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UOT en settee ey Semen ate yee ance veetr er Peace eas sidade eed ele Tol tate) do SS CORN eel ta Oe : Pantanal = UNIDERP. Pa elme carts Yello} cere Mere an ere eT Mere BUH eV} Ci) | Reel Tae TEN Les Stare ey Eli lefotsrey ikea varias Lester ‘Advogado com Teste t cle eat Reso do Sul e Mato erie Clélio Chiesa “COMPETENCIA | TRIBUTARIADO ESTADO BRASILEIRO desoneragdes nacionais ¢ imunidades condicionadas I ne cxeu10 cates lermos di Jutidicos, a elaboragao da C mos jai ‘onstit “\construgio da ordem juridica positiva, inadequada também € ut Sipios ¢ 0 Distrito Federal. cg, AS Weeras imunizantes ni £8; so normas constitucionais dica posit que foram inseridas dam, juntamente com Pessoas politicas poder reformador, e que aj Ssias, a delinear © campo impositivo das ee 96. Curso de Dir Curso de Direio ConstitucionalTrbutrio, p32, io limitam @ competéncia tributé- CAPITULO V DELIMITAGAO SEMANTICA DO TERMO IMUNIDADE E A ABRANGENCIA DO INSTITUTO SUMARIO: 1. Acepg0es em que 0 trmo imunidade& wili2ado pela doutina; 2 A imunidade como norma jurdica; 2.1 0 dieito como conjunto de normas jut dices; 2.2 Regras de condita erepras de estrutur; 2.3 As imunidades tributes ‘como regras de esirutura; 24 A regulamentaglo das imunidades condicionadas ‘como regras de conduta; 3. A definigdo de imunidade; 3.1 A detinigio adotada reste trabalho; 3.2 A impropriedade da definigio de imunidades como normas ‘expressas de incompeléncia para tributar; 4. A questio da divisibilidade ov nfo ‘das imunidades; 5. Ambito de abrangéncia das imunidades: impostos ou iributos? % 1. Acepgdes em que o termo imunidade ¢ utilizado pela doutrina 0 termo imunidade, como tantos outros, é plurivoco, com- porta vérias acepgGes. Dentre os varios sentidos em que ele é utili- zado pela doutrina, esté 0 de imunidade como norma juridica, di- reito subjetivo” e como conceito juridico positive." 92, José Wilson Ferrera Sobrinho assevera que.“a norma imunizante nlo tem -apenas a funglo de delinea a competénca inbutri, sendo que também ovlorgar 30 imune odireito piblicosubjetivo de nko sofer a ago tibutdria do Estado. A norma imunizane, porno, tm o dup papel de fix a compeacia ede conte: tir ao seu detinalsio um dito plea subjelivo, rio que permite sua crace- Fi2agdo, no que diz com a outorga de um direito subjetivo, como norma jurdica ‘aibutiva por conferic ao imune 0 direitoreferido”, B, conch “o dieito publica subjelivo de nto ser tributado surge como efeitoreflexo da norma imunizante. Se + otitular da competénciatibutsa, durante o seu exerci, desrespeitar os limites Juridicos em que seu atuar € Icio e impuser um gravame fiseal a0 imune, 0 ieito pablico subjetivo de ndo ser tibutado ter sido lesado, Esta lesto permit ua cue cies ACOMPETENCIA TABUTARIA 90 ESTADO DRASILLIRO lis A falta a ‘erm fia 8 exrcitiarto do sentido em que determinado ° co decane een ver send utlizado prejudica a cient dade toss euge dico,Altede Augusto Becker advere gue 0 ise tee panto ne terminologia nia éexigecia dada pela gr mn caper elza do silo, mas 6 uma exigtcia funda al = tivo (Ciéncia do Diteito); conjunts de normas juridicas vélidas © Giteito positivo). e Para efeito deste estudo, interessa dar énfase & distingio > existente entre direito positivo ¢ Cigncia do Direito, com © prop6- 3 sito de evitar equivocos, visto que os dois sistemas sio bastante # Giferentes, ¢ que se ird ocupar justamente das unidades de um desses sistemas. ‘O sistema do direito positivo € formado pelo conjunto de normas juridicas existentes num determinado momento € espago. Nas palavras de Paulo de Barros Carvalho, “se pensarmos no conjunto de todas as normas juriicas vélidas, nam determinado intervalo de tempo e sobre espectfico espago territorial, inter-rela- cionadas sintética ¢ semanticamente, segundo um prinefpio unifi- J cador, teremos o direito positive que aparece no mundo integrado fuina camada de lingoagem prescritiva, pertencente a regido 6n- & tica dos objetos culturais, visto que é produzido pel’ homem para |b iscipinar a convivéncia socal, diigindo~se, inaliseamente, 20 meio poe al ser p a = saa Aquele objetivo. A natureza essencial de tod: ee ‘a € a natureza instrumental. Ciéncia é ate TE gante © qual se apreende a Veracidade"™ le bom alvit f diete un, ge a onan, Para o bom desenvolvimento psa jute — pedepasto canal este etude eee que sentido sera uilizado no decovrer deste rasan, eae 2. A imunidade como norma juridi jorma juridiea ‘campo material das condutas intersubjetivas”." 'As unidades do sistema do direto positivo, as normas juri- divas, sio juizos hipotéticos-condicionais que se formam em nossa mente a partir do suporte fisico. So, como diz Paulo de Barros Carvalho, “significagoes construldas a partir dos textos positivados « estruturados consoante a forma légica dos juitos condicionais, composts pela associagto de duas ou mais proposigdes preseriti- va" 2.1 0 drei i 0 direito como conjunto de normas juridicas Se perguntarmos a um det que é di eae determinado grupo d Ss ae et, a resposts poder ser sms vaaas possi Fon seme eto pode ser empregad em vis sets, wi so range ait onuoto de pricipiosfundamentas de protegio fotldaae ge esto acima do diet positivado eto atu mparada plo deo (dro ibewvon a do conheci ‘As normas precisam neczssariamente de um vefculo para nhecimento humano que hhumano que se dedica a descrever 0 diteito pos sua exterioriaagdo, ou seja, de um suporte fisico, substrato material Consistente em marcas de tinta sobre o papel ou mediante sons (fonemas), vertidos numa linguagem. Via de regra, as normas so materializadas por meio de tinta depositada no papel, formando 0 {que se convencionou denominar de textos legais (leis) "A linguagem do direito positivo caracteriza-se por ser uma > linguagem prescritiva, formada por comandos que no tém 0 cons dio de sugerir, mas de impor coativamente aquilo que dispde. O escopo da norma jurgica nfo $ cqgsiir com a realidad, mas Oe 100, Direito Tributério — FundamentasJuridicos da Incidéncia, p45. 101. Op. cit, p. 22 donde pears um dc ying poe famaanSaae tagger nota mes ae rinho salienta que a imunidade trit ae tuo com tase na soma cra tituigdo Fe fel so Federal Conchi ete, endo, uc coo de ake ae imnidae bata um tonto juries peso de eta ont 99. Teoria Geraldo Diet Tbutrosp 360 PPD. l, mas com suporte na Cons- 16 cueuocHiesa, ‘A COMPETENCIA TRIBUTARIA DO ESTADO BRASILEIRO "7 tamer cObte ela, altrando-a, com 0 fito de dtecioner 0 compor- ' tamento dos particular fi nistraggo. Puteularese reger a atuagio dos agentes da Admi- Desta forma, tomando-se o diteito positivo como base em- pitica, as construgdes teoréticas poderio ser verificadas, subme- tendo-as aos valores verdade e falsidade. Aquelas que no encon- trarem correspondéncia com 0 direito positivado poderio ser refu- tadas por serem falsas. ‘A linguagem das normas, diferentemente da linguagem da Ciéncia do Direito, nfo é regida pelos valores de verdade ou falsi- dade. Esti estruturada de maneira diferente, as normas sio vilidas ou no validas e tm como referencial as normas de construgio'do sistema a que pertencem. Assim, o sistema da Cigneia do Direito ro se confunde com o sistema do direito positivo: 0 primeiro & formado pelo conjunto das proposigdes descrtivas enquanto o segundo pelas normas juridicas. A legslagdotibutria nfo 6 co _, it nfo & compost somente pela le Que majoram ou ingiuem titutos, mas tain pels eens ode j dis bai ‘odemos dizer, entio, que o direito tributitio positive é ‘antente auténomo do direto, fonmado pelo conjunto ridicas que disciplinam direta ou indiretamente a ins. obrigasioUbulria lou doves igsirumentis A Citncia do Direito & uma metalingua ‘tive ncia ma metalinguagem do direito poe alee dena por uma linguagem descr que tem como vo descrever 0 fenémeno juridico a partir do seu objets ae Tormas juridicas. Dessare, a linguagem descritiva 6 suscetivel dos s verdade © falsidude, pois a veracidade ou nto da metalin, siaesm poderd ser examinada mediante a eansulta 20 dteto pos 2.2 Regras de conduta e regras de estrutura ‘As normas que compdem o ordenamento juridico, to- mundo-se por critério a finalidade da normatizagio, podem ser classificadas em duas espécies: regras de conduta e regras de es- trutura.