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2116 contabilidade. Tal facto deveré constar em acta Nunca, em caso algum, poder 0 movimento ser rea- lizado ‘por um sé membro. 3. O tesoureiro encerraré a folha de caixa periodi- camente, que entregaré ao chefe da contabilidade, de- pois de conferit o cofre, acompanhada dos documen- tos justificativos das quantias nela inscritas 4, O chefe da contabilidade passara 0 saldo para uma nova folha de caixa, que rubricard, 5. Os cheques passados pelos conselhos administra tivos, incluindo os eventuais, serio sempre nomina- tivos. CAPITULO VI Disposigdes diversas Art, 22.° Toda a documentagdo de receita ¢ des- pesa deve ser arquivada e numerada dentro de cada més e ano, segundo a ordem cronol6gica dos langa- mentos efectuados. Art, 23. As diividas que se suscitem na execugio Uo presente Regulamento sero resolvidas por despa- cho do comandante-geral © Ministro das Finangas, Henrique Medina Car- werereneesssteotoseseseneotestesotent MINISTERIO DA AGRICULTURA E PESCAS SECRETARIA DE ESTADO 00 FOMENTO AGRARIO Direcgao-Geral dos Servigos Pecuérlos Portaria ns 559/76 de 7 de Setembro Os peixes © outras espécies comestiveis da fauna subaquética, como os demais produtos de natureza animal, sio facilmente susceptiveis de deterioragao pds a captura. Como se sabe, a entrada no consumo de produtos em mau estado de salubridade, ainda que a alteragdo se mostre numa fase incipiente, re- presenta grave perigo para a satide piblica, pelas toxisinfocgées alimentares que podem causar. A. inspecctio ea fiscalizago higio-sanitarias do pescado tém sido até hoje efectuadas, por funcioné- Figs técnicos que, embora competentes, nao estio subordinados a qualquer regulamento, alés inexistente. Reconhece-se, pois, a necessidade de regular essa inspeccio ¢ fiscalizagao, estabelecendo as regras téc- nicas pelas quais elas se devem orientar, ¢ convém, como medida de proteccdo a genuinidade ¢ salubridade dos produtos, fixar simultaneamente as condigdes hi- gignicas a que devem satisfazer a elaboragio, a em- balagem, 0 transporte, a conservacio e a venda do pescado. Nestes termos, e para os efe'tos do artigo Lt ¢ seu pardgrafo do Decteto n.” 16130, de 9 de No- vembro de 1928, € dos artigos 9.°, 12%, 26° ¢ 27." do Decreto-Lei n 41380, de 20 ‘de Novembro de 1957: Manda 0 Governo da Repiblica Portuguesa, pelo Secretario de Estado do Fomento Agritio e ao abrigo 1 SERIE — NUMERO 210 do disposto_no artigo 115.° do supracitado diploma, aprovar o Regulamento de Inspecgio ¢ Fiscalizagao Higio-Sanitérias do Pescado, que vai apenso a esta portaria, Secretaria de Estado do Fomento Agririo, 23 de Agosto de 1976.—O Secretétio de Estallo do Fo- mento Agririo, Reinaldo Vital Rodrigues. REGULAMENTO DE INSPECCKO E FISCALIZACKO HIGIO-SANITARIAS D0 PESCADO CAPITULO £ posigdes gerais Artigo 1.*—1. No territério do continente ¢ dos arquipélagos dos Agores e da Madeira € obrigatoria a inspeccao € fiscalizagao higio-sanitérias do pescado € seus subprodutos frescos, preparados ou por qual- quer forma conservados, que se.destinem ao consumo piiblico. 2. A inspecyiv e a fiscalizagio higio-sanitérias far- se-tlo nas embarcagdes de pesca ou transporte de pescado, no acto de descarge, € nos portos de pescu, locais de desembarque, cais, praias, lotas, postos adua~ neiros, meios de transporte, armazéns ou depésitos, ‘cdimaras frigorificas, locais de venda (compreendendo ‘os mercados © as feiras), estabelecimentos de seca, preparacio, fabrico de conservas e sobre a venda ambulante. 3. As referidas actividades incidirdo sobre as con- digdes higiénicas do pescado ¢ forma do seu acondi- cionamento, € bem assim sobre 0 pessoal empregado nas refetidas actividades. Art. 2° Tanto a inspecgio como a fiscalizagio higio-sanitérias do pescado e seus subprodutos re- gem-se pelas normas constantes deste Regulamento. Art, 3 Sem prejuizo das atribuigdes de outros servigos ¢ organismos do Estado, so normalmente competentes para realizar a inspeccio higio-sanitéria do pescado ¢ seus subprodutos os médicos veter narios da Direcgio-Geral dos Servigos Pecuarios, das intendéncias de pecudria dos arquipélagos dos Agores ¢ da Madeira e das cdmaras municipais. Art. 4.°—1, Neste Regulamento entende-se por: 4) Pescado—os animais subaquéticos (crusté ceos, moluscos, equinodermes, cicléstomos, peixes, batréquios, répteis © mamiferos), suas partes ou produtos, preparados ou no, com destino & alimentagdo humana; 5) Peixe—as espécies pertencentes ao grupo Ichiyoides (ou Pisces, senso lato), englo- bando nesta designago os peixes propri mente ditos € os cicléstomos; ©) Pescado vivo —o que reaja ou manifeste refle- xos musculares & percussio ou a palpagéo das suas superficies externas; 4) Pescado fresco—o que no tendo sofrido, desde a sua captura, qualquer operacdo de conservagio, excepto a refrigeragio com ou sem adigao de gelo fragmentado simples ou misturado com sal, ou que tenha sido conservado a bordo em Agua do mar ou em salmoura refrigerada; 7 DE SETEMBRO DE 1976 ©) Peixe em estado de rigidez cadavérica—o re- ‘cém-capturado cujo corpo se apresente com consisténcia superior a qual tinha em vida, com a boca aberta € 0s opérculos afastados dos planos laterais do corpo; 1) Pescado em verde (ou frescal)—o simples- ‘mente conservado pelo sal, em meio seco, para preparagio ulterior; 2) Pescado congelado—o que, inteiro ou frac- cionado (filetes ou postas) ¢ depois de con- venientemente frigorificado, se apresente sob a forma de bloco consistenie; ‘hy Marisco — 05 crustéceos e os moluscos comes- tiveis, excluindo os cefalépodes; ) Motuscos testéceos vivos (bivalves), aqueles cujas vaivas oferecem marcada resisténcia ao intentar-se afasté-les © cujo manto se retrai, pelos bordos, ao contacto, em espe- cial de superficies metélicas ou de algumas gotas de solugdes acidas diluidas; i) Subprodutos—os derivados do pescado que, com ou sem preparagio prévia, podem ser utilizados na alimentagao humana. 