·

451
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

can factores condicionantes, tales como la extrema pobreza y.los impedimentos de la


discapacidad o de la edad.
EI Estado también fomentará la investigación sobre los factores de población y sus vín-
culos con el desarrollo económico social, con la preservación dei ambiente y con la calidad de
vida de los habitantes.

SECCIÓN 11
DEL AJvtBIENTE
Articulo 7. DELDERECHO A UN AMBIENTE SALUDABLE
Toda persona tiene derecho a habitar en un ambiente saludable y ecológicamente equi-
librado.
Constituyen objetivos priOlitarios de interés social la preservación. Ia conservación, la
recomposición y el mejoramien.to deI amQiente, asi como su conciliación con el desarrollo hu-
mano integral. Estos propósitos orientarán la legislación y la política gubemamental pertinente.
Articulo 8. DE LA PROTECCIÓN AMBIENTAL
Las actividades susceptibles de producir alteración ambiental serán reguladas por la
ley. Asimismo. ésta podrá restringir o prohibir aquellas que califique pellgrosas,
Se prohibe la fabricación, el montaje, la importación, la comercializadón, la posesión o el
uso de armas nucleares, químicas y biológicas, así como la introducción aI país de residuos
tóxicos, La ley podrá extender ésta prohibición a otros elementos peligrosos; asimismo, regulará
el tráfico de recursos genéticos y de su tecnología, precautelando los intereses nacionales.
El delito ecológico será definido y sancionado por la ley. Todo dano ai ambiente importa-
rá la obligación de recomponer e indemnizar.

CAPíTULO 11
DE LA LIBERTA0
Articulo 9. DE LA LIBERTAD Y DE LA SEGURlDAD DE LAS PERSONAS
Toda persona tiene el derecho a ser protegida en su IIbertad y en su seguridact.
Nadie está obligado a hacer lo que la ley no ordena ni privado de lo que ella no prohibe.
Artículo 10. DE LA PROSCRlPCIÓN DE LA ESCLAVITUD Y OTRAS SERVIDUMBRES
Están proscritas la esclavitud, las servidumbres personales y la trata de persona,s. La
ley podrá establecer cargas sociales en favor deI Estado.
Articulo 11. DE LA PRlVACIÓN DE LA LIBERTAD
Nadie será privado de su libertad física o procesado. sino mediando las causas y en las
condiciones fijadas por esta Constitución y las leyes.
Artículo 12. DE LA DETENCIÓN Y DEL ARRESTO
Nadie será detenido ni arrestado sin orden escrita de autoridad competente. salvo caso
de ser sorprendido en flagrante comisión de delito que mereciese pena corporal. Toda persona
detenida tiene derecho a;
1. que se le informe, en el momento deI hecho, de la causa que lo motiva, de su derecho
a guardar silencio y a ser asistida por un defensor de su confianza. En el acto de la
detención. Ia autoridad está obllgada a exhibir la orden escrita que la dispuso;
2. que la detención sea inmediatamente comunicada a sus familiares o personas que el
detenido indique:
3, que se le mantenga en libre comunicación, salvo que. excepcionalmente. se halle
establecida su incomunicación por mandato judicial competente; la incomunicación
no regirá respecto a su defensor. y en ningún caso podrá exceder deI término que
prescribe la ley;
4. que disponga de un intérprete. si fuese necesario. y a
5. que sea puesta. en un plazo no mayor de veinticuatro horas. a dlsposición deI magis-
trado judicial competente, para que éste disponga cuanto corresponda en derecho.
Articulo 13. DE LA NO PRlVACIÓN DE LIBERTAD POR DEUDAS
No se admite la privación de la libertad por deuda. salvo mandato de autoridad judicial
competente dictado por incumplimiento de deberes alimentarios o como sustitución de multas
o fianzas judiciales.
452
CONSTlTUC;6N DE LA REPUaUCA DEL PARAGUAY / TEXTO

Articulo 14. DE LA IRRETROACTIVIDAD DE LA LEY


Nlnguna ley tendrá efecto retroactlvo. salvo que sea más favorable ai encausado o ai
condenado.
Articulo 15. DE LA PROHIBICIÓN DE HACERSE JUSTICIA POR SI MISMO
Nadle podrá hacerse justlcla por sí mlsmo ni reclamar sus derecho con vlolencia. Pero.
se garantlza la legítima defensa.
Articulo 16. DELADEFENSAEN JUICIO
La defensa en juiclo de las personas y de sus derechos es Invloláble. Toda persona t1ene
<:lerecho a ser juzgada por tri.hl.lnales Y i-ueces competentes. independientes e Imparciales.
Articulo 17. DE LOS DERECHOS PROCESALES
En cl proceso penal. o en cualquier otro deI cual pudlera derlvarse pena o sanción. toda
persona tiene derecho a:
1. que sea presumida su inocencia:
2. que se lejuzgue enjuicio público. salvo los casos contemplados por el magistrado para
salvaguardar otros derechos:
3. que no se le condene sin julcio previo fundado en una ley anterior aI hecho dei proce-
so. ni que se le juzgue por tribunales especiales:
4. que no se lejuzgue más de una vez por el mismo hecho. No se pueden reabrir procesos
fenecidos. salvo la revisiçm favorable de sentencias penales establecidas en los casos
previstos por la ley procesal:
5. que se defienda por sí misma o sea aslstida por defensores de su elección:
6. que el Estado le provea de un defensor gratuito. en caso de no dlsponer de medios
económicos para solventarlo:
7. Ia cornunlcaclón previa y detallada de la imputación. así como a disponer de copias.
medios y plazos indlspensables para la preparación de su defensa en Iibre comumca-
clón:
8. que ofrezca, practlque. controle e impugne pmebas:
9. que no se le opongan pruebas obtenidas o actuaclones producidas en vlolaclón de las
normas jurídicas:
10. el acceso. por sí o por intermedio de su defensor. a las actuaciones procesales, las
cuales en ningún caso podrán ser secretas para ellos. EI sumario no se prolongará
más allá dei plazo establecido por la ley. y a
11. la indemnizaclón por el Estado en caso de condena por error judicial.
Articulo 18. DE LAS RESTRlCCIONES DE LA DECLARACIÓN
Nadle puede ser obligado a declarar contra sí mismo. contra su cónyuge o contra la
persona con quien está unida de hecho. ni contra sus parientes dentro deI cuarto grado de
consanguinidad o segundo de afinidad inclusive.
Los actos ilícitos o la deshonra de los imputados no afectan a sus parlentes o allegados.
Artículo 19. DE LA PRlSIÓN PREVENTIVA
La prislólI preventiva solo será dictada cuando fuese indispensable en Ias diligencias
deljulcio. En ningún caso la misma se prolongará por un tiempo mayor ai de la pena mínima
estableclda para igual delito. de acuerdo con la calificaclón dei hecho. efectuada en el auto
respectivo.
Artículo 20. DEL OBJETO DE LAS PENAS
Las penas privativas de Iibertad tendrán por objeto la readaptaclón de los condenados y
la protección de la socledad.
Quedan proscritas la pena de conflscación de blenes y la de destlerro.
Articulo 21. DE LA RECLUSIÓN DE LAS PERSONAS
Las personas privadas de su libertad serán recluidas en establecimientos adecuados,
evitando la promiscuidad de sexos. Los menores no serán recluidos con personas mayores de
edad.
La reclusión de personas detenidas se hará en lugares diferentes a los destinados para
los que purguen condena.
453
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Articulo 22. DE LA PUBLICACIÓN SOBRE PROCESOS


La publicación sobre procesos judiciales en curso debe reallzarse sin prejuzgarniento.
EI procesado no deberá ser presentado como culpable antes de la sentencia ejecutoriada.
Articulo 23. DE LA PRUEBA DE LA VERDAO
La pmeba de la verdad y de la notoriedad no serán admisibles en los procesos que se
promoviesen_con_motivo_de.publicaciones_de cualquieLcarácteLque afecten ai honor, a la repu-
taclón o a la dignidad de las personas, y que se refieran a delitos de acclón penal privada o a
conductas privadas que esta Constltución o la ley declaran exentas de la autoridad pública.
Dlchas pmebas serán admitidas cuando el proceso fuera promovido por la publicación
de censuras a la conducta pública de los funcionarios deI Estado, y en los demás casos estable-
cidos expresarnente por la ley.
Articulo 24. DE LA LIBERTA0 RELIGIOSA Y LA IDEOLÓGICA
Quedan reconocidas la libertad religiosa, la de culto y la Ideológica. sin más limltaclo-
nes que las establecidas en esta Constltución y en la ley. Nlnguna confesión tendrá carácter
oficial.
Las relaciones deI Estado con la Iglesia Católica se basan en la independencla, coopera-
ción y autonomia.
Se garantizan la independencia y la autonomia de las iglesias y confesiones religiosas.
sin más Iimitaclones que las impuestas en esta Constitución y las leyes.
Nadie puede ser molestado. indagado u obligado a declarar por causa de sus creencias o
de su Ideologia.
Articulo 25. DE LA EXPRESIÓN DE LA PERSONALIDAO
Toda persona tiene el derecho a la Iibre expresión de su personalidad, a la creatividad y
a la formación de su propia identidad e imagen.
Se garantiza el pluralismo ideológico.
Articulo 26. DE LA LIBERTA0 DE EXPRESIÓN YDE PRENSA
Se garantizan la Iibre expresión y la libertad de prensa. asi como la difusión dei pensa-
miento y de la opinión, sin censura alguna, sin más limltaciones que las dispuestas en esta
Constltución: en consecuencia. no se dictará nlnguna ley que las imposibilite o las restrinja.
No habrá delitos de prensa, sino delitos comunes cometidos por medio de la prensa.
Toda persona tiene derecho a generar. procesar o difundir información, como igual-
mente a la utillzación de cualquier instmmento lícito y apto para tales fines.
Articulo 27. DEL EMPLEO DE LOS MEDIOS MASIVOS DE COMUNICACIÓN SOCIAL
EI empIeo de los medios de comunica.~ión es de interés público; en consecuencia, no se
los podrá clausurar ni suspender su funcionarniento.
No se admitirá la prensa carente de dirección responsable.
Se prohibe toda práctlca discriminatorta en la provisión de insumos para la prensa, asl
como interferir las frecuencias radioeléctricas y obstmir, de la manera que fuese. la libre
circulación. Ia dlstribución y la venta de periódicos, libros, revistas o demás publicaciones
con dirección o autoria responsable.
Se garantiza el pluralismo informativo.
La ley regulará la publicidad a los efectos de la mejor protección de los derechos dei
nino. deI joven. dei analfabeto. deI consumidor y de la mujer.
Articulo 28, DEL DERECHO A INFORMARSE
Se reconoce el derecho de las personas a reciblr informaclón veraz. responsable y ecuá-
nime.
Las fuentes públicas de infoffilación son Iibres para todos. La ley regulará las modalida-
des, plazos y sanciones correspondientes a las mismas, a fin de que este derecho sea efectivo.
Toda persona afectada por la difusión de una tnformación falsa, distorsionada o arnbi-
gua tiene derecho a exigir su rectlficación o-su aclaración por el mismo medlo y en las mis-
mas condiciones que haya sido divulgada, sin peIjuicio de los demás derechos compensatorios.
Articulo 29. DE LA LIBERTA0 DE EJERCICIO DEL PERIODISMO
EI ejercicio deI periodismo. en cualquiera de sus formas. es Iibre y no está sujeto a
autoIización previa. Los periodistas de los medios masivos de comunicación social, en cum-
plimiento de sus funciones. no serán obligados a actuar contra los dictados de su conciencia
ni a revelar sus fuentes de información.
454
CONSTITUCIÓN DE LA REPUSLlCA OEL PARAGUAY / TEXTO

EI periodista columnista tiene derecho a publicar sus opiniones firmadas. sin censura.
en el medio en el cual trabaje. La dirección podrá dejar a salvo su responsabilidad haciendo
constar su disenso.
Se reconoce aI periodista el derecho de autoria sobre el producto de su trabajo intelec-
tual. artlstico o fotográfico. cualquiera sea su técnica. conforme con la ley.
Artículo 30. DE LAS SENALES DE COMUNICACIÓN ELECTROMAGNÉTICA
La emisión y la propagación de las senales de comunicación electromagnética son deI
dominio público deI Estado. el cual. en ejercicio de la soberania nacional. promoverá el pleno
empleo de las mismas según los derechos propios de la República y conforme con los conve-
nlos Intemaclonales ratificados sobre la materla.
La ley asegurará. en igualdad de oportunidades. el Iibre acceso aI aprovechamiento deI
espectro electromagnético. asl como aI de los instrumentos electrónlcos de acumulación y
procesamiento de información pública. sin más límltes que los impuestos por las reguiacio-
nes Intemacionales y las normas técnicas. Las autoridades asegurarán que estos elementos
no sean utilizados para vulnerar la intlmidad personal o familiar y los demás derechos esta-
blecidos en esta Constitución.
Artículo 31. DE LOS MEDI OS MASIVOS DE COMUNICACIÓN SOCIAL DEL ESTADO
Los medios de comunicación dependientes dei Estado serán regulados por ley en su
organización y en su funcionamlento. debiendo garantizarse el acceso democrático y pluralista
a los mismos de todos los sectores sociales y políticos. en Igualdad de oportunidades.
Artículo 32. DE LA LIBERTAD DE REUNIÓN Y DE MANIFESTACIÓN
Las personas tlenen derecho a reunirse y a manifestarse pacificamente. sin armas y con
fines lícitos. sin necesldad de penniso. as! como el derecho a no ser obligadas a participar de
tales actos. La ley sólo podrá reglamentar su ejercicio en lugares de tránslto público. en horarios
determinados. preservando derechos de terceros y el orden público establecido en la ley.
Articulo 33. DEL DERECHO A LA INTIMIDAD
La intlmldad personal y familiar. así como el respeto a la vida privada. son Inviolables.
La conducta de las personas. en tanto no afecte aI orden público establecldo en la ley o a los
derechos de terceros. está exenta de la autoridad pública.
Se garantizan el derecho a la protecclón de la intlmidad. de la dlgnidad y de la Imagen
privada de las personas.
Artículo 34. DEL DERECHO A LA INVIOLABILIDAD DE LOS RECINTOS PRIVADOS
Todo recinto privado es inviolable. Sólo podrá ser allanado o clausurado por orden judi-
cial y con sujeclón a la ley. Excepcionalmente podrá serlo. además. en caso de flagrante delito
o para impedir su inmlnente perpetración. o para evitar daiios a la persona o a la propiedad.
Articulo 35. DE LOS DOCUMENTOS IDENTIFICATORlOS
Los documentos identiflcatorios. licencias o constanclas de las personas no podrán ser
incautados ni retenidos por las autoridades. Estas no podrán privarias de ellos. salvo los casos
previstos en la ley.
Artículo 36. DEL DERECHO A LA INVIOLABILIDAD DEL PATRlMONIO DOCUMENTAL Y LA
COMUNICACIÓN PRIVADA
EI patrlmonio documental de las personas es inviolable. Los registros. cualquiera sea
su técnica. los Impresos. Ia correspondencla. los escritos. Ias comunlcaclones telefónicas.
telegráficas. cablegráflcas o de cualquler otra especle. Ias colecciones o reproducciones. los
testimonios y los objetos de valor testlmonial. así como sus respectivas copias. no podrán ser
examinados. reproducidos. interceptados o secuestrados sino por orden judicial para casos
especificamente previstos en la ley. y slempre que fuesen indlspensables para el esclareci-
mlento de los asuntos de competencla de las correspondientes autoridades. La ley determina-
rá modalidades especlales para el examen de la contabilldad comercial y de los registros
legales obligatorios.
Las pruebas documentales obtenldas en violación o lo prescripto anteriormente care-
cen de valor en juicio.
En todos los casos se guardará estrlcta reserva sobre aquello que no haga relación con lo
Investigado.
Artículo 37. DEL DERECHO A LA OBJECIÓN DE LA CONCIENCIA
Se reconoce la objeción de conciencia por razones éticas o religiosas para los casos en
que esta Constitución y la ley la admltan.
455
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Artículo 38. DEL DERECHO A LA DEFENSA DE LOS INTERESES DIFUSOS


Toda persona tiene derecho. individual o colectivamente. a reclamar a las autoridades
públicas medidas para la defensa dei ambiente. de la integridad deI hábitat. de la salubridad
pública. deI acervo cultural nacional. de los intereses deI consumidor y de otros que. por su
naturalezajurídlca. pertenezcan a la cOnlunidad y hagan relación con la calidad de vida y con
el patrimonio colectivo.
Artículo 39. DEL DERECHO A LA INDEMNIZACIÓN JUSTA YADECUADA
Toda persona tienen derecho a ser indemnizadajusta y adecuadamente por los danos o
peIjuicios de que fuese objeto por parte dei Estado. La ley reglamentará este derecho.
Artículo 40. DEL DERECHO A PETICIONARA LAS AUTORIDADES
Toda persona. individual o colectivamente y sin requisitos especiales. tienen derecho a
peticionar a las autoridades. por escrito. quienes deberán responder dentro deI plazo y según
las modalidades que la ley determine. Se reputará denegada toda petición que no obtuviese
respuesta en dicho plazo.
Artículo 41. DEL DERECHO AL TRÁNSlTO YA LA RESIDENCIA
Todo paraguayo tienen derecho a residir en su Patria. Los habitantes pueden transitar
Iibremente por el territorio nacional. cambiar de domicilio o de residencia. ausentarse de la
República o volver a ella y. de acuerdo con Ia ley. incorporar sus bienes aI país o sacarlos de él.
Las migraciones serán reglamentadas por la ley. con observancla de estos derechos.
EI ingreso de los extranjeros sln radicación definitiva en el país será regulado por la ley.
considerando los convenios intemacionales sobre la materia.
Los extranjeros con radicación definitiva en el país no serán obligados a abandonarlo
sino en virtud de sentencia judicial.
Artículo 42. DE LA LIBERTAD DE ASOCIACIÓN
Toda persona es Iibre de asociarse o agremiarse con fines lícitos. así como nadie está
obligado a pertenecer a determinada asociación. La forma de colegiación profesional será
reglamentada por ley. Están prohibidas las asociaciones secretas y las de carácter paramilitar.
Artículo 43. DELDERECHO DE ASILO
El Paraguay reconoce el derecho de asilo territorial y diplomático a toda persona perse-
guida por motivos o delitos políticos o por delitos comunes conexos. así como por sus opiniones
o por sus creencias. Las autoridades deberán otorgar de inmediato la documentación perso-
nal y el correspondiente salvoconducto.
Ningún asilado politico será trasladado compulsivamente aI país cuyas autoridades lo
persigan.
Artículo 44. DE LOS TRIBUTOS
Nadle estará obligado aI pago de tributos ni a la prestación de servidos personales que
no hayan sido establecidos por la ley. No se exigirán fianzas excesivas ni se impondrán muI-
tas desmedidas.
Artículo 45. DE LOS DERECHOS Y GARANTÍAS NO ENUNCIADOS
La enunciación de los derechos y garantias contenidos en esta Constitución no debe
entenderse como negación de otros que. siendo inherentes a la personalidad humana. no
figuren expresamente en ella. La falta de ley reglamentarla no podrá ser invocada para negar
ni para menoscabar algún derecho o garantia.

CAPíTULO 111
DE LA IGUALDAD
Artículo 46. DE LA IGUALDAD DE LAS PERSONAS
Todos los habitantes de la República son iguales en dignidad y derechos. No se admiten
discriminaciones. El Estado removerá los obstáculos e impedirá los factores que Ias manten-
gan o las propicien.
Las protecclones que se establezcan sobre desigualdades Injustas no serán consideradas como
factores discliminatorios sino igualitarios.
Artículo 47. DE LAS GARANTÍAS DE LA IGUALDAD
EI Estado garantizará a todos los habitantes de la República:

456
CONSr:ITUCIÓN DE LA REPÚBUCA DEL PARAGUAY / TEXW

I. Ia Igualdad para el acceso a la justlcia, a cuyo efecto allanará los obstáculos que la
Impldlesen:
2. Ia tgualdad ante las leyes:
3. Ia Igualdad para el acceso a las funciones públicas no electlvas, sln más requisitos
que la Idoneldad. y
4. Ia Igualdad de oportunidades en la partlcipaclón de los beneficios de la naturaleza, de
los blenes materiales y de la cultura.
Articulo 48. DE LA IGUALDAD DE DERECHOS DEL HOMBRE Y DE LA MUJER
El hombre y la mujer tienen Iguales derechos clviles. políticos. sociales. económicos y
culturales'.
El Estado promoverá las condiciones y creará los mecanismos adecuados para que la
Igualdad sea real y efectlva. aBanando los obstáculos que Impldan o diflculten su ejerclcio y
facllttando la particlpaclón de la mujer en todos los ámbitos de la vida nacional.

CAPíTULO IV
DE LOS DERECHOS DE LA FAMILlA
Articulo 49. DE LA PROTECCIÓN A LA FAMILIA
La famllla es el fundamento de la socledad. Se promoverá y se garantlzará su protección
integral. Esta incluye a la unión estable dei hombre y de la mujer, a los hijos y a la comunidad
que se constltuya con cualquiera de sus progenitores y sus descendlentes.
Articulo 50. DEL DERECHO A CONSTITUIR FAMILIA
Toda persona tlene derecho a constituir famllta, en cuya fonnación y desenvolvlmiento
la mujer y el hombre tendrán los mlsmos derechos y obligaclones.
Articulo 51. DEL MATRlMONIO YDE LOS EFECTOS DE LAS UNIONES DE HECHO
La ley establecerá las fomlalldades para la celebraclón deI matrimonlo entre el hombre
y la mujer. los requisitos para contraerlo. Ias causas de separación, de disoluclón y sus efec-
tos, asi como el réglmen de admlnlstraclón de blenes y otros derechos y obligaciones entre
cónyuges.
Las unlones de hecho entre el hombre y la mujer, sin Impedimentos legales para con-
traer matrlmonlo, que reúnan las condiciones de estabilidad y singularidad, producen efectos
similares aI matrimonio, dentro de las condiciones que establezca la ley.
Articulo 52. DE LA UNIÓN EN MATRlMONIO
La unión en matrimonlo dei hombre y la mujer es uno de los componentes fundamenta-
les en la fonnación de la familia.
Articulo 53. DE LOS HIJOS
Los padres tienen el derecho y la obligación de asistir, de alimentar, de educar y de
amparar a sus hijos menores de edad. Serán penados por la ley en caso de incumpllmlento de
sus deberes de asistencia alimentaria.
Los h\jos mayores de edad están obligados a prestar aslstencia a sus padres en caso de
necesidad.
La ley reglamentará la ayuda que se debe prestar a la familla de prole numerosa y a las
mujeres cabeza de familia.
Todos los hljos son Iguales ante la ley. Esta poslbllitará la investlgaclón de la pateml-
dado Se prohibe cualquler callflcaclón sobre la flliaclón en los documentos personales.
Articulo 54. DE LA PROTECCIÓN AL NINO
La familia, la socledad y el Estado tlenen la obllgación de garantlzar ai nino su desarro-
110 armónlco e integral, asi como el ejerclclo pleno de slis derechos, protegiéndolo contra el
abandono, la desnutriclón, la vlolencia, el abuso, el tráfico yla explotaclón. Cualquler persona
puede exigir a la autoridad competente el cumplimlento de tales garantias y la sanción de los
infractores.
Los derechos deI nino, en caso de conflicto, tlenen carácter prevaleclente.
Articulo 55. DE LA MATERNIDAD YDE LA PATERNIDAD
La matemldad y la paternidad responsables serán protegidas por el Estado, .eJ cual fo-
mentará la creación de instituciones necesarias para dichos fines.

457
PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Artículo 56. DE LAJUVENTUD


Se promoverán las condiciones para la activa partlclpaclón de lajuventud en el desarro-
110 político, social, económlco y cultural deI país.
Artículo 57. DE LA TERCERA EDAD
Toda persona en la tercera edad tiene derecho a una protección Integral. La familla, la
socledad y los poderes públicos promoverán su blenestar mediante servlclos soclales que se
ocupen de sus necesldades de alimentación, salud. vlvlenda. cultura y oclo.
Artículo 58. DE LOS DERECHOS DE LAS PERSONAS EXCEPCIONALES
Se garantlzará a las personas excepcionales la atención de su salud. de su educación.
de su recreación y de su formaclón profesional PfU'a una plena Integraclón social.
EI Estado organizará una política de prevención. tratamiento, rehabilltaclón e integra-
ción de los dlscapacitados fisicos, psíquicos y sensorlales. a quienes prestará el cuidado especia-
lizado que requleran.
Se les reconocerá el disfrute de los derechos que esta Constitución' otorga a todos los
habitantes de la República, en Igualdad de oportunidades. a fln de compensar sus desventajas.
Articulo 59. DEL BIEN DE LA FAMILIA
Se reconoce como instltución de Interés social el bien de famllia, cuyo régimen será
determinado por ley. EI mlsmo estará constituido por la vlvlenda o el fundo familiar, y por sus
muebles y elementos de trabajo, los cuales serán Inembargables.
Artículo 60. DE LA PROTECCIÓN CONTRA LA VIOLENCIA
EI Estado promoverá políticas que tengan por objeto evitar la violencia en el âmbito
familiar y otras causas destructoras de su solidaridad.
Artículo 61. DE LA PLANIFICACIÓN FAMILIAR Y DE LA SALVD MATERNO INFANTIL
EI Estado reconoce el derecho de las personas a decidir IIbre y responsablemente el
número y la frecuencia deI nacimiento de sus hijos, así como a recibir, en coordinación con
los organismos pertinentes educación, orientación científica y servlcios adecuados en la
materla.
Se establecerán planes especiales de salud reproductiva y salud matemo infantil para
la población de escasos recursos.

CAPíTULO V
DE LOS PUEBLOS INDíGENAS
Artículo 62. DE LOS PUEBLOS INDÍGENAS Y GRUPOS ÉTNICOS
Esta Constltución reconoce la existencla de los pueblos indígenas, definidos como gru-
pos de cultura anteriores a la formación y organización dei Estado paraguayo.
Articulo 63. DE LA lDENTIDAD ÉTNICA
Queda reconocido y garantizado el derecho de los pueblos indígenas a preservar y a
desarrollar su identidad étnica en el respectivo hábitat. Tienen derecho, asimismo, a aplicar
libremente sus sistemas de organización política, social. económlca, cultural y religiosa. ai
igual que la voluntarla sujeción a sus normas consuetudlnarlas para la regulación de la
convlvencia interna. siempre que ellas no atenten contra los derechos fundam entales esta-
blecidos en esta Constitución. En los conflictos jurlsdiccionales se tendrá en cuenta el dere-
cho consuetudinario Indígena.
Artículo 64. DE LA PROPIEDAD COMUNITARlA
Los pueblos indígenas tienen derecho a la propledad comunltarla de la tlerra. en exten-
slón y calidad suficientes para la conservación y el desarrollo de sus formas peculiares de
vida. EI Estado les proveerá gratuitamente de estas tlerras. Ias cuales serán Inembargables,
indlvíslbles, intransferlbles. imprescrlptibles, no susceptibles de garantlzar obligaciones con-
tractuales ni de ser arrendadas: aslmlsmo, estarán exentas de tributo.
Se prohibe la remoción o traslado de su hábitat sln el expreso consentimiento de los
mismos.
Artículo 65. DEL DERECHO A LA PARTICIPACIÓN
Se garantlza a los pueblos indígenas el derecho a participar en la vida económica. so-
cial. política y cultural dei país, de acuerdo con sus usos consuetudinarlos. esta Constitución
y,las leyes nacionales.
458
CONSTlTUCIÓN DE LA REPÚBUCA DEL PARAGUAY / TEXTO

Articulo 66. DE LA EDVCACIÓN Y LA ASISTENCIA


El Estado respetará las peculiaridades culturaIes de los pueblos indígenas, especIal-
mente en lo relativo a la educación formal. Se atenderá, además, a su defensa contra la
regresión demográfica, la depredaclón de su hábitat, la contaminación ambientai, la explota-
ción económlca y la alienaclón cultural.
Articulo 67. DE LA EXONERACIÓN
Los miembros de los pueblos indígenas están exonerados de prestar servicios sociales,
civiles o militares, así como de las cargas públicas que establezca la ley.

CAPíTULO VI
DELASALUD
Articulo 68. DEL DERECHO A LA SALVD
EI Estado protegerá y promoverá la salud como derecho fundamental de la persona y en
interês de la comunidad.
Nadie será privado de asistencia pública para prevenir o tratar enfermedades, pestes o
plagas, y de socorro en los casos de catástrofes y de accidentes.
Toda persona está obligada a someterse a las medidas sanitarias que establezca la ley,
dentro dei respeto a la dignidad humana.
Articulo 69. DEL SISTEMA NACIONAL DE SALVD
Se promoverá un sistema nacional de salud que eJecute acciones sanitarias integra-
das, con políticas que poslbtliten la concertación, la coordinación y la complementaclón de
programas y recursos dei sector público y privado.
Articulo 70. DEL RÉGIMEN DE BIENESTAR SOCIAL
La ley establecerá programas de blenestar social mediante estrategias basadas en la
educación sanitaria y en la participaclón comunltaria.
Articulo 71. DEL NARCOTRÁFICO, DE LA DROGADICCIÓN YDE LA REHABILITACIÓN
El Estado reprimirá la producclón, y el tráfico ilícitos de las sustancias estupefacientes
y demás drogas peligrosas, así como los actos destinados a la legitimación dei dinero prove-
niente de tales activldades. Igualmente combatirá el cons4mo ilícito de dichas drogas. La ley
reglamentará la producción y el uso medicinal de las mlsmas.
Se establecerán programas de educación preventiva y de rehabilitación de los adictos,
con la participación de organizaciones privadas.
Articulo 72. DEL CONTROL DE CALlDAD
El Estado velará por el control de la calidad de los productos alimenticios,' químicos,
farmacêuticos y biológicos. en las etapas de producción, importación y comercialización. Asi-
mismo facilitará el acceso de sectores de escasos recursos a los medicamentos considerados
esenciales.

CAPíTULO VII
DE LA EDUCACIÓN Y DE LA CULTURA
Articulo 73. DELDERECHO A LA EDVCACIÓN YDE SVS FINES
Toda persona tlene derecho a la educación Integral y permanente, que como sistema y
proceso se realiza en el contexto de la cultura de la comunidad. Sus fines son el desarrollo
pleno de la personalidad humana y la promoción de la libertad y la paz, la Justlcla social, la
solidaridad, la cooperación y la integraclón de los pueblos; el respeto a los derechos humanos
y los principios democráticos; la afirmación dei compromlso con la Patria, de la identldad
cultural y la formaclón Intelectual, moral y cívica, asi como la eliminaclón de los contenidos
educativos de carácter dlscriminatorio.
La erradicación deI analfabetismo y la capacltaclón para el trabaJo son objetivos perma-
nentes dei sistema educativo.
Articulo 74. DEL DERECHO DE APRENDER YDE LA LIBERTAD DE ENSENAR
Se garantlzan el derecho de aprender-y la igualdad dll oportunidades ai aCC~S9 a los
beneficios de la cultura humanística. de la ciencia y de la tecnologia. sln discriminación
alguna.
459
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

Se garantiza igualmente la libertad de enseftar. sin más requisitos que la idoneidad y la


integridad ética. así como el derecho a la educación religiosa y ai pluralismo ideológico.
Articulo 75. DE LA RESPONSABILIDAD EDUCATIVA
La educación es responsabílídad de la socíedad y recae en particular en la família. en el
Municipio y en el Estado.
EI Estado promoverá programas de complemento nutricional y suministro de útíles es-
colares para los alumnos de escasos recursos.
Artículo 76. DE LAS OBLlGACIONES DEL ESTADO
La educación escolar básica es obligatoria. En las escuelas públicas tendrá carácter
gratuito. EI Estado fomentará la enseftanza media. técnica. agropecuatia. industrial y la su-
perior o universitatia. así como la investlgacíón científica y tecnológica.
La organización deI sistema educativo es responsabílidad esencial dei Estado. con la
participación de las distintas comunidades educativas. Este sistema abarcará a los sectores
públicos y privados. así como ai âmbito escolar y extraescolar.
Artículo 77. DE LA ENSENANZA EN LENGUAMATERNA
La enseflanza en los comienzos deI proceso escolar se reaiízará en la lengua oficial
materna deI educando. Se instnlirá asimismo en el conocimiento y en el empleo de ambos
idiomas oficiales de la República
En el caso de las minorias étnicas cuya lengua materna no sea el guaraní. se podrá
elegir uno de los dos idiomas oficiales.
Artículo 78. DE LA EDUCACIÓN TECNICA
EI Estado fomentará la capacitación para el trabajo por media de la enseflanza técnica.
a fin de fonnar los recursos humanos requeridos para el desarrollo nacional.
Articulo 79. DE LAS UNIVERSIDADES E INSTITUTOS SUPERIORES
La finalidad principal de las universidades y de los institutos superiores será la forma-
ción profesional superior. Ia investigación científica y la tecnológica, así como la extensión
universitaria.
Las universidades son autónomas. Establecerán sus estatutos y formas de gobierno y
elaborarán sus planes de estudio de acuerdo con la política educativa y los planes de desarro-
110 nacional. Se garantiza la Iibertad de enseftanza y la de la cátedra. Las universidades. tanto
públicas como privadas. serán creadas por ley, la cual determinará las profesiones que nece-
siten títulos universitarios para su ejercicio.
Articulo 80. DE LOS FONDOS PARA BECAS Y AYUDAS
La Jey preverá la constitución de fondos para becas y otras ayudas. con el objeto de
facilitar la fonnación intelectual. científica. técnica o artística de las personas con preferen-
cia de las que carezcan de recursos.
Artículo 81. DEL PATRlMONIO CULTURAL
Se arbitrarán los medias necesatios para la conservación. el rescate y la restauración
de los objetos. documentos y espacios de valor histórico. arqueológico. paleontológico. artístico
o científico. así como de sus respectivos entornas físicos. que hacen parte deI patrimonio
cultural de la Nación.
EI Estado definirá y registrará aquellos que se encuentren en el país y. en su caso.
gestionará la recuperación de los que se hallen en el extranjero. Los organismos competen-
tes se encargarán de la salvaguarda y dei rescate de las diversas expresiones de la cultura
oral y de la memoria colectiva de la Nación. cooperando con los particulares que persigan el
mismo objetivo. Quedan prohibidos el uso inapropiado y el empleo desnaturalízante de dichos
bienes. su destrucción. su alteración dolosa, la remoción de sus lugares originarias y su
enajenación con fines de exportaciÓn.
Articulo 82. DEL RECONOCIMIENTO A LA IGLESIA CATÓLICA
Se reconoce el protagonismo de la Iglesia Católica en la formación histórica y cultural
de la Nación.
Articulo 83. DE LA DIFUSIÓN CULTURAL Y DE LA EXONERACION DE LOS IMPUESTOS
Los objetos. las publicaciones y las actividades que posean valor significativo para la
difusión cultural y para la educación. no se gravarán con impuestos fiscales ni municipales.
L'il ley reglamentará estas exoneraciones y establecerá un régimen de estímulo para intro-
460
CONsrrrUClóN DELA REPUBLlCA DEL PARAGUAY / TEXTO

ducclón e incorporación aI país de los elementos necesarios para el ejercicio de las artes y de la
investlgaclón científica y tecnológica. así como para su difusión en el país y en el extranjero.
Articulo 84. DE LA PROMOCIÓN DE LOS DEPORTES
El Estado promoverá los deportes. en especial los de carácter no profesional. que estlmulen
la educación fisica. brtndando apoyo económico y exenciones impositlvas a establecerse en la
ley. Igualmente. estimulará la participaclón nacional en competencias Internaclonales.
Articulo 85. DEL MÍNIMO PRESUPUESTARIO
Los recursos destinados a la educación en el Presupuesto General de la Naclón no se-
rán infertores aI velnte por ciento dei total asignado a la Administración Central. excluidos
los préstamos y las donaciones.

CAPíTULO VIII
DELTRABAJO
SECCIÓN I
DE LOS DERECHOS LABORALES
Articulo 86. DEL DERECHO AL 1RABAJO
Todos los habitantes de la República tienen derecho a un trabajo lícito. libremente esco-
gido y a realizarse en condicíones dignas y justas.
La ley protegerá el trabajo en todas sus formas y los derechos que ella otorga al trabaja-
dor son irrenunciables.
Articulo 87. DEL PLENO EMPLEO
EI Estado promoverá políticas que tiendan aI pleno empleo y a la formación profesional
de recursos humanos. dando preferencia ai trabajador nacional.
Artículo 88. DE LA NO DlSCRlMINACIÓN
No se admitirá discrimlnación alguna entre los trabajadores por motivos étnicos. de
sexo. edad. religión. condición social y preferencias políticas o sindicales.
EI trabajo de las personas con limitaciones o incapacidades fisicas o mentales será
especialmente amparado.
Articulo 89. DEL 1RABAJO DE LAS MUJERES
Los trabajadores de uno y otro sexo tlenen los mlsmos derechos y obligaciones labora-
les. pera la maternidad será objeto de especial protección. que comprenderá los servicios
asistenciales y los descansos correspondientes. los cuales no serán infertores a doce sema-
nas. La mujer no será despedida durante el embarazo. y tampoco mientras duren los descan-
sos por maternidad.
La ley establecerá el réglmen de licencias por patemidad.
Articulo 90. DEL 1RABAJO DE LOS MENORES
Se dará prtOridad a los derechos deI menor trabajador para garantizar su normal desa-
rrollo fisico. intelectual y moral.
Articulo 91. DE LAS JORNADAS DE 1RABAJO YDE DESCANSO
La duración máxima de la jornada ordlnaria de trabajo no excederá de acho horas dia-
rtas y cuarenta y acho horas semanales. diurnas. salvo las legalmente establecidas por moti-
vos especiales. La ley f~ará jornadas más favorables para las tareas insalubres. peligrosas.
penosas. nocturnas o las que se desarrollen en turnos continuas rotativos.
Los descansos y las vacaciones anuales serán remunerados conforme con la "
Articulo 92. DE LA RETRlBUCIÓN DEL 1RABAJO
EI trabajador tlenen derechos a disfmtar de una remuneración que le asegure. a él y a
su familla. una exlstencia libre y digna. La ley consagrará eI salario vital mínimo y móvil. el
aguinaldo anual. la boníflcación familiar. el reconocimiento de un salario supertor ai básico
por horas de trabajo insalubre o riesgoso. y las horas extraordinarias. nocturnas y en días
fertados. Corresponde. básicamente. Igual salario por igual trabajo.
Articulo 93. DE LOS BENEFICIOS ADICIONALES AL TRABAJADOR
El Estado establecerá un régimen de estímulo a las empresas que incentlven con bene"
ficios-adicionales a sus trabajador:es. TaLes emolumentos serán independientes de los res-
pectivos salarios y de otros beneficios legales.
461
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Articulo 94. DE lA ESTABILI DAD Y DE LA INDEMNIZACIÓN


EI derecho a la establlidad deI trabajador queda garantlzado dentro de los límltes que la
ley establezca, así como su derecho a la Indemnlzación en caso de despido injustificado.
Articulo 95. DE LA SEGURlDAD SOCIAL
EI sistema obligatorlo e integral de segurldad social para el trabajador dependiente y su
familia será establecido por la ley. Se promoverá su extensión a todos los sectores de la
población.
Los serviclos dei sistema de segurldad social podrán ser públicos. privados o mixtos. y
en todos los casos estarán supervisados por el Estado.
Los recursos flnancieros de los seguros sociales no serán desviados de sus fines especi-
flcos y. estarán disponibles para este objetivo, sin peIjuiclo de las Inversiones lucrativas que
puedan acrecentar su patrlmonio.
Articulo 96. DE LA LlBERTAD SINDICAL
Todos los trabajadores públicos y privados tienen derecho a organlzarse en sindicatos
sin necesldad de autorlzación previa. Quedan exceptuados de este derecho los mlembros de
las Fuerzas Armadas y de las Policlales. Los empleadores gozan de Igual Iibertad de organlza-
clón. Nadle puede ser obligado a pertenecer a un sindicato.
Para el reconocimiento de un sindicato. bastará con la Inscrlpclón deI mlsmo en el
órgano administrativo competente.
En la elección de las autoridades y en el funclonamiento de los sindicatos se observarán
las prácticas democraticas establecldas en la ley. la cual garantizará tamblén la estabilidad
deI dirigente sindical.
Articulo 97. DE LOS CONVENIOS COLECTIVOS
Los sindicatos tienen el derechos a promover acciones colectlvas y a concertar conve-
nios sobre las condiciones de trabajo.
. EI Estado favorecerá las soluciones conciliatorias de los confllctos de trabajo y la
concertaclón social. EI arbitraje será optativo.
Articulo 98. DEL DERECHO DE HUELGA Y DE PARO
Todos los trabajadores de los sectores públicos y privados tienen el derecho a recurrir a
la huelga en caso de conflicto de intereses. Los empleadores gozan deI derecho de paro en las
mlsmas condiciones.
Los derechos de huelga y de paro no alcanzan a los miembros de las Fuerzas Armadas de
la Nación. ni a los de las policiales.
La ley regulará el ejerciclo de estos derechos. de tal manera que no afecten servlclos
públicos imprescindlbles para la comunidad.
Articulo 99. DEL CUMPLIMIENTO DE LAS NORMAS LABORALES
EI cumplimiento de las normas laborales y el de las de seguridad e higiene en el trabajo
quedarán sujetos a la flscalización de las autoridades creadas por la ley. la cual establecerá
las sanciones en caso de su vlolaclÓn.
Articulo 100. DEL DERECHO A LA VIVIENDA
Todos los habitantes de la República tienen derecho a una vlvlenda digna.
EI Estado establecerá las condiciones para hacer efectlvo este derecho. y promoverá
planes de vivlenda de interés social. especialmente las destinadas a familias de escasos
recursos. mediante sistemas de financiamiento adecuados.

SECCIÓN 11
DE LA FUNCIÓN PÚBLICA
Articulo 101. DE LOS FUNCIONARIOS YDE LOS EMPLEADOS PúBLICOS
Los funclonarios y los empleados públicos están aI servlcio deI país. Todos los paraguayos
tlenen el derecho a ocupar funciones y empleos públicos.
La ley reglamentará las distintas carreras en las cuales dichos funclonarlos y empleados
presten servicios, las que, sin peIjuicio de otras. son la judicial, la docente. Ia diplomática y
consular, la de investigación científica y tecnológica, la de servlcio civil. Ia militar y la policial.
Articulo 102. DE LOS DERECHOS LABORALES DE LOS FUNCIONARIOS Y DE LOS EMPLEA-
DOS PÚBLICOS
Los funcionarlos y los empleados públicos gozan de los derechos establecidos en esta Constl-
462
CONSTl7VCIÓN DE LA REPUBLlCA DEL PARAGUAY / TEXTO

tución en la secclón de derechos laborales. en un régimen uniforme para las distintas carreras
dentro de los límites establecidos por la ley y con resguardo de los derechos adquiridos.
Articulo lOS. DEL RÉGIMEN DE JUBILACIONES
Dentro dei sistema nacional de segurldad social. Ia ley regulará el régimen de jubilado-
nes de los funclonarlos y los empleados públicos. atendiendo a que los organismos autárquicos
creados con ese propósito acuerden a los aportantes y Jubilados la admlnistraclón de dlchos
entes bajo control estatal. Participarán dei mismo réglmen todos los que. bajo cualquier título.
presten selVicios aI Estado.
La ley garantizará la actualización de los haberes jubilatorlos en Igualdad de tratamien-
to dispensado ai funcionaria público en actividad.
Articulo 104. DE LADECLARACIÓN OBLIGATORlADE B1ENES YRENTAS
Los funcionarios y los empleados públicos. incluyendo a los de elección popular. los de
entidades estatales. binacionales. autárquicas. descentralizadas y. en general. quienes per-
ciban remuneraclones permanentes deI Estado. estarán obligados a prestar declaraciónjura-
da de bienes y rentas dentro de los quince dias de haber tomado posesión de su cargo. y en
igual término aI cesar en el mismo.
Articulo 105. DE LA PROHIBICIÓN DE DOBLE REMUNERACIÓN
Ninguna persona podrá percibir como funcionarlo o empleado público. más de un sueldo
o remuneración simultáneamente. con excepción de los que provengan dei ejercicio de la
docencia.
Artículo 106. DE LA RESPONSABILIDAD DEL FUNCIONARlO YDEL EMPLEADO PÚBLICO
Ningún funclonario o empleado público está exento de responsabilidad. En los casos de
transgreslones. delitos o faltas que cometiesen en el desempeno de sus funciones. son perso-
nalmente responsables. sin perjuicio de la responsabilidad subsidiaria dei Estado. con dere-
cho de éste a repetir el pago de lo que llegase a abonar en tal concepto.

CAPíTULO IX
DE LOS DERECHOS ECONÓMICOS Y DE LA REFORMA AGRARIA
SECCIÓN I
DELOSDERECHOSECONÓM~OS
Artículo 107. DE LA LIBERTAD DE CONCURRENCIA
Toda persona tiene derecho a dedicarse a la actividad económica lícita de su preferen-
cia. dentro de un régimen de igualdad de oportunidades.
Se garantiza la competencia en el mercado. No serán permitidas la creación de mono-
polios y el alza o la baja artificiales de preclos que traben la IIbre concurrencia. La usura y el
comercio no autorizado de artículos nocivos serán sancionados por la Ley Penal.
Artículo lOS. DE LA LIBRE CIRCULACIÓN DE PRODUCTOS
Los bienes de producción o fabricación nacional. y los de procedencla extranjera intro-
ducidos legalmente. circularán libremente dentro deI territorto de la República.
Artículo 109. DE LAPROPIEDAD PRNADA
Se garantiza la propiedad privada. cuyo contenido y límites serán establecidos por la ley.
atendiendo a su función económica y social, a fln de hacerla accesible para todos.
La propiedad privada es inviolable.
Nadie puede ser privado de su propledad sino en virtud de sentencia judicial. pero se
admite la expropiación por causa de utilidad pública o de Interés social. que será determinada en
cada caso por ley. Esta garantizará el prevlo pago de una justa indemnizaclón. estableclda con-
vencionalmente o por sentencia judicial. salvo los latifundios Improductivos destinados a la re-
forma agraria. conforme con el procedlmlento para las exproplaclones a establecerse por ley.
Artículo 110. DE LOS DERECHOS DE AUTOR YPROPIEDAD INTELECTUAL
Todo autor. inventor. productor o comerciante gozará de la propledad exclusiva de su
obra. invención. marca o nombre comerciai. con arreglo a la ley.
Articulo 111. DE LAS TRANSFERENCIAS DE LAS EMPRESAS PÚBLICAS
Siempre que el Estado resuelva transferir empresas públicas o su partlclpaclón en las

463
PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

mismas ai sector prtvado, dará opción preferencial de compra a los trabajadores y sectores
involucrados directamente con la empresa. La ley regulará la forma en que se establecerá
dicha opción.
Articulo 112. DEL DOMINIO DEL ESTADO
Correspontle ai Estado el dominio de los hidrocarburos, minerales sólidos, líquidos y
gaseosos que se encuentren en estado natural en el terrttorto de la República, con excepción
de las sustancias pétreas, terrosas y calcáreas.
EI Estado podrá otorgar concesiones a personas o empresas públicas o prtvadas, mixtas,
nacionales o extranjeras, para la prospección, la exploración, la investigación, el cateo o la
explotación de yacimientos, por tiempo limitado.
La ley regulará el régimen económico que contemple los intereses deI Estado, los de los
concesionartos y los de los propietartos que pudieran resultar afectados.
Artículo 113. DEL FOMENTO DE LAS COOPERATIVAS
EI Estado fomentará la empresa cooperativa y otras formas asoclativas de producción de
bienes y de servicios, basadas en la solidaridad y la rentabilidad social. a las cuales garantiza-
rá su Iibre organización y su autonomia.
Los prtncipios dei cooperativismo, como instrumento deI desarrollo económico nacio-
nal, serán difundidos a través dei sistema educativo.

