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1ª Edição

BRASIL:

Síntese do uso e posse


de alguns bens nos
domicílios.

(Texto escrito por Alisson Rocha da Silva. CORECON-RN:1774)

Website: http://alissonconsultoria.blogspot.com

Contato: alisson.consultoria@gmail.com

Natal – RN (2010)
APRESENTAÇÃO

Prezados(as) leitores(as),

Nós, da Ali$$on Consultoria em Economia & Negócios, estamos divulgando


o estudo BRASIL: Síntese do uso e posse de alguns bens nos domicílios. Nesta
publicação estaremos expondo, de modo resumido, as conclusões da PNAD 2008
com relação às características dos domicílios brasileiros de acordo com as Regiões
(Norte, Sul, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste). Estas características serão sempre
analisadas conjuntamente com a renda per capita1 mensal por domicílio. Cada variável
será descrita via mapa de participação das regiões2, função da probabilidade3 e o
gráfico de dispersão4.
Os dados aqui analisados foram retirados da PNAD (Pesquisa Nacional por
Amostra5 de Domicílios) que é uma pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) a respeito de diversas características da população brasileira.
São pesquisados desde o número de fumantes, passando pela renda familiar e até o
tipo de telhado do domicílio que está sendo analisado.
Aqui, na 1ª edição da publicação, analisaremos os seguintes bens e/ou
serviços: telefone móvel celular, telefone fixo, microcomputador, acesso a internet,
carro, televisão em cores, aparelho de DVD, máquina de lavar roupa, freezer, fogão de

1
A renda per capita por domicílio nada mais é do que a renda total do domicílio dividido pelo número de
moradores. Por exemplo, se temos um domicílio onde um casal possui renda conjunta de 4.000 reais
mensais e este casal tem dois filhos, a renda per capita mensal será 4.000/4 = 1.000 reais.
2
No mapa de participação das regiões, os dados do Distrito Federal não estão inclusos na Região Centro-
Oeste.
3
Os parâmetros da função da probabilidade foram calculados levando em consideração os dados de todo
o Brasil, incluindo o Distrito Federal, para os domicílios com renda per capita maior do que zero a até R$
10.000 mensais.
4
O gráfico de dispersão leva em consideração os dados de todo o Brasil, incluindo o Distrito Federal,
para os domicílios com renda per capita maior do que zero a até R$10.000 mensais.
5
Teoricamente falando, uma amostra nada mais é do que um subconjunto de uma população. Através de
uma amostra podemos inferir diversas características ou obter dados a respeito da população estudada,
porém, sem a necessidade de entrevistar todos os indivíduos desta população. Obviamente não se pode
ter certeza de que os dados obtidos em uma amostra são exatamente iguais ao da população da qual ela foi
retirada, ou seja, as conclusões da PNAD são sempre valores aproximados dos verdadeiros valores
observados na população brasileira.

1
duas ou mais bocas e geladeira. Convém lembrar que o nosso intuito com essa
publicação é apenas expor a situação atual – tomando como base os dados da PNAD
2008 – do consumo e posse6 destes bens e/ou serviços, sem, no entanto, nos
aprofundarmos muito no estudo do mercado consumidor de cada um deles.
O estudo de novas variáveis ficará para edições futuras desta publicação.

6
Os bens aqui analisados só serão observados sob a ótica de estarem, ou não, presentes nos domicílios do
Brasil. Por exemplo, analisando a televisão em cores, apenas consideramos se ela está presente nos
domicílios, independente do número de tv´s, preço ou tipo de televisão em cores que o domicílio possua.
Assim, um lar com três televisões em cores de última geração tem o mesmo valor, para a pesquisa, de um
domicílio com uma televisão em cores modelo antigo.

2
APÊNDICE

Obs: A tabela abaixo é necessária para entender como são calculadas as tabelas de
probabilidade das variáveis analisadas. Para ver como utilizá-la consulte a nota explicativa da
página 07.

Função de Distribuição Acumulada Normal Padrão.


