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De avião, Serra e Dilma deixam de ver calamidade das

estradas
Autor(es): Agencia o Globo/Letícia Lins
O Globo - 30/05/2010

Presidenciáveis em campanha passam longe de buracos e má


sinalização

Em sua última visita ao interior de Pernambuco, ainda como


governador de São Paulo, o précandidato do PSDB à Presidência, José
Serra, correria alguns riscos se tivesse viajado de carro os 688
quilômetros que separam Recife do município sertanejo de Exu.
Enfrentaria trechos de estradas mal conservados, sinalização
deficiente, jumentos e cabras nas rodovias. E poderia ser assaltado. A
cidade fica no chamado Polígono da Maconha, onde é comum a ação
de bandidos às margens das rodovias, principalmente à noite, quando
caminhões e ônibus preferem andar em comboio temendo os assaltos.

É o que informam motoristas sobre a situação das BRs 232 e 316, que
dão acesso à cidade onde Serra esteve em agosto, para cantar forró,
fazer contatos com as lideranças locais, lembrar sua origem pobre e
reforçar seu “lado nordestino”. A reportagem constatou problemas nas
pistas, nos acostamentos e na sinalização.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes


(Dnit), o governo federal disponibilizou R$ 230 milhões para
recuperação de 1.378 quilômetros da malha rodoviária federal.
Segundo o Dnit, foram tapados buracos e o asfalto está recapeado
nos trechos críticos. O órgão não informou o valor total investido.

De Recife a Salgueiro, a BR-232 tem 554 quilômetros. De acordo com


moradores e motoristas que circulam na região, o trecho duplicado,
até São Caetano — a 153 quilômetros da capital —, está bem
conservado e com sinalização suficiente. A partir daí, a situação
começa a complicar. O tráfego é intenso e há riscos de colisões
frontais, em um trecho que espera há anos por duplicação.

Depois de Serra Talhada, as dificuldades aumentam, porque a


sinalização vertical está encoberta por vegetação em muitos lugares e
há outros onde a horizontal encontra-se apagada.

— Essa deficiência acaba tornando a viagem perigosa, porque o


motorista pode ficar sem noção e em dificuldade para se direcionar
por falta de sinalização, principalmente à noite — adverte a policial
rodoviária Mariana Silveira.

Outro risco grande é o de animais nas estradas. Na caatinga, as


cabras são criadas fora do cercado e os jumentos andam à solta.
Segundo o Secretário de Transportes de Exu, Edson de Oliveira, a
situação da estrada estadual que dá acesso a Exu é ainda pior.

— São 40 quilômetros de pista esburacada — reclama.

Se não tivesse usado helicóptero quando esteve em Pernambuco no


último dia 7 de maio, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, também
enfrentaria dificuldades para viajar até o município de Ipojuca. Caso
saísse da residência não oficial do governador Eduardo Campos (PSB-
PE), no bairro de Dois Irmãos, teria enfrentado trânsito engarrafado
na BR-101/Norte, que tem se mostrado insuficiente para comportar a
demanda.

Também teria observado buracos no asfalto, próximo ao Hospital das


Clínicas, e recapeamento de péssima qualidade, e visto os pedestres
fazendo ginástica para atravessar as duas pistas, porque não há
passarelas para eles. E demoraria 20 minutos a mais para chegar ao
complexo industrial de Suape, no litoral sul. Em um trecho da pista,
houve um desmoronamento de barreira em dezembro, o que obrigava
os motoristas a prolongar a viagem por mais 15 quilômetros,
passando por dentro do município de Cabo de Santo Agostinho. O
trecho, no entanto, foi reaberto na semana passada, cinco meses
após o acidente.

Se Dilma tivesse saído, de carro, do Aeroporto dos Guararapes rumo


ao litoral sul, onde fica o complexo industrial, poderia sofrer
transtornos na BR-101/Sul. A estrada fica totalmente congestionada.

Hoje está passando por obras que vêm sendo feitas pelo governo do
estado para melhorar o acesso do município de Jaboatão dos
Guararapes — onde fica o aeroporto — ao litoral sul do estado.

Se estivesse em Jaboatão ou na praia de Boa Viagem — onde Dilma


se hospedou —, teria que ir pela Estrada da Batalha até a BR-101/Sul.
E é aí que reside o transtorno. Com as obras, o acesso à BR-101/Sul
virou um inferno nos horários de maior movimento. Segundo o
motorista José Alves Prado, crateras o obrigam a reduzir a velocidade
para menos de 10 km/h.

— Não dá para puxar mais de cinco quilômetros. O trecho que poderia


ser feito em 40 minutos demanda hora e meia — reclama.

A obra da Estrada da Batalha para melhorar o acesso à BR-101 está


sendo tocada pelo governo de Pernambuco, com investimentos de R$
150 milhões. Na obra, as placas avisam que o transtorno é agora,
mas que a obra é para sempre. A inauguração está prevista para
julho de 2011.

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