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[FUNDACAO EDITORA DA UNESP Preset de Cte Crd sone Moe do Sentoe Sa Distr rsdee sons Cao Mars Neto at Hermans Borin Gane ‘inl Earl Acadbee ‘Aino one Goes ‘Rare Ox Cmpars nto Foes: Jost Ako Rs de Andee "oat Raber Fee arco Aur Nopeea Mapa Sel are de Aad Ross Mana Fare Cavalan tir Bee “alo Kate Mana pares FM Bust Mara Dolores Prater Terry Eagleton MARX E A LIBERDADE “Tradugdo de Marcos B. de Oliveira itor NESP Copy © 1997 by Ter Eaton “Tle orignal es gs Mara Prom. bie em 1998 9k ‘owns una dns a 0400 Pubing Group Ld. ‘Coit 1999 da aa ras: "eda Era a UNESP (F2U Praga S108 010018009 ~ io Palo—SP “res (ou) 2327171 Poe 1 352-772 Home page: ww cor ane. ‘Peale eeditereanespbr dos otermocna de Catalogo na Publato (IP) (hoses rales eo Lio. Pras) Began. Toor Nance sites Try Estes taco Mara BO sino Pl Ears UNESP 199. (Caeo grandes ls) “Tudo onal Mae ad redom, ow sri8289 {Mans Ka 8081889 eos 2: Mar Kis 1818-1083 — ota evita sabe ier 3. Mare. Kar 1816-1653 ~ Poor ‘Svat sobreo athe L Teo. Hie seams Ind pas cailogo samen: 1. Ros alee: Bop aba 183 2. Mary, Kat: lost ales 185 oral exen pesu /A) cuarmetee™” ‘mom SE Para Steve Regan FILOSOFIA. Hegel e Aristéeles com cerrezaetam Mlésofos, mas em que eentida Kari Marx também ers? Marx escreveu muita ‘isa que tem um ar de flosola, mas era também rispid mente desdenhoso do espitto filosbfico, tendo declarado fem sua famose 11° tese sobre Feuerbach que "os flésofos apenas incerpretaram o mundo de diferentes maneias ra- ‘ase entretanto, de transformé-lo" | Aiguém poderia retrd- ca que seva diel tansformar um mundo que nfo entende- ‘mes, @nBo ser pelo fato de que o pr6prio Marx segoramente estaia de acordo, Ele nio esti empeniado em substuir {ddas por ages irreflecdas, mas em meldar uma expécie de flosofa prética que sda a transformar aquile que procura ‘compreender. A mudanga sociale a intelectual andar jun- 1s:"Aflosofa nfo pode se realizar sem a superagio do pro- letariado”. diz ele “eoproleariada no pode se superar sem a realizigfo da Mlosonia”* A segunda ease sobre Feverbach frm 1 Theseson Fevers Feuer. LS (Or Maron xe Basie Wr ‘ngs on Plies aed Posty Landon 196, 9296 14) Noe [pre deft do apenas ene Shee i ea ‘obra porwpsts eo respec numersSapapna. Artes Soi cs mtn ac Acad ‘Stage founds prt do et ings contd eso Se rs sheet cans des en tere estionsinent com oocpal se (7 2 Farlire Evy Wenge Hammon 975,625 F044). To: divas cus arses provers dee vole doe Eon ad ‘Phdnepal amuses ce Wek Fate teeéncts ee aane fone BW sto des ence arts Spa a case, ‘A questio se uma verdad objets pede sr abide 20 ensanento humana no tesa, mas panic. Ema pda que omc deve demonstra vedade 0 26a, reiate © 0 poder.» cries aren de seu peasnenso. A dapat sobre a Fade ou tested do pensament. quando sscada 6 pre, ms questo puramene esclstia?™ Este tipo especial de teoria onienada para a acho é as vezes chamada de “conhecimento emancipader”.e vem al> uns ariburos dstintves. £0 tipo de entandimento da pro Dra uct que um grupo ov vid preci pera mut fal sicuagio: © € asim entre outs coisas um n0V0 aito- ‘entendimento, Mas conhecer-se de uma pova manera sign fice alterat-se neste proprio ate; porcanto temos aqui uma Ferma pecullar de cognigfo em que o ato de conheceralera guile aque 9 refere, Ao entatcompreender a mim ea mi- ‘nha condici, aunea posso permanccor perfeitamenceidfn- ‘aco a mies, pois 0 eel] que esti realizando o entendi- mento bem como eu que eentendido, sto agor diferentes do que eram antes. E se eu quiseste entender tudo isto. exa- ‘amente 0 mesmo processo se estabeleceria. E um pouco ‘como tentar pula