Valor da segunda casa decimal de Z
Z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
-1 0,1587 0,1562 0,1539 0,1515 0,1492 0,1469 0,1446 0,1423 0,1401 0,1379
-0,9 0,1841 0,1814 0,1788 0,1762 0,1736 0,1711 0,1685 0,1660 0,1635 0,1611
-0,8 0,2119 0,2090 0,2061 0,2033 0,2005 0,1977 0,1949 0,1922 0,1894 0,1867
-0,7 0,2420 0,2389 0,2358 0,2327 0,2296 0,2266 0,2236 0,2206 0,2177 0,2148
-0,6 0,2743 0,2709 0,2676 0,2643 0,2611 0,2578 0,2546 0,2514 0,2483 0,2451
-0,5 0,3085 0,3050 0,3015 0,2981 0,2946 0,2912 0,2877 0,2843 0,2810 0,2776
-0,4 0,3446 0,3409 0,3372 0,3336 0,3300 0,3264 0,3228 0,3192 0,3156 0,3121
-0,3 0,3821 0,3783 0,3745 0,3707 0,3669 0,3632 0,3594 0,3557 0,3520 0,3483
-0,2 0,4207 0,4168 0,4129 0,4090 0,4052 0,4013 0,3974 0,3936 0,3897 0,3859
-0,1 0,4602 0,4562 0,4522 0,4483 0,4443 0,4404 0,4364 0,4325 0,4286 0,4247
0 0,5000 0,4960 0,4920 0,4880 0,4840 0,4801 0,4761 0,4721 0,4681 0,4641
0,1 0,5398 0,5438 0,5478 0,5517 0,5557 0,5596 0,5636 0,5675 0,5714 0,5753
0,2 0,5793 0,5832 0,5871 0,5910 0,5948 0,5987 0,6026 0,6064 0,6103 0,6141
0,3 0,6179 0,6217 0,6255 0,6293 0,6331 0,6368 0,6406 0,6443 0,6480 0,6517
0,4 0,6554 0,6591 0,6628 0,6664 0,6700 0,6736 0,6772 0,6808 0,6844 0,6879
0,5 0,6915 0,6950 0,6985 0,7019 0,7054 0,7088 0,7123 0,7157 0,7190 0,7224
0,6 0,7257 0,7291 0,7324 0,7357 0,7389 0,7422 0,7454 0,7486 0,7517 0,7549
0,7 0,7580 0,7611 0,7642 0,7673 0,7704 0,7734 0,7764 0,7794 0,7823 0,7852
0,8 0,7881 0,7910 0,7939 0,7967 0,7995 0,8023 0,8051 0,8078 0,8106 0,8133
0,9 0,8159 0,8186 0,8212 0,8238 0,8264 0,8289 0,8315 0,8340 0,8365 0,8389
1 0,8413 0,8438 0,8461 0,8485 0,8508 0,8531 0,8554 0,8577 0,8599 0,8621
1,1 0,8643 0,8665 0,8686 0,8708 0,8729 0,8749 0,8770 0,8790 0,8810 0,8830
1,2 0,8849 0,8869 0,8888 0,8907 0,8925 0,8944 0,8962 0,8980 0,8997 0,9015
1,3 0,9032 0,9049 0,9066 0,9082 0,9099 0,9115 0,9131 0,9147 0,9162 0,9177
1,4 0,9192 0,9207 0,9222 0,9236 0,9251 0,9265 0,9279 0,9292 0,9306 0,9319
1,5 0,9332 0,9345 0,9357 0,9370 0,9382 0,9394 0,9406 0,9418 0,9429 0,9441
1,6 0,9452 0,9463 0,9474 0,9484 0,9495 0,9505 0,9515 0,9525 0,9535 0,9545

3
SUMÁRIO
Pág.
MAPA 01 – percentagem de domicílios que possuem telefone móvel celular ............ 05
MAPA 02 – percentagem de domicílios que possuem telefone fixo .......................... 08
MAPA 03 – percentagem de domicílios que tem microcomputador .......................... 10
MAPA 04 – percentagem de domicílios que usam o microcomputador
para acessar a internet .............................................................................................
12
MAPA 05 – percentagem de domicílios que possuem carro .................................... 14
MAPA 06 – percentagem de domicílios que possuem televisão em cores ............... 16
MAPA 07 – percentagem de domicílios que possuem aparelho de DVD .................. 18
MAPA 08 – percentagem de domicílios que possuem máquina de lavar roupa ....... 20
MAPA 09 – percentagem de domicílios que possuem freezer .................................. 22
MAPA 10 – percentagem de domicílios que possuem fogão de
duas ou mais bocas ................................................................................................
24
MAPA 11 – percentagem de domicílios que possuem geladeira ............................... 26
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 28

4
Características dos domicílios: telefonia, informática e internet

MAPA 01 – percentagem de domicílios que possuem telefone


móvel celular
Região
Norte 70,76%
Nordeste 69,1%
Sudeste 79,72%
Sul 84,65%
Centro-Oeste 82,07%

Os dados mostram que a


região Sul é aquela onde o
telefone móvel celular é
mais difundido no Brasil. Em
segundo lugar vem o Centro-
Oeste, seguido do Sudeste e
do Norte. A região com menor
difusão do telefone móvel
celular é a região Nordeste.