SECCIÓN"
DE LA REFORMA AGRARIA
Articulo 114. DE LOS OBJETIVOS DE LA REFORMA AGRARIA
La reforma agraria es uno de los factores fundamentales para lograr el bienestar rural.
Ella consiste en la incorporación efectiva de la población campesina ai desarrollo económico y
social de la Nación. Se adoptarán sistemas equitativos de distrtbución, propiedad y tenencia
de la tierra: se organizarán el crédito y la asistencia técnica, educacional y sanitaria: se
fomentará la creación de cooperativas agricolas y de otras asociaciones similares, y se pro-
moverá la producclón, la industrtalización y la racionalización dei mercado para el desarrollo
integral dei agro.
Articulo 115. DE LAS BASES DE LA REFORMA AGRARIA YDEL DESARROLLO RURAL
La refonna agraria y el desarrollo rural se efectuarán de acuerdo con las siguientes
bases:
1. Ia adopción de un sistema trtbutarto y de otras medidas que estimulen la producción,
desalienten el latifundio y garanticen el desarrollo de la pequena y la mediana propie-
dad rural, según las peculiartdades de cada zona:
2. Ia racionalización y la regularización dei uso de la tierra y de las prácticas de cultivo
para impedir su degradación, asi como el fomento de la producción "gropecuaria in-
tensiva y diversificada:
3. Ia promoción de la pequena y de la mediana empresa agricola;
4. Ia programación de asentamientos .campesinos: la adjudicaclón de parcelas de tierras
en propiedad a los beneficiartos de la reforma agrarta. previendo la infraestructura nece-
saria para su asentamiento y arraigo, con énfasis en la vialldad, la educación y la salud;
5. el estableclmiento de sistemas y organizacíones que aseguren precios justos aI produc-
tor prtmarto:
6. el otorgamiento de créditos agropecuarios, a bajo costo y sin Intermediarios;
7. la defensa y la preservación deI ambiente:
8. Ia creación deI seguro agricola:
9. el apoyo a la mujer campesina, en especial a quien sea cabez<'l de família:
10. Ia participación de la mujer canlpesina. en igualdad con el hombre, en los planes de la
refomla agrarta:
11. la participación de los sujetos de la reforma agraria en el respectivo proceso, y la
promoción de las organizaciones campesinas en defensa de sus intereses económi-
cos, sociales y culturales.
12. el apoyo preferente a los connaclonales en los planes de la reforma agrarta;
13. Ia educación dei agricultor y la de su familia, a fin de capacitarIas como agentes acti-
vos dei desarrollo nacional:
464
CONSTlTUCIÓN DELA REPÚBUCA DEL PARAGUAY / TEXTO

14. la creación de centros regionales para el estudlo y tlpiflcaclón agrológica de suelos.


para establecer los mbros agIicolas en las reglones aptas;
1~. la adopción de políticas que estlmulen el Interés de la poblaclón en las tareas
agropecuarias. creando centros de capacitación profesional en áreas mrales. y
16. el fomento de la mlgración Interna. atendiendo a razones demográficas. económlcas y
soclales.
Artículo 116. DE LOS LATIFUNDIOS IMPRODUCTIVOS
Con el objeto de eliminar progresivamente los latlfundios improductlvos. Ia ley atende-
rá a la aptltud natural de las tlerras. a las necesldades dei seetor de población vinculado con
la agricultura y a las previsiones aconsejables para el desarrollo equl1lbrado de las actlvida-
des agrícolas. agropecuarias. forestales e industriales. asi como aI aprovechamlento sostenl~
ble de los recursos naturales y de la preservación deI equllibrio ecológico.
La expropiación de los latlfundlos Improductlvos destinados a la reforma agraria serán
establecldas en cada caso por la ley. y se abonará en la forma y en el plazo que la mlsma
determine.

CAPíTULO X
DE LOS DERECHOS Y DE LOS DEBERES pOLíTICOS
Artículo 117. DE LOS DERECHOS POLÍTICOS
Los cludadanos. sln dlstlnclón de sexo. tlenen el derecho a participar en los asuntos
públicos. dlrectamente o por medlo de sus representantes. en la forma que determinen esta
Constitución y las leyes.
Se promoverá el acceso de la mujer a las funciones públicas.
Artículo 118. DEL SUFRAGIO
EI sufragio es derecho. deber y función pública deI elector.
Constltuye la base deI réglmen democrático y representativo. Se funda en el voto uni-
versal. Iibre. directo. Igual y secreto; en el escmtlnio público y fiscalizado. y en el sistema de
representación proporcional.
Artículo 119. DEL SUFRAGlO EN LAS ORGANIZACIONES INTERMEDIAS
Para las elecciones en las organizaclones Intermedlas. políticas. sindicaIes y soclaIes.
se aplicarán los mlsmos principlos y normas deI sufraglo.
Artículo 120. DE LOS ELECTORES
Son electores los cludadanos paraguayos radicados en el teITlforlo nacional. sin distin-
ción. que hayan cumplído dlez y ocho anos.
Los ciudadanos son electores y eleglbles. sln más restrlcclones que las establecldas en
esta Constituclón y en la ley.
Los extranjeros con radicaclón definitiva tendrán los mlsmos derechos en las eleccio-
nes municipales.
Artículo 121. DELREFERÉNDUM
EI referendum legislativo. decidido por ley. podrá o no ser vinculante. Esta instituclón
será reglamentada por ley.
Artículo 122. DE LAS MATERIAS QUE NO PODRÁN SER OBJETO DE REFERÉNDUM
No podrán ser objeto de referendum:
1. las relaciones Internaclonales. tratados. convenios o acuerdos internacionaIes;
2. Ias expropiaciones:
3. Ia defensa nacional;
4. la limltación de la propiedad inmoblllaria;
5. Ias cuestiones relativas a los sistemas tributarios. monetarios y bancarios. Ia contra-
tación de empréstltos. el Presupuestos General de la Nación. y
6. Ias elecciones nacionales. las departamentaIes y las municipaIes.
Artículo 123. DE LA INICIATIVA POPULAR
Se reconoce a los electores el derecho a la iniciativa popular para proponer aI Congreso
proyectos de ley. La forma de las propuestas. asi como el número de electores que deban
suscribirlas. serán establecidos en la ley.
465
PARLAMENTO CULTURAL OEL MERCOSUR (PARCUMJ

Articulo 124. DE LA NATURALEZA Y DE LAS FUNCIONES DE LOS PARTIDOS POLÍTICOS


Los partidos políticos son personas jurídicas de derecho público. Deben expresar el plu-
ralismo y concurrir a la formación de las autoridades electlvas. a la orientación de la política
nacional. departamental o municipal y a la formaclón cívica de los ciudadanos.
Articulo 125. DE LA LIBERfAD DE ORGANIZACIÓN EN PARTIDOS O EN MOVIMIENTOS POLÍ-
TICOS
Todos los ciudadanos tienen el derecho a asociarse libremente en partidos y o en movl-
mlentos políticos para concunir. por métodos democráticos. a la elecclón de las autoridades
previstas en esta Constitución y en las leyes. así como en la orientaclón de la política nacio-
nal. La ley reglamentará la constituclón y el funclonamiento de los partidos y movlmlentos
políticos. a fin de asegurar el carácter democrático de los mismos.
Sólo se podrá cancelar la personalidad jurídica de los partidos y movlmientos políticos en
virtud de sentencia judicial.
Articulo 126. DE LAS PROHIBICIONES A LOS PARTIDOS YA LOS MOVIMIENTOS fOLÍTICOS
Los partidos y los movlmientos políti'os. en su funcionamiento. no podrán:
1. recibir auxilio económico. directivas o instrucclones de organizaciones o Estados ex-
tranjeros;
2. establecer estructuras que. dlrecta o Indírectamente. Impliquen la utilización o la
apelación a la vic~encla como metodología deI quehacer político. y
3. constltuirse con fines de sustituir por la fuerza el régimen de libertad y de democra-
cia. o de poner en peligro la existencia de la República.

CAPíTULO XI
DE LOS DEBERES
Articulo 127. DEL CUMPLIMIENTO DE LA LEY
Toda persona está obligada aI cumplimiento de la ley. La critica a las leyes es libre. pera
no está permitido predicar su desobedlencia.
Articulo 128. DE LAPRlMACÍADEL INTERÉS GENERAL Y DEL DEBERDE COLABORAR
En ningún caso el interés de los particulares primará sobre el interés general. Todos los
habitantes deben colaborar en bien deI pais. prestando los serviclos y desempenando las fun-
ciones definidas como carga pública. que determinen esta Constitución y la ley.
Artículo 129. DEL SERVICIO MILITAR
Todo paraguayo tíene la obligaclón de prepararse y de prestar su concurso para la defen-
sa armada de la Patria.
A tal objeto. se establece el serv1clo militar obligatorio. La ley regulará las condiciones
en que se hará efectlvo este deber.
EI servicio militar deberá cumplirse con plena dlgnldad y respeto hacla la persona. En
tiempo de paz. no podrá exceder de doce meses.
Las mujeres no prestarán servicio militar sino como auxiliares. en caso de necesidad.
durante confllcto armado internacional.
Qulenes dec1aren su objeciÓn de conciencia prestarán serviclo en beneficio de la pobla-
ción civil. a través de centros asistenclales designados por ley y bajo jurisdicción civil. La
reglamentación y el ejercicio de este derecho no deberán tener carácter punitivo nl impon-
drán gravámenes superiores a los establecidos para el serviclo militar.
Se prohibe el servicio militar personal no determinado en la ley. o para beneficio o lucro
particular de personas o entidades privadas.
La ley reglamentará la contribuclón de los extranjeros a la defensa nacional.
Articulo 130. DE LOS BENEMÉRITOS DE LA PATRlA
Los veteranos de la guerra deI Chaco. y los de otros confllctos armados internacionales
que se libren en defensa de la Patria. gozarán de honores y privlleglos; de pensiones que les
permitan vlvlr decorosamente; de aslstencla preferencial. gratuita y completa a su salud. así
como de otras beneficios. conforme con lo que determine la ley.
En los beneficios económlcos les sucederán sus vludas e hijos menores o discapacltados.
inc1uldos los de los veteranos fallecldos con anterioridad a la pramulgaclón de esta Constituclón.

466
CONsrrruCION DELA REPÚBUCA DEL PARAGLI4Y/ T=

Los beneficios acordados a los beneméritos de la Patria no sufrirán restricclones y se-


rán de vlgencia Inmedlata. sln más requisito que su certlflcaclón fehactente.
Los ex prisloneros de guerra bolivianos. qulenes desde la firma dei Tratado de paz hu-
blesen optado por Integrarse definitivamente ai país. quedan equlparados-a los veteranos de
Ia guerra deI Chaco. en los beneficios económlcos y prestaclones aslstenclales.

CAPíTULO XII
DE LAS GARANTiAS CONSTITUCIONALES
Articulo 131. DE LAS GARANTÍAS
Para hacer efectlvos los derechos consagrados en esta Constltuclón. se establecen las
garantías contenldas en este capítulo. Ias cuales serán reglamentadas por la ley.
Articulo 132. DE LA INCONSTITUCIONALIDAD
La Corte Suprema de Justlcla tlene facultad para declarar la tnconstltuclonalldad de
Ias normas jurídicas y de las resoluclones judlclales. en la forma y con los alcances establecl-
dos en esta Constltuclón y en la ley.
Articulo 133. DEL HÁBEAS CORPUS
Esta garantia podrá ser interpuesta por el afectado. por sí o por Interpóstta persona. sln
necesldad de poder por cualquler medlo fehaclente. y ante cualquler Juez de Prlmera Instan-
cla de la clrcunsclipclón judicial respectiva.
EI Hábeas Corpus podrá ser:
1. Preventivo: en vlrtud dei cual toda persona. en trance tnmlnente de ser plivada ile-
galmente de su lIbertad física. podrá recabar el examen de la legltlmldad de las clr-
cunstanclas que. a crlterlo dei afectado. amenacen su Iibertad. así como una orden
de cesaclón de dlchas restricclones.
2. Reparador: en vlrtud dei cual toda persona que se hallase Ilegalmente privada de su
lIbertad puede recabar la rectlflcaclón de las clrcunstanclas dei caso. EI magistrado
ordenará la comparecencla dei detenido. con un Informe dei agente público o privado
que lo detuvo. dentro de las velntlcuatro horas de radicada la petlciÓn. SI el requerido
no lo hlclese así. el Juez se constituirá en el sitio en el que se halle reclulda la
persona. y en dlcho lugar hará julclo de méritos y dlspondrá su Inmedlata IIbertad.
igual que si se hublere cilmplido con la presentaclón dei detenldo y se haya radicado
el Informe. SI no exlstlesen motivos legales que autorlcen la prlvaclón de su IIber-
tad. Ia dlspondrá de Inmedlato; si hublese orden escrita de autorldadjudlclal. remltl-
rá los antecedentes a qulen dispuso la detenclón.
3. Genérico: en virtud deI cual se podrán demandar rectlflcaclón de clrcunstanclas que.
no estando contempladas en los dos casos anteriores. restrinjan la Iibertad o amena-
cen la seguridad personal. Aslmlsmo. esta garantía podrá Interponerse en casos de
vlolencia física. psíquica o moral que agraven las condiciones de personas legalmen-
te plivadas de su Iibertad.
La ley reglamentará las diversas modalidades dei hábeas corpus. Ias cuales procederán
Incluso. durante el Estado de excepclón. EI procedlmlento será breve. sumario y gratuito.
pudlendo ser iniciado de oficio.
Articulo 134. DEL AMPARO
Toda persona que por un acto u omlslón. manifestamente ilegítimo. de una autoridad o
de un particular. se· considere leslonada gravemente. o en pellgro Inmlnente de serlo en
derechos o garantias consagradas en esta Constltuclón o en la ley. y que debldo a la urgencla
dei caso no pudtera remedlarse por la via ordlnaria. puede promover amparo ante eI magistra-
do competente. EI procedlmlento será breve. sumario. gratuito. y de acclón popular para los
casos previstos en la ley.
EI magistrado tendrá facultad para salvaguardar el derecho o garantía. o para restable-
cer Inmedlatamente la sltuaclón jurídica infringida.
SI se tratara de una cuestión electoral. o relativa a organlzaclones políticas. será com-
petente la justlcla electoral.
EI Amparo no podrá promoverse en la tramltaclón de causas j l1dlClales. nl contra actos
de órganos judlclales. nl en el proceso de formaclón. sanclón y promulgaclón de las leyes.
467
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

La ley reglamentará el respectivo procedimlento. Las sentencias recaídas en el Amparo


no causarán estado. .
Articulo 135. DEL HÁBEAS DATA
Toda persona puede acceder a la infonnaclón y a los datos que sobre sí misma. o sobre
sus blenes. obren'en registros oficiales o pIivados de carácter público. así como conocer el uso
que se haga de los mismos y de su finalidad. Podrá solicitar ante el magistrado competente la
actualización. Ia rectlficación o la destrucción de aquéllos. si fuesen erróneos o afectaran
ilegítlmamente sus derechos.
Artículo 136. DE LA COMPETENCIA YDE LA RESPONSABILIDAD DE LOS'MAGISTRADOS
Ningún magislrado Judicial que tenga competencia podrá negarse a entender en las
acciones o recursos previstos en los artículos anteriores: si lo hlclese Injustificadamente.
será enjuiciado y. en su caso. removido.
En las decisiones que dicte. e! magistrado judicial deberá pronunciarse tamblén sobre
las responsabilidades en que hubieran IncurIido las autoIidades por obra dei proceder ilegíti-
mo y. de mediar clrcunstancias que prima facle evidencien la perpetraclón de delito. ordena-
rá la detención o suspensión de los responsables. así como toda medida cautelar que sea
procedente para la mayor efectlvidad de dichas responsabilidades. Aslmismo. si tuviese com-
petencia. instruirá el sumaIio. pertinente y dará Intervención ai MlnlsteIio Público: si no la
tuviese. pasará los antecedentes ai magistrado competente para su prosecuclón.

PARTE H
DEL ORDENAM lENTO pOLíTICO DE LA REPÚBLICA

TíTULO I
DE LA NACIÓN Y DEL ESTADO
CAPíTULO I
DE LAS DECLARACIONES GENERALES
Articulo 137. DE LA SUPREMACÍA DE LA CONSTlTUCIÓN
La ley suprema de la República es la Constituclón. Ésta. los tratados. convenios y acuer-
dos intemacionales aprobados y ratificados. Ias leyes dlctadas por el Congreso y otras disposi-
ciones jurídicas. de inferior jerarquía. sancionadas en consecuencia. Integran el derecho
positivo nacional en el orden de prelación enunciado.
Quienqulera que Intente cambiar dlcho ordeno ai margen de los procedlmlentos previs-
tos en esta Constitución. IncurIirá en los delitos que. se tlpificarán y penarán en la ley.
Esta Constltución no perderá su vigencia nl dejará de observarse por actos de fuerza o
fuera derogada por cualquier .otro medlo distinto dei que ella dlspone.
Carecen de validez todas las dlsposlciones o actos de autoIidad opuestos a lo establecldo
en esta Constitución.
Articulo 138. DE LA VALIDEZ DEL ORDEN JURÍDICO
Se autoriza a los ciudadanos a resistir a dichos usurpadores. por todos los medios a su
alcance. En la hlpótesis de que esa persona o grupo de personas. Invocando cualquier pIinçi-
pio o representación contraIia a esta Constituclón. detenten el poder público. sus actos se
declaran nulos y sin ningún valor. no vinculantes Y. por lo mlsmo. el pueblo en ejerclclo de su
derecho de resistencla a la opresión.. queda dispensado de su cumplimiento.
Los estados extranjeros que. por cualquler clrcunstancla. se relacionen con tales
usurpadores no podrán invocar ningún pacto. tratado nl acuerdo suscrito o autorizado por el
gobiemo usurpador. para exiglrlo posteriormente como obligaclón o compromlso de la Repú-
blica dei Paraguay.
Articulo 139. DE LOS SíMBOLOS
Son símbolos de la República dei Paraguay:
1. el pabellón de la República:
2. el sello nacional. y
3. el himno nacional.
468
CON5TlrUCIÓN DE LA REPÚBLICA DEL PARAGUAY / TEXTO

La ley reglamentará las caracteristicas de los simbolos de la República no previstos en


la resolución deI Congreso General Extraordinario dei 25 de noviembre de 1842. y determi·
nando su uso.
Articulo 140. DE LOS IDIOMAS.
EI Paraguay es un pais plurlcultural y billngüe.
Son Idiomas oficiales el castellano y el guaraní. La ley establecerá las. modalidades de
utillzaclón de uno y otro.
Las lenguas indígenas. asi como las.de otras minorias. forman parte dei patrimonio
cultural de la Nación.

CAPíTULO 11
DE LAS RELACIONES INTERNACIONALES
Articulo 141. DE LOS TRATADOS INTERNACIONALES
Los tratados internacionales validamente celebrados.aprobados por ley dei Congreso. y
cuyos instrumentos de ratificación fueran canjeados o depositados. forman parte dei ordena-
miento legal interno con la jerarquia que determina el Articulo 137.
Articulo 142. DE LA DENUNCIA DE WS TRATADOS
Los tratados internacionales relativos a los derechos humanos no podrán ser denuncia-
dos sino por los procedimierttos qu~ rlgen para la enmienda de esta ConstituclÓn.
Articulo 143. DE LAS RELACIONES INTERNACIONALES
La Repúbllca deI Paraguay. en sus relaciones Internacionales. acepta el derecho inter-
nacional y se ajusta a los sigulentes prlnclpios:
1. Ia Independencia nacional;
2. Ia autodeterminación de los pueblos:
3. Ia igualdad jlllídica entre los Estados:
4. Ia solidaridad y la cooperaclón Internacional;
5. Ia protección Internacional de los derechos humanos;
6. Ia Iibre navegaclón de los rios Internaclonales;
7. Ia no intervención.. y
8. Ia condena a toda forma de dictadura. coloniallsmo e imperialismo.
Articulo 144. DE LA RENUNCIA A LA GUERRA
La República deI Paraguay renuncia a la guerra. pero sustenta el principio de la legiti-
ma defensa. Esta declaración es compatlble con los derechos y obligaciones deI Paraguay en
su carácter de miembro de la Organización de las Naciones Unidas y de la Organización de
Estados Americanos. o corrio parte en tratados de integración.
Articulo 145. DEL ORDEN JURÍDICO SUPRANACIONAL
La Repúbll~a deI Paraguay. en condiciones de igualdad con otros Estados. admite un
ordenjuridico supranacional que garanti<:e la vigencia de los derechos humanos. de la paz. de
la justicia. de la cooperación y deI desarrollo. en lo politico. económico. social y cultural.
Dlchas dedslones sólo podrán adoptarse por mayoria absolutà de cada Câmara deI Con-
greso.

CAPíTULO 111 "


DE LA NACIONALlDAD Y DE LA CIUDADANíA
Articulo 146. DE LA NACIONALIDAD NATURAL
Son de naclonalldad paraguaya natural:
1. Ias personas nacldas en el terrltorlo de la Repúbllca;
2. los hijos de madre o padre paraguayo qulenes. hallándose uno o ambos aI servlclo de la
Repúbllca. nazcan en el extranjero;
3. los hijos de madre o padre paraguayo nacidos en el extranjero. cuando aquéllos se
radiquen en la República en forma permanente. y
4. los Infantes de padres Ignorados. recogldos en e\.terrltorlo de la República.
La formalización deI derecho consagrado en el inciso 3. se efectuará por slmple '
469
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

declaraclón dellnteresado. cuando éste sea mayor de dleclocho afios. SI no los hublese cumplldo
aún. Ia declaración de su representante legal tendrá valldez hasta dlcha edad. quedando sujeta
a ratiflcaclón por el Interesado.
Articulo 147. DE LA NO PRlVACIÓN DE LA NACIONALIDAD NATURAL
Nlngún paraguayo natural será privado de su naclonalldad. pero podrá renunciarvolun-
tariamente a ella.
Articulo 148. DE LA NACIONALIDAD POR NATURALlZACIÓN
Los extranjeros podrán obtener la naclonalldad paraguaya por naturallzaclón si reúnen
10s--slgulentes requisitos:
1. mayoria c:Je edad:
2. radicación mínima de tres afios en terrltorlo nacional;
3. ejerclcio regular en el pais de alguna profeslón. oficio. clencla. arte o Industrla. y
4. buena conducta. definida en la ley.
Articulo 149. DE LA NACIONALIDAD MÚLTlPLE
La nacionalldad múltiple podrá ser admitida mediante tratado internacional o por reci-
procidad de rango constitucional entre los Estados deI natural de orlgen y deI de adopción.
Articulo 150. DE LA PÉRDIDA DE LA NACIONALIDAD
Los paraguayos naturalizados plerden la naclonalldad en virtud de ausencia Injustifica-
da de la República por más de tres afios. declarada judicialmente. o por la adquisición volun-
tarla de otra nacionalidad.
Articulo 151. DE LA NACiONALIDAD HONORARlA
Podrán ser distinguidos con la nacionalidad honorarla. por ley deI congreso. los extran-
jeros que hubiesen prestado serviclos eminentes a la República.
Articulo 152. DE LA CIUDADANÍA
Son cludadanos:
1. toda persona de nacionalidad paraguaya natural. desde los dieclocho afios de edad. y
2. toda persona de naclonalidad paraguaya por naturaltzaclón. después de dos afios de
haberla obtenido.
Articulo 153. DE LA SUSPENSIÓN DEL EJERCICIO DE LA CIUDADANÍA
Se suspende el ejerclcio de la ciudadanía:
1. por la adopclón de otra nacionalldad. salvo reclprocldad Internacional;
2. por incapacidad declarada en julclo. que implda obrar IIbremente y con dlscemlmien-
to. y
3. cuando la persona se hallara cumpllendo condena Judicial. con pena privativa de Ii-
bertad.
La suspensión de la ciudadanía concluye al cesar legalmente la causa que la determina.
Articulo 154. DE LA COMPETENCIA EXCLUSlVA DEL PODER JUDICIAL
La ley establecerá las normas sobre adqulsiclÓn. recuperaclón y opclón de la naclonall-
dado así como sobre la suspenslón de la ciudadanía.
EI Poder Judicial tendrá competencla exclusiva para entender en estos casos.

CAPiTULO IV
DEL ORDENAMIENTO TERRITORIAL DE LA REPÚBLICA
SECCIÓN I
DE LAS DISPOSICIONES GENERALES
Articulo 155. DEL TERRlTORlO. DE LA SOBERANÍA Y DE LA INENAJENABILIDAD
EI terrltorlo nacional j amás podrá ser cedido. transferido. arrendado. nl en forma alguna
enajenado. aún temporalmente. a nlnguna potencla extranjera. Los Estados que mantengan
relaciones diplomáticas con la República. así como los organismos Internaclonales de los
cuales ella forma parte. sólo podrán adquirir los Inmuebles necesarlos para la sede de sus
representaciones. de acuerdo con las prescrlpclones de la ley. En estos casos. quedará slem-
pre a salvo la soberanía nacional sobre el suelo.

470
CONSTITUC/ÓN DE LA REPÚBLICA DEL PARAGUAY / TEXTO

Artículo 156. DE LA ESTRUcrURAPOLÍTICA YLAADMINISTRATIVA


A los efectos de la estmcturación política y administrativa deI Estado. el terrltorlo nacional
se divide en departamentos. municiplos y distritos. los cuales. dentro de los límites de esta
Constltuclón y de las leyes. gozan de autonomia política. administrativa y normativa para la
gestíón de sus intereses. y de autarquia en la recaudaclón e lnverslón de sus recursos.
Articulo 157. DE LA CAPITAL
La Ciudad de la Asunclón es la Capital de la Repúbllca y aslento de los poderes deI
Estado. Se constltuye en Municipio. y es independiente de todo Departamento. La ley fijará
sus límites.
Artículo 158. DE LOS SERVICIOS NACIONALES
La creación y el funcionamiento de servicios de carácter nacional en la jurlsdicción de
los departamentos y de los municipios serán autorizadas por ley.
Podrán establecerse igualmente servicios departamentales. mediante acuerdos entre
los respectivos departamentos y municipios.
Artículo 159. DE LOS DEPARTAMENTOS YMUNICIPIOS
La creación. Ia fusión o la modificación de los departamentos y sus capltales. los muni-
cipios y los distritos. en sus casos. serán determinadas por la ley. atendiendo a las condicio-
nes socioeconómicas. demográficas. ecológicas. culturales e históricas de los mismos.
Artículo 160. DE LAS REGIONES
Los departamentos podrán agmparse en regiones. para el mejor desarrollo de sus res-
pectivas comunidades. Su constitución y su funcionamlento serán regulados por la ley.

SECCIÓN 11
DELOSDEPA~TAMENTOS
Artículo 161. DEL GOBIERNO DEPARTAMENTAL
El gobiemo de cada departamento será ejercido por un gobemadory por unajunta depar-
tamental. Serán electos por voto directo de los ciudadanos radicados en los respectivos depar-
tamentos. en comicios coincidentes con las elecclones generales. y durarán cinco aflos en
sus funciones.
EI gobemador representa aI Poder Ejecutivo en la ejecución de la pülítica nacional. No
podrá ser electo.
La ley detenninará la composición y las funciones de las juntas departamentales.
Articulo 162. DE LOS REQUISITOS
Para ser gobemador ser requiere:
1. ser paraguayo natural:
2. tener treinta aflos cumplldos. y
3. ser nativo dei departamento y con radicación en el rnismo por un afio cuanto menos.
En el caso de que el candidato no sea oriundo deI departamento. deberá estar radicado
en él durante cinco aflos como mínimo. Ambos plazos se contarán inmediatamente antes de
las elecciones.
4. Ias inhabilidades para candidatos a gobemadores serán las misrnas que para Presi-
dente y Vicepresidente de la Repúbllca.
Para ser miembro de la junta departamental rlgen los mismos requisitos establecidos
para cargo de gobernador. con excepción de la edad. que deberá ser la de veinticinco aflos
cumplidos.
Articulo 163. DE LA COMPETENCIA
Es de competencia dei gobiemo departamental:
1. coordinar sus actividades con las de las distintas municipalidades deI departamento:
organizar los servicios departaÍnentales cornunes. tales como obras públicas. provisión
de energía. de agua potable y los demás que afecten conjuntamente a más de un Muni-
cipio. asi como promover las asociaciones de cooperaclón entre ellos:
2. preparar el plan de desarrollo departamental. que deberá coordinarse con el Plan
Nacional de Desarrollo. y elaborar la formulación presupuestaria anual. a considerarse
en el Presupuesto General de la Nación;
471
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

3. coordinar la acción departamental con las activ1dades deI gobierno central. en espe-
cial lo relacionado con las oficinas de carácter nacional deI departamento. primordial-
mente ,en el ámbito de la salud y en el de la educación:
4. disponer la integración de los Consejos de Desarrollo Departamental, y
5. Ias demás competencias que fijen esta Constitución y la ley.
Articulo 164. DE LOS RECURSOS
Los recursos de la administración departamental son:
1. Ia porción correspondiente de impuestos. tasas y contribuciones que se definan y
regulen por esta Constitución y por la ley:
2. Ias asignaciones o subvenciones que les destine el Gobierno nacional:
3. Ias rentas propias determinadas por ley. asi como las donaciones y los legados. y
4. los demás recursos que fije la ley.
Articulo 165. DE LA INTERVENCIÓN
Los departamentos y las municipalidades podrán ser intervenidos por el Poder Ejecuti-
vo. prev10 acuerdo de la Cámara de Diputados, en los siguientes casos:
1. a solicitud de la junta departamental o de la municipal. por decisión de la mayoria
absoluta:
2. por desintegración de la junta departamental o de la municipal. que imposibilite su
funcionamiento. y
3. por grave irregularidad en la ejecución dei presupuesto o en la administración de sus
bienes. previo diCtamen de la Contraloria General de la República.
La intervención no se prolongará por más de noventa dias. y si de ella resultase la
exístencia deI caso previsto en el inciso 3.. Ia Cámara de Diputados por mayoria absoluta.
podrá destituir ai gobernador o al intendente. o a la junta departamental o a la municipal.
debiendo el Tribunal Superior de Justicia Electoral convocar a nuevos comicios para consti-
tuir las autoridades que reemplacen a las que hayan cesado en sus funciones. dentro de los
noventa dias siguientes a la resolución dictada por la Cámara de Diputados.

SECCIÓN 111
DE LOS MUNICIPIOS
Articulo 166. DE LA AUTONOMÍA
Las municipalidades son los órganos de gobierno local con personeriajuridica que. den-
tro de su competencia. tienen autonomia política. administrativa y normativa. asi como au-
tarquia en la recaudación e inversión de sus recursos.
Articulo 167. DEL GOBIERNO MUNICIPAL
El gobierno de los municipios estará a cargo de un intendente y de una junta municipal.
los cuales serán electos en sufragio directo por Ias personas habilitadas legalmente.
Articulo 168. DE LAS ATRlBUClàNES
Serán atribuciones de las municipalidades. en su jurisdicción territorial y con arreglo a
la ley:
1. Ia libre gestión en materias de su competencia. particularmente en las de urbanis-
mo. ambiente. abasto. educación. cultura. deporte. turismo. asistencia sanitaria y so-
cial. instituciones de crédito. cuerpos de inspecclón y de policia;
2. Ia administración y la dlsposición de sus bienes;
3. Ia elaboración de su presupuesto de ingresos y egresos;
4. Ia particlpación en las rentas nacionales:
5. la regulación deI monto de las tasas retributivas de servicios efectivamente presta-
dos. no pudiendo sobrepasar el costo de los mismos;
6. el dictado de ordenanzas, reglamentos y resoluclones;
7. el acceso aI crédito privado y al crédito público. nacional e Internacional:
8. Ia reglamentación y la fiscalización deI tránslto. deI transporte público y la de otras
materias relativas a la circulación de vehiculos. y
9. las demás atribuciones que fijen esta Constituclón y la ley.
472
CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA DEL PARAGUAY / TEXTO

Articulo 169. DEL IMPUESTO INMOBILIARlO


Corresponderá a las municipalidades y <l; los departamentos la totalidad de los tributos
que graven la propiedad inmueble en forma directa. Su recaudación será competencia de las
municipalidades. El setenta por clento de lo recaudado por cada municlpalidad quedará en
propledad de la mlsma. el quince por ciento en la deI departamento respectivo y el quince por
clento restante será dlstlibuldo entre las municipalidades de menores recursos, de acuerdo
con la ley.
Articulo 170. DE LA PROTECCIÓN DE RECURSOS
Ninguna institución dei Estado, ente autónomo, autárquico o descentralizado podrá apro-
piarse de Ingresos o rentas de las municipalidades.
Articulo 171. DE LAS CATEGORÍAS YDE LOS REGÍMENES
Las diferentes categorias y regímenes de municipalidades serán establecidos por ley,
atendiendo a las condiciones de población, de desarrollo económico, de situación geográfica,
ecológica, cultural, histórica y a otros factores determinantes de su ctesarrollo.
Las municipalidades podrán asociarse entre si para encarar en común la realización de
sus fines y, mediante ley, con municipalidades de otros países.

CAPíTULO V
DE LA FUERZA PÚBLICA
Articulo 172. DE LA COMPOSICIÓN
La Fuerza Pública está integrada. en forma exclusiva, por las fuerza militares y policiales.
Articulo 173. DE LAS FUERZAS ARMADAS
Las Fuerzas Armadas de la Nación constituye una institución nacional que será orga-
nizada con carácter pemmnente, profesional, no deliberante, obediente, subordinada a los
poderes deI Estado y sujeta a las disposiciones de esta Constitución y de las leye,s. Su misión
es la de custodiar la Integlidad territorial y la de. defender a las autolidades legitimamente
cémstituldas, conformes con esta Constituclón y las leyes. Su organización y sus efectivos
serán determinados por la ley.
Los militares en servlcio activo ajustarán su desempeno a las leyes y reglamentos, y no
podrán aflliarse a partido o a movimlento político alguno. ni realizar ningún tipo de actlvidad
política.
Articulo 174. DE LOS TRIBUNALES MILITARES
Los tribunales militares solo juzgarán delitos y faltas de carácter militar. calificados
corno tales por la ley. y cometidos por militares en servicio actlvo. Sus fali os podrán ser recu-
rridos ante la justicia ordinaria.
Cuando se trate de un acto previsto y penado. tanto por la ley penal eornún corno por la
ley penal militar, no será considerado como delito militar. salvo que hubiese sido cometido
por un militar en servicio activo y en ejercicio de funciones castrenses. En caso de duda de si
el delito es común o militar, se lo considerará como delito común. Sólo en caso de conflicto
armado internacional, y en la forma dispuesta por la ley, estos trlbunales podrán tener juris-
dicción sobre personas civiles y militares retirados.
Articulo 175. DE LA POLlCÍA NACIONAL
La Policia Nacional es una institución profesional, no deliberante, obediente. organiza-
da con carácter permanente -y en dependencla jerárquica deI órgano deI Poder Ejecutivo en-
cargadi:> de la segulidad Interna de la Naclón.
Dentro deI marco de esta Constltución y de las leyes. tiene la mlsión de preservar el
orden público legalmente establecido, asi como los derechos y la segulidad de las personas y
entidades y de sus bienes: ocuparse de la prevenclón de los delitos: ejecutar los mandatos de
la autolidad competente y. bajo dlrección Judicial. investigar los delitos. La ley reglamentará
su organizaclón y sus atlibuciones.
EI mando de la Policia Nacional será ejercldo por un oficial superior de su cuadro perma-
nente. Los policias en servlcio actlvo no podrán afiliarse a partido o a movimlento político
alguno. ni realizar nlngím tipo de actividad política.
La creación de cuerpos de policia independlentes podrá ser establecida por ley, la cual
f1jará sus-atlibuclones y respectlvas--competencias, en el ámbitomunicipal y en el de los
otros poderes deI Estado.
473
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERÇOSUR (PARCUM)

CAPÍTULO VI
DE LA POLÍTICA ECONÓMICA DEL ESTADO
SECCIÓN I
DEL DESARROLLO ECONÓMICO NACIONAL
Articulo 176. DE LA POLÍTICA ECONÓMICA Y DE LA PROMOCIÓN DEL DESARROLLO DEL
PAÍS.
La política económica tendrá como fines. fundamentalmente. Ia promoclón dei desarro-
110 económico. social y cultural.
El Estado promoverá el desarrollo económlco mediante la utilizaclón racional de los
recursos disponibles. con el objeto de Impulsar un creclmiento ordenado y sostenldo de la
economia. de crear nuevas fuentes de trabajo y de rlquezõf' de acrecentar el patrlmonlo nacio-
nal y de asegurar el bienestar de la poblaclón. El desarrollo se fomentará con programas globales
que coordinen y orlenten la actividad económica nacional.
Articulo 177. DEL CARÁCTER DE WS PLANES DE DESARROLW
Los planes nacionales de desarrollo serán Indicativos para el sector privado. y de cum-
plimlento obligatorlo para el sector público.

SECCIÓN 11
DE LA ORGANIZACIÓN FINANCIERA
Articulo 178. DE WS RECURSOS DEL ESTADO
Para el cumplimiento de sus fines. el Estado establece impuestos. tasas. contrlbucio-
nes y demás recursos; explota por si. o por medio de conceslonarlos los blenes de su dominio
privado. sobre los cuales determina regalías. "royaltles". compensaciones u otros derechos.
en condiciones justas y convenientes para los Intereses naclonales; organiza la explotaclón
de los servicios públicos y percibe el canon de los derechos que se estatuyan; contrae emprés-
tltos internos o Internacionales destinados a los programas naclonales de desarrollo; regula
el sistema financiero dei pais. y organiza. fija y compone el sistema monetarlo.
Articulo 179. DE LA CREACIÓN DE TRIBUTOS
Todo tributo. cualquiera sea su naturaleza o denominación. será establecido exclusiva-
mente por la ley. respondiendo a prlnclpios económicos y sociales justos. asi como a políticas
favorables aI desarrollo nacional.
Es tanlbién privativo de la ley determinar la materla Imponlble. los sujetos obligados y
el carácter dei sistema trlbutarlo.
Articulo 180. DE LA DOBLE IMPOSICIÓN
No podrá ser objeto de doble Imposición el mismo hecho generador de la obligación
tributaria. En las relaciones internaclonales. el Estado podrá celebrar convenlos que eviten
la doble Imposición. sobre la base de la reciprocldad.
Articulo 181. DE LA IGUALDAD DEL TRIBUTO
La igualdad es la base deI tributo. Ningún impuesto tendrá carácter confiscatorlo. Su
creación y Sll vigencia atenderán a la capacidad contributiva de los habitantes y a las condi-
ciones generales de la economia deI país.

TíTULO 11
DE LA ESTRUCTURA Y DE LA ORGANIZACIÓN DEL ESTADO
CAPíTULO I
DEL PODER LEGISLATIVO
SECCIÓN I
DE LAS DISPOSICIONES GENERALES
Articulo 182. DE LA COMPOSICIÓN
EI Poder Legislativo será ejercldo por el Congreso. compuesto de una Câmara de senado-
res y otra de dlputados.
Los miembros titulares y suplentes de ambas Cámaras serán elegidos dlrectamente
per el pueblo. de conformidad con laley.
474
CONSTlTUCrÓNDE LA REPÚBLICA DEL PARAGUAY / TEXTO

Los mlembros suplentes sustltuirán a los titulares en caso de muerte. renuncia o In-
habl1tdad de éstos. por el resto dei período constitucional o mlentras dure la inhabilldad, si
ella fuere temporal. En los demás C&SOS, resolverá el regl~ente de cada Câmara.
Articulo 183. DE LA REUNIÓN EN CONGRESO
Sólo ambas Câmaras. reunidas en Congreso, tendrán los sigulentes deberes y atrlbu-
clones:
1. reciblr el juramento o promesa, el' asumlr el cargo, deI Presidente de la República.
deI Vlcepresldente y de los mlembros de la Corte Suprema de Justlcla:
2. conceder o denegar ai Presidente de la República el permlso correspondlente. en los
casos previstos por esta Constltuclón:
3. autorizar la entrada de fuerzas armadas extranjeras ai territorio de la República y la
sallda la exterior de las nacionales. salvo casos de mera cortesia:
4. reciblr a Jefes de Estado o de Gobiernu de otros países. y
5. los demás deberes y atrlbuciones que fije esta Constltuclón.
EI Presidente de la Câmara de Senadores y de la Câmara de Dlputados presldlrán 'Ias
reunlbnes dei Congreso len carácter de Presidente y Vlcepresldente. respectivamente.
Articulo 184. DE LAS SESIONES
Ambas Cámaras dei congreso se reunirán anualmente en seslones ordlnarias. desde el
primero de julio de cada afio hasta el 30 de junio siguiente con un período de receso desde el
veinte y uno de dlclembre ai primero de marzo. fecha ésta en la que rendirá su informe el
Presiden'e de la República. Las dos Cámaras se convocarán a seslones extraordinarias o
prorrogal,'1ll sus sesiones por decisión de la cuarta parte de los miembros de cualquiera de
ellas: por resoluclón de los dos terclos de Integrantes de la Comlslón Permanente dei Congre-
so, o por decreto dei Poder Ejecutlvo. EI Presidente deI Congreso o el de la Comlsión Perma-
nente deberán convocarias en el término perentorlo de cuarenta y ocho horas.
Las prórrogas de seslones serán efectudas deI mismo modo. Las extraordlnarias se con-
vocarán para tratar un orden dei día determinado. y se clausurarán una vez que éste haya
sido agotado.
Articulo 185. DE LAS SESIONES CONJUNTAS
Las Câmaras sesionarán conjuntanlente en los casos previstos en esta Constitución o
en el Reglamento deI Congreso. donde se establecerán las formalidades necesarias.
EI quómm legal se formará con la mltad más uno deI total de cada Câmara. Salvo los
casos en que esta Constltución establece mayorías calificadas, las decisiones se tomarán por
simple maY0IÍa de votos de los mlembros presentes.
Para las votaciones de las Câmaras deI Congreso se entenderá por simple mayoría la
mitad más uno de los mlembros presentes: por mayoria de dos terclos. Ias dos terceras partes
de los mlembros presentes: por mayoría absoluta. el quómm legal. y por mayoria absoluta de
dos tercios. Ias dos terceras partes deI número total de mlembros de cada Câmara.
Las dlsposlciones previstas en este artículo se aplicarán también a las seslones de
ambas Câmaras reunidas en Congreso.
EI mismo régimen de quómm y mayorias se aplicará a cualquier órgano colegiado elec-
tlvo previsto por esta Constltución.
Articulo 186. DE LAS COMISIONES
Las câmaras funcionarán en pleno y en comisiones unicamerales o blcamerales.
Todas las comlsiones se integrarán. en lo poslble. proporcionalmente, de acuerdo con
las bancadas representadas en las Câmaras.
AI Inicio de las seslones anuales de la legislatura, cada Câmara designará las comlslo-
nes asesoras pernlanentes. Éstas podrán solicitar informes u opiniones de personas y entida-
des públicas O' privadas. a fin de produclr sus dictâmenes o de facilitar el ejerciclo de las
demás facultades que corresponden aI Congreso.
Articulo 187. DE LA ELECCIÓN Y DE LA DURACIÓN
Los senadores y dlputados titulares y suplentes serán elegidos en comicios simultá-
neos con los presidenciales.
Los leglsladores-dura.I:án-cinco-aftos-en-su mandato. a-paItlr dei prtmero deJulio y po-
drán ser reelectos.
475
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Las vacancias definitivas o temporalias de la Cámara de Diputados serán cubiertas por


los suplentes electos en el mismo departamento. y las de la Cámara de Senadores por los
suplentes de la lista proclamada por la Justicia Electoral.
Artículo 188. DEL JURAMENTO O PROMESA
En el acto de su incorporación a las Cámaras. los senadores y diputados prestarán jura-
mento o promesa de desempenarse debidamente en el cargo y de obrar de conformldad con lo
que presclibe esta Constitución.
Nlnguna de las Cán1aras podrá sesionar. deliberar o adoptar decisiones sin la presencia
de la maYOIía absoluta. Un número menor podrá. sin embargo. compeler a los miembros au-
sentes a concunir a las sesiones en los términos que establezca cada Cámara.
Artículo 189. DE LAS SENADUR1AS VITALICIAS
Los ex presidentes de la República. electos democráticamente. serán senadores vitali-
CiOS de la Nación. salvo que hubiesen sido sometidos ajuiclo político y hallados culpables. No
integrarán el quÓnlm. Tendrán voz pero no voto.
Artículo 190.DELREGLAMENTO
Cada Cámara redactará su reglamento. Por mayoría de dos terclos podrá amonestar o
apercibir a· cualquiera de sus miembros. por inconducta en el ejerclclo de sus funciones. y
suspenderlo hasta sesenta dias sin goce de dieta. Por mayoría absoluta podrá removerlo por
incapacidad física o mental. declarada por la Corte Suprema de Justicia. En los casos de
renuncia, se decidirá por simple mayoría de votos.
Artículo 191. DE LAS INMUNIDADES
Ningún mlembro dei Congreso puede ser acusado judicialmente por las opiniones que
emita en el desempeno de sus funciones. Ningún Senador o Diputado podrá ser detenido.
desde el dia de su elección hasta el dei cese de sus funciones. salvo que fuera hallado en
flagrante delito que merezca pena corporal. En este caso, la autolidad interviniente lo pondrá
bajo custodia en su residencia. dará cuenta de inmediato dei hecho a la Cámara respectiva y
ai juez competente, a quien remitirá los antecedentes a la brevedad.
Cuando se formase causa contra un Senador o un Diputado ante los trtbunales ordina-
Iios. el juez lo comunicará. con copia de los antecedentes. a la Cámara respectiva. Ia cual
examinará el mélito dei sumario. y por mayoria de dos tercios resolverá si ha lugar o no
desafuero, para ser sometido a proceso. En caso afirmativo. le suspenderá en sus fueros.
Articulo 192. DEL PEDIDO DE INFORMES
Las Cámaras pueden solicitar a los demás poderes dei Estado. a los entes autónomos,
autárquicos y descentralizados. y a los funcionartos públicos, los informes sobre asuntos de
interés público que estimen necesartos. exceptuando la actividad juIisdiccional.
Los afectados están obligados a responder los pedidos de informe dentro dei plazo que se
les senale, el cual no podrá ser menor de quince dias.
Artículo 193. DE LA CITACIÓN Y DE LA INTERPELACIÓN
Cada Câmara, por mayoria absoluta. podrâ citar e interpelar individualmente a los mi-
nistros y a otros altos funcionarios de la Administración Pública. así como a los directores y
administradores de los entes autónomos. autárquicos y descentralizados. a los de entidades
que administren fondos dei Estado y a los de las empresas de participación estatal mayoríta-
lia. cuando se discuta una ley o se estudie un asunto concemiente a sus respectivas activi-
dades. Las preguntas deben comunicarse ai citado con una antelación mínima de cinco dias.
Salvo justa causa. será obligatolio para los citados concurrir a los requelimientos. responder
a las preguntas y blindar toda la infom1ación que les fuese solicitada.
La ley detenninará la participación de la mayoría y de la minoría en la formulación de
las preguntas.
No se podrá citar, interpelar ai Presidente de la República. ai Vicepresldente ni a los
miembros deI Poder Judicial. en matelia julisdiccional. .
Artículo 194. DEL VOTO DE CENSURA
SI el citado no concurliese a la Cámara respectiva. o ella considerara insatlsfactoIias
sus declaraciones. ambas Cámaras. por mayoria absoluta de dos tercios. podrán emitir un
voto de censura en su contra y recomendar su remoción dei cargo ai Presidente de la Repúbli-
ca oarS1.l perior jerarqUlco.
476
CONSTITUCI6N DELA REPÚBLICA DEL PARAGUAY / TEXTO

