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TEMPO COMUM. OITAVA SEMANA.

SÁBADO

69. DIREITO E DEVER DE FAZER APOSTOLADO


– O direito e o dever de todo o fiel cristão de fazer apostolado provêm da sua união com
Cristo.

– Afastar as desculpas que nos possam impedir de “entrar” na vida dos outros.

– Jesus envia-nos agora, tal como enviou os seus discípulos no começo.

I. ENQUANTO JESUS PASSEAVA pelos átrios do Templo, aproximaram-


se d’Ele os sumos sacerdotes e os doutores da lei e perguntaram-lhe: Com
que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu poder para as fazeres?1
Talvez por não estarem dispostos a escutar, o Senhor acabou por deixá-los
sem resposta.

Mas nós sabemos que Jesus Cristo é o soberano Senhor do universo, pois
por Ele foram criadas todas as coisas, no céu e na terra, as visíveis e as
invisíveis... Tudo foi criado por Ele e para Ele, e Ele próprio reconciliou todos
os seres consigo, restabelecendo a paz por meio do seu sangue derramado
na Cruz2. Nada do universo ficou fora da soberania e do influxo pacificador de
Cristo. Foi-me dado todo o poder... Ele tem a plenitude do poder nos céus e
na terra, incluído o de evangelizar e levar a salvação a cada povo e a cada
homem.

E foi o próprio Senhor quem nos chamou a participar dessa sua missão,
confiando-nos a tarefa de estender o seu reino, reino de verdade e de vida,
reino de santidade, reino de justiça e de paz3: “Somos Cristo que passa pelo
caminho dos homens do mundo”4.

Para porem a vida a serviço dos outros, os fiéis leigos não necessitam,
pois, de nenhum outro título fora o da sua vocação de cristãos, recebida no
sacramento do Baptismo. Isso já é motivo suficiente. “O dever e o direito do
leigo ao apostolado provêm da sua união com Cristo Cabeça. Inseridos pelo
Baptismo no Corpo Místico de Cristo, robustecidos pela Confirmação na
fortaleza do Espírito Santo, é o próprio Senhor quem os destina ao
apostolado”5, diz o Concílio Vaticano II.

Temos o direito de intervir na vida dos outros, porque em todos nós circula
a mesma vida de Cristo. E se um membro adoece, ou fica anémico, ou está a
ponto de morrer, todo o corpo se ressente: Cristo sofre, e sofrem também os
membros sadios do corpo, já que “todos os homens são um em Cristo”6.

O direito de influir na vida dos outros torna-se assim um agradável dever


para cada cristão, sem que ninguém se possa considerar dispensado ou
excluído do seu cumprimento, por muito particular que seja a sua situação na
vida. Jesus “não nos pede licença para nos «complicar a vida». Mete-se e...
pronto!”7 E todos os que querem ser seus discípulos devem fazer o mesmo
com aqueles que os acompanham pelas sendas da vida.

II. NÃO TEM, POIS, nenhum cabimento que alguém nos pergunte: “– Com
que direito você se mete na vida dos outros? – Quem lhe deu licença para
falar de Cristo, da sua doutrina, das suas exigências?” Nem se explica que
nós mesmos tenhamos a tentação de nos perguntarmos: – “Quem me
mandou meter-me nisto?” Então “teria de responder-te: quem te manda –
quem te pede – é o próprio Cristo. A messe é grande, e os operários, poucos.
Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a sua messe (Mt 9,
37-38). Não concluas comodamente: eu não sirvo para isso, para isso já há
outros; essas tarefas me são estranhas. Não, para isso não há outros; se tu
pudesses falar assim, todos poderiam dizer o mesmo. O pedido de Cristo
dirige-se a todos e a cada um dos cristãos. Ninguém está dispensado, nem
por razões de idade, nem de saúde, nem de ocupação. Não há desculpas de
nenhum género. Ou produzimos frutos de apostolado ou a nossa fé será
estéril”8.

A Igreja anima-nos a dar a conhecer Cristo, sem desculpas nem pretextos,


com alegria, em todas as idades da vida. O Concílio Vaticano II pormenoriza:
“Os jovens devem converter-se nos primeiros e imediatos apóstolos dos
jovens, exercendo o seu apostolado pessoal entre os seus próprios
companheiros [...]. Também as crianças têm a sua própria actividade
apostólica. De acordo com a sua capacidade, são testemunhas vivas de
Cristo entre os seus companheiros”9.

Os jovens, as crianças, os anciãos, os doentes, os que estão


desempregados ou então cheios de um trabalho florescente..., todos devem
ser apóstolos que dão a conhecer Cristo com o testemunho do seu exemplo e
com a sua palavra. Que bons alto-falantes pode ter Deus no meio do mundo!
Ele nos diz a todos: Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho...10 O Senhor
envia-nos!

