Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
2
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Visão Celular - A origem (um pouco de História da Igreja)
3
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Depois da morte dos apóstolos, começou uma nova era para a igreja. É a Igreja Pós-apostólica, porque
quase todos os apóstolos (os Doze) já haviam falecido. Novos líderes capazes designados
historicamente de pais da igreja (ou pais apostólicos) se despontariam como os instrumentos de Deus
para a consolidação da obra começada na Igreja Primitiva.
O que é absolutamente impressionante desse período é o fato de que a igreja cresceu em meio à
perseguição dos romanos. A história da perseguição dos cristãos pelos romanos começa no ano de 64.
Jesus nasceu, quando os romanos dominavam o mundo e que o cristianismo se desenvolveu sob o
domínio do império romano.
Portanto, apesar de o número de cristãos ser relativamente pequeno ao tempo da morte dos apóstolos,
uma característica da igreja dessa época foi realmente a rápida expansão. A pregação na época
enfatizava o retorno iminente de Cristo, mas quase um século havia passado e o Senhor não retornara.
Por isso, a segunda característica será a estagnação seguida da consolidação.
Quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos, vemos algo que todo líder de igreja gostaria de ter: cultos
onde houvesse salvação de vidas aos milhares, primeiro 3000, depois 5000 pessoas, chegando, nos
próximos, a contar multidões de discípulos; outros são os milagres, a presença do Senhor com eles,
realizando sinais e maravilhas.
Havia um alto índice de analfabetismo e nenhum escrito à disposição até a primeira metade do século.
Os cristãos utilizavam uma área externa do templo em Jerusalém para se reunirem, soma-se a isso, o
fato de eles estarem sob o domínio do império romano. Isso nos faz pensar, desejar e buscar uma igreja
igual, no que se refere aos seus resultados. Uma igreja que os vizinhos sentiam prazer em tê-los por
perto, pois caiam na simpatia e na graça deles, mostrando que havia envolvimento, (At. 2.37.47). Eles
conheciam as mudanças acontecidas nas vidas dos irmãos, diferente de muitos dos atuais cristãos, que
não querem se envolver com o próximo para não se “mancharem com o pecado”.
Razões da perseguição.
Já por algum tempo desde os primeiros tumultos entre judeus e cristãos em Jerusalém, os cristãos eram
acusados pelo povo de algumas coisas que chamavam a atenção das autoridades romanas.
Acusações populares contra os cristãos: Por causa das refeições comunitárias, comuns entre os cristãos
desde os temos do Pentecoste (ver Atos 2), que denominavam de Festa do Ágape (Festa ou Refeições
do Amor, da Comunhão), foram acusados de imoralidade (dizia-se que promoviam encontros de amor
livre, em que mães podiam ter contato sexual com filhos e pais com filhas); Por outro lado, por causa
da liturgia da Ceia do Senhor (refeição em memória do Senhor Jesus) em que "se comia o corpo de
Cristo e se bebia o seu sangue" simbolizados pelo pão e vinho, a opinião popular difama-os como
praticantes de canibalismo. Como também se negassem a consumir carnes, alimentos, adereços e
objetos consagrados aos deuses pagãos (ídolos), base da economia e do comércio em muitas regiões do
império romano, bem como a recusa a observar certos costumes sociais de inspiração religiosa pagã,
foram difamados como anti-sociais, inimigos do bem-estar comum e até mesmo da república.
A acusação mais perigosa veio, no entanto, das autoridades romanas. Como também se negavam a
adorar o imperador como Deus, foram oficialmente acusados de desleais ao imperador e de ateus
(negavam a existência do imperador como deus). Foi assim que a igreja caiu sob a perseguição dos
romanos.
Era comum os Martirologos. Os "atos dos mártires" descreviam o exemplo de fidelidade dos cristãos
que se recusavam a apostatar da fé e adorar o imperador; descreviam ainda como eram presos,
torturados, queimados, decapitados, exilados ou entregues aos animais para serem devorados em circos
públicos. O amor de muitos cristãos pelo reino de Deus e pelo salvador Jesus Cristo era tal que
procuravam mesmo o martírio como forma de testemunhar do Evangelho.
4
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Graças aos "atos de martírio" é conhecido o testemunho de perseverança de notáveis homens e
mulheres de Deus, especialmente no segundo século. Os mais notáveis foram Inácio, bispo de
Antioquia, morto em 115, Policarpo, bispo de Esmirna, morto em 156 e Justino "o Mártir", morto em
165.
A segunda consequência importante foi o crescimento de igreja. Certa vez o teólogo cristão Tertuliano,
importante defensor da fé nessa época, escreveu que o sangue dos cristãos é a semente da igreja.
Quanto mais eram perseguidos, mais os cristãos se sentiam encorajados a testemunhar as glórias da fé
cristã. Disto resultou um crescimento que assombrava as autoridades romanas ao verificarem o fato. O
imperador Trajano chegou a ordenar que se parasse a matança dos cristãos porque quanto mais eram
mortos, mais corriam para o martírio como as abelhas correm para as colméias.
No fim do terceiro século, estima-se que a população da igreja oscilava entre 5 e 15 por cento da
população do império, que girava em torno de 50 a 75 milhões de pessoas.
Entre os grandes problemas enfrentados pela igreja na era apostólica a infiltração de heresias foi, sem
dúvida, o maior. Do ponto de vista teológico, heresia é toda aquela doutrina que não está de acordo
com os ensinamentos bíblicos ou, no caso da igreja antiga, as doutrinas que eram contrárias a pregação
e ensino dos apóstolos de Cristo.
Apareciam na igreja pessoas (mestres) que ensinavam doutrinas e filosofias falsas ou erradas. Por
exemplo, alguns desses mestres hereges diziam que o Deus mencionado no Antigo Testamento e
adorado pelos judeus, que é o criador do mundo, não é o ser supremo e nem pode sê-lo. Outros ainda
diziam que Cristo não é divino, mas apenas um homem que se tornou Deus. Sem dúvida alguma, estas
eram heresias. Vejamos as principais heresias enfrentadas pela igreja primitiva:
1. Gnosticismo
O gnosticismo é uma estranha mistura de idéias religiosas e filosóficas baseadas nos pensadores gregos
e nas religiões de mistérios do oriente.
2. Docetismo
Ensinava que Jesus Cristo não possuía um corpo real, mas apenas uma aparência de corpo. E porque
não possuía um corpo verdadeiramente humano, tanto a sua morte quanto a sua ressurreição foram
apenas aparentes embora tivessem acontecido de fato aos olhos humanos.
3. Marcionismo
Ensinava que o mundo foi criado por um Deus inferior - o Deus do Antigo Testamento. E que sendo o
mundo mau por natureza, não pode ter sido criado pelo Deus de bondade e graça ensinado no Novo
Testamento.
4. Montanismo
Montano auto-proclamou-se como o novo "profeta espiritual" de Cristo, portador da segunda e última
revelação profética. Condenavam todo e qualquer prazer ou divertimento do mundo. Anunciavam que
o fim do mundo estava prestes a acontecer, e que a alegria e o prazer são proibidos aos cristãos.
5. Monarquianismo
O termo vem da palavra monarca, isto é, um só rei. Contra a doutrina bíblica da Trindade ensinada na
igreja, os monarquianos ensinavam que Deus é uma só pessoa (um monarca). Deste modo
5
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
preocupavam-se em preservar a doutrina monoteísta do Antigo Testamento. Mas a dificuldade surgiu
na hora de explicar o significado das três pessoas afirmadas no Novo Testamento (Mateus 28:19).
O grupo de John Wesley foi apelidado de metodista porque era um grupo extremamente disciplinado.
Este grupo transformou-se em um movimento que atingiu, no século XVIII, quase 1 milhão de
pessoas na Inglaterra. Charles Edward White, professor de Pensamento e História Cristã, em Spring
Arbor College, escreveu:
“Wesley tinha condições de praticar o que pregava sobre disciplina cristã porque ele tinha
organizado seus seguidores em pequenos grupos. Uma sociedade metodista incluía todos os
metodistas de uma área. Ela era dividida em grupos, ou classes, de 12 pessoas. As pessoas se
reuniam semanalmente para estudar a Bíblia, orar e testemunhar sobre o estado de suas almas.
Cada classe tinha um líder, que se reportava ao pregador encarregado da Sociedade.”
(Leia mais em: www.christianhistory.net)
Assim, o trabalho da igreja nas casas remonta do início da igreja primitiva, não sendo algo criado nos
últimos séculos, mesmo tendo homens de Deus que o desenvolveram e contextualizaram, como nós da
IBNAI estamos realizando, assim também como David Yonggi Cho, Pastor da Igreja do Evangelho
Pleno, iniciou o trabalho com pequenos grupos nos lares em 1964, expandindo para todo o mundo.
Com isso dizemos que esta estratégia de Células ou Pequenos Grupos não é moderna. Não foi o Pr.