™ As primeiras so nonmas que se dirigem & conduta, regula imediatamente as relagGes intersubjetivas. J4 as de estru- tura instituem os érgios, disciplinam os procedimentos e estabele- ‘cei como outras normas podem ser inseridas, modificadas e expulsas do sistema." ‘As normas juridicas, de modo geral, expressam-se por meio do conetivo dever-ser. Nas normas de conduta ele aparece modalizado deonticamente em obrigatério (0), proibido (V) & Scene esinumenios de Lourval Vilanova, “Atterase © mundo fisico rund sce eat 2 enologia gue o poenca em resides, &ateass 0 fer dyson gm leguagm ds norms, una clases gal ingur wens ' Esnaures Ligicas «0 Sistema do Dirivo Post. 103. Na ligdo de Roberto J. Vernengo, 104. O terme regra serd empregado nesse capitulo como sinbaime de norma Jia, 105. Exemplitica Paulo de Barros Carvalho que “sio normas de condua, etre ‘utr, a regras-matrzes de incidéneia dos tributos e todas aquelasatinertes 20 ‘oxUes acessbris'. E sho tpicameate regras de estrutura aguela que outorgam competéncias, isengBes, procedimentos administrative e juiciis, as que pres- ‘revein pressupostos et. Ente as normas que estipulam competénis,ineluamas fs regras de imunidade tributiria (Direto Tribuirio — Fundgnentas Juridicos da Incidénca, p. 36). t miembros del gro, las previsiones eomy General del Derecho, p. 158). 18 esto causa Permitido (P), Se algué lguém realizar calher a importncia de "Y" gos vcr “X", fica obrigado a \dblicos. J4 as normas de As normas di fe estracura — ques —estab im ‘Tanto as regras aras de conduta quanto as de estruturaintegram © sistema do direito i Posto, poréin' pra de condita regula as relades enue suis oe hon dcondut bes entre sujcitas da interagio soci os norma de esr destinanrse a regula fommehe dees . © Siglo competente, o mento user ado, tad © forme eaten CRPSEN 0 procedimento a ser ad nado instrur eel ~ ‘© instrumento normativo do sistema," amie Se 1 Sa a rmey oy oad ci et eed neg Porque esté tomada ira dev debie coc ie Sinar albe tenet oe oa te COMPETENCIA TRIDUTARIA BO ESTADO BRASILEIRO 119 2.3 As imunidades tributarias como regras de estrutura As normas jurfdicas que contemplam hipéteses de imuni- dade estio contidas na Constitvigéo Federal e ditigem-se aos legisladores das pessoas politicas de direito constitucional intemo, determinando que se abstenham de institu tributos sobre determi- hadas situag6es, bens ou pessoas. Sao normas que, juntamente com as de competéncia, delineiam 0 campo impositivo dos entes tribu- tantes. No plano constitucional o legislador ndo se ocupa de criar tributos, cinge-se a proceder a distribuigdo da competéncia tributd ria entre os entes de direito constitucional intemo. As prescrigbes teditadas nesse plano nio cuidam da problemétiea da pereussio do gravame, tarefa esta deixada para o legislador ordindrio, Nao ha, portanto, comando que se dirija diretamente a0 comportamento humano tomando-o como hipstese de incidéncia de determinado tributo, mas hi a fixagde dos pardmetros de atuosidade legiferante das unidades da federagio. ; Marcelo Fortes de Cerqueira leciona que nas “normas de 4, comportamento, 0 dever-ser intreproposicional se apresenta sem- 2 pre modalizado em permitido, obrigatério e proibido. As normas * Ge estrutura, por sew turno, aparecem modalizadas ou nao. Ordina- riamente, as tepras de estrutura apresentam dever-ser intraproposi- ccional neutro, visto que nfo sio normas diretumente reguladoras das condutas interpessoais; nfo tm esse objetivo imediato, con~ ‘quanto por vezes podem ostentar a justaposigdo de dois modais deSnticos, como nos casos das normas de competéncia ¢ de imuni- dade, em que 0 niicleo normative € ‘proibido obrigar’; ou seja, as pessoas politicas competentes para insttuir tributos esto proibi- das, pelas normas de imunidade, de obrigar determinadas pessoas 1 pagar tributos”."" Vé-se, portanto, que as normas que contemplam hipéteses de imunidades caracterizam-se como normas de estrutura, pois no se reportam diretamente & conduta humana, dirigem-se a0 legisla- f i = A iS Nene aad el derecho del derecho, regulador de norms, cuya materia es slo regular eémo hi de ser dictado el derecho (Filosofia del Derecho, p. 164). 109. Repetigdo do Indébito Tribudrio —Delineamentos de wma Teoria, p. 113. 20 cLeu0 cues A COMPETENCIA TRUUTARIA.DO ESTADO BRASILEIRO iat cor das pessous politicas de direto consttucio intel tj liticas to con nal interno, del . delim. tando seu campo . : ‘ campo impositivo, poderd ser objeto de normatizagio infraconstitucional € apenas a instituigdo de deveres instrumentais destinados a controlar a frui- ‘do de determinada hipétese de imunidade. Ha hipéteses de imunidades, como € o caso do art. 150, VI, “c", da Constituigéo Federal, em que o poder consttuinte con- dicionow a fruiglo dos seus beneficios ao cumprimento de deveres instrumentais a serem veiculados por meio de leis infraconstitur cionais. Todavia, essa faculdade nfo & para dispor sobre as normas imunizantes, mas apenas para editar deveres instrumentais, ‘A outorga de competéncia para estabelecer deveres tns- trumentais nfo pode ser confundida com a competéncia para dis- por sobre as normas imunizantes. Sdo realidades totalmente dis- tintas. Os deveres instrumenais sZo regeas insttuidas com a finali- dade de controlar a ocorréncia dos fatos juridicos tributaves. Essos silo medidas necessirias ao controle da agio de tributar, enquanto as normas imunizantes referem-se ao campo impositivo das pes- soas politicas. : ‘iio exemplos desses deveres, dentre muitos, o de prestar informagées i Administagio, manter livros fiscais, fazer deciara- g6es, expedir notas fiscais, manter os documentos contibeis & dis- 0, permit © ingresso no estabelecimento dos stragdo para averiguagies. Todas sio medidas destinadas a viabilizar 0 controle, por parte da Administragao, da ocorréncia dos fatos juridices tributarios. Nota-se que as noumas que contemplam deveres instru- mentais, diferentemente das imunizantes, drigemse diretamente & conduta dos contribuintes, impondo-Ihes 0 dever de tomar certas medidas destinadas a possbilitar & Administragio controlar 0 cumprimento das obrigagées tributérias e, no caso das imunidades Ie isengées, evitar'o cometimento de desvirtuamentos dos propési- Eos almejados com a desonerago da tributagao. Vislumbra-se, portanto, que as normas que instituem deve- res instrumentais sio regras de conduta e no de estrutura como so as normas imunizantes. Dessarte, as duas espécies de normas sio inconfundiveis, possuem estrutura diferente e dirigem-se a destinatdrios diversos. Os deveres instrumentais regulam a atuagdo dos contribuintes e as normas imunizantes disciplinam a atuagio- dos legisladores das unidades federativas 2.4 A vegulamentaga ago das imuni Raa agement tunidades condicionadas como As imunidades sa nfo admiter nt ades sto normas consttucionais completa" objetivo de denna tS%° 0 legislador infeaconstituctensl sores arcabouge ext nagcty° S84 conteddo e aleance. Sie norms oye sana eo ¢ delineate 4o proprio texto constitucional, ngg Messe aspecto, nenhtr 0 do legislador Sind, nes ma patticipagio do. legis