2. As demais designacées especificas que venham a ser atribuidas a outras formas de preparacio ou apresentaco do pescado ficario igualmente subme- tidas as disposigdes deste Regulamento, sendo conve- nientemente interpretadas e definidas pela Direc¢io- -Geral dos Servigos Pecudrios aquelas acerca das quais possa haver diividas. Art, 5.° Na inspecgio ¢ fiscalizago do pescado seus subprodutos, bem como na sua preparagdo ¢ embalagem, quando se destinem exportagio, além das normas prescritas neste Regulamento, serio obser- vados, sempre que possivel, os requisitos legais do pais importador. Art, 6.° Nos casos omissos neste Regulamento ¢ naqueles em que nao € possivel formular disposigées para bem se determtinar 0 grau de insalubridade, fica a0 prudente critério do inspector autorizar 0 destino a dar ao pescado ou seus subprodutos. CAPITULO It Da inspeesio higio-sanitéria SECCAO 1 Fins da Inspeceso Art. 7.° A inspecco higio-sanitéria tem por objec- tivo verificar o estado de higiene ¢ salubridade do pescado € seus subprodutos ¢ retirédos do consumo blico sempre que: 4) Estejam alterados (falsificados, avariados ou corrupios); 4) Sejam repugnantes, especialmente quando por- tadores de parasitas ou tumores ou tenham cheiros anormais; ©) Se apresentem em estado de excessiva magreza; 4) Scjam fundadamente suspeitos de veicular mi- crorganismos patogéneos ou substdncias tOxicas para 0 homem. 7 SECCAO IL Estados de selubridade do pescado Art. 8° Para os efeitos deste Regulamento, ¢ en- quanto os resultados da investigagio laboratorial so- bre 0 comportamento bioquimico dos tecidos do pes- cado, depois da captura, nao fornecerem indices simples € suficientemente’ probatérios do estado de salubridade ¢ frescura, relativamente as varias ¢s- pécies da fauna subaqudtica aproveitadas na alimen- tagdo humana, sio adoptados os seguintes critérios para definir os estados de salubridade do pescado: @) Optimo estado de frescura — para todo o pes- cado vivo ou no estado de rigidez cada- vérica, sem cheiro anormal nem lesdes ou defeitos; 4) Bom esiado de frescura— para todo 0 pes cado que, tendo perdido a rigidez cadavé- rica, conserve as demais caracteristicas pe- culiares do pescado em dptimo estado de frescura; ©) Estado de frescura satisfatorio— para todo o pescado que, néio obstante a falta de rigidez cadavérica e a perda de algumas caracteris- ticas onganolépticas peculiares do pescado considerado nas alineas anteriores, se man- tém ainda sem cheiro anormal e em estado de salubridade. SECCAO III Prinefpios gerais da Inspecgio Art, 9.°— 1. Na observacéo do pescado os inspec- tores deverao proceder de modo que, sendo 0 exame suficientemente elucidativo, se evitem quanto possi vel prejuizos escusados, tanto para o dono da mer- cadoria como para o piblico. 2. No exame do pescado fresco, preparado ou con. servado, recorrer-se-4, desde que necessirio © possi vel, & andlise laboratorial. 3. O exame dos peixes, crustéceos ¢ moluscos com eso unitério superior a 500 g, aproximadamente, ou das pegas volumosas de carne dos mamiferos mari: mhos seré individual, desde que necessério e prati- cdvel 4. A inspecedo do peixe mitido, bem como de todo © pescado com peso unitério ou por peca inferior a 500g, poder fazer-se por lotes, mas seré efectuada parcelarmente logo que em alguns dos mesmos se encontre motivo de rejeicao. Art. 10.° A inspecgéo sanitéria mereceré cuidado especial sempre que se apresentem os seguintes casos: 1.* Quanto ao pescado fresco ou refrigerado: 4) Estar o peixe armazenado nos pordes da embarcagio hé mais de cinco dias, em pilhas continuas ou em tercalares distanciadas en- se apresentar regularmente distribuido sobre cada camada horizontal de peixe ¢ em quantidade suficiente para, conside- rando-se © conveniente isolamento do pordo e 0 possivel reforgo da 2118 1 SERIE — NUMERO 210 refrigerago mecénica, the garantir temperatura de conservagao néo su- perior a °C nem inferior a—2°C; ©) Nos porées das embarcagies © nas embalagens, os peixes eviscerados nfo estarem dispostos com a aber- tura dos ventres voltada para baixo, salvo quanto as espécies cuja cor formagio no permita ou torne di- ficil 0 acondicionamento nesses ter- mos; 4) As escorréncias do pescado no se co- lectem natural ¢ facilmente nos po- gos da embarcacéo ou no se escoem directamente para o exte- €) O peixe com esqueleto cartilagineo © © de esqueleto 6ssco nfo se achar estivado ou acondicionado separa- damente, tanto entre si como dos crustéceos € moluscos; f) Os pordes, as panas ¢ os acessérios de trabalho nos porées, antes da lar- gada da embarcagéo para a pesca, 1ndo tiverem sido lavados com jorros de gua limpa, nao contaminada, sob pressio, ou, sempre que prat cével, submetides a desinfeccio com ‘solutos antissépticos ou com vapor de gua sob pressii 8) As superficies internas dos pordes ¢ as superficies das panas, quando de madeira, no se apresentarem re- vestidas com vernizes ou tintas du- ras, inodoras ¢ no t6xicas, ou quando nessas superficies se encon- trarem fendas, anfractuosidades, es- taladuras infiltragdes provenientes do entrecasco, ou manchas de fer- rugem; ‘hy As cobertas das