Cesar Castellanos, nem mesmo o Pr. David Yonggi Cho quem a criou. Na verdade, pequenos grupos,
era o modelo da Igreja Primitiva (percebemos ao lermos as cartas do Apóstolo Paulo). Esta estratégia
sempre existiu, sempre existirá e não é a única. Quem não a adota não está fora do plano de Deus, mas
está perdendo a oportunidade de adotar uma estratégia bem-sucedida, embora haja a necessidade de
uma adaptação à realidade da igreja local. Ela é mais uma estratégia, não é “A Estratégia”. Outras
certamente virão, tornando as atuais, pouco recomendadas. A palavra "visão" aqui, nada tem a ver com
"revelação de Deus" e sim com estratégia humana, que é muito bem vinda para o Reino de Deus, pois
foi Ele que nos capacitou com inteligência, poder de raciocínio e sensibilidade para concepção de
novas estratégias para a expansão do Seu Reino.
Nos últimos anos, com o maravilhoso crescimento das igrejas em células, muitas igrejas em todas as
partes, estão implantando grupos familiares, esperando um crescimento rápido, sem, contudo, entender
que estruturas novas e estratégias, por si só, não são sinônimo de avivamento e de crescimento. David
6
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Yonggi Cho, citado acima, uma das maiores autoridade mundiais sobre o crescimento da Igreja e
pastor da maior igreja do mundo, é enfático em seu livro Oração - A Chave do Avivamento, quando
diz que não haverá um novo derramamento do Espírito Santo sem oração. "Creio firmemente que pode
haver avivamento em qualquer lugar, desde que as pessoas se entreguem à oração", ele afirma.
"A História tem mostrado que o segredo de todos os avivamentos que ocorreram na
Igreja através dos tempos é a oração", diz o pastor Cho. E, num verdadeiro passeio pela
História da Igreja, ele mostra no livro que, desde o princípio - da descida do Espírito
Santo, no dia de Pentecostes, quando "todos perseveravam unânimes em oração..." (Atos
1:14), passando pelo envio de Paulo e Barnabé, que desencadeou um grande avivamento
no mundo antigo, e passando ainda pela Reforma Protestante e pelo avivamento da
época de John Wesley e, mais tarde, de Charles Finney e Moody - até o Mover
Pentecostal do início deste século, tudo foi fruto de muito clamor, jejum e oração. E o
pastor Cho ainda afirma: "O que a Igreja precisa hoje é de um novo derramamento do
Espírito Santo. O que poderá produzir esse avivamento? A resposta é um novo apelo à
oração".
“O único segredo do crescimento da igreja na Coréia é a oração; desde o início foi
assim: Quando iniciei meu ministério, em 1958, fui trabalhar num lugarejo, nas
proximidades de Seul. Armei ali uma barraca velha, que fora do exército dos Estados
Unidos, e me pus a pregar. Lembro-me muito bem de que morava na própria barraca, e
passava as noites em oração. Pouco depois, outros membros de nossa pequena igreja
passaram a orar comigo. Em pouco tempo, já havia mais de 50 pessoas passando a noite
toda em oração".
“Até hoje, a oração continua sendo a fórmula para expandir e manter o crescimento na
Coréia. Nossa reunião de oração tem início às cinco horas da manhã. Geralmente,
oramos uma ou duas horas, e só depois deste período é que começamos as tarefas do
dia. Às sextas-feiras, passamos a noite toda em oração. Muitos dos que nos visitam ficam
surpresos ao verem a igreja lotada para essas reuniões noturnas", declara.
"Aprendemos a não apenas orar, mas também a viver em oração. Jesus ordenou que
orássemos sem cessar. Mas isto é impossível para quem não está interessado em
avivamento", nos ensina o pastor David Yonggi Cho.
Inspirados pelo testemunho e pelo exemplo da Igreja coreana, oremos para que o Senhor desperte a
IBNAI para clamar por um grande avivamento no Independência. Sem oração, o que iniciamos não vai
passar de estratégia humana e a colheita não será abundante, como a visão já dada à nossa Igreja.
1 - A visão IBNAI
Como Igreja de Cristo, temos plena convicção de que os grupos pequenos, como as células da Visão
Celular da IBNAI, assim como apresentamos nestas páginas que seguem, dentro do Corpo maior do
Senhor, é o melhor ambiente para o nascimento, discipulado, encorajamento e cuidado dos crentes e
carentes de Deus e sua graça redentora.
7
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Nessa nova forma de atuação da IBNAI, nos espelhamos em experiências bem-sucedidas de irmãos
nossos, mas aprendendo com suas falhas também, na tentativa de nos afastarmos de caminhos que
dificultam ou que não trazem os resultados quantitativos e qualitativos que almejamos para o Reino.
A Visão Celular da IBNAI ainda depende e sempre dependerá de maior discernimento e compreensão
do mover dinâmico de Deus na Igreja. Não estamos copiando uma experiência em particular, mas nos
apropriando de várias experiências que consideramos bem-sucedidas, adequando-as à realidade do
Alto Independência e às necessidades de nossa Igreja, aperfeiçoando a experiência recente que
tivemos. Não temos a visão completa do que o Senhor deseja construir em nós, como sua Igreja, por
isso, seja um a mais a buscar a direção de Deus, porque, afinal de contas, você é tão importante quanto
qualquer outro irmão, para o crescimento e desenvolvimento da Igreja. Seja sensível ao Espírito, e
busque do Senhor a Sua direção para o discipulado, maturidade e crescimento da Igreja.
Mesmo que você tenha trabalhado diretamente nas células nos anos passados, esteja com o coração e a
mente abertos para se empenhar na implantação do que a IBNAI está concebendo, na certeza de que,
mesmo com as mudanças e nova metodologia, vão permanecer os mesmos princípios que foram
anteriormente estabelecidos, mas com um novo enfoque e cobertura espiritual, uns sobre os outros, em
níveis de maturidade e autoridade. Saiba que as pessoas que estão envolvidas em sua concepção e
implantação, além de serem reconhecidas pela Igreja como seus líderes e pastor, estão doando o seu
tempo e instrumentalidade para a criação de uma Igreja bem fundamentada na Palavra, na oração e
conduzida pelo Espírito.
Na Visão Celular da IBNAI, a Igreja será dividida em Célula de Direção ou Célula do Pastor (CP),
inicialmente com cinco componentes, Células de Discipulado (Células Tronco – CT ou Células de
1º Nível – C1N), onde vai acontecer a Escola de Líderes, com 9 a 15 componentes e Células de
Multiplicação ou de Evangelização, também identificadas como Células de 2º Nível – C2N,
inicialmente com até 7 (sete) membros. Todas essas células se reunirão semanalmente, em locais ainda
a serem definidos. Todos os irmãos terão necessariamente que pertencer a uma célula (batizados ou
não), porque entendemos que toda a IBNAI estará envolvida na nova Visão. As células são grupos
pequenos, focalizados na edificação mútua e evangelismo. O objetivo final da célula (C2N) é
multiplicar-se à medida que o grupo cresce, por meio do amadurecimento, testemunho, evangelismo e
das conversões que seguem. Os novos membros são acrescentados à igreja e ao Reino de Deus, sendo
sempre encorajados a participar do culto de celebração e a todas as atividades da Célula e da Igreja.
8
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Os encontros das células podem acontecer em qualquer dia da semana, dependendo das
disponibilidades dos participantes. O Líder, juntamente com o seu auxiliar e participantes vão definir
como, quando e onde as reuniões vão acontecer, em comum acordo com os demais Líderes e o Pastor.
Os lideres e os membros de cada célula serão escolhidos pelo Pastor da Igreja, desde as Células de
Direção às Células de Evangelismo, sendo ouvidas as lideranças, conforme o seu entendimento.
1.1. Organogramas das células
Exemplificamos a composição preliminar de uma Célula Tronco (Núcleo) e suas ramificações. Cada
uma das 5 CT’s terá essa mesma estrutura, embora prevemos a possibilidade de flexibilidade na sua
composição. Cada um dos componentes da CT será Líder de uma Célula de 2º Nível, conforme
instruções mais detalhadas adiante.
Veja na fig. abaixo que teremos dois tipos de Células: Células de 1º Nível (Discipulado para a
liderança), com número fixo de componentes e de 2º Nível (Multiplicação) - célula aberta aos
visitantes, além da Célula do Pastor ou Célula de Direção, composta pelos cinco Líderes das CT’s.
9
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
01 - A Igreja será dividida em cinco grandes células, funcionando com um núcleo, com 6 (seis) a 9
(nove) ramificações. Cada uma das cinco células (Célula Tronco) será composta de 9 a 15 membros.
Cada membro da CT comporá o 1º Nível, que se subdividirão em outras células menores, inicialmente
com um máximo de 7 (sete) pessoas. Estas serão as células de - 2º Nível (Célula de Evangelização ou
Multiplicação), conforme organograma acima.
02 – A composição de todas as Células, bem como seus Líderes, serão escolhidos e definidos pelo
Pastor, que poderá contar com o seu Conselho e com a liderança atual para a essa escolha.
03 - Comporão as células de 1º nível (Célula Tronco) somente os irmãos mais experientes (maduros),
batizados e membros da Igreja, sendo o crescimento do número de CT’s limitado e dependente da
maturidade alcançada pelos irmãos/ãs das Células de 2° Nível.
05 - O Líder da Célula Tronco (CT) e seu Apoio definirão em comum acordo com os seus liderados, o
local da reunião, preparando um informe sobre atividades, locais e horários, com um máximo de duas
semanas de antecedência.