Part complementio, Toda ¢gualgur newsae eo” (iva nese: cam fi ‘ "AMO, $e ndo tiver cari ser itregulay cariter meramente explicitativo, legisade® ROMS imran nto podem sr motes po or meio de normis infasonstice ae eventuais alteragtes : somente poderi i emendas & Contes lo ser realizadas por mel Timites estab SH © isso hi que ser feito respelondans mm elecidos pelo sistema. Ha hipéteses cm eo smo por meio de emendas seed possivel on oi rama pss eas a ce ACOMPETENCIA-TRIBUTARIA DO ESTADO BRASILEIRO 13 12a cutuiociissa EASES dunia delimitar a competéncia tributaria aos entes publics Porquanto : ac icional, a imunidade é uma veda- siste numa limitagdo constituc l, mn io, uma negativa, uma inibigio para 0 exercicio da competéncia Trputira, A imunidade € um principio consitucional de exclusio tributria, A imunidade € un ccompeténcia tributia’ ee "Optuse por definir imunidades tributérias, para cite deste trabalho, como um conjunto de normas juridicas ee das na Constituiggo Federal que estabelecem a incompere das yessoas politicas de direito constitucional interno para institu ‘Dada a definigio, passa-se entio, a discorrer sobr sulas estipulativas que a comps rae a) conjunto de normas juridicas; ew referéncia ao termo soho oe dizer a hd um ii i ‘as que contemplam hipéteses de imani- imero limitado de normas que cont m cs a dades, © 2 expressiio normas juridicas, para explicitar gue ime nidades silo normas jurfdicas ¢, como tais, no podem ser conten didas com outras realidades, como a da eae ee it 3s contribuin sentativo do direito subjetivo que 0: Possuen de no serem tributados quando se encontrarem em situagdes abst mente previstas em regraimnizaies. b) contempladas na Constituigao Federal; Consist A utlizagio da expresso contemplada ma Consiga Fedral tem como propio dstngi simuigadesconstucio- nais das decorrentes, previstas nos textos das const es sta duais, as quais possuem_ pale Juridjeo: diferenciado ladas no texto constitucional . ‘ti eames) aue esabelecem a incomptncis ds pests policas de direito constitucional interno para instituirem tribut tas situages nela especificadas. as Tal assertive denota serem as imunidades constitucionais normas de estruturas que se dirigem ao legislador das essonspo- | liticas, delimitando 0 seu campo impositivo de fone cea, estipulando que somente podem editar normas qui tibtos E ‘no mbito de suas competéncias desde que nao alcancem as 3.1 A definicao adotada neste trabalho Vatias so as definigSes encontradigas na doutrina sobre Fruidades. Todas buscam delimitar o instituto das imunidades, ‘izando seus contomos com o propésito de bem representar o fe. meno das imunidades. Dentre as varios deinigoes existent, odemos destacar as de Roque Antonio Carrazza, Paulo de Barret Ge Gurvalho © José Souto Maior Borges, todas marcadas por Brande rigor terminolégico e preciso na demarcagao do objeto, Rogue Antonio Carrazza diz. que a expressio imunidade ‘ributéria tem duas acepedes. Diz ele: “Uma, ampla, signffcund jecompeténcia da pessca politica para tributar: a) pessoas que rea. tizam fatos que estio fora das fronteiras de seu campo trbutdriey t) sem a observancia dos prinefpios consttucionaistrbutdrios, que formamn o chamado estatuto do contribuinte; ¢) com efeito de cin, fisco; d) de modo a estabelecer limitagdes ao trifego de pessoas eo bens (salvo a hipctese de pedgio);e) afrontando principio da uniformidade geogréfica; ¢ f) fazendo tébua rast do principio da filo-discriminaslo tributéria em razio da origem ou do destino dos bens. E, outra,restrita, aplcdvel as normus constitucionais que, ds modo expresso, declaram ser vedado as pessous politicas tibatar eterminadas pessoas, quer pela natureza juridica que possuem, auer pelo tipo de atividade que desempenham, quer, finalmente, Porque coligadas a determinados fatos, bens ou situagées”." Na definigao de Paulo de Barros Carvalho, imunidade 6 “a classe finita © imediatamente determindvel de normas juridicay Contidas no texto da Constituigdo Federal, e que estabeiecem, de ; mode expresso, a ineompeténcia das pessoas politcas de ditto Constitucional interno para expedir regras instituidoras de tibutos ue alcancem situagées especificas e suficientemente caracteriza- dase ey Na ligio de José Souto Maior Borges, “é a imunidade uma limitago constitucional a0 poder de tributar. Mais precisamente % Te Gite de Direto Conitiucional Tributéri, p. 468-469, 112, Curso de Direto Tributria,p. 178 a4 cxeusocmesa ges contempladas pelas re iimunizantes colaboram estabelecendo limites & atu gras de imunidade. Dessarte, as norms © delineamento do. campo imposinne ‘osidade legiferente das pessoas politicay ormas que afastam certs situagdesserem contemplada come hinder cade de de tributes, 3.2 A impropriedade da defini expres eed init de imunidades como normas vara tributar Comumente diz-se que as imunidades so normas juridie norma, see eepelceem de modo expresso a impossibilidade de as pes ses pli tucional interno tibutarem det bens, servigos ou pe mun dade cae ey SEO 1 pes085, qualia as mn Parece, entreta eee, entretanto, que tal dist notmas juridicas cat hos urs So ena abaas cent eee Heubstomatves.Poranto,nlo Ra que se fazer distngdo ene ronnie pleas e normas expt. Todas slo, na‘ verdade esse sentido, pois erigem-se da conjugagao dor varios preceptivos, compondo sua estrutura I6giea, nao te eenh ivos, a He trutura légica, nfun- bom dizer que essas fundaentam a distingo ea plo Proce ora a ee rem acncoe ‘que declara os dire la berdade. Ase mt elena ee i ens ae sendo, cada qual dos direitos func ie sia pores Uns Sa as Ss Spa EC St ge ence ct She idsdes, € 0 contraponto fiscal do et, 5% ‘A COMPETENCIA TRIMUTARIA DO ESTADO ARASILERO 12s Paulo de Barros Carvalho assevera que é “curioso notar que na conformidade dessas premissas seri redundante falarmos Sm tnormas implicitas’, posto que essas entidades esto necessa- fiamente na implicitude dos textos, nto podendo haver, por conse- guinte, ‘normas explicitas’. B que, situando-se no plano imaterial das significagdes, as normas encontram base empirica na literal dade dos enunciados expressos que, em si mesmos, no sio normas juridicas”."* ‘Vé-se, portanto, que as normas juridicas no estabelece, expressamente nada, pois so entidades abstratas construidas pattir dos textos normativos, que sempre estardo na implicitud, os textos. As normas so jufzos hiptéticos-condicionais dessumit dos dos signos representatives da ordem juridica ¢, nesse sentido, nilo hd que se fazer distingao entre normas implicitas € normas fé que todas sao implicitas. ‘Tal ilagdo leva a afiemar que é imprpria a delimitago das hip6teses de imunidade como sendo 0 conjumto de normas que estabelecem de modo expresso a incompeténcia de as pessoas politicas tributarem determinadas situagdes, bens, servigos ou pes soas. Esse desrudamento nos permite entender melhor porque certos doutrinadores silo categéricos em afirmar que, por exemplo, « imunidade reciproca subsistria na ordem juridica brasileira ainda aque se eliminasse a alinea “a”, do inciso VI. do art. 150, da Cons- tituigdo Federal,"* mesmo tendo definido imunidade como normas ‘eduzidos dos prinefpios eonstitucionais © da natureza do regime”, (Traado de Direio Consitucional, Flaancelro e Tributiio, vol. Il, p. 208). Nota-se, polo texceito (ranscrite, que a concepsio de imunidades por ele adotada ¢ absoluta- mente diferente da concepeio desenvolvida neste trabalho. Logo, € manifesia~ mente ineabivel a redugdo da categoria das imunidades impliitas por ele engen- ‘ada 3 eoncepga0 de que no hé normas imunizantes expresses, mas soment implicitas. 115, Direito Tributdrio — Fundamentos Juridicos da Incidéncia,p. 20. 