embarcacées, en- quanto estas aguardam descarga, no estarem protegidas com toldos, ¢, durante 0 tempo quente, arrefe- cidas com gelo britado uniforme- mente distribuido pelo conyés, ou ‘com rega frequente de agua frie ni poluida; DO peixe, durante a descarga para terra, tiver sido exposto aos raios solares directos por periodo. superior a quinze minutos, no tempo quente, € por mais de uma hora, no tempo frio; D) O interior das cavidades abdominais do peixe eviscerado se apresentar com partes de visceras, restos de conteiido gastrintestinal, codgulos ou coleccdes de sangue extravasado; DO peixe tiver sido lavado com agua doce ou se mostrar traumatizado, insufiado, corado, deficientemente acondicionado e' conservado nas embalagens © meios de transporte cujas superficies internas denota- rem néo ter sido convenientemente lavadas; ‘m) As embalagens conterem menos de 104 de gelo limpo, triturado ou em escamas, e se a’ armazenagem frigorifica for a temperatura supe- rior a °C, ou, quando o pescado seja_trensportado dos frigorificos ou das lotas para os centros de con- sumo, as caixas contiverem menos de 1kg de gelo por cada 2kg de pescado; n) O pescado tiver sido lavado com &gua de potabilidade suspei 2° Quanto ao pescado congelado: @) O pescado se apresentar com a pele acentuadamente despigmentada ¢ de tonalidade baga ou revelar a pre- senca de substancias estranhas; 5) As massas musculares. apresentarem, ‘a0 corte, a sua contextura modift cada e a coloragéo mais escura do que a natural da espécie; ©) O cheito seja anormal; 4) As temperaturas dentro da camara de conservecio sejam mais elevadas do que —24°C, © as dos armérios ou mostruérios de venda a retalho su- periores a —18* ©) Houver sinais de avaria no pescado ou danificagdo das suas embalagens que pressuponham a existéncia de alteragées do produto, por efeito de descongelagéo mesmo inicial ou de conspureacao, ou quando este néo esteja perfeitamente envolvido por material adequado que evite o seu contacto com o ar ambiente. 3.° Quanto aos crusticeos que ndo se apresen- tem vivos: @) Mostrarem-se com massas de ovos expostas ¢ aderentes aos pleépodos; ) Estarem com as carapacas estaladas, esmagadas, anormalmente amoleci- das ¢ com deformagées ou faltas de substéncia das mesmas; ©) Apresentatem-se dispostos em cams das de altura excessiva para a espé- cie ou tamanho, e ainda quando ndo estiverem acondicionados ou expostos em locais ou recipientes aproprizdos; 4) Nao estarem ‘congelados ou metidos dentro de gelo limpo finamente bri- tado; ©) Apresentarem colecgdes liquidas anor- ‘mais entre a carapaga ¢ as massas musculares subjacentes, especifica- mente sob as superficies elasticas de ligagao dos segmentos caudais; f) Estando cozidos, nio se apresentarem suficientemente escorridos nem com- pletamente envolvidos por material impermedvel & 4gua e & gordura, limpo e nao usado, e sem a protec. so conveniente do frio artifici 7 DE SETEMBRO DE 1976 8) No caso particular das lagostas pes- cadas ao largo da costa africana, as caudas apresentarem-se sem as ‘su- perficies de corte envolvidas por material impermeavel & Sgua ¢ & gordura, limpo e néo usado. 4° Quanto aos moluscos testéceos, independen- ‘temente do local em que se encontrarem, ¢ sem prejuizo das disposigdes legais que par- ticularmente thes so aplicdveis, tais como ‘as que respeitam aos postos de depuracao: 4) No lote ou partida houver mais de 10% de individuos mortos ou com evidente flacidez do misculo de ocluséio das valvas; 5) As superficies externas das valvas ‘mostrarem aderentes restos de vasa, lama ou algas, facilmente destacé- veis, ou invélucros de outros inver- tebrados, com cheiro desagradével; ©) No espago’ livre intervalvar ou entre as pregas do manto, existirem res- tos soltos de vasa, lama ou arcia, em mais de 10% dos individuos inspeccionados; 4 Sob 0 manto ¢ interessando a subs- tancia nacarina, existirem ampolas ou bolhas contendo liquido de odor fétido, em mais de 5% dos indivi- duos inspeccionados; @) Lotes em pleno trabalho de desova; A) Lotes que ndo trouxerem etiquetas de origem, mencionando o local ¢ a data da captura; ® Se se apresentarem em cachos, tra- tando-se de mexilhGes, ou em’ aglo- merados de varios individuos, se de ostras; ‘h) Nos estabelecimentos ou locais de de- pésito e venda de mariscos vives, os moluscos testéceos no sujeitos a técnicas de depuragdo sancionadas oficialmente ngo estarem imersos em gua apropriada (artigo 19.°), frequentemente renovada, ¢ coloce- dos em locais frescos e ‘a0 abrigo 60s raios solares directos; 4) Em mais de 10% dos individuos ins- peccionados, os moluscos _mostra- rem as valvas rachadas ou com per- das de substancia das mesmas. 5.* Quanto & carne dos mamiferos marinhos, e em particular dos baleinépteros e delfinideos: ) As pecas de came se apresentarem escorrendo sangue ou com transu- dados sanguinolentos; b) A carne estiver intensamente entre- ‘meada por tecido adiposo, conectivo ou tendinoso; ) A carne apresentar zonas extensas de tecido muscular dilacerado, con- tendo ou néo colecgies de liquidos sanguinolentos ou fragmentos de ar- Oe 2119 @) As peas de carne com peso inferior ‘a. 5kg, aproximadamente, nao esta- rem envolvidas por material imper- meével & humidade e A gordura, impo € no usado e sem letras, além das da propaganda do vendedor, as quais deverio ser impressas em tinta inécua ¢ indestingivel; ©) A came exalar cheiro’acentuado a peixe ou a 6leo de peixe, compro- vado pelo contacto do ferro ao ru- bro sombrio, 6. Quanto a0 pescado em verde (ou frescal) ¢ 20 salgado seco: ©) Estar 