10
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
06 - O Auxiliar do Líder estará com a responsabilidade de providenciar todo o material necessário para
as reuniões, buscando a ajuda que se fizer necessário junto ao(s) diácono(s) e demais membros da
célula, como material para lanche, que nunca deverá ficar na responsabilidade do dono da casa onde a
reunião será realizada, a menos que este tome a iniciativa e tenha condições.
07 - O Diácono e esposa atuarão também com suas funções de diáconos na célula, identificando as
necessidades e tomando as providências, como servidor que é junto ao Pastor e à estrutura da Igreja.
Estes estarão acompanhando, como cobertura, prioritariamente, casais ainda não membros da Igreja.
08 - O relacionamento com os membros das células devem ser priorizados e nunca substituídos por
outro, com um irmão/ã de outra célula. Caso deseje um relacionamento de maior profundidade
(cobertura) com outro irmão, seu Líder deve tomar conhecimento, e sempre considerando: homem
discípula homem e mulher discípula mulher. Isso não significa que só possa existir relacionamento
dentro da Célula, ao contrário, eles serão estimulados.
09 - Cada membro de célula estará ligado a uma pessoa, hierarquicamente acima dela, que deverá estar
em sintonia com as suas dificuldades e necessidades, buscando supri-las com todo o empenho
necessário. E, para tanto, contará com aquele que estará imediatamente acima deste ou do Pastor.
10 - Cada irmão discipulador ou Líder, zelará e velará pelo(s) irmão(s) que orienta, fazendo de tudo
para que tenha uma vida abundante e saudável dentro do corpo, sucesso na vida profissional, estudantil
e etc. Sua posição será a de servo e não de ditador. Seu empenho e atuação como Líder, será
reconhecido com a maturidade visível que seu discípulo receber, com honestidade, fidelidade e
compromisso de vida. Nunca tornando assunto público, as confidencias feitas pelo seu(s) discípulo(s),
conforme orientações mais adiante.
11 - Cada discípulo honrará o seu discipulador, no trato, nos compromissos, na pontualidade, zelando
para que este seja bem-sucedido em tudo o que fizer. Deverá olhá-lo como pai na fé e segui-lo como
um pastor. Em qualquer situação em que as atitudes do seu Líder, parecer que não há conformidade
com a Palavra ou com a vida cristã sadia, procurar àquele que o pastoreia e, com muito zelo e temor,
expor suas preocupações e dúvidas.
12 – Em todas as situações que se procurar uma autoridade, hierarquicamente, acima de seu Líder,
tenha em consideração que essa atitude nunca poderá ser em tom de fofoca e nem se tornar precedente
para disseminar a discórdia, pois poderá ser encarada como rebeldia e tentativa de fugir da orientação
dada pelo Líder.
13 – Toda necessidade material (alimento, remédio, vestuário, dinheiro, etc) deverá ser encaminhada
ao diácono da CT a que o irmão estiver ligado. Este providenciará junto ao seu Líder e à liderança da
Igreja, a melhor forma de cobrir a necessidade informada, não se omitindo ou se esquecendo.
Em linhas gerais, está aqui o que chamamos de VISÃO CELULAR IBNAI. Desejamos que o Senhor
possa nos trazer Sua direção. Não nos consideramos experts em eclesiologia nem maduros o suficiente
para elaborar o desenho de uma igreja e achar que o mesmo seja irretocável, até porque, de certa
forma, somos produtos do que conhecemos hoje como Igreja. E se a visão crítica que possamos ter a
respeito da igreja não é alentadora, certamente que corremos riscos e o maior deles é o de cairmos no
erro de nos aproximarmos de posições extremistas, achando que nós é que temos visão correta.
Cientes dessas possibilidades nos colocamos como servos em busca de uma atuação mais parecida
com o modo que o Senhor Jesus viveu e tratou a todos aqueles que o procuraram. Não nos
consideramos inovadores e nem descobridores de fórmulas infalíveis, mas sim ousados e corajosos
11
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
para implantar algo que entendemos ir de encontro às nossas necessidades como Igreja, à realidade do
Alto Independência e ao modo que o Senhor discipulou.
Finalizando, é agradável aos olhos e ouvidos do Mestre que seus discípulos e servos assumam total
posição de humildade e dependência da Sua vontade e orientação. Rogamos a Ele os Seus cuidados a
Sua direção e controle do que entendemos ser a Sua vontade. Afirmamos que somos limitados, fracos e
de pouca fé; somos pequenos, de pouca visão e não compreendemos direito a extensão de Seu amor
incondicional por nós. Mas, que, por essa razão, nos propomos a ser os vasos que Ele mesmo vai usar
para a Sua honra e glória. Vasos de barro, certamente, mas usados pelo Oleiro para cumprir o Seu
querer e ousados para nos apresentar com instrumentos seus para alcançar cada vida do Alto
Independência.
Amém!
O nome célula é usado em virtude de seu crescimento ser similar ao das células de um corpo humano
em crescimento. Uma criança cresce pela multiplicação constante das células de seu corpo. A falta de
crescimento indica que alguma coisa está errada e necessita de correção. Assim, uma Igreja também
deve ter crescimento pela multiplicação de suas células.
Uma Igreja em Células não é uma Igreja tradicional. Conceitos, métodos, programações e linguagem
são diferentes. Só os mandamentos, leis, estatutos e princípios da Palavra de Deus são imutáveis. As
pessoas não são frequentadores de “cultos”, mas são discípulos a serem desafiados a construir
relacionamentos e cooperar ativamente na edificação da igreja e neles despertar o potencial que todos
os filhos de Deus têm, de modo a desempenharem os seus ministérios para serem participantes e não
meros espectadores.
Quando a igreja se congrega para celebrar ao Senhor é a soma de todas as células onde semanalmente
há vida. Nenhuma célula é independente. Todas células estão debaixo de cobertura espiritual e
seguem a direção das autoridades constituídas na Igreja.
Na célula desenvolvemos amizades e relacionamentos mais profundos entre os membros. O grupo
serve como uma micro-Igreja, em que os cristãos podem expor suas necessidades e dificuldades uns
aos outros (sem que haja cobrança, de nenhuma espécie) e manter total transparência entre si, à
medida que se adquire confiança. Mas só isso não é suficiente. É preciso que o objetivo seja o de
discipular as vidas que estão na célula. E discipular, significa andar junto, ensinar e cuidar, da mesma
forma que o Mestre fez com os apóstolos.
Há uma diferença muito grande entre uma Igreja com células e uma Igreja em células. Uma Igreja
não pode misturar os padrões tradicionais da vida da Igreja (programações) com as estruturas
de grupos celulares e ser bem sucedida.
A Igreja com células tem seus pequenos grupos como mais um programa, mais uma atividade
interessante para incentivar o evangelismo e dar funções e cargos às pessoas. As células nessas Igrejas
não têm a prioridade, e os ministérios não fluem das células, nem há um compromisso sério com elas.
Muitas vezes os Líderes são dispensados das células para exercerem com "mais eficiência" outras
"atividades". Essa Igreja continua com seus programas de entretenimento para os seus membros e os
de outras Igrejas. Em pouco tempo, as atividades nas células vão se tornando um programa a mais na
igreja.
12
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Uma Igreja em células passou por uma reforma radical em toda a sua estrutura, e baseia nos
pequenos grupos o foco central de sua vida e alcance evangelísticos. As células se constituem
prioridade sobre programas e ministérios. O louvor dos cultos de celebração são conduzidos pelas
lideranças celulares. É nas células que as pessoas são atendidas em suas necessidades físicas e
espirituais, necessitados recebem beneficência (atuação diaconal), os feridos e traumatizados a cura,
os laços conjugais são restaurados.
• Não são reuniões de clubes fechados onde os membros perdem a visão da Grande Comissão: - "Ide
(ou indo) por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura", do ganhar almas para o reino de
Deus, procurando apenas a "edificação e comunhão próprias". Muitas vezes procuram só se
aprofundar na palavra, como fazem as "organizações de treinamento", tais quais "tatus" se
aprofundam e somem na terra, como diz o Pr. Roberto Lay.
• Não são "igrejinhas", competindo com os outros grupos.
No modelo que estamos implantando agora, ao crescer uma C2N, ultrapassando o limite estabelecido
de 12, com um máximo de 18 pessoas, uma parte do grupo permanecerá na mesma Célula e outra
parte será distribuída entre os participante da CT, a critério do Líder da CT.
3.4. Como começar uma célula
A primeira fase de uma célula normal é a comunhão. É uma das mais importantes e precisa ser
estabelecida apropriadamente. Nesta fase, que dura em torno de dois meses, pelo menos três passos
devem ser dados, além do Pacto das Células que será trabalhado desde o primeiro encontro.
13
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
A. Convergir expectativas
Ao iniciar-se uma célula, logo na primeira reunião, após a apresentação (idade, onde mora, o que faz,
onde trabalha, o que já estudou, onde estuda, o que pretende ser na vida, sonhos, medos, etc.) do
Líder e de todos os presentes, deve ser explicado aos membros, o seguinte: A Visão Celular da
IBNAI, o que é e como funciona uma célula, a dinâmica da reunião e o que se espera de cada um dos
presentes.
