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INTERDISCIPLINARIDADE
Alexandre Nogueira da Silva
Emérico Arnaldo de Quadros
earnaldo@onda.com.br
Trabalho apresentado na 7ª semana pedagógica 2010 – Entre a educação e a inclusão e I
Encontro de Psicologia e Educação: Implicações no processo de ensino aprendizagem
(realizado pelo departamento de Educação da Fafipar, Paranaguá. ISSN 2177-546X
RESUMO: O estudo em foco tem a intencionalidade de desenvolver uma reflexão sobre valores,
conduta, relações interpessoais no meio docente. Como também no enfrentamento dos problemas
educacionais surgidos na aprendizagem do educando, buscando verificar quais os recursos que ao
longo do processo educativo e pedagógico o olhar humanizador e ético configure e consolide na
ação docente. Certamente quando deparamos com os problemas do cotidiano, cujo estes, são
oriundos dos desajustes sentimentais, que ainda necessitam de um profundo exercício para atingir
a maturação, isto é, o crescimento como pessoa humana, assim como, um contribuinte no espaço
social, é necessário recorrer a estudos abordando a ética e, principalmente para que possamos
participar, integrar e socializar com aqueles que inserem no ambiente intraescolar. Sob tal
perspectiva, reemprega em altercação a relação entre docente e a interdisciplinaridade, isto é,
professor diante dos conteúdos e a prática educativa na convivência entre as demais disciplinas,
concatenando assunto de determinada disciplina com a da própria disciplina do professor, assim
como, referenciando o educador da matéria semelhante e/ou diferente. Com o olhar apreciador
este trabalho percorrerá rebuscando na dimensão educacional/docente os incidentes que
permeiam no ambiente escolar. A discussão permite, assim, não apenas intimar momentos
eficazes da manifestação ética no meio educacional, mas também dirimir dúvidas do estudo
proposto fundamentado na ciência filosófica.
INTRODUÇÃO
“Qual meu objetivo na vida?”, “O que procuro?”, “Qual é a minha finalidade?”. Tais são as
questões que qualquer homem põe a si mesmo, uma vez ou outra, às vezes calma e
meditativamente, outras vezes na agonia da incerteza e do desespero. São questões
antigas, muito antigas, que foram feitas e respondidas em todos os séculos da história. São
também questões que todo indivíduo, a seu modo, deve colocar e responder para si
mesmo. São questões que eu, como terapeuta, ouço exprimir das mais variadas formas
por mulheres e por homens perturbados que tentam aprender, compreender ou escolher as
direções que a sua vida deve seguir”. (ROGERS, P. 186; 1997)
“Há entre o ensino e a aprendizagem a mesma e exata equação que existe entre a compra
e a venda. A única maneira de aumentar a aprendizagem dos alunos é aumentar a
quantidade e a qualidade do ensino real. Uma vez que a aprendizagem é algo que o aluno
deve fazer por e para si próprio, a iniciativa depende e está a cargo do educando. O
professor é um guia e um diretor. Ele pilota o barco, mas a energia que o impele deve vir
daqueles que estão aprendendo”.
Propor na prática educativa uma visão interdisciplinar, é ser um profissional
ético. Isto vem elucidar que o papel principal do docente é aproximar, reunir a sua
volta aqueles que apetecem de saberes.
Segundo Nóvoa citado por Boto compartilha, “somente a prática do convívio
profissional, da partilha, da troca e da sensibilidade para com os colegas
possibilita o sucesso. Eu recebo o que meu colega me acrescenta; eu ofereço
aquilo de que meu colega pode ser acrescido. Ao agir assim, ambos crescemos,
ambos nos empenhamos em uma prática salutar e cidadã de convívio público,
ambos transformamos o quotidiano da escola em um exercício de formação
continuada”.
Corroborar a cada momento pautado em critérios educacionais a prática
educativa, refletindo para si mesmo num posicionamento crítico sobre o seu fazer
e o seu saber. Segundo Boto 2002, “Para viver a colegialidade como proposta
profissional coletiva, deve-se, contudo, favorecer o diálogo – e muito
particularmente o diálogo entre professor e alunos. Esse diálogo atravessa as
rotinas, as práticas, os usos e costumes da ação educativa”.
Da prática educativa podemos analisar:
“O bom professor pode ser, portanto, compreendido como aquele que se revela a seus
alunos por transmitir conhecimentos: chaves culturais herdadas e preservadas como
saberes socialmente cultivados. Mas o bom professor, que revela o conhecimento, e o
transforma em sabedoria, faz isso por palavras e pelo hábito; pela coerência entre aquilo
que diz e as maneiras de atuar em público. O bom professor conjuga habilidades e
competências técnicas, acadêmicas, interpessoais, institucionais, com o requisito
imprescindível da busca sempre presente de uma vida digna, pautada por procedimentos
de justiça para com o semelhante e de cuidado para quem está próximo”.
(BOTO,P19;2002)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOTO, Carlota. Por uma ética em profissão: rumo a uma nova paidéia.
Interface – Comunic, Saúde, Educ, v.6, n.10, p.9-26, 2002.