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Migrações populacionais e urbanização no Brasil 

Márcio Vasconcelos 

Editora Ferreira 
www.editoraferreira.com.br  

A história dos brasileiros em marcha nos últimos 50 anos já não corresponde à realidade 
atual. Basta analisar as estatísticas: entre 1940, véspera da industrialização no governo Vargas, e 
1990, ano da grande recessão no governo Collor, cerca de 57 milhões de brasileiros mudaram de 
estado.  Esse  movimento  populacional  inter­regional  vivido  no  Brasil  configura  um  fenômeno 
integrado ao processo de modernização urbano industrial da economia brasileira. 
Essa tendência migratória se direciona a um ponto final, pois o Brasil, que protagonizou 
um dos maiores movimentos migratórios do mundo, é hoje um país de população quase estável. 
A  recessão  da  década  de  90  e  a  nova  realidade  industrial  produziram  desemprego  nas  regiões 
industriais tradicionais como São Paulo. O resultado é o fim das grandes levas migratórias, como 
a dos nordestinos, que se mudavam para São Paulo até meados da década de 80. 
Uma segunda característica populacional é que a população está crescendo em ritmo bem 
mais lento agora. Uma previsão catastrófica muito em voga no começo dos anos 60 dizia que o 
Brasil  teria  200  milhões  de  habitantes  no  ano  2000.  Sendo  que  o  número  alcançado  foi  de 
aproximadamente 165 milhões. 
Atualmente  60%  da  população  brasileira  vive  em  560  cidades  com  mais  de  20.000 
habitantes.  São  pólos  regionais  de  desenvolvimento  para  onde  se  direcionam  os  movimentos 
migratórios atuais, hoje uma população basicamente urbana, com uma rede de cidades que cobre 
o país todo. 
A  mudança  no  perfil  demográfico  brasileiro  é  bem  visível  principalmente  na  Região 
Nordeste, o então principal centro de expulsão populacional até a década passada. Agora, em vez 
de  se  mudar  para  São  Paulo,  os  nordestinos  buscam  novas  alternativas  e  oportunidades  nas 
próprias capitais nordestinas ou em cidades médias do interior da região, onde a competitividade 
não é tão acirrada e os serviços básicos do governo são melhores. Cidades como Mossoró, no Rio 
Grande  do  Norte,  Barreiras,  na  Bahia,  e  Petrolina,  em  Pernambuco,  continuam  crescendo  em 
ritmo acelerado. 
O  processo  de  urbanização  vivido  no  Brasil  reflete  uma  tendência  mundial,  direcionado 
pela característica da economia de mercado, ou seja, a economia urbana subordina e transforma a 
economia rural de acordo com as suas necessidades. Os setores financeiro e industrial assumem 
as  diretrizes  da  economia  de  mercado  na  medida  em  que  transformam  a  agropecuária,  que  se 
moderniza  e  substitui  o  trabalho  humano  por  eficientes  máquinas.  No  Brasil,  o  acelerado 
processo de urbanização vivido correspondeu ao período de industrialização do pós­guerra. 
Nos últimos cinqüenta anos, metade da população brasileira trocou o campo pela cidade. 
O processo de urbanização brasileiro apoiou­se essencialmente no êxodo rural. No mesmo ritmo 
ocorreu a industrialização no Estado de São Paulo, principal chamariz dos migrantes nordestinos 
que fizeram a população do ABC paulista triplicar na década de 70. 
Apesar  disso  hoje,  o  ciclo  está  completo,  as  grandes  cidades  pararam  de  crescer  e 
atualmente  a  urbanização  se  direciona  para  os  centros  regionais  de  desenvolvimento  onde  as 
pessoas procuram buscar novas oportunidades. 

Márcio Vasconcelos 
prof_marciovasconcelos@yahoo.com.br 

Editora Ferreira 
www.editoraferreira.com.br

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