B. Estabelecendo o alvo
- Células de 1º Nível - C1N
Na reunião seguinte, o Líder deve expor os objetivos da célula de 1º Nível: comunhão, edificação,
serviço, coordenação de Projetos e treinamento. Também devem ser dadas as orientações para a
reunião seguinte, das C2N, pois os participantes das C1N são Líderes das C2N.
Quando os membros da célula são previamente informados sobre os objetivos, eles se comprometem
e se motivam mais. Se perceber desestímulo em alguém, procurar se reunir pessoalmente para dirimir
dúvidas e encorajar o/a irmão/ã, cheio de amor e compreensão com suas dificuldades e limitações.
Os 10 pactos devem ser firmados e relembrados, frequentemente, sendo tarefa inicial de cada Célula,
discutir cada um deles, levando os membros a fazer a oração final e a assiná-lo.
15
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
crescimento das células (C2N). Quero fazê-lo em nome de Jesus para que outras pessoas sejam
adicionadas ao reino de Deus, por amor a Ele!"
____________________________________________
Querido Senhor,
Reconheço minha incapacidade para cumprir a missão que Tu tem posto em minhas mãos e o
quanto sou tentado a olhar para mim mesmo, minhas vontades e necessidades. Nessa missão, vários
irmãos vão depender de minha dedicação e empenho para ter comunhão com eles, servi-los e
buscar direção para suas vidas, contudo, me vejo incapaz de assumir qualquer compromisso, se Tu
não operares em mim o milagre da Tua unção. Como sem fé é impossível Lhe agradar, será
confiante no poder do Seu Espírito, que me lançarei no cumprimento da sua vontade.
Diante de ti e de meus irmãos, consciente das minhas limitações e fragilidades, firmo esse Pacto, na
esperança de que Tu, Senhor, seja a minha força e fortaleza, o meu socorro e lugar seguro,
completando em mim e naqueles que de mim dependem, as lacunas que, por minhas limitações, não
puderem ser levadas a bom termo.
Desejo, com tudo o que tenho e que o Senhor já construiu em mim, que minha vida possa ser um
bom modelo a ser imitado por aqueles que o Senhor e o Pastor Sivanir me confiarem. Me
esforçarei, com as habilidades que Tu me deste e que ainda vai me dar, para que todos que
estiverem sob minha cobertura, direta e indiretamente, sejam servos fiéis e aprovado pelo Senhor
em tudo o que realizarem, não desistindo deles, mesmo que decidam não mais te servir ou se
cometerem algum ato contrário às leis do país ou que venha ferir os princípios da Sua lei.
No nome do Senhor Jesus,
Amém!
Assinado:
Nº NOME ASSINATURA Nº NOME ASSINATURA
0 1
1 0
0 1
2 1
0 1
3 2
0 1
4 3
0 1
5 4
0 1
6 5
0 1
7 6
0 1
8 7
0 1
9 8
16
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
(Todos os participantes das (C2N) receberão o pacto, mas assinarão na listagem acima, que ficará de
posse do Líder. Os Líderes assinarão na lista que ficará com o Pastor)
Na Visão Celular IBNAI, no início da sua implantação, atuaremos com o evangelismo somente nas
Células de 2º Nível. Nessas células, os participantes serão encorajados e instados a levar seus amigos
e parentes a cada reunião. Envolvê-los em amor e ajuda, serão nossas tarefas principais.
De acordo com a Visão Celular da IBNAI, existirão, inicialmente, três tipos de Células:
(CP) - Célula do Pastor - Célula de Direção
(C1N) - Células de Primeiro Nível - Células Tronco
(C2N) - Células de Segundo Nível - Células de Crescimento
A Célula é a maior força dentro da Visão. Ela é a força geradora para ganhar almas, é o lugar onde
cada cristão tem a possibilidade de começar seu ministério e cumprir seu chamado em Deus. Através
das Células podemos entrar em todas as áreas da sociedade sem qualquer preconceito religioso ou
barreira denominacional, pois as Células são uma estratégia de penetração e de conquista.
As células são lugares em que o ambiente familiar poderá ser praticado, onde você passará a viver
como família de Deus, junto com seus novos irmãos de fé. Somos uma grande família e as células nos
levam a começar a viver como família de Deus, porque é através das células que temos uma maior
facilidade para criar vínculos com os irmãos em Cristo Jesus.
As implicações de não frequentar uma célula, acarretam a falta de:
● Viver como Família de Deus;
● Crescimento espiritual;
● Conhecer o melhor de Deus para sua vida pessoal (chamado);
● Tornar-se parte integrante do Corpo de Cristo;
● Ter a vida abundante que o Senhor promete.
Além disso, tornar-se um alvo fácil para o inimigo, por viver isolado do corpo.
Como informamos anteriormente, na visão da IBNAI, além da Célula do Pastor e esposa, que é
composta pelos líderes das Células de 1° Nível (CT) e suas esposas, existirão inicialmente, dois tipos
de Células:
● Células de Multiplicação – Organização - estratégias p/ atrair pessoas para Deus. Uma ponte entre a
igreja e o mundo, através do servir, da comunhão e do compartilhamento em todos os sentidos.
Uma célula de multiplicação tem o seu ponto de partida numa reunião semanal formada por alguns
membros da igreja local (C2N), com uma composição inicial de no máximo seis ou sete pessoas, que
se reúnem numa casa, na Igreja, no PAIFER, escritório, escola ou outro lugar adequado, a fim de
compartilhar o Evangelho das Boas Novas, ouvir de Deus, ter comunhão uns com os outros e
expandir o Reino. O seu Líder está participando da Célula de 1º Nível (C2N), e através de sua célula,
recebe orientação semanal para o que será ministrado em suas reuniões.
Essa reunião deve durar em média uma hora e a cada reunião o Líder trará uma dinâmica para
colocar em prática os objetivos a ser alcançado em cada reunião.
Faz parte dos objetivos de uma célula de multiplicação, ganhar almas para Cristo, cumprindo assim a
principal função do cristão. Discipular cada uma dessas pessoas em Cristo, integrando-as ao Corpo e
levando o novo decidido a ter uma transformação real em sua vida.
17
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
21
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
obrigação de ter que dar uma resposta. Caso não saiba, diga que vai perguntar ao seu Líder ou ao
Pastor e depois trará a resposta ao grupo.
i) A regra geral para o Líder é: esteja sempre alegre e bem humorado nas reuniões. Isto libera a
tensão, relaxa o corpo e descansa o nosso espírito. Todo o grupo se ressente de um Líder
constantemente melancólico. Se não se sentir em condições de conduzir a reunião, peça ajuda à sua
cobertura.
j) Lembre-se sempre de deixar o Espírito dirigir a reunião. Deus pode usar alguém nesse momento de
compartilhamento e dar uma virada na reunião. Seja sensível a isso.
k) Seja sempre pontual. De preferência, chegue 15 minutos antes da hora marcada. Se precisar se
atrasar, ligue informando e se desculpando pelo imprevisto.
22
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Sua tarefa como Líder de célula é criar um ambiente onde as pessoas possam ser honestas e encontrar
ajuda para sua dificuldade.
23
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
8. Ore pelas pessoas necessitadas;
9. Termine com um lanche, caso seja possível.
a. Introdução (10 Minutos): Durante este tempo, deve-se despertar o interesse pela reunião. Trocar
breves saudações, dar boas-vindas aos novos, ouvir um testemunho curto e destacar a benção de estar
reunidos (Sl 133.1-3);
b. Louvor e Adoração (10 Minutos): Este tempo deve contribuir para preparar os corações para o
tema que será exposto no ensino do dia (Cl 3.16b);
c. Exposição do tema (25 Minutos): O Líder deve agir com segurança, demonstrando que está
verdadeiramente preparado para dirigir o tema para o grupo. Deve expor o estudo de uma maneira
simples e usar uma linguagem clara (contextualizada) que impacte os assistentes (II Tm 2.16);
d. Aplicação do tema (5 Minutos): Durante este tempo, o Líder deve apresentar ilustrações que
ajudem a dar um sentido prático ao ensino exposto, levando cada pessoa a aplicar o aprendido em sua
vida diária, de modo imediato (II Tm 3.17);
e. Atividades finais (10 Minutos): Aproveite o encerramento para adorar a Deus e orar pelas
necessidades das pessoas, centralizando o interesse nos novos (Tg 5.16b). Caso seja servido um
lanche, será oferecido após esse período final, que será usado para comunhão e confraternização.
Cada Líder enfrentará diversos problemas durante as reuniões e na vida do grupo. Normalmente serão
pessoas que, pelas suas atitudes, tenderão a obstruir o fluir de Deus no grupo.
Para proteger os membros e manter a integridade da célula o Líder ou Cobertura deve restringir essas
atitudes em amor, ciente de que ele está ali, confirmado pela autoridade que lhe foi dada pela Igreja.
9.1. O membro pecaminoso
A Palavra de Deus diz, em I Coríntios 5.13, que devemos “expulsar de entre nós o malfeitor”. Deus é
muito zeloso pela Sua santidade e também é muito zeloso pela santidade da Igreja. Ele não permitirá,
de forma alguma, o pecado no meio do Seu povo. Cada Líder deve saber que não basta haver
crescimento numérico sem haver santidade.
