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meios físicos, enzimáticos ou químicos e que produzem n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho,
um efeito fisiológico benéfico, demonstrado por provas de 28 de Janeiro;
científicas comummente aceites; b) Elaborar e coordenar a execução do plano de
iii) Polímeros de hidratos de carbono sintéticos co- controlo oficial para verificação do cumprimento das
mestíveis que produzem um efeito fisiológico bené- normas previstas no presente decreto-lei.
fico, demonstrado por provas científicas comummente
aceites. 2 — Os serviços competentes nas Regiões Autóno-
Artigo 5.º mas e as Direcções Regionais de Agricultura e Pescas
[...]
executam o plano de controlo oficial previsto no número
anterior.
......................................... Artigo 14.º
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [...]
b) Aos nutrientes enumerados na subalínea ii) da
1 — Constitui contra-ordenação punível com coima
alínea a) do artigo 3.º do presente diploma;
nos montantes mínimo de € 750 e máximo de € 3740
c) Às substâncias pertencentes a uma das categorias dos
para as pessoas singulares ou até ao montante máximo
nutrientes referidos na alínea anterior ou que sejam suas
de € 44 890, caso o agente seja pessoa colectiva:
componentes.
Artigo 6.º a) A comercialização de géneros alimentícios com
[...]
desrespeito pelo disposto no n.º 2 do artigo 4.º e no
artigo 5.º;
1— ..................................... b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.........................................
2 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . os limites mínimos e máximos das coimas reduzidos
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . para metade.
3— .....................................
.........................................
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Artigo 16.º
b) A quantidade de proteínas, hidratos de carbono, Fiscalização, instrução e decisão
açúcares, lípidos, ácidos gordos saturados, fibra e sódio.
1 — Sem prejuízo das competências atribuídas por lei
às autoridades policiais e fiscalizadoras, a fiscalização
2 — Quando a alegação nutricional disser respeito e a instrução dos processos por infracção ao disposto
aos açúcares, ácidos gordos saturados, fibra ou sódio, no presente decreto-lei competem à Autoridade de Se-
devem ser fornecidas as informações que constam do gurança Alimentar e Económica (ASAE) e aos serviços
grupo 2. competentes nas Regiões Autónomas.
3— ..................................... 2 — Finda a instrução, os processos são remetidos à
4 — É obrigatória a declaração das substâncias per- Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Econó-
tencentes a uma das categorias de nutrientes referidas mica e de Publicidade (CACMEP) para aplicação das
nos n.os 1 e 3 ou que sejam suas componentes, quando coimas respectivas.
essas substâncias sejam objecto de uma alegação nu- 3 — (Revogado.)
tricional.
5— ..................................... Artigo 17.º
Artigo 7.º Afectação do produto das coimas
Indicação do valor energético e do teor de nutrientes O produto da aplicação das coimas previstas no pre-
sente decreto-lei reverte a favor das seguintes entidades:
1— .....................................
2 — A declaração do valor energético e do teor de a) 60 % para os cofres do Estado;
nutrientes ou dos seus componentes deve apresentar-se b) 10 % para a entidade que levantou o auto;
sob a forma numérica e as unidades a empregar são as c) 20 % para a entidade que instruiu o processo;
que constam do anexo III do presente diploma, que dele d) 10 % para a CACMEP.»
faz parte integrante.
3— ..................................... Artigo 3.º
4— ..................................... Alteração aos anexos I, II e III do Decreto-Lei n.º 167/2004,
de 7 de Julho
Artigo 13.º
Os anexos I, II e III do Decreto-Lei n.º 167/2004, de 7 de
[...] Julho, são alterados de acordo com o anexo I do presente
decreto-lei, que dele faz parte integrante.
1 — O Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP)
é o organismo responsável pelas medidas de política
relativas à qualidade e segurança alimentar, competindo- Artigo 4.º
-lhe, designadamente: Norma revogatória
a) Seleccionar e aplicar as opções apropriadas de É revogado o n.º 3 do artigo 16.º do Decreto-Lei
prevenção e controlo no âmbito do Regulamento (CE) n.º 167/2004, de 7 de Julho.