0 pescado armazenado em locais ‘hiimidos, inconvenientemente venti- lados ow’ iluminados, ou ainda man- tido a temperaturas que frequente- mente sejam superiores a 12°C, ou desprotegido contra os insectos ¢ os ratos, ou permanecer em comum com 'géneros exaladores de maus cheiros ou em ambiente onde se pro- duzam vapores ou gases incémodos ou t6xicos, ou poeiras, susceptiveis de transmitir mau gosto ou alterar © aspecto do pescado; 5) Em mais de 5% dos exemplares ins- peccionados no lote ou partida, o pescado mostrar parasitismo interno atribuivel a infestagdes ocorridas durante a vida do peixe ou a sapro- fitismo externo devido a conspur- ‘cages post mortem; ©) Se se suspeitar que 0 pescado tem ex- cessiva percentagem de humidade © falta ou excesso de cloreto de s6dio; @) Em mais de 5% dos exemplares ins- peccionados no lote ou partida, o pescado apresentar manchas ou mé- culas superficiais de coloragio es- branquigada, acinzentada, rosada, yermelha, acastanhada ou negra, interessando a espessura da substan: cia subjacente, com ou sem altera- ‘so da consistencia das zonas inte- ressadas; ©) Em mais de 5% dos exemptares ins- peccionados no lote ou partida, o pescado apresentar manchas ou mé- culas com amolecimento hiimido superficial ou quaisquer infiltragdes de deliquescéncia junto dos segmen- tos 6sse05; f) Apresentar-se 0 pescado com cheiros anormais (acidulos, butiricos, amo- niacais, urinosos ou fecaléides), atri- bufveis A decomposigao das ‘subs- tancias azotadas; #) Estar contido em sacos de serapilheira usados, rasgados, abertos ou com sinais de violagio ou, se a gran, no se encontrar com a pele para cima, em armazém conveniente- mente ventilado ¢ empilhado sobre estrados limpos. 2120 72 Quanto ao pescado salgado em salmoira: a) Os recipientes com 0 pescado apresen- tarem-se destapados ou desprotegi- dos contra as causas de conspurca- Go directa; b) Apresentarem-se sanguinolentas as sal- ‘moiras, acastanhadas ou com subs- t€ncias estranhas 0 produto con- servado; ©) Apresentar-se 0 pescado com cheiros amoniacais, urinosos, fecaldides ou outros anormais; 4) Apresentar 0 pescado manchas de co- loragdo rosada ou_acastanhada, acompanhadas ou no de odores fé- tidas © de libertagéo de bolhas ga- 03a; e) Ser a concentracio da solmoira em clo- reto de s6dio inferior a 15° Baumé; 1) Os recipientes com o pescado no se encontrarem abrigados dos raios so- lares directos ou armazenados em lugares frescos © bem ventilados; #) O pescado no se apresentar coberto pela salmoira, 8° Quanto as conservas do pescado: 4@) Se se tratar de produto cujo estado de salubridade se suspeita, ou que, es tando a despacho de’ importacéo, no seja acompanhado de certificado de origem e salubridade passado pe- las autoridades sanithrias do pais de origem, casos em que se proceder a colheita de amostras nas seguin- tes proporgées: Para cada lote até cem embala- gens, duas amostras; Para cada lote de cento e uma a duzentas embalagens, trés amos- tras; Para cada lote de quantidade su- perior 0 nimero de amostras aumentaré de harmonia com 0 que a autoridade sanitéria en- tender conveniente em fungdo das razdes de suspeita ou das circunstancias; 4) Encontrarem-se no lote ou partida inspeccionados latas opadas ou com som timpénico & percussio; ¢) Apresentarem-s¢ as latas com menchas de ferrugem ou indicios de corrosio, deficigncias de hermaticidade, acen- tuadas ou profuses amolgadelas, ou cobertas por indutos que fagam sus- peitar haver extravasamento de Ii- quidos; d) Acusaram sinais de violagio ou de reesterilizag&o; ¢) Se suspeitar nfo conterem o 6leo de cobertura que @ lei permita. 1 SERIE — NUMERO 210 SECCAO IV Rogras técnica © efeitos da inspecgio Art, 11.°—1. Seré totalmente reprovado, por im- proprio para consumo piblico, 0 pescado que: 1° Se verifique estar em qualquer das condigdes referidas no artigo 7.°; 22 Esteja em decomposicio’ou em inicio de de- ‘composigao (como tal se incluindo o « vadon ¢ 0 «arrendado» do atum); 3. Seja de qualidade deficiente; 4° Quando em conserva, contenha mothos, adi- tivos, corantes ou conservantes ndo consen- tidos por lei; 5° Sendo congelado, se encontre acentuadamente desidratado, rancificado ou traumetizado. 2. Considera-se em decomposicéo ou inicio de de- ‘composigéo © peixe que se apresente com os miiscu- los anormalmente moles & pressdo digital, com a mu- cosa das guelras destacdvel a simples tracgao ou leve raspagem, com a pele do trogo da cauda francamente aderente aos tecidos subjacentes, com as membranas da parede abdominal fétidas, com cheiros amoniacais ‘ou urinosos (tratando-se de espécies de esqueleto {6sse0), com pigmentagio sanguinea difusa ao longo da metade anterior da coluna vertebral, com acentuada flacidez de todo o corpo ¢ ainda 0 peixe cujas escor- réncias liquidas se acumulem sua volta ou dentro da cavidade abdominal. 3, A deficiente qualidade do pescado verifica-se pelo seu aspecto, grau de conspurcacéo ou contaminacdo, deterioragso por doenca ou defeituosa manipulacdo ‘ou conservacio. 