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tiveram coragem de continuar. Tudo que queremos dizer : sim, sim, dipo. J
entendemos, j entendemos mas e depois?. dipo veio com manual de instrues e
foi montado dentro de nosso quarto de beb. A pergunta , como desmontar o
tringulo edpico?
acredita que dentro dele pulsam foras perigosas e primitivas. Pulses de morte
incestuosas e parricidas. O desejo da criana tenta escapar, com todas as foras, do
espao familiar, ele procura a todo momento ultrapassar a si mesmo, fluir, mas difcil
quando as paredes da casa e as portas so to controladoras e vigilantes. A famlia
estruturada pelo capitalismo, o inconsciente estruturado pela famlia, logo, o
inconsciente estruturado pelo capitalismo. No foi a psicanlise que inventou o
Complexo de dipo, mas ela deixa explcito o neurtico, o pe a nu:
Diga que dipo, seno voc leva um tapa Deleuze e Guattari, Antidipo, p. 61
O desejo no perigoso por ser desejo da me e morte do pai (veja mais aqui)! O
perigo no est a. O desejo perigoso porque, por menor que seja, ele j desafia a
ordem estabelecida pelo social. O desejo da criana no quer dormir no quarto com a
me e expulsar o pai, ele almeja outras veredas. Plural demais para caber em uma
forma geomtrica, todo desejo investe em um campo social. A famlia, agente
responsvel pelo recalcamento cria a imagem desfigurada de pulses incestuosas. A
psicanlise diz: Ah, ento isso que voc queria, no ?, ficamos envergonhados,
estupidificados, desmoralizados, sem qualquer sada.
Quando dizem que o desejo falta, ns damos risada e pensamos, o que falta so as
alternativas aos desejos. Quando dizem que a psicanlise a alternativa, ns rimos e
dizemos, o que falta so as alternativas psicanlise.
> Este texto faz parte da srie: Esquizoanlise <
> Este texto faz parte da coluna: Contra-histria da Psicologia <