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10 claro que cada uma dessas interpretaes brota de uma viso diferente da
tragdia como um todo, mas h consenso no reputar a Ktharsis uma experincia
benfica e enaltecedora, seja essa experincia psicolgica, moral, intelectual ou uma
combinao disso tudo. De qualquer modo, a viso aristotlica do resultado da tragdia
pode ser vista como uma refutao, intencional ou no, da postura platnica segundo a
qual a arte moralmente danosa. (p.16).
11 O restante do captulo 6 da Potica introduz, definindo-os brevemente, os seis
elementos da tragdia enredo (mythos), carter, pensamento, elocuo, espetculo e
melopia (msica) -, qua so em seguida desenvolvidos individualmente (em ordem
decrescente de importncia) nos captulos 7 a 22. A nfase de Aristteles na forma e
probabilidade levou-o a situar o enredo (mythos) como primeiro em importncia,
chamando-o mesmo a alma da tragdia. (p.16).
12 No captulo 13, quando Aristteles enceta a discusso sobre carter (ethos), est-se
diante de outra passagem que deu margem a inmeros debates: a descrio do heri
ideal da tragdia. Depois de examinar sucintamente duas possveis mudanas de fortuna
o homem bom mergulhado na adversidade e o homem mau na prosperidade -,
nenhuma das quais inspira as emoes inerentes tragdia. (p.17)
13 No captulo 2, Aristteles faz a famosa distino entre comdia e tragdia: a
primeira representa os homens como piores, a segunda como melhores do que so na
vida real. (p.17)
14 Depois de 300 a.C., a vida intelectual declinou em Atenas; Alexandria, e mais tarde
Prgamo, emergiram como novos centros de saber. As consideraes filosficas sobre
arte decaram igualmente, passando a ser favorecidos os estudos prticos e, na literatura,
a crtica textual. (p.17)