116. A alfnea “a” do “an. 150, Vi, da, Constiigio Federal estabelece que € vedado & Unifo, dos Estados, 20 Distrito Federal © aos Muniipios insttuir impostos sobre pariménio, renda ou servigos, uns dos outros. ‘Afiema Silvio Lats Feveira da Rocha gue se dave “dar as palaveas patrimanio, fonda e servigos uma interprtaeao ampla que signiique a impossibilidade, de tina pessoa politie intture exigir de oura pessoa politica qualquer espécie de 126 a cxeuiociacsa ACOMPETENCIA TRIBUTARIA DO ESTADO Bx Ko 127 Juridicas contidas no texto i ! ! Constitucional que estabelec: i modo expresso a incompeténc! ct plc i ia de as pessoas politicas politicas tributarem servigos ou pessoas." Portanto, em virtude dessas ponderagdes, deixase de jionar, na definigao adotada, que as imunidades so somente aguelas normas que, de modo expresso, contemplam 0 afastamento da ibutago sobre determinadas situagdes, bens, servigos ou pes soas, pois ndo ha que se fazer distingdo entre normas expressas € rormas implicitas; todas sio implicitas. determinadas situagées, bens, des 4, A questio da divisibilidade ou nao das imuni A nori ni i mentos detente aaizante Pode ser construida a pati de frag. Enfim, no hi none ars de alguns ou da soma dei Eafe, ni idade de haver previsio literal no texto cons, due determinada situagdo esta afastada da trbutaga Os autores divergem acerca da questio.de as imunidades twibuté-ias serem ou nio passiveis de divisio. Ha os que sustentam serem as imunidades passiveis de fracionamentos e os que no admitem que as imunidades possam ser divididas. Dizer que as imunidades sio sempre amplas ¢ indivistveis, que no suportam fracionamentos, protegendo de maneira absoluta as pessoas, bens ou situagdes que relatam, — verbera Paulo de Barros Carvalho" — € discomrer sen compromisso; € descrever sem cvidado; sem o desvelo necessirio & construgio cientfica, Salienta 0 autor que a Constituigiio Federal, ao estender as autarquias a intangibilidade, por meio dos impostos, do patrimé- nio, renda e servigos atrelados as suas finalidades, ou delas decor- rentes, no § 2° do art. 150, estabeleceu um fracionamento que separa, induvidosamente, de um lado, as atividades ligadas aos objetivos primordiais daqueles entes; de outro, 0 exercicio de fun- ‘ges paralelas, marginais, episSdicas, que porventura as autarquias € as fundagdes instituidas e mantidas pelo Poder Publico venham a desempenhar. Contrapondo-se, aparentemente a esta posigio, José Wilson Ferreira Sobrinho diz que tal raciocinio nio procede, pois “quando se diz. que a imunidade é ampla e indivisivel néo se est afirmando nenhuma equivaléncia entre essas caracteristicas ¢ a realizagio do suporte fitico no guarda nenhum contato com a indivisibilidade © a amplitude da inunidade tributéria, uma vex que a regra imunizante ndo tem suporte fético para ser realizado, isto é, 0 seu dever-ser € neutro e, portanto, ndo modalizavel”. De- Exemplos: art. 156, § 2°, 1, CF G30 do capa) © de ae gh See 8 desncomporagio (re. » § 7°, com relagio As instituigses salientar que as “pes, ex vi do at. 150, Vi, naturalmente se eee gran Scone Dri, no pera rns (Gua de Diao Consuconal Tan RT oe PO 119. Curso de Direizo Tributdrio,p. 176. 128 euu0 cites, Fenians coelui dizendo que a “indivisibilidade e amplitude i significam que, uma vez configurada (a imu, Susceptivel de ser fracionada, como se alguém, exile na a Giais © outro pudesse ser menos imune, 0 que nao £ 1 em que ou se & imune ou nio se é, Nuo hi poss bilidade de ser mais ou menos imune”."™ Nota-se, i - Portanto, que Paulo de Ba wus P jarros Carvalho dk idsia de que 2s imunidades sio divisive, comport teens imnagceavanto José Wilson Ferreira Sobrinho sustenta que as ue ei so amplas¢ indivsiveis, tanto que conclu decd Sake eat uma vex introdazida no cordenamento , visivel no senti cml Hise no sentido de que o imune nfo 0 ¢ 'arece, todavia, que a divergéncia é vista que, coda a polémica reside na falta de ai Sse ee 4Polemiea reside na fata de exp a taglio do que & ou d-guisyan as fe ‘sibilidade refere-se norma jurdica fe hahineta: as fl sae SS efere a norma. Enfim, hd que se eae a see oe © prdprio autor Paulo de Barros Gerais ia de que a imunidade, coi ii mse cme em bilidade desse modo ¢ urn equivaco, pos tal atributo nie cone um equivoco, p 0 & ex Essa 6a ilagdo signa que " evidente und oe ver af bic pela porta abet dos supostos normative, tm , provoca a incidéncia © ¢ io, ire Peep are ifncia © & colhido em cheio, querer os autores dene ios que Ihe sio imputados. Se a isso nina amplitude e indivisibilidade, operam meno no & atributo das imunidades, mas minados efeitos, , direio e contun- 120. unidade Tribe, Hv 121. Op. cit. p. 114. vp [ACOMPCTENCIA TAIBUTARIA D0 ESTADO BRASILIO 129 dente, toda vez que 0 evento acontecer. A incidénecia se dé inva- riavelmente, de maneira automitica e infalfvel”.”” ‘A polémica sobre a divisibilidade ou nio das imunidades tem otigem na falta de especificago do sentido em que é empre- gada a palavra divisibilidade, haja vista que ndo hd propriamente uma diverg@ncia de fundo entre os doutrinadores. A diversidade de uso do termo divisibilidade tem gerado discusses improficuas. ‘Tomadas as imunidades como normas juridicas, contem- pladas na Constituigaio Federal, que estabelecem a incompeténcia das pessoas politicas de direito constitucional interno tributarem certas situagées nela especificadas, ndo ha que se falar em divisi bilidade, pois tal fracionamento € um problema pré-legislativo, reservado para 0 momento de se confeccionar as normas imuni- zantes Confeccionada a norma imunizante e inserida na orden ju- ridica positiva, niio hd que se falar mais em fracionamento, pois cela ingressa no mundo jurfdico com a configuragio que Ihe deu 0 legislador, que podérd até ser 0 recorte de parcela de um fato qual- quer conhecido como um fato uno, mas que, para efeitos juridicos, foi recortado Desse modo, mesmo naquelas situagdes em que um fato qualquer, conhecido como uno, é fracionado para efeitos de gozo de determinada imunidade, nfo ha que se cogitar de divisibiidade da imunidade, visto que o fracionamento pestence ao momento da feitura da norma, antes de seu ingresso na ordem juridica, até esse ‘momento nio se tem norma imunizante nenhuma. Ela nasce exa- tamente com a feigdo que Ihe foi dada, Daf a razdo de ndo se falar em divisibilidade da imunidade, 0 que ocorre com 0 § 2°, do art, 150 da Constituigiio Fer deral, a0 ostabelecer que a imunidade contemplada no inciso VI, “a, do referido dispositivo & “extensiva as autarquias e as funda~ ‘028 instituidas e mantidas pelo Poder Pablico, no que se refere ao patriménio, a renda e aos servigos, vinculados a suas finalidades cessenciais ou as delas decorrentes”. Veja-se que o legislador, ao restringir 0 alcance da referida imunidade as finalidades essenciais das autarquias ¢ fundagées. 122. Curso de Direto Tributario, p. 171 130 cutLo cutesa institufdas © mantidas pelo Poder Péblico nao criou, segundo 9 sistema de referibilidade adotado neste trabalho, uma hipdtese de imunidade divistvel, A imunidade foi inserida na ordem com esta Configuragio e, desse modo, nio se pode falar, sob uma perspec tiva juridico-positiva, de fracionamento da imunidade. ‘Tal asse $80 86 seria factivel sob um prisma pré-legislativa, Portanto, procurando manter coeréncia com as premissas adotadas neste trabalho, pode-se dizer que as imunidades, sob uma Perspectiva juridico-positiva, néo so divisiveis. 