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A fenomenologia transcendental de Husserl direciona ao pensamento rigoroso e fundamentação de todos os problemas da razão, ou melhor, toda a experiência humana. Assim, a razão, então, não é unicamente a teoria formal trabalhada pela ciência e nem a única possibilidade de ser racional.
A fenomenologia transcendental de Husserl direciona ao pensamento rigoroso e fundamentação de todos os problemas da razão, ou melhor, toda a experiência humana. Assim, a razão, então, não é unicamente a teoria formal trabalhada pela ciência e nem a única possibilidade de ser racional.
A fenomenologia transcendental de Husserl direciona ao pensamento rigoroso e fundamentação de todos os problemas da razão, ou melhor, toda a experiência humana. Assim, a razão, então, não é unicamente a teoria formal trabalhada pela ciência e nem a única possibilidade de ser racional.
As diferentes maneiras de ser racional: doxa e episteme na
fenomenologia de Husserl
A fenomenologia transcendental de Husserl direciona ao pensamento
rigoroso e fundamentao de todos os problemas da razo, ou melhor, toda a experincia humana. Assim, a razo, ento, no unicamente a teoria formal trabalhada pela cincia e nem a nica possibilidade de ser racional. Desse modo, a fenomenologia de Husserl reinterpreta a razo, entendoa como episteme que tem suas razes no mundo intuitivo, subjetivo-relativo e pr-cientfico da vida (doxa), estabelecendo assim uma continuidade entre episteme e doxa. A cincia do mundo da vida Com o triunfo do positivismo, as cincias factuais atingem independncia e se especializam, desenvolvem mtodos sem justificativa anterior e nem prpria. A lgica comeou a imitar e deixar-se guiar pelo modelo das cincias naturais. A cincia moderna abandonou o ideal da cincia autntica fundada por Plato, como tambm o radicalismo de sua responsabilidade cientfica, que admite saberes justificados por princpios originais. A responsabilidade tambm recai sobre a prpria lgica, pois ela se volta a uma cincia especial que imita as cincias factuais individuais, deixando de lado sua misso histrica que procura converter-se em uma teoria universal da cincia. Para Husserl, o mundo atual tornou-se incompreensivel e a cincia pedeu sua capacidade de fazernos perceber o seu sentido, o qual era compreendido atraves da vontade e do seu entendimento. Contudo, agora nos encantamos com a criao de tecnicas tericas, as quais causam admirao, mas que nao contam com uma verdadeira vocao pela verdade. Os novos sentidos de Doxa e Episteme
As cincias objetivas durante a modernidade se constituem como o
campo exclusivo da racionalidade, entendendo a atividade racional como episteme (dedutiva) e a sua correlativa noo de fundamentao em sua acepo positiva de demonstrao. Husserl entende como racional o estabelecimento dos princpios e a intuio intelectual. Assim a razo onde descansa o fundamento completo de toda efetivao subjetiva. Para o autor a razo no pode ser entendida separadamente como entendemos o racional, mas atuando como um conjunto de uma vida teleolgica e intencional, absolutamente responsvel. A razo para
Husserl
simultaneamente
terica-prtica-valorativa,
tal
qual
encontramos pela vida. assim que todos os valores e sentidos da cincia, da
arte, da religio, da cultura em geral, etc., incialmente so construdos. A ideia de objetividade que domina o universo das cincias positivas da modernidade e o sentido da palavra cincia o de um naturalismo implcito e um mundo objetivo, verdadeiro que se faz passar pela prpria natureza, criando um contraste entre os mbitos objetivo e subjetivo. A cincia objetiva um servio proporcionado pelas pessoas que esto na pre-cientificidade. Seus contedos, no so coisas do mundo da vida, suas formaes lgicas so proposies e representaes em si. Reflexo, rao e responsabilidade Na reflexo radical fenomenologia, esto envolvidos os juzos valores e aes voluntrias. Mas, esta reflexo orientada por princpios e pela vida prtica, alm de decises pontuais a cada instante que precisam de tempo para fundamentaes racionais cientificas. Nesse sentido, as decises responsveis tem um efeito sobre a vida, sobre as normas e as direes de nossa vontade que contribui para as decises pontuais do cotidiano. Desse modo, esta reflexo aponta a possibilidade de uma cincia radical e universal, sobre seus sentidos e mtodos. Esta cincia universal d sentido ao ideal de fundamentao do conhecimento com absoluta falta de pressupostos e de prejuzos.
Vemos ento que de nenhuma maneira a reflexo fenomenolgica
desconecta o mundo da experincia natural, mas em vez disso, a supe e precisamente essa experincia a que trata de descrever, partindo de uma intuio original e uma vontade a ater-se ao efetivamente dado. A fenomenologia se atem ao que nos ensina nossa prpria experincia transcendental, d um passo atrs com a finalidade de interroga-la, antes de qualquer compromisso com a realidade, mas seu tema ver como se constituem os compromissos.