Mesmo diante de situações desagradáveis ou de pecado, não se esquecer de que somos uma Igreja
onde pessoas de todos os povos, credos e estilos de vida podem se achegar para experimentar o amor
e o perdão de Jesus, encontrar aceitação e amizade, descobrir respostas práticas para os problemas e
dificuldades da vida e também encontrar ambiente para compartilhar suas vitórias e a generosidade de
um Deus que ama a todos, mesmo aqueles que não se importam com Ele.
Pregamos o Evangelho da Graça, de um Deus que nos aceita assim como estamos; com todas as nossas
desilusões, culpa, medo, barreiras e inseguranças, mas que nos faz entrar nos Seus átrios pela fé.
Baseados em I Coríntios 5.11-13, dizemos que seis grupos de pecados não podem ser tolerados, sendo
a pessoa reincidente e que não deseja o tratamento de Deus e a correção dos irmãos, tratada fora do
ambiente da Célula, sem ser desprezada ou esquecida:
Impureza - Prostituição, homossexualismo, lesbianismo e congêneres.
Avareza - É o amor ao dinheiro
Idolatria - Inclui feitiçaria, adivinhação, prognóstico, consulta aos mortos, etc.
Maledicência - Inclui calúnia, difamação, infâmia, mexerico, fofoca, etc.
Bebedice - Toda embriaguez provocada por bebida alcoólica, drogas ou remédios
Furto - Aqui inclui-se: ladrão, assaltante, chantagista, etc.
Como lidar com o pecaminoso?
O membro faltoso deverá primeiro ser admoestado pelo irmão que testemunhou ou tomou
conhecimento do erro. Se o faltoso ouvir e abandonar o erro, o pecado deve ser coberto.
Se o membro faltoso voltar a pecar a sua falta deverá ser informada ao seu Líder da célula que irá
admoestá-lo, em companhia da testemunha do pecado.
Caso o pecaminoso não mude de conduta e continue no pecado, o Líder deve entregar o problema para
o Pastor. Caso o irmão não ouça também o Pastor, ele deverá ser convidado a se retirar da célula até
que resolva mudar de vida.
Nesse caso, seu líder não deve abandoná-lo e se esquecer dele, conforme oração feita no Pacto.
9.2. Aquele que se acha mais espiritual que os outros
O super-crente, certamente, tentará impressionar o grupo com os seus dons e poderes especiais. Ele
sempre discorre sobre passagens bíblicas difíceis e assuntos polêmicos. E, se lhe deixarem falar,
provavelmente criticará o Líder do grupo, ainda que sutilmente, procurando mostrar o quanto é mais
capacitado e experiente.
25
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Como lidar com esse tipo de membro?
Na hora do compartilhamento, o Líder não deve encorajá-lo a falar muito sobre suas experiências.
Deve também procurar redirecionar o assunto e dar oportunidade para outras pessoas opinarem. E
quando perceber oportunidade, deve conversar com a pessoa em particular, mostrando-lhe os objetivos
do grupo e o quanto ela pode ser útil servindo os irmãos. Sutilmente, coloque-o para servir em algo
mais humilde, que trate com o seu EGO.
9.3. Aquele que é discipulado à distância por Líderes de outras igrejas
Normalmente, esse tipo de membro estará sempre se referindo ao conhecimento obtido fora da Igreja e
assumindo uma atitude crítica tanto em relação ao grupo quanto ao Líder. Tais pessoas podem trazer
confusão e, até mesmo, levar a célula a morrer.
Como lidar com esse tipo de membro?
Não permita que alguém com estas características ensine no grupo, muito menos aos novos
convertidos. Não admita críticas contra a visão da Igreja, nem comparações com o que acontece em
outros lugares. Procure estar com ele a sós, e mostre-lhe a necessidade de ter como discipulador
alguém da liderança da Igreja e não pessoas de fora. Leve essa situação ao conhecimento dos demais
líderes na reunião da CP (Célula do Pastor), para que possa ser trazida mais orientações sobre a
situação.
9.4. Pastores que vêm de fora
Depois que a Igreja cresce, passa a atrair muitos pastores desgarrados de outras igrejas. Geralmente,
eles vão ao grupo e, sutilmente, resistem à autoridade do Líder, tentando até mesmo controlar a célula.
Comumente, se utilizam do título de pastor para causar impressão e ficam indignados quando não são
reconhecidos como pregadores.
Como lidar com esse tipo de membro?
O Líder não deve se intimidar com o título de pastor ostentado pelo irmão. Ao contrário, deve procurar
mostrar-lhe que ele é bem-vindo no grupo, mas somente será reconhecido como pastor ali, depois que
a Igreja reconhecê-lo. Cabe também ao Líder mostrar ao irmão que em nossa Igreja valorizamos a
função e não o título. Por outro lado, o Líder não deve se esquecer que ali, ele é o pastor e não permitir
que o irmão monopolize o assunto, durante o tempo de compartilhamento.
9.5. O irmão muito falante
É aquele que procura monopolizar o tempo de compartilhamento. Normalmente opina sobre todos os
assuntos, ainda que não os conheça a fundo. Conta longas histórias ou ilustrações que não têm nada a
ver com o que está sendo discutido e muda de assunto o tempo todo. É muito imprudente em seus
discursos: fala de situações íntimas que não deveriam ser compartilhadas no grupo e, geralmente, mata
a reunião quando abre a boca. Este tipo de irmão atrai a antipatia dos irmãos e costuma ser rejeitado.
Como lidar com esse tipo de membro?
O Líder deve ajudar o irmão falante a se expressar dirigindo-lhe comentários do tipo: “Parece que você
tem experimentado muitas coisas, mas o que gostaríamos de saber é o que Deus falou com você hoje,
nesta reunião”. Se ele persistir em sua digressão, o Líder deverá confrontá-lo, dizendo: “Para que os
outros também possam compartilhar, por favor, resuma a sua conclusão em trinta segundos”. O Líder
deve mostrar amor e paciência, sem rejeitar o irmão.
9.6. A pessoa que é antiga na Igreja, mas que ainda não lidera
Normalmente, as pessoas mais antigas que não atingiram posição de liderança tendem a participar do
grupo de forma inconstante e sem compromisso. Pessoas desse tipo, quando participam, são difíceis de
ser lideradas e sempre pensam que, por serem mais antigas, devem ter uma posição diferente.
Comumente são saudosistas e se referem ao passado como “os bons tempos”. Por se referir ao passado
como sendo melhor que hoje, tais pessoas produzem discórdia no grupo.
Como lidar com esse tipo de membro?
Não se deve dar nenhum tratamento especial a tais pessoas. O Líder deve enfatizar, constantemente,
que tempo de Igreja não faz de ninguém um Líder. No tempo de compartilhamento estimule o tal
26
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
irmão a falar sobre o que Deus está fazendo em sua vida hoje, e, quais são os seus alvos imediatos em
Deus. Desafie-o a entrar na visão e a ser um líder de C2N!
9.7. O crítico da visão
Tais pessoas inicialmente serão muito sutis, mas no decorrer do tempo expressarão suas opiniões
acerca da liderança e da Igreja. Talvez apenas façam expressões de ironia e sarcasmo quando algum
Líder for mencionado na reunião. Estas pessoas, além de fazerem com que um espírito de divisão e
sectarismo penetre no grupo, podem também se tornar um tropeço na vida da Igreja.
Como lidar com esse tipo de membro?
Quando ele expressar suas críticas, o Líder deve dizer ao grupo que todos ali têm liberdade para fazer
suas críticas; todavia, a célula não é o lugar apropriado para isso. Quem tiver críticas e/ou “sugestões”
a fazer, faça-as pessoalmente aos Líderes. Se o irmão insistir diga que se todos concordarem anotará as
críticas e entregará pessoalmente ao pastor. O Líder deve mostrar ao grupo que todos têm liberdade de
dar sugestões construtivas e trazer novas idéias, mas que as críticas negativas devem ser abolidas
porque elas não trazem edificação para a Igreja e nem contribuem na comunhão dos santos.
9.8. Anfitriões que não são hospitaleiros
O anfitrião é uma pessoa muito importante no contexto da reunião da célula. Um anfitrião que
frequentemente está ausente no dia da reunião pode ser um grave problema. Existem aqueles que, pela
idade e temperamento, tendem a manipular o grupo e se julgam no direito de falar o que bem
quiserem, a qualquer hora. Pessoas assim podem impedir o fluir de Deus nas reuniões e,
consequentemente, destruir o grupo.
Como lidar com esse tipo de membro?
O Líder deve admoestá-lo amorosamente e mostrar-lhe o seu papel no grupo. Deve também
conscientizá-lo tanto sobre o dom da hospitalidade, quanto sobre os benefícios que, na Bíblia, são
prometidos aos que recebem a Igreja em sua casa. Se os problemas continuarem, a única alternativa é
mudar o grupo de residência.
9.9. Crianças destruidoras
Esta é uma situação delicada que o Líder deve administrar com muito cuidado e paciência. Uma
repreensão pública pode ser danosa e inibir os pais de levar os filhos à reunião. Por outro lado, tolerar
por muito tempo o problema pode causar muito desgaste aos anfitriões e ao pessoal da célula.
Como lidar com esse tipo de membros?