5, Ambito de abran, igéncia das imunidades: impostos ou tributos? A abrangéncia das imunidades & tema polémico. Nao hé, na doutrina, um entendimento consolidado, E uma questo aberta que ainda suscitari muitos debates, pois hd argumentos consisten- tes favoriveis tanto aos que sustentam que as imunidades alcan. am somente os impostos quanto para aqueles que entendem que elas podem abranger todos os tributos. No entendimento de Hugo de Brito Machado, “a imuni- dade refere-se a impostos. Nao aos demais tibutos”.”” 1é Eduardo Marcial Ferreira Jardim sustenta que “o comando demradeiro, art 151, I, trata da imunidade em relagéo aos tributos em geral, compreendendo, pois, impostos, taxas, contribnigses de melhoria, Contribuigdes parafiscais © empréstimos compulsérios, segundo a classificagdo tradicional e predominante acerca das espécies tri- butdcias” Sobre o tema, Paulo de Barros Carvalho ressalta que “que- quase todos, que a imunidade seja uma insttwigdo juridica que diga respeito unicamente aos impostos, forrando-se a ela as taxas e a contribuigo de melhoria. Tudo sobre o fundamento de Que 0 texto do diploma basico, ao transmit as hipteses clissicas Yeiculadas pelo art. 150, V1, cita nominalmente, a espécie de tci- butos que Geraldo Ataliba nomina de néo-vinculados. Além do me 123. Op. cit. p. 172 124 Manual de Direito Fixanceiro eTributrio,p. VA. rem, Ee AOS TOLER ACOMPETENCIA TRIOUTARIA BO ESTADO MAS 131 is, insistem alguns na circunstincia de que os impostos sto Conecbides pao atendimente ds despsis gras que estado se propte, ao passo que as taxas e a contribuigio de melhoria, antes- supondo uma presto diet, imediat pessoal do interessado, nido comportariam o beneficio da imunidade, por todos os titulos incompatfvel com aqueles tipos impositivos . race inda sobre 0 assunto,inssteoreferido autor: “nada mi infundado! A edu &desabid, transpareeendo come 0 produto de exaine merameate lea apressad) os eomo o resultado de considerages majuriias, que nfo se prendem ao conento do sitet positivo que vig. Baemat: “a propio alimativa de que a imunidade é insttuto que s6 se refere aos impostos carece de consisténcia veritativa’. a | A respeito dessa questo, pose dizer que ¢ importante fazer uma distingdo entre 0 que pode ocorrer em tese ¢ 0 que est positivado. Explicando melhor: eft tese, no hé diivida de que 0 legjslador pode erat hipsteses normatvas imunizanss que eon templam outros tributos que io sejam impostos. Outro problema 6 saber se 0 texto constitucional atual contempla hipSteses de imu- nidades para outros tributos além dos impostos. Neste trabalho, defende-se a tese de que 0 texto constitu- cional contempla hip6teses de imunidades referentes a tributos que Ilo so imposts, como é o caso do at. 5, nciso XXXIV, “a € “y, inciso LXXIV, LXXVIl e art. 195, § 7, art, 226, § 1°, todos da Constituigo Federal, Portanto, no ambito deste trabalho, Instituto das imunidades nio diz respeito somente a impostos, mas pode referir-se a qualquer uma das espécies tributarias. 125. Op. cit, p. 172-175. cnr tree tie ate nn OU ENN EES, | 142 cxtuiociesa diva as Suit eficdcia esté condicionada & complementagdo normae trata (ovata a efeito pelo legislador ordinirio, possuem tod 0s elementos necessétios & sua operatividade, Como exemplo des imunidades incondicionadas, pode-se Bg sibdlese previstano a. 150, VI, “a da Consttuigio Fede, Por outro lado, as imunidades condicionadas sio aquelas Yeiculadas por meio de normas suj Constitucionais Convém registrar, entretanto, que esta complementagao Mo die respeito norma imunizante, mas 205 pressupeaten eee favorecidos para a fruigio dos benefi- Tome ;eorcionados pela imunidade. Nio se trata de completar ag consti irate, pois ela esté toda delineada no proprio texte Sumuuueional, mas de instiui deveres insttumentals a sere oa petidos pelos contemplades pela imunidade para que fagam jus a0 beneficio, Pode ser aportada como exemplo desss espécie de imuni- lade, a hip6tese previsia no an. 150, VI, “e” de Constitucional Federal, jd que seu gozo esté condicionado requisitos estabelecidos em lei. Veja-se que & ional que depende ce integragao normati, Pressupostos formais a serem observados g020 da imunidade ali contemplada, nfere-se portanto, que sBo hipéteses de imunidades com Peculiaridades que justificam a classificagio exigida, separando-as rita ste Uf estudos, j& que possuem tages distiivos borg Htidos que possbilitam vislumbrar um regime juridies Proprio pia cada uma delas. Logo, como so espscies de tmunidares que evieel sn e8t9s Pr6prias, com efeitos diferentes, parece nos que © vidvel e importante realizar aclassiicagio engendady 40 cumprimento dos tuma norma constitu- fa para a fixagéo dos pelos interessados no CAPITULO VIL E 0 LEGISLADOR PODER REGULAMENTAR DO OR “ORDINAKIO NA FRUIGAO DAS IMUNDADES Re ee ee coerce fm inate ours A comic pan Congo Non Pk Nuon a! no universo das imunidades; 4.3 A natureza co bret dos seus Contemplaes nos meses doar If do Ceign Trbulio Nacna 44 tecesigade ou no da expodio de alo sini qr ance o elo para eapodigio de ao dec ide os benelicios da imuni Be a oaaion ributério National; 4.6.2 A regulamentagio. Sao Se eri menree intent oral do ato declaratério de suspensiio dos bencticios da ini wee tao rm aio dos dirigentes das entidades sem fins lucrativos rea cont ier destinagao do superivit como critério legal para a sng ene tpl stern or apeagin func ees nao de nda eo tntdades tem oa prev pe Le 9s dr co cece akc eae cena ee tae Instugio Normatvan 11398. 1. ConsideragGes gerais 7 ir lamentago da fruigo das imu- © estudo do tema da regulam nidades € de fundamental importancia para bem compreendermos laa cutuocitesa esthanet tributétio brasileiro. Como se sabe, nio obstante estar Fauiturudo constitucionalmente de forma a assegurar a autonome nage dt Unido, Estados, Distrito Federal ¢ Municipios, ati bultrse ao Congresso Nacional a faculdade para editar as deromis {adas normas gerus, 0 que implicou a possibilidade de impor rec, (00s 8 atuado lgilaiva das pessoas politica, ‘esafio consist, justamente, em buscar iw fi Justamente, em buscar harmonizar a di- fetiva que assegura a autonomia financeira aos entes tributaries 0 Cantesso. Nacional para editar tributévia. Isso & importa dependendo da int di dade dering : interpretagdo que se der a essa faculdade, diferent sero perfil constitucional do nosso sistema "™ “tiene aly a ie feis dousinadores preconizam que o Congresso Nacio- I Uiulo de editar normas gerais, pode fazer tudo o que ead nao sio normas gerais, tas uma categoria & parte de normas, campo ot sPOndo-S a essa corete,hi'os que penton, que o ampe de atagio do Congresso Nacional paras edigao ve acess seat iy uss tbutra ndo é tio amplo, ctcansereve set lidade de dicimir conflios de competéncis eg Hmitagbes constiueionss ao poder de ibuae. “SA ara alguns, a delimitagéio da faculdad fc cot ’ a faculdade atibuida 20 Com Eigep Nila pra epulamentar a riod hpcteses de ionadas depende, essencialmente, da defini : : : da definigto do Fue Pode ser objeto de regulamentagto por meio de nonnue goals ara Outs, que entendem que 1° com : Para ou . ipeténcia para regular as 'mitagSes constitucionais ao poder de tributar nio estd contida nas ee 134. Orlando Le Jnr ama gus oo aumo dos mist esposiio ds ase lvadosBuadose Municipio tem ‘soem faved autonome Bas “Novo Texto Magno, stent ene 0 € 4 diminugao ds capaciade lpr Dulane, Houve uma grande movenes & Minis, Man or er emp ale, heave una resto sinda or Federal e Manicpioy em provelo a ova ealdad, ante els aged c doe Miletus so fan" Regret do VVC uated.) en _ACOMPETENCIA TRIQUTARIA DO ESTADO BRASILERO 145 denominadas normas gerais, depende de qual é o campo de atua- «io dessa categoria de normas. Por outro lado, como a fruigo das imunidades condicio- nadas sujeita-se & regulamentagdo infraconstitucional, é importante. que se verifique, também, a aplicabilidade das referidas normas imunizantes, ou seja, que