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

7
A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio ter telefone celular dada a
renda per capita mensal do mesmo:

Prob(celular) = 0,4975986 + 0,0004164 x Renda

Tabela 01 – probabilidade de um domicílio


possuir telefone móvel celular
Renda per A tabela 01 mostra como mesmo para uma
capita mensal renda per capita baixa (R$250,00) a
(em R$) Probabilidade (em %) probabilidade de possuir telefone móvel
250 72,57% celular já é razoavelmente alta (72,57%).
510 75,8% A partir de 2.000 reais a probabilidade
1000 81,86% ultrapassa a casa dos 90%.
2000 90,82%
4000 98,46%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

7
Para ver como interpretar a função da probabilidade, consulte a nota explicativa da página 7.

5
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – telefone celular, vejamos o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 01 – Dispersão: Renda versus telefone móvel celular

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A primeira vista, o gráfico de dispersão pode parecer confuso. Vejamos como se dá a


sua interpretação: no eixo x está a renda per capita mensal (por domicílio). No eixo y está a
variável telefone móvel (celular), com o valor 1 para os domicílios que tem ao menos um
telefone celular e o valor 0 para os domicílios que não tem.
O gráfico 01 nos auxilia a ver qual a difusão do telefone móvel dentro dos domicílios de
acordo com a renda per capita do mesmo. Por exemplo, no intervalo que vai de 0 a 2000 reais
per capita, existem um grande número de domicílios que possuem e um grande número de
domicílios que não possuem telefone celular. Isso é observável porque a “barra” vermelha tem
o mesmo aspecto (uma barra vermelha contínua) tanto para os que possuem (valor 1) como
para os que não tem (valor 0) telefone móvel celular.
Na faixa de renda que vai de 2001 a 4000 reais fica claro que o número de pessoas que
possui celular é maior do que os que não possuem, pois, enquanto que a “barra” vermelha é
bem sólida para valores 1, ela – a barra – é cheia de “falhas” para o valor 0. A partir de 4000
reais per capita, a proporção de domicílios que tem telefone celular vai se tornando muito maior

6
8
em relação aos que não tem . Assim, o gráfico 1 corrobora a nossa tese de que quanto maior a
renda de uma família, maior a probabilidade de ela possuir um telefone móvel celular.
Para fixar melhor a interpretação de um gráfico de dispersão, imagine uma pesquisa
onde se procura saber quais domicílios possuem ao menos um carro que custe mais de
R$100.000,00. Certamente para a faixa de renda de 0 a 2000 reais o número de domicílios que
possuem um carro neste valor seria praticamente inexistente. Isso sinaliza que um bem como
um automóvel de R$100.000 só é acessível a quem tem uma renda per capita mensal alta.

NOTA EXPLICATIVA:

Esta nota tem a intenção de explicar como utilizar a função da probabilidade que é calculada para
cada variável analisada. Neste caso, vamos utilizar como exemplo a equação (1):

Prob(celular) = 0,4975986 + 0,0004164 x Renda

Na tabela 1 (pg. 05) foi informado que para uma renda per capita mensal de R$ 250, a
probabilidade de se possuir um telefone móvel celular é de 72,57%. A maneira como se chegou a
este valor é a seguinte:

1) Substituir a variável renda pelo valor que se deseja calcular, no caso R$250. Assim a
equação fica Prob(celular) = 0,4975986 + 0,0004164 x 250 = 0,4975986 + 0,1041 =
0,6016

2) O valor 0,6016 ainda não é a probabilidade. Ele na verdade é o que se chama de valor Z.

3) De posse do valor Z, consultamos a tabela da página 03, e vemos qual é o valor que está
associado a Z = 0,6016. Como a tabela só contém números até 2 casas decimais, nós
arredondamos o valor de Z para 0,60.

4) O valor da tabela da página 03 que corresponde ao valor Z=0,60 é 0,7257 que é a


probabilidade que desejamos calcular. Para calcular esta probabilidade em % basta
multiplicar 0,7257 por 100. Assim: 0,7257 x 100 = 72,57%

5) Uma forma alternativa de calcular a probabilidade sem ter que consultar a tabela da
página 03 é utilizando o programa Excel® da Microsoft®. Para isso digite em uma célula
do Excel® a seguinte fórmula “=DIST.NORMP(0,60)” (sem as aspas). O resultado obtido
é a probabilidade em decimal e para convertê-lo para percentagem basta multiplicá-lo por
100. Assim: 0,7257 x 100 = 72,57%

Obs: Se ainda persistirem dúvidas sobre como realizar o cálculo, entre em contato conosco em
alisson.consultoria@gmail.com

8
A esta altura o(a) leitor(a) pode estar achando intrigante o fato do gráfico 1 mostrar que alguns
domicílios com alta renda não possuem telefone celular. Aqui vale lembrar que não é apenas a renda que
determina se alguém possui ou não determinado bem. Pode ser que alguém tenha uma alta renda, mas não
possua o telefone móvel celular por escolha própria ou simplesmente porque a cobertura móvel ainda não
chegou ao domicílio pesquisado.

7
Características dos domicílios: telefonia, informática e internet

MAPA 02 – percentagem de domicílios que possuem telefone fixo

Região
Norte 26,27%
Nordeste 27,56%
Sudeste 57,96%
Sul 51,08%
Centro-Oeste 34,08%

Os dados mostram que a


região Sudeste é aquela onde
o telefone fixo é mais
difundido no Brasil. Em
segundo lugar vem o Sul,
seguido do Centro-Oeste e do
Nordeste. A região com menor
difusão do telefone fixo é a
região Norte.

