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1) O autor pede a Deus que o guie em como procurá-Lo e encontrá-Lo, já que sente estar longe de Sua presença.
2) Ele expressa seu desejo ardente de ver o rosto de Deus, mas se sente incapaz de encontrá-Lo ou compreendê-Lo completamente.
3) O autor pede humildemente a Deus que o ajude a superar seus pecados e fraquezas para que possa amá-Lo e compreendê-Lo melhor.
Descriere originală:
Reflexões de uma alma sedenta por mais dos Céus.
Titlu original
Incitação Da Mente à Contemplação de Deus - Sto. Anselmo de Cantuária -1078
1) O autor pede a Deus que o guie em como procurá-Lo e encontrá-Lo, já que sente estar longe de Sua presença.
2) Ele expressa seu desejo ardente de ver o rosto de Deus, mas se sente incapaz de encontrá-Lo ou compreendê-Lo completamente.
3) O autor pede humildemente a Deus que o ajude a superar seus pecados e fraquezas para que possa amá-Lo e compreendê-Lo melhor.
1) O autor pede a Deus que o guie em como procurá-Lo e encontrá-Lo, já que sente estar longe de Sua presença.
2) Ele expressa seu desejo ardente de ver o rosto de Deus, mas se sente incapaz de encontrá-Lo ou compreendê-Lo completamente.
3) O autor pede humildemente a Deus que o ajude a superar seus pecados e fraquezas para que possa amá-Lo e compreendê-Lo melhor.
Eia, vamos, pobre homem! Foge um pouco s tuas ocupaes, esconde-te dos teus pensamentos tumultuados, afasta as tuas graves preocupaes e deixa de lado as tuas trabalhosas inquietudes. Busca, por um momento, a Deus e descansa um pouco nele. Entra no esconderijo da tua mente, aparta-te de tudo, exceto de Deus e daquilo que pode levar-te a ele, e, fechada a porta, procura-o. Abre a ele todo o teu corao e dize-lhe: Quero teu rosto; busco com ardor o teu rosto, Senhor (Salmo 27.8). Eis-me, Senhor meu Deus, ensina, agora, ao meu corao onde e como procurarte, onde e como encontrar-te. Senhor, se no ests aqui, na minha mente, se ests ausente, onde poderei encontrar-te? Senhor, se ests por toda parte, por que no te vejo aqui? Certamente habitas uma luz inacessvel. Mas onde est essa luz inacessvel? E como chegar a ela? Quem me levar at l e me introduzir nessa morada cheia de luz para que ali possa enxergar-te? Nunca te vi, Senhor meu Deus. Senhor, eu no conheo o teu rosto. Que far, Senhor, que far este teu servo to afastado de ti? Que far este teu servo to ansioso pelo teu amor e, no entanto, lanado to longe de ti? Anela ver-te, mas teu rosto est demasiado longe dele. Deseja aproximar-te de ti, mas a tua habitao inacessvel. Arde pelo desejo de encontrar-te, e no sabe onde moras. Suspira s por ti, e no conhece o teu rosto. Senhor, tu s o meu Deus e o meu Senhor, e nunca te vi. Tu me fizeste e resgataste, e tudo o que tenho de bom devo-o a ti; no entanto, no te conheo ainda. Fui criado para ver-te, e at agora no consegui aquilo para que fui criado. () E tu, Senhor, at quando, at quando, Senhor, ficars esquecido de ns? At quando conservars o teu rosto afastado de ns? Quando iluminars os nossos olhos e nos mostrars teu rosto? Quando voltars a ns? Olha para ns, Senhor. Escuta-nos, ilumina os nossos olhos, mostra-te a ns. Volta para junto de ns, a fim de termos, novamente, a felicidade, pois, sem ti, s h dores para ns. Tem piedade de nossos sofrimentos e esforos para chegar a ti, pois, sem ti, nada podemos. Convida-nos, ajuda-nos, Senhor. Rogo-te que o meu desespero no destrua este meu suspirar por ti, mas respire dilatado meu corao na esperana. Rogo-te, Senhor, consoles o meu corao amargurado pela desolao. Suplico-te, Senhor, no me deixes insatisfeito aps comear a tua procura com tanta fome de ti. Famlico, dirigi-me a ti: no permitas que volte em jejum. Pobre e miservel que sou, fui em busca do rico e misericordioso: no permitas que retorne sem nada, e decepcionado. E se suspiro antes de comer, faze com que eu tenha a comida aps os suspiros. Senhor, encurvado como sou, nem posso ver seno a terra: ergue-me, pois, para que possa fixar com os olhos o alto. As minhas iniquidades elevaram-se por cima da minha cabea, rodeiam-me por toda parte e me oprimem como um fardo pesado. Livra-me delas, alivia-me desse peso, para que eu no fique encerrado como num poo. Seja-me permitido enxergar a tua luz, embora de to longe e desta profundidade. Ensina-me como procurar-te e mostra-te a mim que te procuro. Pois, sequer posso procurar-te se no me ensinares a maneira, nem encontrar-te se no te mostrares. Que eu possa procurar-te desejando-te, e desejar-te ao procurar-te, e encontrar-te amando-te, e amar-te ao te encontrar. Senhor, reconheo e te rendo graas por teres criado em mim esta tua imagem, a fim de que, ao recordar-me de ti, eu pense em ti e te ame. Mas ela est to apagada em minha mente por causa dos vcios, to embaciada pela nvoa dos pecados, que no consegue alcanar o fim para o qual a fizeste, a menos que tu a
renoves e a reformes. No tento, Senhor, penetrar a tua profundidade. De
maneira alguma a minha inteligncia amolda-se a ela, mas desejo, ao menos, compreender a tua verdade, que o meu corao cr e ama. Com efeito, no busco compreender para crer, mas creio para compreender. Efetivamente creio, se no cresse, no conseguiria compreender.