Si la moclón de censura no fuese aprobada. no se presentará otra sobre el mlsmo tema


respecto aI mismo Ministro o funcionarlo citados. en ese período de sesiones.
Articulo 195. DE LAS COMISIONES DE INVESTIGACIÓN
Ambas Cámaras dei Congreso podrán constituir comisiones conjuntas de Investlgaclón
sobre cualquler asunto de interés público. asi como sobre la conducta de sus mlembros. .
Los directores y administradores de los entes autónomos. autárquicos y descentraliza-
dos. los de las entidades que admlnistren fondos dei Estado. los de las empresas de partlcipa-
ción estatal mayoritaria. los funcionarios públicos y los particulares están obligados a compa-
recer ante las dos Câmaras y suministrarles la información y las documentaciones que se
les requiera. La ley establecerá las sanciones por el incumplimiento de esta obligación.
EI Presidente de la República. el Vicepresidente. los ministros dei Poder Ejecutivo y los
magistrados judlciales. en materia jurisdiccional. no podrán ser investigados.
. La actividad de las comislones Investigadoras no afectará las atribuciones privativas
dei Poder Judicial. ni lesionará los derechosy garantias consagrados por esta Constitución:
sus conc1usiones no serán vinculantes para los tribunales ni menoscabarán las resoluciones
judiciales. sin perjuicio dei resultado de la investigación. que podrá ser comunicado a la jus-
t1cia ordinaria.
Los jueces ordenarán. conforme a derecho. Ias diligencias y pruebas que se les requie-
ra. a los efectos de la investigación.
Articulo 196. DE LAS INCOMPATIBILIDADES
Podrán ser electos. pero no podrán desempenar funciones legislativas. los asesores de
reparticiones públicas. los funcionarios y los demás empleados a sueldo dei Estado o de los
municipios. cualquiera sea la denominación con que figuren y el concepto de sus retribucio-
nes. mlentras subsista la designación para dichos cargos.
Se exceptúan de las incompatibilidades establecidas en este artículo. el ejerclclo par-
cial de la docencia y el de la investigación cientifica.
Ningún Senador o Diputado puede formar parte de empresas que exploten servlcios
públicos o tengan conceslones dei Estado. ni ejercer la asesoría jurídica o la representaclón
de aquéllas. por si o por interpósita persona.
Articulo 197. DE LAS INHABILIDADES
No pueden ser candidatos a senadores ni a diputados:
1. los condenados por sentencia firme a penas privativas de libertado mientras dure la
condena:
2. los condenados a penas de inhabilitación para el ejercicio de la función pública. mien-
tras dure aquélla:
3. los condenados por la comisión de delitos electorales. por el tiempo que dure la condena:
4. los magistrados judiciales. los repreSentantes dei Ministerio Público. el Procurador
General dei Estado. el Defensor deI Pueblo. el Contralor General de la República. el
Subcontralor. y los miembros de la Justicia Electoral::
5. los ministros o religiosos de cualquier credo:
6. los representantes o mandatarios de empresas. corporaciones o .entidades naciona-
les o extranjeras. que sean concesionarlas de servlcios estatales. o de ejecuciÓn de
obras o provisión de bienes ai Estado:
7. los militares y policias en servicio activo:
8. los candidatos a Presidente de la República o a Vicepresidente. y
9. los propietarios o copropietarios de los medios de comunicación.
Los ciudadanos afectados por las inhabilttaciones previstas en los Incisos 4. 5. 6. y 7.
deberán cesar en su inhabilidad para ser candidatos noventa dias. por lo menos. antes de la
fecha de inscripción de sus listas en el Tribunal Superior de Justlcla Electoral.
Artículo 198. DE LA INHABILIDAD RELATIVA
No podrán ser electos senadores ni diputados los ministros deI Poder ejecutivo: los sub-
secretarios de Estado: los presidentes de Consejos o admlnistradoresgenerales de los entes
descentralizados. autónomos. autárquicos. binacionales o multinacionales. los de empresas
con participación estatal mayoritaria. y los gobernadores e intendentes. si no renuncian a
sus respectivos cargos :yse- I~s aee-ptan- las- rnismas por .'10' -menos noventa dias antes de la
fecha de las elecciones.
477
PARLAMEIVTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Artículo 199. DE LOS PERMISOS


Los Senadores y diputados sólo podrán ac~ptar cargos de Ministro o de diplomático. Para
desempenarlos. deberán solicitar permiso a la êâmara respectiva. a la cual podrán relncorpo-
rarse ai ténnino de aquellas fUl'lclones.
Artículo 200. DE LA ELECCIÓN DE AUTORIDADES
Cada Câmara constituirá sus autoIidades y designará a sus empleados.
Artículo 201. DE LA PÉRDIDA DE LA INVESTIDURA
Los senadores y diputados perderán su investidura. además de los casos ya previstos.
por las siguientes causas:
I. Ia violaclón deI réglmen de las inhabilidades e Icompatlbllidades previstas en esta Com-
tituciÓn. y
2. el uso indebldo de influencias. fehacientemente comprobado.
Los senadores y diputados no estarán sujetos a mandatos Imperativos.
Artículo 202. DE LOS DEBERES YDE LAS ATRlBUCIONES
Son deberes y atIibuciones deI Congreso:
1. velar por la observancla de esta Constituclón y de las leyes;
2. dlctar los códigos y demás leyes. modlflcarlos o derogarlos. interpretando esta Cons-
titución:
3. establecer la división política deI territoIio de la República. así como la organización
regional. departamental y municipal;
4. legislar sobre mateIia tIibutaIia;
5. sancionar anua1mente la ley dei Presupuesto General de la Nación;
6. dictar la Ley Electoral;
7. deternlinar el réglmen legal de la enajenación y el de adquisición de los bienes fisca-
les. departamentales y municipales;
8. expedir resoltlciones y acuerdos internos, como asimismo formular declaraciones,
confornle con sus facultades;
9. aprobar o rechazar los tratados y demás acuerrlos internacionales suscritos por el
Poder Ejecutivo;
10. aprobar o rechazar la contratación de empréstitos;
11. autorizar. por tiempo determinado, concesiones para la explotaclón de servicios pú-
blicos nacionales, multinacionales o de bienes deI Estado, así como para la extracción y
transformación de minerales sólidos. líquidos y gaseosos;
12. dictar leyes para la organización de la admlnistraclón de la República, para la crea-
ción de entes descentralizados y para el ordenamiento dei crédito público;
13. expedir leyes de emergencla en los casos de desastre o de calamidad pública;
14. recibir el juramento o promesa constitucional deI Presidente de la República, el deI
Vicepresidente y el de los demás funcionaIios, de acuerdo con lo establecido en esta
Constitución:
15. recibir dei Presidente de la República, un Informe sobre la sltuación general deI
país. sobre su admlnlstraclón y sobre los planes de goblemo; en la forma diSpuesta en
esta Constituclón;
16. aceptar o rechazar la renuncia dei Presidente de la República y la deI Vlcepresidente;
17. prestar los acuerdos y efectuar los nombramientos que esta Constituclón prescribe.
asi como las deslgnaclones de representantes dei Congreso en otros órganos deI Estado;
18. conceder amnistías;
19. decidir el traslado de la Capital de la República a otro punto dei territoIio nacional.
por mayoría absoluta de dos tercios de los mlembros de cada Câmara;
20. aprobar o rechazar. en todo o en parte y previo Informe de la Contraloría General de
la República. el detalle y lajustificación de los ingresos y egresos de las finanzas públi-
cas sobre la ejecuciÓn presupuestaria;
21. reglamentar la. navegación fluvial, la maIitima, la aérea y la espacial. y
22. los demás deberes y atribuclones que fije esta Constitución.

478
CONSTlTUC/ÓN DE LA REPúBLICA DEL PARAGUAY/ TEXTO

SECCIÓN 11
DE LA FORMACIÓN Y _A SANCIÓN DE LAS LEYES
Articulo 203. DELORlGENYDE LA INICIATIVA
Las leyes pueden tener origen en cualqulera de las Câmaras deI Congreso. a propuesta de
sus mlembros: a proposiclón deI Poder Ejecutlvo: a iniciativa popular o a la de la Corte Suprema
de Justlcia, en los casos y en las condiciones previstas en esta Constltuclón y en la ley.
Las excepciones en cuanto aI origen de las leyes a favor de una u otra Cámara o deI
Poder Ejecutlvo sono en exclusividad. Ias establecidas expresamente en esta Constltución.
Todo proyeeto de ley será presentado con una exposición de motivos.
Articulo 204. DE LA APROBACIÓN Y DE LA PROMULGACIÓN DE LOS PROYECTOS
Aprobado un proyecto de ley por la Câmara de origen. pasará Inmediatamente para su
consideración a la otra Câmara. Si ésta. a su vez, lo aprobase. el proyecto quedará sancionado
y. si el Poder Ejecutivo te prestara su aprobación. lo promulgará como ley y dlspondrá su publi-
cación dentro de los cinco dias.
Articulo 205. DE LA PROMULGACIÓN AUTOMÁTICA
Se considerará aprobado por el Poder Ejecutivo todo proyecto de ley que no fuese objetado
ni devuelto a la Cámara de origen en el plazo de seis día hábiles. si el proyecto contiene hasta
diez artículos: de doce días hábiles. si el proyecto contiene de doce a veinte artículos. y de
veinte dias hábiles si los articulos son más de veinte. En todos estos casos. el proyecto queda-
rá automáticamente promulgado y se dispondrá su publicaclón.
Articulo 206. DEL PROCEDIMIENTO PARA EL RECHAZO TOTAL
Cuando un proyecto de ley. aprobado por una de las Câmaras. fuese rechazado totalmenc
te por la otra. volverá a aquélla para una nueva consideración. Cuando la Cámara de origen
se ratificase por mayoría absoluta. pasará de nuevo a la revisora. Ia cual sólo podrá volver a
rechazarlo por mayoría absoluta de dos tercios y. de no obtenerla. se reputará sancionado el
proyecto.
Articulo 207. DEL PROCEDlMIENTO·PARA LA MODIFICACIÓN PARCIAL
Un proyecto de ley aprobado por la Câmara de origen. que haya sido parcialmente modi-
ficado por la otra. pasará a la primera. donde sólo se discutirá cada una de las modiflcaclones
hechas por la revisora.
Para estos casos. se establece lo slguiente:
1. si todas las modlflcaciones se aceptasen. el proyecto quedará sancionado:
2. si todas las modlflcaclones se rechazasen por mayoria absoluta. pasarán de nuevo a
la Câmara revisora y. si ésta se ratiflcase en su sanción anterior por mayoria absoluta.
el proyecto quedará sancionado: si no se ratiflcase, quedará sancionado el proyecto apro-
bado por la Câmara de origen, y
3. si por parte de las modiflcaciones fuesen aceptadas y otras rechazadas. el proyecto
pasará nuevamente a la Câmara revisora. donde sólo se discutirán en forma global las
modiflcaciones rechazadas. y si se aceptasen por mayoria absoluta. o se las rechacen.
el proyecto quedará sancionado en la forma resuelta por ella.
El proyecto de ley sancionado, con cualquiera de las alternativas previstas en este articulo.
pasará al Poder Ejecutivo para su promulgación.
Articulo 208. DE LA OBJECIÓN PARCIAL
Un proyecto de ley. parcialmente objetado por el Poder Ejecutlvo. será devuelto a la Cá-
mara de origen para su estudio y pronunciamiento sobre las objeclones. SI ésta Câmara las
rechazara por mayoria absoluta. el proyecto pasará a la Câmara revisora, donde seguirá igual
trâmite. Si ésta también rechazara dlchas objeciones por la misma mayoría. Ia sanción pri-
mitiva quedará confirmada. y el Poder Ejecutivo lo promulgará y lo publicará. Si las Câmaras
desistieran sobre las objeciones. el proyecto no podrá repetirse en las sesiones de ese afio.
Las objeciones podrán ser total o parcialmente aceptadas o rechazadas por ambas Cá-
maras deI Congreso. Si las objeciones fueran total o parcialmente aceptadas. ambas Câmaras
podrán decidir, por mayoria absoluta, la sanción de la parte no objetada deI proyecto de ley. en
cuyo caso éste deberá ser promulgado y publicado por el Poder Ejecutivo.
Las objeciones serán tratadas por la Cámara de origen dentro de los sesenta días de su
ingreso a la misma. y en idéntico caso por la Cámara revisora.

479
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

Artículo 209. DE LA OBJECIÓN TOTAL


Si un proyecto de ley fuese rechazado totalmente por el Poder Ejecutivo. volverá a la
Câmara de origen, la cual lo discutirá nuevamente. Si ésta confirmara la sanción inicial por
mayona absoluta, pasará a la Cámara revisora: si ésta también lo aprobase por igual mayona,
el Poder Ejecutivo lo promulgará y publicará. Si las Cámaras dlsintieran sobre el rechazo
total, el proyecto no podrá repetlrse en las sesiones de ese ano.
Artículo 210. DEL TRATAM lENTO DE URGENCIA
EI Poder Ejecutivo podrá solicitar el tratamiento urgente de proyectos de ley que envie aI
Congreso. En estos casos, el proyecto será tratado por la Cámara de ongen dentro de los
treinta dias de su recepción, y por la revisora en los trelnta dias siguientes. EI proyecto se
tendrá por aprobado si no se lo rechazara dentro de los plazos senalados.
EI tratamiento de urgencia podrá ser solicitado por el Poder Ejecutivo aún después de la
remisión dei proyecto, o en cualquier etapa de su trámite. En tales casos, el plazo empezará a
correr desde la recepción de la solicitud.
Cada Cámara, por mayoria de dos tercios, podrá dejar sin efecto, en cualquier momento,
el trámite de urgencia, en cuyo caso el ordinario se aplicará a partir de ese momento.
EI Poder Ejecutivo, dentro dei penodo legislativo ordinario, podrá solicitar ai Congreso
únicamente tres proyectos de ley de tratamiento urgente, salvo que la Cámara de ongen. por
mayona de dos tercios. acepte dar dicho tratamiento a otros proyectos.
Artículo 211. DE LA SANCIÓN AUTOMÁTICA
Un proyecto de ley presentado en una Cámara u otra, y aprobado por la Cámara de
origen en las sesiones ordinarias. pasará a la Cámara revisora, la cual deberá despacharia
dentro dei ténnino improrrogable de tres meses, cumplido el cual, y mediando comunicación
escrita dei Presidente de la Cámara de ongen a la Cámara revisora, se reputará que ésta le
ha prestado su voto favorable, pasando ai Poder Ejecutivo para su promulgación y publicación.
EI término indicado quedará intermmpido desde el veintiuno de diciembre hasta el pnmero
de marzo. La Cámara revisora podrá despachar el proyecto de ley en el siguiente penodo de
sesiones ordinarias, siempre que lo haga dentro dei tiempo que resta para el vencimiento dei
plazo improrrogable de tres meses.
Artículo 212. DEL RETIRO O DEL DESISTIMIENTO
EI Poder Ejecutivo podrá retirar deI Congreso los proyectos de ley que hubiera enviado. o
desistir de ellos, salvo que estuviesen aprobados por la Cámara de ongen.
Artículo 213. DE PUBLlCACIÓN
La ley no obliga sino en virtud de su promulgación y su publicación. Si el Poder Ejecutivo
no cumpliese el deber de hacer publicar las leyes en los términos y en las condiciones que
esta Constitución establece. el Presidente dei Congreso o, en su defecto, el Presidente de la
Cámara de Diputados, dispondrá su publicación.
Artículo 214. DE LAS FÓRMULAS
La fórmula que se usará en la sanción de las leyes es: "EI Congreso de la Nación para-
guaya sanciona con fuerza de ley". Para la promulgación de las mismas, la fórmula es: ''Tén-
gase por ley de la República, publiquese e insértese en el Registro Oficia]".
Artículo 215. DE LA COMISIÓN DELEGADA
Cada Cámara, con el voto de la mayoria absoluta, podrá delegar en comisiones el trata-
miento de proyectos de ley, de resoluciones y de declaraciones. Por simple mayona, podrá
retirarlos en cualquier estado antes de la aprobación, rechazo o sanción por la comisión.
No podrán ser objetos de delegación el Presupuesto General de la Nación, los códigos, los
tratados intemacionales, los proyectos de ley de carácter tnbutario y castrense, los que tu-
viesen relación con la organización de los poderes dei Estado y los que se originasen en la
iniciativa popular.
Artículo 216. DEL PRESUPUESTO GENERAL DE LA NACIÓN
EI proyecto de Ley dei Presupuesto General de la Nación será presentado anualmente
por el Poder Ejecutivo, a más tardar el primero de septiembre, y su consideración por el Con-
greso tendrá pnondad absoluta. Se integrará una comisión bicameral la cual. recibido el
proyecto, lo estudiará y presentará dictamen a sus respectivas Cámaras en un plazo no ma-
yor de sesenta dias corridos. Recibidos los dictámenes, la Cámara de Diputados se abocará ai

480
CONST/7VC/ÓN DF:LA RF:PÚBUCA DF:L PARAGUAY/ TF:XTO

estudlo dei proyecto en seslones plenarias. .y deberá despacharlo en un plazo no mayor de


qulnce días corridos. La Cámara de Senadores dlspondrá de Igual plazo para el estudlo dei
proyecto. con las modlflcaclones Introducidas por la Cámara de Dlputados. y si las aprobase. el
mlsmo quedará sancionado. En caso contrario. el proyecto volverá con las objeclones a la otra
Câmara. Ia cual se expedirá dentro dei plazo de dlez dias corridos. exclusivamente sobre los
puntos discrepantes dei Senado. procediéndose en la forma prevista en el Art. 208. inciso 1..
2. Y3.. slempre dentro dei plazo de diez dias corridos.
Todos los plazos establecldos en este artículo son perentorios. y la falta de despacho de
cualqulera de los proyectos se entenderá como aprobaclón. Las Câmaras podrán rechazar
totalmente el proyecto presemado a su estudio por el Poder Ejecutlvo. solo por mayoría absolu-
ta de dos terclos en cada una de eHas.
Articulo 217. DE LA VIGENCIA DEL PRESUPUESTO
SI el Poder Ejecutlvo. por cualquler razón. no hubiese presentado al Poder Legislativo el
proyecto de Presupuesto General de la Naclón dentro de los plazos establecidos. o el mismo
fuera rechazado conforme con el Artículo anterior. seguirá vigente el Presupuesto dei ejercl-
cio fiscal en curso.

SECCIÓN 111
DE LA COMISIÓN PERMANENTE DEL CONGRESO
Articulo 218. DE LA CONFORMACIÓN
Qulnce días antes de entrar en receso. cada Câmara designará por mayoría absoluta a
los senadores y a los dlputados qulenes. en número de seis y doce como titulares y tres y seis
como suplentes. respectivamente. conformarán la Comlslón Permanente dei Congreso. Ia
cual ejercerá sus funciones desde el comlenzo dei período de receso dei Congreso hasta el
relnlclo de las seslones ordlnarias.
Reunidos los mlembros titulares de la Comlslón Permanente. deslgnarán Presidente y
demás autoridades. y de eHo se dará aviso escrito a los otros poderes dei Estado.
Articulo 219. DE WS DEBERES Y DE LAS AlRIBUCIONES
Son deberes y atribuclones de la Comislón Permanente dei Congreso:
1. velar por la observancla de esta Constltución y de las leyes;
2. dlctar su pFoplo reglamento;
3. convocar a las Câmaras' a seslones preparatorias. con el objeto de que la apertura
anual dei Congreso se efectúe ,en tlempo oportuno;
4. conyocar y organizar las sesiones extraordlnarias de ambas Câmaras. de conformi-
dad con lo establecido en esta Constltución;
5. autorizar ai Presidente de la República. durante el receso dei Congreso. a ausentarse
temporalmente dei territorio nacional. en los casos previstos en esta Constltuclón. y
6. los demás deberes y atribuclones que flje esta Constltuclón.
Articulo 220. DE WS INFORMES FINALES
La Comlslón Permanente dei Congreso. ai término de su actuaclón. prestará a cada
Câmara un Informe'flnal de las mlsmas. y será responsable ante éstas de las medidas que
hubiese adoptado o autorizado.

SECCIÓN IV
DE LA CÁMARA DE DlPUTADOS
Articulo 221. DE LA COMPOSICIÓN
La Câmara de Dlputados es la Câmara de la representaclón departamental. Se compon-
drá de ochenta mlembros titulares como mínimo. y de Igual número de suplentes. elegidos
directamente por el I!ueblo en coleglos electorales departamentales. La'cludad de la Asunclón
constituirá un Coleglo Electoral con representaclón en dlcha Câmara. Los departamentos
serán representados por un dlputado titular y un suplente. cuanto menos; el TrIbunal Supe-
rior de Justlcla Electoral. antes de cada elecclón y de acuerdo con el número de electores de
cada departamento. establecerá el número de bancas que corresponda a cada uno de e1los. La
ley podrá acrecentar la cantldad de diputados conforme con eI aumento de los electores.
411
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Para ser electo diputado titular o suplente &e requleren la nacionalidad paraguaya na-
tural y haber cumplido veinticinco aüos.
Artículo 222. DE LAS AlRIBUCIONES EXCLUSIVAS DE LA cÁMARA DE DlPUTADOS
Son atribuciones exclusivas de la Cámaia de Diputados:
I. iniciar la consideración de los proyectos de ley relativos a la legislación departamen-
tal y a la municipal:
2. designar o proponer a los magistrados y funcionarios. de acuerdo con lo que estable-
ce esta Constituclón y la ley:
3. prestar acuerdo para la intervención de los goblernos departamentales y municipales. y
4. Ias demás atribuciones exclusivas que fije esta Constitución.

SECCIÓN V
DE LA CÁMARA DE SENADORES
Articulo 223. DE LA COMPOSICIÓN
La Cámara de Senadores se compondrá de cuarenta y cinco miembros titulares como
mínimo. y de treinta suplentes. elegidos directamente por el pueblo en una sola circunscrip-
ción nacional. La ley podrá acrecentar la cantidad de senadores. conforme con el aumento de
los electores.
Para ser electo senador titular o suplente se requieren la nacionalidad paraguaya natu-
ral y haber cumplido treinta y cinco aIlos.
Articulo 224. DE LAS AlRIBUCIONES EXCLUSIVAS DE LA cÁMARA DE SENADORES
Son atribuciones exclusivas de la Cámara de Senadores:
I. iniciar la consi,deración de los proyect.os de ley relativos a la aprobación de tratados y
de acuerdos internacionales:
2. prest.ar acuerdo para los ascensos militares y los de la Policia Nacional. desde el
grado de Coronel deI Ejército o su equivalente en las otras armas y servicios. y desde el
de Comisario Principal para la Policia Nacional:
3. prestar acuerdo para la designación de los embajadores y ministros plenipotencia-
rios en el exterior:
4. designar o proponer a los Magistrados y funcionarios de acuerdo con lo que establece
esta Constitución:
5. autorizar el envio de fuerzas militares paraguayas permanentes ai exterior. así como
el ingreso de tropas militares extranjeras ai país;
6. prestar acuerdo para la designación deI Presidente y los directores de la Banca Cen-
trai deI Estado:
7. prestar acuerdo para la designaclón de los directores paraguayos de los entes
binacionales. y
8. Ias demás atribuciones exclusivas que fije esta Constitución.

SECCIÓN VI
DELJUICIO pOLíTICO
Artículo 225. DEL PROCEDIMIENTO
EI Presidente de la República. el Vicepresidente. los ministros dei Poder Ejecutivo. los
ministros de la Corte Suprema de Justicia. el Fiscal General dei Estado. el Defensor dei Pue-
blo. el Contralor General de la República. el Subcontralor y los integrantes dei Tribunal Supe-
rior d.e Justicia Electoral. sólo podrán ser sometidos ajuicio político por mal desempeno de sus
funciones. por delitos cometidosen el ejercicio de sus cargos o por delltos comunes.
La acusaclón será formulada por la Cámara de Diputados. por mayoria de dos tercios.
Corresponderá a la Cámara de Senadores. por mayoria absoluta de dos tercios. juzgar en
juicio público a los acusados por la Cámara de Diputadosy. en su caso. declararlos culpables.
ai sólo efecto de separarlos de sus cargos. En los casos de supuesta comisión de delitos. se
pasarán los antecedentes a la justicia ordinaria.
482.
CONSTITUC/ÓN DELA REPÚBLICA DEL PARAGUAY / TEXTO

CAPÍTULO 11
DEL PODER EJECUTIVO
SgCCIÓN I
DEL PRESIDENTE DE LA REPÚBLICA Y DEL VICEPRESIDENTE
Articulo 226. DEL EJERCICIO DEL PODER EJECUTIVO
EI Poder Ejecutivo es ejercido por el Presidente de la República.
Articulo 227. DEL V1CEPRESIDENTE
Habrá un Vicepresidente de la República qulen, en caso de Impedlmento o ausencla
temporal deI Presidente o vacancia definitiva de dlcho cargo, lo sustltulrá de Inrnedlato, con
todas sus atrlbuciones.
Articulo 228. DE LOS REQUISITOS
Para ser Presidente de Ia República o Vlcepresidente se requlere:
L tener nacionalidad paraguaya natural;
2. haber cumplido treinta y cinco afias, y
3. estar en pleno ejerciclo de sus derechos clvl1es y politicos.
Articulo 229. DE LA DURACIÓN DEL MANDATO
EI Presidente de la República y eI Vicepresidente durarán cinco aflos ImprorrogabIes en
el ejerciclo de sus funciones, a contar desde eI qulnce de agosto sigulente a las eIecclones.
No podrán ser reeIectos en nlngún caso. EI Vlcepresldente sólo podrá ser eIecto Presidente
para eI período posterior, si hubiese cesado en su cargo seis meses antes de los comiclos
generaIes. Qulen haya ejercldo Ia presldencla por más de doce meses no podrá ser eIecto
Vicepresidente de la República.
Articulo 230. DE LAS ELECCIONES PRESIDENCIALES
EI Presidente de la República y el Vicepresidente serán elegidos conjunta y dlrectamen-
te por eI puebIo, por mayoría simpIe de votos, en comlclos generales que se reallzarán entre
noventa y clento veinte dias antes de expirar eI período constitucional vigente.
Articulo 231. DE LA ASUNCIÓN DE LOS CARGOS
En caso de que, en la fecha en la cuaI deban asumir sus funciones eI Presidente de la
República y eI Vicepresldente, no hayan sido proclamados en la forma dlspuesta por esta
Constitución, o fueran anuladas las eIecclones, el Presidente cesante entregará el mando al
Presidente de la Corte Suprema de Justlcia, quien Ia ejercerá hasta que se efectúe la trans-
misión, quedando en suspenso en sus funciones judiciales.
Articulo 232. DE LA TOMA DE POSESIÓN DE LOS CARGOS
EI Presidente de la República y eI Vicepresidente tomarán posesión de sus cargos ante
eI Congreso, prestando eI juramento o la promesa de cumplir con fidelidad y patríotlsmo sus
funciones constltucionaIes. Si eI dia senalado el Congreso no alcanzara eI quórum para re-
unlrse, la ceremonia se cumplirá ante la Corte Suprema de Justicia.
Articulo 233. DE LAS AUSENCIAS
EI Presidente de Ia República, o quien lo esté sustltuyendo en eI cargo, no podrá ausen-
tarse deI pais sin dar aviso previa aI Congreso y a la Corte Suprema de Justicia. Si la ausen-
cla tuviera que ser por más de cinco dias, se requerírá la autortzaclón de la Câmara de Sena-
dores. Durante el receso de las Cámaras, la autortzaclón será otorgada por Ia Comlslón Per-
manente dei Congreso.
En nlngún caso, el Presidente de la República y el Vlcepresldente podrán estar slmultá-
neamente ausentes deI terrttorto nacional.
Articulo 234. DE LA ACEFALÍA
En caso de impedlmento o ausencia deI Presidente de la República, lo reempIazará el
Vlcepresidente, y a falta de éste y en forma suceslva, el Presidente deI Senado, eI de la Câma-
ra de Dlputados y eI de la Corte Suprema de Justicla.
EI Vlcepresldente eIecto asumirá la presidencla de la República si ésta quedase vacan-
te antes o después de la proclamaclón deI Presidente, y la ejercerá hasta la flnalizaclón deI
período constitucional.
SI se produjera la vacancia definitiva de la Vicepresldencia durante los tres prtmeros
483
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

anos dei periodo constitucional. se convocará a elecciones para cubrirla. SI la mlsma tuvlese
lugar durante los dos últimos anos. el Congreso. por mayoría absoluta de sus mlembros. desig-
nará a qulen debe desempenar el cargo por el resto dei período.
Articulo 235. DE LAS INHAEiILIDADES
Son inháblles para-ser-candldatos a Presidente 'de la República o Vlcepresldente:
1. Los ministros dei Poder Ejecutivo. los vlceministros o subsecretarios y los f~nciona­
ríos de rango equivalente. los dlrectores generales de reparticlones públicas y los presi-
dentes de consejos. directores. gerentes o administradores generales de los entes des-
centralizados. autárquicos. autónomos. blnaolonales o multlnaclonales. y los de empre-
sas con partlclpación estatal mayoritaria;
2. los magistrados judiciales y los mlembros dei Mlnlsterio Público;
3. el Defensor dei Pueblo. el Contralor General de la República y el Subcontralor. el
Procurador General de la República. los Integrantes dei Consejo de la Magistratura y los
miembros dei Tribunal Superior de Justicla Electoral;
4. los representantes o mandatarios de empresas. corporaciones o entidades naciona-
les o extranjeras. que sean concesionarias de servlclos estatales. o de ejecuclón de
obras o provlsión de blenes ai Estado;
5. los ministros de cualquier rellgión o culto;
6. los intendentes municipales y los gobemadores;
7. los mlembros en servicio activo de las Fuerzas Armadas de la Nación y los de la
Policia Nacional. salvo que hubleran pasado a retiro un ano antes. por lo menos. dei dia
de los comicios generales:
8. los propletarios o copropietarios de los medlos de comunlcaclón. y
9. el cónyuge o los parientes dentro dei cuarto grado de consangUlnldad. o segundo de
afinidad. de quien se encuentre en ejerclcio de la presldencla al realizarse la elecclón.
o la haya desempenado por cualquier tiempo en el ano anterior a la celebraclón de
aquélla.
En los casos previstos en los Incisos I .. 2 .. 3. Y6 .. los afectados deben haber renunciado
y dejado de ejercer sus respectivos cargos. cuanto menos seis meses antes dei dia de las
elecclones. salvo los casos de vacancia definitiva de la Vicepresidencla.
Articulo 236. DE LA INHABILIDAD POR ATENTAR CONTRA LA CONSTlTUCIÓN
Los jefes militares o los caudl1los civlles de un golpe de Estado. revoluclón armada o
movimlentos similares que atenten contra el orden establecldo por esta Constltuclón. y que
en consecuencla asuman eI como Presidente de la República. Vlcepresldente. Ministro dei
Poder Ejecutivo o mando militar proplo de oflciales generales. quedan Inhabilltados para el
ejerclclo de cualquler cargo público por dos períodos constitucionales consecutivos. sln per-
julclo de sus respectivas responsabilidades clvlles y penales.
Articulo 237. DE LAS INCOMPATIBILIDADES
EI Presidente de la República y el Vlcepresldente no pueden ejercer cargos públicos o
privados. remunerados o no. mlentras duren en sus funciones. Tampoco pueden ejercer el
comercio. Ia Industria o actlvldad profeslonal alguna. deblendo dedlcarse en excluslvldad a
sus funciones.
Articulo 238. DE WS DEBERES YDE LAS ATRlBUCIONES DEL PRESIDEN1E DE LA REPúBLICA
S071 deberes y atribuclones de qulen ejerce la presldencla de la República:
1. representar al Estado y dirigir la admlnlstraclón general dei país;
2. cumpllr y hacer cumpllr esta Constituclón y las leyes;
3. participar en la formaclón de las leyes. de conformldad con esta Constitución. pro-
mulgarias y hacerlas publicar. reglamentarlas y controlar su cumpllmlento;
4. vetar. total o parcialmente. Ias leyes sancionadas por el Congreso. formulando las
observaciones u objeclones que estime convenientes;
5. dlctar decretos que. para su valldez. requleren el refrendo dei Ministro dei ramo;
6. nombrar y remover por si a los ministros dei Poder Ejecutivo. al Procurador General de
la Repú bllca y a los funclonarios de la Admlnlstración Pública, cuya deslgnaclón y perma-
nencla en los cargos no estén reglados de otro modo por esta Constitución o por la ley;
484
CONSTITUCIÓN DE LA REPUBLlCA DEL PARAGUAY / TEXTO

7. el manejo de las relaciones exteriores de la República. En caso de agreslón externa,


y previa autorización dei Congreso, declarar el Estado de Defensa Nacional o concertar
la paz: negociar y firmar tratados internacionales: reciblr a los jefes de mlsiones diplo-
máticas de los países extranjeros y admitir a sus cónsules y designar embajadores, con
acuerdo dei Senado:
8. dar cuenta ai Congreso, ai Inicio de cada período anual de sesiones, de las gestlones
realizadas por el Poder Ejecutlvo, así como Informar de la situación general de la Repú-
blica y de los planes para el futuro;
9. es Comandante enjefe de las Fuerzas Armadas de la Naclón, cargo que no se delega.
De acuerdo con la ley, dlcta los reglamentos mHitares. dispone de las Fuerzas Armadas,
organiza y distribuye. Por si. nombrar y remover a los comandantes de la Fuerza Públi-
ca. Adopta las medidas necesarias para la defensa nacional. Provee, por sí, los grados en
todas las arnlas, hasta el de teniente coronel o sus equivalentes y. con acuerdo dei
Senado. los grados superiores:
10. indultar o conrnutar las penas impuestas por los jueces y trlbunales de la Repúbli-
ca, de conformldad con la ley, y con informe de la Corte Suprema de Justicia:
11. convocar a sesiones extraordinarias ai Congreso, a cualqulera delas Cámaras o a
ambas a la vez, debiendo éstas tratar sólo aquellos asuntos sometldos a su respectiva
consideración:
12. proponer ai Congreso proyectos de ley. los cuales podrán ser presentados con solici-
tud de urgente consideración, en los términos establecidos en esta Constltución:
13. dlsponer la recaudación e Inversión de las rentas de la República. de acuerdo con el
Presupuesto General de la Naclón y con las leyes. rindlendo cuenta anualmente ai
Congreso de su ejecución:
14. preparar y presentar a conslderación de las Cámaras el proyecto anual de Presu-
puesto General de la Nación:
15. hacer cumplir las dlsposiciones de las autoridades creadas por esta Constltuclón, y
16. los demás deberes y atribuclones que fljl esta Constltución.
Articulo 239. DE WS DEBERES YDE LAS A1RlBUCIONES DEL VlCEPRESIDENTE DE LA REPÚ-
BLICA
Son deberes y atribuciones de qulen ejerce la Vicepresidencia de la República:
1. sustituir de Inmediato ai Presidente de la República, en los casos previstos por esta
Constitución.
2. representar ai Presidente de la República nacional e internacionalmente, por desig-
nación dei mismo, con todas las prerrogativas que Ie corresponden a aquél, y
3. participar de las deliberaciones dei Consejo de Ministros y coordlnar las relaciones
entre el Poder Ejecutivo y el Legislativo.

SECCIÓN 11
DE LOS MINISTROS Y DEL CONSEJO DE MINISTROS
Articulo 240. DE LAS FUNCIONES
La dlrecclón y la gestlón de los negocios públicos están confiadas a los ministros dei
Poder Ejecutlvo. cuyo número y funciones serán determinados por la ley. En caso de ausencla
temporal de uno de ellos. lo sustitulrá uno de los vicemlnlstros dei ramo.
Articulo 241. DE LOS REQUISITOS. DE LAS INCOMPATIBILIDADES YDE LAS INMUNIDADES
Para ser Ministro se exlgen los mismos requisitos que para el cargo de Dlputado. Tie-
nen, además, Iguales Incompatibilidades que las establecldas para el Presidente de la Repú-
blica, salvo el ejerclclo de la docencla. No pueden ser privados de su libertad, excepto en los
casos previstos para los miembros dei Congreso.
Articulo 242. DE LOS DEBERES Y DE LAS A1RlBUCIONES DE LOS MINISTROS
Los ministros son los jefes de la admlnistraclón de sus respectivas carteras, en las
cuales. bajo la dlrección dei Presidente de la República, promueven y ejecutan la política
relativa a las materias de Sll competencia.
Son solidariamente responsables de los acto~ de gobierno que refrendan.
485
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Anualmente. presentarán ai Presidente de la República una memoI1a de sus gestiones.


la cuai será puesta a conocimiento dei Congreso.
Articulo 243. DE LOS DEBERES YDE LAS ATRIBUCIONES DEL CONSEJO DE MINISTROS
Convocadvs-porel-t>residente-de-ia-Repúbl1ea,los-Minlstl'os.se reúnen en Consejo a fin
de coordlnar las tareas ejecutlvas. Impulsar la política dei goblemo y adoptar declslones co-
lectlvas:
Compete a dlcho Consejo:
1. deliberar sobre todos los as untos de interés público que el Presidente de la República
someta a su conslderaclón. actuando como cuerpo consultivo. así como considerar las
Iniciativas en materla legislativa. y
2. dlsponer la publicaclón periódica de sus resoluclones.

SECCIÓN 111
DE LA PROCURADURíA DE GENERAL DE LA REPÚBLICA
Articulo 244. DE LA COMPOSICIÓN
La Procuradurla General de la República está a cargo de un Procurador General y de los
demás funcionarias que determine la ley.
Articulo 245. DE LOS REQUISITOS. YDEL NOMBRAMIENTO
El Procurador General de la República debe reunir los mlsmos requisitos exigidos para
ser Fiscal General dei Estado. Es nombrado y removido por el Presidente de la República. Las
Incompatibilidades serán establecldas en la ley.
Articulo 246. DE LOS DEBERES Y DE LAS ATRIBUCIONES
Son deberes y atrlbuclones dei Procurador General de la República:
1. representar y defender. Judicial o extrajudicialmente los Intereses patrlmonlales de
la República;
2. dlctarnlnar en los casos y con los efectos seõalados en las leyes;
3. asesorar Juridicamente a la Adminlstraclón Pública en la forma que determine la ley. y
4. los demás deberes y atrlbuclones que flje la ley.

CAPíTULO 111
DEL PODER JUDICIAL
SECCIÓN I
DE LAS DISPOSICIONES GENERALES
Articulo 247. DE LA FUNCIÓN YDE LA COMPOSICIÓN
EI Poder Judicial es el custodlo de esta Constltución. La Interpuesta. Ia cumple y la hace
cumpllr.
La adminlstración de juStlcia está a cargo dei Poder Judicial. ejercldo por la Corte Su-
prema de Justlcla. por los trlbunales y por los juzgados. en la forma que establezcan esta
Constltuclón y la ley.
Articulo 248. DE LA INDEPENDENCIA DEL PODER JUDICIAL
Queda garantlzada la independencla dei Poder Judicial. Sólo éste puede conocer y deci-
dir en actos de carácter contencioso.
En ningún caso los miembros de los otros poderes. ni otros funclonarlos. podrán arrogarse
atrlbuclones judiciales que no estén expresamente establecldas en esta Constltuclón. nl
revtvlr procesos fenecidos. ni paralizar los existentes. nl Intervenlr de cualquler modo en los
julclos. Actos de esta naturaleza conllevan nulidad Insanable. Todo elIo sln perjulclo de las
declslones arbltrales en el ámblto dei derecho privado. con las modalidades que la ley deter-
mine para asegurar el derecho de defensa y las soluciones equltatlvas.
Los que atentasen contra la Independencla dei Poder Judicial y la de sus magistrados.
quedarán Inhabllitados para ejercer toda funclón públtca por cinco aôos consecutivos. ade-
más de las penas que flje la ley.
Articulo 249. DE LA AUTARQUÍA PRESUPUESTARlA
EI Poder Judicial goza de autonomia presupuestarla. En el Presupuesto General de la
486
CONSTITUCION DE LA REP!JSLlCA DEL PARAGL!ÁY/ TEXTO

Nación se le asignará una cantidad no inferior aI tres por ciento deI presupuesto de la Admi-
nlstraclón Central.
EI presupuesto deI Poder Judicial será aprobado por el Congreso, y la Contraloría Gene-
ral de la República veríficará todos sus gastos e Inverslones.
Artículo 250. DEL JURAMENTO O PROMESA
Los ministros de la Corte Suprema de Justlcla prestarán juramento o promesa ante el
Congreso, ai asumir sus cargos. Los Integrantes de los demás tribunales y de los juzgados lo
harán ante la Corte Suprema de Justicia.
Articulo 251. DE LA DESIGNACIÓN
Los miembros de los tribunales y juzgados de toda la República serán designados por la
Corte Suprema de Justicia, a propu esta en tema dei Consejo de la Magistratura.
Articulo 252. DE LA INAMOVILIDAD DE LOS MAGISTRADOS
Los magistrados son Inamovibles en cuanto ai cargo, a la sede o ai grado, durante el
término para el cuai fueron nombrados. No pueden ser trasladados ni ascendidos sln su con-
sentimlento previo y expreso. Son designados por períodos de cinco anos, a contar de su nom-
bramiento.
Los magistrados que hubiesen sido confirmados por dos períodos siguientes ai de su
elección, adquleren la inamovilidad en el cargo hasta el Iímite de edad establecido para los
miembros de la Corte Suprema de Justicla.
Artículo 253. DEL ENJUICIAMIENTO Y DE LA REMOCIÓN DE LOS MAGISTRADOS
Los magistrados judiciales sólo podrán ser enjuiciados y removidos por la comisión de
delitos. o mal desempeno de sus funciones definido en la ley, por decisión de un Jurado de
enjuiciamiento de magistrados. Éste estará Integrado por dos ministros de la Corte Suprema
de Justicia, dos miembros dei Consejo de la Magistratura, ,dos senadores y dos diputados;
éstos cuatro últimos deberán ser abogados. La ley regulará el funcionamiento dei Jurado de
enjuiciamlento de magistrados.
Artículo 254. DE LAS INCOMPATIBILIDADES
Los magistrados no pueden ejercer, mientras duren en sus funciones, otro cargo públi-
co o privado, remunerado o no, salvo la docencia o la investigaclón científica, a tiempo parcial.
Tampoco pueden ejercer el comercio, la industria o actividad profesional o política alguna, ni
desempenar cargos en organismos ofidales o privados, partidos, asoclaciones o mov1mlentos
políticos.
Artículo 255. DE LAS INMUNIDADES
Ningún magistrado Judicial podrá ser acusado o Interrogado judicialmente por las opi-
niones emitidas en el ejercicio de sus funciones. No podrá ser detenido o arrestado sino en
caso de flagrante delito que merezca pena corporal. Si así ocurriese la autoridad intemnlente
debe ponerlo bajo custodia en su residencia, comunicar de inmediato el hecho a la Corte
Suprema de Justicia, y remitir los antecedentes aI juez competente.
Artículo 256. DE LA FORMA DE LOS JUICIOS
Los juiclos podrán ser oralesy públicos, en la forma y en la medida que la ley determine.
Toda sentencia judicial debe estar fundada en esta Constitución y en la ley. La crítica a
los fallos es lIbre.
EI proceso laboral será oral y estará basado en los prlnclplos de Inmediatez, economía y
concentración.
Artículo 257. DE LAOBLlGACIÓN DE COLABORAR CON LA JUSTICIA
Los órganos dei Estado se subordlnan a los dictados de la ley, y las personas que ejercen
funciones ai selvicio dei mlsmo están obligadas a prestar a la adminlstraclón de justicia toda
la cooperaclón que ella requiera para el cumplimiento de sus mandatos,

SECCIÓN II
DE LA CORTE SUPREMA DE JUSTICIA
Artículo 258. DE LA INTEGRACIÓN Y DE LOS REQUISITOS
La Corte Suprema de Justlcia estará Integrada por l1ueve miembros, Se organizarán en
salas, uno de las cuales será constitucional. Eleglrá de su seno, cada ano, a su Presidente.
Sus mlembros lIevarán el título de Ministro,
487
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Son requisitos para Integrar la Corte Suprema de Justicla, tener naclonalidad paragua-
ya natural. haber cumplido trelnta y cinco afios. poseer título unlversltarlo de Doctor en De-
recho y gozar de notorla honorabllldad. Además. haber ejercido efectlvamente durante el tér-
mino de diez afios, cuanto menos. Ia profesión, la magistratura judicial o la cátedra universi-
tarla en materla jurídica. conjunta, separada o suceslvamente.
Articulo 259. DE LOS DEBERES YDE LAS ATRIBUCIONES
Son deberes y atrlbuciones de la Corte Suprema de Justlcla:
1. ejercer la superlntendencla de todos los organismos dei Poder Judicial y decidir, en
Instancla única. los conflictos de jurlsdlcclón y de competencla, conforme con la ley:
2. dictar su proplo reglamento Interno. Presentar anualmente, una memorla sobre las
gestlones realizadas, el Estado. y las necesldades de la justlcla nacional a los Poderes
Ejecutivo y Legislativo:
3. conocer y resolver en los recursos ordinarlos que la ley determine:
4. conocer y resolver. en Instancla originaI, los hábeas corpus, sin peIjulcio de la com-
petencla de otros jueces o trIbunale~:
5. llOnocer y resolver sobre inconstituclonalldad;
6. conocer y resolver en el recurso de casación, en Ia forma y medida que estabIezca la
ley:
7. suspender preventivamente por si o a pedido deI Jurado de Enjuiclarnlento de Magistra-
dos por mayoría absoluta de votos de sus mlembros, en el ejerciclo de sus funciones, a
magistrados judiclales eqjuiclados, hasta tanto se dicte resoIuclón definitiva en el caso:
8. supervisar los institutos de detenclón y recluslón;
9. entender en las contlendas de competenclas entre el Poder Ejecutlvo y los goblernos
departamentales y entre éstos y los munlclpios, y
10. los demás deberes y atrlbuciones que flje esta Constltución y las leyes.
Articulo 260. DE LOS DEBERES YDE LAS ATRIBUCIONES DE LA SALA CONSTITUCIONAL
Son deberes y atrlbuciones de Ia Sala Constltjicional:
1. conocer y resolver sobre la Inconstltuclonalldad de las leyes y de otros Instrumentos
normativos, declarando la lnaplicabilidad de las disposiciones contrarias a esta Constltu-
ción en cada caso concreto y en fallo que sólo tendrá efecto con relación a ese caso, y
2. decidir sobre la Inconstltucionalldad de Ias sentencias definitivas o lnterlocutorlas,
declarando la nulidad de las que resulten contrarias a esta Constltuclón.
Elprocedimiento podrá lnlclarse por acclón ante la Sala Constitucional de la Corte
Suprema de Justlcia. y por via de la excepclón en cualquler instancla, en cuyo caso se eleva-
rán los antecedentes a la Corte.
Articulo 261. DE LA REMOCIÓNY CESACIÓN DE LOS MINISTROS DE LACORfE SUPREMA DE
JUSTICIA
Los ministros de la Corte Suprema de Justlcla sólo podrán ser removidos por juicio
político. Cesarán en eI cargo cumplida la edad de setenta y cinco afios.