préprla sombre, ou erguer-se pelos pro- pros abelos, & uma vez que cal conhecimento também leva be pessoas a mar fa Condicio na pritica, ele mesmo se transforma aum tipo de foca socal ou politica pare de situagio material que examina. em ver de mera “teflexio" Gela ou sobre ea. Econhecimento como um evento historico fem ver deexpeculago abstrata, no qual saber que no mals se separa claramente de saber com Além disso, a procurada emancipaco envaive questées de valor, enquanto oconheci- ‘mento da stuacio 6 matéria de compreensio factual esta forma, aqua distingSo usual qua filosofareconhece ene fatose valores perde curiosarnente a nitiiez. Nao se cata 3 Poser 263 12) apenas de que tal ipo de conhecimento pode ser utlizado ‘om proveita, mas de que a motivarz0 para o entendimenco esti em primi lugar igada a um sentido de valor. A 13 ‘ese sobre Feuerbach néo é portanto apenas algum tpo d= pelo ilistino para que se passe da especalaeHo abstrata para ‘0 "mundo real”. embors howvesse um lao deste enérpico ntintelectualismo no jovem Marx. Ta ape esquece que, para comear. sem concetos abstratos ndo havens mundo eal para nda, iron do gesto de Marx équeele zeta ex- ‘génca como filosofo, no apenas como militant. Pode-se38- Sm junticlo a uma respetivellinhagem de “antiflésofos” {que inclu Kiekegnard, Nietsche, Heidegger, Adorno, Ber- jamin, Wittgenstein. e, nos dias de hoje, pensadores como Jacques Derrida e Richard Rorty, para quem fi algo de funds- ‘mentalmenteequivocado em todo 0 empreendimento flosé- Tico de nossa época. Par estes autores, 2 prépria flosofia rf apenas este ou aquele tépicono interior dela tomou-se uma busea profendamence problemtics.Eles desejam por- tanto eu transcender 0 projeto inteiro por motivos que pet- ‘manccem flsfcamente interessantes, ou encontar alguma forma de remold-le mum registro inteiramente novo, um ob- jetive que para muitos destes pensadares significa forar um ‘novo estilo de escritatedrica, A maioria se prope a esvaxat 45 pretenses metafisica da fllosota,atacando:s pelos fa- 0s com algo 2parentemente mais fundamental: 0 se. 0 pO- det, a diferenca formas priticas de vida. ou, no easode Marx. ‘condigeshustrias” Um antfloto deste tipo difere de um mero opositor da flosoia da mesma maneira que wm “anc:romance” como Uline difere de um néo-omance como um lisa telefbnea Por que Marx era tio cético em relao & flosofa? Um motivo era que ele a via comecando do lugar errado. A ‘Alosota nfo comegava longe o suliciene. A flosoiaalems fem moda ne sua época ~ 0 Idalismo ~ comecava com at lias, vend a consiéncia como ofundamento ds tealidade: ° porém Marx estavaciente de que apenas para que tenkamos ‘uma ida ita coisa deve ter acontecda, © que jidewe cer acontecido para que comecemos a rele? Davemosjé estar ligados pratcamente com o mundo que ponderames e desta forma, jénseridas num conjunto ince de relagées,condi- es materials, instugées socials ‘A produc dedias de concepts. consi, dence _Srermens enna coma mda materi com anes ‘muri dos homens, aliguagem dada el Oconcbet. open Sra ineaqs intelectual dor hemens space neste ext ‘como ua exanario deta de seu comperameno material. nese vl pra + pods eprtunl expen na ingasgem dt pose da lal, da morale, de elie. da eatin ee de fim povo. Or homens #f0 prdtores de sunt concep ‘las te homens rei, aos ta come s9condiconades pot tm desenvcrimenta determina ds fogs produtivas eda te ‘erage correspondent sean até suas forse mass vane 2 censnoe mnca pose ser a ens Sedo exten one Devemos abservar que embora Mare quer, flandoepiste- rmologicamente iat estetamente aconscéncia © 0 mundo ‘material, hi um senudo