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio ter telefone fixo dada a renda
per capita mensal do mesmo:

Prob(telefone fixo) = – 0,5792281 + 0,0005662 x Renda

Tabela 02 – probabilidade de um domicílio


possuir telefone fixo A tabela 02 mostra como a dificuldade de ter
Renda per um telefone fixo é bem maior do que um
capita mensal telefone celular. Com uma renda per capita
(em R$) Probabilidade (em %) mensal de R$250,00 a probabilidade de um
250 33,36% domicílio possuir telefone fixo é de apenas
33,36%. Somente com R$4.000,00 de renda
510 38,59%
per capita é que um domicílio tem uma
1000 49,6%
probabilidade muito alta (95,35%) de ter
2000 70,88% telefone fixo.
4000 95,35%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

8
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – telefone fixo, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 02 – Dispersão: Renda versus telefone fixo

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

9
Através do gráfico 02 percebemos como o telefone fixo está menos presente nos lares
dos brasileiros. Mesmo assim, foi detectada uma grande quantidade de domicílios com renda
per capita mensal entre 0 e 2000 que possuíam telefone fixo (e outra grande quantidade que
não possuía). Na faixa de domicílios com renda entre 2001 e 3000 reais há mais domicílios que
não possuem telefone fixo do que os que não possuem linha móvel celular. Por fim, nos
10
domicílios a partir de 3001 reais de renda per capita mensal é que percebemos uma
massificação maior do telefone fixo, porém, em uma proporção menor do que a observada com
a telefonia móvel celular.

9
Muitas famílias – especialmente as de menor renda – possuem o hábito de ter uma linha móvel pré-paga
e, assim, abrem mão da telefonia fixa. O avanço da chamada internet banda larga também poderá
“roubar” clientes da telefonia fixa através da chamada telefonia Voip.
10
Para um domicílio com renda mensal per capita de R$ 3001 há 86,85% de probabilidade do mesmo
possuir telefone fixo.

9
Características dos domicílios: telefonia, informática e internet

MAPA 03 – percentagem de domicílios que tem microcomputador

Região
Norte 18,76%
Nordeste 18,72%
Sudeste 39,18%
Sul 39,82%
Centro-Oeste 26,01%

Os dados mostram que a


região Sul é aquela com maior
proporção de domicílios com
microcomputador no Brasil.
Pouco atrás vem o Sudeste,
seguido do Centro-Oeste e do
Norte. A região com menor
proporção de domicílios com
microcomputador é a região
Nordeste.

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio ter microcomputador dada a


renda per capita mensal do mesmo:

Prob(computador) = – 0,9244667 + 0,0005334 x Renda

Tabela 03 – probabilidade de um domicílio Na tabela 03 é possível perceber que o


possuir microcomputador microcomputador é ainda menos difundido
Renda per nos domicílios brasileiros do que o telefone
capita mensal fixo. Assim, uma renda per capita domiciliar
(em R$) Probabilidade (em %) de um salário mínimo (R$510,00) significa
250 21,48% uma probabilidade de apenas 25,78% de
510 25,78% possuir microcomputador. Mesmo com uma
1000 34,83% renda per capita de R$4.000,00 a
2000 55,57% probabilidade é abaixo de 90%.
4000 88,49%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

10
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – microcomputador, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 03 – Dispersão: Renda versus microcomputador

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

11
O gráfico 3 já mostra que o microcomputador está razoavelmente popularizado nos
lares do Brasil, pois está presente mesmo naqueles com renda mensal per capita entre 0 e
2000 reais. O “outro lado” do gráfico sinaliza a outra parte do mercado: a proporção de
domicílios sem microcomputador é enorme em praticamente todos os lares com renda até R$
4.000 mensais. Apenas para a faixa de renda per capita acima de R$4000 mensais é que a
proporção de domicílios com microcomputador torna-se bem maior do que os que não
possuem o equipamento.

11
Nos países mais ricos, os preços dos produtos de informática e a alta renda da população permitem que
as pessoas troquem os seus equipamentos de informática em um prazo muito menor do que a população
que vive nos países ditos em desenvolvimento. Além disso, a popularização destes itens é muito maior nos
países ricos. Isso, por incrível que pareça, é uma boa notícia para quem trabalha vendendo este tipo de
produto porque mesmo com o enorme crescimento dos últimos anos ainda há um enorme potencial do
mercado de informática no Brasil.

11
Características dos domicílios: telefonia, informática e internet

MAPA 04 – percentagem de domicílios que usam o microcomputador


para acessar a internet

Região
Norte 64,88%
Nordeste 75,62%
Sudeste 78,54%
Sul 74,73%
Centro-Oeste 72,34%

Dentre os domicílios que


possuem microcomputador, na
região Sudeste é onde o
equipamento é mais utilizado
para acessar a internet. Em
segundo lugar vem o Nordeste,
seguido do Sul e do Centro-
Oeste. A região onde menos se
utiliza o microcomputador para
acessar a internet é a Norte.