SECCIÓN 111
DEL CON5EJO DE LA MAGISTRATURA
Articulo 262. DE LA COMPOSICIÓN
EI Consejo de la Magistratura está compuesto por:
1. un miembro de la Corte Suprema de Justlcla, designado por ésta;
2. un representante deI Poder Ejecutlvo;
3. un Senador y un Diputado, ambos nominados por su Cámara respectiva;
4. dos abogados de la matrícula. nombrados por sus pares en elecclón dlrecta:
5. un profesor de las facultades de Derecho de la Universldad Nacional, elegido por sus
pares,y
6. un profesor de las facultades de Derecho con no menos de velnte afios de funclona-
mlento, de las Universidades privadas. elegido por sus pares.
La ley reglamentará los sistemas de elecclón pertinentes.

488
CONSTITUCIÓN OELA REPÚBUCA DEL PARAGUAY / TEXTO

Articulo 263. DE LOS REQUISITOS Y DE LA DURACIÓN


Los mlembros deI Consejo de la Magistratura deben reunir los slgulentes requisitos:
Ser de naclonalldad paraguaya. haber cumplldo trelnta y cinco anos. poseer título uni-
versltarlo de abogado. y. durante el término de diez anos cuanto menos. haber ejercldo efec-
tlvamente la profesión. o desempenado funciones en la magistratura judicial. o ejercldo la
cátedra universltarla en materla jurídica. conjunta. separada o alternativamente.
Durarán tres anos en sus funciones y gozarán de iguales inmunldades que los Minis-
tros de la Corte Suprema de Justlcia. Tendrán las incompatibilidades que establezca la ley.
Articulo 264. DE LOS DEBERES Y DE LA ATRlBUCIONES
Son deberes y atrlbuclones dei Consejo de la Magistratura:
1. proponer las temas de candidatos para integrar la Corte Suprema de Justlcla. previa
selección basada en la idoneidad. con consideraclón de méritos y aptltudes. y elevarias
a la Câmara de Senadores para que los designe. 'con acuerdo dei Poder Ejecutlvo:
2. proponer en temas a la Corte Suprema de Justlcia. con Igual crlterlo de selecclón y
examen. los nombres de candidatos para los cargos de miembros de los trIbunales Infe-
riores. los de los jueces y los de los agentes f1scales;
3. elaborar su proplo reglanlento. y
4. los demás deberes y atrlbuciones que fljen esta Constltuclón y las leyes.
Articulo 265. DEL TRIBUNAL DE CUENTAS Y DE OTRAS MAGISTRATURAS Y ORGANISMOS
AUXILIARES
Se establece el tribunal de cuentas. La ley determinará su composlción y su competencla.
La estructura y las funciones de las demás magistraturas judlclales y de organismos
auxiliares. así como las de la escuela judicial. serán determinadas por la ley.

SECCIÓN IV
DEL MINISTERIO PÚBLICO
Articulo 266. DE LA COMPOSICIÓN Y I)E LAS FUNCIONES
EI Mlnlsterío Público representa a la sociedad ante los órganos jurisdiccionales dei Es-
tado. gozando de autonomía funcional y administrativa en el cumpllmiento de sus deberes y
atrlbuciones. Lo ejercen el Fiscal Generàl dei Estado y los agentes flscales. en la forma deter-
minada por la ley.
Articulo 267. DE LOS REQUISITOS
Para ser Fiscal General dei Estado se requiere tener nacionalidad paraguaya; haber
cumplido treinta y cinco anos. poseer título universitarlo de abogado. haber ejercido efectlva-
mente la profesión o funciones o la magistratura judicial o la cátedra unlversltarla en mate-
ria jurídica durante dnco aflos cuanto menos. conjunta. separada o sucesivamente. Tlene
las mismas incompatibilidades e inmunidades que las establecldas para los magistrados dei
Poder Judicial.
Articulo 268. DE LOS DEBERES Y DE LAS ATRlBUCIONES
Son deberes y atrlbuclones deI Ministerlo PúbliCO:
1. velar por el respeto de los derechos y de las garantias constltuclonales;
2. promover acción penal pública para defender el patrlmonio público y social. el medio
ambiente y otros Intereses dlfu80s. así como los derechos de los pueblos Indígenas:
3. ejercer acción penal en los casos en que. para Iniciaria o prosegulrla. no fuese nece-
saria Instancia de parte. sln peIjulclo de que elJuez o tribunal proceda de oficio. cuando
lo determine la ley:
4. recabar Informaclón de los funclonarlos públicos para el mejor cumpllmlento de sus
funciones. y
5. los demás deberes y atrlbuciones que fije la ley.
Articulo 269. DE LA ELECCIÓN Y DE LA DURACIÓN
EI IClscal General deI EstMC' t1ene InamoviUdacL Dura cinco anos en sus funciones y
puede ser reelecto. Es nombrado por el Poder Ejecutlvo. con acuerdo dei Senado. a propuesta
en terna dei Consejo de la Magistratura.
489
PARLAMEIVTO CULTURAL DEL MERC01UR (PARCUM)

Articulo 270. DE LOS AGENTES FISCALES


Los agentes fiscales son designados. en la mlsma fonna que establece esta Constltución
para los jueces. Duran en sus funciones y son remoV1dos con Iguales procedlmlentos. Además.
tlenen las mismas Incompatibilidades e Inmunidades que las detennlnadas para los integran-
tes deI Poder Judicial.
Articulo 271. DE LA POSESIÓN DE LOS CARGOS
EI Fiscal General dei Estado presta juramento o promesa ante el Senado. mlentras los
agentes fiscales lo efectúan ante la Corte Suprema de Justlcla.
Articulo 272. DE LA POLlCÍA JUDICIAL
La ley podrá crear una Policia Judicial. dependlente deI Poder Judicial. a fin de colabo-
rar dlrectanlente con el Mlnisterlo Público.

SECCIÓN V
DE LA JUSTICIA ELECTORAL
Artículo 273. DE LA COMPETENCIA
La convocatorla. el juzgamiento. Ia organizaclón. Ia dlrecclón. Ia supeMslón y la V1gl-
lancia de los actos y de las cuestiones derivados de las elecclones generales. departamenta-
les y munlcipales. así como de los derechos y de los títulos de quíenes resulten elegidos.
corresponden exclusívamente a la Justlcia Electoral.
Son igualmente de su competencla las cuestiones provenientes de todo tipo de consulta
popular. como asimismo lo relativo a las elecciones y ai funcionamiento de los partidos y de
los movlmientos políticos.
Artículo 27. DE LA INTEGRACIÓN
La Justicia Electoral está integrada por un Tribunal Superior de Justicla Electoral. por
los trlbunales. por los juzgados. por las f1scalías y por los demás organismos a deflnirse en la
ley. Ia cual detenninará su organización y sus funciones.
Artículo 275. DEL TRIBUNAL SUPERIOR DE JUSTICIA ELECTORAL
EI Tribunal Superior de Justicia Electoral estará compuesto de tres miembros. quienes
serán elegidos y remoV1dos en la fonna establecida para los ministros de la Corte Suprema de
Justicia.
Los miembros dei Tribunal Supelior de Justicia Electoral deberán reunir los siguientes
requisitos: ser de nacionalldad paraguaya. haber cumplído treinta y cinco ailos. poseer título
universitario de abogado. y. durante el ténnino de dlez ailos. cuanto menos. haber ejercido
efectlvamente la profesiÓn. o desempenado funciones en la magistratura judicial. o ejercido
la cátedra universitalia en matelia juridica. conjunta. separada o alternativamente.
La ley f1jará en qué casos sus resoluciones serán recurrlbles ante la Corte Suprema de
Justicia. Ia cual lo resolverá en procedimiento sumarislmo.

CAPíTULO IV
DE OTROS ORGANISMOS DEL ESTADO
SECCIÓN I
DE LA DEFENSORiA DEL PUEBLO
Articulo 276. DEL DEFENSOR DEL PUEBLO
EI Defensor deI Pueblo es un comlsionado parlamentario cuyasfunciones son la defen-
sa de los derechos hUI1.1anos. lacanalización de reclamos· populares y la protección de los
Intereses cOl11l1Illtarios. En ningún caso tendrá función judicial nl competencia ejecutiva.
Articulo 277. DE LA AUTONOMíA. DEL NOMBRAMIENTO Y DE LA REMOCIÓN
EI Defensor deI Pueblo gozará de autonomia e inamoV1lidad. Es nombrado por mayoria de
dos tercios de la Cámara de Diputados. de una terna propuesta por el Senado. y durará cinco
ailos en sus funciones. coincidentes con el período deI Congreso. Podrá ser reelecto. Además.
podrá ser_ removido por mal desempeno de sus funciones. con el procedlmiento deI juicio
político estaolecido en esta Constitución.
Articulo 278. DE LOS REQUISITOS. DE LAS INCOMPATIBILIDADES Y DE LAS INMUNIDADES
EI Defensor deI Pueblo deberá reunir los mismos requisitos exigidos para los Diputados.
490
CONSTITUCIÓN OELA REPÚBLICA DEL PARAGUAY / TEXTO

y tlene las mlsmas Incompatibilidades e Inmunldades que las de los magistrados judlciales.
Durante su mandato no podrá fonnar parte de nlngún poder dei Estado nl ejercer actlvidad
político partidaria alguna.
Articulo 279. DE LOS DEBERES Y DE LAS ATRIBUC[ONES
Son deberes y atribuciones dei Defensor dei Pueblo:
1. reclblr e Investigar denuncias, quejas y reclamos contra vlolaclones de los derechos
humanos y otros hechos que establecen esta Constitución y la ley:
2. requerir de las autoridades en sus diversos niveles, Incluyendo los de [os órganos
policiales y los de seguridad en general, infoonaclón para el mejor ejerclclo de sus
funciones, sln que pueda oponêrsele reserva alguna. Podrá acceder a los sitlos donde se
denuncie la comlslón de tales hechos. Es tambiên de su competencla actuar de oficio:
3. emitir censura pública por actos o comportamientos contrarios a los derechos hu-
manos:
4. Infoonar anualmente de sus gestiones a las Câmaras dei Congreso:
5. elaborar y divulgar Infoones sobre la sltuaclón de los derechos humanos que, a su
juicio, requieran pronta atención pública, y
6. los demás deberes y atribuciones que fye la ley.
Articulo 280. DE LA REGULAC[ÓN DE SUS FUNC[ONES
Las funciones dei Defensor dei Pueblo serán reguladas por la ley a fln de asegurar su
eflcacia. pudiendo nombrarse defensores departamentales o municipales.

SECCIÓN 11
DE LA CONTRALORíA GENERAL DE LA REPÚBLICA
Articulo 281. DE LA NATURALEZA, DE LA COMPOS[C[ÓN Y DE LA DURAC[ÓN
La Contraloria General de la República es el órgano de control de las actlvidades económl-
cas y financieras dei Estado, de los departamentos y de las municipalidades, en la foona deter-
minada por esta Constituclón y por la ley. Gozará de autonomia funcional y administrativa.
Se compone de un Contralor y un Subcontralor, quienes deberán ser de naclonalldad
paraguaya, de treinta afios cumplldos. graduados en Derecho o en Clenclas Económlcas, Ad-
ministrativas o Contables. Cada uno de ellos será designado por la Câmara de Diputados, por
mayorla absoluta, de sendas temas de candidatos propuestos por la Cámara de Senadores,
con idêntica mayoria.
Durarán cinco afios en sus funciones, los cuales no serán coincidentes con los dei
mandato presidencial. Podrán ser confionados en el cargo sólo por un período más, con suje-
ción a los mismos trâmites. Durante tal lapso gozarán de Inamovilidad, no pudiendo ser remo-
vidos sino por la comisión de delitos o por mal desempeno de sus fúnciones.
Articulo 282. DEL INFORMEY DEL D1CTAMEN
EI Presidente de la República, en su carácter de titular de la admlnlstraclón dei Estado,
enviará a la Contraloria la liquidación dei presupuesto dei afio anterior, dentro de los cuatro
meses dei sigulente. En los cuatro meses posteriores, la Contraloría deberá elevar infoone y
dictamen ai Congreso, para que los consideren cada una de las Câmaras.
Articulo 283. DE LOS DEBERES YDE LAS ATRIBUCIONES
Son deberes y atribuciones dei Contralor General de la República:
1. el control. la vlgilancia y la fiscalización de los blenes públicos y dei patrimonlo dei
Estado, los de las entidades reglonales o departamentales, los de las municipalidades,
los dei Banco Central y los de los demás bancos dei Estado o mlxtos, los de las entidades
autónomas, autárquicas o descentralizadas, asi como los de las empresas dei Estado o
mlxtas:
2. el control de la ejecución y de la liquldación dei Presupuesto General de la Naclón:
3. el control de la ejecuclón y de la lIquldación de los presupuestos de todas las repar-
ticlones mencionadas en el inciso I, como aslmlsmo el examen de sus cuentas, fondos
·e-tnventarlos.
4. Ia fiscalizaclón de las cuentas naclonales de las empresas o entidades multlnacio-
nales, de cuyo capital participe el Estado en foona directa o Indlrecta, en los têonlnos
de los respectivos tratados:
491
PARLAME!VTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

5. el requerimlento de Informes sobre la gestión fiscal y patrimonial a toda persona o


entidad pública. mixta o privada que administre fondos. servlclos públicos o blenes dei
Estado. a las entidades reglonales o departamentales y a los munlclplos. todas las cua-
les deben poner a su dlsposlclón la documentaclón y los comprobantes requeridos para
el mejor cumpllmlento de sus funciones;
6. Ia recepción de las declaraclones juradas de blenes de los funclonarios públicos. asi
como la formaclón de un registro de las mismas. y la producclón de dlctámenes sobre la
correspondencia entre tales declaraclones. prestadas ai asumlr los respectivos cargos.
y las que los aludidos funcionarios formulen ai cesar en eUos:
7. Ia denuncia a la justicia ordlnaria y ai Poder Ejecutivo de todo delito dei cual tenga
conocimlento en razón de sus funciones específicas, slendo solidariamente responsa-
ble, por omisión o desviaclón, con los órganos sometidos a su control, cuando éstos
actuasen con deflclencia o negligencia. y
8. los demás deberes y atribuciones que flje esta Constltución y las leyes.
Articulo 284. DE LAS INMUNIDADES, DE LAS INCOMPATIBILIDADES Y DE LA REMOCIÓN
EI Contralor y el Subcontralor tendrán las mlsmas Inmunldades e Incompatibilidades
prescritas para los magistrados judiciales. En cuanto a su remoclón. se seguirá el procedi-
mlento establecido para el juicio polítiCO.

SECCIÓN 111
DE LA BANCA CENTRAL DEL ESTADO
Articulo 285. DE LA NATURALEZA, DE LOS DEBERES YDE LAS ATRlBUCIONES
Se establece una Banca Central dei Estado. en carácter de organismo técnico. EUa tie-
ne la excluslvidad de la.emisión monetaria, y conforme con los objetivos de la política econó-
mica dei Goblerno Nacional, participa con los demás organismos técnicos dei Estado, en la
formulación de las políticas monetaria. crediticia y cambiaria, slendo responsable de su eje-
cución y desarrollo, y preservando la estabilidad monetaria.
Articulo 286. DE LAS PROHIBICIONES
Se prohibe a la Banca Central dei Estado:
1. acordar créditos. directa o indirectamente. para financiar el gasto público ai margen
dei presupuesto. excepto:
I. los adelantos de corto plazo de los recursos trlbutarios presupuestados para el
afio respectivo. y
11. en caso de emergencia nacional, con resoluclón fundada dei Poder Ejecutlvo y
acuerdo de la Cámara de Senadores.
2. adoptar acuerdo alguno que establezca. dlrecta o Indlrectamente, normas o requisi-
tos diferentes o discriminatorlos y relativos a personas. instituciones o entidades que
efectúan operaciones de la misma naturaleza, y
3. operar con personas o entidades no integradas ai sistema monetarlo o financiero
nacional, salvo organismos intemaclonales.
Articulo 287. DE LA ORGANIZACIÓN Y DEL FUNCIONAMIENTO
La ley regulará la organlzaclón y funcionam lento de la Banca Central dei Estado. dentro
de las Iimltaclones previstas en esta Constltuclón.
La Banca Central dei Estado rendirá cuentas ai Poder Ejecutlvo y ai Congreso Nacional
sobre la ejecuclón de las políticas a su cargo.

TíTULO 111
DEL ESTADO DE EXCEPCIÓN
Articulo 288. DE LA DECLARACIÓN, DE LAS CAUSALES, DE LA VIGENCIA YDE LOS PLAZOS
En caso de confllcto armado Internacional. formalmente declarado o no. o de grave con-
moción interior que ponga en inmlnente peligro el Imperio de esta Constituclón o el funclo-
narnlento regular de los órganos creados por ella. el Congreso o el Poder Ejecutivo podrán
declarar el Estado de Excepclór. 'er. todc o en parte dei teffit-eFl'.l na~lonal. por uo término de
sesenta dias como máximo. En el caso de que dlcha declaraclón fuera efectuada por el Poder
492
CONSTlTUCIÓN DELA REPÚBLICA DEL PARAGUAY/ TEXTO

Ejecutlvo. Ia medida deberá ser aprobada o rechazada por el Congreso dentro dei plazo de
cuarenta y ocho horas.
Dicho término de sesenta dias podrá prorrogarse por períodos de hasta trelnta días suce-
slvos. para lo cual se requerlrá mayoría absoluta de ambas Câmaras.
Durante el receso parlamentario. el Poder Ejecutivo podrá decretar. por única vez. el
Estado de Excepción por un plazo no mayor de trelnta días. pero deberá someterlo dentro de los
ocho dias a la aprobación o rechazo dei Congreso. el cual quedará convocado de pleno derecho
a seslón extraordinaria. únlcamente para tal efecto.
EI decreto o la ley que declare el Estado de excepción contendrá las razones y los hechos
que se invoquen para su adopción. el tiempo de su vlgencia y el terrltorlo afectado. así como
los derechos que restrinja.
Durante la vigencia dei Estado de Excepclón. el Poder Ejecutivo sólo podrá ordenar. por
decreto y en cada caso. Ias sigulentes medidas: la detenclón de las personas Indiciadas de
participar en algunos de esos hechos. su traslado de un punto a otro de la República. así como
la prohibición o la restrlcción de reuniones públicas y de manifestaciones.
En todos los casos. Ias personas indiciadas tendrán la opción de salir dei país.
EI Poder Ejecutlvo informará de inmediato a la Corte Suprema de Justicla sobre los
detenidos en virtud deI Estado de Excepción y sobre ellugar de su detenclón o traslado. a fln de
hacer posible una inspección judicial.
Los detenidos en razón deI Estado de Excepclón permanecerán en locales sanos y IIm-
pios. no destinados a reos comunes. o guardarán recluslón en su propia residencia. Los tras-
lados se harán siempre a sitios poblados y salubres.
EI Estado de Excepclón no Interrumpirá el funcionamiento de los poderes deI Estado. Ia
vlgencia de esta Constituclón ni. especificamente. el hábeas corpus.
EI Congreso. por mayoría absoluta de votos. podrá dlsponer en cualquler momento el le-
vantamiento dei Estado de Excepclón. si conslderase que cesaron las causas de su declaraclón.
Una vez que flnallce el Estado de Excepclón. el Poder Ejecutivo Informará ai Congreso.
en un plazo no mayor de cinco dias. sobre lo actuado durante la vlgencla de aquél.

TíTULO IV
DE LA REFORMA Y DE LA ENMIENDA DE LA CONSTITUCIÓN
Articulo 289. DE LA REFORMA
La reforma de esta ,Constituclón sólo procederá lu ego de diez anos de su promulgaclón.
Podrán solicitar la reforma el veinticinco por ciento de los legisladores de cualquiera de
las Câmaras dei Congreso. el Presidente de la República o trelnta mil electores. en petlcUm
firmada.
La declaración de la- necesidad de laTeforma sólo será aprobada por mayoría absoluta de
dos tercios de los miembros de cada Câmara dei Congreso.
Una vez decidida la necesidad de la reforma. el TrIbunal Superior de Justlcla Electoral
llamará a elecciones dentro deI plazo de clento ochenta días, en comicios generales que no
coincidan con ningún otro.
EI número de mlembros de la Convención Nacional Constltuyente no podrá exceder dei
total de los integrantes dei Congreso. Sus condiciones de elegibllidad. asi como la determlna-
ción de sus Incompatibilldades. serán fijadas por ley.
Los convencionales tendrán las mismas inrnunidades establecidas para los mlembros dei
Congreso.
Sancionada la nueva Constltuclón por la Convención Nacional Constituyente. quedará
promulgada de pleno derecho.
Articulo 290. DE LA ENMIENDA
Transcurrldos tres anos de promulgada esta Constltución. podrán reallzarse enmien-
das a Iniciativa de la cuarta parte de los legisladores de cualquiera de las Cámaras deI Con-
greso. deI Presidente de la República o de trelnta mil electores. en peticlón firmada.
EHextõ ihttgro de lã. enmíenda deberá ser aprobado por mayoria absoluta en la Câmara de
orlgen. Aprobado el mismo. se requerlrá igual tratarniento en la Câmara revisol'Q. Si en cual-
qulera de las Câmaras no se reuniese la mayoría requerida para su aprobación. se tendrá por
rechazada la enmienda, no pudiendo volver a presentarla dentro dei término de un ano.
493
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Aprobada la enmlenda por ambas Câmaras dei Congreso. se remltirá el texto al Tribu-
nal Superior de Justicia Electoral para que. dentro dei plazo de clento ochenta días. se convo-
que a un referéndum. SI el resultado de este es afirmativo. Ia enmlenda quedará sancionada
y promulgada. incorporándose aI texto constitucional.
SI la enmlenda es derogatoria. no podrá promoverse otra sobre el mismo tema antes de
tres aflos.
No se utllizará el procedimiento Indicado de la enmlenda. sino el de la reforma. para
aquellas dlsposlclones que afecten el modo de elección, la composlclón. Ia duración de man-
datos o las atrlbuclones de cualquiera de los poderes dei Estado, o las dlsposlclones de los
Capítulos I. 11. III Y IV deI Título lI. de la Parte I.
Artículo 291. DE LA POTESTAD DE LA CONVENCIÓN NACIONAL CONSTITUYENTE
La Convenclón Nacional Constituyente es Independiente de los poderes constituídos.
Se limitará. durante el tiempo que duren sus deliberaciones, a sus labores de reforma, con
exclusión de cualquier otra tarea. No se arrogará las atribuciones de los poderes deI Estado.
no podrá sustituir a qulenes se hallen en ejerclcio de ellos. nl acortar o ampliar su mandato.

TíTULO V
DE LAS DISPOSICIONES FINALES Y TRANSITORIAS
Artículo 1. Esta Constitución entra en vigencia desde la fecha. Su promulgaclón se opera de
pleno derecho a la hora veinticuatro de la misma.
EI proceso de elaboraclón de esta Constitución. su sanclón, su promulgación y las dispo-
slclones que la integran. no están sujetas a revlslón jurisdiccional. nl a modiflcaclón alguna.
salvo lo dispuesto para su reforma o enmienda.
Queda derogada la Constitución deI 25 de agosto de 1967 y su enmienda deI afio 1977.
sln perjuiclo de lo que se dispone en el presente Título.
Artículo 2. EI Presidente de la República. el Presidente deI Congreso y el Presidente de la
Corte Suprema de Justicia. prestaran juramento o promesa de cumplir y hacer cumplir esta
Constitución, ante la Convención Nacional Constituyente el día sábado velnte de juniO de
1992,
Artículo 3. EI Presidente de la República, los Senadores y los Diputados continuarán en sus
funciones respectivas hasta que astiman las nuevas autoridades naclonales que serán elegi-
das en las elecclones generales a realizarse en 1993. Sus deberes y atribuciones serán los
establecidos por esta Constitución. tanto para el Presidente de la República como para el
Congreso. el cual no podrá ser disuelto,
Hasta tanto asuman los senadores y diputados que sean electos en las elecciones gene-
rales de 1993. el proceso de formación y sanclón de las leyes se reglrá por lo que dlsponen los
Artículos 154/167 de la Constitución de 1967,
Artículo 4. La próxima elección para designar Presidente de la República. Vlcepresldente.
senadores y diputados. gobemadores y miembros de las juntas departamentales se realizará
simultáneanlente en la fecha que determine el Tribunal Electoral de la Capital, la que deberá
ser fijada para ellapso comprendldo entre el 15 de abril y el 15 de mayo de 1993. Estas autorida-
des asumlrán sus funciones el 15 de agosto de 1993, a excepción de los mlembros deI Congreso
que lo harán el 1 de julio deI mlsmo.
Artículo 5. Los demás magistrados y funciónarios seguirán en sus cargos hasta completar el
período que hubiese detem1inado para cada uno de ellos la Constltuclón de 1967, y si. llegado
ese momento. todavía no fueran nombrados sus sucesores. contlnuarán en funciones
Interinamente hasta que se produzca su sustltución.
ElIos podrán ser reemplazados por otros funcionarios y magistrados que serán designa-
dos interinamente y de acuerdo con los mecanismos establecldos por la Constltuclón de 1967.
Los funclonarios y magistrados así designados durarán en sus cargos hasta el momento en
que sean designados sus sustltutos. de acuerdo con los mecanismos que determina esta
Constitución.
-+am1:llén-contínuar:ãn en funciones el Contralor General y el Subcontralor. hasta tanto
se designen los funcionarios que determina el artículo 281 (]e esta Constituclón,
A1tículo 6. Hasta tanto se reallcen los comiclos generales. de 1993. para eleglr Presidente de
494
CONSTlTUC/ÓN DELA REPÚBLICA DEL PARAGUAY / TEXTO

la República. Vice presidente. senadores. dlputados. gobemadores y miembros de las juntas


departamentales. segulrân. en funclón los mismos organismos electorales: Junta Electoral
Central. Junta Electoral Seccional y tribunales electorales. los que se reglrân por el Código
Electoral en todo aquello que no contradiga esta Constltuclón.
Articulo 7. La designación de funcionarios y magistrados que requleran la Intervención dei
Congreso o de cualquiera de sus Cámaras o para cargos de Instltuclones creadas por esta
Constituclón o con integración diferente a la que establecía la de 1967. no podrá efectuarse
sino después que asuman las autoridades nacionales que serân elegidas en el afto 1993. con
excepclón de lo preceptuado en el Artículo 9. de este Título.
Articulo S. Los magistrados judiciales que sean confirmados a partir de los mecanismos ordi-
narios establecidos en esta Constitución adquleren la inmovilidad permanente a que se re-
fiere el 2 2 párrafo dei Art. 252. "De la inmovilidad de los magistrados". a partir de la segunda
confirmación.
Articulo 9. Los miembros dei Jurado de Enjuiciamlento de Magistrados serândesignados a
propuesta de los respectivos poderes dentro de los sesenta dias de promulgada esta Constitu-
ción. Hasta tanto se integre el Consejo de la Magistratura. los representantes que responden
a ese cuerpo será cubiertos por un profesor de cada facultad de Derecho. a propuesta de sus
respectivos Consejos Directivos. A este jurado se le deferirá el conocimiento y el juzgamiento
de todas las denuncias actualmente existentes ante la Corte Suprema de Justicia. Hasta que
se dicte la Ley respectiva. regirâ en lo pertinente la Ley 879/81. Código de Organización
Judicial.
La duración en sus respectivos cargos de los miembros dei Jurado de enjuiciamiento de
Magistrados que sean designados en virtud de lo que dispone este artículo. será fljada por ley.
Articulo 10. Hasta tanto se designe Procurador General. los funcionarios actuales que se
desempenan en el área respectiva quedan Investidos de las atribuclones que determina el
Artículo 246.
Articulo 11. Hasta que se dicte una Ley Orgânica Departamental. los gobemadores y las
juntas departamentales elects. se reglrân sólo por las disposiclones de esta Constitución.
Los actuales delegados de gobiemo y los que se hubiesen desempenado como tales en
los aftos 1991 Y 1992, no podrân ser candidatos a gobemadores ni a diputados en las eleccio-
nes arealizarse en 1993.
Hasta tanto se dicte la Ley Orgânica Departamental. Ias juntas departamentales esta-
rân integradas por un mínimo de siete miembros y un máximo de veintiún miembros. EI
Tribunal Electoral de Asunción establecerâ el número de miembros de las juntas departa-
mentales. atendiendo a la densidad electoral de los departamentos.
Articulo 12. Las sedes actuales de las delegaciones de gobiemo. pasarân de pleno derecho y
a título gratuito a ser propiedad de los gobiemos departamentales.
Articulo 13. Si el 1 de octubre de 1992 siguen sin estar organizados electoralmente los depar-
tamentos de Chaco y Nueva Asunción, los dos diputados que corresponden a estos Departa-
mentos. serân elegidos en los colegios electorales de los departamentos de Presidente Hayes.
Boquerón y Alto Paraguay. de acuerdo con el caudal electoral de éstos.
Articulo 14. La investidura de Senador Vitalicio alcanza ai ciudadano que ejerce la Presiden-
cla de la República a la fecha de sanción de esta Constitución. sin que beneficie a ninguno
anterior.
Articulo 15. Hasta tanto se reúna una nueva Convención Nacional Constituyente. los que
partlciparon en ésta gozarân dei trato de "Ciudadano Convencional".
Articulo 16. Los bienes adquiridos por la Convenclón o donados a ella que forman parte de su
patrimonlo. serân transferidos a título gratuito ai Poder Legislativo.
Articulo 17. El depósito y conservación de toda la docllmentaclón producida por la Convención
Nacional Constitllyente. tales como los diarios y las actas de seslones plenarias y las de Comi-
slón Redactora serân confiados a la Banca Central deI Estado. a nombre y disposlción dei Poder
Legislativo. hasta que. por ley,'se disponga Sll remisión y guarda en el Archlvo Nacional.
ArticulolS. EI Poder Ejecutivo dispOndrá de inmediato la ediclón oficiai de 10.000 ejemplares
de esta Constitución en los idiomas castellano y guaranI.
495
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

En caso de duda de interpretaclón. se estará ai texto redactado en Idioma castellano.


A través dei sistema educativo. se fomentará el estudlo de la Constltuclón Nacional.
Articulo 19. A los'efectos de las IImltaclones que establece esta Constltuclón para la reelec-
clón de los cargos electivos de los diversos poderes deI Estado. se computará el actual período
inclusive.
Articulo 20. El texto originaI de la Constltuclón Nacional será firmado. en todas sus hajas. por
el Presidente y los secretarias de la Convenclón Nacional Constltuyente.
EI Acta final de la Convención. por la cual se aprueba y asienta el texto completo de esta
Constituclón, será firmada por e) Presidente y los Secretarlos de la Convenclón Nacional
Constltuyente. La fjrmarán también los Convenclonales que deseen hacerlo. de modo que se
forme un solo documento cuya custodia será confiada ai Poder Legislativo.
Queda sancionada esta ConstltuclÓn. Dada en el recinto de dellberaciones de la Con-
vención Nacional Constituyente. a los veinte días dei mes de junio de mil novecientos noven-
ta y dos. en la ciudad de la Asunclón. Capital de la República dei Paraguay.

Para esta publicación se ha seguido la verslón de .Constituclón de la República deI Paraguay.


Afio 1992». Editor Rodolfo Elena Chaves. Asunclón. 1994.
496
CONSTITUCIÓN
DELA
REPÚBLICA ORIENTAL
DELURUGUAY
CON5T/TlJCIÓN DELA REPÚBUCA ORIENTAL DEL URUGUAY

ANTECEDENTESYREFORMAS
DE LACONSTITUCIÓN
DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY

T a primera constituclón de la República Oriental dei Uruguay fue sancionada ,el 18 de


.l...t!ulio de 1830, Ésta tuvo como antecedente la constituclón dispersa y flexible que rigló a
la provlncla Oriental dei Rio de La Plata desde el ano 1825,
La Carta de 1830 comenzó a fOljar las bases dei constitucionalismo uruguayo y. en tal
sentido. adoptó la filosofia iusnaturállsta como inspiradora enmaterta de derechos y liberta-
des dei hombre,
EI Estado era confeslonal y unltario, Deflnía la forma de goblemo como representativa y
republicana, Consagró como principio de organlzaclón el de la dlvlslón de poderes. ' '
EI Poder Legislativo blcameral estaba Integrado por la Câmara de Representantes. cu-'
yos miembros eran electos dlrectamente por el Cuerpo Electoral. y por la Câmara de Senado-
res. qulenes eran elegidos en forma Indlrecta. .
La Asamblea General. órgano de reunlón de ambas Câmaras. ejercía eventual particl-
pación en el procedlmlento de elaboraclón de las leyes y era competente para designar al
Presidente de la República y a los mlembros de la Alta Corte de JUsticla. Por su parte. Ia
Comlslón Permanente tenía la mlslón de velar por la observancla de la Constitu«lón y de las
leyes durante los períodos de receso.
EI Poder Ejecutivo fue confiado ai presidente de la república.' a qulen deflnló como 'jefe
superior de la Admlnlstraclón general de la República. con competencla para designar a sus
ministros. .
EI Poder Judicial s~ organlzó con ia Alta Corte de Justicla. los Trtburiales de Apelaclo-
nes. los Juzgados de primera Instancla y los Juzgados de Paz.
Durante el slglo XIX se produjeron varias rupturas dei orden Institucional. EnJos anos
1868. i879 y 1892. al restablecerse la continuldad constitucional se sanclonaron leyes ql.\e
convalldaron los actos legislativos de los respectivos goblemosde facto. .
Se llevarqn a cabo diversos Intentos de reforma constitucional que resultarop Infruc-
tuosos debldo en parte a los compl~os procedlmlentos previstos. De allí que la Constitucibn de
1912 tuvo como objetivo modificar los mecanismos para la reforma. En apllcaclón de los mls-
mos y prevlo el acuerdo político conocldo como Pacto de los Ocho. Ia Constituyente cu\mlnó la
elaboraclón de las reformas y el Cuerpo Electoralles dio aprobaclón.
Esta constituclón entró en vigor en el ano 1919. Lamlsma Introdujo Importantes Inno-
vaclones. Mantuvo el catãlogo de derechos y libertades de la constituclón de 1830. pero prevlõ
expresamente el.recurso de hábeas corpus hasta entonces regulado mediante una ley ordl-
naria. Establecló la prohlblclón de la pena de muerte. cuya abollclón estaba prevista deseJe el
ano 1907 porvía legal. Incorporó un precepto relativo a la no taxativldad dela enumeraclón
de derechos. deberes y garantías reconocldos en la constltuclón. Respecto al ejerclclo de la
cludadanía Inlcló el proceso hacla la unlversalizaclón dei sufraglo y el tendlente ai reconoçl-
mlento dei derecho de la mujer al voto activo y paslvo. lo que se concretó en el ano i932.
EI Estado dejó de ser confeslonal. Deflnló la forma de goblemo como .democrátlca repre-
sentativa. y mantuvo en lo sustanclal la organlzaclón de los Poderes Legislativo y Judicial.
Instituyó la modalldad dei Poder Ejecutivo blcéfalo. representado por el Presidente de la
RepúbUca. electo dlrectamente por el cuerpo electoral por un único período de cUatro anos.
499
PAR4AMENTOCULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

quien podia designar y remover a sus ministros; y por otra parte. el COn5fVO Nacional. de Admi-
nistración compuesto por nueve mien:Lbros también elegidos directamente por sistema de lis-
ta incompleta. Los miembros dei consejo duraban seis afios en e1 ejerciéio de sus funciones y
se renovaban por terceras partes cada bienio. La Constitución atribuyó al Consejo Nacional
todas las funciones de administración que expresamente no estaban reseI'Vadas ai presiden-
te o a otro poder, entre éstaslas relativas a instnlcción pública. obras públicas. trabajo. indus-
trias y hacienda, asistencia e higiene, entre otros.
La cuarta constitución, en 1932. dispuso laelección directa de los miembros de la Cá-
mara de Senadores.
Tras I~ mptúra dei orden constitucional deI 31 de man:~ de' 1933. fue' elaborada y entró
en v1gor el afio siguiente, una nueva constitución. Incorporó los derechos económicos y
sociales acordes con la concepción dei constitucionalismo de la primera posguerra mundial.
En este orden de ideas reguló en forma expresa los derechos de reunión. de asociación y de
huelga. Eliminó el callficativo -sagrado. dei derecho de propledad así como también establecló
un c.onjunto de .disposiciones programáticas en materia de familia y mlnoridad y algunos
deberes de los padres para con los hijos. habidosfuera dei matrimonlo.
En cuanto a los poderes dei gobiemo previó elllamado -senado dei medio y medio', inte-
grado por treinta miembros elegidos popularmente de los cuales quince correspondían a la
Iisiainás votada dei partido más votado y qulnce a la lista más votada dei partido que le
slguiera en número de votos.
Innovó respecto de la, organización dei Poder Ejecutivo conflándolo al Presidente de la
República. quien era elegido directamente por el cuerpo electoral. actuando con él los minis-
tros respectivos yel Consejo de Ministros.
" Cop relaciónal Poder Judicial. prev1ó expresamente.1a solicitud de declaraclón de incons-
tituciOnalldad y consiguiente inaplicabllidad de las leyes en VÍas de excepción y de oficio, e
hizo exclusivamente :competente para elIo a su órgano máxlffio. denominado desde 1934.
Suprema Corte de Justicia.'
Distinguió los Elites Autónomos de los Serv1cios descentralizados que constituyen has-
ta el presente las dos grandes categorias en que se concreta la descentralizaclón de servicios.
Instituyó como órganos constitucionales a la Corte Electoral. ya creada por Ia ley de
192,4. al Tribunal de Cuentas. y dis!Juso la creaclón por ley dei Tribunal de. lo Contencioso
Administrativo. . . ,
Eri cuanfo ai gobiemo y administràción de los Departamentos prev1ó Int~ndentes Munl-
cipales y Juntas Departamentales. competentes para ejercer las funciones ejecutivas los
primeros: y'las legislativas y de controllas segundas. .
EI golpe de estado formalizado el21 de febrero de 1942. culminó con la entrada en vigor
de la constituclón dei mismo afio, quetuvo como principal objeto suprimir algunas soluciones
adoptadas por las refonnas que tuv1eron lugar en los afios 1936 y 1938. De modo tal que no
obstante esta reforma. Ia constitución de 1934 no experimentó conslderables camblos. Mere-
ce especial atehéión là incorporación dei artículo que dlspone la aplicabi\ldad Inrnedlata de
clertos preceptos aún en caso de falta de la respectiva reglamentaclón.
Con la aplicac,ón de los procedlmlentos por elIa prev1stos. se perfecclonó juridicamente
la nifonÍla constitucional de 1951. que dlo lugar a la constituclón que rigló a partir de 1952.
Acerca dei Poder Ejecutivo adóptó el sistema colegiado Integral. prev1ó la declaraclón de
incémstit'ucionalldad en via de acclón y creó dlrectamente el tribunal de lo contencioso Admi-
nistrativo.
, Laconstituclón dei afio 1967 tuvo por objetivo suprlnilr el ejecutlvo colegiado establecl-
do por la anterior constitución; rigló hasta la mptúra dei orden institucional en el afto 1973 y
núevámente entró en vlgencla en el afio 1985, oportunldad en la cual fueron convalidados los
decretos leyes expedidos por el Consejo de Estado durante el goblemo de facto.
. .Ên noviembrede 1989 fue ratificado por un plebiscito un proyecto de reforma constitu-
cional presentado .p'or Inicliltiva deI diez por ciento de los cludadanos. mediànte el cual se
\Ievó a cabo ai afto sigulente una modlflcaclón referida a los criterios para realizar los aJustes
y aumentos en jubilaciones y pensiones. .
. Por tanto. Ia constituclón umguaya v1gente es la dei afto 1967 con las enrnlendas en
v1g~rdesde mayo de 1990.

500
CONSTiTUCIÓN DELA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY / ANTECEDENTES Y REFORMAS

La nación adoptó para su gobiemo la forma democrática YJ~I!!,Ibllcana. La soberanía de


la hacfon es ejerciâadlrectamente por el Cuerpo Electoral en los casos de elecclón. Iniciativa
Y referêndurn e indirectamente por los poderes representativos que establece la constltuclón
conforme con las regias establecidas en la rnlsma.
Tamblên en el âmbito departamental la Carta preYê los Institutos de goblemo o demo-
cracia dlrecta: consagra directamente el derecho de Iniciativa y ordena ai legislador regla-
rnentar el referêndurn como recurso contra los decretos de las juntas departamentales. Asi-
mismo lo faculta para instituir y reglameqtar la iniciativa popular en materla de gobierno
departamental.
Existen. pues. amplias posibilidades de partlcipaclón popular en la producclón de nor-
mas juódicas estatales y departamentales.
A ello se aiiade que la Constltución prevê que la ley podrá declarar electlva la designa-
clón de los miembros de los dlrectorlos de los entes autónomos y servlclos descentralizados.
EI Estado. según se ha adelantado. no es confeslonal. es decir que no sostiene rellglón
a1guna pero la Iglesla Católica es la única persona juódlca privada que tlene tal calldad por
Imperlo de una norma constitucional.
EI estado es unitarlo y exlsten como rnanifestaciones de descentrallzaclón terrltoóal
las personas jurídicas gobiemos departamentales que tlenen como órganos necesar!os una
intendencla municipal y una junta departamental. cuyos soportes son electos dlrectamente
por el respectivo cuerpo electoral. AI Intendente le competen las funciones ejecutlvas y admi-
nistrativas y a la junta las funciones legislativas y de contralor en el ámblto departamental.
La constltuclón prevê además la existencia de juntas locales.
Es un estado con vocaclón por la Integración con los otros países latlnoamerlcanos. EI
cuerpo electoral. actuando en función constltuyente. ha expresado dlcha vocación en una
norma programática que expresa que la república procurará la Integraclón social y económl-
ca de los estados latlnoamerlcanos. especialmente en lo que se rcflere a la defensa común de
sus productos y materlas primas.

501
CONSTITUCIÓN DELA REPUBUCAORIENTAI. DEI. URUGUAY /tEXTO

SECCIÓNI
DE LA NACIÓN Y SU SOBERANIA
CAPiTULO I
Articulo 1. La República Oriental dei Uruguayes la aSQclación política de todos los habitantes
comprendldosdentro de su tenitorio. '
Articulo 2. Ella es y será para siempre IIbre e Independlente de todo poder.extranjero.
Articulo 3. Jamás será el patrimonlo de personas nl de famllia alguna.

CAPíTULO 11
Articulo 4. La soberanía en toda su plenltud eXiste 'radlcalmehte en 1~ Naclón. a la que Com·
pete el derecho exclusivo de establecer sus leyes. deI modo que más adelante se expresará.

CAPíTULO 111·
Articulo 5. Todos los cultos religiosos soh IIbres en el Uruguay. EI Estado no sostlene religlóh
alguna. Reconoce a la Iglesia Católica el domlnlo de todos los templos que hayan sido total o
parcialmente construidos con fondos dei Erario Nacional, exceptuándose sólo las capllIas des"
tlnadas aI semclo de asilos, hospltales, cárceles uotros estableclmlentoS, publicos. Declara;
asimismo, exentos de toda c1ase de impuestos a los templos consagrados ai culto de las diver·
sas religiones.

CAPíTULO ,IV
Articulo 6. En los tratados intemaclonales que celebre la República prQpondrá la'cláusula de
que todas las diferencias que sUr:!an entre las partes contratantes, serán decididas porei
arbltraje u otros medlos pacíficos. La República procurará la Integraclónsoclal yeconómlca
de los Estados,Latlnoamericanos, especialmente en lo que se reflere a la defensa común de
sus productos y materias primas. Aslmlsmo, propenderá a.1a efectlVacomplementaclóhde
sus semclos p ú b l i c o s . ' .

