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Celpe paga caro pelo empréstimo http://www.dpnet.com.br/anteriores/1998/06/05/econo5_0.

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Recife, Sexta-Feira, 5 de Junho de 1998

Dinheiro do financiamento feito à estatal para socorrer governo foi


captado em condições perigosas

Cesár Rocha
Go Da equipe do DIÁRIO

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) vai pagar um preço muito elevado


pelos R$ 34,9 milhões que tomou emprestado, na semana passada, para socorrer o
caixa do governo de Pernambuco. O dinheiro foi captado sob condições perigosas.
Uma delas é a variação cambial, utilizada para corrigi-lo. Ou seja, se o dólar for
sobrevalorizado nos próximos 12 meses - período do empréstimo -, os juros pagos
pela estatal explodirão. Estima-se hoje que os juros a serem pagos pelo empréstimo
custarão 20% anuais, ou R$ 41,9 milhões. Se não houver uma crise cambial. E as
possibilidades de que isso ocorra não são poucas. "Estamos num período eleitoral,
de sucessão presidencial. E de muita instabilidade", diz um especialista em mercado
financeiro.

Mas não é só isso. O próprio governo federal, apesar de não admitir, tem dado sinais
de que poderá fazer mudanças no câmbio após as eleições de outubro. Portanto, é
difícil saber quanto exatamente a companhia pagará. Inclusive porque o governo tem
feito questão de não informar ascondições da operação. Se tudo correr bem, de
acordo com técnicos do mercado, a Celpe deverá pagar pelo empréstimo uma taxa de
juros que varia de 10% a 12% ao ano. Valor que chegaria a 20%, ao ser acrescida a
variação cambial projetada para 12 meses. Então, os R$ 34,9 milhões seriam
transformados em R$ 41,9 milhões.

O dinheiro seria pago a um pool de bancos formado especialmente para realizar a


operação com a Celpe. O pool, segundo fontes do mercado, é comandado pelo BR
Mercantil. Mas conta com a participação de outro brasileiro, o Pactual, e dos
estrangeiros ABC de Roma, Itália, e ABN Amro Bank, da Holanda. Juntas, tais
instituições financeiras dividem os riscos e a captação do dinheiro no exterior.
Captação que foi feita utilizando como garantia os recebíveis da Celpe - aquelas
contas de luz que a empresa tem maior certeza de que serão pagas pelos clientes.

O empréstimo é duas vezes e meia maior que todo o dinheiro conseguido por ela no
mercado, no ano passado. Foram R$ 14,9 milhões, em 97. Dos quais,R$ 10,6 milhões
emprestados pela Eletrobras e R$ 4,34 milhões pelo KFW, banco alemão.

O maior problema da operação é a destinação dos recursos. Estes serviram para


socorrer o caixa do governo do estado, um dos maiores devedores da própria Celpe.
Apenas através da Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), o governo
deve à energética R$ 119,1 milhões - valor atualizado até 31 de março passado,
quando a empresa divulgou seu último balanço econômico-financeiro (do trimestre).

Dos R$ 34,9 milhões, a Celpe utilizou R$ 21,45 milhões para pagar ao governo uma
dívida que só venceria em novembro do próximo ano. Dívida de ICMS atrasado até
94 e que foi parcelada em 60 meses. O restante ficará no caixa da companhia para
manter o andamento das obras de eletrificação.

Com a operação, a companhia trocou um débito barato e de maior prazo (1,5 ano) por
outro caro e com vencimento mais próximo. O débito de ICMS vinha sendo corrigido
pela variação da Ufir, mais 1% ao mês. O que é pouco, na opinião de financistas,

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Celpe paga caro pelo empréstimo http://www.dpnet.com.br/anteriores/1998/06/05/econo5_0.html

visto que os riscos no caso do empréstimo externo são maiores.

Ontem, o governo negou-se novamente a informar quais são os detalhes do contrato


firmado pela Celpe com os bancos. O secretário de governo, Dilton da Conti, disse
que a operação é vantajosa para o estado, a Celpe e para os investidores que
comprarem a companhia na privatização, em novembro. Ele disse que os R$ 21,45
milhões recebidos da companhia antecipadamente ficarão na conta única e não serão
usados na eletrificação rural.

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