4, Séo causas de depreciagio da qualidade certas circunstdncias e factores ambientais que proporcionam ou provocam alteragdes imediatas no pescado, tais como: a falta de evisceragio (salvo no pescado’ con- gelado apés a captura ou no de pequena dimensio), a eviscerago incompleta ou imperfeita, a adicio de sal marinho ou gelo sujos, o transporte em embalagens em mau estado, a exposigo as poeiras, a0 sol, & chuva, aos fumos industriais, aos insectos © aos ratos, a falta de drenagem permanente dos recipientes ou embalagens, 0 mau acondicionamento do pescado, quer na armazenagem, conservacdo ou exposi¢o para venda, quer no transporte, a pressio excessiva © 0 calor demasiado, 5. O pescado de qualidade deficiente ¢ aquele cuja decomposigao se encontre em inicio poderdo ser uti- lizados, respectivamente, na preparago de iscos ¢ farinhas para ragdes de animais ou em guanos ou fer- tilizantes agricolas, desde que o interessado o solicite. Art. 12. Seré ainda objecto de reprovacio total pescado que, especialmente de entre 0s casos previstos nna secgGo 11 deste capitulo, se apresente nas condi- ‘yes seguintes: @) Nos casos previstos na alinea a) do n.° 4." do artigo 10.°, quando exceda de 30% o ni- mero de moluscos que se achem nas condi- ges de insalubridade referidas; ) Nos casos previstos na alinea f) do numero artigo atras citados, sempre que haja co- nhecimento de que 0s moluscos provém de regides ou viveiros proibidos, inficionados ou considerados suspei 9 DE SETEMBRO DE 1976 ©) Nos casos previstos nas alineas 5), d) © e) do ne 62 do artigo 10.°, quando nao seja pros- sivel 0 exame, uma por uma, das pecas ou porgées do pescado, cos aspectos de infes- tagio, infeccéo ou alferacdo sejam carac- teristicas de um produto manifestamente jpréprio para consumo paiblico em mais de 30% do lote inspeccionado; 4) No caso previsto na alinea c) do mimero artigo atras referidos, sempre que ndo seja possivel a beneficiagdo do lote inspeccionado; €) Nos casos previstos nas alineas a) a g) do n.° 7.° do urtigo 10.°, sempre que haja seguros mo- tivos para afirmar ou suspeitar que as sal- moiras estio conspurcadas ou contaminadas ou ainda que € duvidoso o estado de salu- bridade ou conservagdo do pescado; 1) Nos casos previstos na alinea b) do n.° 8.° do artigo 10.°, sempre que, apés exame, uma por uma, das latas do mesmo lote, seja su- perior a 30% o somat6rio das avariadas ou alteradas ou, sendo inferior a esta percen- tagem, a causa da alteracdo se revele de na- tureza téxiea ou infecciosa, Art, 13.°— I. Serdio objecto de reprovagio parcial 0s lotes ou partidas de pescado em que seja possivel fazer-se 0 expurgo das partes ou porgdes afectadas ou alteradas e ainda como nos casos previstos nas ali- neas b) a e) do n.° 6.° do artigo 10.°, quando possa efectuar-se a limpeza, o tratamento ‘ou a lavagem, conveniente da parte restante expurgada. 2. Deve considerar-se insusceptivel de beneficiagao, por impréprio para consumo piiblico, 0 bacalhau ou outro peixe salgado seco que se apresente: 2) Com dilaceracdo completa das suas fibras mus- culares, liquefacco, indutos viscosos, man- chas de fermentago ou cheiros anormais (putridos, francamente amoniacais ou sulff- drico-amoniacais); b) Com «alteragao vermelhay, desde que 0 pig- ‘mento cromogénio, cobrindo totalmente uma dada porcio das fibras musculares, atinja a intimidade dos tecidos que, no oferecendo consisténcia, se encontrem ainda cobertos de um induto vise0s0, com cheiro nausea- undo; ©) Com «empoado» negro penetrando na intimi dade dos tecidos e estendendo-se a distan- cia, quando o produto tenha pronunciado cheiro a bafio, misturado com o amoniacal, ‘ou quando a’ anilise laboratorial revele a associago de fungos com bactérias putri- ficantes. Art. 14° Ser também retirados da alimentagao Piiblica, por expressa proibigdo de venda para tal fim: @) As ostras que no provenham de postos de depuragéo autorizados e, bem assim, outros moluscos testaceos vivos procedentes de vir veiros ou locais declarados insalubres, a me- nos que se prove terem sido submetidos a técnicas de depuracdo aprovadas oficial- mente; ) O pescado que tiver sido submetido a qualquer operagiio ou tratamento destinado a enco- brir estados incipientes de putrefacgdo, como seja 0 emprego de substéncias corantes, ainda que inécuas, ou de sangue de qual- quer animal, para tingir 0 corpo ou as guel- ras dos peixes ou 0 corpo dos moluscos € crustéceos, com o fim de Ihes dar a aparén- cia de frescos; marisco conservado ou nao pelo frio, cru, salgado, cozido ou seco, que esteja em es- tado de alteragao incipiente; pescado que tenha sido lavado ou enxa- guado com Agua das docas, calas ou estei- ros ¢ de quaisquer veios, reservat6rios ou pogos de gua doce ou salobra, quando contaminada ou suspeita de o estar; ©) © pescado que tiver sido retirado do meio aquatico j& morto ou em estado agénico, por virtude de doenga, de exploragdes suba- quéticas ou de intoxicagées provocadas quer por plantas inebriantes, suas partes ou cons- tituintes, quer por substincias quimicas t6- xicas para o peixe; J) As conservas ou produtos conservados cujos recipientes ou embalagens no exibam, por forma clara ¢ indelével, a designacio do produto ¢ 0 nome ou o nimero do estabele- cimento ou Fabrica; 8) As conservas cujos recipientes ndo estejam convenientemente fechados, apresentem si- nais evidentes de violago (arepicagem») ou no correspondam a material aprovado pelas autoridades sanitérias. oo ao SECCAO V Destino do pescado rejeitado Art. 15." — 1. O pescado ou seus subprodutos dados como impréprios para consumo piiblico serio objecto de desnaturacdo imediata, por meio de adigéo de subs- ‘ancias que 0s tornem irrecuperdveis para @ alimenta- io humana, mas que néo prejudiquem o aproveita- mento que deles possa fazer-se na preparagao ou fa- brico de iscos ou racdes para animais, e na preparacio de guanos ou fertilizantes agricolas, conforme for au- torizado. 