.' SECC.lÓN 11 ,
DERECHOS. DEBERES Y GARANTIAS
CAPíTULO I
Articulo 7. Los habitantes de la RepúbÚca tlenen derecho a ser protegidos en el goce de su
vida, honor, IIbertad, seguridad,trabajo y propledad. Naclle puede ser privado de e;3tos dere·,
chos sino conforme a las leyes que se establecenpor razones de Interés general.
Articulo 8. Todas las personas son iguales ante la ley no reconocléndose otra dlstlnclón entre
ellas sino la de los talentos o las virtudes. . " .
Articulo 9. Se prohíbe la fundaclón de mayorazgos. Nlnguna autoridad de ta República podrá
conceder título alguno de nobleza, nl hOJ:.lores o dlstlnclones heredltarias,. '
Articulo 10. Las acclones privadas de las personas que de nlngún modo atacan elorden
público nl per:!udican a un tercero, están exentasde la autoridad de los magistrados. '. .
Nlngún habitante de la República será obllgado a hacer io que no manda la ley;, Íllpriva·
do de lo que ella no prohíbe. . , .
Articulo 11. EI hogar es un ,sagrado InVlolable. De noche nadle p~drá entrar en'él sln cons~,n~ .
t1mlento de su jefe, y,de día, sólo de orden expresa de Juez competente, por escrito'y en los
casos determinados por la ley.
Articulo 12. Nadle puede ser penado nl cQnflnado sln fo~a de proce~o y' sentencia lega\.
Articulo 13. La ley orcUnaria podrá establecer el julclO por jurados en las causas <;rjmlnaies.
Articulo 14. No podrá Imponerse la pena de conflsCaclón de blenes por razones de caráctet
político.
Articulo 15. Nadle puede ser presoslnolnfrligantl delito ohablendo semlplena prtieba de él,
por orden escrita de Juez competente. '
503
PARLAMEN7V Cl{LTURAL DEiLMERCOSUR (PAR<:;UM)

Articulo 16. En cualqulera de los casos deI aJ:tículo anterior. el Juez. bajo la más seria respon-
sabllldad. tomará ai arrestado su de'c1aradón dentro 'de veintlcuatro horas. y dentro de cua-
renta y ocho. lo más, empezará. el sumario. ,La declaraclón dei acusado deberá ser tomada en
presencia de su defensor. Éste tend~á,t~l;>ién el deiecho de asistlr a todas las diligencias
sumartales.
ArUéÚlo' ri: Eh caJÜ;dê pi-islÓn indéblda ellnteresado ocualquler persona podrá Interponer
ante el Juez competente el recurso de "hábeas corpus". a' fin de que la autorldad aprehensora
explique YJustifique :de h'unediato io:l motivo legal de ia aprehensión, estándose a lo que decida
el Juez Indicado.
Articulo 18. Las leyes fljarán el orden y las formalidades de los julclos.
Articulo 19. Quedan prohibldos losjuldos potcomiSlón.
Artic'4o ,2~., Quedan ap~!ld!JS ibs JupuneI)tós de los acusado~en ~us declaraclones o confeslo-
nes, sobre hecho proplo: y'prohlbido el que sean tratados en eIl3,s como reos.
Articulo 21. Queda Igualmente vedado,eljulçlocrlminal en rebeldia. La ley proveerá lo con-
veniente a esterespecto.
A,rÜçulO '~2, Tod'd jUlcloç;riÍlJlnal ~mpeZará pOr acusaclón de parte o dei acusador público,
quedandO abolidas las pesqulsa,ssecretas.
Articulo 23. Todos los Jueces' son responsables' ante la'ley,' de la más pequena agreslón con-
tra los derechos de Jas personas. asi como por separarse dei orden de proceder que en eIla se
establezca.
Articulo 24. El Estado, los Goblemos Departamentales, los Entes Autónomos, los Servlclos
Descentralizados y. en general. todo órgano dei Estado, serán civilmente responsables deI
dano causado aterceroS, en laejecuclón de los servlclos públicos, confiados a su gestlón o
dlrecclón. ','
Articulo 25. Cmiridq eldano haY.a sido c~tisado por sus furiclonarlos, 'en el ejerclclo de sus
funcloÍles o'eribcasión de ese ejerClcio, en caso de haber obrado con culpa grave o dolo, el
órgariopúblicOcorrespdndiênte podrárepetlr' contra dlos. io 'que hublere pagado en repara-
clón.
Articulo 26. A nadle se le aplicará la pena de muerte. ,
En ningún caso se permitirá que Ias"éfu.~eies sltVan,p;rra mortificar, y si sólo para asegurar a
los procesados y penados, perslgulendo su reeducaclón, la: aptltud para el trabajo y la profllaxls
deI delito.
Artic:ulo27,' En cualquler estado de urJa causacrlmin~ de que no haya de resultar pena de
pe';1~tenclaria, Iqs Juéces podtãn poneI; ai acusado, eri Iibertad. dando ftanza según la ley.
Articulo' 28.Los papeies, d,e los p;0ICulares.y SU \~orrespondenCia epistolar. telegráfica o de
cu~,\u~~~ ou:a ,esp~cle. ,s,on invlqlables., ~ nunci!- podrá~acers~ su registro, examen o Inter-
ceptaclón slnó conforine a las leyes que se estableéleren por razones de Interés general.
Articulo 29. Es enteramente Iibre en toda materla la com~nlcaclón de pensamlentos por
paiabràs: 'escrttéis privados 'o pt\6Úcados en la prensá, o por cualquler otra forma de cilvulga-
clón, sln necesidad de previa: censura; quedando'responsable eI autor v, en su caso, el Impre-
soro emlsor. con <irreglo a;la ley por los abusos que cometleren. ' " ,
Articulo SO: Todo habltantetléne derecho' de'petlclón para ante todas y cualesqulera autorl'
dadesde lá Repúblicà.' " ' , ' '
Articulo 31. La segurldad Individuai no podrá suspenderse sino con la anuencla de la Asam-
blea Gerieraf o estando ésta dlsUelta o en teceso, de la c:ornlslón Permanente, y en el caso
eXtracll'dlriai-io de tralcl6li o' cónsplnltlón contra la patria: y entonces sólo para la aprehensión
de los delincuentes. sln peIjulclo dê lo dlspuesto ei)'ellnclso 17del articulo 168.
Articulo 32. La propledad'e~ un i:lt~rechoinVioiable,pero'sujeto a'lo que dlspongan las leyes
quê sé establecleteil por tazones' de Iilterés general. Nadle podiâ ser privado de su derecho de
propledadsino, en los (:asos,de'necesldad,o,utilldad públicas'establecldos por una ley y recl-
blendo slempre dei Tesoro Nacional una justa y previa compensaclón. Cuando se declare la
exproplaclón p,or Causa de,!l~Cef?ldild o utlljdad ,pl.Íbllcas, se indemnizará a los propletarlos por
los. danos y peIjulclos que sufrleren en razón de la duraclón dei procedlmlento exproplatorlo,
504
CONSTlTUCION DELA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGLlAY/ TEXTO

se consume o no la exproplaclón; Incluso los que derlven de las varlaclones en el valor de la


morieda. '
Articulo 33. EI trabajo Intelectual. el derecho dei autor. dei Inventor o dei artista. serán reco-
nocldos y protegidos por la ley.
la
Articulo 34. Toda riqueza artística o histórica dei país. sea qulen fuere su dueiio. constltu-
ye el tesoro cultural de la Naclón; estará bajo la salvaguardla dei Estado y la ley establecerá lo
que estime oportuno para su defensa.
Articulo 35. Nadle será obligado a prestar auxillos. sean d~ la c1ase que fueren. para los
ejércltos. nl a franquear su casa para alojamlento de ml1ltares. sino de orden dei magistrado
civil según la ley. y reclblrá de la República la indemnlzaclón dei peIjulclo que en tales ,cà,sos
se le Inflera. -
Articulo 36. Toda persona puede dedlcarse ai trabajo. cultivo. Industrla. comercio. profeslón o
cualquler otra actlvldad lícita. salvo las limltaclones de Interés general que establezcan las
leyes.
Articulo 37. Es Iibre la entrada de toda persona en el terrltorlo de la República. su permanen-
cla en él y su sallda con sus blenes. observando las leyes y salvo peIjulclos de terceros.
La inmigración deberá Ser reglamentada por la ley. pero en ningún caso el Inmlgrante
adolecerá de defectos fislcos. mentales o morales que puedan peIjudlcar a la socledad.
Articulo 38. Queda garantido el derecho de reunlón pacífica y sln armas. EI ejerclclode este
derecho no podrá ser desconocldo por nlnguna autorldad de la República sino en vlrtud de una
ley. y solamente en cuanto se oponga a la salud. Ia seguridad y el orden públicos..
Articulo 39. Todas las personas tlenen el derecho de asoctarse. cualqulera sea el objeto que
perslgan. slempre que no constltuyan una asoclaclón ilícita declarada por la ley.

CAPÍTULO 11
Articulo 40. La familla es la base de nuestra sociedad. El Estado velará por su estabilldqd
moral y material. para la mejor formaclón de los hljos dentro de la socledad.
Articulo 41. EI cuidado y educación de los hijos para que éstos 'alcancen su plena capacidad
corporal. intelectual y social. es un deber y un derecho de los padres.. Qulenes tengan a su
cargo numerosa prole tlenen derecho a auxl1ios compensatorlos. slempre que los neceslten.
La ley dlspondrá las medidas necesarlas para que la Infancla y juventud sean protegi-
das contra el abandono corporal. Intelectual o moral de sus padres o tutores. así como contra
la explotación y el abuso.
Articulo 42. Los padres tienen para con los hijos habldos fuera dei matrlmonlo los mlsmos
deberes que respecto a los nacidos en él.
La maternidad. cualquiera sea la condiclón o estado de la mujer. tlene derecho a la
protección de la sociedad y a su asistencla en c,aso de desamparo.
Articulo 43. La ley procurará que la delincuencta infantil esté sometlda a un régimen espe-
cial en que se dará partlclpaclór:1 a la mujer.
Articulo 44. EI Estado legislará en todas las cuestlones relacionadas con la salud e higiene
públicas. procurando el perfecclonamlento fislco. moral y social de todos los habitantes dei
país.
Todos los habitantes tlenen el deber de cuidar su salud. así como el de aslstlrse en caso
de enfermedad. EI Estado proporcionará gratuitamente los medios de prevenclón y de aslsten-
cla tan sólo a los Indigentes o carentes de recursos suficientes.
Articulo 45. Todo habitante de la República tlene derecho a gozar de vivienda decorosa. La ley
propenderá a asegurar la vivlendà higlénica y económlca. facl1ltando su adqulslclón y esti-
mulando la Inverslón de capltales privados para ese fln.
Articulo 46. EI Estado dará asl10 a los indigentes o carentes de recursos suficientes que. por
su inferlorldad física o mental de carácter crónico. estén inhabl1ltados para el trabajo.
EI Estado combatlrá por medio de la ley y de las Convenciones Intemaclonales. los vicios
soclales. '
Articulo 47. La protecclón dei medlo ambiente es de Interés general. Las personas deberán

505
PARLAMENTO CULTURAL DEL M'fRCOSUR (PARCVM)

abstenerse de cualquier acto que cause depredaclón. destrucelón o contamlnaclón graves ai


medlo ambiente. La Ley reglamentará esta dlsposlclón y podrá prever sanciones para los
transgesores.
Articulo 48. EI derecho sucesorlo queda garantido dentro de los límltes que establezca la ley.
La línea recta ascendente y la descendente tendrán un tratamlento preferencial en las leyes
Impositivas.
Articulo 49. EI "blen de famllla". su constitución. conservaclón. goce y transmlslón. serán
objeto de una leglslaclón protectora especial.
Articulo 50. EI Estado orientará el comercio exterior de la República proteglendo.las activida-
des productivas cuyo destino sea la exportaclón o que reemplacen blenes de Importaclón. La
ley promoverá las inversiones destinadas a este fino y encauzará preferentemente con este
destino el ahorropúbllco.
Toda organlzaclón comerciai o industrial trustlflcada estará bajo el contralor deI Estado.
Aslmlsmo el Estado Impulsará políticas de descentrallzaclón. de modo de promover el
desarrollo regional y el bienestar general.
Articulo 51. EI Estado o los Goblernos Departamentales. en su caso. condlclonarán a su ho-
mologaclón. el estableclmlento y la vigencia de las tarifas de semclos públicos a cargo de
empresas conceslonarias. .
Las eonceslones a que se refiere este artículo no podrán darse a perpetuldad en nln-
gún caso.
Articulo 52. Prohíbese la usura. Es de orden público la ley que seiíale límite máximo ai Illte-
rés de los préstamos. Ésta determinará la pena a apllcarse a los contraventores.
Nadie podrá ser privado de su IIbertad por deu das.
Articulo 53. EI traba,jo está bajo la protección especial de la ley.
Todo habitante de la República. sin peIjuicio de su libertado tiene el deber de aplicar sus
energías Intelectuales o corporales en forma que redunde en beneficio de la colectlv1dad. Ia
que procurará ofrecer. con preferencla a los cludadanos. Ia posibllldad de ganar su sustento
mediante el desarrollo de una actividad econÓmlca. '
Articulo 54. La ley ha de reconocer a qulen se hallare en una relaclón detrabajo o semclo.
cQmo obrero o empleado. Ia independencla de su conciencla moral y cívica: la justa remUIle-
raclón: la IImitaclón de la jornada: el descanso semanal y la higiene fislca y moral.' ,
EI traba,jo de las mujeres y de los menores de.dleciocho afios será especialmente regla-
mentado y limitado.
Articulo 55. La ley reglamentará la dlstrlbución Imparcial y equltativa deI trabajo.
Articulo 56. Toda empresa cuyas características determinen la permanencla deI personal en
el respectivo estableclmlento. estará obllgada a proporclonarle allmentaclón y alojamlento
adecuados. en las condiciones que la ley establecerá.
Articulo 57. La ley promoverá la organlzaclón de slndjcatos gremlales. acordándoles franqul-
clas y dictando nornlas para reconocerles personeria juridlca.
Promoverá. aslmlsmo. Ia creaclón de tnbunales de conclllaclóp y arbitraje.
Declárase que la hiJelga es un derecho gremial. Sobre esta base se reglamentará su
ejerclclo y efectivldad.
Articulo 58; Los funclonarios estãn aI servlcio de la Naclón y no de una fracclón política.En
los lugares y las horas de trabajo. queda prohlblda toda actlv1dad ajena a la funclón. repután-
dose ilícita la dingida a fines de proselitismo de cualquler especle.
No podrán constitulrse agrupaclones con fines proselltistas utillzándose las denomlna-
clones de repartlciones públicas o Invocándose el vínculo que la funclón determine entre sus
Integrantes.
Articulo 59. La ley establecerá ei Estatuto'deI Funcionario sobre la base fundamental de que
el funcionano existe para la funclón y no la funclón para el funclonano.
Sus preceptos se apllcarán a los funclonanos dependientes:
A)--Del Poder Ejecutivo. con excepción de los militares. pollclales ydlplomátlcos; que se
reglrán por leyes especiales.
506
CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

B) Del Poder Juélicial y dei Tribunal de lo Contencioso Administrativo. salvo en lo relati-


vo,a los cargos de la Judicatura.
C) Del Tribunal de Cuentas.
Dl De la Corte Electoral y sus dependencias. sin peIj~lcio de las regias destinadas a
asegurar el contralor de los partidos políticos.
E) De los Servlc,ios Descentralizados. sin peIjuicio de lo que a su respecto se disponga
'por leyes especiales en atención a la diversa índole de sus cometidos.
Articulo 60. La ley creará el Servicio Civil de la Administración Central. Entes Autónomos y
Servicios Descentralizado~. que tendrá los ,cometidos que ésta establezca para asegurar una
adminlstración eficiente.
Establécese la carrera administrativa para los funcionarios presupuestados de la Admi-
nistración Central. que se declaran inamovibles. sin peIjulciode lo que, sobre el particular
disponga la ley por mayoría absoluta de votos dei total de componentes de cada Cámara y de lo
establecido en el Inciso cuarto de este artículo.
Su destltución sólo podrá efectuarse de acuerdo con las regias establecidas en la pre-
sente Constitudón.
No están comprendidos en lacarrera administrativa los funcionarios de carácter políti-
co o de particular confianza. estatuidos. con esa calidad. por ley aprobada por mayoría absoluta
de votos dei total de componentes de cada Cámara. los que serán designados y podrán ser
destituidos por el órgano administrativo correspondiente.
Articulo 61. Para los funclonarios de carrera. el Estatuto dei Funcionario establecerá las condi-
ciones de ingreso a la Administración. reglamentará el derecho a la permanencia en el cargo. ai
ascenso. ai descanso semanal y ai régimen de I1cencia anual y por enfermedad: las condiciones
de la suspenslón o dei traslado: sus obligaclones funcionales y los recursos administrativos
contra las resoluciones que los afecten. sln peIjuicio de lo dispuesto en la Sección XVII.
Articulo 62. Los Gobiemos Departamentales sancionarán el Estatuto para sus funcioml1ios.
ajustándose a las normas establecidas en los artículos precedentes. y mientras no lo hagan
regirán para ellos las disposiciones que la ley establezca para los funcionarios públ1cos.
A los efectos de declarar la amovilidad de sus funcionarios y de calificar los cargos de
carácter político o de particular confianza. se requerirán los tres quintos dei total de compo-
nentes de la Junta Departamental.
Articulo 63. Los Entes Autónomos comerciales e industriales proyectarán. dentro dei afio de
promulgada la presente Constltución. el Estatuto, para los funcionarios de su dependencia. el
cuaJ será sometldo a la aprobación dei Poder Ejecutlvo.
Este Estatuto contendrá las disposiclones conducentes a asegurar el normal funciona-
miento de los servicios y las regias de garantía establecidas en los artículos anteriores para
los funcionarios. en lo que fuere conciliable con los fines específicos de cada Ente Autónomo.
Articulo 64. La ley. por dos tercios de votos dei total de componentes de cada Cámara. podrá
establecer nonnas especiales que por su general1dad o naturaleza sean aplicables a los fun-
cionarios de todos los Gobiemos Departamentales y de todos los Entes Autónomos. o de algu-
nos de ellos. según los casos.
Articulo 65. La ley podrá autorizar que en los Entes Autónomos se constltuyan comisiones re-
presentativas de los personaJes respectivos. con fines de colaboración con los Directores para el
cumpl1miento de las regias dei Estatuto. el estudio dei ordenamiento. presupuestal. Ia organlza-
ción de los servicios. reglamentaclón dei trabajo y apl1cación de las medidas discipl1narias.
En los servicios públ1cos administrados directamente' o por concesionarios. Ia ley podrá
disponer la formación de órganos competentes para entender en las desintel1gencias entre
las autoridades de los servicios y sus empleados y obreros: así como los medios y procedimien-
tos que pueda emplear la autoridadpública para mantener la contlnuidad de los servicios.
Articulo 66. Ninguna Investigación parlamentaria o administrativa sobre irregularidades.
omisiones o del1tos, se considerará concluida mientras el funcionario inculpado no pueda
presentar sus descargos y articular su defensa.
Articulo 67. Las jubilaciones generales y seguros soclales se organizarán en forma de garan-
tizar a todos los trabajadores. patronos. empleados y obreros. retiros adecuados y subsidios
para los casos ele accldente~Lenfennedad. Inval1dez._desocupactón-forzosa._etc.:-y--a-sus-fam}
507
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

lias. en caso de muerte. Ia pensión correspondlente. La pensiõn a la veJez constltuye un


derecho para el que Ilegue allímite de la edad productiva. después de larga permanencla en el
país y carezca de recursos para subvenir a sus necesldades vitales.
Los ajustes de la aslgnaciones de Jubllación y penslõn no podrán ser Infenores a la
vadaclón deI Indice Medlo de SaladOs, y se efectuarán en las mlsmas oportunidades en que
se establezcan ajustes o aumentos en las remuneraclones de los funcionados de la Adminls-
traclón Central.
Las prestaclones previstas en el Inciso antenor se financlarán sobre la base de:
A) Constrlbuclones obreras y patronales y demás tributos establecidos por ley. Dlchos
recursos no podrán ser afectados a fines aJenos a los precedentemente mencionados, y
B) La asistencla financlera que deberá proporcionar el Estado. si fuera necesado.
Articulo 68. Queda garantida la Iibertad de ensefianza.
La ley reglamentará la intervenclón deI Estado ai solo objeto de mantener la higiene, la
moralidad. Ia segurldad y el orden públicos.
Todo padre o tutor t1ene derecho a eleglr, para la ensefianza de sus hlJos pupilos. los
maestros o instituciones que desee.
Articulo 69. Las Instltuciones de ensefianza privada y las culturales de la rnlsma naturaleza
estarán exoneradas de Impuestos naclonales y municlpales. como subvenclón por sus servi-
cios.
Articulo 70. Son obligatOlias la ensefianza primada y la ensefianza media. agrada o industIial.
EI Estado propenderá ai desarrollo de la investigación científica y de la ensefianza técnica.
La ley proveerá lo necesado para la efectividad de estas dlsposlclones.
Articulo 71. Declárase de utllldad social la gratuldad de la ensefianza oficiai primada. me-
dia. superior, industnal y artística y de la educación fislca: la creaclón de becas de perfeccio-
namiento y especlalización cultural. científica y obrera. y el establecímlento de bibliotecas
populares. '
En todas las Instituciones docentes se atenderá especialmente la formaclón dei carác-
ter moral y cívico de los alumnos.
CAPíTULO 111
Artículo 72. La enumeraclón de derechos. deberes y garantías hecha por la Constltu-
dón, no excluye los otros que son inherentes a la personalidad humana o se derlvan de la
forma republicana de goblerno.

SECCIÓN 111
DE LA CIUDADANíA Y DEL SUFRAGIO
CAPíTULO I
Articulo 73. Los ciudadanos de la República Orientai deI Uruguay son naturales o legales.
Articulo 74. Ciudadanos naturales son todos los hombres y muJeres nacldos en cualquler
punto deI territorlo de la República. Son también cludadanos naturales los hlJos de padre o
madre orlentales, cualqulera haya sld,o el lugar de su nacimlento, por el hecho de avecinarse
en el país e inscrlbirse en el Registro Cívico.
Articulo 75. Tlenen derecho a la cludadanía legal:
A) Los hombres y las mUJeres extranJeros de buena conducta. con famllla constitulda en la
República, que poseyendo algún capital en giro o propledad en el país. o profesando alguna
ciencla, arte o industna, tengan tres afios de resldencla habituai en la República.
B) Los hornbres y las mUJeres extranJeros de buena conducta. sln famiUa constitulda en
la República, que tengan alguna de las cualidades deI inciso anterior y cinco afios de
resldencia habituaI en el país.
C) Los hombres y las mUJeres extranJeros que obtengan gracla especial de la Asamblea
General por servlclos notables o méritos relevantes.
loa-prueba-de--)a-res1dencia-deberã-fundarse'lndlspen-saolemente 'en InstrumentO
público o privado de fecha comprobada.
508
CON5T1TUCIÓN DE LA REPÚBUCA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

Los derechos Inherentes a la cludadanía legal no podrán ser ejercldos por los extranje-
ros comprendldos en los Incisos A) y B) hasta tres anos después dei otorgamlento de la respec-
tiva carta.
La exlstencia de cualesqulera de las causales de suspenslón a que se refiere el artículo
80, obstará ai otorgamlento de la carta de la cludadanía,
Articulo 76. Todo ciudadano puede ser lIamado a los empleos públicos. Los ciudadanos legales no
podrán ser designados sino tres anos después de habérseles otorgado la carta de cludadanía.
No se requerlrá la cludadanía para el desempeno de funciones de profesor en la ense-
nanza supeIior.

CAPÍTULO 11
Articulo 77. Todo ciudadano es mlembro de la soberanía de la Naclón; como tal es elector y
eleglble en los casos y formas que se designarán.
EI sufraglo se ejercerâ en la forma que determine la Ley pero sobre las bases slgulentes:
1°) InscIipclón obllgatoIia en el Registro Cívico.
2°) Voto secreto y obllgatoIio. La Ley, por mayoIia absoluta dei total de componentes de
cada Câmara, reglamentará el cumpllmlento de esta obllgaclón.
3°) Representaclón proporcional Integral.
4°) Los magistrados judlclales, los miembros dei TIibunal de lo Contencioso Administra-
tivo y dei TIibunal de Cuentas, los Dlrectoies de los Entes Autónomos y de los Serviclos
Descentralizados, los militares en actlvldad, cüal~ra sea su grado, y los funclonaIios
pollclales de cualquler categoria. deberán abstenerse; bajo pena de destltuclón e Inha-
bllitaclón de dos a dlez anos pata ocupar cualquler empleopúbllco. de formar parte de
comislones o clubes políticos, de suscIiblr manlfiestos de partido, autorizar el uso de su
nombre y, en general, ejecutar cualquler otro acto público o pIivado de carácter político,
salvo el voto. No se considerará Inclulda en estas prohlblclones, la concurrencla de los
Dlrectores de los Entes Autónomos y de los Servlcios Descentralizados a los organismos
de los partidos que tengan como cometido específico el estudio de problemas de gobier-
no, leglslaclón y admlnistraclón.
Será competente para conocer y aplicar las penas de estos delitos electorales. Ia
Corte Electoral. La denuncia deberá ser formulada ante ésta por cualqulera de las Cá-
maras, el Poder Ejecutlvo o las autoIidades naclonales de los partidos.
Sln perjuicio de lo dlspuesto anteIiormente, en todos los casos se pasarán los
antecedentes a la justlcla ordlnaIia a los demás efectos a que hublere lugar.
5°) El Presidente de la República y los mlembros de la Corte Electoral no podrán formar
parte de comlslones o clubes políticos. nl actuar en los organismos dlrectlvos de los parti-
dos. ni Intervenir en nlnguna forma en la propaganda política de carácter electoral.
6°) Todas las corporaclones de carácter electlvo que se deslgnen para Intervenlr en las
cuestlones de sufraglo, deberán ser elegidas con las garantias consignadas en este
artículo.
7°)Toda nueva ley de Registro Cívico o de Elecclones, así como toda modificación o Inter-
pretaclón de las vigentes, requeIirá dos terclos de votos dei total de componentes de
cada Câmara. Esta mayoría especial reglrá sólo para las garantías dei sufragio y elec-
clón, composlclón. funciones y procedlmlentos de la Corte Electoral y corporaclones
electorales. Para resolver en mateIia de gastos. presupuestos y de orden Interno de las
mismas, bastará la slmple mayoria.
8°)La ley podrá extender a otras autoIidades por dos terclos de'votos dei total de compo-
nentes de cada Câmara, la prohlblción de los numerales 4° y 5°.
gO) La elecclón de los mlembros de ambas Câmaras dei Poder Legislativo y dei Presiden-
te y Vlcepresldente de la República, así como la de cualquler órgano para cuya constltu-
clón o Integración las leyes establezcan el procedlmlento de la elecclón por el Cuerpo
Electoral a excepción de los refeIidos en el Inciso tercero de este numeral. se realizará
el último domingo dei mes de octubre cada cinco anos, sln perjulclo de lo dlspuesto en
los artículos 148 Y 151.
.L.asJis1as.de candldat.()S paFa ambas 6âmarasypara etPreSlâente y Vlcepreslden-
509
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

te de la República deberán figurar en una hoja de votaclón Individualizada con el lema


de un partido político.
La elección de los Intendentes. de los mlembros de las Juntas Departamentales y
de las demás autoridades locales electivas. se realizará el segundo domingo dei mes de
mayo dei afio sigulente aI de las elecclones naclonales. Las listas de candidatos para los
cargos departamentales deberán figurar en una hoja de votaclón indlVldualizada con el
lema de un partido político.
10) Nlngún Legislador ni Intendente que renuncie a su cargo después de Incorporado ai
mlsmo. tendrá derecho ai cobro de nlnguna compensación nl paslvldad que pudiera
corresponderle en razón dei cese de su cargo. hasta cumplido el periodo completo para el
que fue elegido. Esta dlsposiclón no comprende a los casos de renuncia por enfermedad
debldanlente justificada ante Junta Médica. ni a los autorizados expresamente por los
tres quintos de votos dei total de componentes dei Cuerpo a que correspondan. ni a los
Intendentes que renunclen tres meses antes de la elecclón para poder ser candidatos.
11) EI Estado velará por asegurar a los Partidos políticos la más amplia libertado Sin
peIjuicio de ello. los partidos deberán:
a) ejercer efectivanlente la democracia Interna en la elecclón de sus autoridades:
b) dar la máxima p~lblicldad a sus Cartas Orgánicas y Programas de Prlnclplos. en
fonna tal que el ciudadano pueda conocerlos ampliamente.
12) Los partidos políticos elegirán su candidato a la Presldencia de la República median-
te elecciones Internas que reglamentará la ley sancionada por el voto de los dos tercios
dei total de componentes de cada Cámara. Por Idéntlca mayoría determinará la forma
de eleglr el candidato de cada partido a la Vlcepresldencla de la República y. mientras
dlcha ley no se dicte. se estará a lo que a este respecto resuelvan los órganos partida-
rios competentes. Esta ley determinará además. Ia forma en que se suplirán las vacan-
tes de candidatos a la Presidencia y la Vlcepresidencia que se produzcan luego de su
elección y antes de la elección nacional.
Articulo 78. Tienen derecho ai sufraglo. sin necesldad de obtener previamente cludadania
legal. los hombres y las mujeres extranjeros. de buena conducta. con familla constltulda en la
República. que poseyendo algún capital en giro o propiedad en el país. o profesando alguna
clencla. arte o Industria. tengan residencla habitual de qulnce aflos. por lo menos..en la
República.
La pmeba de la residencia se fundará indlspensablemente en Instrumento público o
privado de fecha comprobada. y si la justlficación fuera satlsfactorla para la autoridad encar-
gada de juzgarla. el extranjero quedará habilitado para el ejerclclo dei voto desde que se Ins-
criba en el Registro. Civlco. autorizado por la certlficaclón que, a los efectos, le extenderá
aquella mlsma autoridad.

CAPiTULO 111
Articulo 79. La acumulaclón de votos para cualquler cargo electlvo, con excepclón de los de
Presidente y Vicepresidente de la República. se hará mediante la utlUzaclón dei lema dei
partido político. La ley por el voto de los dos terclos dei total de componentes de cada Cámara
reglamentará esta disposiclón.
EI velntlcinco por clento dei total de inscriptos habilitados para votar. podrá Interponer.
dentro dei afio de su promulgación. el recurso de referéndum contra las leyes y ejercer el
derecho de Iniciativa ante el Poder Legislativo. Estos Institutos no son aplicables con respecto
a las leyes que establezcan tributos. Tampoco caben en los casos en que la Iniciativa sea
privativa deI Poder Ejecutlvo. Ambos institutos serán reglamentados por ley. dlctada por ma-
yoriaabsoluta dei total de componentes de cada Cámara.

CAPÍTULO IV
Articulo 80. La ciudadania se suspende:
t"1 Por irreptlttrd flsica o mental que Impida obrar libre y reflexivamente.
2°) Por la condiclón de legalmente procesado en causa criminal de que pueda resultar
pena de penitenciaria.
510
CONSTlTUCIÓN DE LA REPÚBUCA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEX70

3°) Por no haber cumplldo dieciocho afios de edad.


4°) Por sentencia que Imponga pena de destlerro, prlslón, penitenciaria o Inhabllltaclón
para el ejercicio de derechos políticos durante el tlempo de la condena.
5°) Por el ejercicio habitual de actlvidades moralmente deshonrosas, que determinará
la ley sancionada de acuerdo con el numeral 7° deI artículo 77.
6°) Por formar parte de organizaciones sociales o políticas que, por medlo de la vlolencla.
o de propaganda que incitase a la violencia, tlendan a destruir las bases fundamentales
de la naclonalidad. Se consideran tales, a los efectos de esta disposlción. Ias contenidas
en las Secciones I y 11 de la presente Constltuclón.
7°) Por la falta supervlniente de buena conducta exigida en el artículo 75.
Estas dos últimas causales solo regirán respecto de los cludadanos legales.
EI ejerciclo deI derecho que otorga el artículo 78 se suspende por las causales enumera-
das precedentemente.

CAPíTULO V
Articulo 81. La nacionalidad no se plerde ni aun, por naturalizarse en otro país, bastando
simplemente, para recuperar el ejercicio de los derechos de cludadanía, aveclnarse en la
República e inscrlbirse en el Registro Cívico. '
La ciudadanía legal se pierde por cualquler otra forma de naturalización ulterior.

SECCIÓN IV
DE LA FORMA DE GOBIERNO Y SUS DIFERENTES PODERES
CAPíTULO ÚNICO
Articulo 82. La Nación adopta para su Gobierno la forma democrática republicana.
Su soberanía será ejerclda directamente por el Cuerpo ElectÇlral en los casos de elec-
ción, iniciativa y referéndum, e indlrectamente por los Poderes representativos que estable-
ce esta Constltuclón: todo 'confoffile a las regIas expresadas en la mismá.

SECCIÓNV
DEL PODER LEGISLATIVO·
CAPíTULO I
Articulo 83. EI Poder Legislativo será ejercido' por la Asamblea General.
Articulo 84. Esta se compondrá de dos Câmaras: una de Representantes y otra de Senadores.
las que actuarán separada o conjuntamente. según las distintas dlsposiciones de la presente
Constltuclón.
Articulo 85. A la Asamblea General compete:
1°) Formar y mandar publicar los Códigos.
2°), Establecer los Tribunales y arregl'ar la Admlnlstración de Justlcla y de lo Contencio-
so Administrativo.
3°) Expedir leyes relativas a la independencia. segurldad, tranqullidad y ,decoro de la
República: protecclón de todos los derechos individuales y fomento de la ilustración,
agricultura. industrla. comercio Interior y exterior. '
4°) Establecer las contrlbuciones necesarias para cubrlr los presupuestos, su dlstrlbu-
clón, el orden de su recaudaclón e inverslón, y suprimir. modificar o aumentar las
existentes.
5°) Aprobar o reprobar, en todo o en parte. Ias cuentasque presente el Poder Ejecutlvo.
6°) Autorizar. a iniciativa deI Poder EJecutlvo, la Deuda Pública Nacional, consolidarIa,
designar sus garantias y reglamentar el Crédito público, requlrléndose, en los tres prl-
meros casos. la mayoria absoluta de votos dei total de componentes de cada Câmara.
'7°) Decretar la guerra y aprobar o reprobar por mayorla absoluta de votos deI total de
componentes de cada Câmara. los tratados de paz. allanza. comercio y las convenciones
o contratos de cualquier naturaleza que celebre el Poder Ejecutlvo con potenclas ex-
tranJeras.
511
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

8°) Designar todos: los anos la fuerza annada necesarla. Los efectivos militares sólo
podrán ser aumentados por la mayoria absoluta de votos dei total de componentes de
cada Câmara.
9°) Crear nuevos Departamentos por mayoria de dos terclos de votos deI total de compo-
nentes de cada Câmara; fijar sus límites; habilitar puertos; establecer aduanas y dere-
chos de exportaclón e Importación aplicándose. en cuanto a estos últimos. lo dlspuesto
en el artículo 87: así como declarar de interés nacional zonas turistlcas. que serán
atendidas por el Ministerlo respectivo.
10) Justificar el peso. ley y valor de las monedas; fljar el tipo y denomlnaclón de las
mismas. y arreglar el sistema de pesas y medidas.
11) Pennltir o prohlblr que entren tropas extranjeras en el terrltorlo de la República.
detenllinando para el prlmer caso. el tlempo en que deban sallr de éI. Se exceptúan las
fuerzas que entran ai solo efecto de rendir honores. cuya entrada será autorizada por el
Poder Ejecutlvo.
12) Negar o conceder la salida de fuerzas naclonales fuera de la República. sefialando.
para este caso. el tiempo de su regreso a ella..
13) Crear o suprimir empleos públicos. detenninando sus dotaclones o retiros. yapro-
bar. reprobar o dlsminulr los presupuestos que presente el Poder Ejecutlvo: acordar
pensiones y recompensas pecunlarlas o de otra c1ase y decretar honores públicos a los
grandes serviclos.
14) Conceder indultos por dos tercios de votos 'deI total de componentes de la Asamblea
General en reunión de ambas Câmaras. y acordar amnlstlas en casos extraordlnarlos.
por mayoría absoluta de votos deI total de componentes de cada Cámara.
15) Hacer los reglamentos de miliclas y detenninar el tiempo y número en que deben
reunlrse.
16) Eleglr ellugar en que deban residir las prlmeras autoridades de la Naclón.
17) Conceder monopolios. requlrléndose para ello dos terclos de votos deI total de compo-
nentes de cada Câmara. Para Instltulrlos en favor deI Estado o de los Goblemos Depar-
tamentales. se requerlrá la mayoría absoluta de votos deI total de componentes de cada
Cámara.
18) Elegir. en reunlón de ambas Câmaras. los mlembros de la Suprema Corte de Justi-
cia. de la Corte Electoral. deI TrIbunal de lo Contencioso Administrativo y deI TrIbunal
de Cuentas. con sujeción a lo dlspuesto en las Secclones respectivas.
19) Juzgar políticamente la conducta de los Ministros de Estado. de acuerdo a lo dlspues-
to en la Sección VIII.
20) Interpretar la ConstituciÓn. sln peIjulcio de la facultad que corresponde a la Supre-
ma Corte de Justlcia. de acuerdo con los articulos 256 a 261.
Articulo 86. La creación y supreslón de empleos yservicios públicos; la fljaclón y modlflca-
clón de dotaciones. así como la autorlzaclón para los gastos. se hará mediante lasleyes de
presupuesto. con sujeción a lo establecido en la Sección XIV.
Toda otra ley que signifique gastos para el Tesoro Nacional. deberá Indicar los recursos
con que serán cublertos. Pero la Iniciativa para la creaclón de empleos. de dotaciones o reti-
ros. o sus aumentos. aslgnaclón o aumento de pensiones o recompensas pecunlarlas. esta-
blecimlento o modlflcaclones de causales. cómputos o beneficios jubilatorlos corresponderá,
privativamente. al Poder Ejecutivo.
Articulo 87. Para sancionar Impuestos se necesltará el voto confonne de la mayoría absoluta
deI total de componentes de cada Câmara.

CAPíTULO (I
Articulo 88. La Câmara de Representantes se compondrá de noventa y nueve mlembros
elegidos dlrectamente por el pueblo. con arreglo a un sistema de representaclón proporcional
en el que se tomen en cuenta los votos emitidos a favor de cada lema en todo el país.
No podrá efectt:iarse acumulaclón por sublemas. nl por Identldad de listas de candidatos.
CO,rresponderán a cada Departamentó, dos Representantes. por lo menos.
512
CONSTITUCIÓNDELA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY /TEXTO

EI número de Representantes podrá ser modificado por la Ley la que requerirá para su
sanción. dos tercios de votos deI total de los componentes de cada Cámara.
Articulo 89. Los Representantes durarán cinco anos en sus funciones y su elección se efec-
tuará con las garantías y conforme a las normas que para el sufragio se establecen en la
Sección IlI.
Articulo 90. Para ser Representante se necesita ciudadanía natural en ejercicio. o legal con
cinco anos de ejercicio. y. en ambos casos. veinticinco anos cumplidos de edad.
Articulo 91. No pueden ser Representantes:
1°) EI Presidente y el Vicepresidente de la República. los miembros deI Poder Judicial.
deI Tribunal de Cuentas. deI Tribunal de lo Contencioso Administrativo. de la Corte
Electoral. de 10sConsejos o Directorios o los Directores de los Entes Autónomos y de los
Servicios Descentralizados. de las Juntas Departamentales. de las Juntas Locales y los
Intendentes.
2°) Los empleados militares o civiles dependientes de los Poderes Legislativo. Ejecutivo
o Judicial. de la Corte Electoral. deI Tribunal de lo Contencioso Administrativo y deI de
Cuentas. de los Gobiemos Departamentales. de los Entes Autónomos y de los Servlcios
Descentralizados. por servictos a sueIdo. con excepción de los retirados o jubilados. Esta
disposiclón no rige para los que desempenen cargos universitar10s docentes o universita-
rios técnicos con funciones docentes; pero si el elegido opta por continuar desempenándo-
los. será con carácter honorario por el tiempo que dure su mandato. Los militares que
renuncien aI destino y ai sueldo para ingresar ai Cuerpo Legislativo. conservarán el grado.
pero mlentras duren sus funciones legislativas no podrán ser ascendidos. estarán exentos
de toda subordinaclón militar y no se contará el tiempo que permanezcan desempenando
funciones legislativas a los efectos de la antigüedad para el ascenso.
Articulo 92. No pueden ser candidatos a Representantes el Presidente de la República. el
Vicepresidente de la República y los ctudadanos que hubiesen sustituldo a aquél. cuando
hayan ejercldo la Presldencia por más de un ano. continuo o discontinuo. Tampoco podrán
serlo los Jueces y Fiscales Letrados. ui los Intendentes. ni los funcionarios policiales en los
Departamentos en que desempenan sus funciones. ni los m1l1tares en la región en que ten-
gan mando de fuerza o ejerzan en actividad alguna otra funclón militar. salvo que renuncien
y cesen en sus cargos con tres meses de anticipación alacto electoral.
Para los Consejeros y Directores de los Entes Autónomos y de los Servlcios Descentrali-
zados se estará alo previsto en el artículo 201.
Articulo 93. Compete a la Cámara de Representantes el derecho exclusivo de acusar ante la
Cámara de Senadores a los mlembros de ambas Cámaras. ai Presidente y el Vicepresidente de
la República. a los Ministros de Estado. a los miembros de la Suprema Corte de Justicia. deI
Tribunal de lo Contencioso Administrativo. deI Tribunal de Cuentas y de la Corte Electoral. por
violación de la Constitución u otros delitos graves. después de haber conocido sobre ellos a peti-
ción de parte o de algunos de sus miembros y declarado haber lugar a la formación de causa.

CAPíTULO 111
Articulo 94. La Cámara de Senadores se compondrá de treinta miembros. elegidos directa-
mente por el pueblo. en una sola circunscripción electoral. conforme con las garantías y las
normas que para el sufragio se establecen en la Sección 111 y a lo que expresan los artículos
siguientes.
Será integrada. además. con el Vicepresidente de la República. que tendrá voz y voto y
ejercerá su Presidencia. y la de la Asamblea General.
Cuando' pase a desempenar definitiva o temporalmente la Presldencia de la República o
en caso de vacancla definitiva o temporal de la Vicepresidencia. desempenará aquellas presi-
dencias el primer titular de la lista más votada dei lema más votado y. de repetirse las mis-
mas circunstancias. el titular que le siga en la misma lista. En tales casos se convocará a su
suplente. quien se incorporará aI Senado.
Articulo 95. Los Senadores serán elegidos por el sistema de representación proporcional in-
tegraI.
Articulo 96. La distribución de los cargos de Senadores obtenidos por diferentes sub-lemas

513
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

dentro dei mismo lema partidario, se hará también proporcionalmente al número de votos
emitidos a favor de las respectivas listas.
Articulo 97. Los Senadores durarán cinco anos en sus funciones.
Articulo 98. Para ser Senador se necesita ciudadanía natural en ejerclclo o legal con siete
anos de ejerciclo, y, en ambos casos, trelnta anos cumplidos de edad.
Articulo 99. Son aplicables a los Senadores las Incompatibilidades a que se reflere el artículo
91, con las excepclones en el mismo establecidas.
Articulo 100. No pueden ser candidatos a Senadores los Jueces y Fiscales Letrados, nl los
funcionarios policiales, ni los militares con mando de fuerza o en ejerclclo de alguna actlvi-
dad militar, salvo que renunclen y cesen en sus cargos con tres meses de anticlpaclón ai acto
electoral.
Para los Consejeros y Directores de Entes Autónomos y de los Serviclos Descentraliza-
dos se estará a lo previsto por el artículo 201.
Articulo 101. EI ciudadano que fuere elegido Senador y Representante podrá optar entre uno
y otro cargo.
Articulo 102. A la Câmara de Senadores corresponde abrir juicio público a los acusados por la
Câmara de Representantes o la Junta Departamental, en su caso, y pronunciar sentencia al
solo efecto de separarlos de sus cargos, por dos terclos de votos dei tt'tal de sus componentes.
Articulo 103. Los acusados, a quienes la Câmara de Senadores haya separado de sus cargos
de acuerdo con lo dispuesto en el artículo anterior, quedarán, no obstante, sujetos a juicio
conforme a la ley.

SECCIÓNVI
DE LAS SESIONES DE LA ASAMBLEA GENERAL.
DISPOSICIONES COMUNES A AMBAS CÁMARAS.
DE LA COMISIÓN PERMANENTE.
CAPíTULO I
Articulo 104. La Asamblea General empezará sus sesiones el primero de marzo de cada ano,
seslonando hasta el quince de diclembre, o sólo hasta el quince de setlembre, en el caso de
que haya elecclones, deblendo entonces la nueva Asamblea empezar sus sesiones el qulnce
de febrero siguiente.
La Asamblea General se reunirá en las fechas Indicadas sln necesldad de convocatoria
especial dei Poder Ejecutlvo y presidirá sus sesiones y las de la Câmara de Senadores hasta la
toma de posesión deI Vicepresldente de la República, el primer titular de la lista de Senadores
más votada deI lema más votado.
Sólo por razones graves y urgentes la Asamblea General o cada una de las Câmaras, así
como el Poder Ejecutivo, podrán convocar a seslones extraordinarias para hacer cesar el rece-
so y con el exclusivo objeto de tratar los asuntos que han motivado la convocatoria así como el
proyecto de ley declarado de urgente conslderación que tuviere a estudlo aunque no estuviere
Incluido en aquélIa. Asimismo, el receso quedará automátlcamente suspendido para la Cá-
mara que tenga o reciba, durante el transcurso dei mismo, para su consideración, un proyec-
to con dedaración de urgente consideración.
La simple convocatoria a seslones extraordlnarias no bastará para hacer cesar el receso
de la Asamblea General o de cada una de las Câmaras, Para que el receso se Interrumpa, debe-
rán realizarse efectivamente seslones y la interrupción durará m1entras éstas se efectúen.

CAPíTULO II
Articulo 105. Cada Câmara se gobernará interiormente por el reglamento que se dicte, y,
reunidas ambas en Asamblea General, por el que ésta establezca.
Articulo 106. Cada Câmara nombrará su Presidente y Vicepresidente, a excepclón dei Presi-
dente de la Câmara de Senadores, respecto al cual reglrá lo dispuesto en el artículo 94,
A,rticulo 107. Cada Câmara nombrará sus Secretarios y.el personal de su dependencia, de'
514
CONSTITuelóN OELA REpÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY/ TEXTO

confonnldad con las dlsposlclones reglamentarlas que deberá establecer contemplando las
regias de garantias previstas en los artículos 58 a 66. en lo que corresponda.
Articulo lOS. Cada Cámara aprobará dentro de los doce prtmeros meses de cada Legislatura.
sus presupuestos, por tres quintos de votos dei total de sus componentes y lo comunicará ai'
Poder Ejecut~p.J!f.1L-qlle-Ios_lncluya_en el Presupuesto· Naclonalc -Estos-presupuestos se '
estructurarán por programas y se les dará. además, amplia dlfuslón pública.
Dentro de los cinco prlmeros meses de cada perlodo legislativo. podrá, por el mlsmo
quórum, establecer las modlficaclones que estime Indlspensables.
SI vencidos los plazos el presupuesto no hubiera sido aprobado. continuará rlglendo el
anterior.
Articulo 109. Nlnguna de las Cámaras podrá abrir sus seslones mlentras no esté reunida
más de la mltad de sus mlembros. y si esto no se hublera realizado el dia que senala la
Constltución. Ia minoria podrá reunlrse para compeler a los ausentes bajo las penas que
acordare.
Articulo 110. Las Cámaras se comunlcarán por escrito entre si y con los demás Poderes. por
medlo de sus respectivos Presidentes. y con autorlzaclón de un Secretario.
Articulo 111. Las pensiones graclables serán resueltas mediante el voto secreto y requerl-
rán la confonnldad de la mayoria absoluta dei total de componentes de cada Cámara.
Los reglamentos de cada Cámara podrán establecer el voto secreto para los casos de
venlas y deslgnaclones.

CAPITULO 111
Articulo 112. Los Senadores y los Representantes jamás serán responsables por los votos y
oplnlones que emitan durante el desempeno de sus funciones.
Articulo 113. Nlngún Senador o Representante, desde el dia de su elecclón hasta el de su
cese, puede ser arrestado. salvo en el caso de delito Infragantl y entonces se dará cuenta
inrnedlata a la Cánlara respectiva. con la Infonnaclón sumaria dei hecho.
Articulo 114. Nlngún Senador o Representante. desde el día de su elecclón hasta el de su cese.
podrá ser acusado criminalmente. nl aun por delitos comunes que no sean de los detallados en
el artículo 93. sino ante su respectiva Cámara. Ia cual, por dos terclos de votos dei total de sus
componentes, resolverá si hay lugar a la fonnaclón de causa. y, en caso afirmativo. lo declarará
suspendido en sus funciones y quedará a disposiclón dei Tribunal competente.
Articulo 115. Cada Cámara puede correglr a cualqulera de sus mlembros por desorden de
conducta en eldesempeno de sus funciones y hasta suspenderlo en el ejerClclo de las mls-
mas, por dos terclos de votos dei total de sus componentes.
Por Igual número de votos podrá removerlo por Imposlbilldad fislca o incapacldad mental
supervlnlente a su incorporaclón, o por actos de conducta que le hlcleren Indigno de su cargo,
después de su proclamaclón.
Bastará la mayoria de votos de presentes para admitir las renuncias voluntarlas.
Articulo 116. Las vacantes que por cualquier motivo se produzcan en cada Legislatura. se
llenarán por los suplentes deSignados ai tlempo de las elecclones. dei modo que expresará la
ley. y sln hacerse nueva elecclón.
La ley podrá autorizar tamblén la ,convocatorla de suplentes por Impedimento temporal
o licencia de los Legisladores titulares.
Articulo 117. Los Senadores y Representantes serán compensados por sus servlclos con una
aslgnaclón mensual que perclblrán durante el ténnlno de sus mandatos. sin peIjulclo de los
descuentos que correspondleran, de acuerdo con el reglamento de la respectiva Cámara. en
caso de Inaslstencias Injustificadas a las sesiones de la Cámara que integran o de las coml-
slones Infonnantes de que fonnan parte.
Tales descuentos, en todo caso, se fljarán proporcionalmente a la aslgnac!ón.
La aslgnaclón será fijada por dos terclos de votos dei total de componentes de la Asam-
blea General, en reunlón de ambas Cámaras. en el último período de cada Legislatura, para
los mlembros de la slgulente. Dlcha compensación les será satlsfecha con absoluta Indepen-
dencla dei Poder Ejecutlvo y fuera de ella. los Legisladores no podrán reclblr beneficios econó-
micos de nlnguna naturaleza que derlven dei ejerClclo de su cargo.
515
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

CAPíTULO IV
Articulo 118. Todo Legislador puede pedir a los Ministros de Estado. a la Suprema Corte de
Justicia. a la Corte Electoral.. aLTribunatde lo Contencioso Adrntnlstrativo yal Tribunal de
Cuentas. los datos e informes que estime necesanos para lIenar su cometido. EI pedido se
hará por escrito y por intermedio dei Presidente de la Cámara respectiva. el que lo trasmltlrá
de tnmedlato ai órgano que corresponda. SI éste no facilitare los tnformes dentro dei plazo que
fljará la ley. el Legislador podrá solicltarlos por intermedlo de la Cámara a que pertenezca.
estándose a lo que ésta resuelva.
No podrá ser objeto de dicho pedido lo relacionado con la materlay competenciajurlsdlc-
cionales deI Poder Judicial y dei Tribunal de lo Contencioso Admtnistrativo.
Articulo 119. Cada una de las Cámaras tiene facultad. por resolución de un terclo de votos
deI total de sus componentes. de hacer venlr a Sala a los Mtnlstros de Estado p!U"a pedlrles y
reclblr los informes que estime convenientes. ya sea con ftnes legislativos. de Inspecclón o
de flscalizaclón. stn peIjulcio de lo dispuesto en la Secclón VIII.
Cuando los tnformes se refleran a Entes Autónomos o Servlcios Descentralizados. los
Ministros podrán requerlr la asistencla conjunta de un representante dei respectivo Consejo
o Dlrectorlo.
Articulo 120. Las Cámaras podrán nombrar comlsiones parlamentarias de tnvestigadón o
para sumtnlstrar datos con ftnes legislativos.
ArtiC910 121. En los casos previstos en los tres artículos anteriores. cualqulera de las Cáma-
ras podrá formular declaraclones. sln peIjulcio de lo dlspuesto en la Secclón VIII.