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio com microcomputador utilizá-


lo para acessar a internet, dada a renda per capita mensal do domicílio:

Prob(internet)= 0,4036572 + 0,0002697 x Renda

Tabela 04 – probabilidade de um domicílio


com microcomputador acessar a internet
Renda per A tabela 04 é interessante porque vemos
capita mensal como os domicílios que possuem
(em R$) Probabilidade (em %) microcomputador utilizam razoavelmente
250 68,08% muito o acesso a internet mesmo para
510 70,54% uma renda per capita baixa (68,08% para
1000 74,86% R$250,00).
2000 82,64%
4000 93,06%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

12
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
12
domicílio, que possui microcomputador, acessar – ou não – a internet, observe o gráfico de
dispersão abaixo:

GRÁFICO 04 – Dispersão: Renda versus uso do microcomputador para acesso a internet

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

Dentre os domicílios que possuem microcomputador, a maioria utiliza o equipamento


para acessar a internet. Pela análise do gráfico 04 é possível notar que dos domicílios que não
acessam a internet, a maioria se encontra na faixa de renda mensal per capital entre 0 e 2000
reais. A partir de R$ 3.000 o número de lares brasileiros que usam o microcomputador para
acesso a internet já se torna bem maior do que aqueles que não utilizam. Uma conexão da
13
chamada internet banda larga no Brasil ainda custa muito caro se compararmos com a renda
14
da população. Além disto, os preços são diferentes de acordo com a cidade em que se mora.

12
Atenção: o que está sendo analisado não é o número de domicílios com acesso a internet e sim, dentre
os domicílios que possuem microcomputador quais aqueles que usam o equipamento para acessar a
internet. Também não está sendo analisado o tipo de internet (discada, banda larga, etc).
13
Reportagem do Portal Terra, citando um estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada),
informou que o brasileiro gasta em média 4,58% da renda per capita mensal para ter internet banda larga,
enquanto nos países ricos este gasto está na faixa de 0,5% da renda.
14
Uma conexão de 300kbps em Manaus custa 219,90/mês. Uma conexão, da mesma empresa, de 2mbps
(quase sete vezes mais rápida do que a de 300kbps) custa, em Recife, R$49,90/mês.

13
Características dos domicílios: veículos

MAPA 05 – percentagem de domicílios que possuem carro

Região
Norte 18,32%
Nordeste 19,04%
Sudeste 42,53%
Sul 51,33%
Centro-Oeste 38,09%

Os dados mostram que a


região Sul é aquela onde o
carro é mais difundido no
Brasil. Em segundo lugar vem
o Sudeste, seguido do Centro-
Oeste e do Nordeste. A região
com menor difusão do carro é
a região Norte.

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio possuir carro dada a renda


per capita mensal do mesmo:

Prob(carro)= –0,8799528 + 0,0006712 x Renda

Pela tabela 05 fica claro como o acesso a


Tabela 05 – probabilidade de um domicílio carro ainda fica muito restrito a faixas de
possuir carro
Renda per
renda mais alta. Para uma renda per
capita mensal capita de R$1.000,00 a probabilidade de
(em R$) Probabilidade (em %) possuir carro ainda é menor do que 50%.
Só com uma renda per capita mensal alta
250 23,88%
para padrões brasileiros (R$4.000) é que a
510 29,81% probabilidade de um domicílio ter carro
1000 42,07% ultrapassa a casa dos 90%.
2000 67,72%
4000 96,4%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

14
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – carro, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 05 – Dispersão: Renda versus carro

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

No mundo moderno, e – especialmente – nas grandes cidades, o carro é um dos bens


mais desejados pela população. Porém, ainda é muito caro para o brasileiro possuir um carro,
tanto pelo preço quanto pelas taxas, despesas e impostos que um carro novo traz para o
orçamento domiciliar. Analisando o gráfico 05 é possível perceber como existem vários
domicílios que não possuem carro, e em todas as faixas de renda analisadas. Podemos dizer
que apenas para domicílios com renda per capita a partir de R$ 4.000 mensais é que a
15
quantidade de lares que tem carro se torna bem maior do que os que não possuem. O gráfico
também mostra uma grande quantidade de domicílios com renda de 0 a 2000 reais que
possuem carro e isso pode parecer estranho. Porém, lembremos que foi pesquisado quem
possuía carro – independente da idade do veículo. Certamente a idade média dos veículos nos
domicílios com renda per capita de 0 a 2000 reais mensais é maior do que a encontrada na
faixa de 4000 a 6000 reais mensais.

15
Lembrando que estamos observando quem tem carro, ou seja, não levamos em consideração os
domicílios que possuem apenas moto.