Se os pais da criança forem novos no grupo, todos devem exercitar a paciência e procurar contornar o
problema segurando as crianças de uma maneira a demonstrar insatisfação. Caso seja um grupo
maduro a melhor alternativa é uma orientação pública sobre o problema. Separe uma reunião para falar
sobre o papel de cada um na célula e o dever dos pais de cuidar dos seus filhos.
9.10. O grupo se recusa a multiplicar
Existem muitas causas para este problema. A primeira é que os membros se tornaram confortáveis
demais na companhia uns dos outros. Eles se apegam fortemente a esses relacionamentos e não
querem deixá-los. Alguns chamam essa doença de koinonite.
A segunda causa desse problema é que as pessoas experimentaram um grande mover na sua célula e
agora temem que esse mover desapareça no novo grupo.
Consideramos os passos abaixo como fundamentais para a implantação da Visão Celular da IBNAI,
embora estejamos cientes de que certamente podemos ter omitido alguma ação igualmente importante.
Nesse caso, os Líderes das CT, reunidos com o Pastor, farão as inclusões e suprimirão o que for
considerado desnecessário. Tenhamos sempre em mente que um bom planejamento está sujeito ao
replanejamento e às acomodações que uma mudança dessa importância requer, principalmente porque
a vida da Igreja está em questão.
3. Concepção da Visão Celular para a IBNAI, incluindo as atividades, estudos a serem desenvolvidos,
células paralelas ou Redes (como a dos diáconos, jovens e adolescentes), etc.;
- Definir datas de Encontros das Células Completas (ECC), na Igreja, quando todos (C1º e 2ºN), de um
único Núcleo, estarão juntos no templo.
- Quais atividades serão mantidas e em quais dias deverão ser utilizados para elas.
- Quais serão os locais de reunião das CT? Serão fixos? Considerar utilização do PAIFER e da IBNAI.
4. Divulgação da Visão para a Igreja através do Pastor e lideres de CT, a iniciar pelos diáconos e
liderança da Igreja;
6. Definição da escolha dos Auxiliares da CT a partir de uma lista elaborada pelo Pastor, podendo ter a
participação dos lideres de CT;
7. Uma vez definida a composição da CT, cada Líder deve procurar seus liderados em separado, após
divulgação para a Igreja e, posteriormente, reunir todos para prestar os esclarecimentos necessários;
- Com quais pessoas cada um tem mais contato? Visando dar cobertura. (que não fazem parte de uma
CT ou C1N)
9. Cada Líder de CT, juntamente com os seus liderados, definir dia e horário das reuniões das C2N.
- Considerar a possibilidade de mudanças na composição das C2N, a partir da 2a avaliação da Visão,
na 2a quinzena de julho.
10. Estudar a possibilidade da implantação de um Projeto por Célula, como forma de integração,
comunhão e atrair visitantes para as Células de 2º Nível – C2N.
Projetos:
Preenchimento das
o o
0 Fichas de
k k
1 Frequentadores
0 Escolher os Líderes o
2 das Células-Tronco k
0 Concepção da Visão o o o o
3 Celular para a IBNAI k k k k
0 Definição da escolha o
4 dos Auxiliares da CT k
0 Iniciar encontro da o o o
5 Célula do Pastor (CP) k k k
0 Divulgação da Visão o o
6 para a Igreja k k
Definição da
o o
0 composição das
k k
7 Células-Tronco (CT)
1 Rearranjo na composição
0 das C1N
29
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Definir composição das
o
1 Células de 2º Nível
k
0 (C2N)
1 Implantação dos
3 Projetos das células
1 Rearranjo na composição
3 das C2N
1 IMPLANTAÇÃO DA
4 VISÃO
Avaliação da Visão
1 Celular (no âmbito da
5 CT)
(Haverá flexibilidade na implantação de cada item, ficando à critério do Pastor a definição do início de cada
etapa, independentemente da sequência aqui concebida)
11 – Apêndices
I - O Segredo do Sucesso
A história da igreja está repleta de atitudes corajosas e orações heróicas e de cristãos com os olhos
espirituais voltados para os céus.
Hudson Taylor foi um jovem voluntarioso que tinha uma mãe e uma irmã de oração. Um dia sua irmã
prometeu que iria orar todos os dias até a conversão de seu irmão. Um mês depois, Hudson, para não
ficar entediado, estava concentrado na leitura de um livro qualquer quando seus olhos foram atraídos
para a frase “O fim do trabalho de Deus.” Isto capturou a sua atenção, depois o seu coração. Naquele
momento o Espírito Santo deu a notícia a sua mãe, que estava se joelhos por causa de seu filho, que
suas preces foram respondidas. Hudson Taylor tornou-se conhecido como um dos pioneiros das
missões modernas. Ele deu sua vida à China e fez da oração a base de seu ministério.
Mais tarde em sua carreira, quando o ministério que ele tinha estabelecido precisava de novos
trabalhadores, ele mandou um telegrama a todos os cristãos de Londres que dizia: “Orando por novos
trabalhadores em 1887.” Quatro anos antes ele havia orado por 70 novos funcionários durante um
período de três anos, e Deus atendeu à oração enviando 100 em um ano. Algo sem precedentes.
Hudson também orou por $50,00 de renda extra sem solicitação. E mais, ele também orou a Deus para
que as doações viessem em largas quantias de dinheiro.
A resposta veio em 1887 mesmo. Seiscentos homens e mulheres dedicaram suas vidas a servir como
missionários, os quais cento e dois foram selecionados para a obra na China. Além disso, $ 55,00 de
renda extra veio sem qualquer espécie de apelo. E veio de apenas onze pontos de origem diferentes.
Não digo que tudo foi como vento fácil para Taylor. Oração nem sempre previne a dor ou perdas
temporais. Durante a revolução Boxer, muitos dos convertidos de Taylor, que tinham se tornado
obreiros na causa, foram massacrados, e missões foram queimadas – tudo apesar das determinadas
30
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
orações. Depois da morte de Hudson Taylor, um homem com o nome de D. E. Host o substituiu. Ele
escreveu um livro intitulado Behind The Ranges. Ele estava tentando analisar um problema que
percebeu enquanto trabalhava em duas vilas na China. As pessoas, com quem ele trabalhava e orava
não estavam muito bem espiritualmente. Mas na outra vila, os cristãos estavam indo bem! Então ele
começou a perguntar a Deus o que estava acontecendo. Como aquelas pessoas que estavam a distancia
poderiam estar melhor espiritualmente do que aquelas com quem ele vivia e trabalhava?
O Senhor o impressionou a ver que embora ele gastasse muito tempo aconselhando, pregando e
ensinado com aqueles com quem vivia, ele gastava muito mais tempo em oração por aqueles a
distancia. Ele concluiu que havia quatro elementos básicos em fazer discípulos:
1º oração, 2 º oração, 3º oração, 4º Bíblia, nessa ordem e nessa proporção.
A oração também funcionou na América, como está ilustrada na história do reavivamento de 1858,
contada pelo Dr. J. Edwin Orr. Um homem de oração chamado Jeremias Lamphier decidiu começar
um grupo de oração na sala de cima no edifício da Igreja Holandesa Reformada do Norte em
Manhattan. Ele distribuiu folhetos convidando pessoas a juntarem-se a este grupo de oração, e da
população de um milhão de habitantes compareceram seis pessoas. Na semana seguinte 14
compareceram, depois 23, e então o grupo resolveu reunir-se todos os dias para orar. Logo, a igreja
ficou cheia, depois a igreja Metodista na John Street, então a igreja Episcopal da Trindade na esquina
da Wall Street com a Broadway.
Em fevereiro de 1858, igreja estava completamente cheia. Morace Greeley, o famoso editor, enviou um
repórter com um cavalo e um microfone escondido ao redor para ver quantos estavam pregando. Em
uma hora ele detectou só 12 encontros, mas ele contou 6.100 pessoas.
Então o movimento de oração começou a explodir, dez mil pessoas foram convertidas em Nova
Iorque. O movimento espalhou-se pela Nova Inglaterra, onde os sinos da igreja traziam pessoas para
orar às 08h00min da manhã, ao meio dia e às 06h00min da noite. Cerca de um ou dois milhões de
pessoas de uma população de 30 milhões foram convertidos naquele pais, e o reavivamento espalhou-
se em muitos outros.
Quando o reavivamento alcançou Chicago, um jovem sapateiro veio à igreja Congregacional e
perguntou se podia ensinar na escola dominical. O superintendente disse: “Me desculpe, eu já tenho 16
professores, mas vou colocá-lo na lista de espera.” O jovem disse:
– “Eu quero fazer algo agora”.
– “Bem, inicie uma classe”
– “Como posso iniciar uma?”
– “Trabalhe com alguns garotos. Então os traga aqui e essa será a sua classe.”
Esse jovem reuniu um grupo de meninos em uma praia no lago Michigan e os ensinou versos da Bíblia
e jogos Bíblicos. Então os levou para a Igreja Congregacional. Seu nome era Dwight Lyman Moody, e
esse era o começo de seu ministério, que durou 40 anos. Anos depois, Dwight L. Moody, agora como
evangelista renomado, estava em Londres, já há alguns meses, enquanto uma nova igreja estava sendo
construída em Chicago. Ele estava determinando a não pregar, mas um pastor insistiu com ele para
pregar em sua igreja. Depois que ele pregou no domingo de manhã, gentilmente disse que voltaria à
noite. Mencionou que nunca havia tido uma experiência tão difícil ao pregar em sua vida. A igreja
estava absolutamente fria e morta, sem um traço da mudança do Espírito de Deus.