O amor de Cristo leva-nos ao amor do próximo: a vocação que recebemos


incita-nos a pensar nos outros, a não temer os sacrifícios que um amor
operante traz consigo, pois “não há sinal e marca que mais distinga o cristão
e aquele que ama a Cristo do que a solicitude pelos seus irmãos e o zelo pela
salvação das almas”11. Por isso, a preocupação de dar a conhecer o Mestre é
o indicador que assinala a sinceridade de vida do discípulo e a firmeza com
que segue o seu Senhor. Se alguma vez notássemos que a salvação das
almas não nos preocupa, que as almas dos outros não nos pesam, que o seu
afastamento de Deus nos deixa indiferentes, que as suas necessidades
espirituais não provocam uma reacção na nossa alma, isso seria sinal de que
a nossa caridade se esfriou, pois não dá calor aos que estão ao nosso lado.
O apostolado não é algo acrescentado ou sobreposto à actividade normal do
cristão; é a sua própria vida cristã, que tem como manifestação natural o
interesse apostólico pelos familiares, colegas, amigos...
III. COM QUE AUTORIDADE fazes estas coisas?..., perguntavam aqueles
fariseus a Jesus. Não era esse o momento oportuno para lhes revelar de
onde provinha o seu poder. Dá-lo-ia a conhecer mais tarde aos seus
discípulos: Todo o poder me foi dado no céu e na terra 12. A autoridade de
Jesus não provém dos homens, mas de ter sido constituído por Deus Pai
“herdeiro universal de todas as coisas (cfr. Hebr 1, 2), a fim de ser Mestre, Rei
e Sacerdote de todos, Cabeça do Povo novo e universal dos filhos de
Deus”13.

A Igreja inteira participa desse poder, e, com ela, cada um dos seus
membros. Compete a todos os cristãos a tarefa de prosseguir no mundo a
obra de Cristo. E Jesus apressa-nos, pois “os homens são chamados à vida
eterna. São chamados à salvação. Tendes consciência disso? Tendes
consciência [...] de que todos os homens são chamados a viver com Deus e
de que sem Ele perdem a chave do «mistério» de si próprios?”, dizia João
Paulo II em Lisboa14.

Jesus envia-nos tal como enviou dois dos seus discípulos à aldeia vizinha
em busca de um burrinho que estava atado e que ninguém ainda havia
montado. Mandou-lhes que o desatassem e lho trouxessem, pois deveria ser
a cavalgadura em que entraria triunfante em Jerusalém. E indicou-lhes que,
se alguém lhes perguntasse o que faziam com ele, lhe dissessem que o
Senhor precisava do animal15. Aqueles dois foram, pois, e efectivamente
encontraram o burrinho tal como o Senhor lhes havia dito. Ao desatá-lo, os
seus donos disseram-lhes: Por que desatais o burrinho? Eles responderam:
Porque o Senhor precisa dele16. Agiram em nome do Senhor e para o Senhor,
não por conta própria nem para obter um benefício pessoal. Cumpriram uma
indicação e fizeram o que se deve fazer em todo o apostolado: Levaram o
burrinho a Jesus17.

Santo Ambrósio, ao explicar esta passagem, salienta três aspectos: a


ordem de Jesus, o poder divino com que foi executada, e o modo exemplar de
vida e de intimidade com o Mestre dos que a cumpriram 18. E a propósito
dessas palavras São Josemaría Escrivá tece este comentário: “Como se
ajustam admiravelmente aos filhos de Deus estas palavras de Santo
Ambrósio! Fala do burrico atado com a jumenta, de que Jesus necessitava
para o seu triunfo, e comenta:

«Só uma ordem do Senhor podia desatá-lo. Soltaram-no as mãos dos


Apóstolos. Para semelhante fato, requerem-se um modo de viver e uma graça
especial. Sê tu também apóstolo, para poderes libertar os que estão cativos».

“Deixa-me que te glose novamente este texto: quantas vezes, a mando de


Jesus, não teremos de soltar os grilhões das almas, porque Ele necessitará
delas para o seu triunfo! Que sejam de apóstolos as nossas mãos, e as
nossas acções, e a nossa vida... Então Deus nos dará também graça de
apóstolo, para quebrarmos os ferros dos agrilhoados”19, de tantos que
continuam atados enquanto o Senhor espera.

(1) Mc 11, 27-33; (2) cfr. Col 1, 17-20; (3) Missal Romano, Prefácio de Cristo Rei; (4) São
Josemaría Escrivá, Carta, 8-XII-1941; (5) Conc. Vat. II, Decr. Apostolicam actuositatem, 3; (6)
Santo Agostinho, Comentário ao salmo 39; (7) cfr. São Josemaría Escrivá, Forja, n. 902; (8)
São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 272; (9) Conc. Vat. II, op. cit., 12; (10) cfr. Mc 16,
15; (11) São João Crisóstomo, Homilias sobre o incompreensível, 6, 3; (12) Mt 28, 19; (13)
Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 13; (14) João Paulo II, Homilia, Lisboa, 14-V-1982; (15)
cfr. Lc 19, 29-31; (16) Lc 19, 33-34; (17) Lc 19, 35; (18) cfr. Santo Ambrósio, Comentário ao
Evangelho de São Lucas; (19) São Josemaría Escrivá, Forja, n. 672.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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