15
Características dos domicílios: eletrônicos

MAPA 06 – percentagem de domicílios que possuem televisão em cores

Região
Norte 90,15%
Nordeste 92,41%
Sudeste 97,07%
Sul 96,14%
Centro-Oeste 93,43%

Os dados mostram que a


televisão em cores está
presente em praticamente todos
os domicílios do Brasil, com
todas as regiões apresentando
percentuais acima de 90%.

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio ter televisão em cores dada a


renda per capita mensal do mesmo:

Prob(TV em cores)= 1,292491 + 0,0006347 x Renda

Tabela 06 – probabilidade de um domicílio


possuir televisão em cores
Renda per Através da tabela 06 vemos como a
capita mensal televisão em cores está presente em todas
(em R$) Probabilidade (em %) as classes sociais. Mesmo para uma renda
250 92,65% per capita mensal baixa (R$250,00) a
510 94,63% probabilidade de possuir televisão já é
bastante alta (92,65%).
1000 97,26%
2000 99,48%
4000 99,99%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

16
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – televisão em cores, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 06 – Dispersão: Renda versus televisão em cores

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

16
O gráfico 06 expressa uma enorme presença da televisão em cores nos lares do Brasil.
Apenas para os domicílios com renda de 0 a 2000 reais é que ainda observa-se uma
quantidade razoável de domicílios sem TV em cores. Convém lembrar que é pesquisado
apenas se o domicílio tem (ou não) TV, ou seja, coisas como a idade, preço ou tipo (plasma,
LCD, LED) do televisor não são levados em consideração.

16
Devido à implantação da TV digital no Brasil, todos os televisores precisarão ter um conversor digital
até 2016 (ano em que a transmissão analógica deixará de ser feita). Certamente alguns milhões destes
conversores serão vendidos até 2016, ou seja, há um grande mercado potencial associado à TV digital.

17
Características dos domicílios: eletrônicos

MAPA 7 – percentagem de domicílios que possuem aparelho de DVD

Região
Norte 66,33%
Nordeste 67,86%
Sudeste 73,21%
Sul 69,85%
Centro-Oeste 64,19%

Os dados mostram que a


região Sudeste é aquela onde
o aparelho de DVD está mais
presente nos domicílios do
Brasil. Em segundo lugar vem
o Sul, seguido do Nordeste e
do Norte. A região com menor
presença do aparelho de
DVD é a região Centro-Oeste.

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio possuir aparelho de DVD


dada a renda per capita mensal do mesmo:

Prob(DVD)= 0,3480397 + 0,0002774 x Renda

Tabela 7 – probabilidade de um domicílio


possuir aparelho de DVD Na tabela 7 vemos que o aparelho de DVD
Renda per também já tem uma boa probabilidade de
capita mensal estar presente mesmo para os domicílios
(em R$) Probabilidade (em %)
com menores rendas. Altas probabilidades
250 65,91% de possuir o aparelho somente são
510 68,44% observadas a partir de uma renda per
1000 73,24% capita mensal de R$2.000,00.
2000 81,59%
4000 92,65%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

18
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – aparelho de dvd, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 7 – Dispersão: Renda versus aparelho de DVD

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

O aparelho de DVD pode ser chamado de um bem complementar à televisão e surgiu


para melhorar a experiência que um telespectador tem ao assistir, por exemplo, um filme. Por
já existir há vários anos no mercado, um bom equipamento de DVD já pode ser adquirido com
preço na faixa de 100 a 200 reais. Através do gráfico 7 percebemos que na faixa de renda de 0
a 2300 reais mensais ainda existem muitos domicílios que não tem o aparelho (e muitos que
tem). Na faixa de renda per capita a partir de R$ 3.000 já há muito mais domicílios que
possuem aparelho de DVD do que aqueles que não tem. Considerando que um aparelho custa
17
na faixa de 100 a 200 reais, a renda não é impedimento para que os domicílios que se situam
nas faixas mais elevadas de rendimentos deixem de comprar o seu DVD player.
Possivelmente, o que explica a menor difusão do DVD em relação à televisão em cores seja o
fato de o DVD ser uma tecnologia bem mais recente do que a televisão.

17
Possivelmente o(a) leitor(a) conhece alguém (principalmente alguém mais idoso) que, mesmo
possuindo alta renda, não possui alguns dos produtos tecnológicos mais recentes. Dentre esses produtos
podemos citar desde os microcomputadores, passando pelos notebooks, aparelhos de DVD e os mp3
players.