2. Como desnaturantes esto indicadas as substan- cias de fraca ou nula toxicidade (soluto de azul-de-me- tileno medicinal, leite de cal, etc.) € proibidas matérias, € produtos tais como 0 petréleo, os Acidos cresi € outros derivados fendlicos, o 6leo queimado de mo- tores ¢ 0 sal marinho sujo, quando prejudiquem o ul- terior aproveitamento do produto rejeitado. 3. Quando o pescado seja aproveitado na prepar ‘do de rages para animais, observar-se-4 o que dispde 0 Decreto-Lei n.° 37 753, de 20 de Fevereiro de 1950, Art. 16°— 1. Nas localidades onde nio seja possi- vel 0 aproveitamento industrial do pescado reprovado ou rejeitado devera este, depois de desnaturado ou inutilizado, ser enterrado nos campos ou nas lixeiras municipais, por forma a nao prejudicar a salubridade Piiblica, 2. Tratando-se de conservas, serdo enterradas nas condigdes acima referidas, ou langadas ao mar, uma vez, retiradas dos recipientes e inutilizadas. Att. 17° O pescado ou seu subprodutos alterados (falsificados, avariados ou corruptos) sero, mediante © levantamento do respectivo auto de noticia, inuti- Tizados ou desnaturados, conforme os casos, na pre- senga do dono ou seu representante ¢ sob a vigilancia do agente da fiscalizacao. CAPITULO HII a claboragie, ombalagem, conservarie, veads ‘© transporte do pescado Art. 18.° Na claboragdo ¢ transporte do pescado fresco, bem como nos estabelecimentos destinados & sua conservacdo, depésito ou venda, serio observadas ‘as normas higiénicas constantes das secgdes seguintes, por cujo cumprimento compete as autoridades sani- tarias zelar. SECCAO 1 Elaboragio Art. 19.°—-1. A. lavagem do pescado far-se-6 ex- clusivamente com Agua fria, potével ou preferente- mehte salgada que, sob 0 ponto de vista bacteriol6gico, satisfaga as condigdes da égua potavel. 2. Para a execucdo deste preceito nas lotas ¢ mer cados de peixe, as autoridades sanitérias solicitario das cimaras municipais ¢ outros organismos publicos interessados, quando for caso disso, o abastecimento de fgua nas condigées indicadas. ‘Art, 20.°— 1. Os lotes de peixe destinados ao con- sumo piiblico no estado fresco e constituides por espé- cies de peso unitério aproximado ou superior a 500g somente poderio ser apresentados & venda a retalho depois da remogio das visceras abdominais, seguida de lavagem ¢ escorrimento, 2. O descabecamento total ou o desguelramento € operaséo complementar a efectuar, sempre que con- veniente, em todos os peixes com peso unitério apro- ximado ou superior a 1 kg, sobretudo se estiverem conservados a temperatura’ superior a 5°C. ‘Art. 21.°—1. Os lotes de peixe eviscerado, com ou sem desguelramento, sero acondicionados nas emba- lagens de transporte ou durante a sua armazenagem ¢ ainda nos locais de venda ao piblico, de modo que © escorrimento dos liquids intersticiais seja perma- nente ¢ facil 2. Sem prejuizo de outro processo que corresponda aquele objectivo, € recomendével acamar os peixes paralelamente, com os golpes dos ventres voltados para baixo, sempre que a conformacéo das espécies © permita. SECCAO TI Embalagons o transportes Art. 22.°— 1. A partir das lotas € mercados abaste- cedores, 0 transporte em terra do pescado destinado a0 consumo no estado fresco seré efectuado em em- balagens fechadas, providas de tampa, com capaci- dade unitéria nfo superior a 50 kg, © sempre wo abrigo de causas externas de alteragdo ou conspurcacso, tais como pociras, chuva, raios solares directos, gases in- dustriais, fumes, ratos, insectos, etc. 2. Exceptuam-se do condicionalismo indicado no numero anterior as embalagens das espécies de peso individual médio superiores a 20 kg (tunideos, corvi- nas, alabotes, grandes seliceos, etc.) 1 SERIE— NUMERO 210 Art. 23.° As embalagens utilizadas no transporte de peixe fresco destinado ao consumo sero constituidas por material rigido, quanto possivel isolante, ndo dete- rioravel, pouco absorvente da humidade © com as superficies internas duras lis Art. 24°— 1. Sempre que scja viével a sua reutili- zacio, as embalagens ou recipientes de pescado serio submetidas a lavagem com Agua sob pressio, nio contaminada, seguida de escorrimento. Quando o movimento dos portos de pesca ou das estagdes: de embalagem ¢ expedigao 0 permita ¢ justifique, aquela lavagem seré seguida de outra efectuada com Agua fervente ou vapor de Sgua sob pressai 2. Se as embalagens apresentarem manchas, perdas de substincia ou as juntas tomadas por indutos ade- rentes, 0 escorrimento ser precedido de nova lava- gem com gua fervente, sob pressio, ou com Agua fria contendo substdncias anti-sépticas, tais como 0 cloro, o formaideido, a soda ou outros produtos qui- micos cujo emprego seja autorizado. Art. 25.° As embalagens para transporte de pescado a partir das lotas ou mercados abastecedores terio dispositivos para drenagem permanente dos liquidos € estardo guarnecidas com coberturas de superficie uunida que impega a entrada dos liquidos escoados de outras embalagens colocadas por cima. Art. 26° As embalagens utilizadas no transporte em terra, fora dos locais de venda, de partes de pes- cado ou produtos derivados, no estado fresco ou fri- gorificado, tais como postas, filetes, ovas, etc., serdo evestidas interiormente com material impermedvel & humidade © as gorduras, como seja papel inpermeavel, limpo € no usado. Art. 27.°— I. Os vefculos utilizados exclusivamente no transporte em terra do pescado fresco, salgado ou por qualquer forma preparado ou conservado, com exclustio das conservas, bem como os veiculos que se restem ocasionalmente a tal fim, sero providos de meios que assegurem a conservago ¢ a qualidade dos produtos, devendo o acondicionamento destes fa- zer-se por forma que ndo sofram esmagamento, néo sejam conspurcados nem estejam sujeitos a poluigéo. 