Contudo, naquela manhã houve uma mudança extraordinária. A igreja estava abarrotada e o lugar
estava quente e alegre com o Espírito Santo. Moody disse: “Os poderes de um mundo invisível
desceram sobre o auditório”. Moody ficou impressionado ao fazer um chamado, contrário aos seus
planos, e ver 500 pessoas irem à frente. Ele as mandou sentarem de volta, pensando que elas haviam
entendido errado, e então fez o apelo novamente. O mesmo grupo avançou novamente. Um
reavivamento maior começou naquela igreja e naquela vizinhança. Centenas de vidas foram mudadas.
O que fez a diferença naquela noite? Um dos membros da igreja tinha vindo do culto matutino para o
lugar onde ela e sua irmã, que não podia andar, moravam. Quando ela contou a sua irmã que um
visitante de nome Dwight L. Moody havia pregado, sua irmã empalideceu e disse: “eu li sobre ele há
algum tempo atrás em um jornal americano, e eu tenho orado a Deus para enviá-lo a Londres e para
nossa igreja. Se eu tivesse sabido que ele estava indo pregar esta manhã, eu teria deixado de tomar café
31
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
e teria orado por ele enquanto pregasse. Agora irmã, saia da sala e feche a porta e não me dê jantar, e
não importa quem venha, não deixe que me vejam. Eu vou orar por toda a tarde e noite.” E esse era o
segredo do sucesso de Moody em Londres. Alguém orou para que os obstáculos fossem quebrados.
A oração também provou ser extremamente importante para uma missão evangélica na Califórnia.
Maxwell, enquanto estava pastoreando no sudeste da Califórnia, criou a estratégia de dar a cada um de
seus membros um pequeno livro de bolso para manter uma ativa lista de cinco nomes. Estes livrinhos
tinham uma pagina para cada pessoa, com espaço para vários fatos sobre essa pessoa. O pastor
Maxwell pediu a esses membros para guardar este livrinho e orar por estes nomes todos os dias. Ele
descobriu que a cada 18 meses, na média, ele poderia batizar uma pessoa entre cinco.
Loren Nelson foi chamado para ser pastor em Cottage Grove, Oregon, 1973. Ele acreditou no poder da
oração, e então pediu a seus membros para listar todos seus amigos que gostariam de ver batizados,
para que os colocassem na sua lista de oração pessoal. A única condição solicitada era que os membros
fossem nas casas destas pessoas, e se aproximassem deles em amizade. Loren fez uma lista com 86
nomes e começou a visitar e orar.
Três anos depois Loren foi chamado para um novo distrito. Antes de ir embora, ele centralizou sua
atenção no primeiro nome da lista. Este homem nunca havia sido batizado. Loren discutiu a questão
com seu primeiro ancião, que se propôs a orar por toda a noite. No dia seguinte este homem fez uma
decisão, foi batizado e se tornou o novo ancião daquela igreja. E quanto aos 85 nomes da lista? O
trabalho fervoroso resultou no batismo de 86 pessoas em três anos!
Dr. Paul Y. Cho descobriu o poder da oração como jovem pastor de uma congregação carismática. Ele
estava pastoreando uma igreja na Coréia de 3.000 cristãos, quando ele anunciou que Deus o estava
chamando para gastar mais tempo com ele em oração. Alguns destes membros, contudo, o queriam
para gastar quatro ou cinco horas em oração, outros membros da diretoria não concordaram com suas
prioridades e o abandonaram. Logo a igreja começou a crescer. A igreja do Doutor Cho em Seul,
Coréia, alcançou em 2007 aproximadamente 800.000 membros. A maior igreja do mundo, hoje, maio
de 2010, já conta com quase um milhão de membros.
Dr. Cho foi interrogado acerca do segredo do seu sucesso. Aqui estão os três elementos do crescimento
de uma igreja de sucesso de acordo com o pastor da maior igreja do planeta:
(1) oração;
(2) oração;
(3) oração.
“Há uma grande diferença da igreja na América e da igreja da Coréia”, diz Dr. Cho: “A igreja da
América possui muitos projetos, mas pouca oração, a igreja na Coréia possui muita oração e poucos
projetos.”
Dr. Cho possuía 800.000 membros em 2007, um jornal cristão com uma circulação de mais de um
milhão de cópias, 800 missionários que a igreja enviava ao redor no mundo, e uma grande
universidade cristã. Então como ele encontra tempo para orar por várias horas durante o dia?
A resposta, claro, é que seria impossível fazer todas estas coisas sem orar por varias horas por dia.
Aqui está uma das mais excitantes descobertas: Ninguém perde tempo por orar; ao contrário, só
ganha. Por quê? Porque em um momento Deus pode resolver problemas que levariam meses para ser
resolvidos por nós. ”Eu descobri que meu melhor e minhas ideias mais criativas vêm a mim quando
gasto tempo com Deus em oração. Aqueles que tagarelam uma oração de três minutos de manhã, estão
perdendo algumas das melhores ideias em sua carreira. Orações feitas de coração funcionam.
O Dr..Cho disse que quando sua igreja alcançou 300.000 membros, um pastor de uma igreja de 3.000
membros o visitou. O pastor disse: ”Dr. Cho, preciso entender algo. Sou um pastor coreano como o
senhor o é, mas você tem 300 mil e eu tenho três mil, então algo não está claro para mim.”
Então o pastor, sem nenhuma arrogância, começou a comparar a sua formação com a do Dr. Cho. “Eu
me preparei na América, enquanto você estudou em uma escola Bíblica aqui na Coréia. Além disso,
tenho comparado as gravações dos seus sermões com os meus sermões. Penso que prego melhores
sermões. Agora o que eu não entendo é por que eu prego melhor, tive melhor preparo acadêmico, e só
tenho 3 mil membros, enquanto você tem 300 mil.”
32
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
O Dr. Cho respondeu: “Você ora?”
“Oh sim”, disse o ministro.
“Quanto tempo, perguntou Cho?”
Ele respondeu: “Eu oro 30 minutos diariamente.”
Após uma pausa, esse ministro perguntou ao Dr. Cho: “E quanto tempo você ora?”
O Dr. Cho respondeu: “Algo em torno de uma a três horas por dia.” Então, num sorriso completou: “A
diferença entre 30 minutos e 3 horas é a diferença entre 3 mil e 300 mil.”
A igreja de Cho não é a única igreja cristã que prioriza a oração naquele país. Toda Coréia do Sul está
inflamada com a oração. É claro que existem fatores sociológicos: a nação tem enfrentado a
perspectiva de invasão pela Coréia do Norte. Calma e abundância geralmente levam à satisfação, mas
o perigo dirige homens e mulheres para Deus.
Por isso os cristãos na Coréia são os campeões da oração. (coincidentemente talvez, seus estudantes
são os campeões mundiais de matemática, colocando-se no primeiro lugar em uma competição
internacional feita há alguns anos atrás. Estudantes americanos ficaram em último. Humm. Talvez a
oração na escola não seja uma má ideia).
Dr. Peter Wagner visitou uma vez uma igreja presbiteriana na Coréia. Ele foi convidado para visitar a
reunião de oração de manhã bem cedo. A hora da oração. A igreja se dispôs a se encontrar às 05h00min
da manhã para uma hora de oração. Nesta manhã em particular havia uma tempestade terrível, e o Dr.
Wagner suspeitou que poucos estariam presentes. Imagine sua surpresa ao encontrar 4.000 pessoas
preenchendo cada cadeira daquele auditório às 05h00min da manhã da pior manhã do ano.
Como resultado de toda oração, coisas notáveis aconteceram na Coréia. Um capelão que foi transferido
da Alemanha para a Coréia, descobriu que os mesmos sermões que atraíram poucas respostas na
Alemanha, atraíram multidões e mudou vidas na Coréia.
Freqüentemente pensamos que a oração é uma arma defensiva. Alguma coisa para nos proteger do mal.
Mas oração é mais que uma mera arma defensiva. É uma arma ofensiva, para ser usada contra o reino
das trevas. Nossas armas, disse Paulo, não são as armas do mundo. Ao contrário, ele insiste, elas
possuem o divino poder para destruir fortalezas (2 Co 10:4). Nenhuma bomba de mil megatons pode
atingir as fortalezas que buscamos destruir. Nós temos algo mais forte, tão forte que Cristo disse que as
portas do inferno não prevalecerão sobre ela. (Mt 16:18)
Suspeito que muitas pessoas tomam este fato para explicar que os portões do inferno estão atacando a
igreja. Mas portões não atacam. O que o verso diz é que os portões do inferno não são capazes de
resistir. É a igreja que ataca – ou supõe-se que seja. Então com uma promessa como esta, por que não
lutamos de joelhos para resgatar aqueles que foram pegos no reino da escuridão e trazê-los ao reino da
luz?