19
Características dos domicílios: eletrodomésticos

MAPA 08 – percentagem de domicílios que possuem máquina


de lavar roupa

Região
Norte 26,94%
Nordeste 18,2%
Sudeste 51,84%
Sul 63,01%
Centro-Oeste 28,57%

Os dados mostram que a


região Sul é aquela onde a
máquina de lavar roupa é
mais difundida no Brasil. Em
segundo lugar vem o Sudeste,
seguido do Centro-Oeste e do
Norte. A região com menos
domicílios que possuem
máquina de lavar roupa é a
região Nordeste.
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio ter máquina de lavar roupa


dada a renda per capita mensal do mesmo:

Prob(máquina de lavar roupa)= –0,6441443 + 0,0005121 x Renda

Tabela 08 – probabilidade de um domicílio


possuir máquina de lavar roupa Observando a tabela 08 vemos que somente
Renda per capita a partir de uma renda per capita mensal de
mensal (em R$) Probabilidade (em %) R$2.000 é que a probabilidade de possuir
250 30,5% máquina de lavar roupa se torna
510 35,20% razoavelmente alta (64,8%). Probabilidades
1000 44,83%
acima de 90% só com renda per capita
mensal a partir de R$4.000
2000 64,8%
4000 91,92%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

20
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – máquina de lavar roupa, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 08 – Dispersão: Renda versus máquina de lavar roupa

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

18
Outro bem muito desejado, especialmente na vida moderna e urbana é a máquina de
lavar roupa. Analisando o gráfico 08, vemos que a lavadora de roupa está presente na maioria
dos domicílios com renda per capita mensal acima de R$ 3.000,00. Por outro lado, na faixa de
renda abaixo de R$3.000 tanto há uma grande quantidade de domicílios que tem como uma
grande quantidade que não tem a máquina.

18
A mesma vida moderna e urbana faz com que várias pessoas prefiram pagar a alguém, ou a uma
empresa, para lavar e passar as suas roupas.

21
Características dos domicílios: eletrodomésticos

MAPA 09 – percentagem de domicílios que possuem freezer

Região
Norte 15,59%
Nordeste 7,75%
Sudeste 15,17%
Sul 29,6%
Centro-Oeste 17,58%

De um modo geral, os dados


mostram que o freezer está
presente em poucos lares do
Brasil. A região Sul é aquela
que apresenta a maior
proporção de domicílios com
freezer. Logo a seguir vem a
região Centro-Oeste, depois o
Norte, seguido do Sudeste e
Nordeste.
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio possuir freezer dada a renda


per capita mensal do mesmo:

Prob(freezer)= –1,156043 + 0,0001796 x Renda

Tabela 09 – probabilidade de um domicílio


possuir freezer
Renda per A tabela 09 é um excelente retrato de
capita mensal como o freezer está pouco presente nos
(em R$) Probabilidade (em %) lares brasileiros. Mesmo domicílios com
250 13,35% uma alta renda per capita mensal
510 14,46% (R$4.000) apresentam bem menos de 50%
1000 16,6% de probabilidade de possuírem freezer.
2000 21,48%
4000 33,36%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

22
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – freezer, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 09 – Dispersão: Renda versus freezer

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

Vimos no mapa 09 que o percentual de domicílios brasileiros que possuem freezer é


19
bem inferior a 50%, ou seja, os lares que tem freezer são a minoria. Com a queda da inflação
e uma ampla oferta de produtos, os brasileiros, de uma forma geral, já não sentem mais
necessidade de estocar muita comida congelada. Somando a isso o preço relativamente alto e
o espaço a mais que uma cozinha precisa para comportar um freezer, o(a) leitor(a) conseguirá
entender a principal conclusão de uma análise no gráfico 09: em todas as faixas de renda
existem tanto um grande número de domicílios que não tem freezer quanto um grande número
20
que possuem. Isso indica que a renda não deve ser a única, ou a principal, razão de se
comprar um freezer.

19
Quem viveu na época da inflação alta deve conhecer a rotina das “compras mensais”, ou seja, assim
que a pessoa recebesse o salário, deveria ir ao supermercado fazer as compras antes que os produtos
aumentassem de preço ou sumissem das prateleiras.
20
Uma família de baixa renda e que obtém essa renda com a venda de sorvetes terá, certamente, um
incentivo a mais para ter um freezer do que outra com a mesma renda, mas que ganha dinheiro com um
emprego formal. Essa é só uma, dentre inúmeras razões que ilustram outros fatores (além da renda) para
comprar um freezer.

23
Características dos domicílios: eletrodomésticos

MAPA 10 – percentagem de domicílios que possuem fogão de duas


ou mais bocas

Região
Norte 96,97%
Nordeste 96,71%
Sudeste 99,35%
Sul 99,12%
Centro-Oeste 98,8%

Dentre os bens analisados


nessa publicação, o fogão é o
mais difundido nos domicílios
do Brasil. Chega a
praticamente 100% dos
domicílios do Sudeste e do
Sul e, mesmo no Norte e
Nordeste, está presente em
mais de 96% dos domicílios.