se examine se possuem cu ndo efiedcia media Destarte, ¢ imprescindtvel que se faga uma ligeita andlise da questo da aplicabilidade das normas constitucionais e das normas gerais em matéria tributéia, 2, As imunidades condicionadas ¢ a classificago das normas constitucionais quanto A sua aplicabilidade As imunidades, como jé foi dito, sdo veiculadas por normas constitucionais que estabelecem a ineomperéncia das pes- ssoas politicas para criar tributos sobre determinados fatos, pessoas fou bens. Dentre tais normas, hd algumas que, para sua aplicabi dade, demandam a ediglio de normas infraconstitucionais para 0 fim de regulamenté-las, estipulando os deveres insirumentais que devem ser cumpridos pelos interessados para que possam usufruir dos beneficios proporcionados pela imunidade, outras nao. Interessa, analisar, aqui, a primeira categoria, ou seja, as normas constitucionais que veiculam hipéteses de imunidades cuja fruigdo esté condicionada a edigo de normas infraconstitucionais, destinadas a conferir-Ihe operatividade, Na classificagio de José Afonso da Silva, as normas cons- titucionais silo agrupadas em tr@s categorias: a) normas constitu- cionais de eficécia plena; b) normas constitucionais de eficécia contida; c) normas constitucionais de eficécia limitada ou redu- ida, primeiro grupo € compreendido pelas normas constitu- cionais que no dependem de regulamentagio infraconstitucional para propagar os seus efeitos. O segundo, pelas normas que pos- suem eficécia imediata, mas 0 contesdo e alcance delas pode: sofrer restrigSes a serem veiculadas por leis infraconstitucionais. O terceiro grupo € formado pelo conjunto das normas que necessitam M46 cexutuocinesa. Geeulamentaso infaconsvucional para que possam se ali las, pois nio presenta uma normati éia as, 08 no oes rmatizagdo completa da matéria subaivid itE categoria, a das normas de eficdcia imitad, foi * SUbdividida em dois tipos: ) definidoras de prinipio insiutiva Sona ete Re Fr beidade, chamou de normas consi efpio institutivo; b) definidoras de prinel sramitico, ou simplesmente, normas constitucionais de princrore dio, , Norms constitucionais de principio ara 9 af onmas constitucionais de prineipio insttuivo so, Fart © autor citad, aquelas por meio das quais 0 legislador cons. ign Wasa esquemas gerais de esuturapdo © atbuigdes do en Qu insttutos, para que o legis ai éstruture em definitive, mediante le. °° °8BSOF orinatio os ae ae consti nega Brae so consbidas como nonmas is por meio das quais o constituinte, em vez de regu, {ar determinados ineresses, ditetae imediatamente, limitou-se a Cems 05 Prtlpis para serem cumpridospeles ses dros executives, jurisdicionais e administra programas das respectivas ativi zagle dos fs ropa das respectvas atvidads,visando i realizagdo dos fis incomes Comms, consttucionais que veiculam hipéteses de TapeeRgtencla dos ents tibutanes para alcangarem, por meio a o, determinadas situages, bens ou pessoas, sem ges, , Sem qualque TemissGo ao legislador ordingrio para complementar a tele ae Fenn 135, Consoane as pals de 135 om lavas de José Afonso da Silva, “na pimcica categoria, Elton ods noma us dead ede e igo decomp oa issih ls Sec ms ota te pol) [Re bo vos plo egidaor conan, pom ee in ee i dade para ito sufciene, incidingo eta ¢ edd tbc mr er al ini a tne sideman edit ten open a too lot 94 conects. que’ peritem thats ‘Ml cond em crs lines da cara cieunsanren A Cons ot osmas do trea grupo so las ase nip podueen eptaiie nace eo oles a des enecng, peur ogee ns SANE aloo euablo tobe x mats, cnt natn pa ek Neat cast ot tlt! lr ein illic Ce ‘A COMPETENCIA TRIBUTARIA DOESTADO BRASILEIRO 147 legislar, podem perfeitamente ser classificadas como normas de eficécia plena, ‘Todavia, as imunidades, de um modo geral, jamais pode- io ser classificadas como normas de eficdcia contida, visto que 0 sistema nfio admite a redugao do campo de abrangéncia das imuni- dades a ser perpetrada por meio de normas infraconstitucionais. E, como visto, as normas de eficdcia contida so aquelas que t&m eficicia plena; porém, 0 seu campo de abrangéncia € passivel de redugio por meio de lei infraconstitucional, 0 que € inadmissfvel em matéria de imunidades,"” ‘O contetido e alcance das normas imunizantes néo podem ser redimensionados por meio de leis infraconstitucionais. Trata-se de regras perfeitas e acabadas quanto & delimitagéo das situagdes, afastadas da tributagio. Logo, as normas constitucionais que con- templam hipéteses de imunidades ndo se enquadram nessa catego- ria de normas. Jé as normas que veiculam hipéteses de imunidades condi- cionadas, segundo se pensa, nio se enguadram perfeitamente na categoria das normas constitucionais de eficdcia limitada, pois apresentam peculiaridades no contempladas na elaboragdo da referida classificagao, £ indubitivel que as normas constitucionais que veiculam hipéteses de imunidades condicionadas no s40 normas programé- ticas, pois nio se limitam a veicular diretrizes e objetivos a serem aleangados pelos Srgios estatais, mas também disciplinam con- ccretamente determinadas situagdes. Por outro lado, nao podem ser consideradas como normas instituidoras de princfpios institutivos, destinadas a tragar esquemas gerais de estruturayi © atribuigtes ~ de érgiios, entidades ou institutos, deixando tudo o mais ao legis- lador ordindtiv.” 136.!Nas palavras de José Afonso da Siva, essag “s40 normas gue, em regra, solicitam a intervengio do legislador ordndro, azendo expressa remissfo& uma legislaglo futura;mas‘oapelg-a0'legislador ordindrio visa a resrngir-lhes a plenitide'ds efledcia,regulamBotando os dtetos subjetivos que delas decorrem paras cidaddos, indiv{ducs ou grupos” (Aplicabilidade das Normas Constitu- ‘conais,p. 96)! =" | 1137 José Afonso’da Silva diz.que, quanto matérias disciplinadas por normas ‘constitucionais-de prvcfpo insittivo, 0 “legislador consituinte reconhece | ; H vs cut cma I Ns i ; atvidade eimidades condiionadas © constiuinteesgotou a L a qutate quanto 20 delincamento do dete reer ; ‘0 Ambito de abrangéncia das imunidades contem, i Pladas no texto constitucional, deixando ao legislador ordindti ; ‘minada imunidade, nada mais, : open ora hi {us se fala em possibildade de com- elo legislador ordindrio da tarefa de deli i cs Pe le delimit ipo de aussdo das pessoas politica em mite Wika | 3. Normas gerais em matéria tributdria AS nom deveras contents Sets de dincito tributério constiuem tema rtido, Ndo hd nu doutrina e jurisprudéncia um Segundo.a forma, 05, revistos'na norma ou mora foto, mas sempre dun nisin re Ine quer veratendido’ (Op:ci, 118), ‘A COMPETENCIA TRIBUTARIA DO ESTADO MRASILEKO a9 A divergéncia doutrindria é anterior & Constituigo Federal de 1988. O an. 18, § 1° da Constituigdo de 1967, prescrevia que a “lei complementar estabelecerd normas gerais de direito tributétio, dispord sobre conflitos de competéncia nessa matéria gntre Unido, 0s Estados, o Distrito Federal e os Municipios e regulara as limita- es constitucionais ao poder de tributar”. ‘A Constituizio atual prescreve, no art. 146, que: “Art. 146. Cabe a lei complementar: - dispor sebre conflitos de competéncia, em matéria tri- butiria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municf- pics; IL- regular as limitages constitucionais ao poder de tribu- tar, LL- estabelecer normas gerais em matéria de legislagio ti- especialmente sobre: a) definigdo de tributos e de suas espécies, bem como, em relagdo aos impostos discriminados nesta Constituigdo, a dos res- pectivos fatos geracores, bases de calculo e contribuintes; ») obrigagio, lancamento, crédito, prescri¢do e decadéncia tributatios, c) adequado tratamento tributério ao ato cooperative prati- cado