As orações de Daniel resultaram em três semanas de guerra entre o Anjo de luz e o príncipe da
escuridão, controlando a nação da Pérsia (Dn 10). Como resultado Gabriel venceu porque Daniel
jejuou e orou por três semanas. A luta de Daniel com Deus em oração ajudou a determinar o destino
de sua oração
O ponto de todas estas historias é que o poder de Deus é derramado costumeiramente em uma nação
ou em uma igreja, quando um pequeno grupo de pessoas se junta para fazer da oração, uma prioridade
em suas vidas. Por que não desencadear esse poder, agora mesmo na IBNAI?
II - Os segredos da Coréia
O testemunho de uma irmã que visitou a igreja da Coréia:
1) Oração
A oração é a chave do avivamento. Nosso problema em relação à oração é que queremos respostas
rápidas automáticas, e prontas. A oração exige disciplina e persistência. Oramos alto, mais muito
rápido. Se começarmos a orar aqui e agora em pouco tempo teremos pessoas cansadas. Alguns revelam
esse cansaço abrindo os olhos e a boca.
O Brasil hoje está experimentando uma colheita, referente ao tempo em que as igrejas oravam tanto
que as mulheres tinham vergonha de usar saias curtas porque os joelhos eram feios de tanto orar de
joelhos. Os homens ao chegarem às congregações a primeira coisa que faziam eram dobrarem os
33
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
joelhos diante de Deus. Colhemos de uma época em que as igrejas tinham SINOS para serem tocados
pra fazer o povo parar de orar se não, não paravam; hoje temos que inventar um sino que faça o povo
orar.
Em Coréia vi esse tipo de sino novamente. O Dr. Cho fala: Vamos orar! Então gritam três vezes o
Nome do Senhor, e depois começam orar como uma cachoeira, e pra pararem tem que tocar um SINO.
Nós aprendemos a gritar, mas ainda não aprendemos a orar. Um grito qualquer um dá, mas oração
exige disciplina. Oração exige paciência. Oração é uma atitude solitária em relação a outros e plena de
comunhão com Deus.
Eles têm mais de trezentas montanhas de oração. E saem vários ônibus da igreja o dia todo para essas
montanhas. E lá eles oram em grupo com grandes clamores, e oram em disciplina persistente nas
grutas de oração.
Um Brasileiro gritou bastante e depois saiu logo. Então um coreano, que nunca saberei quem é, disse:
Brasileiro bobo grita muito e ora pouco. Eles sabem gritar, mas sabem também que vida de oração é
vida de disciplina persistente.
Dr. Cho ora três horas por dia TODOS OS DIAS, lembrem-se que homens de sucesso fazem todos os
dias o que homens sem sucesso fazem de vez em quanto. (Daniel 6.12).
1 hora pra mortificar a carne.
1 hora pra encher-se do Espírito (em línguas)
1 hora pra fazer pedidos
Nós oramos menos de uma hora só pra fazer pedidos. Nosso problema tem a ver com falta de
disciplina e busca por resultados rápidos. O tempo mínimo de oração exigido por Jesus pra seus
discípulos e uma hora (Mt 26.40).
Com oração se consegue tudo, sem oração não consegue nada. Eles viram um país inteiro ser mudado
pelo poder da ORAÇAO, então eles oram muito porque eles sabem o que a oração pode fazer.
Nós reclamamos da vida com Deus e pensamos que estamos orando, mas orar é mais do que isso.
Tenho visto que orar é algo tão misterioso que não se sabe explicar. É algo que a gente faz, mas não
explica.
Hoje não quero explicar oração! Quero apenas dizer-lhes que se não orarem não verão milagres, mas
se orarem, vocês SERÃO milagres. Minha casa será chamada CASA DE ORAÇÃO para todos os
povos! A coisa mais importante que fazemos aqui é a ORAÇÃO. Alguns não suportam o tempo de
oração nas reuniões, mas é um dos momentos que Deus mais gosta.
Na comunhão olhamos pra quem está do lado, na oração pra AQUELE QUE está acima. Na comunhão
a atenção é horizontal, na oração é vertical. Na comunhão vejo quem está do meu lado, mas na oração
olho pra Aquele que está Sobre mim. Na comunhão vejo o homem, mas na oração VEJO AQUELE
QUE VIVE EM MIM.
Na verdade os três princípios de êxito são:
1- Orar;
2- Orar; e
3- Orar Novamente.
Jesus tinha uma vida de oração intensa: Marcos 1:35, Lucas 5:16.
Se Jesus precisava orar pra enfrentar seus dias, imagine você e eu? O segredo da Coréia foi segredo na
vida de muitos homens. Poderia citar Abraão Lincoln que disse: “Muitas vezes me ponho de joelhos
pra orar, pela esmagadora convicção de que não tinha outra saída. Percebia que meus recursos e dos
que estavam a minha volta, pareciam insuficientes para o dia”.
34
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
Poderia citar vários homens que descobriram esse segredo, gente como: Charles Finney, John Wesley,
Jonatas Edwards, George Miller, David Yonggi Cho e muitos outros.
Uma pessoa disse ao Dr. Cho: “Como eu tenho uma igreja só de 300 pessoas e estou sempre atolado
com meu tempo, e complicado com meus problemas, e o senhor com tanta idade (71 anos em fevereiro
de 2007) tem uma igreja com mais 800 mil pessoas, quase um milhão de crentes, e TEM TEMPO DE
ORAR 3 HORAS POR DIA, COMO?”.
A resposta foi: “Se eu não orasse três oras por dia, certamente teria seus problemas. Você não é
culpado porque pecou ou errou, é culpado por não orar, orar é tudo (orai pra não entrar em tentação).
2) Organização e disciplina
Na Coréia eles perguntam se você quer ir ao banheiro 15 minutos antes do culto começar, porque
depois que começar você não sai mais. Se, é pra ficar em pé, todos ficam uniformemente em pé. Se
ficar assentado, o diácono pede pra você se levantar. Se todos se assentarem e você ficar em pé um
diácono chega perto de você e pede pra assentar também.
Se você falar durante a pregação, a pessoa que esta na fila de traz bate no seu ombro e pede silêncio
pra que ela possa ouvir a voz de Deus, através da mensagem da noite. Não pode bater foto na hora
errada! É claro que se trata de outra cultura, mas também se trata de princípios de Deus, e princípios de
Deus, cabem em qualquer cultura da terra.
3) Honra ao líder
Eu vou falar algumas coisas que vai escandalizar alguns! Mas estou narrando o que vi na Coréia, que
no Brasil pode ser tratado em outro nível, mas de mesma forma, e com o mesmo principio.
Quando o Dr. Cho saiu do barraquinho onde ora por três horas, todos os sábados, na Montanha de
Oração, os discípulos colocaram um tapete vermelho pra ele sair, pois estava descalço (já que lá dentro
tem que orar descalço). Eles falam do Dr. Cho com muito respeito.
O que poderia ser esse tapete vermelho entre nós?
- Chamar o pastor de pastor! Tem gente que pensa que pode chamar o pastor pelo primeiro nome como
se fosse muito íntimo;
- Pode ser, levar um copo de água pra seu líder. O que pode ser o tapete vermelho no Brasil? Não falar
mal do seu pastor, especialmente na ausência dele;
- Puxar uma cadeira pra seu líder se assentar. Às vezes o pastor chega à igreja e está muito cheia e não
tem lugar pra ele.
Então, muitas vezes nem sabemos honrar o líder, não é nem que não queiramos, mas estamos tão mal
acostamos com isso. É algo tão diferente de nossa cultura e nosso hábito que nos chocamos quando
vemos isso na Coréia. Não sabemos honrar nossos líderes, e pior, não entendemos que honrando o
líder estamos honrando não o homem, MAS A DEUS.
Jesus disse: se alguém vos recebe, a mim me recebe e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
O Senhor nos abençoe e nos guarde;
O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre nós, e tenha misericórdia de nós;
O Senhor sobre nós levante o Seu rosto e nos dê a paz.
Números 6:24-26
_____________________________________
Missão da IBNAI:
Servir a Deus e abençoar a quem estiver ao nosso
alcance; honrar ao Senhor e seguir seus passos na
compaixão pelos perdidos, os solitários, os
quebrantados, os perdedores, os fracassados;
proclamar Sua Verdade e agregar em Sua família os
35
VISÃO CELULAR – IBNAI 2010
que crêem; reproduzir neles o caráter de Jesus
Cristo e fazê-los discípulos do Reino.
W: www.ibnai.com.br @: ibnai@ibnai.com.br
Essa apostila é resultado de pesquisa sobre Visão Celular encontrado na Internet, experiências
vivenciadas pelos líderes atuais da Visão da IBNAI, vivências compartilhadas por irmãos que já
tiveram e ainda têm participação em igrejas que funcionam em células ou que não mais funcionam e
de pastores que estão ou não atuando em células. Todas essas experiências somadas foram adaptadas à
realidade de nossa Igreja, condição social da população do Alto Independência, Petrópolis – RJ, onde a
IBNAI está situada geograficamente.
Não esgotamos o assunto e nem consideramos que a Visão Celular da IBNAI se encerra nessas
páginas, mas nos esforçaremos como servos do Senhor e Igreja de Deus, para que Ele complete Sua
obra em nossas vidas a fim de que tenhamos sensibilidade para enxergar com clareza, o que Ele
mesmo deseja que façamos como seu povo, na propagação do Seu Reino, tanto no Alto Independência,
arredores, toda a cidade de Petrópolis e até onde Ele nos enviar.
36