CAPíTULO V
Articulo 122. Los Senadores y los Representantes. después de Incorporados a sus respectivas
Cámaras. no podrán reclbir empleos rentados de los Poderes dei Estadb. de los Oobiemos
Departamentales. de los EnteG Autónomos. de los Servidos Descentralizados o de cualquier
otro órgano público nl prestar serviclos retrlbuldos por ellos en cualquier forma. sin consenti-
mlento de la Cámara a que pertenezcan. quedando en todos los casos vacante su representa-
clón en el acto de reclblr el empleo o de prestar el servido.
Cuando un Senador sea convocado para ejercer temporalmente la Presldencla de la
República y cuando los Senadores y los Representantes sean lIamados a desempenar Mlnis-
terlos o Subsecretarias de Estado. quedarán suspendidos en sus funclol}es legislativas.
sustituyéndoseles. mlentras dure la suspenslón. por el suplente correspondiente.
Articulo 123. La funclón legislativa estamblén Incompatible con el ejerdclo de todo otro
cargo público electivo. cualquiera sea su naturaleza.
Articulo 124. Los Senadores y los Representantes tampoco podrán durante su mandato:
l°)Intervenlr como dlrectores.admtnlstradores o empleados en empresas que contra-
ten obras o sumtnistros con el Estado. los Ooblemos Departamentales. Entes Autóno-
mos. Serviclos Descentralizados o cualquler otro órgano público.
2°)Tramitar o dirigir asuntos de terceros ante la Admlnlstraclón Central. Oobiemos
Departamentales. Entes Autónomos y Servicios Descentralizados.
La Inobservancia de lo preceptuado en este artículo tmportará la pérdlda Imnedlata dei
cargo legislativo.
Articulo 125. La tncompatibilldad diSpu esta por ellnclso prlmero dei artículo 122. a1canzará
a los Senadores y a los Representantes hasta un afio después de la termlnaclón de su manda-
to. salvo expresa autorlzación de la Cámara respectiva.
Articulo 126. La ley. por mayoria absoluta de votos dei total de componentes de cada Cámara,
podrá reglamentar las prohlblclones establecldas en los dos artículos precedentes o estable-
cer otras. así como .extenderlas a los tntegrantes de otros órganos.

CAPITULO VI
Articulo 127. Habrá una Comlsión Permanente compuesta de cuatro Senadores y slete Re-
presentantes elegidos por el sistema proporcionai. designados unos y otros. por sus respecti-
vas Cámaras. Será Presidente de la mlsma un Senador de la mayoria.
516
CONSTI7UCION DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY/ TEXTO

La deslgnaclón se hará anualmente. dentro de los qulnce días de la constltuclón de la


Asamblea General o de la Inlclaclón de cada peóodo de seslones ordlnarlas de la Legislatura.
-l\rticulo 128. AI II)lsmo tlempo que se haga esta elecclón. se hará la de un suplente para
cada uno de los once mlembros que entre alienar sus funclones_en_los casos de enfermedad.
ffiuerte-u--otros-que ocurran. aeIos titulares.
Articulo 129. La Comlslón Permanente velará sobre la observancla de la Constltuclón y de
las leyes. haclendo ai Poder Ejecuttvo las advertenclas convenientes al efecto. bajo responsa-
bl1tdad para ante la Asamblea General actual o slgulente. en su caso.
Articulo 130. Para el caso de que dlchas advertenclas. hechas hasta por segunda vez, no
surtleran efecto, podrá por sí sola. según la importancla o gravedad dei asunto, convocar a la
Asamblea General. . .
En el caso de que el Presidente de la República hublere hecho uso de la facultad otorga-
da por el artículo 148, Inciso 7°, la Comlslón Permanente dará cuenta a la Asamblea General
al constttulrse las nuevas Câmaras o ai reiniciar sus funciones las anteriores.
Articulo 131. Ejercerá sus funciones desde la fecha Indicada por la Constltuclón para la
Inlclaclón dei receso de la Asamblea General. hasta que se relnlclen las seslones ordlnarlas.
Los asuntos de competencla de la Comlslón Permanente que se encuentren a estudlo
de la Asamblea General o de la Câmara de Senadores en la fecha indicada para la Inlclaclón
dei receso, pasarán de oficio a conoclmlento de aquélla.
No obstante. Interrumpldo el receso y mlentras dure 1'1 peóodo de seslones extraordlna-
rias. la Asamblea General o la Câmara de Senadores podrán, cuando así lo resuelvan. asumlr
jurisdlcclón en los asuntos de su competencla que se encuentren a conslderaclón de la Co-
mlslón Permanente. previa comunlcaclón a este Cuerpo.
Terminadas las seslones extraordlnarias. los asuntos no resueltos sobre los que hayan
asumldo jurisdlcclón la Asamblea General o la Câmara de Senadores, serán remitidos de
oficio. por la Mesa respectiva. a laComlslón Permanente.
En cada nuevo peóodo de seslones extraordlnarias que se reallce durante el receso ó la
Asamblea General o la Câmara de Senadores. podrán hacer uso de la facultad que les acuerda
este artículo.
Terminado el receso los asuntos sln resoluclón a conoclmlento de la Comlslón Perma-
nente pasarán de ofiCio ai Cuerpo que corresponda.
No afectará la obllgaclórt y la responsabllldad que Impone a la Comlslón Permanente el
artículo 129, la clrcunstancla de que la Asamblea General o cualqulera de las Câmaras se
reúnan en seslones extraordlnarias. nl aun cuando la Asamblea General o la Câmara de
Senadores hayan asumldo jurisdlcclón sobre todos los asuntos a conslderaclón de la Coml-
slón Permanente.
SI hublesen caducado los poderes de los Senadores y Representantes por explraclón dei
plazo constttuclopal, sln que estuvlesen proclamados los Senadores y Representantes elec-
tos. o se hublera hecho uso de la facultad dei artículo 148, inciso 7°, la Comlslón Permanente
en ejerclclo continuará en las funciones que en este Capítulo se·le confleren, hasta la cons-
tltuclón de las nuevas Câmaras.
En este caso, ai constltulrse cada una de las Cámaras, proceaerá a efectuar la deslgna-
clón de los nuevos mlembros de la Comlslón Permanente.
Articulo 132. Corresponderá tamblén a la Comlslón Permanente. prestar o rehusar su con-
sentimlento en todos los casos en que el Poder Ejecuttvo lo neceslte, con arreglo a la presente
Constltuclón y la facultad concedida a las Câmaras en los artículos 118 y slgulentes, sln
peIjulclo de lo dlspuesto por el numeral 13 dei artículo 168.

SECCIÓNVII
DE LA PROPOSICIÓN, DISCUSIÓN,
SANCIÓN V PROMULGACIÓN DE LAS LEVES
CAPíTULO I
Articulo 133. Todo proyecto de ley puede tener su origen en cualqulera de las dos Câmaras, a
consecuencla de proposlclones hechas por cualqulera de sus mlembros o por el Poder Ejecutl~
517
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

vo por medio de sus Ministros. sln peIjuicio de lo dispuesto en el Inciso 6° dei articulo 85 y
articulo 86.
Requerirá la iniciativa deI Poder EjecutiY.o 1o.d.o -Ill:Qy:~cto de ley que determine
exoneraclones tributarias o que flje salarlos minlmos o preclos de adqulsiclón a los productos
o blenes de la actividad pública o privada.
EI Poder Legislativo no podrá aumentar las exoneraciones tributarias nl los minlmos
propuestos por el Poder Ejecutivo para salarlos y precios nl. tampoco. dlsmlnuir los precios
máximos propuestos.

CAPíTULO li
Articulo 134. Si la Cámara en que tuvo principio el proyecto. lo aprueba. lo pasará a la otra
para que. discutido en ella. lo apruebe tamblén. lo reforme. adicione o deseche.
Articulo 135. Si cualqulera de las dos Cámaras a qulen se remltiese un proyecto de ley. lo
devolvlese con adiciones u observaciones. y la remitente se conformase con ellas. se lo avisa-
rá en contestación. y quedará para pasarlo ai Poder Ejecutivo; pero si no las hallare justas. e
Insistiese en sostener su proyecto tal y cual lo habia remitido ai principio. podrá en tal caso.
por medio de oficio. solicitar la reunlón de ambas Cámaras. y. según el resultado de la discu-
slón. se adoptará lo que decidan los dos terclos de sufraglos. pudiéndose modificar los proyec-
tos divergentes o. aún. aprobar otro nuevo.
Articulo 136. SI la Cámara a quien fuese remitido el proyecto no tiene reparos que oponerle.
lo aprobará, y sin más que avisarlo a la Cámara remitente. lo pasará ai Poder Ejecutivo para
que lo haga publicar.
Los proyectos de ley no sancionados por una y otra Cámara en la misma Legislatura. se
considerarán como iniciados en la Cámara que los sancione ulteriormente.
Articulo 137. Si reClbido un proyecto de ley, el Poder Ejecutivo tuvIera objeclones que oponer
u observaciones que hacer, lo devolverá con ellas a la Asamblea General. dentro deI plazo
perentorlo de diez dias.
Articulo 138. Cuando un proyecto de ley fuese devuelto por el Poder Ejecutivo con objeciones
u observaciones. totales o parclales. se convocará a la Asamblea General y se estará a lo que
decldan los tres quintos de los mlembros presentes de cada una de las Cámaras. quienes
podrán ajustarse a las observaciones o reehazarlas. mantenlendo el proyecto sancionado.
Articulo 139. Trascurrldos treinta dias de la prlmera convocatorla sin mediar rechazo expre-
so de las observaciones deI Poder Ejecutivo. Ias mlsmas se conslderarán aceptadas.
Articulo 140. Si las Cámaras reunidas desaprobaran el proyecto devuelto por el Poder Ejecu-
tivo. quedará sin efecto por entonces. y no podrá ser presentado de nuevo hasta la slgulente
Legislatura.
Articulo 141. En todo caso de reconsideración de un proyecto devuelto por el Ejecutivo. Ias
votaciones serán nomlnales por si o por no. y tanto los nombres y fundamentos de los
sufragantes. como las objeciones u observaclones deI Poder Ejecutivo. se publicarán inmedia-
tamente por la prensa.
Articulo 142. Cuando un proyecto hubiese sido desechado ai principio por la Cámara a quien
la otra se lo remita. quedarásin efecto por entonces. y no podrá ser presentado hasta el
slgulente periodo de la Legislatura.

CAPíTULO 111
Articulo 143. SI el Poder Ejecutlvo. a qulen se hublese remitido un proyecto de ley. no tuvIe-
se reparo que oponerle. lo avisará Inmedlatamente. quedando asi de hecho sancionado y
expedito para ser promulgado sln demora.
Articulo 144. SI el Ejecutivo no devolvIese el proyecto. cumplidos los dlez dias que establece
el articulo 137. tendrá fuerza deleyy se cumplirá como tal. recIamándose esto. en caso omlso.
por la Cámara remitente.
Articulo 145. Reconsiderado por las Cámaras reunidas un proyecto de ley que hubiese sido
devuelto por el Poder Ejecutivo con objeciones u observaclones. si aquéllas lo aprobaron nue-
vamente. se tendrá por su última sanclón. y comunicado ai Poder Ejecutivo. lo hará promul-
gar ensegulda sln más reparos.
518
CONSTlTVCi6N DE LA REPUBLlCA ORIENTAL DEL URUGUAY/ TEXTO

CAPíTULO IV
Articulo 146. Sancionada una ley para su promulgaclón se usará slempre de esta fórmula:
;'EI Senado y la Câmara de Representantes de la República Orientai dei Uruguay. reuni-
dos en Asamblea General. decretan:"

SECCIÓN VIII
DE LAS RELACIONES ENTRE EL PODER LEGISLATIVO
Y EL PODER EJECUTIVO
CAPíTULO ÚNICO
Articulo 147. Cualquiera de las Câmaras podrájuzgar la gestlón de los Ministros de Estado.
proponiendo que la Asamblea General. en seslón de ambas Câmaras. declare que se censu-
ran sus actos de administración o de gobiemo.
Cuando se presenten moclones en tal sentido. Ia Câmara en la cual se formulen será
especialmente convocada. con un término no Inferior a cuarenta y ocho horas. para resolver
sobre su curso.
Si la moción fuese aprobada por mayoría de presentes. se dará cuenta a la Asamblea
General. Ia que será citada dentro de las cuarenta y ocho horas.
Si en una prlmera convocatorla de la Asamblea General. no se reúne el número sufi-
ciente para sesionar, se practlcará una segunda convocatorla y la Asamblea General. se con-
siderará constltuida con el número de Legisladores que concurra.
Articulo 148. La desaprobación podrá ser individual, plural o colectiva. deblendo ser pronun-
ciada en cualquier caso. por la mayoría absoluta de votos deI total de componentes de la Asam-
blea General, en sesión especial y pública. Sin embargo. podrá optarse por la sesión secreta
cuando así lo exljan las circunstancias.
Se entenderá por desaprobación individuai la que afecte a un Ministro, por desaproba-
clón plural la que afecte a más de un Ministro. y por desaprobaclón colectlva la que afecte a la
mayoría dei Consejo de Ministros.
La desaprobación pronunciada conforme a lo dispuesto en los Incisos anteriores. deter-
minará la renuncia deI Ministro, de los Ministros o dei Consejo de Ministros. según los casos.
EI Presidente de la República podrá observar el voto de desaprobaclón cuando sea pro-
nunciado por menos de dos terclos dei total de componentes deI Cuerpo.
En tal caso la Asamblea General será convocada a sesión especial a celebrarse dentro
de los diez días siguientes.
Si en una prlmera convocatorla la Asamblea General no reúne el número de Legislado-
res necesarlos para sesionar, se practicará una segunda convocatorla, no antes de veintl-
cuatro horas ni después de setenta y dos horas de la prlmera, y si en ésta tampoco tuviera
número se considerará revocado el acto de desaprobación.
SI la Asamblea General mantuviera su voto por un número Inferior a los tres quintos
deI total de sus componentes. el Presidente de la República. dentro de las cuarenta y ocho
horas sigulentes podrá mantener por decisión expresa. aI Ministro. a los Ministros o ai Con-
sejo de Ministros censurados y disolver las Câmaras.
En tal caso deberá convocar a nueva elección de Senadores y Representantes, la que se
efectuará el octavo domingo siguiente a la fecha de la referida decislón.
EI mantenlmiento deI Ministro. Ministros o Consejo de Ministros censurados. Ia dlsolu-
clón de las Câmaras y la convocatorla a nueva elecclón. deberá hacerse slmultáneamente en
el mismo decreto.
En tal caso las Cámaras quedarán suspendidas en sus funciones, pero subsistirá el
estatuto y fuero de los Legisladores.
EI Presidente de la República no podrá ejercer esa facultad durante los últimos doce
meses de su mandato. Durante igual término. Ia Asamblea General podrá votar la desaproba-
ción conlos efectos dei apartado tercero dei presente artículo. cuando sea pronunciada por dos
terclos o más dei total de sus componentes.
Tratándose de desaprobaclón no colectlva, el Presidente de la República no podrá ejer-
cer esa facultad sino una sola vez durante el término de su mandato.
Desde el momento en que el Poder Ejecutlvo no dé cumpllmlento ai decreto de convoca-
519
PARLAMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

torla a las nuevas elecciones. Ias Câmaras volverân a reunirse de pleno derecho y recobrarân
sus facultades constitucionales como Poder legitimo dei Estado y caerá el Consejo de Ministros.
Si a los noventa dias de realizada la elección. Ia Corte Electoral no hubiese proclamado
la mayoría de IC's miembros de cada una de las Câmaras. Ias Câmaras disueltas también
recobrarân sus derechos.
Proclamada la mayoría de los miembros de cada una de las nuevas Câmaras por la
Corte ElectoraI. Ia Asamblea General se reunirá de pleno derecho dentro deI tercer dia de
efectuada la comunicación respectiva.
La nueva Asamblea General se reunirá sin previa convocatorla dei Poder Ejecutivo y
simultâneamente cesará la anterior.
Dentro de los quince dias de su constitución la nueva Asamblea General. por mayoría
absoluta dei total de sus componentes. mantendrá o revocará el voto de desaprobación. Si lo
mantuviera caerá el ConseJo de Ministros.
Las Cámaras elegidas extraordinariamente. completarân el término de duración nor-
mal de las cesantes.

SECCIÓN IX
DEL PODER EJECUTIVO
CAPITULO I
Articulo 149. EI Poder Ejecutivo será ejercido por el Presidente de la República actuando con
el Ministro o Ministros respectivos. o con el Consejo de Ministros. de acuerdo a lo establecido
en esta Sección y demás disposiciones concordantes.
Articulo 150. Habrá un Vicepresidente. que en todos los casos de vacancia temporal o defini-
tiva de la Presidencia deberá desempenaria con sus mismas facultades y atrlbuciones. Si la
vacancia fuese definitiva. Ia desempenará hasta el término dei período de Gobiemo.
EI Vicepresidente de la República desempenará la Presidencia de la Asamblea General
y de la Câmara de Senadores.
Articulo 151. EI Presidente y el Vicepresidente de la República serán elegidos conjunta y
directamente por el Cuerpo Electoral por mayoría absoluta de votantes. Cada partido sólo po-
drá presentar una candidatura a la Presidencia y a la Vicepresidencia de la República. Si en
la fecha indicada por el inciso prlmero dei numeral 9° dei articulo 77. ninguna de las candida-
turas obtuviese la mayoría exigida. se celebrará el último domingo dei mes de noviembre dei
mismo ano. una segunda elección entre las dos candidaturas más votadas.
Regirân además las garantias que se establecen para el sufragio en la Secclón 11I.
considerándose a la República como una sola circunscrlpciÓn electoral.
Sólo podrân ser elegidos los cuidadanos naturales en ejerclcio. que tengan trelnta y
cinco anos cumplidos de edad.
Articulo 152. EI Presidente y el Vicepresldente durarán cinco anos en sus funciones. y para
volver a desempenarias se requerlrá que hayan transcurrido cinco anos desde la fecha de su
cese.
Esta disposición comprende aI Presidente con respecto a la Vlcepresldencia y no ai
Vicepresldente con respecto a la Presidencla. salvo las excepclones de los Incisos slgulentes.
EI Vicepresidente y el ciudadano que hubiesen desempenado la Presldencla porvacancla
definitiva por más de un ano. no podrân ser electos para dlchos cargos sln que transcurra el
mismo pl;l.zO establecido en el inciso prlmero.
Tampoco podrá ser elegido Presidente. el Vicepresidente o el cludadano que estuviese
en el ejercicio de I.a Presidencia en el término comprendldo en los tres meses anteriores a la
elección.
Articulo 153. En el caso de vacancia definitiva o temporal de la Presldencla de la República.
en razón de licencia. renuncia cese o muerte dei Presidente y dei Vlcepresldente en su caso.
deberá desempenaria el Senador prlmer titular de la lista más votada dei partido político por el
cual fueron electos aquéllos. que reúna las calldades exigidas por el articulo 151 y no esté
impedido por lo dispuesto en el articulo 152. En su defecto. Ia desempenará el prlmer titular
de la misma lista en ejercicio dei cargo. que reuniese esas calldades si no tuviese dichos
iqlpedlmentos. y asi sucesivamente.
520
CONSTl7VCIÓN DE LA REPÚBUCA ORIENTAL DEL URUGUAY/ TEXTO

Articulo 154. Las dotaclones deI Presidente y dei Vlcepresldente de la República serán fljadas
por ley previamente a cada elecclón sln que puedan ser alteradas mlentras duren en el des-
empeno dei cargo.
Articulo 155. En caso de renuncia. Incapacldad permanente. o muerte dei Presidente y Vlce-
presidente electos. antes de' tomar poseslón de los cargos. desempenarán la Presldencla y la
Vlcepresldencla de la República. respectivamente. el primer y segundo titular de la lista más
votada a la Câmara de Senadores. dei partido político por el cual fueron electos el Presidente
y el Vlcepresldente. slempre que reúnan las calldades exigidas por el artículo 151. no estu-
viesen Impedidos por lo dlspuesto por el artículo 152y ejercieran el cargo de Senador.
En su defecto. desempenarán dlchos cargos. los demás titulares por el orden de su ubi-
cación en la mlsma lista en el ejerclclo dei cargo de Senador. que reuniesen esas calidades si
no tuviesen dichos Impedimentos.
Articulo 156. Si en la fecha en que deban asumlr sus funciones no estuvieran proclamados
por la Corte Electoral. el Presidente y el Vlcepresidente de la República. o fuera anulada su
elección. el Presidente cesante delegará el mando en él Presidente de la Suprema Corte de
Justlcia. qulen actuará hasta que se efectúe la trasmlsión quedando en tanto suspendido en
sus funciones judlclales.
Articulo 157. Cuando el Presidente electo estuviera incapacitado temporàlmente para la
toma de posesión dei cargo o para el ejerciclo dei mlsmo. será sustltuido por el Vicepresiden-
te. y en su defecto. de acuerdo ai procedlmiento establecldo en el artículo 153 hasta tanto
perduren las causas que generaron dicha incapacidad.
Articulo 158. EI 10 de marzo siguiente, a la elección. el Presidente y Vicepresidente de la
República tomarán poseslón de sus cargos haciendo previamente en presencia de ambas
Câmaras reunidas en Asamblea General la slgulente declaración: "Yo. N.N.. me comprometo
por mi honor a desempenar lealmente el cargo que se me ha confiado y a guardar y defender
la Constltuclón de la República."
Articulo 159. EI Presidente de la República tendrá la representación dei Estado en ellnterior
y en el exterior.

CAPíTULO 11
Articulo 160. EI Consejo de Ministros se Integrará con los titulares de los respectivos Minls-
terios o qulenes hagan sus veces. y tendrá competencla privativa en todos los actos de gobier-
no y admlnistración que planteen en su seno el Presidente de la República o sus Ministros en
temas de sus respectivas carteras. Tendrá. asimlsmo. competencia privativa en los casos
previstos en los incisos 7 0 (declaratoria de urgenclal. 16. 19 Y 24 dei artículo 168.
Articulo 161. Actuará bajo la presidencia dei Presidente de la República quien tendrá voz en
las dellberaciones y voto en las resoluciones que será decisivo para los casos de empate. aun
cuando éste se hubiera producido por efecto de su propio voto.
EI Consejo de Ministros será convocado por el Presidente de la República cuando lo
juzgue conveniente o cuando lo soliclten uno ó varios Ministros para plantear temas de sus
respectivas carteras: y deberá reunirse dentro de las veintlcuatro horas siguientes o en la
fecha que Indique la convocatoria.
Articulo 162. EI Consejo celebrará sesión con la concurrencia de la mayona de sus miembros
y se estará a lo que se resuelva por mayona absoluta de votos de miembros presentes.
Articulo 163. En cualquier momento y por igual mayona se podrá poner término auna delibe-
ración. La moclón que se haga con ese fln no será discutida.
Articulo 164. Todas las resoluciones dei Consejo de Ministros podrán ser revocadas por el
voto de la mayoría absoluta de sus componentes.
Articulo 165. Las resoluciones que originariamente hubieran sido acordadas por el Presiden-
te de la República con el Ministro o Ministros respectivos. podrán ser revocad~ por el Conse-
jo. por mayoría absoluta de presentes.
Articulo 166. EI Consejo de Ministros dictará su reglamento interno.
Articulo 167. Cuando un Ministro esté encargado temporariamente de otro Ministerio. en el
Consejo de Ministros se le computará un solo voto.
521
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (P/YRCUM)

CAPíTULO 111
Articulo 168. AI Presidente de la República. actuando con el Ministro o Ministros respectivos.
o con el Consejo de Ministros. corresponde:
1°) La conservación dei orden y tranqullidad en lo Interior. y la segurldad en lo exterior.
2°) EI mando superior de todas las Fuerzas Annadas.
3°) Dar retiros y arreglar las pensiones de los empleados clvlles y militares conforme a
las leyes.
4°) Publicar y circular. sin demora. todas las leyes que. conforme a la Secclón VII. se
hallen ya en estado de publicar y circular. ejecutarlas. hacerlas ejecutar. expldlendo los
reglanlentos especlales que sean necesarlos para su ejecuclón.
5°) Infonnar aI Poder Legislativo. allnaugurarse las seslones ordlnarlas. sobre el estado
de la República y las mejoras y reformas que considere dlgn\is de su atención.
6°) Poner objeciones o hacer observaclones a los proyectos de ley que le remlta el Poder
Legislativo. y suspender u oponerse a su promulgaclón. en la forma prevista en la Sec-
clón VII.
7°) Proponer a las Cámaras proyectos de ley o modiflcaclones a las leyes anteriormente
dlctadas. Dichos proyectos podrán ser remitidos con declaratorla de urgente consldera-
clón.
La declaraclón de urgencla deberá ser hecha sln1Ultáneamente con la remisión
de cada proyecto. en cuyo caso deberán ser considerados por el Poder Legislativo dentro
de los plazos que a continuaclón se expresan, y se tendrán por sancionados si dentro de
tales plazos no han sido expresamente desechados. ni se ha sancionado un proyecto
sustitutivo. Su trámlte se ajustará a las siguientes regias:
a) EI Poder Ejecutivo nopodrá enviar a la Asamblea General más de un proyecto de ley
con declaratoria de urgente consideración simultáneamente•. ni enviar un nuevo
proyecto en tales condiciones mientras estén comendo los plazos para la considera-
ción legislativa de otro anteriormente enviado:
b) no podrán merecer esta calificación los proyectos de Presupuesto. ni aquéllos para
cuya sanción se requlera el voto de tres quintos o dos terclos deI total de componen-
tes de cada Cámara;
c) cada Cámara por el voto de los tres quintos dei total de sus componentes. podrá
dejar sin efecto la declaratoria de urgente consideración. en cuyo caso se aplicarán a
partir de ese momento los trámltes nonnales previstos en la Sección VII;
d) la Cámara que reclba en primer lugar el proyecto deberá considerarlo dentro de un
plazo de cuarenta y cinco dias. Vencidos los prlmeros trelnta dias, la Cámara será
convocada a sesión extraordinarla y pennanente para la conslderaclón deI proyecto.
Una vez vencidos los quince dias de tal convocatorla sin que el proyecto hubiere sido
expresamente desechado. se reputará aprobado por dlcha Cámara en la fonna en que
lo remltló el Poder Ejecutlvo y será comunicado Inmediatamente y de oficio' a la otra
Cámara;
e) Ia segunda Cámara tendrá treinta dias para pronunciarse y Si aprobase un texto
distinto ai remitido por la primera. lo devolverá a ésta. que dispondrá de quince dias
para su consideración. Vencido este nuevo plazo sin pronunciamlento expreso. el
proyecto se remitirá lnmediatamente y de oficio a la Asamblea General. Si venciere
el plazo de treinta días sin que el proyecto hublere·sldo expresamente desechado, se
reputará aprobado por dlcha Cámara en la fonna en que lo remitló el Poder Ejecutlvo
y será comunicado a éste inmedlatamente y de oficio. si así correspondlere. o en la
misma fonna a la primera Cámara. si ésta hublere aprobado un texto distinto al deI
Poder Ejecutivo:
t) la Asamblea General dispondrá de diez dias para su conslderación. Si venclera este
nuevo plazo sin pronunciamlento expreso se tendrá por sancionado el proyecto en la
forola en que lo votó la última Cámara que le prestó expresa aprobaclón.
La Asanlblea General. si se pronunciare expresamente. lo hará de conformidad con
el articulo 135;
g) cu ando un proyecto de ley con declaratoria de urgente conslderaclón fuese des-
.522
CONSTlTVCIÓN DE LA REPÚBUCA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXrO

echado por cualquiera de las dos Cámaras, se aplicará lo dispuesto por el artículo
142;
h) el plazo para la conslderación por la primera Cámara empezará a correr a partir
deI día siguiente ai dei recibo dei proyecto por el Poder Legislativo. Cada uno de los
plazos ulteriores comenzará a correr automátlcamente ai vencer el plazo inmedlata-
mente anterior o a partir dei día slguiente aI deI recibo por el órgano correspondlente
si hublese habldo aprobaclón expresa antes deI venclmlento deI término. .
8°) Convocar al Poder Legislativo a sesiones extraordlnarias con determinación de los
asuntos materia de la convocatoria y de acuerdo con lo que se establece en el artículo 104.
9°) Proveer los empleos clvlles y militares, conforme a la Constltuclón y a las leyes.
lO} Destituir los empleados por ineptitud, omisión o delito, en todos los casos con acuer-
do de la Cámara de Senadores o, en su receso, con el de la Comislón Permanente, y en
el último, pasando el expediente a la Justlcia. Los funcionarios diplomáticos y consula-
res podrán, además, ser destituidos, previa venla de la Cámara de Senadores, por la
comislón de actos que afecten su buen nombre o el prestigio deI país y de la representa-
clón que lrlVIsten. Si la Cámara de Senadores o la Comisión Permanente no dlctaran
resoluclón definitiva dentro de los noventa dias, el Poder Ejecutlvo prescindirá de la
venla solicitada, a los efectos de la destitución.
11) Conceder los ascensos militares conforme a las leyes, necesltando, para los de Co-
ronel y demás Oflciales Superiores, la venia de la Cámara de Senadores o, en su rece-
so, la de la Comisión Permanente.
12) Nombrar el personal consular y diplomático, con obligación de solicitar el acuerdo de
la Cámara de Senadores, o de la Comisión Permanente hallándose aquélla en receso,
para los Jefes de Misión. SI la Cámara de Senadores o la Comislón Permanente no
dlctaran resoluclón dentro de los sesenta dias el Poder Ejecutivo prescindirá de la venia
solicitada. .
Los cargos de Embajadores y Ministros dei serviclo exterior serán considerados de
particular conflanza deI Poder Ejecutivo, salvo que la ley dlctada con el voto conforme de
la mayoría absoluta deI total de componentes de cada Cámara dlsponga lo contrario. .
13) Designar aI Fiscal de Corte y a los demás Fiscales Letrados de la República, con
venia de la Cámara de Senadores o de la Comislón Permanente en su caso, otorgada
siempre por tres quintos de votos dei total de componentes. La venia no será necesaria
para designar aI Procurador dei Estado en lo Contencioso Administrativo, nllos Fiscales
de Gobierno y de Hacienda.
14) Destituir por si los empleados militares y policiales y los demás que la ley declare
amovibles.
15) Recibir Agentes Diplomáticos y autorizar el ejercicio de sus funciones a los Cónsu-
les extranjeros.
16) Decretar la ruptum de relaciones y, previa resoluclón de la Asamblea General, de-
clarar la guerra, si para evitarIa no diesen resultado el arbitraje u otros medios pacífi-
cos.
17) Tomar medidas prontas de segurldad en los casos graves e imprevistos de ataque
exterior o comnoción Interior, dando cuenta, dentro de las veinticuatro horas a la Asam-
blea General. en reunión de ambas Cámaras o, en su caso, a la Comlslón Permanente,
de lo ejecutado y sus motivos, estándose a lo que éstas últimas resuelvan.
En cuanto a las personas, las medidas prontas de segurldad sólo autorlzan a arres-
tarlas o trasladarias de un punto a otro dei terrltorlo, siempre que no optasen por sallr
de él. También esta medida, como las otras, deberá someterse, dentro de las veinticua-
tro horas de adoptada, a la Asamblea General en reunión de ambas Cámaras o, en su
caso, a la Cornisión Permanente, estándose a su resolución,
EI arresto no podrá efectuarse en locales destinados a la recluslón de dellncuentes.
18) Recaudar las rentas que, conforme a las leyes deban serIa por sus dependencias, y
darles el destino que según aquéllas corresponda.
19) Preparar y presentar a la Asamblea General los presupuestos, de acuerdo a lo estable-
cido en la Sección XN, y dar cuenta instruida de la inverslón hecha de los anteriores.

523
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

20) Concluir y suscriblr tratados. necesitando para ratiflcarlos la aprobaclón dei Poder
Legislativo.
21) Conceder privilegios Industriales confonne a las leyes.
22) Autorizar o denegar la creaclón de cualesquler Bancos que hubleren de establecerse.
23) Prestar. a requerimlento dei Poder Judicial. el concurso de la fuerza pública.
24) Delegar por resoluclón fundada y bajo su responsabilldad política las atrlbuclones
que estime convenientes.
25) EI Presidente de la República flnnará las resoluclones y comunlcac!ones deI Poder
Ejecutlvo con el Ministro o Ministros a que el asunto corresponda. requisito sln el cual
nadle estará obltgado a obedecerIas.
No obstante el Poder Ejecutlvo podrá dlsponer que detennlnadas resoluclones se
establezcan por acta otorgada con el mlsmo requisito precedentemente f1Jado.
26) EI Presidente de la Repúbltca designará ltbremente un Secretario y un Prosecretario.
quienes actuarán como tales en el Consejo de Ministros.
Ambos cesarán con el Presidente y podrán ser removidos o reemplazados por éste,
en cualquier momento.
Articulo 169. No podrá pennitlr goce de sueldo por otro titulo que el de servicio actlvo. jublla-
clón. retiro o pensión, confonne a las leyes.

CAPíTULO. IV
Articulo 170. EI Presidente de la República no podrá sallr deI territorio nacional por más de
cuarenta y ocho horas sin autorización de la Câmara de Senadores.
Articulo 171. EI Presidente de la República gozará de las mismas lnrnunldades y le alcanzarán
las mismas incompatibilldades y prohibiciones que a los Senadores y a los Representantes.
Articulo 172. EI Presidente de la República no podrá ser acusado. sino en la fonna que senala
eI articulo 93 y aun asi, sólo durante el ejercicio deI cargo o dentro de los seis meses siguien-
tes a la explración deI mismo durante los cuales estará sometldo a residencia. salvo autoriza-
ción para salir deI pais, concedida por mayoria absoluta de votos deI total de componentes de la
Asamblea General, en reunión de ambas Câmaras.
Cuando la acusación haya reunido los dos tercios de votos deI total de los componentes
de la Câmara de Representantes. el Presidente de la República quedará suspendido en el
ejercicio de sus funciones.

CAPÍTULO V
Articulo 173. En cada departamento de la República habrá un Jefe de Policia que será desig-
nado para el período respectivo por el Poder Ejecutlvo, entre cludadanos que tengan las calida-
des exigidas para ser Senador.
EI Poder Ejecutivo podrá separarlo o removerlo cuando lo estime conveniente.

SECCIÓNX
DE LOS MINISTROS DE ESTADO
CAPíTULO I
Articulo 174. La Ley por mayoria absoluta de componentes de cada Câmara y a Iniciativa deI
Poder Ejecutivo. detennlnará el número de Minlsterios. su denominaclón propfa y sus atribu-
clones y competencias en razón de materia, sin peljuclo de lo dlspuesto por el artículo 18!.
EI Presidente de la República actuando en Consejo de Ministros. podrá redistribuir dl-
chas atribuciones y competencias.
EI Presidente de la Repúbltca ajudlcará los Mlnlsterios entre cludadanos que, por contar
con apoyo parlanlentario. aseguren su pennanencla en el cargo.
EI Presidente de la Repúbltca podrá requerir de la Asamblea General un voto de conflan-
za expreso para el Consejo de Ministros. A tal efecto éste comparecerá ante la Asamblea
General, la que se pronunciará sin debate, por el voto de la mayoría absoluta deI total de sus
componentes y dentro de un plazo no mayor de setenta y dos horas que correrá a partir de la
524
CON5TI7VCIÓN DE LA REPúBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

recepclón de la comunlcaclón dei Presidente de la República por la Asamblea General. SI ésta


no se reuniese dentro dei plazo estipulado o. reuniéndose. no adoptase declslón. se entenderá
que el voto de conflanza ha sido otorgado.
Los Ministros cesarán en sus cargos por resoluclón dei Presidente de la República. sln
peIjulclo de lo establecldo en la Secclón VIII.
Articulo 175. EI Presidente de la República podrá declarar. si así lo entendlere que el Consejo
de Ministros carece de respaldo Parlamentarlo.
Sin peIjulclo de lo dlspuesto en el artículo 174. esa declaraclón lo facultará a sustltulr
uno o más Ministros.
SI así lo hlclere. el Poder Ejecutlvo podrá sustltulr total o parcialmente a los mlembros
no electlvos de los Dlrectortos de los Entes Autónomos y de los Serviclos Descentralizados. así
como. en su caso. a los Dlrectores Generales de estos últimos. no slendo estas sustltuclones
Impugnables ante el Tribunal de lo Contencioso Administrativo.
EI Poder Ejecutlvo. actuando en Consejo de Ministros. deberá solicitar la venla de la
Cámara de Senadores. de acuerdo con el artículo 187. para designar a los nuevos Directores
o. en su caso. Dlrectores Generales. Obtenida la venla. podrá proceder a la sustltuclón.
Las facultades otorgadas en este artículo no podrán ser ejercldas durante el prtmer aiio
dei mandato dei goblemo nl dentro de los doce meses antertores a la asunclón dei goblerno
slgulente.
Dlchas facultades tampoco podrán ejercerse respecto de las autoridades de la Unlversl-
dad de la República.
Articulo 176. Para ser Ministro se necesltan las mlsmas calidades que para Senador.
Articulo 177. AI Iniciarse cada período legislativo. los Ministros darán cuenta sucinta a la
Asamblea General. dei estado de todo lo concemlente a sus respectivos Mlnlstertos.
Articulo 178. Los Ministros de Estado gozarán de las mlsmas Inmunidades y les alcanzarán las
mlsmas Incompatibilidades y prohlblclones que a los Senadores y Representantes en lo que
fuere pertinente.
No podrán ser acusados sino en la forma que seftala el artículo 93 y. aun así sólo durante
el ejerclclo dei cargo. Cuando la acusación haya reunido los dos terclos de votos dei total de
componentes de la Cámara de Representantes. el Ministro acusado quedará suspendido en el
ejercicio de sus funciones.
Articulo 179. EI Ministro o los Ministros serán responsables de los decretos y órdenes que
f1rmen o expidan con el Presidente de la República. salvo el caso de resolución expresa dei
Consejo de Ministros en el que la responsabilidad será de los que acuerden la decisión. ha-
ciéndose efectlva de conformidad con los artículos 93. 102 Y 103.
Los Ministros no quedarán exentos de responsabilidad por causa de delitos aunque In-
voquen la orden escIita o verbal dei Presidente de la República o dei Consejo de Ministros.
Articulo 180. Los Ministros podrán asistir a las sesiones de la Asamblea General. de cada
Cámara. de la Comlslón Permanente y de sus respectivas Comisiones Internas. y tomar
parte en sus deliberaciones. pero no tendrán voto. Igual derecho tendrán los Subsecretarlos
de Estado. previa autoIización dei Ministro respectivo. salvo en las situaciones previstas en
los artículos 119.y 147 en las que podrán aslstlr acompaiiando ai Ministro. En todo caso. los
Subsecretartos de Estado actuarán bajo la responsabilldad de los Ministros.
Articulo 181. Son atrtbuclones de los Ministros. en sus respectivas carteras y de acuerdo con
las leyes y las disposiciones dei Poder Ejecutlvo:
1°) Hacer cumplir la Constltuclón. Ias leyes. decretos y resoluclones.
2°) Preparar y someter a consideraclón supertor los proyectos de ley. decretos y resolu-
clones que estimen convenientes.
3°) Dlsponer. en los límites de su competencla. el pago de las deudas reconocldas dei
Estado.
4°) Conceder licencias a los empleados de su dependencla.
5°) Proponer el nombramlento o destltución de los empleados de sus repartlclones.
6°) Vlgl1ar la gestión administrativa y adoptar las medidas adecuadas pa..a que se efec-
túe debldamente e imponer penas disciplinarias.
7°) Firmar y comunicar las resoluciones deI Poder Ejecutlvo.
525
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

8°) Ejercer las demás atribuciones que les cometan las leyes o las dlsposiclones adopta-
das por el Poder Ejecutivo cn Consejo de Ministros. sln peIjulclo de lo dispuesto en el
artículo 160.
9°) Delegar a su vez por resolución fundada y bajo su responsabllidad política. Ias atribu-
ciones que estimen convenientes.
Articulo 182. Las funciones de los Ministros y Subsecretarios serán reglamentadas por el
Poder Ejecutivo.

CAPíTULO"
Articulo 183. Cada Ministerio tendrá un Subsecretario que Ingresará con el Ministro. a su
propuesta. y cesará con él. salvo nueva deslgnaclón.
Articulo 184. En caso de licencia de un Ministro. el Presidente de la República designará a
qulen lo sustituya interinamente. deblendo recaer la deslgnaclón en otro Ministro o en el
Subsecretario de la respectiva Cartera.

SECCIÓN XI
DE LOS ENTES AUTÓNOMOS
Y DE LOS SERVICIOS DESCENTRALIZADOS
CAPíTULO I
Articulo 185. Los diversos servicios dei dominio industrial y comercial deI Estado serán ad-
ministrados por Directorios o Dlrectores Generales y tendrán el grado de descentrallzaclón
que fljen la presente Constitución y las leres que se dlctaron con la conformldad de la mayo-
ria absoluta dei total de componentes de cada Cámara.
Los Directorios. cuando fueren rentados. se compondrán de tres o cinco mlembros se-
gún lo establezca la ley en cada caso.
La ley. por dos tercios de votos dei total de componentes de cada Cámara, podrá determi-
nar que los Servicios Descentralizados estén dirigidos por un Dlrector General. designado
según el procedimiento dei artículo 187.
En la concertación de convenios entre los Consejos o Directorios con Organismos Inter-
nacionales. Instltuciones o Gobiernos extranjeros, el Poder Ejecutlvo seiíalará los casos que
requerirán su aprobación previa. sin peIjulcio de las facultades que correspondan al Poder
Legislativo. de acuerdo a lo establecido en la Sección V.
Articulo 186. Los servicios que a continuaclón se expresan: Correos y Telégrafos, Adminis-
traciones de Aduanas y Puertos y la Salud Pública no podrán ser descentralizados en forma de
Entes AutÓnomos. aunque la ley podrá concederles el grado de autonomia que sea compatible
con el contraior deI Poder Ejecutivo.
Articulo 187, Los miembros de los Directorios y los Dlrectores Generales que no sean de
carácter electivo. serán designados por el Presidente de la República en acuerdo con el Con-
sejo de Ministros. previa venia de la Cámara de Senadores, otorgada sobre propuesta motiva-
da en las condiciones personales. funcionales y técnicas. por un número de votos equivalente
a tres quintos de los componentes elegidos conforme ai artículo 94. Inciso primero.
Si la venla no fuese otorgada dentro dei término de sesenta dias de reclblda: su solicltud, el
Poder Ejecutivo podrá fonnular propuesta nueva. o reiterar su propuesta anterior, y en este
último caso deberá obtener el voto conforme de la mayoria absoluta de Integrantes dei Senado.
Laley por tres quintos de votos deI total de componentes de cada Cámara podrá estable-
cer otro sistema de designación.
Articulo 188. Para que la ley pueda admitir capltales privados en la constituclón o amplia-
clón dei patrimonio de los Entes Autónomos o de los Servicios Descentralizados, asi como para
reglamentar la intervención que en tales casos'pueda corresponder a los respectivos acclo-
nlstas en los Directorios. se requerlrán los tres quintos de votos dei total de los componentes
de cada Cámara.
EI aporte de los capitales particulares y la representación de los mlsmos en los Consejos
o Dlrectorios nunca serán supenores a los deI Estado.