politico em que ele que affouxar ta relacfo. Para ele como veremos, somos mais humanos e me- ‘nos como os outros animas quando produzimos ive, gratuita ce independentemente de qualquer necessidade material ime- lata. liberdade para Marx é uma espécie de superabundan- ‘ia catia cima do que ¢ materialmente eaten, aguiloque ‘lrapasea a medica ese ena seu prdpeo pada. Aconcace ‘que, pata tudo ist acanteer ma scciedade, certas condiaes materials so neessiras: de tl forma que opropeo excesto" de consiénia acima da narureza que Marx considera amarca {Ca Mars, The Geman Hey, ores « todo de C ‘rsa hon. 504 pa Ui Sr Fare reese a ‘ne como lab desc pertnsts aps tae. 10 isin de nossa humanidede é le préprio um estado de ‘coisas matetaimente condicionado, O lugar onde &consein~ ‘ae pica coca converge mais obsiamente para Manca répria linguagem: Alingasgemé io sniga quant 2concitnca lingoagem éa conslénin rites, rk. que exteigualmente para cues ‘homens. «apenas asim ext pra mim também inguage, ‘como a concinca somente emerge put de exci, da necssdace de neracio com outs homens. (651 (443) Mas cea lnguagem surge a partir da necessdade, como uma dimensio necessitis do abalho coletva, ela nio per- rmanece atrelada a esta necessidade, como testerunta 6 fe- rnémeno convecido como lterarurs (Quando se trata ndo apenas de “consténcia". mas do po sstemituca de rellexio conhecido como flosofia, entio hi Claramente necessidade de especalistas, academias e um ‘grande nimero de insciulgSes afin, todas elas podendo, em ‘lima ands, ser sustentadas apenas por trabalho alheio, Este um aspectodo que Marx quer dizer coma divsio entre trabalho intelectual e trabalho manual. Samente quando uma sociedade ating cert excedenteeconéimico acima da neces- sidade material, iberendo urna minora de seus membros das exigéncias do trabalho produtie, econcedendo-the 0 priv {égio dese tomar politicos em tempo integral. académicos, prodacores culcuai, ¢ assim por diane, somente entdo a flosofia pode surgi e frescer no sentido mais complet. ‘Agora o pensamento pode comecar ater fantasias de que & Independent da reaidade material, simplesmence porque hi ‘um sentido material em que de fat 0 6 Adivstodo bab pons ed verdcraenteaparis do moment em gu sparce a dvto ene o waa inlet € ‘manus. (A primes forma de hedge, a dor raced, ¢ fonremporines)Dese momento em dante, a cansciencia pode ‘realmente amen aust ce ser alg dives dacensciéncia prtcs extn, de ements reprentar po sm repserentst igo rea de agora em dane aconsinda€ caper dese eas ‘par do mundo eda inci afomagio de ‘para eons, eologi ‘lost due et (6151) [a 43] Para Mars a cultura na realidade tem apenas um proge- itr. o trabalho ~ 0 que para ele aquivale a dizer, a explo- ‘ack. Aculturadl socedade decasses tence areprmi esta verdade indesevel; prefereeriar em sonhos pare s pépria ‘um progenitor mais nobre, negando sua fillado inferior & ‘maginando que surpu simplesmente de cultura antenor, ou de maginacio individual sem pei, Porém Marx se propea, ‘os lembrar que nosso pensamento, como 0s nossos sent dos 130 fisicos,¢ ele proprio 0 produto da histia com a {qual se confronts. A Istéria ~ 0 mundo real ~ de alguma ‘maneira sempre escapa a0 pensamento que busca abran- silo, e Marx, que como bom dialéticoenfatiza natureza sdindmica, aberta e iterative das coisas, detestava aqueles pretensiosos sistemas de pensamenco que (come 0 idealis- ‘ma hegeliano) acreditavam poder de alguma forma costu- rar 0 mundo todo no interior de seus conceitos. &cene- brosamence indnico que seu proprio trabalho tena, entce ‘ouras coisas, dado 4 lus mais tarde exatamente esta esti, ‘construcao