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio ter fogão dada a renda per
capita mensal do mesmo:

Prob(fogão)= 2,003615 + 0,0001522 x Renda

Tabela 10 – probabilidade de um domicílio


possuir fogão de duas bocas ou mais
Renda per A tabela 10 apenas corrobora o grau de
capita mensal difusão do fogão dentro dos domicílios
(em R$) Probabilidade (em %) brasileiros. Mesmo nos lares com uma
250 97,93% renda per capita mensal de R$250,00 a
510 98,12% probabilidade de possuir fogão é de
1000 98,42% 97,93%.
2000 98,92%
4000 99,54%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

24
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – fogão, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 10 – Dispersão: Renda versus fogão

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

Analisando o gráfico 10 encontramos um fenômeno parecido com o da TV em cores


(gráfico 06). Assim como ocorre com a TV, apenas para a faixa de 0 a 2000 reais é que
observamos uma quantidade razoável de domicílios que não tem fogão. Isso se reflete em uma
alta probabilidade de um domicílio brasileiro possuir fogão mesmo para aqueles onde os
moradores possuem baixa renda. Como no caso da TV, cabe aqui relatar que o IBGE apenas
checa se o domicílio possui ou não o bem pesquisado, não sendo analisada a idade do bem,
21
tipo, preço , etc. O fogão está ligado à questão alimentar do ser humano e, por isso,
dificilmente alguém que possua renda suficiente deixará de ter um fogão no seu domicílio.

21
Muito provavelmente uma família de classe média terá um fogão, em média, mais novo e mais caro do
que o fogão de uma família de baixa renda.

25
Características dos domicílios: eletrodomésticos

MAPA 11 – percentagem de domicílios que possuem geladeira

Região
Norte 84,76%
Nordeste 84,08%
Sudeste 97,08%
Sul 97,33%
Centro-Oeste 94,48%

Os dados mostram que a


região Sul é aquela onde a
geladeira é mais difundida no
Brasil. Em segundo lugar vem
o Sudeste, seguido do Centro-
Oeste e do Norte. A região
com menor difusão da
geladeira é a região
Nordeste, mas mesmo nela
existe uma grande proporção
de domicílios com o aparelho.
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

A seguir, temos a função da probabilidade de um domicílio ter geladeira dada a renda


per capita mensal do mesmo:

Prob(geladeira)= 0,8733448 + 0,0012242 x Renda

Tabela 11 – probabilidade de um domicílio


possuir geladeira
Renda per Observamos através da tabela 11 que até
capita mensal domicílios com renda per capita mensal
(em R$) Probabilidade (em %) baixa (R$250,00) já possuem uma boa
250 88,09% probabilidade (88,09%) de possuírem
510 93,29% geladeira.
1000 98,2%
2000 99,9%
4000 99,99%
Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

26
Para analisar graficamente a influência das diversas faixas de renda sobre o fato de um
domicílio possuir – ou não – geladeira, observe o gráfico de dispersão abaixo:

GRÁFICO 11 – Dispersão: Renda versus geladeira

Fonte: Ali$$on Consultoria a partir dos dados da PNAD 2008.

Embora um pouco menos do que o fogão, a geladeira é outro bem muito presente nos
domicílios brasileiros. Apenas para os domicílios com renda até 2000 reais mensais per capita
é que há uma quantidade razoável de lares sem a mesma. Como no caso do fogão, a geladeira
está ligada a questão alimentar do ser humano, e muito provavelmente ninguém – que tenha
renda suficiente – deixará de ter uma. Isso já se reflete ao analisarmos, no gráfico 11, a faixa
de renda entre 2000 a 10000 reais e vermos como o número de domicílios que não possuem
geladeira é muito menor do que, por exemplo, aqueles que não possuem telefone fixo.

27
CONCLUSÃO

Aqui encerramos a primeira edição desta publicação BRASIL: Síntese do uso e


posse de alguns bens nos domicílios. Nela, vimos como alguns bens (TV em cores,
fogão e geladeira) estão extremamente presentes nos domicílios dos brasileiros,
enquanto que outros (por exemplo: microcomputador) ainda tem muito espaço para
crescer. Por sua vez, a telefonia móvel já é bem mais difundida do que a telefonia fixa.
A compra do microcomputador já está associada ao desejo de acessar a internet. Ter
um freezer parece não ser uma necessidade como demonstram os diversos domicílios
brasileiros com uma renda alta e que não tem um freezer. Em vários dos bens
analisados, as regiões Norte e Nordeste foram aquelas onde os domicílios menos
possuíam os itens estudados. As regiões Sul e Sudeste demonstraram a liderança do
seu mercado interno sobre as demais regiões, estando (o Sul ou o Sudeste) na
liderança de posse/uso de todos os bens aqui analisados.
O mercado interno brasileiro tem passado por forte expansão nos últimos anos,
impulsionado pela ampliação do consumo das famílias. Esse aumento tem sido
possível devido ao crescimento da renda e do crédito, situação que deve continuar nos
próximos anos. Assim, esperamos que os bens cuja demanda seja fortemente
influenciada pelo crédito e renda do consumidor continuem a estar cada vez mais
presentes nos domicílios dos brasileiros.

28
Calculo do probit inclui brasilia.
Obs: os dados de Brasília estão a parte da Região Centro Oeste.

29

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