526
CON5TlTUC/ÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY/ TEXTO

EI Estado podrá. asimismo. participar en activldades Industrlales. agropecuarlas o co-


merciales. de empresas formadas por aportes obreros. cooperativos o capitales privados. cuando
concurra para ello el libre consentlmlento de la empresa y bajo las condiciones que se con-
vengan previamente entre las partes.
La ley. por mayoría absoluta deI total de componentes de cada Cámara. autortzará en .
cada caso esa participación. asegurando la intervención dei Estado en la dlrecclón de la em-
presa. Sus representantes se regirán por las mismas normas que los Directores de los Entes
Autónomos y Servlcios Descentralizados.
Articulo 189. Para crear nuevos Entes Autónomos y para suprimir los existentes. se requerl-
rán los dos terclos de votos dei total de componentes de cada Câmara.
La ley por tres quintos de votos deI total de componentes de cada Câmara. podrá declarar
electiva la designación de los miembros de los Directortos. determinando en cada caso las
personas o los Cuerpos interesados en el servicio. que han de efectuar esa elección.
Articulo 190. Los Entes Autônomos y los Servicios Descentralizados no podrán realizar nego-
cios extranos ai giro que preceptivamente les asignen las leyes. ni dlsponer de sus recursos
para fines ajenos a sus actividades normales.
Articulo 191. Los Entes Autônomos. los Servicios Descentralizados y. en general. todas las
administraciones autónomas con patrlmonio propio. cualquiera sea su naturaleza jurídica.
publicarán pertódicamente estados que rellejen claramente su vida flnanclera. La ley fijará
la norma y número anual de los mismos y todos deberán Ilevar la vlsaclón dei Tribunal de
Cuentas.
Articulo 192. Los miembros de los Directorlos o Dlrectores Generales cesarán en sus funcio-
nes cuando estén designados o electos. conforme a las normas respectivas. qulenes hayan de
sucederlos.
Las vacancias definitivas se Ilenarán por el procedlmlento establecldo para la provislón
iniciai de los cargos respectivos. pero la ley podrá establecer que. conjuntamente con los
titulares de los cargos electtvos. se elijan suplentes que los reemplazarán en caso de vacancla
temporal o definitiva.
La ley. dictada por el voto de la mayoría absoluta dei total de componentes de cada Câma-
ra. regulará lo correspondiente a las vacanclas temporales. sln peIjutclo de lo establecido en
el inciso anterior.
Podrân ser reelectos o designados para otro Directorlo o Dirección General siempre que
su gestión no haya merecido observación dei Tribunal de Cuentas. emitida por lo menos por
cuatro votos confonnes de sus mlembros.
Articulo 193. Los Directorlos o Dtrectores Generales cesantes. deberán rendir cuentas de su
gestión ai Poder Ejecutivo. previo dictamen dei Tribunal de Cuentas. sin peIjulcio de las res-
ponsabilidades a que hubiere lugar. de acuerdo con lo dispuesto en la Sección XIII.
Articulo 194. Las decisiones definitivas de los Entes Autônomos. sôlo darán lugar a recursos
o acciones ante el Tribunal de lo Contencioso Administrativo o el Poder Judicial. según lo
disponga esta Constituciôn o las leyes. sln peIjulclo de lo dispuesto en los artículos 197 Y 198.
Articulo 195. Créase el Banco de Previsiôn Social. con caracter de Ente Autónomo. con el
cometido de coordinar los servlcios estatales de prevlsión social y organizar la segurtdad so-
cial. ajustándose dentro de las nonnas que establecerá la ley que deberá dlctarse en el plazo
de un ano.
Sus Dtrectoresno podrán ser candidatos a ningún cargo electlvo hasta transcurrtdo un
período de gobiemo desde su cese. siendo de aplicación para el caso lo dlspuesto por el artículo
201. inciso tercero.
Articulo 196. Habrá un Banco Central de la República. que estará organizado como ente
autónomo y tendrá los cometidos y atribuciones que determine la ley aprobada con el voto de
la mayoría absoluta dei total de componentes de cada Câmara.
Articulo 197. Cuando el Poder Ejecutlvo considere Inconveniente o ilegal la gestlón o los
actos de los Directorlos o Directores Generales. podrá hacerles las observaclones que crea
pertinentes. asi como disponer la suspenstón de los actos observados.
En caso de ser desatendidas las observaclones: el Poder Ejecutlvo podrá dlsponer las
rectiflcaciones. los correctivos o remoclones que considere deI caso. comunlcándolos a Ijl
527
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUMJ

Cárnara' de Senadores, la que en definitiva resolverá. Se aplicará, en lo pertinente, lo dls-


puesto en los incIsos segundo y tercero dei artículo 198.
Articulo 198. Lo dlspuesto en el artículo precedente es sln peIjulclo de la facultad dei Poder
Ejecuti\i() de destituir a los mlembros de los Dlrectorlos o a los Dlrectores Generales con
venla de la Cárnara de Senadores. en caso de Ineptltud. omlslôn o dellto en el ejerclcio deI
cargo o de la comlslôn de actos que afecten su buen nombre o el prestigio de la Instltuclôn a
que pertenezcan.
SI la Cámara de Senadores. no se expldlera en el término de sesenta dias, el Poder
Ejecutlvo podrá hacer efectiva la destituciôn.
Cuando lo estime necesario, el Poder Ejecutlvo. actuando en Consejo de Ministros, po-
drá reemplazar a los miembros de Dlrectolios o Dlrectores Generales cuya venla de destltu-
clôn se solicita, con mlembros de Dlrectorlos o Dlrectores Generales de otros Entes, con
carácter Interino y hasta que se produzca el pronunclamlento deI Senado.
Las destituclones y remociones previstas en este artículo y en el antelior, no darão
derecho a recurso alguno ante el Tribunal de lo Contencioso AdminIstrativo.
Articulo 199. Para modificar la Carta Orgãoica de los Bancos dei Estado, se requerirá la
mayoria absoluta de votos dei total de componentes de cada Cárnara.
Articulo 200. Los mlembros de los Dlrectorios o Dlrectores Generales de los Entes Autôno-
mos,o de los Servlc!os Descentralizados no podrão ser nombrados para cargos nl aun honora-
Iios, que directa o indlrectamente dependan dei Instituto de que forman parte. Esta disposi-
ciôn no comprende a los Consejeros o Directores de los serviclos de ensenanza. los que po-
drão ser reelectos como catedráticos o profesores y designados para desempenar el cargo de
Decano o funciones docentes honorarias.
La inhibición durará hasta un afio después de haber terminado las funciones que la
causen, cualquiera sea el motivo dei cese, y se extiende a todo otro cometido, profesional o no,
aunque no tenga carácter permanente ni remuneraciôn fija.
Tampoco podrán los miembros de los Directorios o Dlrectores Generales de los Entes
Autônomos o de los Servicios Descentralizados, ejercer simultãoeamente profesiones o acti-
vidades que, dlrecta o indlrectamente, se relacionen con la Instltuciôn a que pertenecen.
Las dlsposiciones de los dos incisos anteriores no alcanzan a las funciones docentes.
Articulo 201. Los mlembros de los Dlrectorios o Directores Generales de los Entes Autôno-
mos y de los Servicios Descentralizados, para poder ser candidatos a Legisladores, deberão
cesar en sus cargos por lo menos doce meses antes de la fecha de la elecciôn.
En estos casos, la sola presentaciôn de la renuncia fundada en esta causal. determina-
rá el cese Iml1ediato dei renunciante en sus funciones.
Los Organismos Electorales no registrarão listas en que figuren candidatos que no ha-
yan cumplido con aquel requisito.

CAPíTULO 11
Articulo 202. La Enseflanza Pública Superior, Secundaria, Plimaria. Normal. Industrial y
Artística, serão regidas por uno o más Consejos Dlrectlvos Autônomos.
Los demás servicios docentes dei Estado, tamblén estarão a cargo de Consejos Directi-
vos Autônomos, cuando la ley lo detemline por dos terclos de votos deI total de componentes de
cada Cárnara.
Los Entes de Enseflanza Pública serão oídos, con fines de asesoramlento, en la elabora-
clôn de las leyes relativas a sus serviclos, por las Comlslones Parlamentarias. Cada Cárnara
podrá fiJar plazos para que aquéllos se expldan.
La ley dispondrá la coordinaciôn de la enseflanza.
Articulo 203. Los Consejos Dlrectivos de los serviclos docentes serão designados o electos en
la forma que establezca la ley sancionada por la mayoria absoluta de votos dei total de compo-
nentes de cada Cãolara.
EI Consejo Directivo de la Universldad de la República será designado por los ôrganos
que la Integran, y los Consejos de sus ,órganos serán electos por docentes. estudiantes y
egresados. conforme a lo que establezca la ley sancionada por la mayoría determinada en el
Inciso anterior.
528
CONSTlTUclóN DE LA REPúBU'cA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

ArtIculo 204. Los Consejos Direc'tivos tendrán los cometidos y atribuciones que determinará
la ley sancionada por mayoría absoluta de votos dei total de componentes de cada Cámara.
Dichos Consejos establecerán el Estatuto de sus funcionllnos de conformidad con las
bases contenldas en los artículos 58 a 61 y las regIas fundarnentales que establezca la ley.
respetando la espeelalización deI Ente.
Articulo 205. Serán aplicables. en lo pertinente. a los distintos servicios de ensenanza. los
artículos 189. 190. 191. 192~ 193. 194. 198 (lncisosl y 2).200 Y~Ol.

SECCIÓN XII
DEL CON5EJO DE ECONOMIA NACIONAL
CAPíTULO ÚNICO .
Articnlo 206. La ley podrá crear un Consejo de Economía Nacional. concarácterconsultivo y
honorarlo. compuesto de representantes de los Intereses económ1cos y profes1onales deI país.
La ley indicará la forma de constitución y funciones deI mismo.
Articnlo 207. EI Consejo de Economía Nacional se dirigirá a los Poderes Públicos por escrito.
pero podrá hacer sostener sus puntos de vista ante las Comisiones Legislativas; por uno o
más de sus mlembros.

SECCIÓNXUI
DEL TRIBUNAL DE CUENTAS
CAPíTULO ÚNICO
Articnlo 208. EI Tribunal de Cuentas estará compuesto por slete mlembros que deberán
reunir las mlsmas calidades exigidas para ser Senador.
Serán designados por la Asarnblea General por dos tercios de votos deI total de sus com-
ponentes.
Regirán a su respecto las incompatibilidades establecidas en los artículos 122. 123. 124
Y125.
Sus mlembros cesarán en sus funciones cuando la Asarnblea General. que sustituya a
la que los deslgnó. efectúe los nombrarnlentos para el nuevo período.
Podrán ser reelectos y tendrán. cada uno de ellos. tres suplentes para los casos de
vacancia. impedimento temporal o licencia de los titulares.
Articnlo 209. Los mlembros deI Tribunal de Cuentas son responsables. ante la Asamblea
General. en reunlón de ambas Cámaras. por el fieI y exacto cumplimiento de sus funciones.
La Asamblea General podrá destitulrlos. en caso de ineptitud. omisión o delito. mediando la
conformldad de dos tercios de votos deI total de sus componentes.
ArtIcnlo 210; EI Tribunal de Cuentas actuará con autonomíafuncional. Ia que será regla-
mentada por ley. que proyectará el mlsmo Tribunal.
Tarnblén podrá atribuírsele por ley. funciones no especificadas en esta Secclón.
Articnlo 211. Compete aI Tribunal de Cuentas:
A) Dlctarninar e informar en materia de presupuestos.
B) Intervenir preventivamente en los gastos y los pagos. conforme a las normas
reguladoras que establecerá la ley y aI solo efecto de certificar su legalidad. haciendo.
en su caso. Ias observaciones correspondlentes. SI el ordenador respectivo insistiera. lo
comunicará ai Tribunal sin peIjuiclo de dar cumplimiento a lo dispuesto.
SI el Tribunal de Cuentas. a su vez. mantuviera sus observaciones. dará noticia
circunstanciada a la Asarnblea General. o a qulen haga sus veces. a sus efectos.
En los Goblemos Departamentales. Entes Autónomos y Serviclos Descentraliza-
dos. el cometido a que se reflere este inciso podrá ser ejercido con las mismas
ulterioridades. por Intermedlo de los respectivos contadores o funclonarios que hagan
sus veces. qulenes actuarán en tales. cometidos bajo la supertIitendencia deI Tribunal
de Cuentas. eon sujeción a lo que disponga la ley. Ia cual podrá hacer extensiva esta
regia a otros serviclos públicos con administración de fondos.
C) Dictarninar e informar respecto de la rendición de cuentas y gestiones de los los
529
PARL,AMENTO CUL7VRAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

órganos dei Estado, inclusive Goblemos Departamentales. Entes Autónomos y SeMclos


Descentralizados, cualqulera sea su naturaleza. asi como tamblén. en cuanto a las
acciones correspondientes en caso de responsabl1ldad. exponlendo las conslderaclones
y observaciones pertinentes,
Dl Presentar a la Asamblea General la memorla anual relativa a la rendlclón de cuen-
tas estableclda en el inciso anterior.
El Intervenlr en todo lo relativo a la gestlón flnanciera de los órganos dei Estado. Gobier-
nos Departamentales, Entes Autónomos y Servlclos Descentralizados. y denunciar. ante
qulen corr~sponda, todas las irregularidades en el manejo de fondos públicos e Infrac-
clones a las leyes de presupuesto y contabilldad.
Fl Dictar las ordenanzas de contabl1ldad. que tendrán fuerza obligatorla para todos los
órganos deI Estado, Gobiernos Departamentales, Entes Autónomos y Servlcios Descen-
tralizados, cualquiera sea su naturaleza.
G) Proyectar sus presupuestos que elevará ai Poder Ejecutlvo. para ser Incluidos en los
presupuestos respectivos. EI Poder Ejecutlvo, con las modlflcaclones que considere dei
caso, los elevará aI Poder Legislativo. estándose a su resoluclón.
Articulo 212. EI TrIbunal de Cuentas tendrá superlntendencla en todo lo que corresponda a
sus cometidos y con sujeclón alo que establezca su Ley Orgánlca. sobre todas las oficinas de
contabl1ldad, recaudación y pagos dei Estado, Goblemos Departamentales. Entes Autónomos y
Servlclos Descentralizados. cualqulera sea su naturaleza. pudlendo proponer. a qulen corres-
ponda, las reformas que creyere convenientes.
Articulo 213. EI Tribunal de Cuentas presentará al Poder Ejecutlvo el proyecto de Ley de
Contabllldad y Admlnistraclón Financlera, el que lo elevará al Poder Legislativo con las obser-
vaclones que lemereclera. Dlcho proyecto comprenderá las normas reguladoras de la adml-
nlstraclón flnanciera y económlca y especialmente la organlzaclón de los seMclos de conta-
bllldad y recaudación; requisitos con fines de contralor. para la adqulslclón y enajenaclón de
blenes y contrataclón que afecten a la Haclenda Pública; para hacer efectlva la Intervenclón
preventiva en los Ingresos. gastos y pagos; y las responsabilidades y garantias a que quedarán
sujetos los funclonarlos que Intervlenen en la gestlón dei patrlmonlo dei Estado.

SECCIÓNXIV
DE LA HACIENDA PÚBLICA
CAPíTULO I
Articulo 214. EI Poder Ejecutlvo proyectará con el asesoramlento de la Oficina de Planeamlento
y Presupuesto, el Presupuesto Nacional que reglrá para su período de Goblemo y lo presentará
al Poder Legislativo dentro de los seis prlmeros meses dei ejerclclo de su mandato.
EI Presupuesto Nacional se proyectará y aprobará con una estructura que contendrá;
A) Los gastos comentes e Inverslones dei Estado dlstrlbuldos en cada inciso por programa.
B) Los escalafones y sueldos funclonales distrlbuldos en cada Inciso por programa.
Cl Los recursos y la estlmaclón de su producido. asi como el porcentaje que, sobre el
monto total de recursos, corresponderá a los Goblemos Departamentales. A este efecto.
la Comislón Sectorlal referida en el artículo 230. asesorará; sobre el porcentaje a fljar-
se con trelnta dias de antlclpaclón ai venclmlento dei plazo establecldo en el Inciso
primem. SI la Oficina de Planeamlento y Presupuesto no cbmpartlere su oplnlón. Igual-
mente la elevará ai Poder Ejecutlvo. y éste la comunicará al Poder Legislativo.
Los Goblemos Departamentales remltlrán ai Poder Legislativo. dentro de los seis
meses de vencido el ejerciclo anual. una rendlclón de cuentas de los recursos reclbldos
por aplicaclón de este literal, con indlcaclón precisa de los montosy de los destinos
aplicados.
Dl Las normas para la ejecuclón e interpretaclón dei presupuesto.
Los apartados precedentes podrán ser objeto de leyes separadas en razón de la materla
que comprendan.
El Poder Ejecutlvo dentro de los seis meses de vencido el ejerclclo anual. que. coincidirá
can el afio civil. presentará aI Poder Legislativo la Rendlclón de Cuentas y el Balance de
530
CONSTlTUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY/ TEXTO

Ejecuclón Presupuestal correspondlente a dlcho ejerclclo. pudlendo proponer las modlflcaclo-


nes que estime Indlspensables ai monto global de gastos. Inverslones y sueldos o recursos y
efectuar creaclones. supresiones y modlficaclones de programas por razones debldamente
justificadas.
Articulo 215. EI Poder Legislativo se pronunciará exclusivamente sobre montos globales por
Inciso. programas, objetivos de los mlsmos. escalafones y número de funclonarlos y recursos;
no pudlendo efectuar modlficaclones que slgnlflquen mayores gastos que los propuestos,
Articulo 216. Podrá por ley establecerse una Secclón especial en los presupuestos que com-
prenda los Gastos Ordinarlos permanentes de la Admlnlstraclón cuya revlslón periódica no
sea Indlspensable.
No se Incluirá nl en los presupuestos nl en las leyes de Rendlclón de Cuentas. dlsposl-
clones cuya vlgencia exceda la deI mandato de Goblerno nl aquellas que no se refleran exclu-
sivamente a su interpretación o ejecuclón,
Todos los proyectos de presupuestos serán elevados a qulen corresponda para su consl-
deraclón y aprobación. en fornla comparativa con los presupuestos vigentes.

CAPíTULO 11
Articulo 217. Cada Cámara deberá pronunclarse sobre los proyectos de presupuestos o leyes
de Rendlclón de Cuentas dentro dei término de cuarenta y cinco dias de reclbldos,
De no haber pronunclamlento en este término el o los proyectos seconslderarán re-
chazados,
Articulo 218. Cuando el proyecto aprobado por una de las Câmaras. fuera modificado por la
otra Câmara. Ia Cámaraque oIiglnaIiamente lo aprobó deberá pronunclarsesobre las modl-
flcaclones dentro de los qulnce dias slgulentes. transcurIidos los cuales.o rechazadas las
modlflcaclones el proyecto pasará a la Asamblea General.
La Asamblea General deberá pronunclarse dentro de los .qulncedías slgulentes.
SI la Asamblea General no se pronunciara dentro de este término los proyectos se ten-
drán por rechazados,
Articulo 219. Sólo se podrán enviar mensajes complementaIios o sustltutlvos' en el caso
exclusivo dei Proyecto de Presupuesto Nacional y sólo dentro de los velnte días li partir de la
pIimera entrada dei proyecto a'cada Câmara, .

CAPíTULO 1I1
Articulo 220. EI Poder Judicial. el TIibunal de lo Contencioso Administrativo. Ia Corte Electo-
ral. el TIibunal de Cuentas. los Entes Autónomos y los Servlclos Descentralizados. con excep-
clón de los comprendldos en el artículo slgulente, proyectarán sus respectlvós presupuestosy
los presentarán ai Poder EJecutlvo. incorporándolos éste ai proyecto de presupuesto. EIPoder
Ejecutlvo podrá modificar los proyectos oIiglnarlos y someterá éstos y las modlflcaclones ai
Poder Legislativo.
Articulo 221. Los presupuestos de los Entes IndustIiales o Comerclales dei Estadoserán
proyectados por cada uno de éstos y elevados ai Poder Ejecutlvo y ai TIibunal de Cuentas cinco
meses antes dei comlenzo de cada ejerclclo. con excepclón dei slgulente ai afto electoral. en
que podrán ser' presentados en cualquier momento.
EI TIibunal de Cuentas dlctamlnará dentro de los trelnta días de reclbldos, . ,
EI Poder EJecutlvocon asesoramlento de la Oficina de Planeamlcnto y Presupuésto po-
drá observarlo y, en este caso. asi como en el que medlasen observaclones dei TIibunal de
Cuentas lo devolverá aI Ente respectivo. . .
SI el Ente aceptase las observaclones dei Poder Ejecutlvo y el dlctamen dei TIibunal de
Cuentas. devolverá los antecedentes aI Poder Ejecutlvo para la aprobaclón dei presupuesto y
su Incluslón con fines informativos en el Presupuesto Nacional.
No mediando la conformldad estableclda en eÍ Inciso anteIior. los proyectos de presu-
puestos se remltlrán a la Asamblea General. con agregaclón de antecedentes.
La Asamblea General. en reunlón de ambas Câmaras. resolverá en cuanto a las dlscre.·
panclas con sujeclÓn a lo. dlspuesto en el artículo 215. por el vota de los dos terclos dei total de
sus componentes. Si no resolviera dentro deI término de cuarenta días se tendrá por aprobado
elpresupuesto. con las observaclones dei Poder Ejecutlvo,
.531
PARLAMENTO CUL7URAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

EI dictamen dei Trtbunal de Cuentas requiere el voto afirmativo de ,Ia mayoría de sus
miembros, '
La ley fijará, previo informe de los refertdos Entes y deI Trtbunal de Cuentas y la opinión
deI Poder Ejecutivo emitida con el asesoramiento de la Oficina de Planeamiento y Presupuesto,
los porcentajes que cada Ente podrá destinar a sueldos y gastos de dlrección y de administraclOn.

CAPÍTULO IV
Articulo 222, Se aplicarán ai Presupuesto Departamental, en lo pertinente, las dlsposiclones
de los articulos 86, 133,214,215,216 Y219.
Articulo 223. Cada Intendente proyectará el Presupuesto Departamental que reglrá para su
período de Gobiemo y lo someterá a la conslderación de la Junta Departamental dentro de los
seis prímeros meses dei ejerclcio de su mandato.
Articulo 224. Las Juntas Departamentales conslderarán los proyectos de presupuesto prepa-
rados por los Intendentes dentro de los cuatro meses de su presentaclón.
Articulo 225. Las Juntas Departamentales sólo podrán modificar los proyectos de presupues-
tos para aumentar los recursos o disminulr los gastos. no pudiendo prestar aprobación a nin-
gúnproyecto que signifique déficit. ni crear empleos por su Iniciativa.
Previamente a la sanción deI presupuesto. Ia Junta recabará Informes deI Trtbunal de
Cuentas, que se pronunciará dentrodeJOS-llcint~as,pudlenàe-únieamente-formular-obse ..
vaciones sobre error en el cálculo de los recursos, omisión de obligaciones presupuestales o
violación de disposiciones constitucionales o leyes aplicables.
Si la Junta aceptase las observaciones delTrtbunal de Cuentas, o no mediaran éstas,
sancionará definltivanlente el presupuesto.
En ningún caso la junta podrá introducir otras modlficaclones con posterioridad ai in-
forme deI TrtbunaI.
Si la Junta Departamental no aceptase las observaclones formuladas por el Trtbunal de
Cuentas, el presupuesto se remitirá, con lo actuado, a la Asamblea General, para que ésta, en
reunlón de ambas Cámaras, resuelva las dlscrepancias dentro delplazo de cuarenta dias, y si
no recayera decisión, el presupuesto se tendrá por sancionado. .
Articulo 226. Vencido el término establecido en el artículo 224 sln que la Junta Departamen-
tal hubiese tomado resolución definitiva, se considerará rechazado el proyecto de presupues-
to remitido por el Intendente.
Articulo 227. Los presupuestos departamentales declarados vigentes, se comunlqU"án ai Poder
Ejecutivo para su inclusión, a título informativo, en los presupuestos respectivos y ai Trtbunal
de .Cuentas con instrucción a éste de los antecedentes relativos a sus observaclones, cuando
las hublere.

CAPíTULO V
Articulo 228. La vigilancia en la ejecución de los presupuestos y la funclón de contralor de
toda gestión relativa a Hacienda Pública, será de cargo deI Tribunal de Cuentas.
. Mlentras no se aprueben los proyectos de presupuestos, continuarán riglendo los pre-
supuestos vigentes.
Articulo 229. EI Poder Legislativo, las Juntas Departamentales. los Entes Autónomos y Servi-
cios Descentraljzados no podrán aprobar presupuestos, crear cargos, determinar aumentos
de sueldos y paslvidades, nl aprobar aumentos en las Partidas de Jomales y Contrataclones,
en los doce meses antertores a la fecha de las elecciones ordlnarias. con excepclón de las
aslgnaclories a que se refieren·los artículos 117, 154 Y 295. .

CAPÍTULO VI
Articulo 230. Habrá una Oficina de Planeamiento y Presupuesto que dependerá dlrectamen-
te de la Presidencia de la República. Estará dlrtglda por unaComlsión integrada con repre-
sentantes de los Ministros vinculados ai desarrollo y por un Dlrector designado por el Presi-
dente de la República que la presidirá.
EI Dlrector deberá reunir las concliclones necesarias para ser Ministro y ser persona de
532
CONSTlTUCION DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL UkUGUAY / TEXTO

reconocida competencia en la materia. Su cargo será de particular confianza dei Presidente


de la República.
La Oficina de Planeamiento y Presupuesto se comunicará directamente con los Minis-
terios y Organismos Públicos para el cumplimiento de sus funciones.
Formará Comisiones Sectoriales en las que deberán estar representados los trabajado-
res y las empresas públicas y privadas.
La Oficina de Planeamiento y Presupuesto, asistirá al Poder Ejecutivo en la fOJ;mulación
de los planes y programas de desarrollo, asi como en la planificación de las politicas de descen-
tralización que serán ejecutadas:
A) Por el Poder Ejecutivo, los Entes Autónomos y los Servicios Descentralizados, respec-
to de sus correspondientes cometidos.
8) Por los Gobiemos Departamentales respecto de los cometidos que les asignen la Cons-
titución y la ley. A estos efectos se formará una Comisión Sectorial que estará exclusiva-
mente integrada por delegados dei Congreso de Intendentes y de los Ministros competen-
tes, la que ptopondrá planes de descentralización que previa aprobación por el Poder Ejecu-
tivo, se aplicarán por los organismos que corresponda. Sin peIjuicio de ello, la Ley podrá
establecer el número de los integrantes, los cometidos y atribuciones de esta Comisión
asi como reglamentar su funcionamiento.
La Oficina de Planeamiento y Presupuesto tendrá además los cometidos que 'por otras
disposiciónes se le asignen expresamente asi como los que la ley determine.
Artículo 231. La ley dictada por mayoría absoluta dei total de componentes de càda Cámara
podrá disponer expropiaciones correspondientes a planes y programas de desarrollo económi-
co, propuestas por el Poder Ejecutivo, mediante una justa indemnización y conforme a las
normas dei artículo 32.
Artículo 232. Dicha indemnización podrá no ser previa, pero en ese caso la ley deberá estable-
cer expresamente los 'recursos necesarios para asegurar su pago total en el término establecido,
que nunca superará los diez afios; la entidad expropiante no podrá tomar posesióh dei bien sin
antes haber pagado efectivamente por lo menos la cuarta parte dei total de la indemnización.
Los pequenos propietarios, cuyas caracteristicas determinará la ley, recibirán siempre
el total de la indemnización previamente a la toma de posesión dei bien.

SECCIÓNXV
DEL PODER JUDICIAL
CAPíTULO I
Artículo 233. El Poder Judicial será ejercido por la Suprema Corte de Justicia y por los Tribu-
nales y Juzgados, en la forma que estableciere la ley.

CAPITULO 11
Artículo 234. La Suprema Corte de Justicia se compondrá de cinco miembros.
Artículo 235. Para ser miembro de la Suprema Corte de Justicia se requiere:
1°) Cuarenta afios cumplidos de edad.
2°) Ciudadania natural en ejercicio, o legal con diez afios de ejercicio y veinticinco 'ànos
de residencia en el país.
3°) Ser abogado con diez anos de antigüedad o haber ejercido con esa calidad la Judica-
tura o el Ministerio Público o Fiscal por espacio de ocho afios.' '
Artículo 236. Los miembros de la Suprema Corte de Justicia serán designados por la A.sam-
blea General por dos tercios de votos dei total de sus componentes. La designación deberá
efectuarse dentro de los noventa dias de producida la vacancia a cuyo fin la AsambleaGeneral
será convocada especialmente. Vencido dicho término siri que se haya realizado la: aesigna-
ción, quedará automáticamente designado como miembro de la Suprema Corte de Justicia el
miembro de los Tribunales de Apelaciones con may6r antigüedad en tal cargo y a igualdad de
antigüedad en tal cargo por el que tenga más afios en el ejercicio de la Judicatura o dei
Ministerío Público o Fiscal.
533'
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

En los casos de vacancia y mientras éstas no sean provistas, y en los de recusación,


excusación o impedimento, para el cumplimiento de su función jurisdiccional, la Suprema
Corte de Justicia se integrará de oficio en la forma que establezca la ley.
Artículo 237. Los miembros de la Suprema Corte de Justicia durarán diez anos en sus cargos
sin perjuicio de lo que dispone el articulo 250 y no podrán ser reelectos sin que medien cinco
anos entre su cesey la .::eelección.
l\rfículo23~. Su dotación será fijada por el Poder Legislativo.

CAPÍTULO 111
Artículo 239. A la Suprema Corte de Justicia corresponde:
1°) Juzgar a todos los infractores dela Constitución, sin excepción alguna; sobre delitos
contra Derecho de Gentes y causas de AImirantazgo; en las cuestiones relativas a tra-
tados, pactos y convenciones con otros Estados; conocer en las causas de los diplomáti-
cos acreditados en la República, en los casos previstos por el Derecho Internacional.
Para los asuntos enunciados y para todo otro en que se atribuye a la Suprema
Corte jurisdicción originaria será la ley la que disponga sobre las instancias que haya
de haber en los juicios, que de cualquier modo serán públicos y tendrán su sentencia
definitiva motivada con referencias expresas a la ley que se apliqup
~ d e r r c i adlrectlva, correctlva, consultiva y económica sobre los
Tribunales, Juzgados y demás dependencias dei Poder Judicial.
3°) Formular los proyectos de presupuestos dei Poder Judicial, y remitirlos en su oportu-
nidad ai Poder Ejecutivo para que éste los incorpore a los proyectos de presupuestos
respectivos, acompanados de las modificaciones que estime pertinentes.
4°) Con aprobación de la Câmara de Senadores o en su receso con la de la Comisión
Permanente, nombrar los ciudadanos que han de componer los Tribunales de Apelacio-
nes, cinendo su designación a los siguientes requisitos:
a) AI voto conforme de tres de sus miembros, para candidatos que pertenezcan a la
Judicatura o al Ministerio Público, y
b) al voto conforme de cuatro, para candidatos que no tengan las calidades dei
párrafo anterior.
5°) Nombrar a los Jueces Letrados de todos los grados y denominaciones, necesitándose,
en cada caso, la mayoria absoluta dei total de· componentes de la Suprema Corte.
Estos nombrarnientos tendrán carácter de definitivos desde el momento en que se
produzcan, cuando recaigan sobre ciudadan03 que ya pertenecian, con antigüedad de
dos anos, a la Judicatura, ai Ministerio Público y Fiscal o a la Justicia de Paz, en destinos
que deban ser desempenados por abogados.
Si los mismos funcionarios tuviesen menor antigüedad en sus respectivos cargos
serán considerados con carácter de Jueces Letrados interinos, por un periodo de dos
anos, a contar desde la fecha de nombrarniento, y por el mismo tiempo tendrán ese
carácter los ciudadanos que recién ingresen a la Magistratura.
Durante el periodode interinato, la Suprema Corte podrá remover en cualquier mo-
mento al Juez Letrado interino, por mayoria absoluta dei total de sus rniembros. Vencido el
término dei interinato, el nombrarniento se considerará confirmado de ple~o derecho.
6°) Nombrar a los Défensores' de Oficio permanentes y li los Jueces de Pai por mayoria
absoluta dei total de componentes de la Suprema Corte de Justicia,
7°) Nombrar, promover y destituir por si, mediante el voto conforme de cuatro de sus
componentes, los empleados dei Poder Judicial, conforme a lo dispuesto en los articulos
58 a 66, en lo que corresponda.
8°) Cu~plir los demás cometidos que le senale la ley.
Artículo 240. En el ejercicio d~ SUB funciones, se comunicará directarnente con los otros
Poderes dei Estado, y su P,residente estará facultado para concurrir a las Comisiones parla-
mentarias, para que con voz y sin voto, participe de sus deliberaciones cuando traten de
aS\,lntos que interesen a la Administración de Justicia, pudiendo promover en ellas. el
andarnientode proyectos de reforma judicial y de los Códigos de Procedirnientos.

5'34
CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA OFfIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

CAPíTULO IV
Artículo 241. Habrá los Tribunales de Apelaciones que la ley determine y con las atrihucio-
nes que ésta les fije. Cada uno de ellos se compondrá de tres miemhros,
Artículo 242. Para ser miembro de un Tribunal de Apelaciones, se .requiere:
1°) Treinta y cinco afios cumplidos de edad.
2°) Ciudadania natural en ejercicio, o legal con siete afios de ejercicio.
3°) Ser abogado con ocho afios de antigüedad o haber ejercido con esa calidad la Judica-
tura o el Ministerio Público o Fiscal por espacio de seis afios. '
Artículo 243. Los miembros de los Tribunales de Apelacionesdurarán en sus cargos por todo
el tiempo de su buen comportamiento hasta ellímite dispuesto por el articulo 250.

CAPíTULO V
Artículo 244. La ley fijará elnúmero de Juzgados Letrados de la República, atendiendo a las
exigencias de la más pronta y fácil administración de Justicia, y sefialará los lugares de sede
de cada uno de ellos,sus atribuciones y el modo de ejercerlas.
Artículo 245, Para ser Juez Letrado, se requiere:
1°) Veintiocho afios cumplidos de edad.
2°) Ciudadania natural en ejercicio, o legal con cuatro afios de ejercicio.
3°) Ser abogado con cuatro afios de antigüedad o haber pertenecido con esa calidad po'r
espacio de dos afios al Ministerio Público o Fiscal o a la Justicia de Paz.
Artículo 246. Los Jueces Letrados con efectividad en el cargo, durarán en sus funciones todo
el tiempo de su buena comportación hasta ellímíte establecido en el artículo 250, No obstan-
te, por razones de buen servicio, la Suprema Corte de Justicia podrá trasladarlos en cualquier
tiempo, de cargo o de lugar, o de ambas cosas con tal que ese traslado se resuelva después de
oido el Fiscal de Corte y con sujeción a los siguientes requisitos:
1°) A1 voto conforme de tres de los miembros de la Suprema Corte enfavor dei traslado si
el nuevo cargo no implica'disminución de grado o de remuneración, o de ambos extrec
mos, con respecto ai anterior. .
2°) AI voto conforme de cuatro de sus miembros en favor dei traslado, si el nuevo cargo
implica disminución de grado o de remuneración, o de ambos extremos, con respecto ai
anterior.

CAPÍTULO VI
Artículo 247. Para ser Juez de Paz se requiere:
1°) Veinticinco afios cumplidos de edad.
2°) Ciudadania natural en ejercicio, o legal con dos afios de ejercicio.
A las calidades enunciadas,. se deberán agregar la de abogado para ser Juez de Paz en el
departamento de Montevideo y la de abogado o escribano público para serlo en las capitales y
ciudades de los demás departamentos y en cualquiera otra población de la República, cuyo
movimiento judicial asi lo exija, a juicio de la Suprema Corte.
Artículo 248. En la República habrá tantos Juzgados de Paz cuantas sean las secciones judi-
ciales en que se divida el territorio de los departamentos.
Artículo 249. Los Jueces de Paz durarán cuatro afios en el cargo y podrán ser removidos en
cualquier tiempo, si asi conviene a los fines dei mejor servicio público. .

CAPíTULO VII
Artículo 250. Todo miembro dei Poder Judicial cesará en el cargo al cumplir setenta afios de edad.
Artículo 251. Los cargos de la Judicatura serán incompatibles con toda otra función pública
retribuida, salvo el ejercicio dei profesorado en la Ensefianza Pública Superior en mlJ.teria
juridica, y con toda otra función pública honoraria permanente;.excepto aquellas especial-
mente conexas con la judicial.
Para desempefiar cualquiera de estas funciones se requerirá previamente la autoriza~
ción de la Suprema Corte de Justicia, otorgada por mayorÍll absoluta de votos dei total de sus
componentes.
535
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Artículo 252. A los Magistrados y a todo el personal de empleados pertenecientes a los despa-
chos y oficinas internas de la Suprema Corte, Tribunales y Juzgados, les está prohibido, bajo
pena de inmediata destitución, dirigir, defender o tramitar asuntos judiciales, o intervenir,
fuera de sU obligación funcional c çll: çualqui.eI:-mooo en eMas, aunque' sean ae JurIsc:TIcciõn
votuntana. La transgresiõn será declarada de oficio en cuanto se manifieste. Cesa la prohibi-
ción, únicamente cuando se trate de asuntos personales dei funcionario o de su cónyuge,
hijos y ascendientes.
En lo que se refiere al personal de los despachos y oficinas, se estará, además, a las
excepciones que la ley establezca.
La ley podrá también instituir prohibiciones particulares para los funcionarios o em-
pleados de las dependencias no aludidas por el apartado primero de este articulo.

CAPITULO VIII
Artículo 253. La jurisdicción militar queda limitada a los delitos militares y al caso de estado
de guerra.
Los delitos comunes cometidos por militares en tiempo de paz, cualquiera que sea el
lugar donde se cometan, estarán sometidos a la Justicia ordinaria.
Al'tíeulG 254. La Justlcla será gratuita para los declarados pobres con arreglo a la ley. En los
pleitos en que tal declaración se hubiere hecho a favor dei demandante, el demandado gozará
dei mismo beneficio hasta la sentencia definitiva, la cuallo consolidará si declara la ligereza
culpable dei demandante en el ejercicio de su acción.
Artículo 255. No se podrá iniciar ningún pleito en materia civil sin acreditarse previamente que
se ha tentado la conciliación ante la Justicia de Paz, salvo las excepciones que estableciere la ley.

CAPÍTULO IX
Artículo 256. Las leyes podrán ser declaradas inconstitucionales por razón de forma o de
contenido, de acuerdo con lo que se establece en los articulos siguientes.
Artículo 257. A la Suprema Corte de Justicia le compete el conocimiento y la resolución
originaria y exclusiva en la materia; y deberá pronunciarse con los requisitos de las senten-
cias definitivas.
Artículo 258. La declaración de inconstitucionalidad de una ley y la inaplicabilidadde las
disposiciones afectadas por aquélla, podrán solicitarse por todo aquel que se considere lesio-
nado en su interés directo, personal y legitimo:
1°) Por via de acción, que deberá entablar ante la Suprema Corte de Justicia.
2°) Por via de excepción, que podrá oponer en cualquier procedimiento judicial.
El Juez o Tribunal que entendiere en cualquier procedimiento judicial, o el Tribunal de
lo Contencioso Administrativo, en su caso, también podrá solicitar de oficio la declaración de
inconstitucionalidad de una ley y su inaplicabilidad, antes de dictar resolución.
En este caso y en el previsto por el numeral 2°), se suspenderán los procedimientos,
elevándose las actuaciones a la Suprema Corte de Justicia.
Artículo 259. El falio de la Suprema Corte de Justicia se referirá exclusivamente al caso
concreto y sólo tei1drá efecto en los procedimientos en que se haya pronunciado.
Artículo 260. Los decretos de los Gobiemos DepartamentaJes que tengan fuerza· de ley en su
jurisdicción, podrán también ser declarados inconstitucionales, con sujeción a lo establecido
en los articulos anteriores.
Artículo 261. La léyreglamentará los procedimientos pertinentes.

SECCIÓNXVI
DEL GOBIERNO
Y DE LA ADMINISTRACIÓN DE LOS DEPARTAMENTOS
, '
CAPÍTULO I
.\rtículo 262. El Gobiemo y la Administración de los Departamentos, con excepción de los
lIervicios de seguridad pública, serán ejercidos por una Junta DepartamentaJ y un Intenden-
'536
CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUA Y / TEXTO

te. Tendrán sus sedes en la capital de cada Departamento e iniciarán sus funciones sesenta
días después de su elección.
Podrá haber una autoridad local en toda población que tenga las condiciones. mínimas
que fljará la ley. También podrá haberla, una o más, en la planta urbana de las. capitales
departamentales, si así lo dispone la Junta Departamental a inicíativa dei Intendente.,
La ley establecerá la ma~eria departamental y la municipal, de modo de. delimitar los
cometidos respectivos de las autoridades departamentales y locales, así como los poderes
jurídicos de sus órganos, sin peIjuicio de lo dispuesto en los artículos 273 y 275.
EI Intendente, con acuerdo de la Junta Departamental, podrá delegar en las autoridades
locales la ejecución de determinados cometidos, e~ sus respectivas circunscripciones terri-
toriales.
Los Gobiernos Departamentales podrán acordar, entre sí y con el Poder Ejecutivo así
como con los Entes Autónomos y los Servicios Descentralizados, la organización y la presta~
ción de servicios y actividades propias o comunes, tanto en sus respectivos territorios como
en forma regional o interdepartamental. .
Habrá un Congreso de Intendentes, integrado por quienes fueren titulares de ese cargo
o lo estuvieren ejerciendo, con el fln de coordinar las políticas de los Gobiernos Departamen-
tales. EI Congreso, que también podrá celebrar los convenios a que reflere el inciso preceden-'
te, se comunicará directamente con los Poderes dei Gobierno.
Artículo 263. Las Juntas Departamentales se compondran de treinta y un miembros.
Artículo 264. Para ser miembro de la Junta Departamental se requerirá dieciocho aflos cum-
plidos de edad; ciudadanía natural o legal con tres aflos de ejercicio y ser nativo dei departa-
mento o estar radicado en él desde tres aflos antes, por lo menos.
Artículo 265. Los miembros de las Juntas Departamentales durarán cinco aflos en el ejercicio
de sus funciones. Simultáneamente con los titulares se elegirá triple número de suplentes.
Artículo 266. Los Intendentes durarán cinco aflos en el ejercicio de sus funciones y podrán
ser reelectos, por una sola vez, requiriéndose para ser candidatos que renuncien con tres
meses de anticipación, por lo menos, a la fecha de las elecciones.
Artículo 267. Para ser Intendente se requerirán las mísmascalídades que para ser Senador,
necesítándose, además, ser nativo dei departamento o estar radicado en él desde tres aflos
antes de la fecha de toma de posesíón por lo menos.
Artículo 268. Simultáneamente con el títular dei cargo de Intendente, se elegirán cuatro
suplentes, que serán llamados por su orden a ejercer las funciones en caso de vacancia dei
cargo, ímpedímento temporal o licencia dei títuiar. La no aceptación dei cargo por parte de un
suplente le hará perder su calídad de tal, excepto que la convocatoria fuese para s1J'plir una
vacancia temporal. /
Si el cargo de Intendente quedase vacantedeflnitivamente y agotada la lista de suplen-
tes, la Junta Departamental elegirá nuevo titular por mayoria absoluta dei total de sus compo-
nentes y por el término complementario dei periodo de gobierno en transcurso. Mientras
tanto, o si la vacancia fuera temporal, el cargo será ejercido porei Presidente de la Junta
Departamental-siempre y cuando cumpliese con lo dispuesto por los articulos 266 y 267- y en
su defecto por los Vicepresidentes que reuniesen dichas condiciones.
Si en la fecha en que deba asumir sus funciones no estuviese proclamido el Intenden-
te electo o fuese anulada la elección departamental quedará prorrogado el periodo dei Inten-
dente cesante, hasta que se efectúe la transmisión dei mando.
Artículo 269. La ley sancionada con el voto de dos tercios dei total de los componentes de cada
Cámara podrá modiflcar el número de miembros de las Juntas Departamentales.

CAPITULO 11
Artículo 270. Las Juntas Departamentales y los Intendentes serán elegidos directamente
por el pueblo, con las garantías y conforme a las normas que para el sufragio establece la
Sección III.
Artículo 271. Los partidos políticos seleccionarán sus candidatos a Intendente mediante elec-
ciones internas que reglamentará la ley sancionada por el voto de los dos tercios de compo-
nentes de cada Cámara. .
537
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Para la elección de Intendent~ Municipal se acumularán por lema los votos en favor de
cada partido político, quedando prohibida la acumulación por sublema.
Corresponderá el cargo de Intendente Municipai al candidato de la lista más votada dei
partido político más votado.
La ley, sancionada por la mayoria estipulada en el primer inciso, podrá establecer que
cada partido presentará una candidatura única para la Intendencia Municipal.
Artículo 272. Los cargos de miembros de las Juntas Departamentales se distribuirán entre
los diversos lemas, proporcionalmente ai caudal electoral de cada uno, sin perjuicio de lo
establecido eIl los apartados siguientes.
Si el lema que haya obtenido el cargo de Intendente sólo hubiese obtenido la mayoria
relativa de sufragios se adjudicará a ese lema la mayoria de los cargos de la Junta Departa-
mental, los que serán distribuidos proporcionalmente entre todas sus listas.
Los demás cargos serán distribuidos por el sistema de la representación proporcional
integral, entre los lemas que no hubiesen obtenido representación en la adjudicación anterior.

CAPíTULO 111
Artículo 273. La Junta Departamental ejercerá las funciones legislativas y decontralor en el
Gobierno Departamental.
Su jurisdicción se extenderá a todo el territorio dei departamento.
Además de las que la ley determine, serán atribuciones de las Juntas Departamentales:
1°) Dictar, a propuesta dei Intendente o por su propia iniciativa, los decretos y resolucio c
nes que juzgue necesarios, dentro de su competencia. '
2°) Sancionar los presupuestos elevados a su consideración por el Intendente, conforme
a lo dispuesto en la Sección YJV.
3°) Crear o fijar, a proposición'del Intendente, impuestos, tasas, contribuciones, tarifas y
precios de los servicios que presten, mediante el voto de la mayoria absoluta dei total de
sus componentes.
4°) Requerir la intervención dei Tribunal de Cuentas para informarse sobre cuestiones
relativas a la Hacienda o a la Administración Departamental. EI requerimiento deberá
formularse siempre que el pedido obtenga un tercio de votos dei total de componentes de
la Junta.
SO) Destituir, a propuesta dei Intendente y por mayoria absoluta de votos dei total de
componentes, los miembros de las Juntas Locales no electivas.
6°) Sancionar, por tres quintos dei total de sus componentes, dentro de los doce primeros
meses de cada periodo de Gobierno, su Presupuesto de Sueldos y Gastos y remitirlo al
Intendente para que lo inc1uya en el Presupuesto respectivo.
Dentro de los cinco primeros meses de cada aiJ.o podrán establecer, por tres quin-
tos de votos dei total de sus componentes, las modificaciones que·estimen indispensa-
bles en su Presupuesto de Sueldos y Gastos.
7°) Nombrar los empleados de sus dependencias, corregirtos, suspenderlos y destituirlos
en los casos de ineptitud, omisión o delito, pasando en este último caso los anteceden-
tes a la Justicia.
gO) Otorgar concesiones para servicios públicos, locales o departamentales, a propuesta
dei Intendente, y por mayoria absoluta de votos dei total de sus componentes.
gO) Crear, a propuesta dei Intendente, nuevas Juntas LOcales.
10) Considerar las solicitudes de venia o acuerdo que el Intendente formule.
11) Solicitar directamente dei Poder Legis.lativo modificaciones o ampliaciones de la
Ley Orgánica de los Gobiernos Departamentales.

CAPíTULO IV
Artículo 274. Corresponden al Intendente las funciones ejecutivas y administrativas en el
Gobierno Departamental.
Artículo 275. Además de las que la ley determine, sus atribuciones son:
1°) Cumplir y hacer cumplir la Constitución y las Leyes.
538
CONSTlTUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

2') Promulgar y publicar los decretos sancionados por la Junta Departamental, dictando
los reglamentos o resoluciones que estime oportuno para su cumplimiento. '
3') Preparar el presupuestoy someterlo a la aprobación de la Junta Departame~tal,todo
con sujeción a lo dispuesto en la Sección XIV.
4') Proponer a la Junta Departamental, para su aprobación, los impuestos, tasas y con-
tribuciones; fijar los precios por utilización o aprovechamiento de los ,bienes o servicios
departamentales y homologar las tarifas de los servicios públicos a cargo de concesiona-
rios o permisarios.
5') Nombrar los empleados de su dependencia, corregirlos y suspenderlos. Destituirlos
en caso de ineptitud, omisión o delito, con autorización de la Junta Departamental, que
deberá expedirse dentro de los cuarenta dias. De no hacerlo, la destitución se conside-
rará ejecutoriada. En caso de delito, pasará, además, los antecedentes a la Justicia.
6') Presentar proyectos de decretos y resoluciones a la Junta Departamental y observar
los que aquélla sancione dentro de los diez dias siguientes a la fecha en que se le haya
comunicado la sanción.
7') Designar los bienesa expropiarse por causa de necesidad.o utilidad públicas, con
anuencia de la Junta Departamental. '
8') Designar los miembros de la Juntas Locales, con anuencia de la Junta Departamental.
g') Velar por la salud pública y la instrucción primaria, secundaria y preparatoria; indus-
trial y artistica, proponiendo a las autoridades competentes los medios adecuados para ,su
mejoramiento.
Artículo 276. Corresponde ai Intendente representar ai departamento en susrelaciones con
los Poderes dei Estado o con los demás Gobiernos Departamentales, y en sus contrataciones
con órganos oficiales o privados.