de sistema, ‘A questéo para Marx é assim adas ausas econdigGes ma- terials do pensamento. Podemos investiga a8 casas disso ‘ou daquilo, mas seré possivel a este pensamento votarse paras prdprio. por assim dizer. para apreender algo da pré- [ria histla que o produziu?Tatvex para nés modernos aja boas a2Ses pelas quae isto nfo posea nunca ser totalmente conseguido, pois hd sempre algum tipo de ponto cego gu ‘ma arnnésia ou auco-opacidade necessiria que garante que a ‘mente no fim sempre falhari neste empreendimento. O pro rio Mars como filha do uminismo, era avez bem mas Con- fiante que nds n0 poder tansléedoda axto; mas como pensa- Gor hstoicisea ~ «estas corentes gimeas,sraconalisa ea 2 histonceta, esti fregentemente em tensSo no sou tabalho— econheceu que se todo pensamento [ose histrico, entioisto ‘deveria maturaimente vler para seu prdpio pensamento. NEo poderia ter hevido marsismo algim no tempo de Carlos ‘Magno ou Chaucer, uma vex que macxismo é mais do que ‘um simples conjunta de idéias brilhances que qualquer ‘pessoa, em qualquer époce, pudesse ter tido. Bem ves dis- 0 am fendmena sicuado no tempo © no espago. que re00- -nhece que as propria catgorias em que pensa ~ 0 trabalho labetato, a mercadori,o indlviduo com liberdade de mov'- ‘mento e assim por diane 6 poderiam er emergico da he- ranca do capitalism e do liberalism politico. O marxismo ‘como um dicurso emerge quando @ tanto possvel quanco rnecessirio que 0 faa, na qualidade de “critica imanente” do ‘apitalismo, eassim como um produto da propria época que ‘cle desea ultrapastar-O Manifsts comumista é prédigoem seu louvor a grandiosa burguesiarevoluconériae& magnifica l- beraro de potencial humane conhecida como capitalismo: Aburguess onde quer qu enh chegado a0 poser. gidou toes as Fls feud, patriars © dls. DiacereuImple- dosument os vanegads los eos ue prendiam homem a fur rupenoresneeraie" en decoy suas entte orem e homer ualgeroutaligaro alemdosnterene proprio ou ees do smpiedoo "pagarento vats" logoa nas age glad do {ilulo ogi or mais else ears do ever reigoso, do Eneusiuno cashes, do sentimenalime Blistno.- Nema Pula, gard empleo vlna po ase elon pol ea, olocou a explore aber. despudorada. ta «bat ‘ean da frac vu de ements, erodes xl (fo familar s mera reiggo mone A burguesanio pace stir sem eevluconar cansantmente 9s fstamentoe de roduc, + consequentmente a rages Ue produ. © com ‘eae oda a claes soon O revlueonament cnstate (producto, = petctors inineeupa de todas as condos {clas «permanente incereaa« aprtagio distnguam 2 epoca argos de oda av anteriores, Tos asclaes a cal 8 das com eu sequitode naga venervee preconestos p= oes, so dssowias, oda elabes aos tornase anguae dae antes de se consi Tas. que adios desmancha no ts-cudoo que sagrdo &profanaco, eos homens so por Lm fr- fadon a confontar cae sobriade sas ets conde de vid © Suasrelages une cm os outros Sto estas enerpias revoluciondias, ao mesmo tempo ad- miriveisedevastadoras que, por um lado, estabelecer as ba- ses mateiais para socaismo.e, por outro, fustram sempre tal projeto. © capitalism vare todas as formas tadiconais de opressio,e ao fazer ita colaca a humanidade face a face com a ralidade brutal queo socalismo deve entioreconhe- cer ewansformar, Apreender 0 préprio pensamento como enraizedo nas prépriascondigdes materais que ele procura examinar€ set ‘um filsofo materialist, uma expressio que evoca mais que uma sugestio de paradaxo. A taefa do pensamento materia: lista ¢inclutr em seus cileulos esta realdade ~ 0 mundo ma- terial que extern a préprio pensamento e que é,

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