pelas sociedaces cooperativas;” Atendo-se a uma interpretagio literal, os tributaristas tra- dicionais defendiam e continuam defendendo a idéia de que a lei complementar tem trés fungdes distintas: a) editar normas gerais de direito tributdrio; b) dispor sobre conflitos de competéncia entre 65 entes tributantes em matéria tributéria; c) regular as limitagies constitucionais ao poder de tributar. Filiado a essa corrente, Yves Gandra Martins” salienta que © novo texto constitucional eliminou, de vez, as dividas que pairavam sobre o espectro de atuagao da lei complementar, pois a concepgaio da triplige fungdo da lei complementar foi expressa- ‘mente. contemplada no art. 146 da Constituicio Federal. ‘ints LOpondo-se a essa construgio exegética hi os defensores de. Liha iriterpretagao sistematica comprometida'com uma’construcao! htugnéutica'Coerente hatm@nica com as diretrizes fundamentas, uti 138, Sister Tributdrio na Constiuigdo de 1988, p. 8295, outs 150 brestigiadas pelo sistema, como dos Municfpios. O resultado de rente tricotémica defende a Vista no art. 146 da Constituigac dispor sobre conflitos de com mia oe em matéria tributétia, reg 139, Paulo de Barros Ca 28 voltiva dagele cisposivo, preciso e inseguranga do cone a forma egies po legador, Enea mesma do sistema constiticien: fosse deferida & lepislagao complen Juridices que penetrassem 0 recnto itnbros, ainda que sob o pretexto trincand 100 posalad federatva, ‘roca da Unidio e dos alae, b do principio que assegurava aut 140. Maria do Rosivio Esteves deat or parte dos doutrinadores que denominam tal po. ‘mica, visto. que essa nomenctatura, complemen Gta a tacts den ca alate eee ‘cuetio cites m alo ex en “ine pega da a Semee chamo a atenglo ds epi eas fmacilva dos picipios ese al reso, Sim, pore na edie ec nr pro, Indscemindmens es las competéncias outorgadas aos Es oe le fuk to medians non ges ears ‘encarnado, juridicamente, na auton aca qué hd wma‘ ing principio federativo e autonomia esse esforgo exegético culminoy ‘onais a poder de tributar. J4 a cor- iia de que a lei complemeatar pre- lice funga mpencia entre as pessous pelcas lar as limitagdes constitucionais a0 eslar-seia : : umes, teamos ie exvzanena Me arate GOIN neh ots ene Pane (CRE de [ACOMPETENCIA TRIBUTARIA DO ESTADO BRASILEIRO Ist lag tributs Paulo de Barros Carvalho," ao comentar a redagio do J& art, 146 da Constituigio Federal, diz que 0 consttuinte no foi © feliz na forma escolhida para verter 0 comando do art. 146, visto ® que, da maneira que o fez, literalmente, esté dito que toda a maté- fia da legislagao tributéria esté contida no Ambito da lei comple ‘mentar, Esse autor pondera que aquilo que nao cair na vala expli- & cita de sua esyecialidade caberd, certamente, no domfnio da impli- % citude de sua generalidade, Rogue Antonio Carrazza,"" também filiado & denominada corrente dicotOmica, assevera que, ao se interpretar sistematica- mente 0 art. 146 da Constituiga0 Federal, nfio sogobram dividas de que a competéncia para editar normas gerais em matéria de legis- lagi tributdria desautoriza a Unido a ocupar-se com peculiarida- des da tributagio de cada pessoa politica. Eniender o assunto de coutra forma — conforme 0 préprio autor esclarece — poderia aeu- tilar os prinefpios federativo, da autonomia municipal ¢ da auto- rnomia distrtal, Assim, opina no sentido de que a lei complementar tributdria s6 pode veicular normas gerais em matéria de legistagio 141, A le complementar busia — pondera Lis Cesar Sousa de Queicoz — pave assur Jois paps distnoseinconund eis: a) veculae sora de produ- 0 normativ butt; b) veiculr nora impostva tribute Gs , nota de Sondutaiburia). Quando a lei complementar tibutris veioular norma, de, conduta (oormaimpostva ibuéria), ela ter a mesmehierarquia de uma lei ori. 8 fotalmeate relevant (pra os fins de apurar-se a posgoo na estruturaescalonada {as normas) fto dea lel conplementar tr con caacteristicaprocadimental 2 gprovagio por um quorum superior ao exigi para a tei ordndra (at. 69 CRFB), Por outro ldo, all complemenar pode veicular norma de poduso normatva. ‘Assim, o faz quando ela regula o modo pelo qual as normas veiculads por lei ‘orgindi io ctiadas, modiieadas ou exis aorta Veiulada pea lel complemeatar de produgio nomativa jri- ‘utd repula epenas-o aspect declarago prescrtiva,dlimitando agilo que pode ser deslaredo no plano fic, om o propésio de da origem & norma jur- {ica impostvatibuara, Tal lel complemeata de produgéo nomativa tibutria fat enpressamentereteida no at. 146, ico Il, dt Consiuigo de Rep led uct Passa Tribu p. 102108) 142: Curso de Dire Tributro, p. 200. 143 Curso de DireltoConsiucional Tributdi,p. 519. 152 cutu0 cress tebuttia, as quais ou disporio sobre confitos de competéncia, em tratéria tributiria, ou regulardo as limitagdes constitucionals co poder de tributar. Em que que assiste razio aos que defendem or meio de lei complementar, dispor: a) sobre conflitos de com, pertocia entre os entes tributantes e b) a faculdade para regula. mentar as limitagdes constitucicriais ao poder de ti tida no que se convencionou chamar de norma rubutiro. Isto & ndo se trata de uma competéncia estrne to formas gerais de direito tibutirio, mas sio as proprias norma gerais, Vale dizer, a competéncia outorgada no art. 146, TI, da Constituigo Federal para regular as limitagdes eonstitucicnaiy su Poder de tributar, nada mais € do que uma faculdade atributda co Congresso Nacional para editar normas gerais de Direito Tritece tio a respeito de tal matéria. A natureza da i veicula normas acerca das A razio de os incisos estarem estruturados da forma dade técnica cometida pelo ci explicagiio para esse fato, lo art. 146, da Constituiglo Federal, que estio deve-se a uma improprie. onstituinte, Nao se vislumbra outra pois entend3-lo de outra maneira levaria Desse modo, o art, 146 da Constituigo Federal nao pode: comm nerpretado; literalmente;, para’ que,’9, exégeta tio $e depare Sonu obsticula, intransponivel, consistente,wna,impossibilidade ¢ compat biliz4-16coinjasdemaisdiretizestuibudras contin, ‘pladas pelo {eX eonstituciondll "Nao ha eorno, ‘por exeniplo, com- itibiligar'WYatilddde ééncedtidd React 146 "de Constituigao; pari ©! Congress! definiros “fatos ‘Betadores's'dos’ impostos. com:as ormas contidas no proprio texto constitugional ‘que jé definem os ACOMPETENCIA TRIBUTARIA DO ESTADO BRASILEIRO 153 “fatos geradores” dos impostos, vedando o legislador ordindrio de redefini-los. . - eee sistema consttuionl wibutrio basi, como jé foi dito alures, & extremamente detahista. Traz, de modo preciso, 0 campo de tua de cada uma das entiades wibtantes, assegu- rando-lhe autonomia financeira; confere a Sere de garaninn gue no podem sr eiminads nem mesmo por Zi io; em matéria de impostos indica o: de emendas & Constituigio; em m sto in fato que podem ser eleits com hipoteses de incidenca aponta 1 base de calculo possivel ¢ implicitamente elegeu os destinatdrios dda carga tributéria."