2. Os referidos veiculos © as caixas ou recipientes utilizados no transporte do pescado conteréo disposi- tivos que permitam o seu arejamento adequado e ga- rantam a drenagem permanente ¢ fécil limpeza € desinfecgto. Art. 28° No tempo quente o transporte por terra do pescado fresco destimado ao consumo piblico, para lotes ou carregamentos superiores a 200 kg, seré obri- gatoriamente efectuado nas seguintes condicdes: a) Para localidades que distem mais de 50km ‘ou cujo percurso exceda uma hora a con- tar do ponto de expedigao, utilizando ver culos ou caixas isotérmicos, ou frigorificos, € adicionando ao pescado cerca de metade do seit peso em gelo, com ou sem mistura com sal marinho, limpos; 4) Para localidades que distem menos de 50 km ou cujo trajecto nfo exceda uma hora, com simples adi¢ao de gelo; ©) Para qualquer distancia e tempo de percurso a temperatura do pescado no poderd exce- der 2°C. 7 DE SETEMBRO DE 1976 Art. 29." Durante 0 tempo fresco 0 transporte por terra do pescado fresco destinado ao consumo pt- blico podera ser efectuado com simples adigao de gelo, sempre que 0 trajecto até as localidades de destino nao seja superior a cinco horas, no podendo também a temperatura do pescado exceder 2°C, Art. 30.°—1. Na venda ambulante do pescado aprovado pela inspeccao oficial fora ou dentro das ocalidades, quando consentida, seréo observadas as normas contidas neste Regulamento quanto ao acondi- cionamento, conservagao ¢ transporte, bem como as condigdes particulares que forem estabelecidas, por postura ou regulamento municipal, para cada locali- dade. 2. Na venda ambulante do pescado nao seré permi- tido © seu amanho ou quaisquer operagies relativas a sua elaboragao nos locais de venda, quando esta nao seja ofectuada em veiculo com condicdes para tal. SECCAO 111 Estabolocimentos de depésito © vende Art. 31.°— 1. Sao requisitos a observar na instala- ‘¢40 dos estabelecimentos ou locais de retém, exposi- G0 ou venda, inclusive lotas e mercados abastecedo- res de pescado fresco, frigorificado ow por qualquer forma claborado ou conservado, com exclusio das conservas: 1.* Nao estarem em comunicagéo directa com habitagdes ou na contiguidade de alojamen- tos de_animais, estrumeiras ou quaisquer outras instalagdes ou locais de onde se liber- tem cheiros, poeiras, fumos ou gases suscep- tiveis de conspurcar ou alterar 0 pescado; 2.° Possuirem pavimentos de superficie unida, an- tideslizante, nao absorvente e impermedvel & humidade, com declive para fécil escoa- mento das aguas de lavagem € de liquidos esiduais, que devem ser canalizados para rede de esgotos ou fossa séptica, sendo as bocas de escoamento providas de ralo ¢ fe~ chadura hidrdulica; 3.° Terem as paredes revestidas até & altura de 1,80 m, pelo menos, € em toda a sua exten- slo, por material impermeavel, liso ¢ lava- vel, devendo a superficie restante das pa- redes, assim como 0 tecto, ser constituidos por material de fécil limpeza ¢ desinfeccao, ndo podendo o pé-direito ser inferior a 2,80 m e sendo os ngulos ¢ as arestas arre- dondados; 4.° Estarem dotados com dispositivos de ventila- ¢d0 permanente, com débito que garanta a tiragem ininterrupta do ar de todas as de- pendéncias e terem os peitoris das janelas cortados em bisel; 5.° Disporem de Agua potavel corrente e em abundancia para lavagem do peixe que de tal necessite ¢ do proprio estabelecimento; 6° Terem dispositivos eficientes de proteccao contra ratos e insectos (as janelas deverdo ter rede mosquiteira zincada ou de plastico, € as portas reposteiros flexiveis, quando o estabelecimento ndo disponha de climati- zagioy, 7. Terem méveis ¢ utensilios constituldos por material apropriado ¢ lavavel, devendo a 2123 superficie das mesas, bancadas ¢ prateleiras destinadas A exposi¢ao e venda do pescado ser de material duro € liso, nfo poroso ou absorvente, e ter um declive nao inferior a 3%, ou dispositive que permita o facil escoamento dos liquidos escorrenciais atra- vés de caleiras ow tubos em ligagdo com a ede de esgotos, devendo as mesas ou ban- cadas dispor de gua corrente utilizavel; 8° Disporem, nas secedes de venda e claboragio do pescado, de recipientes metdlicos, estan- ques ¢ de oclusio perfeita, para a recolha dos desperdicios que nao sejam aproveitados industrialmente, devendo tais recipientes conter, até pelo menos um quarto da sua altura, substéncias absorventes, como sejam serradura, cal apagada, cinza, gesso, areia seca ou carvio de madeira; 9.° Terem armario, mostruério ou balcao frigo- rifico, com temperatura adequada a boa conservagao do pescado; 10. Disporem de instalagdes sanitérias arcjadas © com ligagdo & rede de esgoto ou fossa sép- tica. 2. Os requisites de instalago enunciados apli- ‘cam-se a todas as dependéncias ¢ anexos dos estabele- cimentos destinados ao depésito ou conservacdo do pescado o a operagées de claboragéo ou embalagem. ‘Art. 32.° No funcionamento dos referidos estabele- cimentos ou locais observar-se-A 0 seguinte: 1° © pescado ou suas partes ndo devem estar submetidos & incidéncia directa dos raios solares, nem & chuva, e estaréo sempre acondicionados ou expostos por forma a nao sofrerem 0 contacto de poeiras, gases indus- triais, fumos, insectos © ratos; 2° Todo 0 apetrechamento € os utensilios empre- gados nos locais de venda, manipulagio ou Preparo, armazenagem ¢ embalagem do pes- ‘cado deverio apresentar-se em perfeito es- tado de asseio ¢ ser objecto de lavagem ¢ enxugo didtios, fazendo-se a sua desinfecgo ‘com solugdes anti-sépticas fracas, tais como © leite de cal, os solutes de soda clorada ‘ou de sulfatos'de ferro; 3.