1844 Diário da República, 1.ª série — N.º 104 — 28 de Maio de 2010
[...]
Referendado em 18 de Maio de 2010.
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto ANEXO II
de Sousa.
(a que se refere o artigo 5.º)
ANEXO I
Republicação do Decreto-Lei n.º 167/2004, de 7 de Julho
(a que se refere o artigo 3.º)
Artigo 1.º
«ANEXO I Objecto
De um modo geral, a quantidade a tomar em con- 4 — O disposto no presente diploma não prejudica a
sideração para decidir o que constitui uma quantidade legislação relativa aos géneros alimentícios destinados a
significativa corresponde a 15 % da dose diária reco- uma alimentação especial.
Diário da República, 1.ª série — N.º 104 — 28 de Maio de 2010 1845
proteína = azoto total (Kjeldahl) × 6,25 1 — As informações que constituem a rotulagem nu-
tricional devem apresentar-se de acordo com um dos se-
d) «Hidratos de carbono» qualquer hidrato de carbono guintes grupos:
metabolizado pelo homem, incluindo os polióis; Grupo 1:
e) «Açúcares» todos os monossacáridos e dissacáridos
presentes nos alimentos, excluindo os polióis; a) O valor energético;
f) «Lípidos» os lípidos totais incluindo os fosfolípidos; b) A quantidade de proteínas, hidratos de carbono e
g) «Ácidos gordos saturados» os ácidos gordos sem lípidos;
ligações duplas;
h) «Ácidos gordos monoinsaturados» os ácidos gordos Grupo 2:
com uma ligação dupla cis; a) O valor energético;
i) «Ácidos gordos polinsaturados» os ácidos gordos b) A quantidade de proteínas, hidratos de carbono, açú-
com ligações duplas interrompidas cis ou de metileno cis; cares, lípidos, ácidos gordos saturados, fibra e sódio.
j) «Valor médio» o valor que melhor represente a quan-
tidade do nutriente contido num dado alimento e que tenha 2 — Quando a alegação nutricional disser respeito aos
em conta as tolerâncias devidas à variabilidade sazonal, açúcares, ácidos gordos saturados, fibra ou sódio, devem
aos hábitos de consumo e a outros factores que possam ser fornecidas as informações que constam do grupo 2.
influenciar o valor real; 3 — A rotulagem nutricional pode igualmente incluir
l) «Quantidade significativa» a que corresponde a 15 % as quantidades de um ou mais dos elementos seguintes:
da dose diária recomendada para as vitaminas e minerais
especificados no anexo I ao presente diploma, para 100 g a) Amido;
ou 100 ml ou por embalagem, caso esta apenas contenha b) Polióis;
uma porção; c) Ácidos gordos monoinsaturados;
m) «Fibra» polímeros de hidratos de carbono com três d) Ácidos gordos polinsaturados;
ou mais unidades monoméricas que não são digeridas nem e) Colesterol;
absorvidas pelo intestino delgado humano e pertencem às f) Todas as vitaminas ou minerais indicados no anexo I
seguintes categorias: do presente diploma e presentes em quantidades signifi-
cativas.
i) Polímeros de hidratos de carbono comestíveis, que
ocorrem naturalmente nos alimentos tal como consumi- 4 — É obrigatória a declaração das substâncias perten-
dos; centes a uma das categorias de nutrientes referidas nos
ii) Polímeros de hidratos de carbono comestíveis, que n.os 1 e 3 ou que sejam suas componentes, quando essas
foram obtidos de matérias-primas alimentares por meios substâncias sejam objecto de uma alegação nutricional.
1846 Diário da República, 1.ª série — N.º 104 — 28 de Maio de 2010
}
a) 60 % para os cofres do Estado; Proteínas
b) 10 % para a entidade que levantou o auto; Hidratos de carbono
c) 20 % para a entidade que instruiu o processo; Lípidos (à excepção do colesterol) gramas (g).
d) 10 % para a CACMEP. Fibra
Sódio
Artigo 18.º
Norma revogatória
Colestrol — miligramas (mg).
Vitaminas e minerais — as unidades constantes do
É revogada a Portaria n.º 751/93, de 23 de Agosto. anexo I.