® Eid Schouer pos spuds ce, Costu no se econvam pain. {os pura conte quanto wo spe metal J ada ion, Vote ge iene impo J extent, Por is Sian osins nocov Gime ue cont apern cepa aaa Par Ge pon Tendo ivan cutest gue nu sauna eer Se oie dion Je competéncias, conclufmos que é na lei complementar que se seco oe Desa 8 eu oral — aim ele — ue "faa do Sigs, Desa fora, o cones do [CMS eS fa di npn 3, nfo da Constituigdo, Esta contempla, apenas, 0s tipos de a poe wae “a 1S mam to ws ct et tai tear tin ere Sireutc ae tilizdas pos ompoiqn da hips de it ib 5 Sap sac ae cee cine coms dover suo alles dips e lente ota ola Seis ore aie trae Sesh ocean eaten et sis isa cueu0 ciuesa, Determina igdes Como essas enrijecem o sistema constitu. cional tributétio, Pois resttingem 0 campo de atuagio do legislador ordindrio, que deverd desenvolver a sua atividade legiferante estritos limites estabelecidos na Constituigio Federal. ‘cr sido-aintengdo do constituinte de 1988: criar um sistema tigida ara evitar distorgdes que eventualmente poderiam vir a ser come. {idas pelos legisladores ordindcios no ato de insituirem os tributes de sua competéncia, prestigianclo ao méximo o principio feder. tivo ¢ @ da autonomia dos Municfpios e Distrito Federal Nesse contexto, nao hi como sufragar exegese meramente literal do art, 146 da Constitui igo Federal para admitir que 0 Con. gresso Nacional possa, a titulo de editar normas gerais de Direito Tributitio, redefinir © que foi exaustivamente disciplinado pelo Constituinte no proprio texto constitucional, como & 0 caso, da Faculdade atribulda para o legislador ordindrio proceder & “defini. glo de wibutos © de suas espécies, bem como, em relagio aos impostos discriminados nesta Constituigo, a dos respectivos fatos geradores, bases de célculo e contribuintes”, Seria um verdadeiro disparate, Por certo, 0 constituinte nfo criari os que se anulariam, E Preocupado tanto em est fundamentais do sistema tudo por terra, outorgand de refazer tudo 0 que dis nos Essa parece ia preceptivos antag6ni- inconcebivel que 0 constituinte se tenha truturar, de forma detalhada, as balizas tributdrio para, num ato insano, colocar lo ao legislador ordindrio a possibilidade ciplinou minuciosamente no prdprio texto previamenis © aspeclo material das hipGieses de incidéacia ributdras, como também 0s aspects pessoas, «22m por iso, pode-se aludir & figura do destinatrio constitucional tie {iio B aquela categoria de pessoas que se encontram em slaglo fom gain {Go brovista para iserir-e no micleo da hipéese de inciddacia tbutdia e ooo ‘lo as pessoas sujeitiveis & condi (a0 menos, em jeigdo‘passiva em: principio; [ACOMPCTENCIA TRBUTARIA DOESTADO GRASILIIRO 155 ‘init 0 “Tato gerador” dos constiuciona, com por expo, defini 00 Impostos,abase de edeulo eos conus ‘pes Frocedendo-se 0 confronto do art. 146 da Const nigio Federal com as demas derzs fandamentss do stem, ver. Fcase que o campo de ata reserva is norms gers € bem mais redutido do que pace cr & pei vs. © consti restigiou de tal forma a autonomi trembres, Distrito Federale Manis qe €ncocaivel ai se uma interpretagio literal do a Concluir que o Congresso Nacional, a pretexto de editar normas de Goo Ain ch nea penta ROT 9. 85 cp cx pss ranteer, ee o seu oro Mis qu ed edo ale yea que ougo far em Lei Compemenr ogi wb mea Le c ‘uma freqiéneia espantosamente granc rtd Conplenes si Complementar fixa-se no oeta Es campeon eset Gonpncnr ase a enc dar ar eco po puta some cena is 1¢ deixa, enfim, muito preocupado porque cada vez mali eae: Std do alos sn ues como 3 ssp abt on Seta Von year n que diante de cada caso, qualquer caso de mir Vol pl umm mee eo Fcc fo pat Se oe pti gui a nen 9 on ate ‘interpretagio, de colocagio de Lei Complements see eo ope ela eso, enc Lt Complement pie re Ps ae Sore Weleda eae sean etn FEdnarant outa io Mundo e onde o Brasil quase ganhou, Lembram- So coe pen enh ni or or Cop wea ile in sano mss» ce pr or auto Unica ae cep pe i PELE pcti hr rns prem ee oar va mais e isolava a Europa; depois, na Europa focalizava tay at Eepanta aa chegava a Madrid; em Madrid chegava a0, sa stmuvessesse cep can Rigs toed a tn copy Se ce See ee anata dears do ei, o esto ear eno de Mad fo eer ek eslartomutace hai Nice tec a nan rar Buoy erro My de ir tr tw Oe et nee ae epecint eS una as sta olen: ns ane de ae it +} Complemeriar no coatexto do invocagid de Lei Complementarsituem aquela Lei Compl nt id cose nee } "Tributérid, "no ‘contexto-da estrutura da i ie Si ve ono no vn par Lt Colne st ieee aire heat bee dean mplementar ‘que possamos compreender i cea a coer ay rhe oe 156 cuésio cates. gerais, possa imi vertendo-se as ibutério."” Portanto, ike, em competéncia reservada a eles, sub- indamentais do sistema constitueional © Ambito de atuagdo d i fo legislador para edi Direito Teibutirio & bastante Testo, civeune, “le @ sticular comandos de carter meramente dade de inovar a ordem constitucional ara o fim ensi de redimensionar os comands nela contidos, apenas explicité-los Com isso, todavia, no possuem nenhuma No se esté a dizer que as normas gera Sowenuem nenhuma wtlidade no sistema normativo bras, Subse Gus elas ¢ atbulda a importante missio de veicl Brel destino a hamonzar @ aug dos ens tributantes 1s adits ibis sere ee See cs tatvos tibatérios_a sere adotados : policas emir comands destndos ae sbuos ecko sincia tributéria a eles outorgad tena, da compan rgada pela Carta Magna, rem sempre ¢ bem inepreads, Enim, hi una ne Sind Brescrigées de carter nacional diigidas a todos indisitamente ngs de cater sac indistintamente, A titulo de exe rmmar cel, exemblo podem ser ita: 1) a It comple ment T OS requisitos necessétios para qu 8s Fst contempads no at 150," a Conaiagao Fede, Fosham wsuftuir dos beneficios da teferda imunidude; I) a edisio Se se, Complementa para defini local onde € devido o imposte clio’ no exterior (art. 155, § 1°, Ill, “a", CE), ‘poder’ garantia individual veucerr: at ae ‘soowalie como episio eatl bem com afadle do euine’ (Cancoee 8 Coat Brad O46 3hI3b ee one [A COMPETENCIA TRIBUTARIA DO ESTADO URASIL!IRO 137 ragdo dos Estados-membros e do Distrito Federal isengGes, incen- tivos e beneficios fiscais serio concedidos e revogados (art. 155, § 2, XI, "g", da CP) ‘Convém registrar que, quanto a faculdade outorgada 20 legislador ordindrio para editar normas gerais de Direito Tributé- tio, com a finalidade de dirimir contflitos de competéncia (art. 146, 1, da CF), a rigor, nilo had conflito de competéncia no plano norma- tivo, 0 que pode ocorver & um exercicio irregular da competéncia coutorgada pelo poder consttuinte originéri. ‘A demareagio do campo de atuagio de cada um dos entes tributantes foi to minuciosa e precisa que niio se vislumbra a pos- sibilidade de ocorrer taj conflito. Eventualmente, 0 que pode acontecer & uma dificuldade de enquadramento de uma determi- nada situagio fitica &s hipdteses normativas contempladas no texto constitucional, a exemplo do que ocorreu com a recauchutagem de pneumiticos, pois instaurou-se uma diseussio acerca da natureza e tal atividade, isto é, indagava-se se a atividade consistia numa prestagio de servigos ou numa industrializagZo, Veja-se que, caso se entenda que a recauchutagem de pneumitico seja uma hipétese de industrializagio, a Unido € com- pefente para wibutar tal fifo, por meio do IPI; caso se entenda que a referida atividade é unta prestagio de servigo, 0 Municipio € ‘competent para tributar, por meio do ISSQN. ssa & uma hipétese tipica para se editar lei complementar para veicular normais gerais de Direito Tributirio, com 0 fito de Girimir uma controvérsia. Efetivamente, foi o que ccorren quando se editou a lei que definiu a recauchutagem de pneumitico como prestagio de servigo e, portanto, tributivel somente pelo Municf- pio por meio do ISSQN (item 71 do art. 8 do Decreto-lei 1, 406/68, redagio dada pela Lei Complementar n. 56/87). Todavia, é importante observar que, a rigor, a lei nfo dirimie confliios de competéncia, mas a divergéncia sobre a natu- jeza.do fato sujeito a tributagi, tanto que bastou definir se a secatichiitagem,de, pneumitico era industrializago ou prestagio de ‘servigoypara desaparecer 0 suposto confito de competéncia. Solin, pera ieee ears [48,fRoque ‘Antonio Carrzza ressaliou que, em verdade, © impropramente denoiinad “confite de competncia” €provocado: I — por uma lel tibutéra |

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