° A conservagdo do peixe fresco ou das suas partes, aguardando a venda a retalho para (© dia ‘seguinte, deve fazer-se com mistura de gelo triturado simples ou asso: sal marinho, de boa qualidade e no ut anteriormente, ou dentro de frigorificos, cuja temperatura interior ndo exceda 2°C, nfo devendo a conservagao por este modo fazer-se para além de quarenta ¢ oito horas; 42° A arrumagéo do pescado em exposicao para venda deve fazet-se por forma a preservé-lo do contacto com 0 pablico ou com objectos de que este seja portador; papel ou cartéo a empregar como envol- tério do pescado deve ser limpo, nao usado ¢ desprovido de quaisquer caracteres impres- s0s, salvo os dizeres da firma ou do vende- dor, quando os mesmos sejam gravados em tinta ndo toxica e nao destingivel pela acco de liquidos, e, mesmo assim, ndo devem con- tactar com 0 produto. 2124 CAPITULO VIL Disposigdes finais © penais Art, 33.° Todo o pessoal que manipula o pescado na sua elaboracdo, acondicionamento, conservacao, fabrioo, transporte, distribuigo ¢ venda & obrigado a ser portador do boletim de sanidade passado nos ter- mos da Portaria n.° 17512, de 29 de Dezembro de 1959, Art. 34° A fiscalizagio verificara se as condigdes técnicas e higiénicas relativas & apresentagéo, ao acon- dicionamento, @ conservagéo, & embalagem e ao trans- porte do pescado, bem como as que respeitam aos estabelecimentos ¢ locais de elaboragio, armazenagem, ou venda esto conforme com as disposiges deste Re- gulamento. ‘Art, 35.° Sempre que aos agentes das competentes entidades de fiscalizagdo se torne suspeita a qualidade ou a salubridade de qualquer ote, pa de pescado, iou de seus subprodutos, ¢ se verifique que os mesmos nao foram inspeccionados antes da sua colocago em venda, deveréo proceder a sua relengio, até que pela inspecco sanitéria com- petente, que seré imediatamente reclamada, seja feito © necessario exame € confirmada ou infirmada a sus- peita, depois do que actuaréo em conformidade. Art. 36° As contravengdes ao presente Regul mento ¢, de modo geral, as determinagdes higio-sani- arias sobre o pescado ¢ seus subprodutos dimanadas da Direcgaio-Geral dos Servigos Pecuérios, séo punidas nos termos do Decreto-Lei n.° 41 204, de 24 de Julho de 1957, ¢ demais legislacfo que introduz, alteragdes, a este diploma, designadamente o Decreto-Lei n.° 340/ 73, de 6 de Julho. ‘Art. 372° Os autos que forem levantados por vi tude deste Regulamento serio remetidos & Direcga -Geral da Fiscalizagao Econémica, para efeito do di posto no artigo 37° do supracitado Decreto-Lei ne 41204, Art. 38°—1. Em conformidade com as disposi- 8es constantes do n.° 10 do artigo 7.°, do n.* 20 do artigo 12°, e § unico do artigo 27.° do Decreto-Lei n° 41380, de 20 de Novembro de 1957, dos actos de contetido téenico sob responsabilidade dos inspec- tores médicos veterindrios relativos as disposigées deste Regulamento cabe recurso, mediante requer mento, para a Direcgao-Geral-dos Servigos Pecuarios, por intermédio dos Servigos Veterindrios dos Portes 1 SERIE ~ NUMERO 210 de Pesca, ou dos servigos regionais da Direccdo-Geral dos Servigos Pecudrios, no prazo de trés horas. 2. Para que 0 recurso seja admitido deve o recor rente ou o seu legitimo representante manifestar 30 inspector médico veterinario a sua intengao de recor- rer, logo que tome conhecimento da decisio deste, para que o pescado em causa seja desde logo mantido nas condigdes, do primeiro exame sanitério © conve- nientemente conservado. Art. 39.°— 1. A junta de recurso sera constituida por trés médicos veterinarios, sendo um nomeado pelo servigo ov organismo a que pertenga o inspector cuja decisdo & contestada, outro pelo requerente ¢ 0 ter ceiro pelos Servigos Veterindrios dos Portos de Pesca ow servigos regionais da Direccao-Geral dos Servigos Pecuérios, que actuaré como perito de desempate. 2. O inspector contra euja decisio € interposto o recurso no pode fazer parte da junta, mas deve estar presente para prestar os esclarecimentos necessérios Art. 40.° A junta reunir-se-4 no prazo de vinte quatro horas apés a entrada do requerimento de in- terposi¢ao de recursi Art. 41° Da decisio da junta lavrar-se-4 acta que sera assinada por todos os intervenientes. Art. 42° Da decisio da junta ndo cabe novo re- curso. Art. 43.° A despesa que o processo de recurso oca- sionar, incluindo a importéncia gasta com os trans- partes e os honorarios dos peritos da parte recorrida, correré por conta do recorrente que, no acto de en” trega do requerimento de recurso, depositaré, contra recibo, a importancia estebelocida para o efeito pela Direcgio-Geral dos Servigos Pecuérios. Art. 44° A importancia do depésito sera restituida a0 recorrente seo resultado da junta de peritos the for favordvel, mas tal ndo acontecerd em caso contrério © se, por sua propria culpa ou do seu perito, a junta no se realizar ou nao tiver seguimento, Art. 45.° A Direccdo-Geral dos Servigos Pecudrios expedira as instrugdes técnicas que julgar convenien- tes para a melhor execucdo das disposigdes constantes deste Regulamento, competindo-Ihe esclarecer qui quer dividas resultantes da interpretacao das mesmas. ‘Art. 46.° Este Regulamento entra em vigor, a titulo experimental, apés noventa dias da sua publicacao, prevendo-se a sua revisio passados que sejam trés anos sobre a sua vigéncia, Secretario de Estado do Fomento Agrario, Rei- naldo Vital Rodrigues. TMPRENSA NAGIONAL-CAsA DA MOEDs

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