CAPíTULO V
Artículo 277. EI Intendente firmará los decretos, las resoluciones y las cOlTlunicaciones co'n
el Secretario o el funcionario que 'designe, requisito sin el cual nadie estará obligado a obede-
cerlos. No obstante podrá disponer que determinadas resoluciones se establezcan por acta
otorgada con los mismos requisitos precedentemente fijados.
EI Secretario será nombrado por cada Intendente y cesará con él, salvo nueva designa-
ción, pudiendo ser removido o reemplazado transitoriamente en cualquier momento.
Artículo 278. EI Intendente podrá atribuir a comisiones especiales la realización de cometi-
dos específicos, delegando las facultades necesarias para su cumplimiento.
Artículo 279. EI Intendente determinará la competencia de las direcciones generales de
departamento y podrá modificar su denominación. .
Artículo 280. Los directores generales de departamento ejercerán los cometidos que el In-
tendente expresamente delegue en ellos. '

CAPíTULO VI
Artículo 281. Los decretos que sancione la Junta Departamental requerirán, para entrar en
vigencia, la previa promulgación por el Intendente Municipal. . ' .
Éste podrá observar aquéllos que tenga por inconvenientes, pudiendo la JUJ;lta Departa-
mental insistir por tres quintos de votos dei total de sus componentes, y en ese caso entrarán
inmediatamente en vigencia.
Si el Intendente Municipal no los devolviese dentro de los diez dias de recibidos, se
considerarán promulgados y se cumplirán como tales. \ '
No podrán ser observados los presupuestos que hayan llegado a la Asamblea General por
el trámite establecído en el articulo 225.
Artículo 282. EI Intendente podrá asistir a las sesiones de la Junta Departamental y de süs
comisiones internas y tomar parte en sus deliberaciones, pero no tendrá voto.
Artículo 283. Los Intendentes o las Juntas Departamentales podrán reclamar ante la Supre-
ma Corte de Justicía por cualquier lesión que se infiera a la autonomia dei departamento, en'
la forma que establezca la ley.
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Artículo 284. Todo miembro de la Junta Departamental puede pedir al Intendente los datos
e informes que estime necesarios para llenar !?u cometido. EI pedido será formulado por
escrito y por intermedio dei Presidente de la Junta Departamental, el que lo remitirá de
inmediato al Intendente.
Si éste no facilitara los informes dentro dei plazo de veinte dias, el miembro de la Junta
Departamental podrá solicitarlos por intermedio de la misma.
Artículo 285. La Junta tiene facultad por resolución de la tercera parte de sus miembros, de
hacer venir a su Sala al Intendente para pedirle y recibir los informes que estime convenien-
tes ya sea con fines legislativos o de contralor.
EI Intendente podrá hacerse acompa.iJ.ar con los funcionarios de sus dependencias que
estime necesarios, o hacerse representar por el funcionario de mayor jerarquia de la reparti-
ción respeCtiva.
Salvo cuando el llamado a Sala se funde en el incumplimiento de lo dispuesto en el
párrafo 2° dei articulo anterior.
Artículo 286. La Junta Departamental podrá nombrar comisiones de investigación para su-
ministrar datos que considere necesarios para el cumplimiento de sus funciones, quedando
obligados el Intendente y las oficinas de su dependencia, a facilitar los datos solicitados.

CAPíTULO VII
Artículo 287. EI número de miembros de las autoridades locales, que podrán ser unipersonales
o pluripersonales, su forma de integración en este último caso, asi como las calidades exigi-
das para ser titular de las mismas, serán establecidos por la ley.
Los Intendentes y los miembros de las Juntas Departamentales no podrán integrar las
autoridades locales.
Artículo 288. La ley determinará las condiciones para la creación de las Juntas Locales y sus
atribuciones, pudiendo, por mayoria absoluta de votos dei total de componentes de cada Cáma-
ra y por iniciativa dei respectivo Gobierno Departamental, ampliar las facultades de gestión
de aquéllas, en las poblaciones que, sin ser capital de departamento, cuenten con más de diez
mil habitantes u ofrezcan interés nacional para el desarrollo· dei turismo. Podrá también,
llenàndo los mismos requisitos, declarar electivas por el Cuerpo Electoral respectivo las Jun-
tas Locales Autónomas.

CAPíTULO VIII
Artículo 289. Es incompatible, el cargo de Intendente con todo otro cargo o empleo público,
excepción hecha de los docentes, o con cualquier situaçión personal que importe recibir suel-
do o retribución por servicios de empresas que contraten con el Gobierno Departamental. EI
Intend~nte no podrá contratar con el Gobierno Departamental.
Artículo 290. No podrán formar parte de las Juntas Departamentales y de las Juntas Locales,
los empleados de los Gobiernos Departamentales o quienes estén a sueldo o reciban retribu-
ción por servicios de empresas privadas que contraten con el Gobierno Departamental.
No podrán tampoco formar parte de aquellos órganos, los funcionarios comprendidos en
el numeral 4° dei articulo 77.
Artículo 291. Los Intendentes, los miembros de las Juntas Departamentales y de las Juntas
Locales, tampoco podrán durante su mandato:
1°) Intervenir como directores o administradores en empresas que contraten obras o
suministros con el Gobierno Departamental, o con cualquier otro órgano público que
tenga relación cori el mismo.
2°) Tramitar o dirigir asuntos propios o de terceros ante el Gobierno Departamental.
Artículo 292. La inobservancia de lo preceptuado en los articulos precedentes, importará la
pérdida inmediata dei cargo.
Artículo 293. Son incompatibles los cargos de mÚ~mbros de las Juntas Locales y Departa-
mentales con el de Intendente, pero esta disposición no comprende a los miembros de la
Junta Departamental que sean llamados a desempenar interinamente el cargo de Intenden-
te. En este caso quedarán suspendidos en sus funciones de miembros de la Junta Departa-
mental, sustituyéndoseles, mientras dure la suspensión, por el suplente currespundiente.
540
CONSTlTUCI6N DELA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

Artículo 294. Los cargos de Intendente y de miembros de Junta Departamental, son incom-
patibles con el ejercicio de otra función pública eleCtiva, cualquiera sea su naturaleza.

CAPíTULO IX
Artículo 295. Los cargos de miembros de Juntas Departamentaies y de Juntas Locales serár)-,
honorarios.
Los Intendentes percibirán la remuneración que les fije la Junta Departaméntalcón
anterioridad a su elección. Su monto no podrá ser/alterado durante' el término de sus mandatos.
Artículo 296. Los Intendentes y los miembros de la Junta Departamental podrán ser acusa-
dos ante la Cámara de Senadores por un tercio de votos dei total de componentes de dicha
Junta por los motivos previstos en el artículo 93.
La Cámara de Senadores podrá separarlos de sus destinos por dos tercios de votos dei
total de sus componentes. .

CAPíTULO X
Artículo 297. Serán fuentes de recursos de los Gobiernos Departamentales, decretados y
administrados por éstos:
1') Los impuestos sobre la propiedad inmueble, urbana y suburbana, situada dentro de los
limites de sujurisdícción, con excepción, en todos los casos, de los adicionales nacionales
establecidos o que se establecieren. Los impuestos sobre la propiedad inmueble rural
serán fijados por el Poder Legislativo, pero su recaudación y la totalidad de su producido,
excepto el de los adicionales establecidos o que se establecieren, corresponderá a los
Gobiernos Departamentales respectivos. La cuantía de los impuestos adicionales nacio-
nales, no podrán superar el monto de los impuestos con destino departamental.
2') El impuesto a los baldíos y a la edificación inapropiada en las zonas urbanas y subur-
banas de las ciudades, víllas, pueblos y centros poblados.
3') Los impuestos establecidos con destino a los Gobiernos Departamentalesy los que
se creen por ley en lo futuro con igual finalidad sobre fuentes no enumeradas e;' este
artículo. '
4') Las contribuciones por mejoras a los inmuebles beneficiados por obras públicas de-
partamentales.
5') Las tasas, tarifas y precios por utilización, aprovechamiento o beneficios obtenidos
por servicios prestados por el Gobierno Departamental, y las contribuciones a cargo de
las empresas concesionarias de servicios exclusivamente departamentales.
6') Los impuestos aios espectáculos públicos con excepción de los establecidos por ley
con destinos especiales mientras no sean derogados, y a los vehículos de transporte.
7')Los impuestos a la propaganda y avisos de todas clases. Están exceptuados la propa-
ganda y los avisos de la prensa radial, escrita y televisada, los de carácter político, reli-
gioso, gremial, cultural o deportivo, y todos aquellos que la ley determine por mayoria
absoluta de votos dei total de componentes de cada Cámara.
8') Los beneficios de la explotación de los juegos de azar, que les hubiere autorizado o les
autorice la ley, en la forma y condiciones que ésta determine.
g') Los impuestos a los juegos de carreras de caballos y demás competencias en que se
efectúen apuestas mutuas, con excepción de los establecidos por ley, mientras no sean
derogados.
10) El producido de las multas:
a) que el Gobierno Departamental haya establecido mientras no sean derogadas, o
estableciere según sus facultades;
b) que las leyes vigentes hayan establecido con destino a los Gobiernos Departamen-
tales;
c) que se establecieran por nuevas leyes, con destino a los Gobiernos Departamenta-
~s. .
11) Las rentas de los bienes de propiedad dei Gobierno Departamental y el producto de
las-ventas de éstos.
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

12) Las donaciones, herencias y legados que se le hicieren y aceptaren.


13) La cuota parte dei porcentaje que, sobre el monto total de los recursos dei Presu-
puesto Nacional, fijará la Ley Presupuestal.
Artículo 298. La ley, que requerirá la iniciativa dei Poder Ejecutivo y por el voto de la mayoria
absoluta dei total de componentes de cada Câmara, podrá:
1.' Sinincurrir en' superposiciones impositivas, extender la esfera de aplicación de los
tributos departamentales, asi como ampliar las fuentes sobre las cuales éstos podrán
recaer.
, 2, Destinar ai desarrollo dei interior dei país y a la ejecución de las políticas de descen-
tralización, una alícuota de los tributos nacionales recaudados fuera dei departamento
'de Montevideo. Con su producido se formará un fondo presupuestal, afectado ai
financiamiento de los programas y planes a que refiere el inciso quinto dei artículo 230.
Dícha alícuota deberá ser propuesta preceptivamente en el Presupuesto Nacional.
3. Exonerar temporariamente de tributos nacionales, asi como rebajar sus alícuotas, a
las empresas que se instalaren en el interior dei país.
Artículo 299. Los decretos de los Gobiernos Departamentales creando o modificando impues-
. tos, no serán oblígatorios, sino después de diez dias de publicados en el "Diario Oficial", y se
insertarán en el Registro Nacional de Leyes y Decretos en una sección especial. '
Deberán publicarse, además, por lo menos, en dos periódicos dei departamento.
Artículo 300. EI Poder Ejecutivo podrá apelar ante la Câmara de Representantes dentro de los
quince dias de publícados en el "Diario Oficial", fundándose en razones de interés general, los
decretos de los Gobiernos Departamentales que crean o modifican impuestos. Esta apelación
tendrá efecto suspensivo.
Si transcurridos sesenta dias después de recibidos los antecedentes por la Câmara de
Representantes, ésta no resolviera la apelación, el recurso se tendrá por no interpuesto.
La Cámara de Representantes dentro de los quince dias siguientes a la fecha en que se
dé cue11ta de la apelación, podrá~olicitar por una sola vez, antecedentes complementarios,
quedando, en este caso, interrumpido el término hasta que éstos sean recibidos.
EI receso de la Câmara de Representantes interrumpe los plazos fijados precedente-
mente.
Artículo 301. Los Gobiernos Departamentales no podrán emitir titulos de Deuda Pública De-
partamental, ni concertar préstamos ni empréstitos con organismos internacionales o insti-
tuciones o gobiernos extranjeros, sino a propuesta dei Intendente, aprobada por la Junta De-
partamental, previo informe dei Tribunal de Cuentas y con la anuencia dei Poder Legislativo,
otorgada por mayoria absoluta deI total de componentes de la AsaÍnblea General, en reunión
de ambas Cámaras, dentro de un término de sesenta dias, 'pasado el cual se entenderá acor-
dada dicha anuencia. '
Para contratar otro tipo de préstamos, se requerirá la inici.ativa dei Intendente y la
aprobación de la mayoria absoluta de votos dei total de componentes de la Junta Departamen-
tal, previo informe deI Tribunal de Cuenta.s. Si el plazo delos préstamos, excediera el periodo
de gobierno dei Intendente proponente, se requerirá para su aprobación, los dos tercios de
votos dei total de componentes de la Junta Departamental.
Artículo 302. Todo superávit deberá ser integramente aplicado a amortizaciones extraordi-
narias de las oblígaciones departamentales. Si dichas oblígaciones no existiesen, se aplicará
a la ejecución de obras públicas o inversiones remuneradoras, debiendo ser adoptada la reso-
lución por la Junta Departamental, a propuesta dei Intendente y previo informe dei Tribunal
de Cuentas.

CAPíTULO XI
Artículo 303. Los decretos de la Junta Departamental y las resoluciones dei Intendente Mu-
nicipal contrarios a Ia Constit~ción y a las Ieyes, no susceptibles de ser impugnados ante el
Tribunal de lo Contencioso Administrativo, serán apelables para ,ante la Câmara de Repre-
sentantes dentro de los quince dias de su promulgf.lción, por untercio dei total de miembros de
la Junta Departamental o por mih:iudadanos insc-ríptos-en eliDepartamento. En este últüno
542
CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEJfTO

caso, y cuando el decreto apelado tenga por ,objeto el aumento de las rentas departamentales,
la apelación no tendrá efecto suspensivo,
Si transcurridos sesenta dias después de recibidos los antecedentes por la Câmara df :
Representantes, ésta no resolviera la apelación, el recurso se' tendrá por no interpuesto,
La Cámara de Representantes dentro de los quince dias siguientes a la fecha en que se
dé cuenta de la apelación, podrá solicitar por una sola vez, antecedentes complementarios,
quedando, en este caso, interrumpido el término hasta que éstos sean recibidos,
EI receso de la Cámara de Representantes interrumpe los plazos fijados precedente-
mente,

CAPíTULO XII
Artículo 304. La ley, por mayoria absoluta de votos dei total de componentes de cada Câmara;
reglamentará el referéndum corno recurso contra los decretos de las Juntas Departamentales.
También podtá la ley, por mayoria absoluta de votos dei total de componentes de cada
Câmara, instituir y reglamentar la iniciativa popular en materia de Gobiemo Departamental.,
Artículo 305. EI quince por ciento de los inscriptos residentes en una localidad o circunscrip-
ción que determine la ley, tendrá el derecho de iniciativa ante los órganos dei Gobiemo De-
partarnental en asuntos de dicha jurisdicción. .
Artículo 306. La fuerza pública prestará s'u concurso a las Juntas e Intendentes Municipales
y a las Juntas Locales, siempre' que lo requieran para el cumplimiento de sus funciones.

SECCIÓN XVII
DE LO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
CAPíTUlO I
Artículo 307. Habrá un Tribunal de lo Contencioso Administrativo, el que estará compuesto
de cinco miembros.
En los casos de vacancias y mientras éstas no sean provistas, y en los de recusación,
excusación o impedimento para el cumplimiento de su funciónjurisdiccional, se integrará de
oficio en la forma que establezca la ley. ' , .'
Artículo 308. Las calidades necesarias para ser miembro de este Tribunal, la forma de su
designación, las prohibiciones e incompatibilidades, la dotación y duración dei cargo, serán
las determinadas para los miembros de la Suprema Corte de Justicia.

CAPíTULO 1I
Artículo 309. EI Tribunal de lo Contencioso Administrativo conocerá de las demandas de
nulidad de actos administrativos definitivos, cumplidos por la Administración, en el ejercicio
de sus funciones, contrarios a una regia de derecho o con desviación de poder.
La jurisdicción dei Tribunal comprenderá también los actos administrativos definitivos
emanados de los demás órganos dei Estado" de los Gobiernos Departamentales, de los Entes
Autonómos y de los Servicios Descentralizados.
La acción de nulidad sólo podrá ejercitarse por el titular,de un derecho o de un interés
directo, personal y legitimo, violado o lesionado por el acto administrativo. .
Artículo 310. EI Tribunal se limitará a apreciar el acto en si mismo, confirmándolo o anulán-
dolo, sin reformarlo. ' , .
Para dictar resolución, deberán concurrir todos los miembros dei Tribunal, pero bastará la
simpie mayoría para declarar la nulidad dei acto impugnado por lesión de un derecho subjetivo.
En los demás casos, para pronunciar la nulidad dei acto, se requerirán cuatro votos
conformes.
Sin embargo, el Tribunal reservará a la parte demandante, la acción de reparación, si
tres votos conformes declaran suficientemente justificada la causal de nulidad invocada.
Artículo 311. Cuando el Tribunal de lo Contencioso Administrativo declare la nulidad dei acto
administrativo impugnado por causar lesión a un p.erecho subjetivodeLdemandante, la deci-
stónteTIôm-efecto- ümcamente en el proceso en que se dicte.
543
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Cuando la .decisión declare la nulidad deI acto en interés de la regIa de derecho o de la


buena administración, producirá efectos generales y absolutos.
Artículo 312. La acción de reparación de los danos causados por los actos administrativos a
que se refiere el articulo 309 se intepondrá ante la juridicción que la ley determine y sólo
podrá ejercitarseporquienes tuvieren legitimación activa para demandar la' anulación deI
o

acto de que se tratare.


EI actor podrá optar entre pedir la anulación deI acto o la reparación dei dano por éste
causado.
En el primer caso y si obtuviere una sentencia anulatoria, podrá luego demandar la
reparación ante la sede correspondiente. No podrá, en cambio, pedir la anulación si hubiere
optado primero por la acción reparatoria, cualquiera fuere el contenido de la sentencia res-
pectiva. Si la sentencia deI Tribunal fuere confirmatoria, pero se declara suficientemente
justificada la causal de nulidad invocada, también podrá demandarse la reparación.
Artículo 313. EI Tribunal entenderá, además, en las contiendas de competencia fundadas en
la legislación y en las diferencias que se susciten entre el Poder Ejecutivo, los Gobiernos
Departamentales, los Entes Autónomos y los Servicios Descentralizados, y, también, en las
contiendas o diferencias entre uno y otro de estos órganos.
También entenderá en las contiendas o diferencias que se produzcan entre los miem-
bros de las Juntas Departamentales, Directorios o Consejos de los Entes Autónomos o Servi-
cios Descentralizados, siempre que no hayan podido ser resueltas por el procedimiento nor-
mal de la formación de la voluntad deI órgano. o

De toda contienda fundada en la Constitución entenderá la Suprema Corte de Justicia.

CAPÍTULO 111,
Artículo 314. Habrã un Procurador deI Estado en lo Contencioso Administrativo, nombrado
por el Poder Ejecutivo.
.Las calidades necesarias para desempenar este cargo, las prohibiciones e incompatibi-
lidades, asi como la duración y dotación, serán las determinadas para los miembros deI Tribu-
nal de lo Contencioso Administrativo.
Artículo 315. EI Procurador deI Estado en lo Contencioso Administrativo será necesariamen-
te oido, en último término, en todos los asuntos de lajurisdicción deI Tribunal.
EI Procurador deI Estado en lo Contencioso Administrativo es independiente en el ejer-
o

cicio de' sus funciones. Puede, en consecuencia, dictaminar según su convicción, estable-
ciendo las conclusiones que crea arregladas a derecho.
Artículo 316. La autoridad demandada podrá hacerse representar o asesorar por quien crea
conveniente.

CAPíTULO IV
Artículo 317. Los actos administrativos pueden ser impugnados con el recurso de revoca-
ción, ante la misma autoridad que los haya cumplido, dentro deI término de diez dias, a contar
deI dia sigúiente de su notificación personal, si correspondiere, o de su publicación en el
"Diario Oficial".
Cuando el acto administrativo haya sido cumplido por una autoridad sometida a jerar-
quias, podrá ser impugnado, además, con el recurso jerárquico, el que deberá interponerse
conjuntamente y, en forma subsidiaria, al recurso de revocación.
Cuando el acto administrativo provenga de una autoridad que según su estatuto juridico
esté sometida a tutela administrativa, podrá ser impugnado por las mismas causas de nulidad
previstas en el artículo 309, mediante recurso de anulación para ante el Poder Ejecutivo, el que
deberá interponerse conjuntamente y en forma subsidiaria al recurso de revocación.
Cuando el acto emane de un órgano de los Gobiernos Departamentales, se podrá impug-
nar con los recursos de reposición y apelación en la forma que determine la ley.
Artículo 318. Toda autoridad administrativa está obligada a decidir sobre cualquier petición
que le formule el titular de un interés legitimo en la ejecución de un determinado acto admi-
nistrativo, y a resolver los recursos administrativos que se interpongan contra sus decisio-

544
CONSTlTUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

nes, previos los trámites que correspondan para la debida instrucción dei asunto, dentro dei
término de ciento veinte dias, a contar de la fecha de cumplímiento dei último acto que orde-
ne la ley o el reglamento aplícable.
Se entenderá desechada la petición o rechazado el recurso administrativo, si la autori-
dad no resolviera dentro dei término indicado. .
Artículo 319. La acción de nulídad ante el Tribunal de lo Contencioso Administrativo, no
podrá ejercitarse si antes no se· ha agotado la via administrativa, mediante los recursos co-
rrespondientes.
La acción de nulídad deberá interponerse, so pena de caducidad, dentro de los términos
que en cada caso determine la ley.

CAPíTULO V
Artículo 320. La ley podrá, por tres quintos de votos dei total de componentes de cada Câmara,
crear órganos inferiores dentro de la jurisdicción contencioso administrativa.
Estos órganos serán designados por el Tribunal de lo Contencioso Administrativo, con-
forme a lo que disponga la ley sobre la base de las disposiciones que se establecen para el
Poder Judicial y estarán sometidos a su superintendencia directiva, correccional, consultiva
y económica.
Artículo 321. El Tribunal de lo Contencioso Administrativo proyectará sus presupuestos y los
remitirá, en su oportunidad, ai Poder Ejecutivo para que éste los incorpore a los respectivos
proyectos de presupuestos, acompafJ.ándolos de las modificaciones que estime pertinentes.

SECCIÓN XVIII
DE LA JUSTICIA ELECTORAL
CAPíTULO ÚNICO
Artículo 322. Habrá una Corte Electoral que tendrá las siguientes facultades, además de las
que se establecen en la Sección III y las que le sefJ.ale la ley:
A) Conocer en todo lo relacionado con los actos y procedimientos electorales.
B) Ejercer la superintendencia directiva, correccional, consultiva y económica sobre los
órganos electorales.
q Decidi.r en última instancia sobre todas las apelaciones y reclamos que se produz-
can, y ser juez de las elecciol'les de" tl!Jd:oa: IíDs cargos' e1ectivos, de los; ilIctl!J8, de plebiscito y
referéndum.
Artículo 323. En materia presupuestal y financiera, se estará lo que se dispone en la Sección
XIV.
Artículo 324. La Corte Electoral se compondrá de nueve titulares que tendrán doble número
de suplentes. Cinco titulares y sus suplentes serán designados por la Asamblea General en
reunión de ambas Câmaras por dos tercios de votos dei total de sus .componentes, debiendo
ser ciudadanos que, por su posición en la escena política, sean garantia de imparcialídad.
Los cuatro titulares restantes, representantes de los partidos, serán elegidos por la
Asamblea General, por doble voto simultáneo de acuerdo a un sistema de representación
proporcional.
Artículo 325. Los miembros de la Corte Electoral no podrán ser candidatos a ningún cargo que
requiera la elección por el Cuerpo Electoral, salvo que renuncien y cesen en sus funciones
por lo menos seis meses antes de la fecha de aquélla.
Artículo 326. Las resoluciones de la Corte Electoral se adoptarán por mayoria de votos y debt:-
rán contar, para ser válidas, por lo menos con el voto afirmativo de tres de los cinco miembros
a que se refiere el inciso primero dei artículo 324, salvo que se adopten por dos tercios de votos
dei total de sus componentes. .
Artículo 327. La Corte Electoral podrá anular.totaloparcialmente las elecciones, requiriéndose
para ello el voto conforme de seis <;Ie sus miembros, de los cuales tres, por lo menos, deberán
ser de los miembros elegidos por dos tercios de votos de la Asamblea General.
545
PARLAMENTO CULTURAL OEL MERCOSUR (PARCUM)
,-------~---------~--

En tal caso deberá convocar a una nueva elección -total o parcial- la que se efectuará el
segundo domingo siguiente a la fecha dei pronunciamiento de nulidad.
Artículo 328. La Corte Electoral se comunicará directamente con los Poderes Públicos.

SECCIÓN XIX
DE LA OBSERVANCIA DE LAS LEYES ANTERIORES.
DEL CUMPLlMIENTO
Y DE LA REFORMA DE LA PRESENTE CONSTITUCIÓN.
CAPíTULO I
Artículo 329. Decláranse en su fuerza y vigor las leyes que hasta aqui han regido en todas las
materias y puntos. que directa o indirectamente no se' opongan a esta, Constitución ,ni a las
leyes que expida el Poder Legislativo.

CAPíTULO 1I
Artículo 330. EI que atentare o prestare medios para atentar contra la presente Constitución
después de sancionada y publicada, será reputado, juzgado y castigado como reo de lesa Na-
ción.

CAPíTULO /lI
Artículo 331. La presente Constitución podrá ser reformada, total o parcialmente, conforme
a los siguientes procedimientos:
A) Por iniciativa dei diez por 'ciento de los ciudadanos inscriptos en el Registro Civico
Nacional, presentando un proyecto articulado que se elevará al Presidente de la Asam-
blea General, debiendo ser sometldo.a la decisión popular, en la elección más inmediata.
La Asamblea General, en reU11ión de ambas Câmaras, podrá formular proyectos
sustitutivos que someterá a la decisión plebiscitaria, juntamente con la iniciativa popular.
B) Por proyectos de reforma que reúnan dos quintos dei total de componentes de la
Asamblea General, presentados ai Presidente de la misma, los que serán sometidos ai
plebiscito en la primera elección que se realice.
Para que el plebiscito sea afirmativo en los casos de los incisos A) y B), se reque-
rirá que vote por "SI" la mayoria absoluta de los ciudadanos que concurran a los comicios,
laque debe representar por lo menos, el treinta y cinco por ciento dei total de inscriptos
en el Registro Civico Nacional.
C) Los Senadores, los Representantes y el Poder Ejecutivo podrán presentar proyectos
de reforma que deberán ser aprobados por mayoria absoluta dei total de los compon'entes
de la Asamblea General.
El proyecto que fuere desechadd no podráreiterarse hasta el siguiente periodo'
legislativo, debiendo observar las mismas formalidades.
Aprobada la iniciativa y promulgada por el Presidente de la Asamblea General, el
Poder Ejecutivo convocará, dentro de los noventa dias siguientes, a elecciones de una
Convención Nacional Constituyente que deliberará y resolverá sobre las iniciativas
aprobadas para la reforma, así como sobre las demás que puedan presentarse ante la
Convención. EI número de convencionales será doble dei de Legisladores. Conjunta-
mente, se elegirán suplentes ennúmero doble al de convencionales. Las condiciones de
elegibilidad, inmunidades e incompatibilidades, serán las que rijan para los Represen-
tantes.
Su elección por listas departamentales, se regirá por el sistema de la representa-
ción proporcional integral y conforme a las leyes vigentes para la elección ,de Represen-
tantes. La Convención se reunirá'dentro dei plazo de un ano, contado desde la fecha en
que se haya promulgado la iniciativa de reforma.
Las resoluciones de la Convención deberán tomarse por mayoria absoluta dei
número total de convencionales, debiendo terminar sus tareas dentro dei afto, contado
desde la fecha de su instalación. El proyecto O proyectos redactados por la Convención
serán comunicados al Poder Ejecutivo para su inmediata y profusa publicación.
546
C ON5T1TUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY / TEXTO

El proyecto O proyectos redactados por la Convención deberán ser ratificados por el


Cuerpo Electoral, convocado ai efecto por el Poder Ejecutivo, en la fecha que indicará la
Convención Nacional Constituyente.
Los votant@s-s€-expt:esarán..pOr....".SLO_pDr....".No.:.-~s i fueran varios los textos d.e en-
mienda, se pronunciarán por separado sobre cada uno de ellos. A tal efecto, la Conven-
ción Constituyente agrupará las reformas que por su naturaleza exijan pronunciamiento
de conjunto. Vn tercio de miembros de la Convención podrá exigir el pronunciamiento
por separado de uno o varios textos. La reforma o reformas deberán ser aprobadas 'por
mayoria de sufragios, que no será inferior ai treinta y cinco por ciento de los ciudadanos
inscriptos en el Registro Cívico Nacional.
.En los casos de los apartados A) y B) sólo se someterán a la ratificación plebiscitaria
simultánea a las más próXlmas elecciones, los proyectos que hubieran 'sido presenta-
dos con seis meses de anticipación -por lo menos- a la fecha de aquéllas, o con tres
meses para las fórmulas sustitutivas que aprobare la Asamblea General en el primero
de dichos casos. Los presentados después de tales términos, se someterán al plebiscito
conjuntamente con las elecciones subsiguientes.
D) La Constitución podrá ser reformada, también, por leyes constitucionales que reque-
rirán para su sanción, los dos tercios dei total de componentes de cada una de las Cáma-
ras dentro de una misma Legislatura. Las leyes constitucíonales no podrán ser vetadas
por el Poder Ejecutivo y entr~rán en vigencia luego que el electorado convocado espe-
cialmente en la fecha que la misma leydetermine, exprese su conformidad por mayoria
absoluta de los votos (':mitidos y serán promulgadas por el Presidente de la Asamblea
General.
E) Si la convocatoria dei Cuerpo Electoral para la ratificación de las enmiendas, en los
casos de los apartados A), B), C) y D) coincidiera con alguna elección de integrantes de
órganos dei Estado, los ciudadanos deberán expresar su voluntad sobre las reformas
constitucionales, en documento separado y con independencia de las listas de elección.
Cuando las reformas se refieran a la elección de cargos electivos, ai ser sometidas ai
plebiscito, simuitáneamente se votará para esos cargos por el sistema propuesto y por
el anterior, teniendo fuerza imperativa la decisión piebiscitaria.

CAPíTULO IV
Artículo 332. Los preceptos de la presente Constitución que reconocen derechos a los indivi-
duos, asi como los que atribuyen facultades e imponen deberes a las autoridades públicas, no
dejarán de aplicarse' por falta. de la reglamentación respectiva, sino que ésta serásuplida,
recurriendo a los fundamentos de leyes análogas, a los principios generales de derecho y a las
doctrinas generalmente admitidas.

DISPOSICIONES TRANSITORIAS
Y ESPECIALES
A) Si el plebiscito fuera proclamado afirmativo, por resolución firme de la Corte Electoral, la
presente reforma entrará en vigor con fuerza obligatoria, a partir de ese momento.
B) Las disposiciones contenidas en las Secciones VIII; IX, X, XI Y XVI, entrarán a regir él 10 de
marzo de 1967.
C) Las listas de candidatos para las Juntas Electorales, creadas por la ley N' 7.690,.de 9 de
enero de 1924, se incluirán en la misma hoja de votación en que figuren candidato's a cargos
nacionales.
D) LaAsambleá General, en reunión de ambas Cámaras, dentro de los quince dias siguientes
a la iniciación de la próxima legislatura, procederá a fijar las asignaciones que percibirán el
Presidente, el Vicepresiélente de la República y los Intendentes Municipales que resultaren
electos de acuerdo con este proyecto de reforma constitucional.
E) Créanse los Ministerios de Trabajo y Seguridad Social y de Transporte, Comunicaciones y
Turismo, que tendrán 'competencía sobre las materias indicadas.
547
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

Los actuales Ministerios de Instrucción Pública y Previsión Social y de Industrias y


Trabajo se transformarán, respectivamenteeTlMmlsteriotle-euttnra-s Ministerto -d-e-rnctns·
tria y Comercio.
La Comisión Nacional de Turismo, Ia Dirección GraI. de Correos, la Dirección GraI. de
Telecomunicaciones, la Dirección General de Aviación Civil deI Uruguay y la Dirección Ge-
neral de Meteorologia deI Uruguay, pasarán a depender, en calidad de servicios centralizados,
deI Ministerio de Transporte, Comunicaciones y Turismo. No obstante, el Poder Ejecutivo
podrá deIegarles, bajo su responsabilidad y por decreto fundado, las competencias que estime
necesarias para asegurar la eficacia y continuidad deI cumplimiento de los servicios.
Facúltase aI Poder Ejecutivo para tomar de Rentas Generales Ias cantidades necesarias
para la instaIación y funcionamiento de los referidos Ministerios, hasta que Ia ley sancione
sus presupuestos de sueldos, gastos e inversii:mes.
F) Los Entes Autónomos y Servicios Descentralizados que se indican, mientras no se dicten
Ias leyes previstas para su integración, serán administrados:
1°) EI Banco Central de la República; eI Banco de la República Oriental deI Uruguay; el
Banco de Seguros deI Estado; el Banco Hipotecario deI Uruguay; la Administración Ge-
neral de las Usinas Eléctricas y los TeIéfonos deI Estado; la Administración Nacional de
Combustibles, Alcohol y Portland y la Administracián Nacional de Puertos, por Directo-
rios de cinco miembros designados en Ia forma indicada en el artículo 187.
2°) La Administración de las Obras Sanitarias deI Estado y la Administración de los
Ferrocarriles deI Estado, por Directorios de tres miembros designados en la forma pre-
vista en el articulo 187.
3°) EI Servicio Oceanográfico y de Pesca y las Primeras Líneas Uruguayas de Navegación
Aérea, por Directores Generales designados en la forma indicada en el articulo 187.
G) Un Directorio integrado en la forma que se indica seguidamente, regirá el Instituto Nacio-
nal de Colonización:
a) un Presidente designado por el Poder Ejecutivo en la forma prevista en eI articulo 187;
b) un delegado deI Ministerio de Ganaderia y Agricultura;
c) un delegado deI Ministerio de Hacienda;
d) un miembro designado por el Poder Ejecutivo, que deberá elegirlo de una lista inte-
grada con dos candidatos propuestos por la Universidad de la República y dos candidatos
propuestos por Ia Universidad deI Trabajo deI Uruguay; y
e) un miembro designado por el Poder Ejecutivo, que deberá eIegirlo de entre los candi-
datos propuestos por las organizaciones nacionales de productores, las cooperativas
agropecuarias y Ias sociedades de fomento rural, cada una de las cuales tendrá derecho
a proponer un candidato.
H) A partir deI I ° de marzo de 1967, Y hasta tanto la Iey, por mayoria absoluta deI total de
componentes de cada una de las Cámaras, establezca la integración deI Directorio deI Banco
Central de la República y sus competencias, este organismo, estará integrado en la forma
indicada en el apartado 1° de la Cláusula F) de estas Disposiciones Transitorias, y tendrá los
cometidos y atribuciones que actualmente corresponden aI Departamento de Emisión deI
Banco de la República.
I) Las disposiciones de la Sección XVII se aplicarán a los actos administrativos cumplidos o
ejecutados a partir deI 1° de marzo de 1952.
Los actos administrativos anteriores a esa fecha podrán ser impugnados, o seguirán eI
trámite en curso, de conformidad con el régimen en vigor a la fecha de cumplimiento de esos
actos. Quedan derogadas todas las disposiciones legales que atribuyen competencias a los
órganos de Ia justicia ordinaria para conocer en primera o ulterior instancia, en asuntos
sometidos a Ia jurisdicción deI Tribunal de lo Contencioso Administrativo.
J) En tanto no se promulgue Ia Ley Orgánica deI Tribunal de lo Contencioso Administrativo:
1°) Se regirá en su integracián y funcionamiento, en cuanto sea aplicable, por la ley N°
3.246, de 28 de octubre de 1907 y las leyes modificativas y complementarias.
2°} EI procedimiento ante eI mismo será el establecido en eI Código de Procedimiento
Civil para los juicios ordinarios de menor cuantia.
3°) Deberá dictar sus decisiones dentro deI término establecido a ese efecto para la
548
CONSTlTUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUA Y / TEXTO

Suprema Corte de Justicia por las Leyes N' 9.594, de 12 de setiembre de 1936 y N'
13.355, de 17 de agosto de 1965; y el Procurador deI Estado en lo Contencioso Adminis-
trativo deberá expedirse dentro deI término establecido por la misma ley para el Fiscal
dg...CQl:t8-. bas d€Gisign8sdel-Tribunals8Fánsuse8ptibles ·Ele am13liaeién-e-ee-aelaraeién-,
de acuerdo con lo dispuesto en los articulos 486 y 487 deI Código de Procedimiento Civil.
4') Los órganos de la justicia ordinaria remitirán al Tribunal de lo Contencioso Admi-
nistrativo copia testimoniada de las sentencias que dictaron con motivo deI ejercicio de
la acción de reparación prevista en el articulo 312. Los representantes de la parte de-
mandada remitirán igualmente copia testimoniada de esas sentencias aI Procurador
deI Estado en lo Contencioso Administrativo.
5') La acción de nulidad deberá interponerse, 80 pena de caducidad, dentro de los térmi-
nos que, en cada caso, establecen las leyes hasta ahora vigentes, para recurrir ante la
autoridad judicial. En los casos no previstos expresamente, el término será de sesenta
dias a contar de! dia siguiente al de la notificación personal deI acto administrativo
definitivo, si correspondiere, o de su publicación en el "Diario Oficial" o deI de expira-
ción deI plazo que tiene la autoridad para dictar la correspondiente providencia.
K) La disposición deI articulo 247 no será aplicable para los Jueces de Paz en funciones aI
tiempo de sancionarse la presente Constitución, los que también podrán ser reelectos por
más de una vez aun cuando no concurran las calidades que expresa el apartado final de dicho
articulo.
L) La opción a que refiere el artículo 312, sólo podrá ejercitarse respecto de los actos adminis-
trativos díctados a partir de la vigencia de esta reforma.
M) Las Cajas de Jubilaciones y Pensiones Civiles y Escolares, la de la Industria y Comercio y
la de los Trabajadores Rurales y Domésticos y de Pensiones a la Vejez, estarán regidas por el
Directorio deI Banco de" Previsión Social, que se integrará en la siguiente forma:
a) cuatro miembros designados por el Poder Ejecutivo, en la forma prevista en el articulo
187, uno de los cuales lo presidirá;
b) uno electo por los afiliados activos;
c) uno electo por los afiliados pasivos;
d) uno electo por las empresas contribuyentes.
Mientras no se realicen las elecciones de los representantes de los afiliados en el Direc-
torio deI Banco de Previsión Social, éste estará integrado por los miembros designados por
el Poder Ejecutivo y en ese lapso el voto deI Presidente deI Directorio será decisivo en caso
de empate, aun cuando éste se hubiere producido por efecto de su propio voto.
N) Mientras no se dícte la Ley prevista para su integración, el Consejo Nacional de Ensenanza
Primaria y Normal estará integrado por cinco miembros, tres de los cuales por lo menos debe-
rán ser maestros con más de diez anos de antigüedad, designados por el Poder Ejecutivo de
acuerdo a lo previsto en el articulo 187.
O) La Comisión de Planeamiento y Presupuesto estará integrada por los Ministros de: Hacien-
da; Ganaderia y Agricultura; Industria y Comercio; Trabajo y Seguridad Social; Obras Públi-
cas; Salud Pública; Transporte", Comunicaciones y Turismo, y Cultura, o sus representantes
y el Director de la Oficina, que la presidirá. Se instalará de inmediato, con los cometidos,
útiles, mobiliario y personal de la actual Comisión de Inversiones y Desarrollo Económico.
P) EI Consejo Nacional de Subsistencias y Contralor de Precios, el Directorio deI Instituto
Nacional de Viviendas Económicas, la Comisión Nacional de Educación Fisica y el Consejo
Directivo deI Servicio Oficial de Difusión Radio Eléctrica, estarán integrados por tres miem-
bros, designados por el Poder Ejecutivo en Consejo de Ministros.
Q) Todos los directorios y autoridades cuya forma de integración se modifica por estas en-
miendas, continuarán en funciones hasta que estén designados o electos sus sucesores.
R) La disposición establecida en el artículo 77, inciso 9'), que se refiere a la 8eparación de
hojas de votación para los Gobiernos Departamentales, no regirá para la elección deI 27 de
noviembre de 1966.
S) En el plazo de un ano, el Poder Ejecutivo elevará al Poder Legislativo, el proyecto de ley a que
se refiere el artículo 202.
T) Los miembros delactual Consejo Nacional de Gobierno podrán ser elegidos para desempe-
549
PARLAMENTO CULTURAL DEL MERCOSUR (PARCUM)

fiar los cargos de Presidente o Vieepresidente de la República; y los miembros de los actuales
eUncejus Departam-entlrtes poôrãn-s-erlo para ôes-e-mj)enar los cargos de Intendentes Munici-
pales. Las prohibiciones establecidas en el artículo 201 no se aplicarán en la elección nacio-
nal de 1966.
U) La Presidencia de la Asamblea General publicará de inmediato el nuevo texto de la Constitución.
V)* La presente reforma dei artículo 67 entrará en vigencia a partir dei 10 de mayo de 1990. En
ocasión dei primer ajuste a realizarse con posterioridad a esa fecha, el mismo se harã, como
mínimo, en función de la variación operada en el Indiee Medio de Salarios entre el 10 de
enero de 1990 y la fecha de vigencia de dieho ajuste.
V)** Sin perjuicio de lo establecido en los articulos 216 y 256 Y siguientes de I.fl- Constitución
de la República, declárase la inconstitucionalidad de toda modificación de seguridad social,
seguros sociales, o previsión social (Art. 67) que se contenga en las leyes presupuestales o de
rendición de cuentas a partir dei 10 de octubre de 1992. La Suprema Corte de Justicia, de
oficio, o a petición de cualquier habitante de la República, emitirá pronunciamiento sin más
trámite, indicando las normas a las que debe apliearse esta declaración, lo que comunicará ai
Poder Ejecutivo y al Poder Legislativo.
Diehas normas dejarán de producir efecto para todos los casos, y con retroactividad a su
vigencia.
W) Las elecciones internas para seleccionar la candidatura presidencial única para las Elec-
ciones Nacionales a celebrarse en 1999, asi- como las que tengan lugar, en lo sucesivo, y
antes de que se dicte la ley prevista en el numeral 12) dei articulo 77, se realizarán de acuer-
do con las siguientes bases:
a) Podrán votar todos los inscriptos en el Registro Civico.
b) Se realizarán en forma simultánea el último domingo de abril dei afio en que deban
celebrarse las elecciones nacionales por todos los partidos politicos que concurran a
estas últimas.
c) EI sufragio será secreto y no obligatorio.
d) En un único acto y hoja de votación se expresará el veto:
1. por el ciudadano a nominar como candidato único dei Partido a la Presidencia de la
República;
2. por las nóminas de convencionales nacionales y departamentales.
Para integrar ambas convenciones se aplicará la representación proporcional y los
precandidatos no podrán acumular entre si.
Lareferencia a convencionales comprende el colegio elector 1.1 órgano deliberativo
con funciones electorales partidarias que determine la Carta Orgániea o el estatuto
equivalente de cada partido politico.
e) EI precandidato más votado será nominado directamente como candidato único a la
Presidencia de la República siempre que hubiera obtenido la mayoria absoluta de los
votos válidos de su partido. También lo será aquel precandidato que hubiera superado el
.cuarenta por ciento de los votos válidos de su partido y que, además, hubiese aventajado
al segundo precandidato por no menos dei diez por ciento de los referidos votos.
f) De no darse ninguna de las circunstancias referidas en el literal anterior, el Colegio
Elector Nacional, o el órgano deliberativo que haga sus veces, surgido de dieha elección
interna, realizará la nominación dei candidato a la Presidencia en votación nominal y
pública, por mayoria absoluta de sus integrantes.
g) Quien se presentare como candidato a cualquier cargo en las elecciones internas,
sólo podrá hacerlo por un partido polítieo y queda inhabilitado para presentarse como
candidato a cualquier cargo por otro partido en las inmediatas elecciones nacionales y
departamentales.
Dieha inhabilitación alcanza también a quienes se postulen como candidatos a
cualquier cargo ante los órganos electores partidarios.
h) De sobrevenir la vacancia definitiva en una candidatura presidencial antes d~ la
elección nacional, será ocupada automáticamente por el candidato a Vicepresidente,
salvo resolución en contrario antes del-registro de las listas, dei colegio elector nacional
1.1 órgano deliberativo equivalente, convocado expresamente a tales efectos.

550
C ONSTlTUCIÓN DE LA REPÚBLICA ORIENTAL DEL URUGUA Y / TEXTO

De producirse con relación ai candidato a Vicepresidente, corresponderá ai candidato


presidencial designar su sustituto, salvo resolución en contrario de acuerdo con lo esti-
pulado en el inciso anterior.
Xt En tanto n9_~dkteJaJe-y--pr:e-vista_en-eLpenúltimQ-inGis0-àel-aFHeu10-230, ·la-Comisión
Sectorial estará integrada por los delegados de los Ministerios competentes y por cinco dele-
gados dei Congreso de Intendentes, debiendo instalarse dentro de los noventa dias a partir de
la entrada en vigencia de la presente reforma constitucional.
Y) Mientras no se dicten las leyes previstas por los artículos 262 y 287, las autoridades locales
se regirán por las siguientes normas:
1. Se llamarán Juntas Loc ale s, tendrán cinco miembros y, cuando fueren electivas, se
integrarán por representación proporcional, en cuyo caso serán presididas por el primer
titular de la lista más votada dei lema más votado en la respectiva circunscripción
territorial. En caso contrario, sus miembros se designarán por los Intendentes con la
anuencia de la Junta Departamental y respetando, en lo posible, la proporcionalidad
existente en la representación de los divers~s partidos en dicha Junta.
2. Habrá Juntas Locales en todas las poblaciones en que ellas existan a la fecha de
entrada en vigor de la presente Constitución, asi como en las que, a partir de dicha
fecha, cree la Junta Departamental, a propuestadel Intendente.
Z) Mientras no se dictare la ley prevista en el articulo 271, los candidatos de cada Partido a la
Intendencia Municipal serán nominados por su órgano deliberativo departamental o por el
que, de acuerdo a sus respectivas Cartas Orgánicas o Estatutos haga las veces de Colegio
Elector. Este órgano será electo en las elecciones internas a que se refiere la Disposición
Transitaria Letra W).
Será nominado candidato quién haya sido más votado por los integrantes dei órgano
elector. También lo podrá ser quien lo siguiere en número de votos siemprequesuperare el
treinta por ciento de los sufragios emitidos. Cada convencional o integrante dei órgano que
haga las veces de Colegio Elector votará por un sólo candidato.
De sobrevenir la vacancia definitiva en una candidatura a la Intendencia Municipal
antes de la elección departamental, será ocupada automáticamente por su primer suplente,
salvo resolución en contrario antes dei registro de las listas, dei Colegio Elector Departamen-
tal u órgano deliberativo equivalente, convocado expresamente a tales efectos.
De producirse con relación ai primer suplente, corresponderá ai Colegio Elector Depar-
tamental u órgano deliberativo equivalente, la designación de su sustituto.
Z) El mandato actual de los Intendentes Municipales, Ediles Departamentales y miembros de
las Juntas Locales electivas, se prorrogará, por única vez, hasta la asunción de las nuevas
autoridades según lo dispone el articulo 262 de la presente Constitución. .•

Para la presente edición se ha seguido el texto de "Constitución de la República Oriental dei


Uruguay', Cámara de Representantes, Montevideo, 1997.
551
SENADO FEDER· ,
SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES
Praça dos Três Poderes s/a 0_ CEP 70.165 - 900

O S. aO ---12001.
Brnsília-DF.
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Constituições dos Paises


do Mercosul 1996-2000 :
textos constitucionais
Argentina, Bolivia .. ,

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CAM00065471
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CAt"100065471

SENADOJI rsm,ff5-7365 -162- 8

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